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Notas de Viagem

Mathias Alencar
Desde o princípio do mês corrente (Setembro), que me acho em Pinhal onde foi necessário
permanecer diversos dias, estuando e orando com proveito, com os irmãos, e bom número de interessados.
Como sabemos, até 1917 tínhamos bons grupos de crentes em Espírito Santo do Pinhal, Rio
Manso e Pianquã, em número de 50 e tantos irmãos. Eram fervorosos, animados e obedientes a Palavra
de Deus. Infelizmente eram pastoreados por um falso obreiro que não exercendo para a glória de Deus o
cargo que lhe tinha sido confiado, tronou-se o instrumento para desviar pela funesta independência, tantas
almas preciosas; destas, apenas 30 e poucas voltaram ao lar paterno - isso depois de uma luta titânica
entre a luz e as trevas: - foram arrebatadas pelo poder de Deus como tições tirados do fogo. Voltaram
porém em que condições? Maltratadas, desconfiadas, medrosas, fracas e doentes.
Alegremo-nos segundo diz a parábola do filho perdido: “Era morto e reviveu, tinha-se perdido e
achou-se.”
Além dos cultos regulares que costumamos fazer, praticamos também cultos de testemunho e ações
de graças, onde todos os irmãos, comovidos, reafirmavam suas promessas de servirem a Deus.
Coincidiu com a nossa chegada ao Pinhal também a visita do bispo de Ribeirão Preto fazendo sua
crisma. Um irmão nosso quis ouvi-lo em suas práticas. O bispo atacou como sempre em linguagem
virulenta o espiritismo e em seguida o protestantismo que condenava suas imagens, as quais ele também
condenou. Depois referiu-se aos adventistas e disse: Há uma seita protestante que se chama de
sabatistas: é ela única que está certa quanto ao dia de descanso, porque a Bíblia diz: “Lembra-te do dia de
Sábado para o santificar.” Enquanto aos protestantes estão guardando o dia da igreja católica.”
Fonte: Revista Mensal. Novembro de 1920. Pp. 7 e 8.

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