Você está na página 1de 2

MAT01057 – 2018 LISTA 3 Prof.

Eduardo

1. (Exerc. 38 do livro) Seja X ⊆ R não vazio. Uma função f : X → R chama-se limitada quando
sua imagem f (X) = {f (x) | x ∈ X} é um conjunto limitado. Neste caso define-se o sup f
como o supremo do conjunto f (X) (Às vezes escreve-se sup f (x) ou sup f ).
x∈X X

(i) Prove que a soma de duas funções limitadas f, g : X → R é uma função f + g : X → R


limitada.
(ii) Prove que (f + g)(X) ⊆ f (X) + g(X).
(iii) Conclua que sup(f + g) ≤ sup f + sup g e que inf(f + g) ≥ inf f + inf g.
(iv) Considerando as funções f, g : [−1, 1] → R definidas por f (x) = x e g(x) = −x, mostre
que se pode ter sup(f + g) < sup f + sup g e inf(f + g) > inf f + inf g.

2. (Exerc. 51 do livro) Sejam X e Y conjuntos não vazios e f : X × Y → R uma função limitada.


Para cada x0 ∈ X e y0 ∈ Y , ponhamos s1 (x0 ) = sup{f (x0 , y) | y ∈ Y } e
s2 (y0 ) = sup{f (x, y0 ) | x ∈ X}. Isto define funções s1 : X → R e s2 : Y → R. Prove que

sup s1 (x) = sup s2 (y).


x∈X y∈Y

Em outras palavras,    
sup sup f (x, y) = sup sup f (x, y) .
x y y x

3. (Exerc. 52 do livro) Enuncie e demonstre um resultado análogo ao anterior com inf em vez de
sup. Considere em seguida o caso “misto” e prove que
   
sup inf f (x, y) ≤ inf sup f (x, y) .
y x x y

Questão: Para provar que pode não valer a igualdade, dê o exemplo de uma função f para a
qual vale a desigualdade estrita.

4. Dados A e B subconjuntos limitados e não vazios de R , seja

D = {x − y | x ∈ A , y ∈ B } .

Prove que sup D = sup A − inf B .

5. (Exerc. 50 do livro. Este exercı́cio tem importância histórica, pois deu um método de construção
de R, como sendo o conjunto dos cortes de Dedekind.) Um corte de Dedekind é um par ordenado
(A, B) onde A e B são subconjuntos não vazios de números racionais tais que A não possui
elemento máximo, A ∪ B = Q e x ∈ A, y ∈ B ⇒ x < y.
(i) Prove que para um corte de Dedekind vale sup A = inf B.
(ii) Seja D o conjunto de todos os cortes de Dedekind. Prove que f : D → R, f (A, B) = sup A
é uma bijeção.
6. (Exerc. 58 do livro. Este exercı́cio é um pouco mais difı́cil e será útil mais adiante.) Um
subconjunto G ⊆ R é um subgrupo aditivo se 0 ∈ G e x, y ∈ G ⇒ x − y ∈ G.
(i) Um subconjunto G ⊆ R é um subgrupo aditivo se e somente se G 6= ∅ e valem
x ∈ G ⇒ −x ∈ G e x, y ∈ G ⇒ x + y ∈ G.
(ii) Se G ⊆ R é um subgrupo aditivo e G+ = {g ∈ G | g > 0}, excetuando-se o caso G = {0}
tem-se G+ 6= ∅.
(iii) Se inf G+ = 0, então G é um subconjunto denso de R.
(iv) Se inf G+ = a > 0, então G = {0, ±a, ±2a, ±3a, . . .}. Sugestão: Mostre primeiro que
a ∈ G+ . Se g ∈ G, seja q o maior inteiro tal que qa ≤ g. Defina r por g = qa + r. Mostre
que 0 ≤ r < a. Conclua que r = 0.
(v) Prove que se α é irracional, então o conjunto {m + nα | m, n ∈ Z} é um subgrupo aditivo
denso de R.
√ √
7. (Exerc. 29 do livro) Prove que o conjunto Q( 2) = {a + b 2 | a, b ∈ Q} é um corpo em relação
às operações de adição e multiplicação usuais dos números reais.

8. Seja A ⊆ R e b ∈ R . Dizemos que b é uma quase-cota superior de A se existe somente um


número finito (que pode ser inclusive 0) de x ∈ A tais que x > b.
(i) Mostre que se A é infinito e limitado, então o conjunto
C = {b ∈ R | b é quase–cota superior de A} é não vazio e limitado inferiormente.
(ii) Em (i) seja L = inf C . L é chamado limite superior de A e denotado L = limA. Pode-se
afirmar que L ∈ C ? Prove ou dê contra-exemplo.
(iii) Mostre que limA ≤ sup A . Prove que se limA < sup A , então A possui maior elemento.
Vale a recı́proca? Prove ou dê um contra-exemplo.

Você também pode gostar