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Macaé
2017
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Estudo de Caso de Harvard: Fraude Contábil na WorldCom
Referência: KAPLAN, Robert S.; KIRON, Davis. Harvard School, 110 – P02, 2007.
Texto do Fichamento:
Em 1995, após uma votação dos acionistas, a empresa LDDS (que no fim de 1993, era a
quarta maior operadora de longa distância nos Estados Unidos) ficou conhecida como
WorldCom.
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vendidas, e, além disso, as companhias de comunicação estavam em declínio. E no ano de
2000, em meio a uma recessão econômica originária do estouro da bolha das empresas
ponto.com, a indústria telefônica começou a se deteriorar. A relação de receita e despesas
D/R da WorldCom era em torno de 42% no primeiro trimestre de 2000, e manter esse
patamar era a meta dos trimestres seguintes. Como essa meta não tinha como ser atingida, o
Diretor Executivo Sullivan, utilizou-se da manipulação de dados contáveis para chegar.
Sullivan e sua equipe usaram duas táticas principais da contabilidade: reversão de
provisionamentos em 1999 e 2000, e a capitalização das despesas com linhas em 2001 e
2002.
Os custos com linhas da WorldCom eram estimados mensalmente. Os custos dessas linhas
não vinham no mês, e sim meses depois e por isso eram pagas também meses depois. Para
isso, era realizado um provisionamento e este registro era alocado no passivo da empresa,
para lançamento futuro como pagamento ao proprietário da linha. Caso as contas fossem
menores do que registrado, a WorldCom poderia reverter esses provisionamento, justificando
haver uma redução nas despesas com linha e este valor seria lançado no Demonstrativo de
Resultados, e conseguindo assim justificar suas receitas altas e despesas baixas. Foram
feitas muitas vezes este tipo de contabilidade fraudulenta e movimentados milhões de
dólares, de 1999 ao ano de 2000.
Existiam duas auditorias, uma interna e outra externa. Apesar das informações terem sido
propositalmente ocultadas, a auditoria interna dirigida por Cynthia Cooper (que dirigia o
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departamento de auditoria interna da WorldCom) foi responsável pela descoberta das
fraudes. Enquanto a auditoria externa, comandada por Arthur Andersen (auditor externo
independente), não encontrou nenhuma irregularidade e deixou passar o montante de
fraudes, pois tinha receio de prejudicar o seu relacionamento com a sua maior cliente
WorldCom.
Não foi desempenhado um bom papel pelo Conselho Administrativo, pois não avaliaram fatos
importantes, e sim fatos superficiais em suas curtas análises, todas realizadas durante as
reuniões.
Em 26 de junho, a SEC entrou com uma ação civil de fraude contra a WorldCom. Foram
investigados criminalmente: Bernie Ebbers, Scott Sullivan, David Myers, Buford Yates, Betty
Vinson e Troy Normand.
Todos os responsáveis pela fraude sofreram severas consequências, alguns foram presos, e
ainda para alguns, seus bens foram confiscados pela justiça.