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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ.

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS (ICSA).


CURSO DE SERVIÇO SOCIAL.
CIÊNCIA POLÍTICA EM SERVIÇO SOCIAL.

GISELE FREIRE TEIXEIRA

Trabalho apresentado ao curso de serviço


social – da Universidade federal do Pará –
UFPA. À disciplina filosofia e serviço social.
Como requisito parcial para obtenção de
notas. Orientado pelo professor Osmar
Pancera.

BELÉM
MAIO/2011.
O que é filosofia?
Philo (amor) Sophia (sabedoria) Sabedoria no grego antigo – Divino. Neste sentido, a
filosofia tem a ver com o processo de busca do saber pelo ser humano.
A filosofia apresentasse como uma concepção de mundo, na medida em que todos os seres
humanos têm uma compreensão de mundo gerada pela curiosidade e produto de
questionamentos e reflexões sobre as suas ações, sentimentos e ideias (OLIVEIRA, 2006).
Grasmsci (1991) considera que “todos os homens são filósofos”, porque expressão na
linguagem, no senso comum, na cultura popular, nas crenças etc., uma filosofia espontânea.
É o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade,
aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, com ênfase em argumentos racionais,
diferença entre a filosofia, mitologia, religião e ciência.
A filosofia vai além da memorização dos grandes textos, é necessário aprender a refletir por si
próprio, ela serve para sair da escuridão e ir ao encontro da sabedoria e procurar soluções e
defender que devemos interessar-nos pelo inútil, para percebermos o útil. A filosofia pode e
deve ser avaliada segundo o critério da utilidade. (Wikipédia)

Para que serve?


A filosofia se constitui em uma investigação filosófica quando procura conhecer e solucionar
as problemáticas do ser humano no mundo. O filósofo busca conhecer a realidade de forma
inquiridora, reflexiva crítica, metódica e sistemática procurando ver além da aparência dos
fatos (a sua razão de ser) numa dimensão totalizadora (OLIVEIRA, 2006).
E serve para Ensinar-nos a viver de modo honesto e justo na companhia dos outros seres
humanos, estudando as paixões e os vícios humanos, a liberdade e a vontade, analisando a
capacidade de nossa razão para impor limites aos nossos desejos e paixões.
A filosofia tem como finalidade ensinar-nos sobre a virtude que é o principio do bem viver.

Quem pode exercitá-la?


A melhor pessoa para exercitar a filosofia, sem dúvidas é o filósofo, ou seja, os homens que
procuram examinar a realidade. Qual quer um que tenha capacidade de espantar-se com a
realidade. Aquele que tem o “poder” de indagar, perguntar e fazer com que as pessoas
reflitam sobre o que é considerado por elas e pela sociedade como certo ou errado, como um
dogma.
Serve para entristecer, pois denuncia a baixeza os pensamentos e ações.
Serve para investigar, estudar, compreender as coisas, buscar os fundamentos de tudo para
relacionar o homem com suas atividades e objetivos, para otimizar a vida e orientar melhor a
humanidade.
Ensinar-nos a viver de modo honesto e justo na companhia dos outros seres humanos,
estudando as paixões e os vícios humanos, a liberdade e a vontade, analisando a capacidade
de nossa razão para impor limites aos nossos desejos e paixões.
Quem a exercita é aquele, segundo Rosa (2007) que questiona tudo aquilo que ouve, vê ou lê.
Preocupa-se com questões que dizem respeito ao ser humano e também procura conhecer as
pessoas “como elas são de verdade”, ou seja, ele busca, em todas as suas áreas possíveis do
conhecimento, uma possibilidade do conhecimento, uma possibilidade de fundamentar uma
verdade, que pode até mesmo ser a refutação, a negação, de uma outra verdade anterior.

Quem foi Sócrates?


O mais importante filosofo da Grécia antiga e um dos principais filósofos da antiguidade.
Viveu no período de 470 a 399 a.C. e buscava a sabedoria e a verdade e preocupa-se com o
estudo do ser humano (antropologia filosófica) em seus aspectos psicológicos, sociais,
políticos, gnosiológicos, educacionais e morais.
O “conhece-te a ti mesmo” socrático introduz na Grécia o sentido da reflexão. O ser humano é
considerado a partir de sua interiorização, ou seja, ao trazer a luz a sua interioridade, traz o
seu saber, o seu conhecimento, a sua forma de conceber as coisas. Refletindo sobre nossos
atos, analisando a nossa essência, estabelecer uma troca de diálogos; examinar, reconhecer e
aprender com os erros; Perguntar pra si mesmo: de onde eu venho? Pra onde eu vou?
O método socrático não consistia em enunciar teorias e sim diálogos, em fazer perguntas e
analisar as respostas de maneira sucessiva até chegar à verdade por meio da elaboração de um
conceito via reflexão (a maiêutica) ou a contradição (ironia).
Foi um questionador das crenças e religiões e da própria sociedade grega daquele momento.
Tentava levar a arte do dialogo e do conhecimento sobre as coisas do mundo o do ser
humano.

O que fazia?
Sócrates por influência política de seu pai, pôde ter bons estudos. Assim quando amadureceu
intelectualmente e não mais precisou de ajuda para obter conhecimento, passou a expor seus
argumentos aos seus discípulos e debater com os sofistas. Já que ele não cobrava nada por
seus ensinamentos e fazia com que as pessoas tivessem conclusões próprias como todo
filósofo, sempre questiona em cima de uma eventual resposta, e assim faz com que a pessoa
sempre reveja seus princípios e crenças.

O que defendia?
Que não havia distinção de classes questionava a creca do que era verdade, pois para ele se a
verdade fosse realmente relativa, então havia uma meia verdade.
Abordava que o verdadeiro conhecimento tem que vir de dentro e não pode ser obtido
espremendo-se os outros, quando uma pessoa “toma juízo” ela simplesmente trás para fora
algo que já está dentro de si. E só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o
verdadeiro discernimento. Assim o conhecimento do que é certo, leva a fazer a coisa certa.

Qual a influência dele na sociedade em que vivia?


Sócrates foi o primeiro a não cobrar por seus ensinamentos, contradizendo os sofistas. Ele
falava o que pensava, ou melhor, fazia com que as pessoas refletissem e chegassem a
conclusão que ele queria que elas chegassem, pois para ele todas as pessoas são capazes de
entender as verdades filosóficas, bastando para isso que usem a sua razão. Assim ele não tinha
a preocupação de expor o que pensava, como faziam os outros, não temia em falar a verdade
sobre os temas que atingiriam os grandes senhores da época e foi a partir de suas ideias que
surgiram outros filósofos que desafiaram os dogmas da época e que exercem influências até
os dias atuais. E por fim é a partir de Sócrates que a Atenas passou a ser o centro da cultura
Grega.

E para quem se dirigia?


Ele se dirigia principalmente aos seus discípulos, mas como estes apoiavam os suas teorias,
sempre dialogava/filosofava como outros homens da época, principalmente com os sofistas, já
que estes tinham ideias apostas e facilitando os questionamentos e deixando, na maioria das
vezes eles sem palavras, ou seja, não conseguiam responder a todas as perguntas que Sócrates
fazia.

Quem foi Platão?


Foi um homem que assim com Sócrates viveu há muito tempo atrás no período de 428/7 a
348/7 a.C. em Atenas, foi um filósofo e matemático grego, discípulo de Sócrates. Era de
família nobre e parte de sua riqueza gastou em viagens. Durante os primeiros dezoito anos da
vida, o jovem dedicar-se-ia à Ginástica, à Música e à Literatura, aprenderia a ler, escrever,
representar e cantar e tomaria parte em muitos esportes. Aos 18, os rapazes que se mostrassem
capazes continuariam a receber instrução, ao passo que os demais cessariam os estudos e
tornar-se-iam negociantes, mercadores, etc.
Platão escreveu sobre diversos assuntos, tais como ética, arte, teoria do conhecimento, entre
tantas. Suas obras influenciaram e moldaram a filosofia ocidental. O intuito desse artigo foi
apenas o de introduzir esse grande pensador. De nenhuma forma é possível resumir sua
imensa contribuição à nossa cultura.

O que fazia?
Platão por ser de uma família nobre, dedicou-se profundamente em seus estudos em toda a
sua vida, tinha uma obsessão pelo conhecimento e assim quando Sócrates morreu, fundou a
sua academia e dedicou-se em ensinar, em forma de questionamentos e reflexões, seus alunos,
influenciando as futuras conclusões de Aristóteles.

O que defendia?
Quem deveria governar deveriam ser os filósofos, pois eram estes os donos do conhecimento
e sabedoria, assim sendo saberiam conduzir a sociedade para o rumo certo. E só poderia haver
monarquia se o Rei fosse um filósofo.
Para ele existia dois mundo o mundo inteligível (imutável) e o mundo dos sentidos (mutável).
Montou também uma teoria Gnosiológica, ou seja, uma teoria como se pode conhecer as
coisas, a teoria do conhecimento, é a aquele impressão que temos quando algo acontece
conosco de já ter vivido aquela realidade antes, para ele já vimos sim, mas no mundo das
ideias, e para melhor explicar recorre aos mitos, fala que quando uma pessoa nasce sua alma é
jogada na terra e como o impacto é tão grande ela se esquece de tudo que vivenciou no mundo
das ideias, mas com o passar do tempo ela vê objetos semelhantes que sua alma já tinha visto
e então recorre a lembrança da forma do objeto. Para Platão essa recordação designa-se de
anamnesis ou Reminiscência. Isso tudo porque ele defendia a imortalidade da alma, e como o
conhecimento é acumulativo e não se acaba, essa Reminiscência é a lembrança que nossa
alma tem do que já vivemos antes igual ou parecidamente.
O conhecimento para ele é a busca a verdade essencial das coisas, ou seja, buscava uma
verdade absoluta.

Qual a influência dele na sociedade em que viveu?


Platão, assim com Sócrates viveu em uma época em que a Sociedade ainda acreditava e
findava sua cultura nos mitos. Ele questionava tudo que se tinha como dogma, porque como
filósofo tinha que fazer isso. E com suas teorias sobre mundo das ideias, imutável, mimese...
Começa a não só questionar a origem de mundo que eles tinham na época, mas também a
idealizar uma nova forma, diferente dos mitos, de ver o mundo. Entretanto isso não agradava
aos conservadores da época, pois tinha muita gente que seguia os ensinamentos e teorias dele
e estas afetavam o centro de formação e organização da sociedade Ateniense.
Ele tinha uma forma diferente de ver a mulher, acreditava que ela tinha as mesmas
capacidades do homem, isso demostra que ele era um homem bem afrente de seu tempo, pois
as mulheres não eram consideradas nem como cidadãs naquela época. Assim ele exerce
grande influência sobre Aristóteles que mesmo o contradizendo mas tarde, não poderia chegar
a essa conclusão se não tivesse tido base para isso, que irá revolucionar o forma de ver o
mundo e construir um início de uma nova corrente que temos hoje como o fundamento de
nossas vidas: A ciência.

E para quem ele se dirigia?


Platão assim como Sócrates se dirigia principalmente aos seus discípulos, que eram em sua
totalidade jovens que não tinham ideias completamente formadas o que facilitava a inserção
de suas teorias. Mas como ele tinha a sua academia suas ideias eram mais trabalhados dentro
desta, mas sempre que tinha oportunidade dialogava com outros homens que se consideravam
capazes de confrontar com ele.

O mito da caverna?
E por fim o grupo concluiu com o mito da caverna, em que esta é forma em que vivemos
quando somos obstinados do conhecimento, vivemos presos em uma caverna desprovidos do
conhecimento, da realidade e quando tentamos sair deste estado de natura somos muitas vezes
punidos por outros que não acreditam que possa existir outra realidade que não seja aquela em
que vivem.

Quem foi Aristóteles?


Foi considerado o Pai da ciência, que começou a abordar as coisas metodicamente, criando
procedimentos, linguagem e técnicas.
Ele nasceu na Macedônia uma cidade de Atenas e foi aluno de Platão por seu pai ser amigo do
rei o que lhe proporcionou isso, estudou 20 anos com seu mestre e depois foi para a Ásia e ao
voltar fundou a sua escola, desde então passou a contradizer os fundamentos dele.
Ele era considerado em sua época um homem de alto grau intelectual, não acreditava na
existência de Deuses, e como essa era à base da cultura dos atenienses, estes começaram a não
aceita-lo mais reivindicando para ele o mesmo fim de seu mestre (a morte), e por isso saiu de
Atenas e foi morar em uma ilha.

O que defendia?
Aristóteles achava que Platão tinha virado tudo de cabeça para baixo.
Para ele a “ideia” ou a “forma”, não existia antes da experiência vivida, pois as formas das
coisas identificavam as características iminentes das próprias coisas.
O homem quando se insere na sociedade passa a ser um ser social.
A demagogia pode levar a Anarquia. Portanto é a favor da democracia
Como o método de dialogar dele é em praça pública, ele causa um impacto muito grande na
sociedade da época, já que as suas ideologias são reflexivas, repercutindo questionamentos
sobre a forma de viver daquele tempo e assim atraindo para si sérios problemas com os
“grandes homens” da época.
O homem para ele é um ser político.
A felicidade provém da ética, é por isso que era complicado e difícil de encontrar homens
felizes, já que ética para ele é ter virtude e agir em função de um bem estar comum, ou seja,
abrir mão dos interesses individuais pelo de todos.

Qual a influência dele no mundo em que viveu?


Aristóteles é considerado o pai da ciência e por isso foi o maior filósofo da época em que
viveu, ele inova a forma de pensamentos de sua época, e classifica tudo que pode classificar
em classes. Assim até hoje nos vemos pessoas que defendem a linha de raciocínio de dele e
outros que entram em contraposição, que defendem Platão e assim sempre fica essa dualidade
entre os dois pensadores e seguidores.

E para quem ele se dirigia?


A população Ateniense, sendo o seu público alvo os jovens de sua academia. Mas com sua
ironia ele incomodava e irritava muitas pessoas, sobretudo os que detinha poder na sociedade.
Qual é a relação entre filosofia e ciência?
Antes da existência da ciência, e até mesmo hoje em alguns casos no senso comum, utilizara-
se os mitos como forma de explicação para coisas cujas origens eram desconhecidas. E assim
começaram os questionamentos sobre esses dogmas explicativos da época e começa uma
guerra de pensamentos/ questionamentos com os clássicos.
A filosofia tem um papel importantíssimo aí, pois são com os filósofos e principalmente com
Aristóteles que começa-se a ter uma visão diferente de entender o mundo, fora dos mitos e da
concepção platônica. E é a partir dele que A Ciência surge e depois se ramifica até chegar na
concepção que temos hoje de ciência.
A demarcação das ciências naturais em relação à filosofia foi um processo longo e gradual no
pensamento ocidental. Inicialmente, a investigação da natureza das coisas consistia numa
mistura entre o que hoje seria visto como filosofia e o que hoje seria considerado como
próprio das ciências particulares. Se olharmos para os fragmentos que nos restam das obras
dos filósofos pré-socráticos, encontraremos não só tentativas importantes e engenhosas para
aplicar a razão a questões metafísicas e epistemológicas vastas, mas também as primeiras
teorias físicas, simples mas extraordinariamente imaginativas, sobre a natureza da matéria e
os seus aspectos mutáveis.
Na época da filosofia grega clássica já podemos encontrar uma certa separação entre as duas
disciplinas. Nas suas obras metafísicas, Aristóteles faz claramente algo que hoje seria feito
por filósofos; mas em muitas das suas obras de biologia, astronomia e física encontramos
métodos de investigação que são hoje comuns na prática dos cientistas.
Segundo uma perspectiva mais recente, o papel da filosofia não é o de funcionar como
fundamento ou extensão das ciências, mas como sua observadora crítica. A ideia é a de que as
disciplinas científicas particulares usam conceitos e métodos. As relações entre os diversos
conceitos, embora estejam implícitas no seu uso científico, podem não ser explicitamente
claras para nós. O papel da filosofia da ciência seria assim o de clarificar essas relações
conceptuais. Uma vez mais, as ciências particulares usam métodos específicos para fazer
generalizações, a partir de dados da observação, em direcção a hipóteses e teorias. O papel da
filosofia, segundo esta perspectiva, é o de descrever os métodos usados pelas ciências e
explorar as bases de justificação desses métodos, isto é, compete à filosofia mostrar que os
métodos são apropriados para encontrar a verdade na disciplina científica em questão.
Quando procuramos a descrição e a justificação apropriada dos métodos da ciência, parece
que estamos à espera que os resultados específicos das ciências particulares entrem de novo
em cena. Como poderíamos compreender a capacidade dos métodos da ciência para nos
conduzir à verdade se não estivéssemos em condições de mostrar que esses métodos têm
realmente a fiabilidade que lhes é atribuída? E como poderíamos fazer isso sem usar o nosso
conhecimento sobre o mundo, que nos foi revelado pela melhor ciência de que dispomos?
Como poderíamos, por exemplo, justificar a confiança da ciência na observação sensorial se a
nossa compreensão do processo perceptivo (uma compreensão baseada na física, na
neurologia e na psicologia) não nos assegurasse que a percepção, tal como é usada quando se
testam as teorias científicas, é realmente um bom guia da verdade sobre a natureza do mundo?
É ao discutir as teorias mais gerais e fundamentais da física que a imprecisão da fronteira
entre as ciências naturais e a filosofia se torna mais manifesta. Dado que elas têm a ambição
ousada de descrever o mundo natural nos seus aspectos mais gerais e fundamentais, não é
surpreendente que os tipos de raciocínio usados ao desenvolver estas teorias altamente
abstratas pareçam por vezes estar mais próximos dos raciocínios filosóficos que dos métodos
usados quando se conduzem investigações científicas de âmbito mais limitado e particular.
Mais adiante, à medida que explorarmos os conceitos e os métodos usados pela física quando
esta lida com as suas questões fundamentais mais básicas, veremos repetidamente que pode
estar longe de ser claro se estamos a explorar questões de ciência natural ou questões de
filosofia. Na verdade, nesta área da investigação sobre a natureza do mundo, a distinção entre
as duas disciplinas torna-se bastante obscura.

O que é ciência?
A etimologia da palavra ciência vem do latim scientia ("conhecimento"), o mesmo do verbo
scire ("saber") que designa a origem da faculdade mental do conhecimento. Esta acepção do
termo se encontra, por exemplo, na expressão de François Rabelais: "Ciência sem consciência
arruina a alma". Ele se referia assim a uma noção filosófica (o conhecimento puro, a acepção
"de saber"), que em seguida se tornou uma noção religiosa, sob a influência do cristianismo.
"A ciência instruída" referia-se então ao conhecimento dos religiosos, da exegese e das
escritas, parafraseando a teologia. A raiz "ciência" reencontra-se em outros termos tais como
"a consciência" (etimologicamente, "com o conhecimento"), "presciencia" ("o conhecimento
do futuro"), "omnisciencia" ("o conhecimento de todo"), por exemplo.
A ciência não se considera dona da verdade absoluta e inquestionável. A partir do
racionalismo crítico, todas as suas verdades podem ser quebradas, bastando apenas um pingo
de evidência. A ciência tira conclusões da realidade através de observações dos fatos e da
natureza.
A ciência não é uma fonte de julgamentos de valores subjetivos, apesar de poder certamente
tratar de casos de ética e política pública ao enfatizar as prováveis conseqüências das ações. O
que alguém projeta a partir de hipóteses científicas atuais mais racionais, adentrando outros
reinos de interesse, não é um tópico científico e o método científico não oferece qualquer
assistência para quem deseja fazê-lo dessa maneira. A justificativa científica (ou refutação)
para muitas coisas é, ao contrário, frequentemente exigida. Claro que o valor dos julgamentos
são intrínsecos à ciência. Por exemplo, os valores verdadeiros e o conhecimento da ciência.
Em resumo, a ciência produz modelos úteis os quais nos permitem fazer predições mais úteis.
A ciência tenta descrever o que é, mas evita tentar determinar o que é (o que é impossível para
razões práticas). A ciência é uma ferramenta útil… é um corpo crescente de entendimento que
nos permite identificarmo-nos mais eficazmente com o meio ao nosso redor e a melhor forma
de adaptarmo-nos e evoluirmos como um todo social assim como independentemente.
O individualismo é uma suposição tácita subjacente a muitas bases empíricas da ciência que
trata a ciência como se ela fosse puramente uma forma de um único indivíduo confrontar a
natureza, testando e predizendo hipóteses. De fato, a ciência é sempre uma atividade coletiva
conduzida por uma comunidade científica. Isso pode ser demonstrado de várias maneiras,
talvez o resultado mais fundamental e trivial proveniente da ciência seja comunicada com a
linguagem. Então, os valores das comunidades científicas permeiam a ciência que elas
produzem.

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