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Ibitinga Movimenta-se

A Igreja de Ibitinga é uma das mais antigas do Estado, havendo tido no seu inicio
homens consagrados, como Ricardo Wilfarth, Oswaldo Chagas e Pedro de Queiroz,
sendo os dois ultimos já fallecidos, e o primeiro ainda continua na, obra de pastorear as
ovelhas ás fartas aguas e aos verdes pastos das boas novas. Ella, porém, não correspondeu a
espectativa, ficando mais ou menos estacionaria por muitos annos. Mas como disse o sabio
Salomão que ha um tempo determinado para todas as coisas, creio que é chegado para
Ibitinga o tempo de acordar.
O interesse tem sido promissor. Grupos se levantam espontaneamente, como os
magos em ansiosa procura dÁdquelle que havia nascido.
Organizamos então duas classes baptismaes com perto de cinconeta candidatos, e se
mais não fizemos é por nos faltarem competencia e tempo.
Foi então que vindo nos visitar o irmão Rodolpho, examinou as necessidades locaes e
enviou para cá o nosso bom irmão Germano Conrad, para ajudar os candidatos a
prepararem-se para fazer um concerto com o Senhor.
Depois de cinco semanas viu o irmão Germano coroado de êxito o seu trabalho.
Foi na manhã de 12 de novembro que nós, do grupo de Santa Isaura, nos reunimos
em três caminhões repletos, e muitos a pé, em demanda da margem esquerda do rio Tiete,
no Porto da Monção, onde nos, devíamos encontrar com os demais grupos, ás oito horas da
manhã.
Chegámos primeiro e estacamos examinando o logar do baptismo quando chegaram
do outro lado dois caminhões e um automovel, Verificámos ser o grupo de Wamicanga e
em seguida um de Ibitinga, chegando depois os Interessados do bairro do Corte Queimado,
finalizándo com o grupo de São Lourenço, ao todo sete caminhões e dois automoveis, com
mais eu menos trezentas pessoas.
Foi quando o irmão Luiz Braun chamou os candidatos a exame, descendo depois
successivarnente às aguas, e tivemos o prazer de contar trinta e um baptizados, que
deixaram seus peceados na correnteza do Tieté, para serem levados para muito longe.
Depois voltamos, todos para Santa Isaura, onde devamos celebrar a Santa Ceia.
Tomaram parte na mesma mais ou menos cem pessoas, deixando alguns de tomar parte Por
escrupulo de consciência.
Tudo correu na maior ordem e harmonia.
Não quero deixar de mencionar que todos os actos foram solenemente abrilhantados
pelo côro de Santa Isaura.
E como tudo isto nos deixou uma agradarei recordação queremos que acto semelhante
se repita e então, se Deus O permittir, cora prazer daremos novas noticias.
JOSÊ DE MOURA VIEIRA. Santa Isaura, 12-12-37.
Fonte: VIEIRA, J.M. Ibitimga Movimenta-se. Revista Adventista. p. 11 e 12. jan.
1938.

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