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UNIDADE V - AÇÃO CIVIL EX DELICTO:

1. Considerações iniciais;

2. Formas de reparação:

2.1. restituição;
2.2. ressarcimento;
2.3. reparação;
2.4. indenização.

3. Sistemas processuais

3.1. separação (independência);


3.2. solidariedade;
3.3. confusão;
3.4. livre escolha.

4. Execução civil da sentença penal (art. 63 do CPP):

Art. 63.  Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão


promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do
dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.

Parágrafo único.  Transitada em julgado a sentença condenatória, a


execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do
caput do art. 3871 deste Código sem prejuízo da liquidação para a
apuração do dano efetivamente sofrido. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
2008).

5. Ação civil (art. 64 do CPP):

Art. 64.  Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para


ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do
crime e, se for caso, contra o responsável civil. 

Parágrafo único.  Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá


suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela.

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Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008) (...) IV - fixará valor
mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido;
6. Efeitos da sentença absolutória penal (art. 65, 66, 67 do CPP).

Art. 65.  Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter


sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
       
Art. 66.  Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil
poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a
inexistência material do fato.
       
Art. 67.  Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
       
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
       
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
       
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui
crime.

Assim, pode-se resumir:

a) Não produzem coisa julgada no cível:

 absolvição por não estar provada a existência do fato;


 absolvição por não constituir infração penal o fato;
 absolvição por não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
 absolvição por insuficiência de provas;
 absolvição por excludentes de culpabilidade/ilicitude;
 decisão de arquivamento de inquérito policial/peças de informação.

b) Fazem coisa julgada no cível:

 declarar o juiz penal que está provada a inexistência do fato;


 considerar o juiz penal que o réu não concorreu para a infração penal.

7. Legitimidade na Atuação do Ministério Público (art. 68, CPP):

Art. 68.  Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32,


§§ 1o e 2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil
(art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público2.

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Vide controvérsias e aplicação da tese do STF da “lei ainda constitucional”.
8. Aspectos Importantes:

a) A sentença condenatória produz efeitos cíveis caso haja prescrição do delito?

b) Julgada procedente a revisão criminal que desfaz os efeitos da condenação


criminal, como fica o título executivo?

9. Dispositivos Importantes à Matéria no CC/02 e no CPC:

- Art. 927, CC/02:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente


de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.

- Art. 935, CC/02:

Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se


podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o
seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

- Art. 427-N, II, CPC:

Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: (Incluído pela Lei nº 11.232, de
2005)

I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de


obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; (Incluído
pela Lei nº 11.232, de 2005)

II – a sentença penal condenatória transitada em julgado;

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