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CONCRETO – 1º ENCONTRO

ENGENHARIA CIVIL
OBJETIVOS

Será objetivo do presente encontro é:


- Conhecer os elementos de um projeto Estrutural
RELEMBRANDO NOSSO ENCONTRO ANTERIOR...
3º EXERCÍCIO

Você irá projetar uma ponte em concreto protendido situada no porto de Santos/SP.. Determine segundo critérios da
ABNT NBR 6118, com base nestas informações fornecidas pelo contratante:

- Classe de Agressividade Ambiental,


- Relação a/c em massa que o concreto deve possuir e
- Classe do Concreto e
- Cobrimento Nominal da viga
PROJETO ESTRUTURAL EM CA
OBJETIVOS E COMPONENTES DO PROJETO

O projeto estrutural de uma edificação tem por objetivo garantir que um determinado projeto arquitetônico seja
implantado no local adequado e fornecer subsídios para a construção de uma estrutura que seja capaz de resistir
aos esforços atuantes na mesma.

O produto de um projeto estrutural em concreto armado deve constar de desenhos, especificações técnicas e
critérios de projeto, sendo que as especificações técnicas e critérios de projeto podem estar relacionadas nos
desenhos ou em um documento à parte.
ELEMENTOS DE UM PROJETO ESTRUTURAL EM CA

A relação de desenhos constantes do projeto estrutural prevê os seguintes componentes:


- Planta de Cargas e Locação de Pilares
- Plantas de Formas
- Plantas de Armação

OBS. Projetos Estruturais em CA devem obedecer a norma NBR 6118 – Projeto de Estruturas em Concreto
(Procedimento)
COMPONENTES DO PROJETO ESTRUTURAL
NORMA TÉCNICA

A Norma Brasileira NBR 7191 – Execução de desenhos para obras de concreto simples e armado, regulamente a
padronização dos desenhos de um projeto estrutural em CA e é baseado nesta norma que iremos aprender as regras
para confecção de um desenho de representação.
PLANTA DE CARGAS E LOCAÇÃO DOS PILARES

A Planta de Cargas e Locação de Pilares é, geralmente o primeiro desenho de um projeto estrutural. As informações
desse desenho, juntamente com as oriundas das sondagens do terreno, permitirão a escolha do tipo de fundação
(sapata, estaca, tubulão), mais adequada à obra. A planta de Cargas e Locação de pilares é um desenho
relativamente simples, que apresenta as seguintes informações:

- A seção dos pilares (dimensões) em relação aos 2 eixos de referência do terreno(em geral o alinhamento e uma
das divisas laterais);
- Todas as cargas que serão transmitidas aos elementos de fundação e, posteriormente à camada resistente do
solo.
PLANTA DE CARGAS E LOCAÇÃO DOS PILARES
PLANTA DE LOCAÇÃO DAS FUNDAÇÕES

É desejável que a escolha do tipo de fundação seja feita por um profissional especializado em Mecânica dos Solos
(engenheiro de fundações). Somente depois da definição do tipo de fundação a ser empregada pode-se dar início à
execução do primeiro desenho do projeto estrutural necessário ao inicio da obra (Desenho de Formas da Fundação).
DESENHO DE EXECUÇÃO DE FORMAS

O desenho para a confecção das formas de um pavimento é composto por uma planta da estrutura que sustenta
aquele pavimento, ou seja, o conjunto de pilares, vigas e lajes.

Neste desenho, os detalhes informados devem definir perfeitamente os elementos estruturais por meio de suas
dimensões e ter sua localização em relação aos eixos e linhas de referência importantes. Desta maneira devem ser
feitos tantos cortes e/ou elevações quantos forem necessários para a perfeita definição dos elementos estruturais
em representação.
DESENHO DE EXECUÇÃO DE FORMAS

Um desenho de formas deve ser executados em escala 1:50 ou em outra


escala comumente usada no meio técnico, desde que a clareza do desenho
não seja prejudicada. Para cada pavimento ou nível estrutural existirá um
desenho para a execução das formas. Em um edifício usual em Concreto
Armado, os desenhos a serem executados são os seguintes: Formas das
Fundações, Formas do Pavimento Tipo, Formas da Cobertura, Formas da
Casa de Máquina e do Barrilete e Formas do Reservatório Elevado, etc.
DESENHO DE EXECUÇÃO DE FORMAS
REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS DE UMA PLANTA DE FORMAS
PILARES
Os Pilares são representados no desenho de forma em corte, ou seja,
representa-se a seção transversal do pilar com as respectivas dimensões
para o pavimento em questão.
Em geral, especificamente para edifícios de poucos pavimentos, costuma-
se manter a mesma seção dos pilares até a cobertura. Entretanto, existem
situações em que as dimensões da seção do pilar variam de um
pavimento para outro. Além disso, podem existir pilares que tem início
(nascem) no pavimento em representação ou pilares que são
interrompidos (morrem) neste pavimento. Assim, convêm estipular uma
notação para a representação de pilares em tais situações. A notação
usual está representada na figura ao lado.
Deve-se notar que, a parte da seção do pilar P1 é interrompida (morre)
no pavimento e o restante dos pilares continua nos demais pavimentos.
REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS DE UMA PLANTA DE FORMAS
VIGAS
No desenho de formas, as vigas são representadas em planta,
devendo-se fornecer informações tais como dimensões da seção
transversal (largura e altura) e o comprimento das mesmas.
Informações e detalhes construtivos adicionais devem ser
representados por meio de cortes na própria planta em separado.
Na planta de formas estruturais, as vigas são observadas de baixo para
cima e seção representadas no desenho por meio de duas linhas
espaçadas de sua largura ao longo do comprimento da mesma. Tais
linhas representam as arestas visíveis e as arestas invisíveis (com o
observador olhando de baixo para cima). A arestas visíveis são
representadas por linhas cheias e as invisíveis por linhas tracejadas.
No caso de vigas invertidas, pode-se ter a representação por linha
cheia (aresta visível) e linha tracejadas (aresta invisível), conforme
desenho ao lado.
REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS DE UMA PLANTA DE FORMAS

LAJES
As lajes em um desenho de formas estão praticamente definidas após
a representação dos pilares e vigas. O único cuidado a ser tomado diz
respeito a representação de rebaixos, superelevações ou aberturas
existentes nas lajes.
Os rebaixos e as superelevações acontecem quando o nível de uma laje
não coincide adotado para o desenho da forma, o qual corresponde
geralmente, ao nível da maioria das lajes representados no desenho de
formas.
Um exemplo da representação de rebaixos nos desenhos de formas
está ilustrado na figura ao lado aonde se observa que L2 está rebaixada
em relação ao nível das demais lajes.
As aberturas das lajes são representadas por duas linhas que ligam os
vértices da abertura.
REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS DE UMA PLANTA DE FORMAS

ESCADAS
A escada geralmente não é representadas no desenho de formas do pavimento ao qual pertence. Um desenho
especial deve ser feito, em prancha à parte e em escala maior que a escala adotada no desenho de formas, para a
representação da escada.
DESIGNAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

É usual obedecer a simbologia para designação dos elementos estruturais representados nas formas. A designação
deve ser seguida pelo respectivo número de ordem do elemento (numeração) e também da indicação de suas
dimensões (espessura da laje, dimensões da seção transversal de vigas e pilares, etc).
NUMERAÇÃO E INDICAÇÃO DAS DIMENSÕES DOS ELEMENTOS

NUMERAÇÃO E INDICAÇÃO DAS ESPESSURAS DAS LAJES


Juntamente com a designação (símbolo) de cada laje indica-se
o seu número de ordem. A numeração das lajes normalmente
é feita partindo-se do canto superior esquerdo até atingir o
canto inferior direito. Ou seja, a numeração é feita da
esquerda para a direta e de cima para baixo.
Imediatamente abaixo da designação e numeração da laje
deve-se indicar obrigatoriamente a espessura da mesma. O
conjunto designação, numeração e indicação de espessura
deve ser posicionado, sempre que possível, próximo ao centro
da laje.
NUMERAÇÃO E INDICAÇÃO DAS DIMENSÕES DOS ELEMENTOS
NUMERAÇÃO E INDICAÇÃO DAS DIMENSÕES DAS VIGAS
Juntamente com a designação de cada viga indica-se o seu número de
ordem. A numeração das vigas é feita de maneira semelhante às lajes,
ou seja, as vigas são numeradas da esquerda para a direita e de cima
para baixo. A numeração inicia-se pelas vigas dispostas
horizontalmente (em planta) partindo-se do canto superior esquerdo e
prosseguindo-se por alinhamentos sucessivos até atingir o canto
inferior direito. Em seguida numera-se as vigas dispostas
verticalmente, partindo-se do canto inferior esquerdo e prosseguindo-
se por fileiras sucessivas até atingir o canto superior direito.
Deve-se indicar, juntamente a designação e a numeração, as
dimensões da seção transversal da viga. O conjunto é posicionado na
parte superior das linhas de representação das vigas na desenho de
formas. Quando alguma das dimensões da seção se alterar ao longo
do comprimento da viga, uma nova indicação deve ser feita.
NUMERAÇÃO E INDICAÇÃO DAS DIMENSÕES DOS ELEMENTOS

NUMERAÇÃO E INDICAÇÃO DAS DIMENSÕES DOS PILARES


Juntamente com a designação de cada pilar indica-se o seu número de
ordem. A enumeração dos pilares é feita partindo-se do canto superior
esquerdo do desenho da esquerda para a direita, em linhas sucessivas.
Deve-se indicar, juntamente com a designação e a numeração, as dimensões
da seção transversal do pilar. No caso de variação destas dimensões no
pavimento, deve-se indicar as dimensões antigas e as novas dimensões do
pilar. O conjunto designação, numeração e indicação das dimensões de cada
pilar deve ser colocado em baixo e à direita da representação deste pilar
no desenho de formas.
CORTES FEITOS NOS DESENHO DE FORMAS
Os cortes verticais feitos na planta de formas são necessários para
mostrar detalhes que não podem ser mostrados em planta, tais como
níveis das lajes (rebaixos e superelevações), aberturas horizontais em
vigas, etc. contribuindo para a maior clareza do desenho.

É comum apresentar dois cortes na forma, um transversal e outro


longitudinal. Para formas simples, muitas vezes um só corte pode ser
suficiente.

Os referidos cortes verticais são representados no ´próprio local do


desenho aonde é feito. Desse modo, os cortes verticais são rebatidos no
plano horizontal do pavimento em questão, respeitando-se a convenção
de que o observador vê o desenho de frente ou pela direita.
DEMAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES NAS PLANTAS ESTRUTURAIS

NÍVEL
O Nível de referência utilizado em todos os projetos de subsistemas de edifícios deve sser único para evitar
equívocos no canteiro de obras. A referência adotada no levantamento plani-altimétrico precisa ser a mesma
utilizada na sondagem geotécnica, no projeto arquitetônico, no projeto de estruturas e assim por diante. Essa
prática, apesar de óbvia, às vezes não é adotada.

EIXOS E COTAS ACUMULADAS


Pelo menos dois eixos ortogonais precisam ser definidos de comum acordo entre o projetista da estrutura e o
arquiteto. Com eles serão locados na obra os gabaritos, as fundações, a estrutura e a alvenaria. Dentre ao critérios
para estabelecer os eixos destacam-se: a ausência de alvenarias ou pilares coincidentes com a projeção dos eixos e o
paralelismo às direções principais de projeto. Por isso, muitas vezes, os eixos estão localizados nos corredores.
Auxilia bastante a execução no canteiro o fato de que as cotas e as distâncias no projeto de estruturas serem
fornecidas acumuladas em relação a estes eixos, além de evitar a propagação de erros.
DEMAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES NAS PLANTAS ESTRUTURAIS

ESPECIFICAÇÕES DAS CARGAS PERMANENTE E ACIDENTAIS

É fundamental que os parâmetros que foram utilizados no cálculo pelo projetista da estrutura estejam
representados no projeto. Só assim, a construtora poderá executar a obra conforme idealizado, respeitando as
espessuras da alvenaria e os revestimentos previstos no carregamento permanente. As cargas permanentes e
acidentais devem ser explicitadas em todas as folhas de forma do projeto. Devem ainda, constar nos projetos os
locais e as massas (ou densidades com respectivas espessuras consideradas) de carregamentos especiais como
enchimentos, jardins, equipamentos e assim por diante.
CARACTERÍSTICAS DO CONCRETO E OS ASPECTOS DA DURABILIDADE

Conforme já visto, a NBR 6118 especifica que a escolha do concreto deve ser função de peculiaridades de projeto,
tais como agressividade do meio no qual será construído, ou seja o projetista estrutural determina o fck (resistência
característica do concreto à compressão) e o módulo de Elasticidade do concreto (E) e cobrimento das peças como
premissas de cálculo em função da durabilidade da mesma. É desta maneira que se estabelece a relação a/c
máxima, a classe do concreto mínima (resistência à compressão). Além disso devem ser especificadas também
etapas construtivas como retirada de formas e aplicação de protensão.

É importante que o projetista indique no projeto os valores das resistências necessárias para o início da remoção das
formas e escoramento. Desformar peças colocando-as em serviço sem que tenham atingido esta resistência pode
acentuar a fissuração dos componentes fletidos com importante redução da capacidade de suporte e
pronunciamento das flechas.

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