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RESUMO – DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

Estrutura dos ossos longos

Epífise (proximal – Distal); Metáfise; Diáfise (parte longa do osso); Fises ou Disco de crescimento
(cartilagem); Periósteo (película) – não aparece no RX.
Cães grandes: maior tempo para fechar os discos epifisários;
Cães pequenos: tempo menor;

Baixa da radiopacidade: Mais escuro


Osteopenia (generalizada) – Todos os ossos
Osteólise (focal) – Mancha mais escura

Aumento da radiopacidade: Mais Claro


Esclerose – Mancha mais clara

ALTERAÇÕES TRAUMÁTICAS

Fraturas CLASSIFICAÇÃO
1 - Ferimento externo comunicante - aberta /fechada
2 - Extensão da lesão - completas (2 fragmentos) - incompletas (Fissura – Trincou) - por avulsão (Fratura
por arranchamento – Inserção de Ligamento ou Tendão)
3. Quanto à direção da fratura - Simples (1 Linha de fratura) / segmentar (2 Linhas de Fratura) /
cominutiva (+3 Fraturas – estilhaço)
Borda da Fratura:
Transversa - Reta; oblíqua –Ponta,Diagonal ; em espiral – Enxerga a medula – Atropelamento

4. Quanto à localização da fratura - diafisária (proximal, medial ou distal) - epifisária - (no condilo) condilar/
(entre os condilos) intercondilar/ (acima dos condilos) supracondilar
5. Quanto à posição dos fragmentos - manutenção do eixo - desvio dos fragmentos

Fratura epifisária

Animais jovens
classificadas de acordo com o grau de envolvimento das epífises, fise e metáfise → Salter-Harris
probabilidade de deformidade no crescimento (fechamento precoce)

Consolidação óssea

Ossificação do calo e desaparecimento de linha de fratura


Fratura→ hemorragia (hematoma)→ organização em tecido conjuntivo→ processo de ossificação→ calo
ósseo
Exame radiográfico imediato após redução (2 proj) - alinhamento
(2, 4 e 6 semanas) - alinhamento, implantes cirúrgicos, infecção, calo ósseo - radiografias anteriores.

AFECÇÕES DE ETIOLOGIA INDETERMINADA

Panosteíte
Cães raças grandes/gigantes (Pastor Alemão);
Comum em jovens (5-12 meses); Idosos (7 anos);
Aumento da atividade osteoblástica e fibroblástica no endósteo e canal medular; diáfises (rádio, ulna,
fêmur, tíbia)
claudicação sem histórico de trauma (membros aleatoriamente); dor à palpação profunda de diáfise; auto-
limitante.
Aspectos radiográficos: esclerose (manchas mais clara) do canal medular (áreas arredondadas); - Perto do
forâmen nutrício (DALMATA)

Osteopatia (pulmonar) hipertrófica

Causa desconhecida; Cães e gatos adultos e idosos;


Moléstia intratorácica ou abdominal (neoplasias, doenças infecciosas, parasitárias)
Aumento de volume das extremidades (bilateral e simétrico) → diáfises Dor e claudicação
Aspectos radiográficos:
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proliferação periosteal (irregular – dependendo da severidade e cronicidade) em metacarpos e metatarsos
– diáfises; -
Simétricas e bilaterais;
Não afeta articulações;

ALTERAÇÕES METABÓLICAS

HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO NUTRICIONAL


Cães e gatos jovens; Distúrbio nutricional menor Ca/Alta P → Pth→ osteoclastos
Aspectos radiográficos: diminuição generalizada da radiopacidade; adelgaçamento de corticais (fino –
Fratura Patológica); Cifolordose (desvio da coluna) ; fraturas patológicas(fragilidade óssea);
estreitamento pélvico;

HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO RENAL


Distúrbio glomerular= alta [P] → Pth→ osteclasto - animal jovem/idoso Aspectos radiográficos: diminuição
da radiopacidade dos ossos do crânio “dentes flutuantes” - “mandíbula de borracha” - fratura patológica

Neoplasias ósseas
Osteossarcoma (80%); Adultos e idosos; Raças grandes e gigantes (Boxer e Rottweiler);
Localizações: distal rádio, proximal úmero, distal fêmur, proximal tíbia; Claudicação e aumento de volume;
geralmente monostótico (articulações preservadas); Fraturas patológicas;
Aspectos radiográficos:
osteólise(mancha mais escura – focal); proliferação periosteal desorganizada; misto; aumento de volume
de partes moles; controle radiográfico; Citologia / Biópsia !!

DOENÇAS INFECCIOSAS

OSTEOMIELITE
Inflamação óssea causada por foco de infecção:
Fraturas expostas; Cirurgias; Mordidas; Feridas abertas.
Dor, edema, febre, claudicação;
Agudo (sem sinais radiográficos) e crônico (presença de alterações radiográficas)
Aspectos radiográficos:
Osteólise(mancha mais escura – focal); Esclerose(mancha mais clara) (proliferação periostal - tentativa de
confinar o foco); Aumento de partes moles; monostótica→ poliostótica

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Radiologia do sistema articular

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA (osteoartrose)

Alteração degenerativa não inflamatória da cartilagem e do osso;

Primária: uso e idade, sem causa específica;


Secundária: qualquer situação que leve a alt. articular (alt. de desenvolvimento, deformidades
traumáticas)
Inicial: sem alterações radiográficas.

Luxação e Subluxação

Perda total (Luxação)/parcial da relação articular (Subluxação); qualquer articulação do esqueleto


trauma; desenvolvimento (superfícies art. alteradas); congênitas (origem em má formação)

Osteocondrose

falha na ossificação do osso subcondral; osteocondrite dissecante = “joint mice” (Buraco+Tampa); Lesões
bilaterais - animais grandes porte (machos?); claudicação com idade de 4 – 9 meses; cabeça caudal do
úmero, côndilos femorais (medial), tálus (medial).

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Aspectos radiográficos: área radioluscente do osso subcondral + esclerose; flap cartilaginoso ou calcificado
“joint mice”; DAD (Doença articular Degenerativa – Artrose)

Luxação de Patela

Deformidade congênita ou traumática


Desvio medial → Raças toy; Lateral cães grande porte (rara)
Arrasamento do sulco troclear; Variações angulares do fêmur;
Alterações ligamentares/musculares; Graus I a IV (I/II =intermitente III/IV =persistente)

Luxação congênita de Patela


Aspectos radiográficos: projeção craniocaudal; desvio medial da patela (bilateral); traumática (unilateral);
DAD (não lauda como congênita e só como luxação)

Ruptura do ligamento cruzado cranial


Principal causa de claudicação em cães e gatos; secundário a trauma ou não; Movimento de gaveta; ML
e/ou ML sob estresse.
Aspectos radiográficos: Derrame intra-articular; Deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur; DAD.

ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO

Necrose asséptica da cabeça do fêmur

Cães jovens, raças Toy; Falha da irrigação da cabeça femoral (isquemia=necrose); Claudicação; Dor

Aspectos radiográficos: osteólise (mancha mais escura- forma de enxerga necrose) cabeça e colo femoral;
aumento da interlinha radiográfica; remodelamento de cabeça femoral e acetábulo; fragmentação do osso
subcondral (fratura patológica); uni/bilateral; DAD

Displasia do cotovelo
Alteração de desenvolvimento da articulação: osteocondrose (OCD) do côndilo medial do úmero; não
união do processo ancôneo (NUPA); fragmentação do processo coronóide medial (FPCM); incongruência
articular.
Doença hereditária; Cães de raça grande; 4 a 18 meses; geralmente bilateral

Aspectos radiográficos: Projeções CrCd e ML obíqua; Área radiotransparente em osso subcondral no


côndilo do úmero

Não união do processo ancôneo

falha na fusão do centro de crescimento (ancôneo e ulna); Aspectos radiográficos; Projeções ML e ML


Flexionada; Linha radiotransparente entre processo ancôneo e ulna; margens com esclerose (DAD)

Fragmentação do processo coronóide medial da ulna


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Aspectos radiográficos:
Projeções: ML estendida, CrCd, CrCd supinada (15°); Contorno anormal e perda da definição do processo
coronóide medial; Díficil diagnóstico – alterações secundárias! Tomografia Computadorizada!!

Lesão é muito difícil de ser observada ao exame radiográfico:


Sobreposição; Imagem não calcificada; Fragmento fissurado e sem separação;

Incongruência articular

Instabilidade articular; DAD

Displasia coxofemoral

Desenvolvimento anormal da articulação;Fatores genéticos; Fatores ambientais (piso, obesidade); Raças


grandes - crescimento rápido; Gatos (persa); Bilateral (uni); Pastor Alemão, Labrador, Golden Retriever,
Rottweiler;

Aspectos radiográficos: Incongruência articular; Arrasamento acetabular / remodelamento;


Subluxação/luxação; DAD 2ª DCF (osteófitos periarticulares, alteração morfológica da cabeça e colo
femorais, linha de “Morgan” – osteófito curvilíneo caudolateral).

RADIOLOGIA DA CAVIDADE TORÁCICA

Exame Radiográfico Do Tórax


Avaliação cardíaca; Avaliação pulmonar (tosse, distrição respiratória, pesquisa de mestástase); Avaliação
do espaço pleural; Avaliação do arcabouço torácico; Avaliação mediastinal (CR, MD e CD)

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Aspectos radiográficos normais:
Grande variação; Técnica radiográfica (super/subexposta); Espécie / Raça; Idade; Fase respiratória;
Condição corporal (obesidade)

Alterações radiográficas da traquéia

Posição-Deslocamentos:
dorsal; ventral; lateral; Diâmetro Luminal; diminuição (estenose / colapso / hipoplasia)

Colapso de traquéia

Raças toy; Dificuldade respiratória (“tosse de ganso”); geralmente no plano dorso-ventral (LL);
Estreitamento do lúmen; Diâmetro variado (braquicefálicos – bulldog); Normal não exclui (lesão dinâmica
fluoroscopia/endoscopia); Sobreposição de partes moles; Expiração x Inspiração (ins: intratorácica alarga
cervical estreita/exp intratorácica estreita/cervical alarga)

Alterações radiográficas do mediastino

Alterações da radiopacidade: diminuição (pneumomediastino); aumento (massas / líquidos).

Alterações do espaço pleural

Não visibilizado em condição de normalidade; discreto fluído pleural; Afastamento Pleural; incisuras
interlobares;
Alterações da Radiopacidade: Aumento: Efusão pleural (manipulação/gravidade/avaliação pulmonar e
cardíaca); Hidro, hemo, pio, quilotórax- Diminuição: - Pneumotórax (desvio cardíaco e traqueal)

Alterações radiográficas do diafragma

Adquiridas: rupturas diafragmáticas; Congênitas: Hérnias peritoneopericardicas

Aspectos radiográficos: ausência de imagem da cúpula diafragmática; estruturas anormais no tórax;


Contraste.

Esterno

Pectus excavatum: Desvio dorsal do esterno – diminuição da dimensão dorsoventral da cavidade torácica.
Pectus carinaum: Desvio ventral do esterno – aumento da dimensão dorsoventral da cavidade torácica.

RADIOLOGIA PULMONAR

Pulmão: interstício, brônquios, bronquíolos, alvéolos, vasos sanguíneos e linfáticos


ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS:
Alterações de radiopacidade

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Aumento (localização e distribuição); quadro intersticial; quadro brônquico; Quadro alveolar; quadro
vascular; quadro misto

Quadro intersticial

Opacificação intersticial (acúmulo de líquido, material celular ou ambos); perda do contraste dos campos
pulmonares; quase todas as condições patológicas do pulmão; Nodular (presença de bolinhas brancas)

QUADRO BRÔNQUICO

Opacificação de paredes brônquicas


bronquite aguda (ndn); bronquite crônica; senilidade; Dilatação do lúmen brônquico; Bronquiectasia
(processo crônico)

(tosse seca não produtiva, caracteriza bronquite)

QUADRO ALVEOLAR

“nuvem”, “algodão doce”

Alv – Liquido no Pulmão – Branco no RX


broncograma aéreo (Somente quando tem líquido - Brônquios são acompanhados de 1 veia e 1 artéria, -
é quando enxergamos o trajeto brônquico, mas não vemos nem a sua parede nem seus vasos
adjacentes)
✓ broncopneumonias
✓ edema pulmonar: alveolar (intersticial)
✓ Hemorragias

Edema pulmonar cardiogênico

Regurgitação de mitral; vol. sanguíneo entre VE e AE; pressão AE; pressão nas veias pulmonares; produção
de fluído intersticial; Drenagem linfática não suficiente (dorsocaudal); EDEMA PULMONAR

RADIOLOGIA DO CORAÇÃO

CORAÇÃO – silhueta cardíaca;


Exame radiográfico não informa sobre volume, cavidade ou espessuras de suas paredes!!!!

Mensuração radiográfica da silhueta cardíaca

Laterolateral:
Eixo craniocaudal: Cães: 2,5 – 3,5 E.I.C.
Gatos: 2,0 – 2,5 E.I.C.

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EIC – Espaço inter costais
Sistema de escala vertebral – “Vertebral Heart Size” (V.H.S.)
Exame radiográfico não avalia:
Freqüência/batimentos cardíacos; tamanho das câmaras/paredes cardíacas; Velocidade e força de
contração; Presença de sopro; Valvas cardíacas; Efusão pericárdica ou trombo

Avaliação radiográfica

Silhueta cardíaca;
Traquéia e brônquios principais; Campos pulmonares; Espaço pleural; Mediastino; Grandes vasos (aorta e
veia cava caudal).

Aspectos radiográficos da coluna vertebral

Principais aspectos anatômicos


C7, T13, L7, S3, Cc variáveis(normais); Discos intervertebrais; Ligamentos; Vascularização; Nervos; Medula
espinhal

TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS

EXAME SIMPLES – exame físico/neurológico prévios – segmentos restritos – posicionamento → sedação /


anestesia geral
projeções radiográficas: lateral; ventrodorsal

Cifose – Desvio Dorsal – Para Cima


Lordose – Desvio Ventral – Para Fora
Escoliose – Desvio de lados - Lateralização

DISCOPATIAS
doença degenerativa do disco intervertebral
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Herniações: Raças Condrodistróficas →Hansen tipo I; Raças Não Condrodistróficas →Hansen tipo II
Trauma - Fatores mecânicos e anatômicos
Disco intervertebral: lateral e ventral são mais espessas que região dorsal (Hoerlein, 1987)

FISIOPATOLOGIA - HANSEN TIPO I

FISIOPATOLOGIA - HANSEN TIPO II

Raças Não Condrodistróficas

Espondilose deformante

Idiopática / Secundário a instabilidade entre as vértebras


Proliferação nas margens dos corpos vertebrais – Ventrais – Laterais – Dorsais; Osteófito ⇒ espondilose
deformante

Hemivértebras

Ossificação incompleta / união incompleta dos centros de ossificação; mais comum na região torácica;
Aspecto de cunha ou trapézio; Raça mais acometida: Bulldog / Pug.; pode haver sintomatologia
neurológica ou não

Instabilidade lombossacra

Síndrome da cauda equina; Deslocamento ventral da epífise cranial de S1 em relação a epífise caudal de L7
– diminui canal vertebral (compressão dos nervos); Espondilose deformante L7-S1;

Discoespondilite
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Infecção do disco e das vértebras contíguas (secundário)
Causas: hematógena, corpos estranhos, complicações póscirúrgicas em coluna; Staphylococcus sp, Brucella
canis; mais comum nas regiões torácica e lombar
Aspectos radiográficos:
Fase Aguda: Lise irregular das epífisescdas vértebras – alargamento do espaço intervertebral
Fase Crônica: Esclerose dos bordos vertebrais – osteófitos – fusão de corpos vertebrais adjacentes

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