Você está na página 1de 3

O MUNDO MEDIEVAL

A idade média começa com a queda do Império Romano que estava


sofrendo uma série de invasões dos povos germânicos, muitas pessoas
que viviam em regiões fronteiriças do Império ganharam terras e deram
incorporadas ao exército. Com o aumento das invasões a população local
passou a viver nos campos é abandonaram as cidades. Basicamente esse
movimento de ruralização dividiu a sociedade em uma cambada de pobre
e aristocratas donos de terra e assim depois do Império Bizantino e o
Império Carolíngio veio a sociedade feudal
Com o fim do Império Carolíngio, acabou de formando o sistema feudal
em várias regiões da Europa. Esse modelo de sociedade não se
desenvolveu de maneira súbita, mas resultou em lentas transformações
feitas a partir da queda Romana no Ocidente.
A sociedade feudal estava organizada em dois elementos centrais: a posse
da terra e a existência de um conjunto de laços pessoais que
determinavam as relações entre os indivíduos.
Quanto a igreja cristã, ela já tinha sido transformada em religião oficial do
Império Romano e com a conversão dos reinos germanos ela se tornou a
religião mais praticada na Europa. Mesmo com todo esse balanço de
poder que houve com a queda do Império Romano a igreja cristã
continuar forte e influente e com o fim do Império Carolíngio, o poder da
igreja cresceu ainda mais, pois não havia uma autoridade política capaz de
rivalizar com ela.
As mudanças observadas durante a Baixa Idade Média foram lentas e não
promoveram rápidas rupturas na maneira como a sociedade da época se
organizava. Para alguns historiadores, no centro desse processo está um
conjunto de inovações tecnológicas e sociais significativas que
possibilitaram a ampliação da produção de alimentos nos feudos
medievais.
Uma dessas invenções foi a charrua de ferro, um instrumento muito
semelhantes ao arado, uma das principais ferramentas agrícolas da época.
Outra inovação importante do período foi a invenção de um sistema para
atrelar ferramentas agrícolas a animais, como bois e cavalos.
Os camponeses passaram a adotar uma divisão tripla da terra, na qual
duas áreas eram plantadas e apenas uma ficava em descanso.
O aumento da produção agrícola teve consequências importantes. A
maior delas foi o aumento na disponibilidade de alimentos, que contribuiu
para o crescimento da população europeia.
A vida urbana foi muito importante na organização do Império Romano.
Porém, com a queda de Roma, as antigas cidades diminuíram
rapidamente de tamanho é perderam sua importância.
Porém, com o crescimento da produção de alimentos e o aumento da
população, observados a partir do século XI, as cidades medievais também
começaram a crescer, e teve início um importante processo de migração
de camponeses para as cidades até o século XIV.
As cidades medievais eram centros comerciais e de produção artesanal.
Assim, o crescimento urbano foi acompanhado também por um processo
de desenvolvimento do comércio.
Esses dois fatores ajudaram a promover o desenvolvimento do comércio e
a criação de novas rotas comerciais. Além disso, o crescimento da
população urbana possibilitou a ampliação da produção artesanal, como
roupas, ferramentas é outros produtos, que também passaram a ser
comercializados. Esse crescimento ficou conhecido como Renascimento
comercial.
As cidades medievais eram chamadas de burgos. Por isso, seus habitantes
recebiam o nome de burgueses. Durante a Alta Idade Média, o foco
voltado para atividades além do comércio fazia com que a população
burguesa não tivesse grande importância social. Porém, aos poucos, com
o crescimento desses espaços, os burgueses foram se transformando em
um grupo social que se diferenciava dos camponeses e da nobreza.
A cultura medieval, bem como as crenças e costumes populares, foram
fortemente marcados pela influência da igreja católica. Durante muitos
séculos, foram os religiosos que controlam a produção de livros e a
circulação de saberes. Ainda na Baixa Idade Média, a Igreja continuou
sendo uma força importante. Porém, o crescimento das cidades
possibilitou o surgimento de novos hábitos culturais.
As universidades medievais foram muito importantes para o
desenvolvimento do conhecimento científicos e filosóficos durante a
Idade Média. Ainda que a influência da igreja fosse muito forte, elas
também contribuíram para a formulação das primeiras críticas às ideias
religiosas e foram fundamentais para o início do Renascimento.
Com a crise do século XIV, os limites de poder dos senhores feudais
ficaram mais evidentes. Incapazes de organizar um grande exército, eles
não tinham meios para conter eficazmente as revoltas camponesas.
A crise também estímulo conflitos entre senhores feudais. O maior
exemplo disso foi a Guerra dos Cem Anos, envolvendo nobres da
Inglaterra e da França. Iniciado em 1337 é encerramento de em 1453, esse
conflito pode ser visto como um desdobramento dos problemas
econômicos e sociais provocados pela crise do período.
Foi esse movimento de enfraquecimento do poder dos senhores feudais
que abriu caminho para o processo de centralização do poder político na
Europa e resultou na formação das primeiras monarquias nacionais.
Além disso, a centralização política possibilitou a reorganização econômica
da Europa e a superação dos problemas provocados pela crise do século
XIV. Com isso, o mundo feudal começou a se desagregar e foi substituído
por uma forma de organização social, o mercantilismo.

Você também pode gostar