DOROTEIA A CENTOPEIA DE ANA MARIA MACHADO.

Todo dia parecia festa no canteiro do jardim, muitas flores de diversas

cores, muitas formigas, abelha, besouro, borboleta, grilo, no corre corre,
no pula pula, no voa voa, pra lá pra cá.
É verdade que todos estavam trabalhando não só brincando. Formigas
carregavam folhas, abelha faziam mel, aranhas tecia teias, minhocas
cavavam túneis. Todos muito ocupados, quando acabavam o dia todos se
reuniam e era cada brincadeira, cada conversa, cada risada, mas um dos
bichinhos andava muito esquisito ultimamente, era Doroteia a Centopeia
que antes era bem alegre e agora só sabia resmungar, não queria ver os
amigos não queria saber de ninguém e todos ficavam preocupados. O
que será que ela tem? Mais ninguém descobria.

- Ela anda de mal humor.

Disse a formiga Tita.

- O sorriso dela era tão doce.

Disse a abelha Zizi.

- Mais ela não sorrir mais. Quem sabe se ela não está doente.
Disse a formiga Tita.

E todos gritaram:
- Isso mesmo vamos chamar o médico. O famoso Dr. Caracol.

Quando ele chegou perto dê Doroteia ela colocou logo a língua de fora e
fez careta. Ele logo abriu a mala. E falou:
- Obrigado, assim posso examinar melhor.

Ela ficou envergonhada e parou de ser malcriada, todos os amigos dê

Doroteia estavam preocupados e queriam notícia dela. Dr, Caracol
explicou:
- “ Topadas nos pés da frente, unha encravada no número 18 do lado
esquerdo e no 27 do lado direito, calos no 37 do lado direito, calos nos 42 do
lado.

- “ Oh coitadinha!
Disse a formiga Tita.

O dr. Caracol deixou uma receita com Doroteia e pediu para ela ir numa
sapataria e comprar novos sapatos. E lá se foi Doroteia comprar novos
sapatos. Chegando lá o dono da loja mostrou vários tipos de sapatos e
Doroteia percebeu que o sapato ficou ótimo no seu pé e nunca mais ficou
doendo.
Logo depois Doroteia voltou a se reunir com seus amigos e voltaram a
brincar.
Fim da história