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2012

INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA SUL–RIO-
GRANDENSE | Campus Pelotas

Curso Técnico de Edificações

[REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE PROJETO


ARQUITETÔNICO]
Apostila elaborada pelas professoras da área de Representação Gráfica
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE
PROJETO ARQUITETÔNICO

1. PLANTA DE SITUAÇÃO
Planta que mostra a localização do lote, seu entorno e orientação solar.

1.1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:


1.1.1. Orientação geográfica, com o “Norte” apontando para os quadrantes superiores e
com o terreno em posição longitudinal;
1.1.2. Denominação de no mínimo três logradouros públicos que definam o quarteirão no
qual está inserido o lote (Obs.: em quadras regulares representar as 4 ruas);
1.1.3. Indicar o número do lote;
1.1.4. Título e escala do desenho.
1.2. COTAGEM:
1.2.1. Todas as faces diferentes do lote;
1.2.2. Ângulos internos diferentes de 90º devem aparecer;
1.2.3. Linhas de cotas contínuas;
1.2.4. Distância do lote em relação à esquina mais próxima.
1.3. ESPESSURAS DE TRAÇOS:
1.3.1. Lote: traço grosso;
1.3.2. Quarteirão: traço médio;
1.3.3. Passeios e hachuras: traço fino.
1.4. ESCALA DE APRESENTAÇÃO: 1/1000.

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2. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO E COBERTURA
Planta em que consta a posição da edificação em relação aos limites do terreno,
beirais, indicação do alinhamento predial, passeio público, muros e grades.

2.1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:


2.1.1. Orientação geográfica;
2.1.2. Cotas de nível e RN (referência de nível);
2.1.3. Altura de muros e grades;
2.1.4. Tipo de telha e inclinação;
2.1.5. Calhas;
2.1.6. Chaminés;
2.1.7. Projeção dos reservatórios (opcional);
2.1.8. Acessos e especificação de pisos;
2.1.9. Indicação de rampas com sentido de subida e inclinação;
2.1.10. Alinhamento predial;
2.1.11. Passeio público constando suas características construtivas, especificações de tipos de
pavimento, dimensões. Observar norma 9050/2004 e Código de Obras de Pelotas,
arts. 84 a 93;
2.1.12. Título e escala do desenho.
2.2. COTAGEM:
2.2.1. 1ª linha de cota: largura do passeio, muro, recuos, beirais e construção;
2.2.2. 2ª linha de cota: recuos e total da construção;
2.2.3. 3ª linha de cota: terreno;
2.2.4. Mover para o lado cotas ≤ .20.
2.2.5. Cotas no estilo “1 para 100”, afastadas entre si de 7 a 10 mm.
OBS.: Cotar chaminés junto às mesmas.
2.3. ESPESSURAS DE TRAÇOS: Quanto mais alto, mais espesso. Iniciar pelas chaminés e
volumes dos reservatórios (se houver) com traço grosso (0,6) ou médio grosso (0,4) e
diminuir até os elementos do térreo que serão sempre representados com traços finos.
Também serão representados em linha fina os muros, as hachuras de telhas, de pisos, etc.
2.4. ESCALA DE APRESENTAÇÃO: 1:100 (de acordo com o Código de Obras de Pelotas, se
for apenas planta de localização pode ser na escala 1:200).

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3. PLANTA BAIXA
Vista superior do plano secante horizontal, localizado a aproximadamente, 1,50m do piso de referência.
A altura desse plano pode ser variável para cada projeto de
maneira a representar todos os elementos considerados necessários.

3.1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:


3.1.1. Orientação geográfica (“Norte”): (todas as plantas devem estar na mesma
posição). Pegar no MUB ou Google Maps;
3.1.2. Nomes dos compartimentos: preferencialmente em letras maiúsculas
centralizadas nos compartimentos;
3.1.3. Áreas dos compartimentos: logo abaixo do nome, com unidades de medida (m²).
Ex: DORMITÓRIO
A=14.00 m²
3.1.4. Representação de aparelhos fixos: lavatórios, vasos, chuveiros, pia de cozinha,
fogão, geladeira, freezer (se houver), tanque e máquina de lavar roupas;
3.1.5. Projeções dos beirais: com linha tracejada e com o texto “projeção do beiral”;
3.1.6. Projeção do reservatório superior e alçapão de acesso (se houver): com
linha tracejada e texto indicativo;
3.1.7. Representação de piso cerâmico nas áreas molhadas (banheiros, cozinhas,
área de serviço, garagens, terraços ou outros);
3.1.8. Legenda com acabamentos de piso, teto e parede ou quadro de
acabamentos;
3.1.9. Código de esquadrias acompanhado de quadro de esquadrias;
3.1.10. Encaminhamentos:

Desenho a mão Desenho em CAD


Conforme os blocos do AutoCAD.
Desenho simplificado em plantas
Nas janelas para paredes de 15 cm, usar persiana de
e cortes na 1/50, sem marcos.
enrolar dentro do vão da janela.
3.1.11. Escadas:
3.1.11.1. Com numeração dos degraus e linha de trânsito (TF – 0,1);
3.1.11.2. Especificação das dimensões de espelhos e soleiras, respeitando a fórmula de
Blondel (2H+B=63 a 64). Ex: E= .175
Sol=.28
(16 degraus)
3.1.11.3. Degraus com traço fino (0,1 ou 0,2 no CAD) e guarda-corpo com traço
médio (0,3 no CAD) no desenho à mão.
3.1.11.4. Em planta-baixa não representar o bocel, exceto em detalhamentos de
escadas. Nos cortes representar o bocel “para além” dos limites de desenho
da planta baixa;
3.1.11.5. No primeiro pavimento, degraus acima de 1,50m de altura devem estar
tracejados. No superior todos estão em vista (traço contínuo);

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3.1.12. Indicação de rampas com sentido de subida de início (circunferência) ao fim (seta)
e inclinação;
3.1.13. Representação de soleiras de portas (traço fino: 0,1) e pingadeiras de janelas
(traço fino: 0,2);
3.1.14. Cotas de nível e RN (referência de nível);
3.1.15. Marcação de cortes (conforme orientações Norma 6.492/94);

3.1.16. Indicação dos detalhes e ampliações;


3.1.17. Marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do plano de corte
– tracejado. Indicar com textos as projeções que estão sendo representadas. Ex.:
projeção do beiral, projeção do reservatório superior e etc.;
3.1.18. Título do desenho e escala (abaixo do desenho).
3.2. OBSERVAÇÕES
3.2.1. Nas plantas do segundo pavimento o terreno deve ser representado pelo menos até
o final da edificação, podendo ser interrompido a partir daí em direção aos fundos do
terreno. O recuo de ajardinamento deverá ser representado sempre;
3.2.2. Sentido de leitura dos textos verticais é de baixo para cima. Ex: ↑ (ROTAÇÃO 90º)
3.2.3. Blocos com espessura muito grossa: aqueles que foram desenhados nos layers
Móbil/Móbil 1, Aces/Aces1, etc. (são brancos por fora e cinza internamente) basta
trocar a cor do layer porque os blocos estão na cor “by layer”. Assim os layer de cor
branca/white ficam na cor 2 (yellow) e os de cor cinza ficam na cor 8
(CONVENÇÃO EDI).
3.2.4. Pias, lavatórios e taques devem estar encostados nas paredes do fundo (para não
escorrer água p/ trás). Vasos, máquinas de lavar, geladeiras... não (porque é
necessário espaço para a tomada e tubulações).
3.2.5. Nas viewports das plantas mobiliadas, desligar o layer “legendas esquadrias” porque as
mesmas não devem aparecer na plotagem (CONVENÇÃO EDI).
3.2.6. Para que os tracejados apareçam na impressão, digitar: LT<ENTER> e desmarcar a
caixa “USE PAPER SPACE UNITS FOR SCALING”. Se estiver usando Auto CAD
2008, gerar o “pdf” para mandar plotar, pois é mais seguro que a impressão sairá
como desejada. Para isso basta selecionar na caixa das impressoras a opção “DWG
to PDF.pc3”.
3.2.7. Onde houver muros e/ou grades, indicar a altura dos mesmos.
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3.2.8. Tirar as hachuras que estão sobre os textos ou blocos.
3.3. COTAGEM:
3.3.1. 1ª linha de cotas: detalhes e afastamento entre as esquadrias não centralizadas ou
com gola diferente de 10 cm (se houver); 2ª linha de cota: cotas internas dos
compartimentos e espessuras das paredes; 3ª linha de cota: cotas gerais do volume e
recuos; 4ª linha de cota: cota geral do terreno (apenas uma vez!);
3.3.2. As cotas devem ficar próximas ao desenho, podendo-se utilizar linhas de cotas
internas. Espaçamento entre linhas de cota: de 7 a 10 mm;
3.3.3. Mover para o lado cotas ≤ .15 (escala 1/50) ou ≤ .20 (escala 1/100) no CAD.
3.4. Na planta mobiliada devem aparecer as cotas internas dos compartimentos (usar estilo de
cotas: “mobiliada 1p50”) (CONVENÇÃO EDI).
3.5. ESPESSURAS DE TRAÇOS: Conforme as convenções de representação gráfica;

3.6. ESCALA DE APRESENTAÇÃO: 1/50.

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4. CORTES
Plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido
longitudinal, seja no transversal.

4.1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:


4.1.1. Indicação das cotas verticais;
4.1.2. Indicação das cotas de nível de piso acabado;
4.1.3. Esquadrias em corte e em vista;
4.1.4. Cobertura/telhado e captação de águas pluviais;
4.1.5. Rebaixos de box nos banheiros e forros ou lajes rebaixadas abaixo deles (no caso de
banheiros que não ficam no térreo);
4.1.6. Forros e demais elementos significativos;
4.1.7. Denominação dos diversos compartimentos seccionados;
4.1.8. Indicação dos detalhes;
4.1.9. Marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais, e vice-versa;
4.1.10. Título do desenho e escala;
4.1.11. Fundações: devem aparecer apenas as vigas de fundação;
4.1.12. Escadas em corte: conforme a planta baixa.
4.2. OBSERVAÇÕES:
4.2.1. As vigas de amarração serão representadas com 20 cm sob a laje nas paredes
internas e externas;
4.2.2. Não será cobrada a representação de vergas e contravergas;
4.2.3. Nos cortes, a cobertura será representada fielmente de acordo com o local exato do
plano de corte, sendo a projeção da cobertura, na altura máxima da cumeeira, um
contorno tracejado.
4.2.4. A linha do perfil do terreno será com traço fino contínuo no local onde houver
aterro e traço-ponto (também TF) quando houver escavação;
4.2.5. Não serão representados os aterros e terrenos naturais além dos limites dos
terrenos;
4.2.6. A representação do contrapiso (concreto magro, de tijolos ou cascotes) não
receberá hachura igual ao concreto estrutural das lajes ou vigas;
4.2.7. Elementos estruturais (percintas, vigas, cintas, lajes etc.) serão apenas representados,
mas não serão cotados;
4.2.8. Quanto à representação gráfica das fundações determina-se que serão representadas
apenas as vigas de fundação, aguardando definições do cálculo estrutural;
4.2.9. Quanto à representação de linhas, fica decidido que:
4.2.9.1. Para projeções serão utilizadas linhas tracejadas para representação de
elementos acima ou abaixo do plano de corte;
4.2.9.2. As linhas de corte serão representadas com traço-ponto (traço grosso);
4.2.9.3. O contorno de elementos a serem ampliados será representado com linha
tracejada (traço médio);
4.2.10. Linhas de interrupção (duplas, se o desenho continuar) serão finas e com o “z” ou
“raiozinho”, ou também contínuas ou tracejadas (observação: as cotas permanecem
inalteradas, com seu valor real);
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4.2.11. As esquadrias deverão apresentar os marcos com 3cm de espessura em planta baixa
ou cortes nos trabalhos feito com AutoCAD e marcos de 5 cm de espessura em
planta baixa ou cortes nos trabalhos feitos à mão;
4.2.12. Todas as esquadrias deverão ser representadas alinhadas pelo interior do
compartimento, tanto em planta baixa como nos cortes;
4.2.13. Os peitoris das esquadrias não terão qualquer inclinação no desenho e deverão
constar pingadeiras (3 cm de espessura) por baixo do marco (cortes) em toda a
espessura da parede e saliente 3 cm (planta baixa e cortes);
4.3. COTAGEM: Serão cotados tanto elementos em corte quanto em vista, mas somente
medidas verticais: pés-direitos, peitoris, altura (h) de esquadrias e de aberturas, dimensões
de entrepisos, altura de cumeeiras (sob a telha), altura das lajes de reservatórios e altura
até final da parede de empena (se houver).
4.4. ESPESSURAS DE TRAÇOS: Conforme as convenções de representação gráfica;

4.5. ESCALA DE APRESENTAÇÃO: 1/50

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5. FACHADAS
Representação gráfica de planos externos da edificação.
Os cortes transversais e longitudinais podem ser marcados nas fachadas.

5.1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:


5.1.1. Indicações (tipos e inclinações de telhas, chaminés, de esquadrias, guarda-corpos,
revestimentos ou acabamentos, cor de tinta – opcional);
5.1.2. A representação de muros laterais em corte (se houver) é opcional;
5.1.3. Linha grossa inferior ou barra com hachura sólida para marcar o embasamento / solo;
5.1.4. Indicar as fachadas pela orientação solar;
5.2. COTAGEM: As fachadas não são cotadas.

5.3. ESPESSURAS DE TRAÇOS: Conforme as convenções de representação gráfica;

5.4. ESCALA DE APRESENTAÇÃO: 1/50.

6. DETALHAMENTOS
Representação gráfica de todos os pormenores necessários, em escala adequada, para um perfeito
entendimento do projeto e para possibilitar sua correta execução.

6.1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:


6.1.1. Mostrar todos os elementos (marcos, guarnições, encaixes, etc.);
6.1.2. Especificação de materiais;
6.1.3. Especificação de acabamentos;
6.1.4. Marcação de cortes e vistas.
6.2. COTAGEM: Nas vistas e cortes são permitidas cotas horizontais;

6.3. ESPESSURAS DE TRAÇOS: Conforme as convenções de representação gráfica;

6.4. ESCALA DE APRESENTAÇÃO: No mínimo 1/25, podendo ser utilizada até a escala 1/1.

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7. BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ABNT - NBR 6492. Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro,1994.
MONTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetônico. Edgar Blucher, 4a edição, 2001;
NEUFERT, Ernst. Arte de Projetar em Arquitetura. Gustavo Gili Port, 15a ed., 1996;
PELOTAS. Lei no 5502, de 11 de setembro de 2008. Institui o Plano Diretor Municipal e estabelece
as diretrizes e proposições de ordenamento e desenvolvimento territorial no Município
de Pelotas, e dá outras providências.. Pelotas, 2008;
PELOTAS. Lei no 5528 de 30 de dezembro de 2008. Institui o Código de Obras para Edificações do
Município de Pelotas, e dá outras providências. Pelotas, 2008;
ROCHA, Luciana S. Apostila de Desenho Arquitetônico. CEFET-RS, 2006.

BIBLIOGRAFIA DE APOIO:
CHING, Francis D. K. Dicionário Visual de Arquitetura. Martins Fontes, 2a ed., 2000;
CHING, Francis D. K. Representação Gráfica em Arquitetura. Bookman Companhia Editora, 3a ed.,
2000;
CHING, Francis D. K; Adams, Cassandra. Técnicas de Construção Ilustradas. Bookman Companhia
Editora, 2a ed., 2001;
Revistas Téchne, ed. Pini;

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