O documento resume três importantes documentos sobre ética em pesquisa com seres humanos: 1) O Código de Nuremberg, elaborado após os abusos nazistas, estabeleceu 10 normas éticas para pesquisas. 2) A Declaração de Helsinque revisou o Código de Nuremberg e estabeleceu diretrizes deontológicas. 3) As Diretrizes Internacionais para Pesquisa Biomédica, elaboradas pela OMS, visaram aplicar princípios éticos em países em desenvolvimento.
O documento resume três importantes documentos sobre ética em pesquisa com seres humanos: 1) O Código de Nuremberg, elaborado após os abusos nazistas, estabeleceu 10 normas éticas para pesquisas. 2) A Declaração de Helsinque revisou o Código de Nuremberg e estabeleceu diretrizes deontológicas. 3) As Diretrizes Internacionais para Pesquisa Biomédica, elaboradas pela OMS, visaram aplicar princípios éticos em países em desenvolvimento.
O documento resume três importantes documentos sobre ética em pesquisa com seres humanos: 1) O Código de Nuremberg, elaborado após os abusos nazistas, estabeleceu 10 normas éticas para pesquisas. 2) A Declaração de Helsinque revisou o Código de Nuremberg e estabeleceu diretrizes deontológicas. 3) As Diretrizes Internacionais para Pesquisa Biomédica, elaboradas pela OMS, visaram aplicar princípios éticos em países em desenvolvimento.
O código de Nuremberg foi o primeiro documento internacional sobre
como proceder em pesquisas em seres humanos. Elaborado em 1947 por um Tribunal Militar Internacional, trata-se de 10 normativas, as quais deveriam ser seguidas para permitir experiências com seres humanos, e considerações éticas em relação à essas pesquisas. Surgiu com base nos inúmeros abusos e atrocidades cometidas, pelos países, à escravos ou prisioneiros de guerra, com ênfase nos cometidos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial até 1945. Entre as normativas propostas, encontram-se o consentimento esclarecido por parte dos voluntários, a garantia de liberdade das pessoas, a utilização de seres humanos quando se esgotarem outras possibilidades prévias às intervenções clínicas, a reversibilidade dos danos (nulidade de riscos de morte) e o princípio de caráter científico, o qual especifica que o experimento deve ser realizado por cientistas capacitados/competentes. Finalizando, teve grande influência na formação ética dos pesquisadores, bem como servir de base para regulamentações posteriores e, infelizmente, não impediu que ainda ocorressem abusos nas pesquisas médicas.
Resumo 2: Declaração de Helsinque
A intitulada “Declaração de Helsinque” foi um documento o qual revia os
preceitos do código de Nuremberg, visto que, de modo errôneo, o código era associado apenas à crimes do nazismo, abrindo precedentes para que não se respeitasse o código em questão em outras ocasiões, indignando a Associação Médica Mundial (AMM), que devido aos fatos encontrados, elaborou o novo documento. Feito em 1964 na capital da Finlândia, Helsinque, possui força normativa de cunho deontológico, contendo obrigações, responsabilidades e direitos para a realização de pesquisas de forma ética e responsável, de modo a formular um protocolo de pesquisa a ser conduzida por pesquisadores qualificados, sob a vigilância de outras pessoas competentes. Dentre as normativas presentes, destaca-se a previsão de riscos e benefícios, a prevalência dos direitos do voluntário, a exigência de atenção especial nas experiências que possam alterar a personalidade do(a) cobaia. A Declaração sofreu inúmeras revisões ao longo dos anos, nas quais aprovou-se a obrigatoriedade prévia de instauração de um Comitê de Ética (Tóquio, 1975), o reconhecimento do direito moral de menores de idade em participar de pesquisas caso haja desenvolvimento moral e aprovação dos responsáveis legais (Veneza, 1983), a possível utilização de placebo (Edimburgo, 2000), entre outros... Portanto, consta ser mais uma importante ferramenta para que servisse de base para o norteamento de instituições quanto à pesquisa em seres humanos.
Resumo 3: Diretrizes internacionais para a pesquisa biomédica
As “Diretrizes internacionais para a pesquisa biomédica” foi um importante
desdobramento da “Declaração de Helsinque”. Proposta em 1982 pelo Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS), uma organização internacional não-governamental, em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNESCO, teve como objetivo, por meio de suas diretrizes, indicar a aplicação de princípios éticos fundamentais para a pesquisa com seres humanos em países em desenvolvimento, os quais não haviam normativas. Criada após vários escândalos ocorridos, mesmo após a criação do Código de Nuremberg e da Declaração de Helsinque, e também devido à transferência de pesquisas com seres humanos para países em desenvolvimento, cujos custos de pesquisa eram mais baixos, as diretrizes levavam em conta a cultura local, circunstâncias socioeconômicas, legislações nacionais e disposições executivas e administrativas. Portanto, mais um dispositivo com o intuito de minimizar impactos de pesquisas em humanos em países menos desenvolvidos e carentes de normativas sobre o tema.