Você está na página 1de 8

INSTITUTO CUIABANO DE EDUCAÇÃO

Faculdades Integradas Mato-Grossenses de Ciências Sociais e Humanas

Projeto de Pesquisa

Implantação de sistema de gestão de riscos no Tribunal de Justiça


do Estado de Mato Grosso

Priscila Confessor Bispo


Sandra Regina Mazzer Cunha
Vitor Odenor

Cuiabá
2018
1

Sumário
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................2
PROJETO DE PESQUISA.....................................................................................................2
1. O tema...............................................................................................................................2
2. Problema...........................................................................................................................2
3. Hipótese............................................................................................................................2
4. Objetivos...........................................................................................................................2
4.1. Objetivo geral...............................................................................................................2
4.2. Objetivos específicos...................................................................................................2
5. Justificativa.......................................................................................................................3
6. Metodologia Aplicada......................................................................................................6
7. Cronograma......................................................................................................................6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................6
2

INTRODUÇÃO

PROJETO DE PESQUISA

1. O tema
A implantação de sistema de gestão de risco no Tribunal de Justiça do Estado de
Mato Grosso.

2. Problema
É possível aplicar a gestão de risco em uma organização pública do poder
judiciário?

3. Hipótese
A definição de um sistema de gestão de risco consistente e adequado ao contexto
do TJMT contribui para a implantação e adoção do processo pela organização, de
modo que possa usufruir dos benefícios do mesmo.

4. Objetivos

4.1. Objetivo geral


- Elaborar uma proposta de sistema de gestão de risco para ser implantado no
TJMT.

4.2. Objetivos específicos


- Elaborar uma proposta de processo de gestão de risco para ser implantado no
TJMT.
- Propor um plano de ação para implantação de processo de gestão de risco.
3

5. Justificativa
A sociedade atual está vivenciando um período sem precedentes de acesso a
uma gama enorme e crescente de informação de diferentes fontes e formatos,
proporcionado pelas tecnologias da informação e comunicação. A informação está
presente em diferentes dispositivos, como: televisão, rádio, computadores,
dispositivos móveis etc. interligados a rede mundial de computadores - internet.
Nesse sentido a administração pública vem sendo cobrança pela divulgação de
informações e transparência de suas ações e resultados, ou seja, prestação de
contas dos recursos utilizados, serviços prestados e benefícios alcançados.
Algumas legislações contribuem e impõem obrigação de fazer aos entes,
como a - Constituição Federal que em seu artigo 37, caput, indica, de maneira
expressa, como princípios da Administração Pública (direta e indireta): Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. A Lei 12.527 de 2.011 - Lei
Acesso à Informação – LAI, regulamenta o direito constitucional
de acesso às informações públicas, está em vigor desde 16 de maio de 2012. Esta
lei criou mecanismos que possibilitam, a qualquer pessoa, física ou jurídica, sem
necessidade de apresentar motivo, o recebimento de informações públicas dos
órgãos e entidades, valendo para os três Poderes da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, inclusive aos Tribunais de Conta e Ministério Público.
Atingindo também entidades privadas sem fins lucrativos que são obrigadas a dar
publicidade a informações referentes ao recebimento e à aplicação de recursos
públicos por elas recebidos. Inclusive tipifica condutas ilícitas e define
responsabilidades ao agente público ou militar que se recuse a fornecer as
informações solicitadas pela sociedade, cidadão ou qualquer entidade.
A atuação de mecanismos de controle externo e interno, como os tribunais de
contas, Conselho Nacional de Justiça - CNJ, os órgãos de controladoria e
corregedoria, e ainda a participação da sociedade civil organizada, quer seja no
consumo das informações ou ainda na participação em fóruns, conselhos,
audiências públicas e afins na propositura de políticas públicas e ações prioritárias.
A sociedade necessita e cobra cada vez mais serviços públicos de qualidade,
gerando preocupação de seus administradores com o controle mais efetivo dos
processos internos e resultados, pelos quais são responsáveis. Neste cenário a
gestão de riscos pode ser uma alternativa que contribui na concretização das ações
planejadas e atingimentos dos resultados almejados.
4

De acordo com o Referencial Básico de Gestão de Riscos do Tribunal de


Contas da União "risco é o efeito da incerteza sobre objetivos estabelecidos. É a
possibilidade de ocorrência de eventos que afetem a realização ou alcance dos
objetivos". Com intuito de estar preparada para esse cenário de insegurança as
instituições públicas governamentais devem implantar a Gestão de Riscos associada
ao Gerenciamento de Processos de Negócios, com a finalidade de propiciar o
controle e a previsibilidade sobre os resultados, maximizando as possibilidades de
cumprir o planejamento estratégico definido pela instituição. Analogamente no Poder
Judiciário do Estado de Mato Grosso, cenários de dubiedade se apresentam junto
aos desafios ensejados pelo jurisdicionado, CNJ, Tribunal de Contas do Estado e
pela crise econômica que assola todas as Unidades Federativas do País.
Em primeiro lugar é preciso atender os anseios do jurisdicionado por serviços
mais ágeis e acessíveis, conforme o CBOK “o propósito principal de uma
organização é gerar valor para o cliente por meio de seus produtos e/ou serviços”,
embora isso seja uma prioridade pela alta administração do TJMT, os números
apontados no Relatório Estatístico Anual da Ouvidoria do Poder Judiciário de Mato
Grosso, de 2017, das 4866 manifestações recebidas cerca de 82,80% foram
classificadas como reclamações.
Em segundo lugar é imprescindível atender os requisitos da Portaria 18 de 23
de Abril de 2018 do CNJ que regulamenta as regras para instituição do Selo Justiça
em Números, para pontuação no recebimento do Selo de Qualidade da Instituição.
Essa portaria visa entre outras coisas promover incentivo à melhoria da eficiência na
prestação jurisdicional, aumentar o acesso público às informações estatísticas do
judiciário brasileiro e reconhecer o aprimoramento feito pelos tribunais na gestão,
organização e disseminação das informações.
Em terceiro lugar, ainda sobre políticas do CNJ, é necessário garantir
conformidade nos itens da Resolução 211 de dezembro de 2015, que institui a
Estratégia Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder
Judiciário (Entic-JUD) definindo como missão “melhorar a infraestrutura e a
governança de TIC para que o Poder Judiciário cumpra sua função institucional”,
visando reconhecimento “como um referencial em governança, gestão e
infraestrutura da Tecnologia da Informação e Comunicação”.
Em quarto lugar é preciso lidar com os apontamentos realizados pelo Tribunal
de Contas do Estado – TCE, que dentro de suas atribuições, garantidas pela Lei
5

Complementar N° 269, de 22 de Janeiro de 2007, “julga as contas dos Poderes


Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, bem como as contas dos
demais administradores e responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos das
unidades dos Poderes do Estado”. Embora os apontamentos sejam obedecidos e
ajustados é de grande importância realizar uma ação preventiva com a finalidade de
evitar prejuízos ao erário público.
Em último lugar pesa sobre o Tribunal a crise econômica que atinge o Estado
de Mato Grosso com queda na receita e questionamentos sobre os valores do
duodécimo repassados pelo poder executivos aos poderes judiciário e legislativo.
Em suma, a pluralidade de cenários de riscos vivenciados pelo Poder
Judiciário do Estado de Mato Grosso, cria uma esfera de incertezas que prejudica
diretamente a realização dos objetivos estratégicos da instituição. Implantar um
sistema de gestão de riscos associada ao gerenciamento de processos de negócios
pode gerar um aumento na perspectiva de geração de valor para o cliente final,
permitindo que a alta gestão tenha controle sobre as mais diversas situações e
resultados gerados, pela identificação prévia de possíveis eventos que podem
comprometer o atingimento dos objetivos, o cumprimento de prazos, leis e
regulamentos etc.
A definição de um processo adequado à cultura e as necessidades de uma
organização é imprescindível para que possa ser incorporado pelas unidades e
servidores e assim cumprir seu objetivo. O contexto que a organização está inserida
e sua cultura são únicos, singulares. Dessa forma, é altamente recomendável a
utilização de referenciais e técnicas para desenho, implantação e monitoramento de
processos. A elaboração de proposta de implantação do sistema de gestão de risco
no TJMT deve levar em conta todos esses fatores. Serão utilizados como
referenciais a ISO 31010, o COSO e o BPM CBOK.
6

6. Metodologia Aplicada
O trabalho será desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e documental. A
pesquisa bibliográfica será desenvolvida com a consulta a obras publicadas em
livros e artigos científicos acerca dos assuntos a serem abordados: gerenciamento
de processos e gestão de riscos. E ainda pesquisa a documentos do TJMT em site,
documentos publicados e disponibilizados pela organização mediante solicitação, e
a normas técnicas da ABNT.

7. Cronograma

  Dez/2018 Jan/ Fev Mar


Projeto de pesquisa      
Levantamento de dados      
Processamento dos dados      
Análise dos dados      
Redação da monografia      

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução Nº 215, de 16 de Dezembro de


2015. Dispõe, no âmbito do Poder Judiciário, sobre o acesso à informação e a
aplicação da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, Brasília, DF, dez 2015.
Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=3062>. Acesso
em: 16 dez. 2018.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Portaria 18, 23 de Abril de 2018. Institui o


Selo Justiça em Números e estabelece seu regulamento, Brasília, DF, abr 2018.
Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/atos-normativos?documento=2563>. Acesso
em: 16 dez. 2018.

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MATO GROSSO. Lei Complementar N°


269, de 22 de Janeiro de 2007. Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas
do Estado de Mato Grosso e dá outras providências, Cuiabá, MT, jan 2007.
7

Disponível em:
<http://www.controladoria.mt.gov.br/documents/364510/5147237/LEI+COMPLEMEN
TAR+269-2007/a60f8420-7cf4-49bc-b5ca-e4a85c85489f>. Acesso em: 16 dez.
2018.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO. Ouvidoria. Relatório


Estatístico Anual da Ouvidoria do Poder Judiciário de Mato Grosso. Mato Grosso,
2017. Relatório. Disponível em:
<http://www.tjmt.jus.br/INTRANET.ARQ/CMS/GrupoPaginas/41/1079/file/Relatorio
%20-%20ANUAL%20-%20%202017%20%20PAISAGEM.pdf>. Acesso em: 16 dez.
2018.

BPM CBOK – Guia para o Gerenciamento de Processos de Negócio. Corpo Comum


do Conhecimento – ABPMP BPM CBOK V3.0, Associationof Business Process
Management Professionals, 2013.

BRASIL. Ministério do Planejamento. Guia de orientação para gerenciamento de


risco. Brasília, DF, 2013. Disponível em: Acesso em: 30 ago. 2017. 94 BRASIL.
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Manual de gestão de
integridade, riscos e controles internos da gestão. Brasília, DF, 2017c. Disponível
em:<http://www.planejamento.gov.br/assuntos/gestao/controle-interno/
171023_manual_de_girc_versao_2-0.pdf> . Acesso em: 16 dez 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 31000: Gestão de


Riscos Princípios e Diretrizes: Referências. Rio de Janeiro, 2009.

COMMITTEE OF SPONSORING ORGANIZATIONS OF THE TREADWAY


COMMISSION - COSO, 2007. Gerenciamento de Riscos na Empresa - Estrutura
Integrada: Sumário Executivo e Estrutura. 2007. Disponível em:
<https://www.coso.org/Documents/COSO-ERM-Executive-Summary-
Portuguese.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2018.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. TJMT. Disponível em: http://www.tjmt.


jus.br/Institucional/C/18638/#.XA0X49tKjIV. Acessado em: 07 dez 2018.

Você também pode gostar