DOCUMENTO ASSINADO ELETRONICAMENTE POR BENEDITO SILVA JUNIOR, PORTADOR DO

CPF 089.018.199-37

ILUSTRÍSSIMO SENHOR DIRETOR DO

DETRAN DO ESTADO DO PARANÁ

MARCOS DIEGO DA SILVA, brasileiro, solteiro, RG no 99662417, CPF nº

059.440.659-58, residente e domiciliada na Rua Willie Davids 284,

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Rolândia/PR, vem respeitosamente, por meio deste Advogado, interpor:

RECURSO ADMINISTRATIVO,

contra a Notificação de Penalidade de Suspensão do Direito de dirigir pelo prazo

de 6 meses, conforme Processo Administrativo nº 0001399585-5, pelos fatos
e fundamentos que seguem:

FATOS

Aduz a notificação o seguinte teor que o Recorrente cometeu diversas infrações,

totalizando 26 pontos na carteira, assim incorrendo na penalidade de
suspensão do direito de dirigir:

E-mail benedito_sj@live.com
DO DIREITO

Antes da Lei Federal nº 14.071, de 13 de outubro de 2020, o art. 261

do CTB estabelecia, em seu inciso I, apenas que a penalidade de suspensão
do direito de dirigir seria imposta sempre que o infrator atingir a contagem
de 20 (vinte) pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a pontuação
prevista no art. 259, do CTB.

O renomado e saudoso administrativista Hely Lopes Meirelles ensinou

que “as leis administrativas são, normalmente, de ordem pública e seus
preceitos não podem ser descumpridos, nem mesmo por acordo ou
vontade conjunta de seus aplicadores e -destinatários, uma vez que
contêm verdadeiros poderes deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos.
Por outras palavras, a natureza da função pública e a finalidade do Estado

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impedem que seus agentes deixem de exercitar os poderes e de cumprir
os deveres que a lei lhes impõe”. (Direito administrativo brasileiro. 29. ed.,
São Paulo: Malheiros, 2014, p. 91
No presente caso aplica-se a regra da Lei nova, sendo mais benéfica
ao recorrente, seja os 40 pontos.

De outra banda, na mesma localidade sofreu duas sensações da

mesma natureza na mesma rua, as infrações que tiverem a mesma raiz de
código de enquadramento (conjunto de números que indica, ao sistema
de processamento de dados, que se refere a determinada infração de
trânsito, conforme Portaria do Departamento Nacional de Trânsito n.
59/07, alterada pela Portaria n. 276/12). Neste caso, o motorista será
autuado apenas por uma infração.
Desta forma, o RECORRENTE, faz jus ao direito de dirigir.

No presente caso as empresas de radares de Londrina, ficou durante

muito tempo sem o certificado de calibração do IPEM/Inmetro, assim,
também poderá ser apontado falha na Autuação da Multa.
Dos pedidos.
Face ao exposto, requer-se:
(i) Que seja recebido o presente recurso sem os
pagamentos da multa, em todos os seus termos, pois
obedecidos os requisitos do artigo 286 do C.T.B.;
(ii) Que seja dado efeito suspensivo ao auto de infração
de trânsito, até o julgamento do presente recurso, caso
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 a decisão não ocorra dentro do prazo de 30 (trinta)
dias, estabelecido pelo parágrafo 3º do Artigo 285 do
C.T.B.[4];
(III) Que seja julgado totalmente procedente o
presente recurso administrativo, para reconhecer a
insubsistência, inconsistência e consequente nulidade
do A.I.T., por ofensa ao princípio da legalidade,
especificamente aos termos da Resolução 180/05, do
Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, por não
existir no local uma placa de sinalização na localidade
das multas gravíssimas, essencialmente na Av.
Tiradentes de Londrina, nos locais onde fora autuado.
(iv) Que a decisão seja devidamente fundamentada,
para que a recorrente possa exercer seu direito ao

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contraditório e ampla defesa, garantidos pela
Constituição Federal;
(v) Que seja impedida de ser registrada ou apagada
dos prontuários da requerente, a pontuação gerada em
seu Prontuário Geral único.
(vi) Que o recorrente seja devidamente notificado da
decisão sobre o presente recurso, sob pena de
nulidade.
(vii) Seja juntado os certificados de calibração do
IPEM/INMETRO nos autos, para fundamentar a
legalidade do funcionamento do equipamento.
Nestes termos,
P. deferimento.
Londrina, 8 de agosto de 2022.
Benedito Silva Junior
OAB/PR 109.947

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