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Centro Universitário Internacional – UNINTER

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Resumo 1: Código de Nuremberg

O código de Nuremberg foi o primeiro documento internacional sobre


como proceder em pesquisas em seres humanos. Elaborado em 1947 por um
Tribunal Militar Internacional, trata-se de 10 normativas, as quais deveriam ser
seguidas para permitir experiências com seres humanos, e considerações éticas
em relação à essas pesquisas. Surgiu com base nos inúmeros abusos e
atrocidades cometidas, pelos países, à escravos ou prisioneiros de guerra, com
ênfase nos cometidos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial até 1945.
Entre as normativas propostas, encontram-se o consentimento
esclarecido por parte dos voluntários, a garantia de liberdade das pessoas, a
utilização de seres humanos quando se esgotarem outras possibilidades prévias
às intervenções clínicas, a reversibilidade dos danos (nulidade de riscos de
morte) e o princípio de caráter científico, o qual especifica que o experimento
deve ser realizado por cientistas capacitados/competentes.
Finalizando, teve grande influência na formação ética dos pesquisadores,
bem como servir de base para regulamentações posteriores e, infelizmente, não
impediu que ainda ocorressem abusos nas pesquisas médicas.

Resumo 2: Declaração de Helsinque

A intitulada “Declaração de Helsinque” foi um documento o qual revia os


preceitos do código de Nuremberg, visto que, de modo errôneo, o código era
associado apenas à crimes do nazismo, abrindo precedentes para que não se
respeitasse o código em questão em outras ocasiões, indignando a Associação
Médica Mundial (AMM), que devido aos fatos encontrados, elaborou o novo
documento.
Feito em 1964 na capital da Finlândia, Helsinque, possui força normativa
de cunho deontológico, contendo obrigações, responsabilidades e direitos para
a realização de pesquisas de forma ética e responsável, de modo a formular um
protocolo de pesquisa a ser conduzida por pesquisadores qualificados, sob a
vigilância de outras pessoas competentes. Dentre as normativas presentes,
destaca-se a previsão de riscos e benefícios, a prevalência dos direitos do
voluntário, a exigência de atenção especial nas experiências que possam alterar
a personalidade do(a) cobaia.
A Declaração sofreu inúmeras revisões ao longo dos anos, nas quais
aprovou-se a obrigatoriedade prévia de instauração de um Comitê de Ética
(Tóquio, 1975), o reconhecimento do direito moral de menores de idade em
participar de pesquisas caso haja desenvolvimento moral e aprovação dos
responsáveis legais (Veneza, 1983), a possível utilização de placebo
(Edimburgo, 2000), entre outros...
Portanto, consta ser mais uma importante ferramenta para que servisse
de base para o norteamento de instituições quanto à pesquisa em seres
humanos.

Resumo 3: Diretrizes internacionais para a pesquisa biomédica

As “Diretrizes internacionais para a pesquisa biomédica” foi um importante


desdobramento da “Declaração de Helsinque”. Proposta em 1982 pelo Conselho
de Organizações Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS), uma
organização internacional não-governamental, em conjunto com a Organização
Mundial da Saúde (OMS) e a UNESCO, teve como objetivo, por meio de suas
diretrizes, indicar a aplicação de princípios éticos fundamentais para a pesquisa
com seres humanos em países em desenvolvimento, os quais não haviam
normativas.
Criada após vários escândalos ocorridos, mesmo após a criação do
Código de Nuremberg e da Declaração de Helsinque, e também devido à
transferência de pesquisas com seres humanos para países em
desenvolvimento, cujos custos de pesquisa eram mais baixos, as diretrizes
levavam em conta a cultura local, circunstâncias socioeconômicas, legislações
nacionais e disposições executivas e administrativas.
Portanto, mais um dispositivo com o intuito de minimizar impactos de
pesquisas em humanos em países menos desenvolvidos e carentes de
normativas sobre o tema.

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