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IDENTIDADE DA FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI

SILVA, João Carlos Butske da


SANTOS, Rosilene Bastos dos

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo identificar como é vista a identidade da família
cristã no século XXI. Para tanto, utilizou como metodologia a pesquisa exploratória,
tendo em vista buscar maior familiaridade com o assunto em tela e a pesquisa
bibliográfica, a fim de obter conhecimento de diferentes autores, com a finalidade de
aprofundar sobre o tema objeto de estudo, sendo assim de cunho qualitativo, com
uso de fontes secundárias. O resultado obtido por meio da análise dos dados
demonstrou que mesmo sendo a família vista pela sociedade como base, diante das
mudanças e transformações impostas por essa, tem contribuído para a perda da
identidade e degeneração das famílias cristãs, contribuições essas advindas da
nova concepção dada na formação da família e influência massificada das mídias,
fazendo com que a base espiritual das famílias seja abalada.

Palavras-chave: Família. Identidade. Família cristã. Sociedade.

1 INTRODUÇÃO

O homem desde o seu nascimento, naturalmente torna-se um membro de


uma entidade denominada família. A partir dai inicia-se o seu desenvolvimento no
sentido da construção de uma nova família. Segundo narra a Bíblia Sagrada (2009,
p.5) “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e
serão ambos uma carne” (Gn.2:24).
Dentro desse contexto e alicerçados pelas constantes mudanças no que diz
respeito a instituição familiar, principalmente, no tocante a sua identidade no
contexto de padrão cristão, nos leva a visualizar que a cada momento a torna mais
distante. Essa realidade vem corroborar com o que nos diz as Escrituras em Mateus
24:12 “e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” (BÍBLIA
SAGRADA, 2009, p. 1285). Fato esse que tem feito com que as famílias acabam
perdendo a sua identidade, devido a individualidade imperar quando o assunto é
família.
Assim, diante dessa premissa tem como problemática a seguinte questão:
Como a identidade da família cristã pode ser influenciada pela sociedade na
qual está inserida?
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Para responder tal questionamento tem-se como objetivo geral identificar


como é vista a identidade da família cristã no século XXI. Entretanto, para melhor
atingir esse objetivo, foi desmembrado em dois objetivos específicos, sendo:
Verificar as razões e os perigos que tem levado a perda da identidade da família
cristã; Analisar como a perda da identidade da família perante a sociedade, pode
contribuir para a sua degeneração cristã.
Balizando nos objetivos traçados, este trabalho de pesquisa tem como foco
aprimorar de forma mais aprofundada na área de teologia no que se refere a
identidade da família cristã.
Levando em consideração que no mundo contemporâneo a família vem
perdendo a sua essência, para a qual foi criada, por inúmeras razões, como: falta de
fé, amor, responsabilidade, comprometimento, respeito, dentre outras. Percepção
essa considerada por Vaux (2003) apud Panicio Júnior (2013, p. 4), ao afirma que:

[...] esta realidade é cada dia mais presente no século XXI. Menos solidariedade,
menos afeto, menos cuidado para com o próximo, mais individualidade, mais
materialismo, mais ganância, e o resultado são casas menores, menos filhos, menos
zelo e menor apreço pela família.

Partindo desse pressuposto, pode-se observar a importância e relevância do


reconhecimento e entendimento sobre a identidade da família cristã, principalmente
diante de tanta turbulência vivenciada e caracterizada pelas formas impostas e
exigidas pela sociedade. Dentro deste contexto entende-se ser um estudo de grande
valia para o enriquecimento do saber na área de teologia, além de poder contribuir
de maneira direta ou indireta com a transformação e conhecimento de uma parcela
de pessoas da sociedade que interessarem por deste estudo de pesquisa.
O trabalho de pesquisa encontra-se organizado em cinco capítulos, sendo
que no primeiro está a introdução. No segundo é elencada a fundamentação teórica
em que são definidos os conceitos de Família; Identidade da família cristã no século
XXI; Razões e os perigos que tem levado a perda da identidade da família cristã; A
não identificação da identidade da família perante a sociedade e a contribuição para
a sua degeneração cristã.
No terceiro capítulo aborda-se a metodologia compreendendo a abordagem,
classificação, técnicas de pesquisa, fontes de dados, resultados, análises e
interpretação dos dados.
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No quarto capítulo encontra-se contextualizado os resultados. E, por fim, no


quinto capítulo as considerações finais e as referências utilizadas no decorrer do
desenvolvimento do trabalho.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a realização deste estudo, incialmente buscou-se por literaturas sobre o


assunto, das quais foram feitas algumas seleções prévias, para que pudesse estar
contextualizando sobre o tema proposto.

2.1 FAMÍLIA

Ao abordar sobre o conceito de família, torna-se de fundamental importância


que se entenda desde a sua criação. No livro de Gênesis 1:27-28 está escrito: “E
criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os
criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos,...”,
mostrando assim que a família é uma constituição divina, ou seja, concebida e
criada por Deus, razão da preocupação de se vê o caminho que a família tem sido
levada e vista pela sociedade, onde o entendimento da concepção de família
percorre na contramão do ensinamento de Deus.
Ressalta-se novamente, a partir da concepção de Meneghelli (2018), que “a
família, criação de Deus, é a comunidade primária da raça humana, e é constituída
pela união do homem com a mulher. A família vem antes de qualquer outra
instituição; vem antes da cidade ou da nação”. Esse entendimento está alicerçado
na Palavra de Deus em Gênesis 1:27. E que muito tem sido contrariado com as
ideias impostas pelo homem, até querendo modificar tão divina concepção.
Trazendo para o entendimento secular, Lasacco (2008, p. 64) afirma que “a
família é a célula do organismo social que fundamenta uma sociedade”. Enquanto
que para Locks (2012, s.p.) “A família é o lugar onde o ser humano, encontra-se
implantado, seja pelo nascimento ou pela adoção. Sendo através dela que adquire
sua personalidade e seu caráter”. Complementa Pereira (2011, s.p.) afirmando que
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“para a sociedade hodierna, o conceito de família é meramente cultural e, portanto,


mutável de acordo com a “evolução” do ser humano com o passar dos tempos”.
Na concepção de Melo (2011, s. p.) define a família como “um sistema
inserido numa diversidade de contextos e constituído por pessoas que compartilham
sentimentos e valores formando laços de interesse, solidariedade e reciprocidade,
com especificidade e funcionamento próprios”.
No entendimento de Panício Júnior (2013, p. 2) assevera que a família “tem a
mais alta posição de destaque no seio da raça humana, ela é a “célula Mater” da
sociedade é a responsável por manter o equilíbrio social”. E é esse equilíbrio que tanto tem
sido abalado no século XXI.
Diante dessas constatações e trazendo para o contexto da sociedade, nota-se que
quando se fala em família é interessante entender que a sociedade é inteiramente afetada pela
forma de como os indivíduos vivem. Segundo Melo (2011) considerando que a família é a
base que constrói a sociedade, e dependendo do que acontece nessa base trará reflexos sobre a
sociedade. Ficando assim evidenciada a importância da família para a construção e
direcionamento de uma sociedade, que se inicia no seio da família.

2.1.1 Identidade da família cristã no século XXI

No que concerne a identidade da família cristã, Fortes (2016, s.p.) destaca


que “no plano de Deus Criador e Redentor a família descobre não só a sua
‘identidade’, o que ‘é’, mas também a sua ‘missão’, o que ela pode e deve ‘fazer’”.
Assim mostrando que quando se tem Deus no controle, tudo é direcionado para que
seja cumprido dentro da orientação dada pela Palavra de Deus, porque para
identificar a identidade da família, principalmente a cristã, precisa ir muito além,
saber a sua missão e também a limitação do que pode e fazer.
Na concepção de Boing (2008, p. 130) “a identidade cristã precisa, para se
fortalecer diante do mundo, assumir como condição de sua legitimidade a luta pelo
fim de todo tipo de exclusão que impede o ser humano de ter uma vida plena”.
Gonçalves (2016) afirma que a:

Identidade significa um conjunto de características próprias exclusivas de


uma pessoa. É a identidade que nos distingue dos outros indivíduos. É
minha marca essencial. Só a Bíblia é capaz de fornecer as características
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fundamentais que a difere dos outros grupos. Pois é na bíblia que


encontramos: a) Que uma família começa com a união de um homem e
uma mulher; b) Que ela tem uma estrutura e uma hierarquia que precisa ser
respeitada; c) Que ela é marcada por vínculos profundos; d) Que ela tem
valores inegociáveis.

Partindo dessa concepção é interessante estar atento quanto ao que cada


momento e lançado no mundo secular, mostrando que é a verdadeira identidade da
família. Assim é necessário que se tenha conhecimento dentro da Palavra de Deus o
que de fato é a identidade de família, para que não se deixe ser tentado pelas
inúmeras formas de levar a entender a constituição da identidade da família.
Sabendo o diabo que seu tempo aqui na terra está limitado, o alvo tem sido a
desconstrução da família. Ficando explicito o diz no livro de Mateus 24:12 "E, por se
multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará”. Essa Palavra, trazendo para
os dias atuais, onde a família passa por uma crise bastante conturbadora no tocante
a sua identidade. Entretanto, se estiver alicerçada na Palavra do Senhor, terá a
solução para restauração de todas as coisas, porque é sabido que Deus por meio da
sua Palavra na Bíblia Sagrada tem resposta para tudo que se buscar.
Na atualidade, falar de identidade da família cristã é muito complexo devido
ao marasmo vivenciado por todas, considerando a sua envolvência na construção
da identidade dos seus membros, pelo fato de estar sempre envolto as situações
novas e grandes desafios, condicionados pela sociedade.

2.2 RAZÕES E OS PERIGOS QUE TEM LEVADO A PERDA DA IDENTIDADE DA


FAMÍLIA CRISTÃ

Em matéria na Revista Comunhão (2017) é destacada quanto a algumas


situações que nas últimas décadas, tem ocorrido com o novo e agressivo modelo
socioeconômico global. Modelo esse que mesmo de maneira involuntária, tem
gerado um movimento de grande proporção da desagregação familiar. Ressalta
ainda, que essa desagregação a cada geração tem tomado proporções exorbitantes.
Situação essa que tem impulsionado para longe um do outro cada membro da
família.
Essa realidade é perpassada atualmente em todos os lares, um dos exemplos
são as redes sociais, onde a família vive no mesmo teto, mas não se falam e quando
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se falam muitas vezes pela própria rede social, com isso acaba gerando conflitos por
falta de comunicação.
Ainda segundo a Revista Comunhão (2017, s.p.) sobre as razões e perigos
que tem contribuído para perda da identidade da família cristã, em entrevista com
gestor de comunicação Fabio Hertel foi explicado sobre o aspecto espiritual que “a
fragilidade e a desunião das famílias refletem a fragilidade da relação individual com
Deus. As aparentes questões sociológicas das famílias são na verdade de fundo
espiritual. Os modelos precisam ser corajosamente revistos”. Mas é importante
ressaltar que a família cristã que buscar viver contra essas mudanças, muitos
obstáculos terá que ser desafiado no sentido de superar as situações advindas por
essas mudanças impostas. Podendo destacar como principal desafio, a força de
deixar ser influenciado. Para tanto, é necessário que se tenha discernimento para
saber distinguir tudo que afrontam os ensinamentos da Sagrada Escritura.
Marini (2017) salienta que é necessário que família cristã tenha raízes
espirituais, profundas no conhecimento da Palavra de Deus, para que a sua
identidade não seja perdida.
Linhares (2005, p. 23), ressalta quanto a solidez das famílias, afirmando que a
cultura não favorece que isso ocorra, pois o:

Predomínio de um humanismo ateu e anticristão nas escolas e nos meios


de comunicação. A maioria das escolas despreza valores morais,
integridade e tudo que apoia aquilo que é reto e justo. A quase totalidade
dos educadores acredita que o homem vem do animal, e fazem tudo para
que ele viva como animal. Defendem atitudes que prejudicam a mente e
corpo – drogas, amor livre, rebeldia, desobediência aos pais, etc.

Analisando o que foi mencionado pelo autor, fica evidenciado o que tem
gerado a incerteza e perda da identidade das famílias em especial as cristãs, porque
para conviver com tais valores e incredulidades, os ensinamentos bíblicos precisam
estar acima de tudo isso.
Renovato (2008) destaca vários perigos da pós-modernidade que tem levado
e contribuído para a perda da identidade das famílias cristãs, sendo esses:

a) Educação materializada – o sistema pós-moderno nos valoriza pelo que


temos não pelo que somos. O que possuímos revela quem são nossos
“amigos”, lugares que frequentaremos, papeis que desempenharemos e
nosso futuro. Mesmo não sendo o padrão bíblico, muitos cristãos estão
algemados por este sistema materialista. O dinheiro não é mau, os bens
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também não, mas o amor a eles é idolatria, e totalmente contrário aos


mandamentos do Senhor (RENOVATO, 2008, p.41-42).

b) Educação ateísta – com o enfoque materialista, consumista, influência,


poder, fama e tantos outros recursos humanos, o homens declara que não
precisa de Deus. Muitas vezes pensamos numa filosofia ateísta na qual se
nega a existência de Deus, mas nem sempre é se apresenta desta maneira.
Muitos não creem em Deus, pois seu deus é o trabalho, o dinheiro, o prazer,
o sucesso, a fama, o poder, os vícios, ou mesmo sua filosofia de vida
individual. O que muitos se esquecem que a vida não termina aqui neste
plano terreno, ela simplesmente começa aqui. E no segundo plano de vida,
o eterno, nenhum destes recursos poderão nos garantir a salvação eterna
(RENOVATO, 2008, p.43-49).

c) Deseducação sexual – na antiguidade tínhamos o “tabu” de não falar em


sexo na escola, ou mesmo em casa. Anos se passaram e alguns ícones
começaram a puxar a filha na educação sexual, a fim de prevenir os males
que hoje vemos. O problema é que o pendulo da educação sexual passou
do prumo e chegou à deseducação sexual, aderindo princípios de
libertinagem, do sexo livre, da promiscuidade, malícia, fornicação e
prostituição. Vivemos numa sociedade erotizada, sensual, pornográfica,
dominada pelos instintos carnais (RENOVATO, 2008, p.50-54).

d) Sistema de informação corrompido – desviados na rede mundial de


computadores. As estatísticas revelam que milhares de adolescentes,
jovens e até adultos sofrem com os efeitos danosos da pornografia e
imoralidade virtual. O apelo direto, a facilidade ao acesso e o suposto sigilo
virtual, tem levado muitos ao óbito espiritual. A mídia trabalha com um forte
apelo sensual, e pelo que vemos a tendência é de quem é sujo, sujar-se
cada vez mais (RENOVATO, 2008, p.58).

e) Formação espiritual de baixa qualidade – Muitos estão perdidos dentro da


igreja. Falta-lhes o alimento sólido, o pão da Vida. Movidos por muitos
eventos e movimentos, muitos estão morrendo de fome dentro da casa do
Pão, Igreja. Em muitos púlpitos se prega o pseudo-evangelho, intoxicando
os ouvintes, minimizando a fé e matando espiritualmente (RENOVATO,
2008, p.59).

f) Educação relativizada – a alguns anos atrás as verdades eram absolutas.


Valores morais e éticos eram observados e repassados de pai para filho.
Mas hoje tudo mudou. Temos dificuldade com a verdade. Temos
dificuldades com valores absolutos. Temos dificuldades com padrões morais
e éticos. A sociedade tornou-se autônoma, independente, e “cada cabeça é
uma sentença”. No mundo relativizado, cada qual interpreta a vida, as
situações, os valores e até a bíblia com sua maneira de enxergar
(RENOVATO, 2008, p.139-156).

Fazendo uma síntese sobre os perigos pode-se observar que todos estão
alicerçados em pontos bastante específicos e reais no século XXI. O que tem
influenciado significativamente na perda da identidade das famílias cristãs. Dentre
esses pontos específicos, pode-se destacar a falta de conhecimento ou mesmo a
colocação em prática da Palavra do Senhor, como retrata no livro de Oseias 4:6 “o
meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o
conhecimento, também eu te rejeitarei, [...]” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 1182).
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Ainda em Oseias 6:3 “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor; como a


alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega
a terra” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 1184). Ficando assim, muito claro quanto a
importância que se tem a dar, conhecer e colocar em prática as Sagradas
Escrituras, pelas famílias, para que não as deixam ser levadas a perda da identidade
como família cristã.
Dentro desse contexto, torna-se necessário que as famílias entenda o que
ressalta Montanha (2010, p. 8), ao mencionar que:

O primeiro campo fértil para o anúncio do Evangelho é o nosso lar, a nossa


família. Bem no início da vida, a “casa” - alma da criança - ainda não foi
manchada nem danificada. É nesse campo que Jesus deve ser introduzido,
antes que as obras da carne (Gl 5.19-21) eventualmente controlem sua
vida.

Ficando assim explicito quanto a relevância do conhecimento das Sagradas


Escritura no lar, onde a Palavra é base para existência de qualquer família,
principalmente quando levada desde o inicio da vida e formação dos filhos.
A partir dessa breve discussão sobre as razões e os perigos que tem levado a
perda da identidade da família cristã, parte-se para entender como essa perda
ocorre perante a sociedade e a contribuição para sua degeneração cristã.

2.3 A PERDA DA IDENTIDADE DA FAMÍLIA PERANTE A SOCIEDADE E A


CONTRIBUIÇÃO PARA A SUA DEGENERAÇÃO CRISTÃ

Ao abordar sobre a perda da identidade da família perante a sociedade e


contribuição que essa tem para degeneração cristã, é interessante estar atento
quanto ao que cada momento e lançado no mundo secular, mostrando o que é a
verdadeira identidade da família. Assim é necessário que se tenha conhecimento
dentro da Palavra de Deus o que de fato é a identidade de família, para que não se
deixe ser tentado pelas inúmeras formas de levar a entender a constituição da
identidade da família. Isso ocorre porque sabendo o diabo que seu tempo aqui na
terra está limitado, o alvo tem sido a desconstrução da família. Ficando explicito o
que diz no livro de Mateus 24:12 "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de
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muitos se esfriará” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 1285). E essa constatação de


esfriamento do amor que sido a cada momento mais presente nos lares.
Quando se fala de identidade do cristão em especial da família, Barbosa
(2011, p. 1) ressalta que,

Não são as circunstâncias exteriores na vida do cristão que definem sua


identidade. Uma identidade em Cristo saudável se sustenta na revelação de
quem Jesus é e de Sua obra na Igreja. Quando as pessoas começarem a
entender quem são em Deus, grande parte de seus problemas vai acabar.
O sucesso no Reino é estar no centro da Sua vontade. Ele quer construir
em cada um a identidade que Ele reservou para Seus filhos.

Levando em consideração o que foi ressaltado, pode-se concluir que a família


cristã para preservar a sua identidade, não pode estar se deixando corromper pelas
mazelas que são lançadas pela sociedade, mas sim manter-se firme e nunca se
desviar do caminho e saber que Deus é o centro e que com esse entendimento,
nada prevalecerá na contribuição da sua degeneração cristã.
Melfior (2018) alerta quanto o que tem feito a mídia ditando as normas com
suas filosofias mundanas, o que tem alterado a estrutura familiar da sociedade, pelo
fato de buscar anular e destruir os princípios cristãos. Considerando que a família é
a responsável por transmitir os valores no que refere-se ao relacionamento social, a
linguagem, o uso e os costumes, como também as crenças e valores espirituais,
para que possa assim os indivíduos entrar e viver em sociedade. E diante de tal
desconstrução dessas responsabilidades que a família acaba perdendo a sua
função como educadora. Na Bíblia Sagrada no livro de Provérbios 22:6, deixa claro
que é obrigação dos pais educar seus filhos no “[...] caminho em que deve andar, e,
até quando envelhecer, não se desviará dele” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 886). A
Palavra é bem clara, quanto a responsabilidade da família, sobre os filhos, não
ensinando que essa obrigação seja de outro.
Sales (2016, s.p.) salienta que “a Bíblia pressupõe que essas tarefas exigem
certa ordem estrutural dentro da família e também no que diz respeito à família na
sociedade”. Ainda sobre o assunto, complementa Neves (2016), afirmando que:

Formadores de opinião trabalham para a destruição da entidade familiar, tal


como Deus a criou, pela união de um homem e de uma mulher através do
casamento. A sociedade sem Deus admite outros 'arranjos' de família. Hoje,
porém, com a influência dos meios de comunicação, os costumes têm
mudado drasticamente, alcançando todos os rincões do país.
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Tomando como base o mencionado pelo autor, entende-se que a identidade


familiar para ser mantida é necessária que seja alicerçada nos ensinamentos da
Palavra de Deus, porque o mundo secular quer a qualquer custo por meio das
mudanças impostas e massificadas nos meios de comunicação, reverter o
entendimento e concepção da identidade familiar.
Pode-se constatar que muitos são os entendimentos no que concerne a
família, Silva (2012, p. 1) afirma que “o conceito de família vem se transformando ao
longo dos anos. A maior mobilidade tanto para a constituição quanto para a
dissolução da mesma torna a liberdade de escolha fundamental para a sua
formação”.
Analisando essa percepção, mostra que com esse livre arbítrio de escolha
tem provocado uma grande degeneração das famílias em especial a família cristã.
Mas a apesar de visualizar essa realidade, precisa-se estar atentos e ter um olhar
para o mundo com um olhar espiritual, ou seja, de Deus, e saber discernir, o que é
ruim, quando necessário, porque a família cristã tem uma função no função de fazer
a diferença, como disse Jesus em Mateus 5:13 “Vós o sal da terra; e, se o sal for
insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora
e ser pisado pelos homens” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 1269).
Partindo dessa Palavra, nos leva a entender que para não ocorrer a
degeneração da família, é de fundamental importância que se tenha a consciência
quanto a relevância de estar hoje ensinando a Palavra de Deus para as gerações
atuais e futuras, mostrando o verdadeiro caminho a seguir, como nos ensina em
Deuteronômio 6:6-7 “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e
as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te e levantando-te” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 269). Pode-se
ainda destacar quanto a importância da excelência da lei do Senhor para a felicidade
daqueles que a observa, ficando claro no diz em Salmos 119:105 sobre a grandeza
da palavra do Senhor para nossa sustentação “Lâmpada para os meus pés é tua
palavra, e luz para o meu caminho” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 847).
As famílias cristãs do século XXI, precisam estar alicerçadas pela fé, como
nos ensina em Romanos 10:17 “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra
de Deus” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 1490), para que tenham bom ânimo para
superar todos os obstáculos levantados, conforme o ensinamento em Romanos 12:2
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do
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vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 1492).
É interessante que as famílias cristãs não se deixam ser corrompidas perante
a sociedade de forma tal que atinjam a sua identidade, mas que estejam atentas que
caso ocorra, a própria Palavra do Senhor adverte em Filipenses 3:13-14 “Irmãos,
quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que,
esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante
de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo
Jesus” (BÍBLIA SAGRADA, 2009, p. 1549).

3 METODOLOGIA

Para realização de uma pesquisa, a metodologia é parte fundamental, face


ser por meio dessa que se traçam os caminhos a serem percorridos para atingir os
objetivos propostos. Especificamente neste trabalho foi utilizada como opção a
abordagem qualitativa, considerando que os dados não podem ser quantificados,
segundo Minayo (2002), uma vez que se almeja obter a compreensão ou explicação
dos fenômenos como princípio do conhecimento.
A pesquisa classificou-se em exploratória, tendo em vista buscar maior
familiaridade com o assunto. Segundo Gil (2002, p. 41), “as pesquisas exploratórias
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a
torna-lo mais explícito ou a constituir hipóteses”.
Quanto às técnicas para coleta de dados, existem várias. Entretanto, para a
realização deste estudo, empregou-se a pesquisa bibliográfica. Segundo Andrade
(2001, p. 39), a pesquisa bibliográfica é de suma importância na realização de
trabalhos acadêmicos, visto que

A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação,


uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades
acadêmicas. [...] Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na
delimitação de um tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento
do assunto, nas citações, na apresentação das conclusões.

Justifica-se a aplicabilidade da técnica de pesquisa bibliográfica por serem


utilizadas citações de diversos autores para buscar conhecimento em livros e
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artigos, sendo que todas estas fontes de pesquisa servirão de fundamento para o
estudo analisado.
No que diz respeito às fontes para a coleta dos dados, foram utilizadas as
fontes secundárias, uma vez que buscou-se analisar materiais já elaborados e
publicados. Neste sentido, afirma Andrade (2001), que as fontes secundárias
referem-se a determinadas fontes primárias, isto é, são constituídas pela literatura
originada de determinadas fontes primárias e constituem-se em fontes das
pesquisas bibliográficas.

4 RESULTADOS

Alicerçados nos critérios já expostos nos procedimentos metodológicos, os


quais proporcionaram selecionar e analisar vários materiais já publicados, que
abordam sobre a identidade da família cristã no século XXI. Com a pesquisa foi
possível ter um entendimento mais aprofundado sobre a família e que é uma
constituição divina, sendo concebida e criada por Deus, sendo constituída pela união
do homem com a mulher, como descrito no livro de Gênesis 1:27-28. Entretanto, o
homem com a sua sapiência terrena, busca por todos os meios alterar essa
verdade. Constatação essa corroborada pelo que menciona Meneghelli (2018), ao
falar da família constituída e criada por Deus, ressalta que muito tem sido
contrariado com as ideias impostas pelo homem, até querendo modificar tão divina
concepção.
As informações advindas da pesquisa permitiram verificar que as razões e os
perigos que tem levado a perda da identidade da família cristã são inúmeros. Dentre
esses, pode-se mencionar as grandes mudanças proporcionadas pelo modelo
socioeconômico, onde dentro dos lares é cada vez menos a interação entre seus
membros, influenciado pela necessidade de melhores salários, mais lazer de forma
individual, falta de comunicação e principalmente pelo uso desacerbado das redes
sociais. Essa constatação é proveniente dos aspectos educativos e sociológicos,
que tem impossibilitado a identificar a identidade da família como um todo. Neste
sentido, a Revista Comunhão (2017) em matéria sobre o assunto, destaca quanto
algumas situações que nas últimas décadas, tem ocorrido com o novo e agressivo
modelo socioeconômico global. Modelo esse que mesmo de maneira involuntária,
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tem gerado um movimento de grandes dimensões da desagregação familiar.


Ressaltando ainda, que essa desagregação a cada geração tem tomado proporções
exorbitantes. Situação essa que tem impulsionado para longe um do outro cada
membro da família. Enquanto que Renovato (2008) destaca como perigos a
educação materializada - onde valoriza pelo que temos e não pelo que somos,
mesmo não sendo um padrão bíblico. A educação ateísta - em que tem como
enfoque materialista, consumista, influência, poder, fama e tantos outros recursos
humanos, levando o homem a declarar que não precisa de Deus. A deseducação
sexual - antes não se falava em sexo na escola ou até mesmo em casa, mas com o
passar dos anos viu-se a necessidade de abordar sobre o assunto como prevenção
dos males que hoje se vive. Porém o problema é que o pendulo da educação sexual
passou do prumo e chegou à deseducação sexual. O sistema de informação
corrompido – pela má utilização em que estatísticas revelam que milhares de
adolescentes, jovens e até adultos sofrem com os efeitos danosos da pornografia e
imoralidade virtual. Formação espiritual de baixa qualidade – falta de alimento
espiritual e fé diminuída dos cristãos, matando-os espiritualmente. Educação
relativizada - antes os valores morais e éticos eram observados e repassados de pai
para filho. Mas hoje tudo mudou. A sociedade tornou-se autônoma, independente, e
“cada cabeça é uma sentença”. No mundo relativizado, cada qual interpreta a vida,
as situações, os valores e até a bíblia com sua maneira de enxergar.
Analisando como a perda da identidade da família perante a sociedade, pode
contribuir para a degeneração cristã, pode-se constatar que com o livre arbítrio de
escolha tem provocado uma grande degeneração das famílias em especial a família
cristã. Segundo Silva (2012, p. 1) “o conceito de família vem se transformando ao
longo dos anos. A maior mobilidade tanto para a constituição quanto para a
dissolução da mesma torna a liberdade de escolha fundamental para a sua
formação”. Essa degeneração ocorre de acordo com Neves (2016, p. 2) pelo fato de
que “formadores de opinião trabalham para a destruição da entidade familiar, tal
como Deus a criou, pela união de um homem e de uma mulher através do
casamento. A sociedade sem Deus admite outros 'arranjos' de família”.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O estudo tem como objetivo identificar como é vista a identidade da família


cristã no século XXI. Pode-se constatar que no mundo contemporâneo, muitas
transformações ocorreram no contexto do que de fato é família, principalmente no
que tange a família cristã e como essa é vista pela sociedade. Dentre essas
mudanças, está o conceito dado a família, como também a sua formação.
Não obstante a tais mudanças, que tem levado a degeneração cristã das
famílias, também tem contribuído de maneira significativa no enfraquecimento
espiritual das pessoas no contexto geral, diante das imposições advindas da
sociedade quando se fala de família. Deixando cada vez mais vulnerável a base
familiar, principalmente se essa não estiver alicerçada nas Sagradas Escrituras,
considerando que o inimigo tem rondado e atingido diretamente as famílias, por ver
que é nessas que ainda existe uma consistência. Entretanto, é necessário que as
famílias desse século continuem lutando e superando os obstáculos que sempre são
levantando, no sentido de desvirtuar do verdadeiro caminho.
O estudo possibilitou constatar a grande influência da mídia e da tecnologia
na desconstrução da família, onde cada vez mais o distanciamento tem ocorrido
dentro dos próprios lares. Outro destaque é a sua capacidade de envolver e buscar
transformar a mente dos membros da família, no sentido de enxergar o que julgam
ser o correto sobre a formação e concepção de família. Desconstruindo o que foi
construído por Deus.
Concluindo com o referente estudo, que indiscutivelmente, muitos desafios
ainda serão perpassados pelas famílias cristãs e que precisarão de muita fé e
perseverança para permanecer alicerçadas nos ensinamentos das Sagradas
Escrituras, para superação dessas investidas do mundo secular. Assim, vislumbra a
necessidade de novos estudos, voltados ao comportamento e posturas das famílias
cristãs perante as mudanças impostas pela sociedade em que está inserida.

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