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Faculdade Dehoniana

Antropologia filosófica
Charles Augusto A. V. Santos
01/06/2022

RESENHA ARTIGOS CORPODISPOSITIVO

O QUE É UM DISPOSITIVO – Giorgio Agambem

O artigo se inicia com a questão de descobrir o que significa Dispositivo para Foucault,
este mesmo não sendo definido pelo filósofo. Com isso, o autor buscar entender alguns aspectos nas
obras de Foucault do termo filosófico “Dispositivo”, e é encontrado de três formas diferentes:
“é um conjunto heterogêneo, que inclui virtualmente qualquer coisa, linguístico
e não linguístico no mesmo título: discursos, instituições, edifícios, leis, medidas de
segurança, proposições filosóficas etc. o dispositivo em si mesmo é a rede que se
estabelece entre esses elementos”
“O dispositivo tem sempre uma função estratégica concreta e se inscreve em
uma relação de poder”
“É algo de geral (um reseau, uma “rede”) porque inclui em si mesmo a
episteme, que para Foucault é aquilo que em certa sociedade permite distinguir o que é
aceito como um enunciado cientifico daquilo que não é cientifico”
Dispositivo é um termo central para Foucault, ele “vem ocupar o lugar daqueles que ele
define criticamente como “os universais””, é uma rede que se estabelece nesses momentos.
O autor define dispositivo como “Refere-se à disposição de uma série de práticas e de
mecanismos com o objetivo de fazer frente a uma urgência e de obter um efeito.
Após isso o autor faz de maneira brilhante uma relação entre a “oikonomia” cristã, e o
termo dispositivo, e diz que oikonomia converteu-se assim no dispositivo mediante o qual o dogma
trinitário e a idiea de um governo divino providencial do mundo foram introduzidos na fé cristã.
Já que oikonomia traduzido do latim é dispositivo, o mesmo se confunde com “Gestell”
aparato, diante disso, ele diz que esse é o ponto de sua filosofia e daí inova trazendo uma boa
condução a partir do termo do Foucault. A ideia de Agamben é separar os seres vivente e os
dispositivos, que estes estão conectados.
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Corpodispositivo: para se pensar o corpo em cena no século XXI

O artigo trata buscar entender os conceitos de corpo e dispositivo no meio artístico da


dança, e esse corpo fora moldado de diversas formas até virarmos informação que se traduza em
infosigno.
E após fazer uma síntese do artigo passado, a autora indaga sobre o paradoxo que o
Agambem fala que é algo de muito atual na nossa sociedade consumista, “quanto menos
subjetividades, tanto mais dispositivos são criados para promover a sujeição dos indivíduos ao
poder. Sendo muitos não somos coisa alguma, senão um espectro informacional diluído nas redes”.

Corpo-dispositivo: cultura, subjetividade e criação artística.


Este artigo, por sua vez, procura observar o corpo como Dispositivo, que tem inscrições
históricas e possibilidades de resistência.
Ao passo, no inicio, o artigo diz que o corpo está por todo lado e nos ocupa, diante disso o
artigo busca compreender as diferentes visões do que seja corpos. No começo do entediemnto sobre
o corpo, houve três visões, sendo essas “uma lógica mecânica (a partir do século XVII); uma lógica
energética (séc. XIX); e uma lógica informacional (séc. XX)”.
Por outro lado, há os processos de subjetivação, abertas ao devir, que pode ser visto como
relação subjetividade-corpo.
Porém, o corpo é formação histórica e transversalidade também, que a partir de tudo isso o
torna processual.
E há dois modos de ver o corpo: um palpável e o outro que é evidente que é o corpo-devir,
que compõe com uma subjetividade-corpo. Mas o autor faz uma pergunta na qual é importante
saber, “como que um corpo-devir (aliado das convocações processuais da subjetivação) desafia um
corpo-identitário, e o convoca a reinventar-se?”.
E aonde há poder para Foucault, há espaço de resistência, onde a resistência assume papel
contraditório, de rival desse poder, e o princípio identitário é o que rui nessa resistência.
E a resistência pode ser feita pela arte, num voluntarismo que se parece moderno, à luz da
iluminação do racionalismo. E conclui-se que o corpo talvez esteja se tornando uma grande razão,
que os fatores de subjetivação é cada vez mais usada para sua definição.

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