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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Número:

Data:

Título: ROTINA DE APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS Página 1 de 7

1. OBJETIVO

Este procedimento visa estabelecer sistemática padrão para o Procedimento


de Aplicação de Injetáveis.

2. ALCANCE

A responsabilidade de aplicação e alcance deste procedimento recai sobre


todo o pessoal (técnico e/ou auxiliar).

3. RESPONSABILIDADES

É de responsabilidade de o Farmacêutico dar treinamento e suporte técnico


padrão, bem como supervisionar os Funcionários devidamente habilitados, no
procedimento de Aplicação de Medicamentos Injetáveis.
É de responsabilidade dos Funcionários habilitados da farmácia seguir
corretamente as instruções preconizadas neste POP, assim como as orientações do
Farmacêutico no que concerne à aplicação de Medicamentos Injetáveis.

4. DEFINIÇÕES

4.1 Receita: Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso


para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado.
4.2 Responsabilidade Técnica: É o ato de aplicação dos conhecimentos técnicos e
profissionais, cuja responsabilidade objetiva, está sujeita à sanções de natureza
cível, penal e administrativa.
4.3 Supervisão Farmacêutica: Constitui a supervisão, no estabelecimento,
efetuada pelo farmacêutico responsável técnico ou seu farmacêutico substituto.
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4.4 Funcionário habilitado à aplicação de injetáveis: colaborador que tenha


recebido treinamento e/ou curso específico para aplicação de injetáveis, cujo
certificado seja reconhecido pela autoridade sanitária competente. Sendo que, a
cópia do mesmo deve permanecer na farmácia.

5. PROCEDIMENTO

5.1 ROTINA DE APLICAÇÃO

5.1.1. Ler e interpretar a prescrição médica, avaliando a dosagem, via de


administração;
5.1.2. Conversar com o paciente, buscando mais informações, como histórico
fisiopatológico e de reações alérgicas;
5.1.3. Anotar no livro específico todos os dados da prescrição (nome do paciente,
medicamento injetável prescrito, no de inscrição no Conselho Regional de Medicina
(CRM) do prescritor, e responsável pela aplicação;
5.1.4. Em caso de paciente com histórico de variação de PA (Pressão Arterial), esta
deve ser aferida antes de qualquer procedimento;
5.1.5. Em caso de pessoas idosas a PA deve ser sempre aferida;
5.1.6. Constatando-se PA em níveis fora da normalidade, o paciente deve ser
informado e encaminhado ao médico;
5.1.7. Separar e retirar da embalagem primária a medicação a ser aplicada;
5.1.8. Em caso de frasco ampola, realizar a assepsia do anel de abertura com
álcool 70% (Anexo 1);
5.1.9. Em caso de frasco com rolha de borracha, retirar cuidadosamente o lacre
sem tocar na borracha;
5.1.10. Realizar a assepsia das mãos, conforme descrito abaixo.
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5.1.11. Calçar as luvas, realizando a assepsia com álcool 70%;


5.1.12. Abrir a embalagem da seringa, utilizando o sistema de descolamento de
celulose, evitando rasgar o papel da embalagem (Anexo 1);
5.1.13. Aspirar à medicação na seringa utilizando a primeira agulha (Anexo 1);
5.1.14. Realizar a troca da agulha, escolhendo o modelo adequado à aplicação
(Anexo 1);
5.1.15. Fazer a assepsia com álcool 70% no local da aplicação;
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5.1.16. Descartar a seringa (sem separar a agulha do corpo da mesma) e o algodão


na caixa de materiais perfuro-cortantes (DescarPack);
5.1.17. O lixo contaminado com material biológico gerado é recolhido pela empresa
de gerenciamento de resíduos, a qual dá o fim apropriado de acordo com a
legislação vigente conforme descrito no PGRSS.
OBS: Quando utilizar a seringa BD Solomed TM seguir o procedimento conforme
anexo 2.

5.2 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO:

Seringas: São usadas somente seringas descartáveis, de uso único e mantidas


invioladas. Faz-se sempre a assepsia descrita anteriormente.

5.2.1. VIA INTRAMUSCULAR

Conceito: é a introdução do medicamento dentro do corpo muscular.

5.2.1.1. Fazer a assepsia com algodão embebido em álcool 70% no local escolhido
para a aplicação;
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5.2.1.2. Verifica se o bizel da agulha está no sentido das fibras musculares, evitando o
corte das mesmas;
5.2.1.3. Introduzir a agulha em um ângulo de 90° neste local;

5.2.1.4. Antes de injetar o medicamento, puxar o êmbolo da seringa para trás, para
verificar se a agulha atingiu algum vaso sangüíneo. Se aparecer sangue na seringa,
deve-se retirar a agulha, trocar a mesma e repetir os itens 1,2 e 3.
5.2.1.5. Após a aplicação do medicamento, retirar o conjunto, descartando-o em
embalagem específica (DescarPack) e fazer pressão por alguns instantes no local,
com algodão embebido em álcool 70%;
5.2.1.6. Coloca o Pad (adesivo) no local da aplicação;
Obs.: Jamais se deve massagear o local após a aplicação.

5.2.2. VIA INTRADÉRMICA:

É utilizada seringa tipo insulina ou tuberculina, e agulhas pequenas e finas


(13x3, 13x4,5); O volume máximo é de 0,5 mL de medicamento em soluções
cristalinas e isotônicas.
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5.2.2.1. Escolher a área de aplicação e realizar a assepsia com álcool 70%;


5.2.2.2. Distender a pele do local de aplicação com o dedo indicador e o polegar ao
mesmo tempo, mantendo firme o músculo selecionado, e introduzir a agulha com o
bizel para cima, paralelamente à pele, numa extensão de 2 mm;
5.2.2.4. Observar a formação de pápula (não se deve apertar ou massagear a
mesma).

5.2.3. VIA SUBCUTÂNEA:

Esta via é indicada para drogas de absorção lenta e contínua. São utilizadas
agulhas 20x6, 10x6 ou 10x5 mm.
5.2.3.1. Fazer a assepsia do local e distender a pele com o dedo indicador e
polegar, mantendo a região firme;
5.2.3.2. Introduzir a agulha com rapidez e firmeza, em ângulo de 45°;
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5.2.3.3 Soltar a pele e puxar o êmbolo da seringa para trás, a fim de verificar se
algum vaso foi atingido;
5.2.3.4. Injetar lentamente a medicação;
5.2.3.5 Após a aplicação do medicamento, retirar o conjunto, descartando-o em
embalagem específica (DescarPack, ou outras do tipo) e fazer pressão por alguns
instantes no local, com algodão embebido em álcool 70%;
5.2.3.6 Colocar o Pad (adesivo) no local da aplicação;
Obs.: Para insulina, não é friccionada a pele justamente para evitar a absorção
rápida.

6. REFERENCIA

Jornal BD Mão Boa. Ano V, n. 21, 2007.p.1-8.

Jornal BD Mão Boa. Ano V., n. 24, 2008. p.1-8.

BRASIL. Resolução RDC 44 de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas


Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da
comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e
drogarias e dá outras providências.

BRASIL. Resolução RDC 260, de 23 de setembro de 2002. Trata da relação dos


produtos para saúde sujeitos ao cadastramento previsto no art. 3º da Resolução RDC
n.º 185/01.

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução 357/2001. Aprova o regulamento


técnico das Boas Práticas de Farmácia.

Elaborado por: Revisador por:


6. ANEXOS

ANEXO 1. PREPARO DA SERINGA PARA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS

ANEXO 2: COMO UTILIZAR A SERINGA BD SolomedTM

ANEXO 3. TÉCNICA EM Z PARA APLICAÇÃO DE CONTRACEPTIVOS

6. ANEXOS

ANEXO 1. PREPARO DA SERINGA PARA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS

ANEXO 2: COMO UTILIZAR A SERINGA BD SolomedTM

ANEXO 3. TÉCNICA EM Z PARA APLICAÇÃO DE CONTRACEPTIVOS

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