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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA


CLÍNICA E INSTITUCIONAL

Fichamento de Estudo de Caso

Vivian de Lemos Estrowispy

Trabalho da disciplina Didática do Ensino Superior


Tutor: Prof. Dalta Barreto Motta

Caçador/SC
2017
Estudo de Caso: O Uso de Casos na Gestão do Ensino

Referência:
COPEY, E. Raymond. Rev. 23 de setembro de 1996.
Faculdade de Administração de Harvard 9-376-240

Fichamento:

O texto base descreve a respeito do uso de Estudos de Caso como metodologia.


Primeiramente, o autor descreve alguns pontos negativos do uso do estudo de caso, pois
eles não são situações reais. Dentre eles, destaca: Que a informação chega ao aluno de
forma ordenada, coisa que não acontece na empresa; Que a discussão do caso deve se
adequar ao tempo da aula e ao seu enfoque, porém, o problema real, na empresa,
excede esses limites; E que o estudo de caso se mostra como um problema estático, sem
as influências de tempo e pressão que uma empresa real estaria sujeita.
Num segundo momento, o autor descreve os pontos positivos do uso desta
metodologia. Em destaque, o fato de que o estudo de caso traz para o aluno uma
realidade impossível de ser percebida somente através das aulas teóricas. Ele relata que,
através da análise de estudos de caso, o aluno desenvolve uma capacidade crescente de
pensar e raciocinar analiticamente, pois é desafiado pelo professor e pelos outros alunos
da sala, a fim de ter que defender seus argumentos. Ainda, declara que os casos são
úteis para o desenvolvimento de princípios e conceitos que podem ser aplicados na
prática.
Além disso, e este talvez seja o fator mais importante para escolher esta
ferramenta, é o envolvimento emocional dos alunos com esta atividade. O fato de terem
que se posicionar, defendendo ou acusando a história proposta, se colocando no lugar
dos personagens, enfim, todo este conjunto de exercícios faz com que o estudante
realmente construa conhecimento – a emoção gera aprendizado.
Em seguida o autor menciona alguns passos para elaborar um estudo de caso, que
de forma resumida se traduzem em: Ler de forma dinâmica, e após, ler de forma sintética,
retirando os dados principais, e os problemas salientes – o que talvez seja a parte mais
importante da análise; Identificar as áreas relevantes separadamente; Relacionar os fatos
citados no estudo conforme as áreas identificadas anteriormente e; revisar e formular as
sugestões a serem aplicadas.
Esta abordagem, segundo o autor, ajuda o aluno a construir o raciocínio,
ensinando-o a formar sua análise crítica, visto que, após o estudo de caso, ou, após a
formação acadêmica, o aluno deparar-se-á com problemas reais que esperam soluções
reais (e urgentes), ou seja, o raciocínio crítico virá bem a calhar!
Quanto a maneira ideal de levantar os problemas do caso, o escritor sugere que os
problemas sejam as questões imediatas, podendo sugerir suas respostas, voltadas para
ações. Também que sejam contextualizadas, sem, portanto, deixarem de ser analisadas
por um gerente individual, o qual, a partir de sua subjetividade, deverá ser responsável,
tendo que lidar com suas competências e limitações.
Em relação as respostas ao estudo de caso, o estudioso descreve que elas
possuem as seguintes características: Estão em relação direta com os problemas; estão
acima de qualquer questionamento, ou seja, são consistentes; e, incluem ideias de
aplicabilidade.
Ele adverte, porém, que, para que o estudo de caso esteja completo, é necessário
a apresentação do trabalho realizado para o grupo. Diz que a intenção não é a de que
concordem ou discordem, mas para que o grupo o ajude a refinar, ajustar e preencher o
seu próprio pensamento. Esta atividade proporcionará ao aluno o preparo necessário para
absorver, reagir e aprender com as ideias dos outros.
Alerta que é de responsabilidade do instrutor resumir a discussão e tirar as lições
úteis e observações obtidas no problema do caso e da discussão em sala, ou seja, o
professor deve desafiar o aluno a explorar profundamente as ideias, mostrando-lhe aquilo
que deveria ter emergido, numa construção de conhecimento.
Para concluir, o autor enobrece esta ferramenta de ensino, citando importantes
benefícios do seu uso. Ressalta que, aprendendo através da controvérsia e da discussão,
torna-se possível construir qualidades de análise, desenvolver o julgamento e
compreender conceitos. Ademais, a discussão de caso promove o improviso, desenvolve
a comunicação e ensina a responder sob pressão. Por fim, ensina que além de falar,
expor, discutir, problematizar ou solucionar, ouvir está entre os maiores aprendizados
deste exercício – perceber o quanto seu conhecimento aumentou após todo este trabalho.

Local:
Disponível na Biblioteca Virtual da Disciplina.

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