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CLASSIFICAÇÃO DA TRABALHABILIDADE

Método de medição
Trabalhabilidade Meios de compactação Graus VÊBÊ Abaixamento do cone
[s] de Abrams [cm]
Terra húmida Vibração potente e compressão >30 -
(pré-fabricação)
Seca Vibração potente (pré-fabricação) 30 a 10 -
Plástica Vibração normal 10 a 2 0a4
Mole Apiloamento - 4 a 15
Fluída Espalhamento e compactação pelo - > 15
próprio peso

Classificação consistência

Classe Tempo Vêbê [s] Classe Abaixamento [mm]


V0 ≥ 32
S1 10 a 41
V1 30 a 22
S2 50 a 91
V2 20 a 12 S3 100 a 151
V3 10 a 7 S4 160 a 211
V4 5a4 S5 ≥ 221
(EN 12350-3) (EN 12350-2)
Exemplo de cálculo pelo método de Faury
Massas volúmicas dos constituintes:
Britas saturadas com superfície seca: 2,6 Kg/dm3
Areia saturada com superfície seca: 2,65 Kg/dm3
Cimento: 3,1 Kg/dm3
Trabalhabilidade pretendida:
De modo a ter abaixamento do cone de Abrams
de 5 a 7 cm ⇒ betão mole
Dosagem de cimento: 300 Kg/m3
Máxima dimensão do agregado:
Dmáx = 25,4 mm
Curva de referência de Faury incluindo o cimento:
A = 30; B = 2 – agregados britados / areia rolada/ (betão mole)
Considerando R/D = 1 ⇒ (R≅D – situação mais desfavorável)
P12,7= 30+17 5√ 25,4 + 2/(1-0,75) = 70,5 %
CURVA DE REFERÊNCIA DE FAURY
Num gráfico com a escala de abcissas proporcional à 5√ da abertura
da malha dos peneiros e abcissas desde d0=0,0065 até “D” traçam-se
duas rectas (0;0,0065 - PD/2;D/2 – 100;D) e adaptam-se os inertes
disponíveis de modo a obter uma curva com andamento semelhante.

B Fórmula a utilizar
PD = A + 17 D + 5
2 R − 0,75 para R/D>1
D
d0=0,0065 porque se supõem ser a menor dimensão dos grãos de
cimento (ou seja a menor dimensão de todas as partículas sólidas)
B depende de: potência de vibração
Trabalhabilidade Valores de A Valores de B
Areia rolada Areia britada
Inerte grosso
rolado Inerte grosso britado
Terra húmida <= 18 <= 19 <= 20 1.0
Seca 20 a 21 21 a 22 22 a 23 1 a 1,5
Plástica 21 a 22 23 a 24 25 a 26 1,5
Mole 28.0 30.0 32.0 2.0
Fluída 32.0 34.0 38.0 2.0
Composição do betão - granulometria

Abertura dos peneiros Acumulados passados [%]


Peneiros
Série principal Série secundária Brita 1 Brita 2 Brita 3 Areia
6'' 152,4
4'' 101,6
3'' 76,1
2'' 50,8
1''1/2 38,1 100
1'' 25,4 91,5
3/4'' 19 40,5 100
1/2'' 12,7 3,8 83,8
3/8'' 9,51 0,8 20,2 100 100
nº 4 4,76 0,4 0,8 76,6 99,9
nº 8 2,38 0 0 15,3 98,8
nº 16 1,19 3,6 92,8
nº 30 0,595 2 65,9
nº 50 0,297 1,5 9,4
nº 100 0,149 1 0,2
nº 200 0,074
Material passado através do peneir

0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100

0
0,0065

0,074
0,149
0,297
0,59

1,19

2,38

4,76
6,35
9,52
12,7

Malhas [mm]
19,1
25,4

38,1
50,8

76,2
Curvas Granulométricas

101,6

152,4
Material passado através do peneir

0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100

0
0,0065

0,074
0,149
0,297
0,59

1,19

2,38

4,76
6,35

9,52
12,7

Malhas [mm]
19,1
25,4
Curva de Faury

38,1
50,8

76,2

101,6

152,4
Determinação do índice de vazios
Trabalhabilidade Valores de K Valores de
Índice de vazios: Areia rolada
Inerte grosso Inerte grosso
Areia britada K'
Inerte grosso
rolado britado britado

K K' Terra húmida 0,24 0,25 0,27 0,002

I= 5 + Seca 0,25 a 0,27 0,26 a 0,28 0,28 a 0,30 0,003

D R − 0,75
Plástica 0,26 a 0,28 0,28 a 0,30 0,30 a 0,34 0,003
Mole 0,34 a 0,36 0,36 a 0,38 0,38 a 0,40 0,003
D Fluída ≥0,36 ≥0,38 ≥0,40 ≥0,004

areia rolada, inerte grosso britado


abaixamento 5 a 7 cm – betão mole ⇒ K = 0,36 a 0,38 – 0,37
apiloamento ⇒ K’ = 0,003
R/D = 1
substituindo, vem:

I = 0,37/(5√ 25,4)+0,003/(1-0,75) = 0,205


volume absoluto de matéria sólida:
S = 1-0,205 = 0,795 ⇒ S = 795 l/m3
Cálculo do betão
Percentagem de cimento no volume de sólidos:
dosagem de cimento – 300 Kg/m3
Volume absoluto de cimento – 300/3,1 = 97 l/m3
Volume absoluto de matéria sólida – 795 l/m3
Logo: percentagem de cimento na totalidade dos sólidos:

97 / 795 = 12,2 %

Determinação do volume absoluto dos inertes:


Volume absoluto de matéria sólida – 795 l/m3
Volume absoluto de cimento – 97 l/m3
________________________________________
Volume absoluto de inertes – 698 l/m3
Volume de água
Determinação do volume de água:
Volume de água = índice de vazios – volume de vazios

Logo:

Volume de água = 205 – 15 = 190 l/m3


Curva de Faury sem cimento
Abcissas Ordenadas Ordenadas descontando Restabelecimento
(mm) (%) cimento (12,2%) (%) para 100%
D 25,4 100 87,8 100
D/2 12,7 70,5 58,3 66,4
d 0,297 22,5 10,3 11,7

100

90
Material passado através do peneir

80

70

60

50
A laranja – curva de
40
Faury sem cimento
30

20

10

0
0,0065

0,074
0,149
0,297

101,6

152,4
0,59

1,19

2,38

4,76
6,35
9,52
12,7

19,1
25,4

38,1
50,8

76,2
0

Malhas [mm]
Determinação da % dos componentes sólidos
100

Brita 1
90
29%
Material passado através do peneir
80

70
Brita 2
60 19%

50
Brita 3
40 24%
30

20
Areia

28%
10

0
0,0065

0,074
0,149
0,297

101,6

152,4
0,59

1,19

2,38

4,76
6,35
9,52
12,7

19,1
25,4

38,1
50,8

76,2
0

Malhas [mm]
Determinação da percentagem de cada um dos
componentes sólidos

Percentagem de cada componente:

Brita 1 – 29%
Brita 2 – 19%
% face aos agregados
Brita 3 – 24%
Areia – 28%

Cimento – 12,2 %
Correcção da mistura
Cálculo de módulo de finura da curva de referência de
Faury sem cimento:

Abertura dos peneiros Residuos acumulados [%]


Peneiros
Série principal Série secundária Passado Retido
6'' 152,4
4'' 101,6
3'' 76,1
2'' 50,8
1''1/2 38,1 100
1'' 25,4 - 0
3/4'' 19 87 13
3/8'' 9,51 60 40
nº 4 4,76 47 53
nº 8 2,38 36 64
nº 16 1,19 27 73
nº 30 0,595 19 81
nº 50 0,297 12 88
nº 100 0,149 5 95
TOTAL 507
Módulo de finura 5,1
Correcção da mistura
Módulo de finura dos agregados:
Módulo de finura de Brita 1 (29%) – 7,58
Módulo de finura de Brita 2 (19%) – 6,79
Módulo de finura de Brita 3 (24%) – 5,00
Módulo de finura de Areia (28%) – 2,33

m = 7,58 . 0,29 + 6,79 . 0,19 + 5,0 . 0,24 + 2,33 . 0,28 = 5,3

Correcção do módulo de finura dos agregados:


Para igualar módulo de finura da mistura ao módulo de finura
da curva de Faury aumenta-se finura corrigindo a dosagem
essencialmente de finos e grossos:
Brita 1 - 26% (-3%)
Brita 2 - 17% (-2%)
⇒ m = 5,1
Brita 3 - 25% (+1%)
Areia - 32% (+4%)
Composição do betão, em Kg/m3
Volume absoluto dos inertes (698 l/m3):
Para calcular peso da brita é necessário calcular o seu
peso centesimal:
Brita 1 – 0,26 . 698 . 2,6 = 472 Kg/m3
Brita 2 – 0,17 . 698 . 2,6 = 254 Kg/m3
Brita 3 – 0,25 . 698 . 2,6 = 454 Kg/m3
Areia – 0,32 . 698 . 2,65 = 592 Kg/m3

Água = 190 l/m3

Cimento = 300 Kg/m3


Ajustamento da curva global à curva de Faury

Abertura dos Brita 1 Brita 2 Brita 3 Areia Total (curva Curva


peneiros (mm) % 0,26 % 0,17 % 0,25 % 0,32 real) teórica
152,4
101,6
76,1
50,8
38,1 100 26 100 17 100 25 100 32 100 100
25,4 91,5 23,8 100 17 100 25 100 32 97,8 100
19 40,5 10,5 100 17 100 25 100 32 84,5 87
12,7 3,8 1 83,8 14,3 100 25 100 32 72,3 66,4
9,51 0,8 0,2 20,2 5,3 100 25 100 32 62,5 60
4,76 0,4 0,1 0,8 0,1 76,6 19,2 99,9 32 51,4 47
2,38 0 0 0 0 15,3 3,8 98,8 32 35,8 36
1,19 3,6 0,9 92,8 30 30,9 27
0,595 2 0,5 65,9 21 21,5 19
0,297 1,5 0,4 9,4 3 3,4 12
0,149 1 0,3 0,2 0,1 0,4 5
0,074
Material passado através do peneir

0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100

0
0,0065

0,074
0,149
0,297
0,59

1,19

2,38

4,76
6,35
9,52
12,7

Malhas [mm]
19,1
25,4

38,1
50,8

76,2

101,6

152,4
Ajustamento da curva global à curva de Faury

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