Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MULTIDISCIPLINARES NA
PESQUISA E EXTENSÃO
CONSELHO EDITORIAL
10.48209/978-65-5417-027-7
ARCO EDITORES
Telefone: 5599723-4952
contato@arcoeditores.com
www.arcoeditores.com
APRESENTAÇAO
Toca o sino, som agudo e insistente, antes mesmo do sol nascer, às 4 horas
da madrugada. Todos os homens saem de seus quartos, compostos apenas por
uma cama e uma escrivaninha, onde a bíblia sagrada descansa solitária. Esses
quartos são chamados de celas. Os homens arrastam-se com seus mantos pesa-
dos, em cadência. Silêncio profundo. Reúnem-se em um grande salão para fa-
zerem suas orações. Rir, conversar, trocar ideias são punidos com rigor, porque
são pecados. Cantos e louvores são proferidos antes mesmo do desjejum. Após
os rituais matutinos, saem para as salas, para começarem os estudos diários dos
livros permitidos pela Igreja. Parece que estou descrevendo uma cena do filme,
“O nome da rosa”, de 1986, realizado a partir do livro do Umberto Eco. Na
verdade, estou descrevendo um dia comum, em uma instituição de ensino na
Idade Média, no Ocidente, no início do século XII. Na Idade Média, a Universi-
dade acontecia dentro dos mosteiros, em vez de professores, tinham-se monges
e estava ligada ao ensino, talvez alguma pesquisa, desde que não contrariasse
os dogmas da fé. Extensão? Nem pensar! O povo não tinha acesso nenhum ao
que acontecia nos mosteiros, não precisam saber ler e o conhecimento que ne-
cessitavam era apenas para o cultivo de produtos para alimentação e criação de
animais, a qual grande parte ia para o sustento dos Mosteiros/Universidades.
Não existia ensino democrático e dialógico. Não existia cidadania. O conheci-
mento era para poucos, e esses poucos, só dispunham de conhecimentos dentro
de uma redoma imposta pela religião.
Pesquisa, ensino e extensão, três dimensões, que juntas podem fazer so-
nhos tornarem-se realidade, direitos serem assegurados, vidas serem salvas e
inovações criadas. A Constituição Federal promulgada em 1988, trouxe um
novo vento de esperança, assegurando direitos, até então cerceados pela Di-
tadura Militar, iniciada em 1964. A Constituição Cidadã, em seu artigo 207,
estabelece a indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão, formando o
tripé que sustenta o Ensino Superior brasileiro até os dias atuais. A lei magna do
país, também assegura que cada segmento tenha “igualdade em tratamento por
parte das instituições de ensino superior, que, do contrário, violarão o preceito
legal”. O e-book Olhares Plurais e Multidisciplinares na pesquisa e extensão,
ora colocado à disposição do público, apresenta algumas possibilidades reais,
onde teoria e prática, pesquisa e extensão, nos presenteiam com exemplos de
práticas que possibilitam transformações, dinamizando a pesquisa e conversan-
do com a comunidade.
CAPITULO 1
CAPITULO 2
CAPITULO 3
SOBRE AS ORGANIZADORAS.....................................................81
SOBRE OS AUTORES......................................................................84
10
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
CAPÍTULO 1
MAÇÃO PHYGITAL E DAS TENDÊNCIAS IMERSIVAS NOS PROJETOS EXTEN-
SIONISTAS
11
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
pessoasAe,tessitura da interdisciplinaridade
com o advento com a inovação
das chamadas novas tecnologias, é cerzida
a escalabilidade com
aumentou. o ele-
mento futuro
As mudanças que é uma
de paradigma referência
devem a partir
ser escritas do passado
e este capítulo é uma epossibilidade
do presente. Do pas-
de pensar nos
documentos oficiais das instituições de ensino superior para evidenciar as inovações na pesquisa
sado, porque tem os dados e as informações para as análises e para as interpre-
e no ensino, assim como registrar as práticas exitosas a fim de evidenciar a qualidade máxima
tações e,edo
que existe quepresente,
é praticadapois o planejamento
na instituição. Os projetospode ser modificado
extensionistas costumampara o futuro
ser inovadores,
porém como escrever ou registrar, muitas vezes, fica na memória e na oralidade docente, discente
desejado.
e da comunidade do entorno.
Em relação
Foram lidos ao futuro,
muitos artigos a lembrança
a respeito do projetos
de inovação nos conto “A Christmas
de extensão Carol”, nos
universitária, de
trabalhos foram vistas inúmeras definições do que seria o conceito de inovação. Pode-se afirmar
Charles Dickens, foi trazida à tona na obra traduzida de Senge (2013, p. 188)
que alguns princípios são trazidos da indústria e da área de negócios. Neste capítulo pretende-se
com a escrita
enfatizar que oa pesquisa
que o ensino, “futuro eque ocorrerá
a extensão se ele [Ebenezer
universitária Scrooge]
não se dissociam continuar
e que juntos trans-
formam culturalmente, economicamente e socialmente as comunidades que estão vinculadas às
no caminho atual. É então que ele acorda. Ele percebe que não é prisioneiro
instituições de ensino superior por meio de polos que estão no país e de polos internacionaliza-
dessas realidades.
dos, ou seja, Percebe
são abertos que
polos em tempaíses
outros outras
paraopções.
estudantesEleque
opta por mudar”,
residem em outros afinal,
territó-
rios e para alunos que se interessam pelos cursos.
no presente, é possível analisar o passado e corrigir os processos e os encami-
A indissocialização é uma realidade, assim como os desafios da interdisciplinaridade e da inova-
nhamentos
ção na Ciência,dados.
contudo existem elementos que ainda precisam ser desvelados para interligar a
interdisciplinaridade na inovação nas instituições de ensino superior. As práticas interdisciplinares
rompem No contexto
padrões, do ecapítulo,
hábitos costumes tem-se a reflexão
para a (co) a respeito
criação e para a produçãoda de
transformação
conhecimento
conjunto. Aeinteligência
phygital é coletiva
das tendências e deve mitigar
imersivas as fragmentações
nos projetos para a formação
de extensão integralNa
universitária. de
pessoas que tomam decisões estratégicas.
transformação, tem-se pessoas, paradigmas, processos e, no “phygital”, tem-se
O presente e o futuro nas transformações phygitais nas atividades extensionistas, no ensino e na
apesquisa
junçãosão
doreferências
físico com parao muitas
digital, mas como
conversas a palavra
com os é herança
diversos atores da língua
na instituição, vistoingle-
que a
qualidade,
sa, a inovação
o físico e as práticas exitosas estão nos projetos presentes e serão conhecidas por
é “physical”.
avaliadores internos e externos, no futuro precisam estar convergentes com o propósito, com a
missão,Desde
a visão eoos valoresdos
início institucionais
anos 90,no douniverso
séculovolátil,
XX, incerto,
com a complexo e ambíguo.
popularização da rede
Os elementos
mundial dos projetos de extensão
de computadores e com adevem ter relação as
globalização, com a volatilidade, com
possibilidades a incerteza,
digitais cres-
com a complexidade e com ambiguidade nas mais diferentes tendências imersivas em termos
cem em relevância
tecnológicos. para das
As possibilidades os (co)
(ciber) cidadãos
criações que viviam
devem interligar polos eno ciberespaço
outras que
instituições para
a qualidade
Lévy nas p.
(1999, práticas pedagógicas
27) escreveu e andragógicas.
como o suporte da inteligência coletiva [...] “uma
das principais condições de seu próprio desenvolvimento”, logo, considera-se
Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária são Indissociáveis
as pessoas que compartilham informações, dados e o conhecimento explicitá-
vel ou (co) criam com outras pessoas e, com o advento das chamadas novas
As pesquisas e as aulas cumprem a função social na extensão universitária e na indissociabilidade
tecnologias, a escalabilidade aumentou.
do tripé: ensino, pesquisa e extensão, que está articulado com as políticas públicas educacionais
e com as políticas da instituição. O cumprimento das legislações são verificados em instrumentos
12
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
As mudanças
de avaliação institucionalde paradigma
e de devemque,
cursos. Percebe-se sernos
escritas e esteoficiais
documentos capítuloe nosémateriais
uma pos- de
divulgação, as ações são evidenciadas.
sibilidade de pensar nos documentos oficiais das instituições de ensino superior
Em 2019, a Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, registrou que realizou, em 2015, a pro-
para evidenciar as inovações na pesquisa e no ensino, assim como registrar as
moção da igualdade racial e do combate ao racismo. Planejou-se em âmbito nacional, com a cria-
práticas
ção do seu exitosas a fim de
Núcleo de Estudos evidenciar colocando
Afro-Brasileiros, a qualidade máxima
a instituição que existe
em sintonia e marcos
com os que é
legais que regulamentam o tema para as atividades meio e fim no ensino superior (GARCIA, 2019,
praticada na instituição. Os projetos extensionistas costumam ser inovadores,
p. 25). A ação extensionista teve início na sala de aula com o ensino.
porém, como
Como ensino e aescrever
pesquisa, aou registrar?
extensão Muitasprecisa
universitária vezes,ser
fica na memória
o modo e na
de inserção oralida-
social com a
aproximação
de da instituição
do docente, de ensino
do discente e dasuperior com a sociedade.
comunidade A transformação social, econô-
do entorno.
mica e cultural ocorre nas sedes e nos polos que podem estar próximos ou distantes, inclusive,
Foram
em outros lidos muitos artigos a respeito de inovação nos projetos de exten-
países.
são universitária,
Gandolfi et al. (2018, p.nos
92) quais foram
perceberam constatadas
e escreveram váriasquedefinições
em artigo acerca
a relação com do que
a comunidade
era caráter fundamental para a renovação da academia a partir da inclusão mútua entre o saber
seria o conceito de inovação. Pode-se afirmar que alguns princípios são trazi-
popular e o saber acadêmico gerando proposta de pertencimento, ou seja, a transformação social
dos da indústria
e cultural a partir deeprojetos
da áreaque
de visam
negócios. Neste
processos capítulo pretende-se
de transformação e de (auto)enfatizar que
transformação
dos atores participantes.
o ensino, a pesquisa e a extensão universitária não se dissociam e que juntos
O desenvolvimento social costuma ocorrer a partir do conhecimento prévio e sem preconceitos
transformam culturalmente, economicamente e socialmente as comunidades
para não macular as culturas, apenas com o compartilhamento dos saberes para a resolução dos
que estãoverificados.
problemas vinculadas É aàs instituições
cultura de ensino
da comunidade superior nas
que predomina porações
meioextensionistas.
de polos que As
pessoasno
estão buscam
país ae mudança,
de polosneste sentido a instituição oferta
internacionalizados, o que
ou seja, desenvolveu
são nas pesquisas
abertos polos em ou-e
no ensino nas salas de aulas ou nos sistemas de gestão de aprendizagem.
tros países para estudantes que residem em outros territórios e para alunos que
A aproximação dos pesquisadores com a comunidade pode ser feita por projetos coordenados
se
pelointeressam pelos
corpo docente cursos.
e pelo corpo técnico-administrativo. O suporte técnico e material costuma
ser feito pela instituição por meio da Pró-Reitoria de Extensão que divulga, que trata os dados do
cadastroAcom
indissocialização
base na Lei Geral é
deuma realidade,
Proteção de Dadosassim como
e certifica os desafios Algumas
os participantes. da interdis-
ativi-
ciplinaridade e dasão
dades extensionistas inovação naeditais
oriundas de Ciência, contudo existem elementos que ainda
de financiamento.
13
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
osdesequilíbrio
o diversos atores na entre
financeiro instituição,
as verbasvisto
para aque a qualidade,
pesquisa, a inovação
o investimento e as
no ensino práticas
e orçamento
para a extensão universitária com os esforços dos diferentes atores na instituição (CARNAÚBA,
exitosas estão nos projetos presentes e serão conhecidas por avaliadores in-
2019, p. 6).
ternos e externos, no futuro. Tais projetos precisam estar convergentes com o
Inovar socialmente requer aplicações de dinheiro em pesquisas para que o conhecimento científi-
propósito, com a missão, a visão e os valores institucionais no universo volátil,
co beneficie a comunidade local ou regional com o desenvolvimento econômico, social e cultural.
incerto, complexo
Furlan et al. e ambíguo.
(2021), pretenderam propor um modelo a ser tomado como referência e revelar o
protagonismo da academia com a instituição de ensino superior como responsável para o estí-
mulo deOs elementos
ações dos projetos
empreendedoras de extensão
e inovadoras para que asdevem ter relação
transformações sociaiscom a vola-
e econômicas
tilidade,com
ocorram com a incerteza,
a utilização com inovadoras.
de interfaces a complexidade e com ambiguidade nas mais
diferentes
As atividadestendências imersivas
extensionistas em termos
se integram à matriztecnológicos.
curricular e à As possibilidades
organização das
da pesquisa,
constituindo-se
(co) criaçõesem processo
devem interdisciplinar,
interligar polospolítico educacional,
e outras cultural,
instituições paracientífico, tecnológico,
a qualidade nas
que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros
práticas pedagógicas e andragógicas.
setores da sociedade com a produção e a aplicação do conhecimento que precisa estar articulada
com o ensino e com a pesquisa (Brasil, 2018).
Ensino, pesquisa e extensão universitária são
Na legislação, a articulação entre a extensão universitária, a pesquisa e o ensino, caso os cursos
indissociáveis
superiores sejam ofertados na modalidade a distância, as atividades extensionistas devem ocorrer
na região do polo de apoio presencial, no país ou no exterior, precisam ser presencial, salvo em
caso deAs
crise sanitária, como
pesquisas ocorreucumprem
e as aulas a necessidade do distanciamento
a função social. As instituições
social na extensão universitá-de
ensino superior podem regulamentar de acordo com a oferta do curso. A mobilidade interinstitu-
ria e na indissociabilidade do tripé: ensino, pesquisa e extensão, que está arti-
cional entre os discentes e os docentes está prevista quando houver parcerias entre instituições.
culado com as políticas públicas educacionais e com as políticas da instituição.
O cumprimento das legislações é verificado em instrumentos de avaliação ins-
Os Desafios da Interdisciplinaridade e da Inovação na Ciência
titucional e de cursos. Percebe-se que, nos documentos oficiais e nos materiais
de divulgação, as ações são evidenciadas.
No processo educacional, com caráter cultural e científico, está a extensão universitária com
Ema2019,
ações com a Universidade
comunidade Federal
interna e externa de São Paulo
da instituição. - UNIFESP,
Nos projetos, registrou que
está o compartilhamento
do conhecimento
realizou, vinculado
em 2015, ao ensino e às
a promoção dapesquisas
igualdade desenvolvidas.
racial e do A realidade
combate da ao
comunidade
racismo.é
transformada com as ações extensionistas, logo, a responsabilidade social e cultural da instituição
Planejou-se em âmbito nacional, “com a criação do seu Núcleo de Estudos
é efetivada.
Afro-Brasileiros, colocando a instituição em sintonia com os marcos legais que
O respeito à diversidade, à sustentabilidade e aos direitos humanos é regido por legislação e
regulamentam o temaabertas
efetivado em atividades para as atividades
para a populaçãomeio e fim no ensino
em atendimento, superior”
em cursos (GAR-
de atualização,
CIA, 2019, p. 25). eDestaca-se
em aperfeiçoamentos quepara
em qualificação essaasação iniciou
pessoas na sala de
da comunidade de aula
modocom o ensi-
presencial ou
online.
no, logo, a ação extensionista estava indissociável com o ensino.
Sangiogo, Kohn e Freitas (2022, p. 69), enfatizam que após a análise dos projetos de extensão,
Entende-se
verificaram que
que eles [os a extensão
projetos] utilizamuniversitária precisaentre
do trabalho cooperativo ser odiscentes
modo eda inserção
docentes dos
cursos da unidade, como maneira de produzir um elo com a comunidade e assim contribuir na
social com a aproximação da instituição de ensino superior com a sociedade.
construção, troca e/ou difusão do conhecimento, ou seja, os atores sociais interagiram de modo
14
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
A transformação
(co) social, econômica
operativo e relacionou-se e cultural
a área de Química ocorre
no contexto nas sedes e
da comunidade. nos polos que
Os atoresestar
podem próximos
sociais, ou de
no contexto distantes,
atividadesinclusive, em modificam
extensionistas, outros países.
hábitos, transformam o
pensar e o agir da comunidade em processos contínuos de (re) modelações de paradigmas nas
salas deGandolfi et aulas
aulas ou nas al. (2018,
online. Ap.reflexão
92) perceberam e escreveram,
está na pesquisa que evidencia em artigo, “que
o desenvolvimento
contínuo de melhoria para a qualidade de vida das pessoas direta ou indiretamente.
a relação com a comunidade era caráter fundamental para a renovação da aca-
Os desafios, no processo de indissocialização do tripé acadêmico e de planejamento e de execu-
demia a partir da inclusão mútua entre o saber popular e o saber acadêmico
ção do projeto, têm elementos novos e antigos no viés formativo. Segundo Gonçalves (2015, p.
gerando
1231), são proposta de pertencimento”,
também indissociáveis ou seja,Interdisciplinaridade
- Interação Dialógica, a transformação esocial e cultural
Interpessoalidade,
[...] Impacto
a partir de na Formação
projetos dovisam
que Estudante e Impactode
processos e Transformação
transformação Social e está
e de de acordo
(auto) com
transfor-
o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Ensino Superior Públicas
mação dos
Brasileiras atores participantes.
- FORPROEX.
No desafio referente à interdisciplinaridade, Oliveira et al. (2021, p. 397) escreveram que a narra-
O desenvolvimento social costuma ocorrer a partir do conhecimento pré-
tiva de interdisciplinaridade mostra-se de difícil operacionalização em um contexto marcado pela
vio e sem preconceitos
especialização e fragmentaçãopara não macular
do conhecimento as culturas,
científico, apenas
desta forma, com oconcluem
os autores comparti-
que
a problemática pode estar na rede de pesquisadores e nas instituições. O diálogo entre as áreas é
lhamento dos saberes para a resolução dos problemas verificados. É a cultura
necessário, os atores sociais estão aprendendo a fazer.
da comunidade que predomina nas ações extensionistas. As pessoas buscam a
Entretanto, o constante aprendizado deve ser evidenciado em mudanças de atitudes e de com-
mudança e, No
portamentos. nesse sentido,
artigo a instituição
de D’Ambrosio (2011, p. oferece
6), tem-seoque:
queadesenvolveu nas pesqui-
gaiola que hospeda a ciência
moderna tem a forma de um tripé: [...] a lógica aristotélica, [...] o determinismo newtoniano e
sas e no ensino nas salas de aulas, ou ainda, nos sistemas de gestão de aprendi-
[...] sistemas formais [...], logo, o fundamento da territorialização está presente no momento da
zagem.
aula, mas tem as relações de causas e efeitos, as normas, as implicações, as relações sociais e as
teorias ou leis em conhecimentos consagrados na (des) territorialização. O social, a inovação e a
A aproximação
cientificidade estão em umdos pesquisadores
mesmo contexto. com a comunidade pode ser feita por
projetos
A coordenados
interdisciplinaridade pelo corpo
e a inovação fazemdocente e pelo
parte da (des) corpo técnico-administrativo.
territorialização e são estruturas para as
mudanças de paradigmas na constante ruptura de narrativas que ocorrem na produção do conhe-
O suporte técnico e material costuma ser feito pela instituição por meio da
cimento científico na academia. Nos sistemas socioeconômicos e socioecológicos, as abordagens
Pró-Reitoria
teóricas denas
e práticas, Extensão que áreas,
mais diferentes divulga, que trata
se completam e oos dadosnodo
exercício, cadastro com
desenvolvimento de
novas competências e de habilidades que envolvem a interdisciplinaridade e a inovação, está na
base na Lei Geral de Proteção de Dados e certifica os participantes. Algumas
criação e (co) criação de modos de governança acadêmica em relação aos mais diferentes inte-
atividades extensionistas são oriundas de editais de financiamento.
resses.
No curto prazo, a gestão é da inovação incremental para o aperfeiçoamento dos processos e dos
Os financiamentos podem ser externos ou internos, as ações extensio-
serviços. Na gestão de médio prazo, tem-se a inovação radical para a mudança de paradigmas nas
nistas envolvem
pessoas, investimento
na criação de para
novos processos e deoserviços.
atendimento à comunidade
A inovação disruptiva, paraeo para
longo oprazo,
de-
envolve os processos tecnológicos para as soluções dos problemas existentes nas questões de
senvolvimento local ou regional. Lacerda (2014, p. 9) escreveu no trabalho
ensino, de pesquisa e de extensão universitária.
apresentado no III Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvol-
Sangiogo, Kohn e Freitas (2022, p. 65-66), estabeleceram que inovação era sinônimo de renova-
vimento
ção, e nesseque, “nao estudo
sentido, base do processo
refutou, atravésde
dadesenvolvimento da economia,
revisão de literatura, alguns nota-se
conceitos como mu-
15
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
que a mudança
dança, importância da valorização
inovadora, do ensino
mudança progressiva, dentroplanejada
mudança de um esforço
e processoconjunto
de mudança,de
logo, as inovações, no curto, no médio e no longo prazo, devem ocorrer na organização do currí-
integrar, cada vez mais, a universidade em sua região com uma relação mútua
culo educacional prescrito, emergente e real, nas abordagens, nas metodologias, nos métodos e
nas benefícios”,
de técnicas para o isto é,eapara
ensino instituição age nonos
a aprendizagem, local ou nadisciplinares
materiais região para a transforma-
e multidisciplinares,
nas avaliações, na tecnologia como estratégia e nas relações entre os diferentes participantes do
ção econômica e para a melhoria da vida de pessoas físicas e jurídicas e tem o
processo científico.
retorno com o conhecimento construído com a comunidade.
Silva et al. (2021, p. 159), afirmam que o termo inovação rompe conceitos e práticas preestabeleci-
das, influenciando como as pessoas se comportam e aprendem, assim, os desafios, no atendimen-
Ainda que existam dificuldades orçamentárias para as atividades de ex-
to das necessidades ou nos diagnósticos desvelados na pesquisa, as soluções criadas e (co) criadas
tensão, como
são para as evidenciou
oportunidades o ex-reitor
de transformar da Universidade
a comunidade Federaluniversais.
para os contextos da Bahia e Uni-
versidade Federal do Sul da Bahia, Naomar de Almeida Filho, em entrevista
para a Revista
O Presente Entreteses,
e o Futuro que comPhygital
da Transformação o tripé acadêmico é possível mitigar o dese-
quilíbrio financeiro entre as verbas para a pesquisa, o investimento no ensino e
orçamento para a extensão universitária com os esforços dos diferentes atores
A interdisciplinaridade e a inovação estão na transformação que é considerada phygital, logo, a
na instituição
revisão (CARNAÚBA,
dos paradigmas educacionais 2019, p. 6).
e científicos inclui a web 3.0 e os mundos imersivos, afinal a
(ciber) sociedade emergente está presente nas instituições de ensino superior.
Inovar socialmente requer aplicações de dinheiro em pesquisas para que
A escalabilidade com a web 3.0 e o phygital são elementos do estar junto virtual, proposto por
oValente
conhecimento científico
(2005, p. 85), que parabeneficie
o processo adecomunidade
construção delocal ou regional
conhecimento com o de-
por intermédio de
meios para a comunicação
senvolvimento gere umsocial
econômico, alto grau de interação
e cultural. entre professor
Furlan e alunos,
et al. (2021), que estão em
pretenderam
espaços diferentes, contudo a transposição do presencial ou o híbrido para as representações grá-
“propor um modelo a ser tomado como referência e revelar o protagonismo
ficas ou holográficas de pessoas não pode ocorrer sem a mudança de paradigma quanto à técnica
da
e aosacademia” com a instituição de ensino superior como responsável para o
recursos computacionais.
estímulo de ações
Destaca-se que empreendedoras
a tecnologia e inovadoras
é entendida como para
estratégia, que que Silva
segundo as transformações
(2001, p. 839), os
recursos computacionais contribuem fortemente para condicionar as estruturas - a ecologia - das
sociais e econômicas ocorram com a utilização de interfaces inovadoras.
sociedades, no ensino, na pesquisa e na extensão universitária, existe a contribuição sine qua non
para a existência das tomadas
As atividades de decisõesse
extensionistas estratégicas
integrampara a transformação
à matriz curricular dos
e àcontextos e para
organização
a mitigação das desigualdades com a equivalência.
da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional,
Não pode ocorrer o que o Professor José Armando Valente relatou para Gomes (2020) na entrevis-
cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre
ta intitulada “A Tecnologia não é bem Explorada na Educação” e publicada no Jornal “O Estado de
as
Sãoinstituições de ensino
Paulo”, a respeito superior
da utilização e os outros
de softwares setores
e hardwares [...]da
umsociedade com aaprodu-
puxadinho, usando própria
dinâmica da sala de aula, com o aluno olhando um quadro durante quatro horas. Esperavam que
ção e a aplicação do conhecimento que precisa estar articulada com o ensino e
o estudante fosse ficar olhando a tela por quatro horas, como dito, um absurdo que não pode
com
existir anas
pesquisa
dinâmicas(Brasil, 2018).
educacionais phygitais.
Tem-se que as equipes multidisciplinares e os atores envolvidos precisam conhecer e saber uti-
Na legislação a articulação entre a extensão universitária, a pesquisa e o
lizar as plataformas, os softwares, a inteligência artificial e os outros recursos avançados, como
ensino, caso
multiversos, comos cursos superiores
metaversos sejam
e aplicações com oferecidos
realidades virtuaisnae aumentadas.
modalidadeNoeducação a
presente, de
16
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
distância,
acordo com deve ocorrer
o professor, presencialmente
as tecnologias não estãona região
sendo do poloexploradas
devidamente de apoio,nas
noatividades
país ou
educacionais.
no exterior, salvo em caso de crise sanitária que exija o distanciamento social.
A transposição do presencial para o phygital tem de ocorrer baseada nos princípios da educação
As instituições de ensino superior podem regulamentar de acordo com a oferta
5.0 e da (ciber) educação e com a devida compreensão de que o smartphone é um dispositivo
do curso.
móvel A mobilidade
que contempla interinstitucional
o digital, entrecom
a combinação do físico os discentes e osjustaposição,
o digital é uma docentes estánão
de palavras, mas de dimensões das vidas dos atores participantes das atividades acadêmicas de
prevista quando houver parcerias entre instituições.
modo que as vivências e as experiências estejam presentes e façam sentido para o pessoal e para
o profissional sem improvisos ou incômodos para a adaptação na transição.
Os desafios da interdisciplinaridade e da inovação
O artificial na transição do presencial para o phygital não corrobora para as mudanças de
na ciênciaou seja, não é mais possível verificar o que se faz no presencial para fazer no
comportamento,
digital. A importância da inovação para a adaptação às novas demandas é grande e precisa estar
nos documentos oficiaiseducacional,
No processo da instituição, incluindo a experiência
com caráter doseusuários
cultural nos canais
científico, estáespecíficos
a exten-
para o processo educacional.
são universitária com ações com a comunidade interna e externa da instituição.
A oferta de soluções para os participantes do processo educacional requer preparo dos diversos
Nos projetos, está o compartilhamento do conhecimento vinculado ao ensino e
agentes nas instituições de ensino superior. A comunidade precisa de alternativas mais práticas,
às
compesquisas desenvolvidas.
apresentações intuitivas e queAsejam
realidade da para
eficientes comunidade
solucionar éastransformada com
demandas sociais, as
cultu-
rais ou econômicas. A adaptação envolve pessoas, tal qual a acomodação.
ações extensionistas, logo, a responsabilidade social e cultural da instituição é
Segundo Park e Burgess (2014, p. 134), na adaptação, as modificações são orgânicas e são trans-
efetivada.
mitidas biologicamente; enquanto o termo acomodação é usado com referência às mudanças de
hábito, O respeito
que à diversidade,
são transmitidos, à sustentabilidade
ou podem e aos direitos humanos
ser transmitidos, sociologicamente, isto é, sob aé forma
regi-
de tradição social. Destaca-se que, no contexto do capítulo, a adaptação é a modificação com o
do por legislação e efetivado em atividades abertas para a população em atendi-
aprendizado para o ajustamento funcional.
mento, em cursos de atualização, em aperfeiçoamentos e em qualificação para
A adaptação ao phygital tem foco na adaptação que corresponde aos ajustes funcionais para as
as pessoas
pessoas da comunidade
e na adaptação estruturaldepara
modo presencial
as instituições, ouasonline.
após adaptações, deve-se investigar se
a acomodação é o resultado mais coerente, inovativo e exitoso para a adaptação no sistema de
Sangiogo,
gestão do Kohn
aprendizado e Freitas
que ocorre (2022,
de modo p. 69),
phygital, istoenfatizam que após
é, se as mudanças a análise
funcionais dos
e estrutu-
projetos de extensão,
rais foram efetuadas verificaram
com sucesso que elesde[os
ou se precisarão (re)projetos]
modelagem“utilizam
quanto ao do trabalho
problema que
se soluciona. A abertura de diálogo é essencial para mitigar adaptações no projeto.
cooperativo entre discentes e docentes dos cursos da unidade, como maneira
A Comissão Própria de Avaliação pode mensurar a qualidade das adaptações e das acomodações
de produzir um elo com a comunidade e assim contribuir na construção, troca
com instrumentos e evidenciar para o corpo diretivo os resultados. Enfatiza-se que os contextos
e/ou difusão
culturais dodevem
e sociais conhecimento”,
ser respeitados,ou seja, osdescrição
conforme atores de
sociais interagiram
Breternitz de modo
(2021, p. 168): não há
construção
(co) de novos
operativo conhecimentos se
e relacionou-se estes de
a área nãoQuímica
considerarem
no os saberes da
contexto da população
comunidade. e suas
realidades culturais, tampouco a phygitarização dos sitemas não pode minimizar a cultura e a
sociedade
Os daatores
comunidade. As no
sociais, atividades da extensão
contexto universitária
de atividades estão próximas modificam
extensionistas, das dores do
outro e, em alguns casos, podem tocar pontos sensíveis.
hábitos, transformam o pensar e o agir da comunidade em processos contínuos
de (re) modelações de paradigmas nas salas de aulas ou nas aulas online. A re-
17
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
flexão
O Pensarestá na pesquisa
Projetos queExtensão
Phygitais na evidencia o desenvolvimento contínuo de melhoria
Universitária
18
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
sistemasque
Sugere-se socioeconômicos e socioecológicos,
seja pensado em modelos, as abordagens
nos projetos, que teóricas
sejam de rotação e práticas,
por estações, pois
as pessoas podem estar presentes, distantes geograficamente ou de modo híbrido. Algumas ins-
nas mais diferentes áreas, se completam e o exercício, no desenvolvimento de
tituições têm pólos em outros países, assim todas as pessoas e culturas podem enriquecer. É
novas competências
preciso compreender queeasde habilidades
atividades que
são para os envolvem a interdisciplinaridade
diferentes estilos de aprendizagem e comeosa
mais diversos dispositivos móveis e fixos e conexões. Todas as demandas devem ser atendidas,
inovação, está na criação e (co) criação de modos de governança acadêmica em
as aprendizagens com mudança de comportamento precisam existir para que as pessoas sejam
relação aos mais
contempladas com a diferentes interesses.
transformação.
Acadêmicos separados,
No curto estudantes
prazo, a gestãoseparados nas estações,
é da inovação por polos. Cada
incremental poloocom
para atividades
aperfeiçoa-
diferentes a respeito de um mesmo assunto ou tema. O tempo de cada atividade deve ser deter-
mento
minado parados cumprir
processos e dos serviços.
o planejamento Na da
estratégico gestão de médio prazo,
ação extensionista. tem-se
No pólo 1, podeaexistir
ino-
avação
leituraradical
de textospara
inseridos no sistema
a mudança dede gestão de aprendizagem
paradigmas nas pessoas,comnaa temática
criaçãodefinida.
de novos Já,
os alunos do pólo 2 podem assistir vídeos com a curadoria do coordenador e dos professores da
processos e de serviços. A inovação disruptiva, para o longo prazo, envolve os
turma para encontrar teorias relacionadas ao tema. Os estudantes do pólo 3 podem estudar as
processos tecnológicos
regiões para registrar parainerentes
os contextos as soluções dosOsproblemas
ao tema. existentes
alunos do pólo 4 levantamnas questões
dados e criam
infográficos a respeito da temática e os participantes do pólo 5 apontam os riscos referentes ao
de ensino, de pesquisa e de extensão universitária.
assunto. Tendo mais polos, criam-se mais atividades que têm de ser compartilhadas para que, na
rotação de atividades, o trabalho não seja de um grupo, mas de todos que participaram da ação
Sangiogo, Kohn e Freitas (2022, p. 65-66) estabeleceram “que inovação
de transformação.
era sinônimo de renovação, e nesse sentido, o estudo refutou, através da revisão
Os acadêmicos estão unidos por sistemas de gestão de aprendizagem institucionalizado, no digital
de literatura,
os resultados alguns
podem conceitos
ser (co) como
criados por todosmudança, mudança
os estudantes, inovadora,
que atuam mudança
como sujeitos ativos.
O fechamento para concretizar o aprendizado pode ser um e-book com escrita baseada nas nor-
progressiva, mudança planejada e processo de mudança”, logo, as inovações,
mas técnicas podendo ser distribuído gratuitamente para as comunidades. Espera-se que todos
no curto,
tenham no médiotodas
internalizado e noaslongo prazo,
propostas e os devem
formatosocorrer na organização
de desenvolver o tema parado
tercurrícu-
uma pro-
dução técnica coletiva
lo educacional para a resolução
prescrito, de umeproblema
emergente ouabordagens,
real, nas para a transformação da comunidade.
nas metodologias,
nos métodos e nas técnicas para o ensino e para a aprendizagem, nos materiais
As Tendências Imersivas
disciplinares em Tecnologias
e multidisciplinares, nas avaliações, na tecnologia como estraté-
gia e nas relações entre os diferentes participantes do processo científico.
Na atualidade, a web já não é somente 1.0 ou 2.0, mas 3.0, os mundos imersivos e a realidade
Silvacom
aumentada et al. (2021, p. 159)
a virtualidade ganhamafirmam que oem“termo
mais espaço que osinovação rompepodem
seres humanos concei-
ser
tos e práticaspor
representados preestabelecidas,
avatares ou por influenciando como as
representações gráficas pessoas se. comportam
e holográficas Os objetos são e
potenciais e o blockchain armazena as informações de transações que ocorrem no (ciber) espaço.
aprendem”, assim, os desafios, no atendimento das necessidades ou nos diag-
O armazenamento mudou e as (info) vias têm lógicas que são feitas para mitigar os vazamentos de
nósticos desvelados na pesquisa, as soluções criadas e (co) criadas são para as
informações. O modo como as pessoas criam, (co) criam e transacionam os dados e as informa-
oportunidades
ções mudam a tododeinstante
transformar a comunidadedepara
com o desenvolvimento novosos contextos
softwares, universais.
aplicativos e aplicações.
O ensino e a pesquisa se modificaram muito ao longo dos anos com os recursos computacionais,
os projetos com as atividades extensionistas precisam ser refletidos com os elementos da trans-
formação phygital e tendências imersivas.
19
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
20
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
princípios
A competiçãoda educação
pode 5.0entretanto
ser o início, e da (ciber)
o planoeducação e com
de ação precisa ser aefetivo
devidae a compreen-
realização da
ação extensionista tem de ocorrer de verdade para que se tenha o resultado para ser mensurado.
são de que o smartphone é um dispositivo móvel que contempla o digital, a
Identificam-se as dores e propõem-se soluções acadêmicas e científicas com inovação tecnológica
combinação do físico com
que incluam as transformações o odigital
para é logo,
phygital, umaajustaposição, não de palavras,
inventividade, a utilização da web 3.0 emas
dos
softwares, a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, bem como a experiência da comunida-
de dimensões das vidas dos atores participantes das atividades acadêmicas de
de, precisam ser consideradas para a mudança social, cultural e econômica.
modo que as vivências e as experiências estejam presentes e façam sentido para
oConsiderações
pessoal e para
Finaiso profissional sem improvisos ou incômodos para a adaptação
na transição.
Concluiu-se que a indissocialização da extensão universitária com a pesquisa e com o ensino é
O artificial na transição do presencial para o phygital não corrobora para
necessária para a qualidade na instituição de ensino superior e que os avanços tecnológicos são
as mudanças
importantes parade comportamento,
as transformações ou seja, não
na comunidade, é mais possível
principalmente, verificar
a econômica. o que
As avaliações
institucionais e de curso buscam evidências quanto à qualidade em práticas inovadoras ou práti-
se faz no presencial para fazer no digital. A importância da inovação para a
cas exitosas.
adaptação às novas demandas é grande e precisa estar nos documentos oficiais
Os documentos oficiais: Plano de Desenvolvimento Institucional, Projeto Pedagógico Institucio-
da
nal,instituição, incluindo
Projeto Pedagógico a experiência
do Curso dos usuários
e atas de reuniões nosque
evidenciam canais específicos
as políticas para
institucionais
oprecisam
processoestar alinhados com o discurso e com a realidade que se quer transformar. É necessário
educacional.
modificar a comunidade com projetos, entretanto as ações carecem de reflexão para a continui-
dade ou a correção do fluxo na implementação. Os resultados dependem do planejamento e da
A oferta de soluções para os participantes do processo educacional requer
execução, logo, a avaliação deve ser constante por parte do corpo diretivo e da Comissão Própria
preparo dos diversos agentes nas instituições de ensino superior. A comunidade
de Avaliação.
precisa deque
Acredita-se alternativas mais mais
sejam necessárias práticas, compara
pesquisas apresentações intuitivas
evidenciar as ações e que se-
extensionistas, no
futuro, com projetos que incluam o phygital. As atividades inovadoras e com interdisciplinares de-
jam eficientes para solucionar as demandas sociais, culturais ou econômicas. A
vem ser evidenciadas nos documentos oficiais para que os avaliadores consigam entender como
adaptação envolve
ocorreram e quais forampessoas, tal qual
os resultados. a acomodação.
A conformidade com as políticas institucionais e com as
políticas públicas precisam estar expressas nos mais diferentes materiais, a publicização deve ser
21
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Segundo
feita nos Park meios
mais diferentes e Burgess (2014, p.
de disseminação. 134), na adaptação, as modificações
As bolsas
são de pesquisa
orgânicas e sãodevem ter a inovaçãobiologicamente;
“transmitidas como mote e os recursos devemo ser
enquanto próprios
termo ou de
acomo-
agências de fomento. A tessitura da interdisciplinaridade e da inovação com o futuro podem ocor-
dação é usado
rer no presente comcom referência
a organização às mudanças
curricular, de hábito,com
com as metodologias, que são transmitidos,
os sistemas de gestão de
aprendizagem,
ou podem ser com o conhecimento
transmitidos, científico explicitável,isto
sociologicamente, com é,
os materiais
sob a formade ensino, com pos-
de tradição
sibilidades phygitais e com as relações entre os diversos atores na instituição de ensino superior.
social”.
A avaliaçãoDestaca-se
é um modo de que, no contexto
verificar do ser
o que precisa capítulo,
corrigidoaouadaptação
fortalecido.é a modificação
com o aprendizado
A reflexão para oextensionistas
acerca dos projetos ajustamento funcional.
e das tendências imersivas carecem de muitas pes-
quisas interinstitucionais, nacionais e internacionais para a verificação do impacto na comunidade
A adaptação
acadêmica e do entornoaodaphygital temOsfoco
instituição. na adaptação
projetos que corresponde
ainda têm muito aos ajus-
para ser inovadores tanto
administrativamente quanto interdisciplinarmente e multidisciplinar para o desenvolvimento de
tes funcionais para as pessoas e na adaptação estrutural para as instituições,
mais políticas para a produção e para disseminação do conhecimento científico.
após as adaptações, deve-se investigar se a acomodação é o resultado mais
A escalabilidade do conhecimento consagrado para a sustentabilidade e para a equivalência das
pessoas inclui
coerente, o individual
inovativo e o coletivo
e exitoso parapara as transformações
a adaptação culturais,
no sistema desociais,
gestãoeconômicas
do apren-e
phigitais. O futuro da pesquisa, do ensino e da extensão universitária está nos planos e nos docu-
dizado que ocorre
mentos oficiais de modo
e legislações phygital,
institucionais no isto é, seaas
presente, mudanças
tessitura funcionais
da inovação e estru-
e das atividades
exitosasforam
turais com a interdisciplinaridade
efetuadas com sucesso está na contribuição de cadade
ou se precisarão ator participante
(re) modelagem do processo.
quanto
No texto “Fixing the Flawed Approach to Diversity”, Krentz et al. (2019) escreveram acerca da
ao problema que se soluciona. A abertura de diálogo é essencial para mitigar
necessidade de estabelecer metas estratégicas com prioridade nos maiores desafios de diversi-
adaptações no projeto.
dade. No contexto deste capítulo, é importante ouvir os muitos colaboradores participantes do
processo ou do serviço para que as iniciativas atendam os problemas específicos da comunidade.
A Comissão Própria de Avaliação pode mensurar a qualidade das adap-
Os proponentes do projeto de extensão e a instituição têm de ter a compreensão dos problemas
tações e dasasacomodações
para projetar com
soluções efetivas. instrumentos
A Comissão Própria edeevidenciar para ovezes,
Avaliação, muitas corpotemdiretivo
dados e
informações para a escrita dos projetos para a escalabilidade do conhecimento científico, para a
os resultados.
redução Enfatiza-se
das desigualdades e paraque os contextosdoculturais
a sustentabilidade planeta. e sociais devem ser res-
peitados, conforme descrição de Breternitz (2021, p. 168): “não há construção
de novos conhecimentos se estes não considerarem os saberes da população e
Referências:
22
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
23
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
como política
nacional institucional,
de Ciência, tem de ser de Universidade
Tecnologia e Desenvolvimento. modo continuado
de Taubaté.e Departamento
com garantiasde
Economia, Contabilidade e Administração. Taubaté, 2014. Disponível em: <http://www.unitau.br/
para a participação em eventos técnicos, artísticos, culturais e científicos, bem
files/arquivos/category_154/MPH0988_1427392150.pdf>. Acesso em: 25 dez 2021.
como para cursos de desenvolvimento pessoal com práticas consolidadas, insti-
LÉVY, P. Cibercultura. 1. ed. [tradução: Carlos Irineu da Costa]. São Paulo: Editora 34, 1999. 264p.
tucionalizadas e publicizadas. O desenvolvimento social, pessoal e profissional
LIMA, E. L. de; MENGALLI, N. M. Transformação Digital e Sociedade 5.0 no Metaverso: O Impacto
inclui a formação
do Digital na Educaçãoque inclui pós-graduação
Corporativa. lato sensu
In: ARAÚJO, P. S.; ARAÚJO, e stricto
D. R. L.; sensu.
GOUVEIA, L. B. (Org.) Ciên-
cias Empresariais e a sua Aplicabilidade. 1. ed. Belo Horizonte: Conhecimento Editora, 2022, p.
45-57. A formação é uma parte do processo, visto que, para haver práticas inova-
doras e exitosas
MARTINS, na instituição,
T. C. Extensão Universitária e deve existir
Pessoas a mudança
com Deficiência: de comportamento
Integração Necessária para ados
Ga-
rantia de Direitos.
profissionais da89p. Trabalho de
instituição. ConclusãoAssumpção
Segundo de Curso. Centro Socioeconômico.
(2019, p. 5), cabe àDepartamento
instituição
de Serviço Social. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2006.
“continuar a contribuir para o enfrentamento das crises contemporâneas, ofere-
MENGALLI, N. M. Metodologias Ativas e Competências Socioemocionais. In: TERÇARIOL, A. A. de
cendo
L.; SILVA,subsídios
R. K. (Org.) científicos,
Metodologiasde forma
Ativas: ética e comprometida
Fundamentação Teórica. 1. ed.com a emancipação
Cascavel: Edubot, 2020.
p. 229-245. a transformação é para todos os atores participantes das atividades de
humana”,
PARK, R. E.de
ensino, e BURGESS,
pesquisaE.eW.deCompetição,
extensãoConflito, Acomodação e Assimilação. [Tradução de Mau-
universitárias.
ro Guilherme Pinheiro Koury]. RBSE - Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 13, n. 38, pp.
Nos
129-138, ago.projetos
2014. phygitais, as metodologias devem ser ativas, segundo Men-
galli (2020,
SANGIOGO, p.KOHN,
F. A.; 235),P. no “trabalho
B. A.; FREITAS, F. com as metodologias
M. Inovação no Contexto daativas,
Extensãopercebe-se
Universitáriao-
Conceitos e Possibilidades na Área de Química. Expressa Extensão, Pelotas, v. 27, n. 1, p. 63-76,
domínio e o estímulo da criatividade para a transformação e para a renovação
jan-abr, 2022.
que se constitui na incorporação, na inserção do novo na novidade”, o ato de
SENGE, P. M. A Quinta Disciplina: Arte e Prática da Organização que Aprende. 38. ed. [tradução:
renovar
Gabriel existe
Zide Neto].para
Rio deoJaneiro:
melhoramento
Editora Best eSeller,
para2013.
a qualidade
644p. nos processos e nos
resultados.
SILVA, A. K. A. da et al. Inovação, Aprendizagem e Extensão Universitária em Rede Social Online.
Folha de Rosto: Revista de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Cariri, v.7 n.2. maio-ago,
2021. Sugere-se que seja pensado em modelos, nos projetos, que sejam de ro-
tação B.por
SILVA, estações,
D. da. poisé as
A Tecnologia umapessoas podem
Estratégia. estar
In: Paulo Diaspresentes,
& Varela de distantes geografi-
Freitas (org.). Actas da
II Conferência Internacional Desafios 2001. Braga: Centro de Competência da Universidade do
camente ou de modo híbrido. Algumas instituições têm pólos em outros países,
Minho do Projecto Nónio, pp. 839-859, 2001.
assim todas as pessoas e culturas podem enriquecer. É preciso compreender
VALENTE, J. A. A Espiral da Espiral de Aprendizagem: O Processo de Compreensão do Papel das
que as atividades
Tecnologias são para
de Informação os diferentes
e Comunicação estilos de
na Educação. aprendizagem
232p. e com os
Tese de Livre Docência. mais
Instituto
de Artes. Universidade
diversos dispositivosEstadual de Campinas.
móveis e fixos eCampinas,
conexões. 2005.
Todas as demandas devem ser
atendidas, as aprendizagens com mudança de comportamento precisam existir
para que as pessoas sejam contempladas com a transformação.
24
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
25
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
O armazenamento mudou e as (info) vias têm lógicas que são feitas para
mitigar os vazamentos de informações. O modo como as pessoas criam, (co)
criam e transacionam os dados e as informações mudam a todo instante com
o desenvolvimento de novos softwares, aplicativos e aplicações. O ensino e a
pesquisa se modificaram muito ao longo dos anos com os recursos computacio-
nais, os projetos com as atividades extensionistas precisam ser refletidos com
os elementos da transformação phygital e tendências imersivas.
26
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Os metaversos tão propagados, por exemplo, nem são tão novidades, Lei-
te e Mengalli (2022, p. 49) escreveram que o “metaverso é, dentre as tendências
da transformação digital da atualidade, a que vem se anunciando como uma
disrupção, capaz de mobilizar o mercado e demandar novos ajustes na estraté-
gia das empresas”, logo, as instituições de ensino superior não podem se isentar
de trazer para o ensino e para as pesquisas o que está no mercado.
27
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Considerações finais
28
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
29
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Referências
ASSUMPÇÃO, R. Extensão e Cultura na Trilha do Conhecimento. Editorial.
Revista EntreTeses, São Paulo, n. 12, p. 5, nov. 2019. ISSN 2525-538X. Dis-
ponível em: <https://www.unifesp.br/reitoria/dci/images/DCI/revistas/Entrete-
ses/EntreTeses12_nov2019.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2020.
30
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
31
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
32
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
SILVA, B. D. da. A Tecnologia é uma Estratégia. In: Paulo Dias & Varela de
Freitas (org.). Actas da II Conferência Internacional Desafios 2001. Braga:
Centro de Competência da Universidade do Minho do Projecto Nónio, pp. 839-
859, 2001.
33
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
CAPÍTULO 2
Introdução
34
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Hoje, o teatro tem sido visto como algo supérfluo à formação do sujeito,
mas o fato é desconstruído quando analisa-se as contribuições da prática no
cotidiano, nas atividades e no fazer científico da comunidade.
35
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
36
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Desenvolvimento/fundamentação teórica
Elege-se estes teóricos por conta das suas contribuições à arte e por serem
os pioneiros em suas teorias, além de embasar a prática formativa desenvolvida
nos espaços de extensão da Unifesspa.
Dennis diderot
Com isso, Diderot cria algumas regras para normatizar o trabalho do ator,
pois ele compreendia que, muitas vezes, o trabalho não se dava da devida for-
ma. O ponto forte do seu trabalho é o de não deixar o ator se levar pelas suas
emoções, pois elas poderiam prejudicar o trabalho.
Stannislavski
Ao perceber que não havia uma técnica a ser seguida por seus compa-
nheiros do teatro russo, em que estes atuavam apenas pela inspiração, Stannis-
37
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Para Stannislavski (2006), o ator deve ter sentido a devida emoção para
representá-la, pois afirma que não se faz o que não se sentiu. O autor afirma
que “o trabalho do ator é a busca do outro” (STANNISLAVSKI, 2006 p. 33),
assim deve adotar a realidade e a identidade do outro para sua manifestação.
Além disso, há uma grande necessidade de dominar o seu inconsciente, ou seja,
o consciente ter controle do subconsciente para a atuação.
Quando o ator não consegue ter este controle, deve obter uma memória
de algum sentimento semelhante ao da personagem para a encenação. Mas,
caso ainda não funcione, o ator deve dispor, no palco, de um objeto que o faça
reviver o sentimento e da vida a personagem.
Bertolt Brecht
38
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
to. Para ele a emoção deve elevar a razão e fazer com que os sujeitos tornem-se
ferramentas de transformação social, assim, alterando o seu contexto.
Teatro e extensão
Materiais e métodos
1º) A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta dos da-
dos e o pesquisador como instrumento-chave; 2º) A pesquisa qualitativa é
descritiva; 3º) Os pesquisadores qualitativos estão preocupados com o pro-
cesso e não simplesmente com os resultados e o produto; 4º) Os pesquisa-
dores qualitativos tendem a analisar seus dados indutivamente; 5º) O signi-
ficado é a preocupação essencial na abordagem qualitativa [...]. (BOGDAN
E BIKLEN,2004, p. 47 - 50)
39
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
40
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Resultados e discussão
Processos formativos e partícipes
MÓDULO OBJETIVOS
Fonte: autor
41
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
42
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
43
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
QUANTIDADE
FORMAÇÃO
DE PARTÍCIPES
Fonte: autor
44
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Quadro 3- Apresentações
NÍVEL ESPETÁCULO
Fonte: autor
45
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Contribuições do teatro
46
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
lução da técnica e forma de fazer a ciência teatral para que se possa construir o
conhecimento e experimentar das diversas técnicas, desde as mais simples às
mais sofisticadas e interacionistas.
47
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
48
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Considerações finais
49
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Nas experiências semanais com os partícipes, foi notável como eles es-
tavam entusiasmados em fazerem parte do projeto e conforme se sentiam mais
livres para falar, mostravam-se mais despojados e confiantes. Além disso, o
relacionamento entre as pessoas que faziam parte do projeto se fortaleceu na
medida em que se conheciam mais, chegando a formar laços de amizades entre
os partícipes.
50
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Referências
BERGUER, P. L. LUCKMANN T. A construção social da realidade. Petrópo-
lis: Vozes, 1985.
51
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
52
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
CAPÍTULO 3
Introdução
53
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Viena fim-de-siècle
1 Como resultado, o número de judeus em Viena aumentou de 6,6% em 1869, para 12% em 1890,
causando um tremendo impacto no surgimento do Modernismo (KANDEL, 2012).
54
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
55
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
2 O título se baseia num ritual romano de consagração de jovens em épocas de perigo nacional.
56
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Fonte: http://mundoalemdaspalavras.blogspot.com/2012/06/gustav-klimt-1862-1918-o-friso-de.
html
57
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
58
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Figura 2 – O Beijo
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/40/The_Kiss_-_Gustav_Klimt_-_Goo-
gle_Cultural_Institute.jpg
59
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
60
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/84/Gustav_Klimt_046.jpg
61
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Figura 4 – Danaë
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dana%C3%AB_(Klimt)#/media/Ficheiro:Gustav_Klimt_010.
jpg
Considerações Finais
62
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Referências
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Dorling Kindersley. Artists- Their Lives And Works. Nova York: Penguin Ran-
dom House, 2017.
Folha de São Paulo. Gustav Klimt. Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura.
Vol. 20, 2007
KANDEL, Eric R. “The age of insight: the quest to understand the unconscious
in art, mind, and brain, from Vienna 1900 to the present. New York: Random
House, 2012.
63
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
CAPÍTULO 4
Introdução
64
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
2 A reflexão e a ação de refletir, são tomados aqui em consonância com o que propõe Humberto
Maturana (2016), como processos que não se limitam ao pensar, ao raciocinar, mas, sim, buscar
agir de modo a perceber, a entender os sentidos da própria existência como ser humano e realizar a
natureza amorosa que nos funda. Refletir é ação. Pensar sobre o próprio pensamento.
65
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
66
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
67
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Vivemos tempos atípicos. São tempos que alguns autores(as) têm deno-
minado de “tempos sombrios”6. Estamos vivendo intensamente momentos de
começos e recomeços após uma Pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2,
que assolou o mundo inteiro. Uma pandemia que só no Brasil já levou a óbito
mais de 650.000 pessoas. Isso sem falarmos nas consequências para a saúde
das pessoas que sobreviveram. Tempos de incertezas e adaptações fazem parte
de nosso cotidiano e acompanham a história da humanidade. Escolas e Univer-
sidades, como sistemas de formação de crianças, adolescentes e adultos, não
ficaram – nem poderiam ter ficado - fora desse contexto social de incertezas.
Professores e professoras, do mundo inteiro, foram convocados a se adaptar
68
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
a uma nova realidade, criando novas formas de aprender e ensinar. Entre es-
sas novas formas de adaptação, o apoio das tecnologias digitais foi de grande
importância no sentido de amenizar os danos causados pela necessidade de
afastamento físico entre as pessoas. Importante ressaltar que muitas das conse-
quências dessas mudanças operadas no processo educativo, bem como na vida
das pessoas, ainda estão por serem conhecidas. Nesse sentido, projetos de for-
mação e de ampliação de conhecimentos que visem contribuir para amenizar
esses cenários, são de extrema relevância acadêmica e pertinência social.
7 A expressão conversar aqui empregada é no sentido que Humberto Maturana (1994, 2004,) dá
para a mesma. Segundo este autor, a existência humana acontece no processo relacional do conver-
sar. Nosso ser biológico, como humanos, se constrói na imersão do ato de conversar. É o entrela-
çamento entre o racional e o emocional no processo da linguagem. Conversar é criar com outros.
Ou dizendo de outra forma: Conversar, como dar voltas com o outro para se entender. Escutar e
conversar é uma arte, a arte de dançar juntos (DÁVILA, 2016).
69
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
cessidades elencadas por eles (as) mesmos (as). A rádio é um meio de comuni-
cação universal e por isso nos possibilita criar e inovar, novas perspectivas para
formação de professores.
8 O Caminho do Amar, ou Caminho do Tao é uma proposição dos biólogos – culturais chilenos
Humberto Maturana e Ximena Dávila (2009). Fala de uma nova forma de perceber o viver e con-
viver, onde a emoção que nos funda é o Amor. É um viver e conviver no bem-estar, ou seja: na
tríplice harmonia, quais sejam: íntima, relacional e ecológica. O ser é percebido a partir do seu
fazer, dessa forma a pergunta básica, deixa de ser: “quem eu sou” e passa a ser “como nós, seres
humanos, fazemos o que fazemos? O viver no Caminho do amar é viver e conviver no presente,
não ignorando o passado, mas deixando ele onde está, ou seja, como algo que já aconteceu e não
volta mais. Também, percebendo que o futuro é apenas uma possibilidade, ele não existe. Só temos
o presente que muda a cada instante ao vivê-lo. É a percepção da legitimidade própria, bem como
de cada ser que habita a biosfera.
9 Fonte: Instituto Paulo Freire, https://www.paulofreire.org/paulo-freire-patrono-da-educacao-bra-
sileira, acessado em 22/05/2017.
70
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Tudo em nossa vida possui uma história. Desde o garfo que utilizamos
todos os dias, o automóvel, o batom que nos embeleza... tudo tem um antes,
até chegar ao produto final. A Rádio, também tem uma história, que no Brasil
começou em 1922, com a primeira transmissão radiofônica, que levou ao país
as notícias da Exposição do Centenário da Independência, no Rio de Janeiro,
com o discurso do presidente da República. “O discurso do presidente Epitácio
Pessoa foi transmitido por meio de uma antena instalada no morro do Corco-
vado e alcançou receptores em Niterói, Petrópolis e São Paulo. Nascia ali o
rádio brasileiro, com a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Edgar
Roquette-Pinto”10.
10 Fonte: https://www.camara.leg.br/radio/programas/469402-primeira-transmissao-de-radio-no-
-brasil-completa-94-anos/. Acessado em 25/09/22.
71
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
o rádio é a escola dos que não têm escola. É o jornal de quem não sabe ler;
é o mestre de quem não pode ir à escola; é o divertimento gratuito do pobre;
é o animador de novas esperanças, o consolador dos enfermos e o guia dos
sãos – desde que o realizem com espírito altruísta e elevado” (ROQUET-
TE-PINTO, apud BLOIS, 1996, p.146).
72
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
sabendo – desde que não esqueça – pelo resto da vida” (GUERRA, Apud
Joel Rufino dos Santos, 2008, pg. 36)
73
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
74
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
75
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
76
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
15 Bem-estar está relacionado com a qualidade de vida, na perspectiva apresentada por Humberto
Maturana (2009; 2016; 2019) que a relaciona com o bem-estar. Para esse autor, nosso bem-estar
ocorre quando estamos no centro de nós mesmos na tríplice harmonia íntima, relacional e ecoló-
gica, ou seja eu estar bem comigo mesmo, com o outro e com o ambiente que vivo e convivo. Só
a partir desse espaço podemos nos dar conta da potência de sermos seres com autonomia reflexiva
e de ação e que nos relacionamos a partir do mútuo respeito, que cometemos erros, que podemos
pedir desculpas, que não somos perfeitos, porém, antes de tudo somos seres humanos que podemos
sempre eleger entre dois caminhos: o da desonestidade, da falta de ética, do desamor, do funda-
mentalismo, ou o caminho do amar no qual se escuta, se conversa, se reflete, e estamos dispostos a
mudar de opinião; sabendo que qualquer que seja o caminho que se escolha, esse guiará a transfor-
mação espiritual, acadêmica, profissional ou familiar.
77
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
78
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Referências
ALVES, Rubem. Ao professor, com o meu carinho. Campinas: Versus Edito-
ra, 2004
79
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
RUFINO DOS SANTOS, J. Quem ama literatura não estuda literatura. En-
saios indisciplinados. Rio de Janeiro: Rocco, 2008
TAVARES, R. C. Histórias que o Rádio não contou. 2 ed. São Paulo: Editora
Harbra, 1999.
80
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
SOBRE AS ORGANIZADORAS
81
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
Liziany Müller
Possui Bacharelado em Zootecnia (2004) e Licenciatura pelo Programa
Especial de Graduação de Formação de Professores para a Educação
Profissional (2011) ambas pela Universidade Federal de Santa Maria,
Mestrado (2006) e Doutorado (2009) pelo Programa de Pós Graduação
em Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria, Pós-doutorado
em Zootecnia no Programa de Pós Graduação em Zootecnia na Uni-
versidade Federal de Santa Maria (2011). Já atuou como: Professora
e Orientadora do Curso de Especialização em Tecnologia de Informa-
ção e Comunicação da Universidade Aberta do Brasil/UFSM; Profes-
sora do Curso de Especialização em Agricultura Familiar Camponesa e
Educação do campo- Residência Agrária; Professora e Orientadora do
PPGTER - Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais
em Rede nível Mestrado da Universidade Federal de Santa Maria. Atu-
almente é coordenadora da Coordenadoria de Tecnologia Educacionais
da Pró-reitoria de Graduação da UFSM; professora Associada III, res-
ponsável pelo Laboratório Mediações Sociais e Culturais - Departamen-
to de Educação Agrícola e Extensão Rural - Centro de Ciências Rurais
- Universidade Federal de Santa Maria; Professora e Coordenadora
Adjunta do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da Univer-
sidade Aberta do Brasil/UFSM; Professora Permanente no Programa
de Pós-Graduação em Extensão Rural. Também coordena a ação de
Extensão-Fiex/CCR/UFSM “Programa de Capacitações Temas Emer-
gentes e Ensino Híbrido para Educação Básica? e o grupo de pesquisa
registrado no CNPq “Girassol ? Grupo de Pesquisa em Agroecologia,
Educação e Inovações Sociais”.
82
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
83
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
SOBRE OS AUTORES
84
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
85
Olhares plurais e multidisciplinares na pesquisa e extensão
www.arcoeditores.com
@arcoeditores
contato@arcoeditores.com
/arcoeditores
(55)99723-4952
86