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Aula de Geografia 8
ATIVIDADE 8
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9-O ESTADO NA ECONOMIA GLOBALIZADA
No capitalismo, o Estado sempre desempenhou funções fundamentais à manutenção
desse sistema: manter a lei e a ordem, preservar a propriedade privada, resolver
conflitos entre grupos sociais e econômicos, defender as fronteiras do país, determinar e
controlar as regras comerciais e econômicas, estabelecer relações políticas e comerciais
com outros Estados. Com algumas variações de país para país, o Estado foi agregando
uma série de outras funções:
• instalação de empresas estatais, principalmente no setor de infraestrutura, como o
siderúrgico e o petroquímico;
• construção e manutenção de rodovias, ferrovias, viadutos, portos, aeroportos, usinas e
redes de distribuição de energia elétrica;
• participação acionária em empresas dos mais variados setores;
• investimento em educação, saúde, moradia e pesquisa;
• criação do sistema de aposentadorias, pensões e seguro-desemprego;
• controle da circulação da moeda; • realização de empréstimos a juros baixos e isenção
de impostos para determinados grupos econômicos ou sociais;
• estabelecimento da taxa de juros, que serve de base para as atividades financeiras,
inclusive as bancárias.
No início da década de 1980, retomou-se a discussão sobre o papel do Estado, por causa
de crises econômico-financeiras e dos elevados déficits públicos de muitos países. A
crise e a nova economia globalizada exigiam um Estado que não interferisse no livre-
comércio, facilitasse a atuação das grandes empresas, cobrasse menos impostos e
reduzisse seus gastos. Essas idéias e propostas fazem parte do pensamento econômico
neoliberal. Implantadas inicialmente nos Estados Unidos, no governo de Ronald Reagan
(1911-2004) e no Reino Unido, pela primeira-ministra Margareth Thatcher (1925-
2013), foram seguidas por diversos países.
Na concepção neoliberal:
• o Estado deve intervir pouco na economia, procurando eliminar barreiras ao comércio
internacional, atrair investimentos estrangeiros, privatizar as empresas públicas, manter
o equilíbrio fiscal (diferença entre arrecadação de impostos e as despesas públicas) e
controlar a inflação;
• não é papel do Estado extrair petróleo ou minérios, administrar refinarias e
siderúrgicas nem participar de qualquer outro tipo de atividade econômica. A produção
de mercadorias é papel das empresas particulares;
• cabe ao Estado estimular a pesquisa tecnológica para apoiar a iniciativa privada,
assegurar a estabilidade econômica e facilitar o livre funcionamento do mercado;
• os direitos trabalhistas devem ser revistos (e restringidos), pois acabam inibindo a
contratação por parte das empresas. Gastos elevados com mão de obra acabam sendo
repassados para o preço dos produtos, que perdem competitividade no mercado
internacional;
• o sistema de proteção social (seguro-desemprego, aposentadoria e outros) deve ser
reestruturado de modo a contribuir para a redução do déficit público (situação em que o
Estado gasta mais do que arrecada);
• as despesas do Estado nos setores sociais (saúde e educação, por exemplo) devem ser
limitadas, para que os impostos cobrados das empresas e da sociedade como um todo
também não sejam elevados.
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A adoção das práticas neoliberais levou
vários Estados a flexibilizar os mecanismos de controle da economia e das barreiras
comerciais, tornando os países em desenvolvimento menos competitivos nos
intercâmbios internacionais. Com isso, ampliaram-se as desigualdades sociais e
econômicas entre os países, visto que o neoliberalismo e a livre-concorrência atendem
melhor aos países desenvolvidos, que têm grande capacidade de investimento,
tecnologia mais avançada e maior capacidade competitiva no mercado mundial.
ATIVIDADE 9
Alegoria
Quando um artista
representa simbolicamente
uma idéia por meio de
imagens, dizemos que ele
está usando uma alegoria.
A alegoria pode também
aparecer na literatura. Os
textos alegóricos mais
conhecidos são as fábulas,
nas quais geralmente há
uma moral da história em
que se explica seu sentido
figurado.
10-CONSENSO DE WASHINGTON
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sugestões do Consenso de Washington. Nada era obrigatório, mas seguir suas
determinações básicas era condição para receber ajuda financeira externa e atrair
capitais estrangeiros.
Países como a Índia e, sobretudo, a China, que vêm apresentando crescimento
econômico expressivo desde os anos 1980, não promoveram uma liberalização
profunda, como fizeram, por exemplo, Argentina, México e Brasil.(fig 1)
ATIVIDADE 10
Faz uma pesquisa e escreve o que significa risco-país?
Diversos bancos criaram títulos que tinham como garantia os financiamentos para a
compra de imóveis (títulos garantidos com hipotecas). Investidores que adquiriam esses
títulos emitiam, por sua vez, outros títulos, que tinham como garantia os primeiros. Isso
se espalhou por todo o sistema financeiro, formando uma bolha especulativa,
caracterizada pelo processo descrito e por uma valorização artificial dos títulos (a
expressão “bolha” também é aplicada quando há valorização artificial de ações ou de
imóveis, que no caso é a “bolha imobiliária”).
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Como conseqüência da crise financeira e
econômica de 2008, muitas pessoas se viram
sem condições de pagar os financiamentos
imobiliários e tiveram seus bens retidos pelos
credores. Na imagem, casa à venda em
Corona, na Califórnia (Estados Unidos), 2008.
Com a redução das vendas, muitas empresas ficaram com capacidade de produção
ociosa e passaram a demitir; outras demitiam sob o pretexto de se preparar para a crise.
Com as demissões, houve perda de renda dos assalariados e diminuição do consumo.
Nessa situação, os que estavam empregados preferiam poupar e, com isso, a crise se
intensificou.
No contexto dessa crise, as agências de risco foram duramente criticadas, uma vez que
haviam dado notas elevadas para bancos que semanas depois acabaram falindo. Foram
acusadas pelo governo estadunidense de veicularem informações erradas, e, por isso,
num acordo extrajudicial em 2015, a Standard & Poor’s aceitou pagar ao Tesouro dos
Estados Unidos quase 1,4 bilhão de dólares. Tal situação abalou a credibilidade dessas
agências de classificação de risco.
Em razão da forte integração entre as economias nacionais no contexto da globalização
e pelo fato de a crise ter surgido e afetado os Estados Unidos, país que gera cerca de 1/5
do PIB mundial, seus efeitos rapidamente foram sentidos em todo o mundo, em maior
ou menor grau.
Diversas estratégias de socorro a bancos e empresas foram elaboradas. Os governos
estadunidense e de outros países desenvolvidos disponibilizaram vultosos recursos
financeiros para salvar bancos e grandes empresas, visando conter a crise – trilhões de
dólares foram utilizados para esse fim
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Manifestantes gritam no Wall Street, no Distrito Financeiro de Nova York (Estados
Unidos), durante uma manifestação contra a ajuda do governo para as grandes
corporações, em 2009. Os manifestantes exigiam que o governo socorresse as pessoas, e
não os bancos e as grandes empresas. No cartaz do centro da imagem, lê-se: “As
pessoas precisam de emprego”.
ATIVIDADE 11
Que você entendeu sobre este assunto e faça um resumo
New Deal O período subsequente à crise de 1929, conhecido como a Grande Depressão,
obrigou os países a se reorganizarem economicamente. Como a superprodução havia
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sido a principal razão da crise, os países industrializados, inicialmente os Estados
Unidos, tomaram duas medidas básicas para resolver o problema:
• participação mais efetiva do Estado no planejamento das atividades econômicas, tendo
em vista, entre outros objetivos, a adequação entre a quantidade de mercadorias
produzidas e a demanda do mercado;
• aprimoramento da distribuição da renda, dando melhores condições financeiras aos
trabalhadores, com o objetivo de ampliar o mercado de consumo. Partindo dessas
iniciativas básicas, os Estados Unidos conseguiram contornar os efeitos da crise com
maior eficiência e rapidez. Com a criação de um amplo programa de obras públicas, o
governo do presidente Franklin Roosevelt (1933-1945) conseguiu aos poucos amenizar
o desemprego e manter a economia relativamente aquecida.
O New Deal (Novo Acordo), como ficou conhecido Keynes (1883-1946). Para
Keynes, Maynard esse programa, era inspirado nas teorias do economista John o
Estado não poderia se limitar a regular as questões de ordem socioeconômica e política,
mas deveria ser também um planejador, que daria as diretrizes, fixaria as metas e
estimularia determinados setores da economia. O New Deal respeitava a iniciativa
privada e as leis de mercado, mas acreditava que alguns setores da economia deveriam
contar com a intervenção do Estado, principalmente os relacionados à infraestrutura.
Bem- de O New Deal lançou as bases do Estado Social (Welfare State, em inglês) nos
Estados -estar Unidos através de políticas de distribuição de renda, seguro-desemprego,
sistema de aposentadoria e regulação trabalhista. O conceito de Welfare State aplica-se
ao Estado que desempenha um papel fundamental na proteção e na promoção do bem-
estar econômico e social dos cidadãos. As ideias de Keynes foram implementadas
também em vários países da Europa.
ATIVIDADE 12
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reunião ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio), a fim de
defender os interesses desses países, sobretudo nas negociações que tratam do
comércio global de mercadorias agrícolas, das quais são grandes produtores e
exportadores
O Grupo conta com a participação de Chefes de Estado, Ministros de Finanças e
Presidentes de Bancos Centrais de 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia
Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados
Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e
Turquia.
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Voluntário de grupo humanitário distribui refeições em praça de Atenas (Grécia), 2012. A crise
econômica que assolou o país durante aquele ano foi agravada pelas medidas de austeridade impostas pela
União Europeia, e os níveis de desemprego superaram 20% da população economicamente ativa.
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Faça um resumo do que você entendeu