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Conceito de pessoa: o epicentro da discussão é o artigo 1º do cc02, que fala em toda pessoa,
em vez de todo homem, diferentemente do cc16. Pessoa é um ente personalizado, e
personalidade implica em capacidade, que implica em aptidão para a prática de atos. Os
principais sujeitos de direitos são as pessoas. Depois falaremos de entes despersonalizados.
Embora haja outras concepções, foi justamente a concepção de sujeito de direito a adotada
pelo art. 1º do cc02.
O cc16 iniciava falando com um artigo sobre relação, enquanto o cc02 já fala inicialmente no
sujeito de direitos. O que determina ter personalidade? Ou ser pessoa, por ser sujeito de
direito, ou a atribuição de titularidade por lei, especificamente. A personalidade é o atributo
fundamental do ser. A personalidade é a causa da capacidade. Não ter personalidade, a regra é
não ter capacidade. Ela não é um direito, ela é o pressuposto lógico da capacidade.
Há uma diferença fundamental entre o registro da pessoa natural e jurídica. Na pessoa natural,
o registro é meramente declaratório, enquanto que, no caso das pessoas jurídicas, é o registro
quem atribui a personalidade, é constitutivo. O RCPN é quase todo declaratório, salvo algumas
poucas exceções, como a emancipação.
Os entes despersonalizados dependem que a lei atribua a condição de sujeito de direito para
alguns atos, e somente pode praticar atos em conformidade com a sua natureza.