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Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil

Disciplina: Empacotamento de Partículas


Docente: Nayara Soares Klein
Discente: Eduardo Rigo

Listar informações e perguntas de interesse no tema proposto para o


trabalho, para busca nos artigos que serão lidos, de modo a possibilitar
uma análise sistemática por todos os alunos, dos 44 artigos lidos.

Artigos selecionados: 2, 13, 24, 35

Artigo 2:

BROUWERS, H.J.H.; RADIX, H.J. Self-Compacting Concrete: Theoretical and


experimental study. Cement and Concrete Research, v. 35, n. 11, p. 2116-
2136, 2005.

Informações de interesse:

• Local do estudo: Twente University; Enschede, Países Baixos.


• Ano de Pesquisa: 2004
• Ano de Publicação: 2005
• O foco principal do artigo é o concreto auto-adensável (CAA), onde a
aplicação de empacotamento de partículas é estudada e aplicada para
essa finalidade;
• O artigo, além de ser uma análise experimental, é um estado da arte
das pesquisas, à época, sobre métodos de empacotamento de
partículas para concretos auto-adensáveis, comparando os dois
principais métodos à época com derivações;
• Métodos comparados: Método chinês e Método japonês (principais e
voltado para as partículas mais finas) e Metodo de Andearsen e
Andersen e de Fuller e Thompson (ajustados para os agregados);
• Consideração de três traços de CAA, com base em observações dos
métodos anteriores;
• Cimento com adição de escória;
• Experimentos com argamassas e concretos no estado fresco, contendo
os ensaios básicos (Slump, Funil V e Anel J), os quais atenderam as
especificações;
• Experimentos em concreto endurecido → Aos 28 dias, obteve-se
concretos C35/C45;
• Testes de durabilidade → Concretos impermeáveis e duráveis;

Perguntas de interesse:

• Qual método é mais adequado? (chinês, japonês)?


• Em 2020, comparado à 2005, existem metodologias mais adequadas
para a dosagem de CAA?
• Quais seriam os resultados dos mesmos métodos com outros tipos de
cimento? (cimentos com pozolana, filer calcário ou de alta resistência
inicial, por exemplo?)
• Mineralogia do agregado, que não aparece no trabalho, pode afetar o
CAA e suas propriedades no estado endurecido?

Artigo 13:

LI, L.G.; KWAN, A. K.H. Concrete mix design based on water film thickness and
paste film thickness. Cement and Concrete Composites, v. 39, p. 33-42,
2013.

Informações de interesse:

• Local de estudo: Hong Kong University, Hong Kong, China


• Ano de pesquisa: 2012.
• Ano de publicação: 2013.
• Análise experimental, onde (por coincidência), é avaliado a densidade
de empacotamento de partículas pelo método de Wong e Kwan (2008);
• Foco do trabalho é em avaliar e investigar os efeitos combinados de
espessura do filme de água e espessura do filme da pasta nas
propriedades mecânicas de concretos de alto desempenho;
• 32 diferentes dosagens foram avaliadas, variando relação água/cimento,
a taxa de finos dos agregados totais e o volume de pasta. Agregados
utilizados são de origem granítica, cimento Portland comum e uso de
superplastificante;
• Conclusões: as três variáveis citadas tem influência no empacotamento
das partículas finas, sendo que no caso dos agregados, apenas a
relação finos/agregados tem influência significativa;
• Maior filme de água, menor a resistência do concreto, maior o slump e
maior o fluxo (flow).

Perguntas de interesse:

• O uso de outros cimentos, bem como outra mineralogia de agregados,


alteraria tais propriedades?
• Outros métodos de empacotamento trariam bons resultados?
• A utilização de adições minerais, visto que o cimento utilizado não
possui adições, traria algum benefício/malefício nas misturas?

Artigo 24:

LONG, W.J.; GU, Y.; LIAO, J.; XING, F. Sustainable design and ecological
evaluation of low binder self-compacting concrete. Journal of Cleaner
Production, v. 167, p. 317-325, 2017.

Informações de interesse:
• Local de estudo: College of Civil Engineering, Shenzhen University,
Shenzhen, China
• Ano de pesquisa: 2017.
• Ano de publicação: 2017.
• O trabalho em questão consiste em uma análise experimental, onde os
autores propõem um método de dosagem de concretos auto-
adensáveis.
• Os autores propuseram a confecção de CAAs mais ecologicamente
eficientes e com a consideração de empacotamento de partículas, com
redução nas emissões de CO2, consumo de energia, teor de cimento e
redução de custos;
• Uso de cimento Portland comum, cinza volante, agregados confome
ASTM C33 (2016) e superplastificante (policarboxilatos);
• O modelo de empacotamento utilizado é uma extensão do modelo de
densidade de empacotamento linear (LPDM) e modelo de suspensão
sólida (SSM), chamado pelos autores de método de empacotamento
compressível (CPM) (SEDRAN, LARRARD, 1999);
• Foi considerado eficaz no que foi proposto, com propriedades
mecânicas adequadas (30-40 MPa) e redução nas variáveis chave
consideradas inicialmente como fundamentais para um concreto mais
ecológico, no ponto de vista dos autores.

Perguntas de interesse:

• O uso de outros cimentos, bem como outra mineralogia de agregados,


alteraria tais propriedades?
• Outros métodos de empacotamento trariam bons resultados?
• A utilização de outras adições minerais (como sílica ativa ou
metacaulim), visto que o cimento utilizado não possui adições (e utilizou-
se apenas cinza volante), traria algum benefício/malefício nas misturas?

Artigo 35

HISSEINE, O. A.; TAGNIT-HAMOU, A. Development of ecological strain-


hardening cementitious composites incorporating high-volume ground-glass
pozzolans. Construction and Building Materials, v. 238, p. 1-17, 2020

Informações de interesse:

• Local de estudo: Cement and Concrete Research Group, Université de


Sherbrooke, Canada
• Ano de pesquisa: 2019.
• Ano de publicação: 2020.
• O trabalho em questão consiste em uma análise experimental, onde os
autores dosam compósitos cimentícios endurecíveis por deformação
(SHCC), combinados com o empacotamento de partículas, com a adição
de pó de vidro, em substituição à cinza volante (adição mineral);
• Método de dosagem de empacotamento de partículas utilizado: método
compressível (COM, proposto por De Larrard), primariamente e,
também, a utilização de testes de tração e fratura de uma única fibra
para compilar os parâmetros de entrada do modelo;
• A utilização de pó de vidro aumentou consideravelmente as
propriedades mecânicas do compósito cimentício, bem como também
aumentou sua resistividade elétrica;
• Entretanto, ao se aumentar acima de 40% a substituição de cinza
volante por pó de vidro, verificou-se perda de ductilidade do material.

Perguntas de interesse:

• Qual o histórico de utilização desse material (SHCC) com a combinação


de métodos de empacotamento de partículas?
• Estudos sobre o uso de pó de vidro no empacotamento de partículas
são recentes?

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