Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aperfeiçoamento
Formação continuada Revestimento
Apostila técnica.
Introdução .................................................................................. 5
Ferramentas ............................................................................. 43
Bibliografia ............................................................................... 44
4
Introdução
5
6
História da cerâmica
7
Os árabes decoravam seus palácios e mesquitas com mosai-
cos coloridos, feitos com pequenos azulejos, nem sempre qua-
drados. No século VIII, os árabes entraram na península ibérica,
trazendo sua paixão pela decoração cerâmica. O palácio
Alhambra de Granada, na Espanha, palácio e fortaleza dos reis
mouros erigido no século XIV, é um exemplo do esplendor das
Mil e Uma Noites de Bagdá. Durante os séculos XV e XVI acon-
tece o Renascimento na Europa e, com a renovação das artes, a
cerâmica também experimenta uma renovação. Surgem os pri-
meiros centros ceramistas europeus fora de Atenas.
8
Na fase inicial deste período, os revestimentos cerâmicos fo-
ram usados principalmente para satisfazer necessidades fun-
cionais, tais como higiene e facilidade de limpeza e, desse
modo, empregados em banheiros e cozinhas.
9
A importância da estética
10
Métodos de fabricação
Via seca
A argila e as outras matérias-primas são preparadas para a
conformação com sua umidade natural, isto é, aquela com que
foram extraídas da jazida.
Via úmida
A argila e as demais matérias-primas são diluídas em água
para serem moídas e misturadas. Essa mistura, chamada de
barbotina, é armazenada em grandes tanques e, depois, se-
gue para um equipamento conhecido como atomizador. Nele
a água é retirada, através da injeção de gases quentes a eleva-
da pressão, na medida em que a umidade é extraída, o mate-
rial vai ficando pronto para a conformação.
Prensada ou extrudada
A fabricação de uma peça prensada é feita da seguinte forma:
ela é conformada em prensas de grande tonelagem, no qual
11
fôrmas apropriadas recebem a argila na forma de pó. Na
prensagem a placa já adquire todas as dimensões finais (com-
primento, largura e espessura). Além disso, com estampos
especiais, é possível obter efeitos de relevo para fins decorati-
vos ou construtivos.
12
Queima
Esta classificação refere-se ao tipo de tratamento térmico que
a placa recebeu, sendo separada por monoqueima, biqueima
e monoporosa.
13
Preparo da base
Juntas
14
Como fazer as juntas de dessolidarização
Material de preenchimento:
• aglomerado de madeira;
• borracha alveolar;
• manta de algodão;
• isopor;
• cortiça.
15
Juntas estruturais
Juntas de movimentação
O corte pode ser feito com uma serra mármore, usada pelos
assentadores para fazer recortes.
Rugosidade da base
16
Se a base estiver pronta e for muito lisa, devem ser apicoadas
com uma talhadeira, para ficar mais rugosa, e logo após fazer
a regularização com areia, cimento e algum aditivo para me-
lhorar a aderência da argamassa de regularização.
Limpeza da base
17
Especificação da placa cerâmica
18
Absorção de água
Normas:
• ISO 13.006 - Especificação
• ISO 10.545 - Ensaio
• NBR 13.816, 13.817 e 13.818 (Abr. 1997)
Características dimensionais
19
celsius, a argila e o esmalte têm uma grande alteração químico/
físico que geram estas pequenas variações. Por isto é muito im-
portante verificar se todas as embalagens de produtos que serão
utilizados num mesmo ambiente são do mesmo tamanho.
Resistências mecânicas
Resistência ao impacto
Como o próprio nome diz, é a capacidade da placa receber
impactos, como no caso da queda de objetos pontiagudos e/
ou pesados.
Resistência à compressão
De forma geral, podemos dizer que materiais de baixa
porosidade apresentam boa resistência à compressão, desde
que bem assentados e não esquecendo das diferentes espes-
suras das placas.
Resistência à flexão
Existem dois tipos:
• intrínseca ao material, é chamada módulo de resistência à
flexão;
• é carga de ruptura da placa, que depende da resistência in-
trínseca da material e da espessura da placa.
Resistência à abrasão
A resistência à abrasão representa a oposição ao desgaste
superficial do esmalte das placas cerâmicas, causado pelo
movimento de pessoas e/ou objetos, inerente, portanto, so-
mente aos pisos.
20
Existem dois métodos de avaliação da resistência à abrasão:
• Superficial: para produtos esmaltados;
• Profunda: para não esmaltados.
Resistência à gretagem
O termo “gretagem” refere-se às fissuras, como um fio de
cabelo sobre a superfície esmaltada. O formato dessas fissuras
é geralmente circular, espiral ou como uma teia de aranha.
21
Este processo acelerado reproduz a EPU (Expansão por Umida-
de) que a placa sofrerá ao longo dos anos, depois de assentada.
Resistência ao congelamento
É uma característica importante em placas cerâmicas destina-
das a terraços, fachadas e sacadas em cidades de clima frio e
em câmaras frigoríficas (locais sujeitos a temperaturas inferi-
ores a zero grau Celsius).
22
As classes, em ordem decrescente de resistência, são as se-
guintes:
Dilatação
Dilatação térmica
Esta dilatação é medida com um aparelho de precisão e o re-
sultado significa o valor em Micra por metro por grau centí-
grado que o material aumenta por metro do tamanho inicial,
quando aquecido até determinada temperatura.
23
Juntas de assentamento ou juntas de colocação
24
Sistema de revestimento de pisos e paredes
25
Antiderrapante (coeficiente de atrito)
Observações:
• Para produtos especiais como o grês porcelanato, tanto em
paredes como em pisos internos ou externos, deve-se utili-
zar a argamassa colante específica e a argamassa para rejun-
tamento deve ser flexível.
• No caso de produtos extrudados (não-prensados), o método
para verificar a resistência à abrasão é o de abrasão profun-
da, e não o método PEI.
26
Ambientes residenciais
Observações:
• No caso do porcelanato, pastilhas ou placas cerâmicas de
baixa absorção, grupos Bla a Blb, é necessário o uso de arga-
massa colante específica.
• Em aplicações específicas como piscinas, saunas, churras-
queiras, etc., consulte um profissional especializado e/ou fa-
bricantes.
• Em regiões muito frias, as placas cerâmicas para áreas exter-
nas devem se dos grupos Bla e Blb.
27
Argamassa colante
Tipos de argamassa
ACI
Argamassa com características de resistência às solicitações
mecânicas típicas de revestimentos internos, com exceção
daqueles aplicados em áreas especiais como saunas, churras-
queiras, estufas e outros.
ACII
É indicada para uso em ambientes externos.
ACIII
É indicada para condições de altas exigências.
ACIIIE
É indicada para condições de altas exigências, com tempo em
aberto estendido.
Específica
É indicada para todos os locais especiais como saunas, pisci-
nas, estufas etc. ou para revestimentos especiais.
28
Argamassa para rejuntamento
Principais características:
• Baixa permeabilidade;
• Estabilidade de cor;
• Capacidade de absorver deformações;
• Limpabilidade;
• Após o término do trabalho de assentamento, deve-se aguar-
dar um período de 72 horas para começar o rejuntamento,
utilizando rejuntes industrializados.
Limpeza
29
Aplicação de placas retificadas
30
Para que tenhamos uma parede e piso perfeitos, devem-se
seguir os seguintes passos:
1 Iluminação:
Instalar uma boa iluminação no ambiente de trabalho para
ter um acabamento perfeito:
• nivelamento de cantos;
• alinhamento;
• distribuição de cores;
• visão dos pequenos defeitos.
2 Planejamento:
Planejar a melhor distribuição das placas, listelos, filetes e
louças “desenhando” a parede no chão.
3 Nivelar:
Iniciar o assentamento de baixo para cima a partir da se-
gunda fiada. Apoiar sobre uma régua de madeira nivela-
da. Fazer a primeira fiada por último, fazendo os devidos
acertos com o piso (placa recortada).
4 Umedecer:
Umedecer levemente a parede respingando água com o
auxílio de uma broxa. Isto melhorará a aderência
5 Argamassa na base:
Espalhar a argamassa colante na base, formando cordões.
A desempenadeira dentada deve ser nova e com os dentes de 8mm para que a quantida-
de de argamassa depositada seja suficiente. Quanto mais na vertical estiver a desempe-
nadeira, mais argamassa via ser depositada. Pelo contrário, quanto menos inclinada,
menor a quantidade depositada.
6 Iniciar colocação:
Posicionar as placas, batendo com um martelo de borra-
cha para esmagar os cordões de argamassa e garantir a
aderência.
31
Teste da qualidade da aderência:
1 Arrancar uma placa recém assentada. O verso deve estar totalmente preenchido com
argamassa.
2 Pressionar os dedos sobre os cordões de argamassa. Ela deve vir grudada neles. Caso
contrário, a argamassa deve ser substituída.
7 Continuar o assentamento:
Continuar o assentamento pelo processo descrito, posi-
cionando também listelos e filetes, conforme projeto de
paginação.
32
Assentamento com juntas
33
Passo-a-passo assentamento
de revestimento cerâmico
34
c) Defina a espessura da junta e multiplicar por dois.
d) Meça a espessura do piso com a argamassa colante.
e) Defina a espessura da regularização, se houver.
f) Some os itens: b, c, d, e.
g) Subtraia o item f do item a.
h) Coloque a régua na altura indicada no item g.
35
e) A seguir encoste a régua paralelamente às placas cerâ-
micas.
36
g) Com o auxílio de um esquadro, risque os pontos na ré-
gua e você terá um gabarito para ser usado nas bases a
ser revestidas, e este gabarito facilitará a definição dos
recortes.
3 Limpeza e organização:
a) Antes de iniciar o assentamento das placas, limpe o lo-
cal de trabalho, tire todas as partículas soltas, graxas
ou outros tipos de sujeira que possa prejudicar a ade-
rência das placas.
b) Limpe o tardoz das placas para tirar o engobe (pó bran-
co que fica grudado no tardoz das placas).
c) Confira o tamanho, tonalidade e quantidade dos mate-
riais, para ver se está de acordo com o especificado.
d) Abra uma caixa e observe se as placas formam algum
tipo de desenho, se formar um ou mais desenho é im-
portante combinar com o cliente qual será usado.
e) Posicione as ferramentas e um pouco do material a ser
utilizado próximo do local de assentamento.
37
f) Confira o prumo, nível e alinhamento das bases, antes
de iniciar o assentamento.
38
4 Preparo e aplicação da argamassa colante:
a) Com um caixote limpo prepare a argamassa colante,
respeitando a quantidade de água que deve vir
especificada na embalagem do produto.
b) Se o preparo for manual acrescente a água ao pó da
argamassa, se for usada alguma ferramenta elétrica para
efetuar a mistura é necessário acrescentar o pó à água.
c) Após o preparo, espere o descanso da argamassa, e
após este descanso mexa novamente a argamassa.
d) Coloque um pouco de argamassa na parte lisa da de-
sempenadeira, a seguir pressione a argamassa de en-
contro à base esparramando a argamassa de forma
uniforme, com uma espessura aproximada de 6mm.
e) Passe o lado dentado da desempenadeira na base com
uma inclinação de sessenta graus deixando que os den-
tes da desempenadeira encostem levemente e de for-
ma uniforme na base.
39
d) Fique atento com o tempo em aberto da argamassa
colante, e com o tempo de uso.
e) Mantenha sempre o local de trabalho e as placas cerâ-
micas limpas.
f) Confira o nível das placas cerâmicas assentadas regu-
larmente.
40
Ferramentas
41
Bibliografia
42