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- O Romantismo –
Texto dramático
Poucas descrições
Suporta-se na 2ª pessoa
Espaço
Ato 1º
Câmara antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância portuguesa dos princípios do século XII. É,
pois, um espaço sem grades, amplamente aberto para o exterior, onde as personagens ainda gozam a
liberdade de se movimentarem guiadas pela sua vontade própria. Através das grandes janelas rasgadas
Ato 2º
Palácio que fora de D. João de Portugal, em Almada, que agora pertence a D. Madalena.
Salão antigo de gosto melancólico e pesado, com grandes retratos de família, muitos de corpo inteiro; estão
direito para o exterior, do esquerdo para o interior, cobertas de reposteiros com as armas dos Condes de
Vimioso. Deixa de haver janelas e as portas para o exterior; são agora mais destinadas a cercar as
Ato 3º
Parte baixa do Palácio de D. João de Portugal, comunicando pela porta à esquerda do espectador, com a
capela da Senhora da Piedade na Igreja de S. Paulo dos Domínicos de Almada: é um casarão sem ornato
algum. Arrumadas às paredes, em diversos pontos, escadas, tocheiras, cruzes e outros objetos próprios
Progressão em termos negativos. Há um afunilamento quer a nível de luz, decoração ou amplitude. O espaço
vai evoluindo no sentido da ação: vão surgindo acontecimentos que afetam a vida normal familiar e que
culmina com a morte de Maria. A ação caminha no sentido da destruição, a par do tratamento que vai sendo
dado ao espaço.
Espaço social
Os casamentos não eram feitos por amor. D. Madalena casa com D. João por obrigação.
D. Madalena fica com tudo o que era de D. João. Os casamentos eram feitos com base na partilha.
Más comunicações: um cativo na terra santa não consegue fazer saber-se que está vivo e a família também
não o encontra.
Tempo
Período vasto de tempo (21 anos), mas a ação representada tem apenas uma semana.
Personagens
Racional
Exceções ao equilíbrio (momentos em que Manuel foge ao modelo clássico e tende para o romântico:
D. João de Portugal
Nobre (família dos Vimiosos)
Cavaleiro
Exemplo de paradoxo/contradição: personagem ausente mas que, no desenrolar da ação, está sempre
presente.
Telmo Pais
Escudeiro e aio de Maria
Confidente de D. Madalena
Considerado personagem modelada num momento: durante anos, Telmo rezou para que D. João
regressasse, mas quando este voltou quase que desejou que se fosse embora.
Amigo da família
angústia
de Manuel de Sousa
D. Madalena de Vilhena
Nobre e culta
Sentimental
D. Maria de Noronha
Nobre: sangue dos Vilhenas e dos Sousas
Doente de tuberculose
· 1ª Etapa: D. João existe apenas no domínio psicológico das personagens (1º ato)
· 4ª Etapa: Embora não esteja presente é D. João que provoca a morte das 3 personagens (3º ato)
Existência de personagens com o papel de confidentes (personagens que existem para que as outras
personagens digam o que sentem) e coro (conjunto de pessoas que cantava um cântico pesado que ia
A tragédia tem como objetivo provocar a piedade (pelas vítimas) e terror (por alguém que há de vir dos
No desfecho temos a presença do destino como castigo do amor de D. Madalena por D. Manuel.
Destino: força superior que transcende a vontade das personagens e perante a qual as personagens se
tornam indefesas.
Presságios: Fogo (destrói a família e destrói o retrato); Leituras (Lusíadas e Menina e Moça)
· Phatos: crescente de aflição e de angústia que conduz ao clímax da ação através de uma precipitação de
· Hybris: desafio lançado aos deuses ou às autoridades (atitude de D. Madalena ao casar com D. Manuel)
Tragédia – sexta-feira (dia de azar); a noite (parte do dia propícia a sentimentos de terror e parte escura
do dia); os números:
7 - Nº de anos de busca
retratos.
Pátria – atitudes de Manuel de Sousa que se podem resumir num protesto à tirania, defesa dos
valores da pátria.
Narcisismo/ hipertrofia do eu: as personagens são construídas a partir de uma projeção. Almeida
Garrett transporta o seu problema de amor para D. Madalena e transporta o problema da filha ilegítima
para Maria.
Preferência pelas horas sombrias: o desenrolar da ação passa-se essencialmente à noite ou de
madrugada.
Religiosidade.
Mitos/superstição.
Infração e pecado.
Individualismo versus sociedade: Manuel de Sousa Coutinho decide incendiar o seu próprio palácio,
Liberdade versus destino: Ao escolher o amor, D. Madalena comete uma infração à religião e
costumes e o destino castiga essa ação. Será então o homem livre ou será dominado pelo destino?
Tudo o que fará por escolha própria estará sujeito a castigo por parte do destino?
O espaço é cada vez mais escuro e tem relação direta com o desfecho da ação que será no altar. Caminha-se de
um espaço amplo para um espaço reduzido. Caminha-se de objetos confortáveis para objetos que são alusões cada
Telmo cada vez faz mais agoiros. As personagens vão anunciando o aparecimento de um terror qualquer. Terrores
e medos de D. Madalena contribuem para um ambiente mais tenso; Maria que conta o que lê, o que sonha, o que