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São Paulo
2006
BRENO BOTELHO FERRAZ DO AMARAL GURGEL
Área de Concentração:
Engenharia Hidráulica e Sanitária
Orientador:
Prof. Dr. Milton Tomoyuki Tsutiya
São Paulo
2006
Este exemplar foi revisado e alterado em relação à versão original, sob
responsabilidade única do autor e com a anuência de seu orientador.
FICHA CATALOGRÁFICA
AGRADECIMENTOS
Ao amigo e orientador Profº Dr. Milton Tomoyuki Tsutiya pela orientação segura,
com diretrizes firmes e apoio total durante a elaboração do trabalho.
Ao amigo Msc Mário Pero Tinoco pelo aconselhamento de quem já fez e o apoio
espiritual nos momentos difíceis.
Aos amigos da SABESP, Msc Jorge Luiz Monteiro, Tec. Antonio Basílio dos Santos,
Msc Tony Youssif Garido, Tec. João Raymundo dos Santos Júnior, Analista
Francisco Tarcísio Cavalcanti, Analista Eliane Pereira Lopes e Tec. Levi Bento do
Couto, pelo apoio, incentivo e ajuda direta na execução deste trabalho.
Aos amigos da sala de apoio em São Paulo, Damildo José Torlai e José Paulo
Kosmiskas, pela ajuda, estimulo e defesa deste mestrando.
RESUMO
estações elevatórias de água tratada da cidade de São José dos Campos que são
cidade de São José dos Campos. Essa proposta de metodologia foi executada
ABSTRACT
The main purpose of this work is to evaluate the application of Variable Frequency
Sâo José dos Campos that are monitored by the Operational Control Center –
O.C.C. Technical characteristics of four pumping systems were studied, mainly those
operating with fixed or changeable speed. It proposes a new methodology for VFD
flow, pressure and rotation frequency parameters stored on data base installed on
supervision and control servers installed. After this application, we also concluded
that the use of VFD on the evaluated systems was correct and through this we
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2. OBJETIVOS............................................................................................................ 3
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 4
4.5 Método de análise gráfica para avaliação dos inversores de freqüência ............ 91
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................... 93
freqüência .......................................................................................................... 93
5.2 Resultados da análise gráfica para avaliação dos inversores de freqüência ...... 94
5.2.2 Análise gráfica dos dados do sistema Campo dos Alemães .......................... 100
5.2.4 Análise gráfica dos dados do sistema Dom Pedro I e Dom Pedro II ............... 106
LISTA DE FIGURAS
horizontal. 7
vertical. 7
rotor. 12
Figura 3.10 Classificação de bombas pela rotação específica dos rotores em função
da potência hidráulica. 14
Figura 3.11 Classificação de bombas pela rotação específica dos rotores em função
da vazão de recalque. 15
jusante. 48
a jusante. 48
elevada. 49
jusante. 49
Figura 3.37 Controle por variação de velocidade do motor com aplicação de inversor
de freqüência. 53
x
vazão. 55
de freqüência. 56
Figura 4.1 Vista geral da estação elevatória de água bruta de São José dos
Campos. 66
Figura 4.2 Vista geral do poço, cavalete e quadro de comando do Poço P-104. 66
Figura 4.5 Vista geral dos reservatórios T25 – elevado e R33 - apoiado 68
Figura 4.7 Esquema geral do sistema Galo Branco dentro do subsistema Eugênio
de Melo. 73
Figura 4.8 Vista geral do sistema Galo Branco com a estação pressurizadora tipo Q
Branco. 75
Figura 4.11 Vista geral da estação pressurizadora tipo Q do Campo dos Alemães. 77
xi
Morumbi. 79
Figura 4.17 Vista geral da mesa de controle operacional com operador, monitores
de Controle Operacional. 85
Figura 4.21 Tela de dados exportados para planilha Excel® a partir do ELIPSE E3®.
86
freqüência. 88
Centro. 95
Galo Branco. 96
xii
– Jardim Morumbi. 96
Figura 5.4 Curvas de variação de freqüência do sistema Galo Branco com inicio da
operação em 58 Hz. 98
Figura 5.5 Curvas de variação de freqüência do sistema Galo Branco por períodos
Figura 5.6 Curvas de variação de freqüência sem ajuste, dados sem tratamento do
Morumbi. 105
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
cv cavalo vapor
N rotação da bomba
P potência da bomba
Q vazão
1. INTRODUÇÃO
se que a despesa de energia elétrica no ano de 2004 foi de 19,67% da despesa total
2
2. OBJETIVOS
de sistemas estudados
4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Introdução
todos os pontos de uma cidade onde a topografia não permite escoamento por
As bombas geralmente são utilizadas para captar água bruta, na lavagem de filtros
abastecimento de água.
água aos consumidores, embora não tão eficiente como uma bomba de velocidade
Para TSUTIYA (2004), as estações elevatórias são partes essenciais dos sistemas
qualquer momento.
Figura 3.1.
Para TSUTIYA (2004), as estações elevatórias que recalcam água sem tratamento
pressurizadora.
(Figura 3.6).
de motor), vindo a sofrer uma grande melhoria operacional com o uso de inversores
de freqüência.
observa na Figura 3.7. As bombas cinéticas fornecem energia à água sob a forma de
de pressão, fazendo com que esse fluido atinja cotas mais elevadas.
líquida. O líquido sofre uma pressão interna e por estar confinado desloca-se de uma
abastecimento de água de São José dos Campos, e por isso, não serão objeto deste
estudo. As bombas estudadas neste trabalho são bombas centrífugas de fluxo radial
ou fluxo misto.
Auto-escorvante
Sucção
simples Rotor fechado
Único
Fluxo radial estagio
ou misto Rotor aberto
Estágios
Dupla multiplos
sucção
Único
estágio Rotor fechado
Fluxo axial Passo fixo
Estágios
multiplos Rotor aberto
Centrífugas Passo variável
Único
estagio Auto-escorvante
Periférica
Estágios
multiplos Não auto-escorvante
BOMBAS
Simplex
Fluido
duplo efeito
Pistão /
Êmbolo Multiplex
Simplex
Simples
Efeito Duplex
Alternativas Energia
Duplo Triplex
efeito
Multiplex
Palheta
Tubo
Membro flexível Guia
Rotativas Peristáltica
Cavidade progressiva
Axial
Pistão
Radial
Externa
Engrenagem
Interna
Rotor Lóbulo
Multiplo
Pistão periférico
Parafuso
específica.
de fluxo radial, de fluxo axial e de fluxo misto. A Figura 3.9 apresenta a classificação
podem ser de sucção simples ou de dupla sucção. Essas bombas são empregadas
Nas bombas de fluxo axial o formato do rotor impõe um escoamento no sentido axial
radial tem-se bombas de fluxo misto, que são empregadas nos casos em que a
(em rpm) em que uma bomba, de uma dada geometria, produz uma vazão
unitária (1 m3/s) contra uma altura manométrica unitária (1 m), nas condições de
1f
f
f
Nf
f
fBQ
f
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
f2
fff
f
Nq = 3f
f
f (1)
H4
Q = vazão, m3/s;
PORTO (2004) também define a rotação específica como a rotação (em rpm) em
que uma bomba de uma dada geometria desenvolve uma unidade de potência (1cv)
sob uma altura manométrica unitária (1m), nas condições de máximo rendimento e
1f
ff
NfB Pf 2
Ns = ff
ff
ff
f
ff
fff
5f
ff
ff
f
ff
ff
(2)
H4
P = potência, cv;
Figura 3.10 Classificação de bombas pela rotação específica dos rotores em função da
potência hidráulica.
Fonte: PORTO (2004).
15
Figura 3.11 Classificação de bombas pela rotação específica dos rotores em função da
vazão de recalque.
Fonte: TSUTIYA (2004).
Existe, entretanto, uma interdependência bem definida entre esses valores de vazão
e altura manométrica, que é obtida através de ensaios feitos nos laboratórios dos
fabricantes.
16
Figura 3.13,
bomba é projetada basicamente para elevar uma determinada vazão (Q) a uma
Existem certas relações que permitem obter as curvas características das bombas
para uma rotação diferente daquela cujas curvas características são conhecidas.
Segundo MACINTYRE (1987), SANKS (1998) e TSUTIYA (2004) para uma bomba
centrífuga com um mesmo rotor, girando com velocidades diferentes, são válidas as
seguintes relações:
Qf
f
ff
1f
f
ff N
f
ff
f
ff
f
ff
= 1 (3)
Q2 N 2
h i2
H
f
ff
f
f1f
f
ffj N
f
ff
f
ff
f
ff
= 1k (4)
H2 N2
h i3
Pf
f
f1f
f
ffj N
f
ff
f
ff
f
ff
= 1k (5)
P2 N 2
A Figura 3.15, apresenta as leis de semelhança num sistema cuja bomba varia suas
sistema, para rotações N1, N2 e N3, resultando nos pontos: A1, A2, A3, B1, B2, B3, C1,
TSUTIYA (2004) verificou que o rendimento (η) tende a decrescer com a diminuição
da rotação, mas em uma faixa de ± 20% da rotação inicial (η1, η2, η3), praticamente
parâmetros.
21
POTÊNCIA
VAZÃO
A troca de rotores com a diminuição dos seus diâmetros, também segue as leis de
Qf
f
ff
1f
f
ff D
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
= R1 (6)
Q2 DR2
h i2
H
f
ff
f
f1f
f
ffj D
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
= R1 k (7)
H2 DR2
22
h i3
Pf
f
f1f
f
ffj D
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
= R1 k (8)
P2 DR2
POTÊNCIA
VAZÃO
• Cavitação
pode ocorrer tanto em estruturas fixas (válvulas, orifícios, bocais, etc.), como em
água com grande quantidade de energia que vão ocupar esses espaços. Se os
1989).
no sistema e o NPSHr (requerido) pela bomba. PORTO (2004) define que o NPSHd
a energia requerida pelo líquido para chegar a partir do flange de sucção e vencendo
recalcado.
24
Pf f Pf
NPSHd = Hg ,s @ ΣΔHs + f
ff
ff
ff
f
ff
f
@ fff
ff
ff
ff
f
ff
f
fff
atm vapor
(9)
γ γ
sucção, m;
Qf
f
ff
1f
f
ff N
= f
ff
ff
1f
f
ff
(10)
Q2 N 2
h i2
NPSH
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
rf
f
1f
f
ffj N
= fff
f
f1f
f
ff
k (11)
NPSH r2 N2
vazão, enquanto que, o NPSHr (requerido) pela bomba é uma função crescente com
a vazão.
TSUTIYA (2004) recomenda uma folga entre o NPSHr e o NPSHd de 0,50 m ou uma
diferença de 20% entre os dois. SANKS (1998) conclui que, para eliminar
superior ao NPSHr.
se deparar com situações em que se desconhece esses valores. Para essa situação,
σ= NPSH
ff
f
ff
f
ff
f
f
H
f
f
ff
f
ff
f
ff
rf
f
ff
(12)
• Seleção de bombas
longo do tempo e a vazão no final do projeto será a sua vazão máxima. Nesses
de implantação podem ser com uma única bomba, com bombas em série ou com
bombas em paralelo.
aquela que eleva a vazão de projeto à sua altura manométrica, operando o mais
Para TSUTIYA (2004), com as possíveis variações de nível dos poços de sucção e,
bomba, deve ser feita com famílias de curvas que levem em conta esses fatores.
tubulação de recalque.
por uma parcela da vazão total recalcada conforme mostra a Figura 3.19.
28
A escolha das bombas deve então ser feita pesquisando nas curvas características
das bombas disponíveis, aquela bomba que eleva a parcela de vazão total a ser
operação simultânea, fazendo com que o ponto de operação de cada uma delas se
projeto do sistema deve ser feito de tal modo que nas condições mais desfavoráveis,
a vazão de cada bomba não saia dos limites de 60% a 120% da vazão
Nessa associação, cada uma das bombas centrífugas será responsável por uma
parcela da altura manométrica total para uma mesma vazão total de recalque. A
total (H) é a somatória das alturas parciais (HÁ) e (HB) das bombas A e B para a
fino e controle preciso de velocidade. Para seu funcionamento utilizam uma fonte de
corrente contínua. Devido ao seu alto custo sua aplicação é restrita a casos
síncronos.
Para WEG (2006), os motores síncronos funcionam com velocidade fixa e são
utilizados somente para grandes potências (devido ao seu alto custo em tamanhos
freqüência.
com rotor em gaiola, esse motor será apresentado com maiores detalhes a seguir.
32
que circulam nele, são induzidas eletromagneticamente pelo estator, razão pela qual
Atualmente, o uso desse tipo de motor com controle de rotação é bastante comum,
120 B ff
Ns = ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
f f
ff
(13)
p
f = freqüência, Hz;
‘ p = número de pólos.
síncronos são interessantes para potências acima de 300 cv e são quase exclusivos
escorregamento (s), que pode ser expresso em rpm, ou como fração da velocidade
Nf @ N
s= f
ff
f
sf
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
f
rf
f
f
(14)
Ns
escorregamento.
` a
120
f
f
ff
f
ff
f
fff
f
f
ff
f1f
f
f
ff
f@s
f
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
Nr = = NS 1 @s
` a
(15)
p
WEG (2006) define que o motor de indução tem conjugado ou torque igual a zero à
velocidade síncrona e à medida que a carga vai aumentando, a rotação do motor vai
motor normal.
equação (16):
Pf
f
ff
f
ff
ff
f
Pe = m
ηm (16)
η m = rendimento do motor.
indução, outros dispositivos para efetivar a redução da velocidade, tais como, polias,
acoplados a bobinas que podiam ter seu campo magnético variável, e assim,
2002).
37
dos valores da freqüência elétrica que alimenta o motor, produzindo uma variação da
sendo:
III - Circuito Inversor (chave eletrônica, neste caso formada por transistores).
contínua que é filtrada no circuito intermediário (II). Está tensão contínua alimenta o
modo, um motor de indução trifásico acoplado pode ser operado com variação de
virtude das vantagens inerentes proporcionadas por está aplicação, tais como, a
operação.
por uma rede senoidal e um motor com variação de velocidade alimentado por
inversor de freqüência.
TSUTIYA (2004) ressalta os cuidados que devem ser tomados com a escolha do
motor que irá trabalhar com inversor de freqüência. O inversor deverá ter sempre a
sua corrente nominal igual ou maior que a corrente nominal do motor porque um
mesmo inversor poderá ter várias correntes nominais diferentes em função do tipo
WEG (2002) define que normalmente existem dois tipos de carga: torque constante
e torque variável. A carga tipo torque constante é aquela onde o torque permanece
positivo, elevação e translação de cargas. A carga tipo torque variável é aquela onde
suficiente) e por isso, a sua corrente nominal pode ser maior. Os mesmos
uma senóide perfeita e, por isso, o ruído acústico de origem magnética gerado pelo
motor é menor. Por outro lado, as perdas no inversor são maiores devido ao
deve-se cuidar para que o desbalanceamento entre fases não seja maior do que 2%,
Para a WEG (2006), a questão das harmônicas na maioria dos casos é possível de
se resolver atendendo à norma IEEE STD 519/92, desde que se coloque na entrada
em relação à tensão fase-neutro, com corrente nominal, e desde que a potência total
• Classificação
assíncrono com rotor de gaiola, pois compreendem a quase totalidade dos motores
contínua como em tensão contínua e são conhecidos como inversores com fonte de
Amplitude de Pulso).
PWM (Pulse Width Modulation ou Modulação por Largura de Pulso), sendo essa a
WEG (2006) define que se pode dividir a forma de controle de um inversor em dois
fato que para ser possível este controle, é feita uma de composição vetorial da
O controle vetorial pode ainda ser dividido em dois tipos: o normal e o sem sensor de
motor parado. No controle vetorial sem sensor de velocidade a precisão é quase tão
fonte de corrente CSI trabalha com o mesmo circuito do inversor de fonte de tensão
PWM (Pulse Width Modulation) só que a modulação é feita a partir de uma fonte de
inversor apresenta perdas maiores que o sistema PWM e não é muito utilizado.
demanda.
somatório das perdas de carga ao longo da tubulação. Nos casos em que se tem
abastecimento.
controle de vazão, tais como, controle pelo número de bombas ou liga-desliga das
bombas, entretanto, esses métodos são muito menos eficientes. O controle liga-
bombas é eficiente quando tem a altura estática como uma grande parcela da altura
vazão (Q1) para (Q2) pelo aumento da altura manométrica provocado pelo
estrangulamento da válvula.
51
vazão zero (condição de shut-off). Na prática, deve-se evitar que as bombas operem
boa regra prática é limitar a vazão mínima a valores não inferiores a 25 – 30% da
O controle por by-pass é feito pela variação da abertura da válvula instalada no tubo
vazão de retorno pelo by-pass somada com a vazão de recalque. Nessas condições,
rotação faz com que a vazão de recalque (Q1) diminua para um valor (Q2) pelo
Inversor de frequência
WEG - CFW09
empregada.
54
Figura 3.39 Variação do consumo de energia por vários métodos de controle de vazão.
Fonte: EUROPUMP e HYDRAULIC INSTITUTE (2001).
WEG (2006) avalia que a economia média de energia com uso de inversores em
50%.
CURTIS (2005) demonstrou a partir das leis de semelhança que uma redução de
Segundo BRAGHIROLI (2005), esse setor possuía uma vazão média de consumo
da ordem de 700 L/s para abastecer 44.000 ligações de água e 320 km de redes de
distribuição com uma estação elevatória contendo inicialmente dois conjuntos motor-
bomba de 200 cv e três conjuntos motor-bomba de 100 cv, operando com quatro
efetivos e um de reserva.
alta e zona baixa. A zona baixa era abastecida de forma direta a partir do
situação inicial.
59
inicial
cv. Em uma das novas bombas foi instalado um inversor de freqüência. O sistema
A zona baixa do setor Santana passou a ser abastecida de forma direta, com uma
final.
60
água por ligação, passando de 853 L/ligação x dia para 570 L/ligação x dia, houve
energia de 236 MWh para 107 MWh. Em valores financeiros, o custo mensal de
alternadamente das 06:00 as 24:00 horas por timer. Em um dos conjuntos motor-
06:00 às 24:00 horas e com rotação variável por período contínuo de 24 horas, que
foram:
freqüência;
queda de tensão;
63
pressão;
4. MATERIAIS E MÉTODOS
O município de São José dos Campos com população estimada para 2006 de
José dos Campos é de 1.800 L/s. Os principais dados operacionais desse sistema
• Paraíba;
• Eugênio de Melo;
• Buquirinha;
65
• Costinha; e
Campos, com uma produção média de 1.800 L/s, dos quais 1.400 L/s são captados
no rio Paraíba do Sul e 400 L/s são retirados do aqüífero subterrâneo, da bacia
sistema da cidade.
atua como desarenador. O canal de água e a estação elevatória de água bruta são
Figura 4.1 Vista geral da estação elevatória de água bruta de São José dos
Campos.
Figura 4.2 Vista geral do poço, cavalete e quadro de comando do Poço P-104.
tratando 1400 L/s tem capacidade nominal para tratar uma vazão máxima de 1900
seguintes unidades:
01, RES 02, RES 03 e RES 04), com capacidade total de 17.800 m3, e desses
Figura 4.5 Vista geral dos reservatórios T25 – elevado e R33 - apoiado
69
A Figura 4.6 apresenta uma estação pressurizadora tipo booster ou EPV, como são
denominadas pela Sabesp de São José dos Campos e que correspondem a 48%
Campos.
de água de São José dos Campos. Sua rede distribuição tem uma extensão total de
abastecimento de água de São José dos Campos. Utiliza o rio Buquira como
manancial, do qual é captada uma vazão da ordem de 12 L/s. Possui uma estação
seguida de filtração sobre pressão, com capacidade nominal 8 L/s. Sua rede de
distribuição tem uma extensão total de 8.028 m e possui dois reservatórios apoiados
totalizando 215 m3 de reservação que são distribuídos com auxílio de sete estações
elevatórias.
71
Campos. Existe apenas um poço tubular de vazão 8,5 L/s com operação média de
8,4 h/dia. Sua rede de distribuição tem uma extensão total de 1.200 m e abastece o
desinfecção final com cloração seguida de fluoretação. Na saída do filtro existe uma
sobra é encaminhada para um reservatório de fibra de 100 m3, que funciona como
São José dos Campos, com um período mínimo 180 dias para obter dados com
efeitos de sazonalidade.
dias.
Jardim Guimarães.
Figura 4.7 Esquema geral do sistema Galo Branco dentro do subsistema Eugênio de
Melo.
Fonte: Sabesp (2006).
tensão 220 V e 3450 rpm, para uma faixa de vazões de 92 a 182 m3/h e alturas
manométricas de 37 a 53 mca.
Figura 4.8 Vista geral do sistema Galo Branco com a estação pressurizadora tipo Q
e o reservatório apoiado R82.
área operacional e junto dos reservatórios apoiados R49 e R65, ambos com
220 V e 3450 rpm, para uma faixa de vazões de 100 a 250 m3/h e alturas
manométricas de 44 a 95 mca.
77
Figura 4.11 Vista geral da estação pressurizadora tipo Q do Campo dos Alemães.
3450 rpm, para uma faixa de vazões de 160 a 280 m3/h e alturas manométricas de
22 a 34 mca.
conjuntos motor-bomba de eixo horizontal com motor WEG de 125 cv, 60 Hz, em
tensão de 220 V e 1780 rpm, acoplado a uma bomba marca KSB modelo ANS 125-
400 de 1750 rpm, e vazão de 280 m3/h para uma altura manométrica de 22 mca.
Figura 4.17 Vista geral da mesa de controle operacional com operador, monitores
dos microcomputadores e sistema de rádio comunicação.
lógico programável (CLP) com modem incorporado de várias marcas (ATOS, ADAM
sistema automatizado.
chegada dos dados para ser utilizado pelo programa supervisório da operação.
qualidade é prejudicada sempre que ocorrem problemas nas linhas telefônicas pois
nesse caso, os dados recebidos são armazenados com valores zerados e não
Rede Sabesp
Controle Operacional.
Campos.
computador do cliente.
sistemas supervisionados.
análise.
86
Figura 4.21 Tela de dados exportados para planilha Excel® a partir do ELIPSE E3®.
87
permite efetuar passo a passo a avaliação de aplicações feitas, bem como avaliar se
análise das curvas das bombas com várias velocidades em função da curva do
água pode ser efetuado com a variação das alturas manométricas pela variação das
Neste bloco de decisão se a resposta for não, deve-se considerar o uso de bombas
• Demasiado atrito?
controle.
Neste bloco de decisão se a resposta for sim indica que o inversor de freqüência
será potencialmente útil. Se for não, deve ser verificado se os benefícios gerais
Se a resposta for sim, deve-se ir para o penúltimo bloco de ação. Se for não, deve
ser verificado se os benefícios gerais incluem itens sem energia, como redução do
custo de manutenção.
• Selecionar o inversor.
custo de manutenção.
alternativos.
• O inversor é aplicável?
um controle liga-desliga não foi objeto deste estudo que busca a verificar a eficiência
Se o atrito não for significativo deve-se avaliar o potencial das ações de manutenção
benefícios. O aspecto econômico não foi objeto deste estudo, devido à falta de
A cópia desses dados do servidor foi obtida para um computador portátil, para a
Para gerar os gráficos foi utilizado o aplicativo SQL Server para exportar os dados
nova exportação dos dados para as planilhas Excel, onde expurgou-se os valores
reservatório.
Legenda de valores
Análise gráfica
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
das curvas de variação dos parâmetros: vazão, pressão e freqüência de rotação dos
motores.
freqüência
que não foi possível avaliar os pontos de melhor rendimento das bombas.
perdas de água pelo controle das pressões nas redes de distribuição de água.
contínua.
precisam ser antecipadamente bem definidas, pois as bombas podem vir a atuar
sistemas. No sistema Galo Branco parte do dia a bomba funcionava com velocidade
fixa, sendo que 114 dias ou 49% do período da pesquisa esse sistema operava com
freqüência.
variação nas telas de supervisão conforme se observa na Figura 5.1. Essa figura
95
A Figura 5.2 apresenta uma análise gráfica do sistema Galo Branco. Nesse sistema
A Figura 5.3 apresenta as telas saturadas do sistema Jardim Morumbi, que possui
cinco sistemas de bombeamento sob supervisão do ELIPSE E3. As telas ficam mais
monitorados.
96
Figura 5.2 Curvas de variação de freqüência, vazão e pressão do Sistema R82 – Galo
Branco.
Em seguida foi elaborado no aplicativo Excel®, gráficos das curvas de variação para
Hz.
Hz. Com a aplicação de inversores a economia de energia foi menor que 50% em
D A TA HORA
19/9/2005 07:29:33
19/9/2005 15:01:07
19/9/2005 22:31:17
20/9/2005 06:01:17
20/9/2005 13:31:17
20/9/2005 21:01:16
21/9/2005 04:31:16
21/9/2005 12:01:15
Inicio de operação
21/9/2005 19:31:15
com velocidade constante
22/9/2005 03:01:15
FREQUENCIA
22/9/2005 10:31:14
22/9/2005 18:01:14
PRESSÃO
23/9/2005 16:40:03
24/9/2005 00:09:22
Estudo de variação de velocidade em bombeamento
24/9/2005 07:39:22
24/9/2005 15:09:22
24/9/2005 22:39:21
25/9/2005 06:09:21
25/9/2005 13:38:59
25/9/2005 21:11:58
0
10
20
30
40
50
60
70
Vazão (l/s)
98
superiores a 10 horas de operação com freqüência média 58 Hz.
Figura 5.5 Curvas de variação de freqüência do sistema Galo Branco por períodos
Pressão (m.c.a) Frequencia (Hz)
0
10
20
30
40
50
60
70
DATA HORA
9/1/2006 07:29:53
9/1/2006 14:59:52
> 10 horas
9/1/2006 22:29:51
10/1/2006 05:59:51
Frequência média de 58 Hz
10/1/2006 13:29:34
> 10 horas
10/1/2006 20:59:23
11/1/2006 04:28:53
11/1/2006 11:58:53
> 10 horas
11/1/2006 19:28:49
12/1/2006 02:58:36
FREQUENCIA
12/1/2006 10:28:42
> 10 horas
12/1/2006 17:59:42
PRESSÃO
13/1/2006 01:29:51
13/1/2006 16:29:17
> 10 horas
13/1/2006 23:59:08
Estudo de variação de velocidade em bombeamento
14/1/2006 07:29:08
14/1/2006 14:59:08
> 10 horas
14/1/2006 22:29:37
15/1/2006 05:59:36
15/1/2006 13:29:36
> 10 horas
15/1/2006 20:59:37
0
10
20
30
40
50
60
70
Vazão (l/s)
99
100
A Figura 5.6 apresenta os dados sem tratamento do sistema Campo dos Alemães,
Figura 5.7 apresenta os dados ajustados da Figura 5.6 onde foi analisado que a
inversor de freqüência.
HORA
20:08:10
03:38:10
11:08:10
18:38:09
02:08:09
09:38:09
17:08:08
70 70
60 60
Frequencia (Hz)
30 30
Vazão (l/s)
Pressão (m.c.a)
10 10
DATA
12/8/2005
13/8/2005
13/8/2005
13/8/2005
14/8/2005
14/8/2005
14/8/2005
Tubulão do Campo dos Alemães
Figura 5.6 Curvas de variação de freqüência sem ajuste, dados sem tratamento do
101
Estudo de variação de velocidade em bombeamento
HORA
20:08:10
03:38:10
11:08:10
18:38:09
02:08:09
09:38:09
17:08:08
Alemães.
70 70
60 60
50 50
Frequencia (Hz)
30 Pressão máxima de 28 mca 30
Vazão (l/s)
20 20
Pressão mínima de 20 mca
Pressão (m.c.a)
10 10
0 0
DATA
12/8/2005
13/8/2005
13/8/2005
13/8/2005
14/8/2005
14/8/2005
14/8/2005
Tubulão do Campo dos Alemães
Figura 5.7 Curvas de variação de freqüência, dados ajustados do sistema Campo dos
102
dos Alemães.
Figura 5.8 Curva padrão de variação de freqüência, vazão e pressão do sistema Campo
Pressão (m.c.a) Frequencia (Hz)
0
10
20
30
40
50
60
70
DATA HORA
22/8/2005 07:29:14
22/8/2005 14:59:40
22/8/2005 22:29:14
23/8/2005 05:59:14
23/8/2005 14:14:22
23/8/2005 21:44:23
24/8/2005 05:18:55
24/8/2005 12:48:55
24/8/2005 20:18:18
25/8/2005 03:48:18
FREQUENCIA
25/8/2005 11:18:18
25/8/2005 18:47:38
PRESSÃO
26/8/2005 02:17:38
26/8/2005 17:17:39
27/8/2005 00:47:37
Estudo de variação de velocidade em bombeamento
27/8/2005 08:16:35
27/8/2005 15:46:39
Curva padrão de vazão e frequência
27/8/2005 23:16:38
28/8/2005 06:46:38
28/8/2005 14:16:38
28/8/2005 21:46:38
0
10
20
30
40
50
60
70
Vazão (l/s)
103
104
Observa-se, entretanto que, os dados por não terem sido tratados apresentam uma
DATA HORA
15/8/2005 07:29:34
15/8/2005 15:05:07
15/8/2005 22:35:01
16/8/2005 06:05:01
16/8/2005 13:34:48
16/8/2005 21:16:40
17/8/2005 04:46:42
Vazão mínima correspondente a pressão mínima
17/8/2005 12:18:00
FREQUENCIA MORUMBI
17/8/2005 19:59:58
Defasagem de curvas
18/8/2005 03:29:36
18/8/2005 11:00:10
18/8/2005 18:27:40
Tubulão do Morumbi
19/8/2005 01:57:23
PRESSÃO MORUMBI
19/8/2005 09:27:23
20/8/2005 09:23:47
VAZÃO MORUMBI
20/8/2005 16:58:19
21/8/2005 00:30:31
21/8/2005 08:03:30
21/8/2005 15:33:38
21/8/2005 23:03:33
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Vazão (l/s)
105
106
5.2.4 Análise gráfica dos dados do sistema Dom Pedro I e Dom Pedro II
A Figura 5.10 apresenta os dados sem tratamento do sistema Dom Pedro I e Dom
Pedro II, onde pode-se observar a grande variação das vazões para uma variação
freqüência nominal dos motores de indução, e estão próximos dos pontos de melhor
30% para mais ou para menos em relação ao ponto de melhor rendimento das
bombas.
do sistema Dom Pedro I e Dom Pedro II.
Figura 5.10 Curvas de variação de freqüência, vazão e pressão, dados sem tratamento
Pressão (m.c.a) Frequencia (Hz)
0
10
20
30
40
50
60
70
DATA HORA
5/9/2005 07:29:55
5/9/2005 14:59:55
5/9/2005 22:28:49
6/9/2005 05:58:20
6/9/2005 14:31:08
6/9/2005 22:00:51
7/9/2005 05:30:51
7/9/2005 13:00:51
7/9/2005 20:30:50
8/9/2005 04:00:50
FREQUENCIA
8/9/2005 11:30:49
8/9/2005 19:00:49
PRESSÃO
53 Hz
9/9/2005 02:30:49
9/9/2005 10:00:49
9/9/2005 17:31:16
10/9/2005 01:01:28
Estudo de variação de velocidade em bombeamento
10/9/2005 08:31:43
10/9/2005 16:01:43
10/9/2005 23:31:42
11/9/2005 07:01:43
11/9/2005 14:31:42
40 Hz
11/9/2005 22:01:42
0
10
20
30
40
50
60
70
Vazão (l/s)
107
108
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
seguir.
Alemães, Jardim Morumbi e conjunto habitacional Dom Pedro I e Dom Pedro II.
Entretanto, no sistema Galo Branco não foi eficiente devido a freqüência atingir a
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
de água e consumo de energia elétrica. Revista Saneas, São Paulo, n.20, p. 23,
abril 2005.
abastecimento de água. Capitulo II. 2ª ed. São Paulo, 1968. Escola Politécnica,
CURTIS, P.; How drives save money in pumping applications. Disponível em:
<http://www.drivesurvey.com/index_library.cfm?feature_id=91>. Acesso em
03/08/2005.
analysis for pumping systems. First edition. New Jersey, Belgium, 2001.
GOTTLIEBSON, M.; Explore the use of variable speed water booster pumps.
GOTTLIEBSON, M.; Explore the use of variable speed water booster pumps/2.
GOTTLIEBSON, M.; Explore the use of variable speed water booster pumps/3.
LUCARELLI, D.L.; BRUCOLI, A.C.; SOUZA, R.F.; Bombeamento direto nas redes
1989. 207 p Tese (Doutorado), Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São
Paulo.
WILLIAN, S.M.; KUBIK, A.W.; Variable speed drives for sewage pumps. Journal
1963.
1990. 135p. Tese (Doutorado), Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São
Paulo, 1990.
115
ANEXOS