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Sessão de tiro único – RPG UNEB (Experiência didática)

Objetivo fuga da senzala, que está começando a pegar fogo.

Prelúdio: Era mais uma noite quente e seca na senzala, a fome apertava e o corpo ainda
doía do dia exaustivo de trabalho. Com cerca de 30 pessoas no espaço parecia que
aquele calor suplantava o nosso ar. Os idosos e as crianças são os que mais sofrem com
tudo isso, acabam contraindo também as doenças e moléstias mais rapidamente. O
espaço da senzala era apertado, com algumas poucas moringas, todas feitas de barro,
ainda com água e muitas delas vazias. O telhado era de palha. Haviam duas grandes
portas trancadas, pela frente da senzala, pelo lado de fora e vigiadas por dois capitães-
do-mato muito violentos e cruéis. Tínhamos somente uma janela que ficava no fundo da
senzala. Uma vela de sete dias é a única coisa que tínhamos para iluminar aquela noite
intrépida. Nosso senhor se dizia bom por não nos acorrentar dentro da senzala. Isso lá é
bondade? Seria bom se nos concedesse a merecida e sonhada liberdade! Aquela de
gosto doce! Dormíamos em esteiras de palha em um chão sujo, perto de enormes caixas
de madeira, umas 7 ao todo. Durante a noite sentimos um cheiro de queimado, que cada
vez mais se fortalecia. Ouvimos os gritos dos capitães-do-mato dizendo pra fugir, pois a
Casa Grande estava pegando fogo, assim como todo a lavoura e a oficina onde
reparávamos as ferramentas, gritavam dizendo que não havia mais tempo e se não
fugissem o fogo os sufocaria. Começamos a pedir socorro, com esperança que
pudéssemos também ser salvos daquele terrível infortúnio. Mas foram pedidos vão, já
devíamos imaginar que não iria acontecer. Ninguém se sacrificaria por nós. Só nós
mesmos. Decidimos fugir das senzalas por nossas vidas.

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