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FORMAÇAO DE PROFESSORES
PRIMARIO
( FPP)
"A essência da
Matemática é a
liberdade".
(Georg Cantor )
ESCOLA DE
FORMAÇÃO DE
METODOLOGIA
PROFESSORES DO
CUANZA SUL
SUMBE DO ENSINO
DA
ELABORADO PELO
PROFESSOR MATEMÁTICA
HORÁCIO ABEL
2015 FPP
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS
(FPP)
METODOLOGIA
DO ENSINO DA Fevereiro
2015
MATEMÁTICA
ELABORADO
PELO
“ A ESSÊNCIA DA MATEMÁTICA É LIBERDADE”(Georg Cantor) PROFESSOR
HORÁCIO
ABEL
4ª Edição/ 2015
Escola: EFP
Localização: Sumbe
Conteúdo para:
Alunos da 12ª FPP,
Professores das Escolas
Primárias.
Conteúdo para:
Alunos da 12ª FPP,
Contactos: Professores das Escolas
Tel: 926326993 Primárias.
Email: horaciogupata2@hotmail.com/horaciogupata@Gmail.com
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i
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À DIDÁCTICA ESPECIAL DE MATEMÁTICA. ..................................................... 3
1.1 Conceitos de Didáctica Geral, especial e de Metodologia de Matemática ...................... 3
1.2 Importância da Disciplina ................................................................................................ 3
1.3 Objectivos da didáctica especial de Matemática. ............................................................ 3
1.4 Objecto do estudo da disciplina...................................................................................... 4
1.5 Tarefas da Didáctica de Matemática ............................................................................... 4
1.6 Relações da Didáctica de Matemática com outras ciências. ........................................... 4
UNIDADE II
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS NA DIRECÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO DA
MATEMÁTICA. ................................................................................................................................ 5
2.0 PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM. ......................................................................... 5
2.1 BASES TEÓRICAS PARAM PLANIFICAÇÃO E PREPARAÇÃO DA AULA. ............................ 5
2.1.1 Os objectivos: ............................................................................................................... 5
2.1.2 Objectivos do ensino da matemática (da 1ª à 6ª classe). ............................................. 7
2.1.3 Conteúdos .................................................................................................................... 7
2.1.4 MÉTODO DE ENSINO ........................................................................................................... 8
2.3.1 PRINCIPIOS DIDÀCTICOS .................................................................................................. 16
2.3.1 Princípio do caracter científico ................................................................................... 16
2.3.2 Princípio de vinculação da teoria com a prática ......................................................... 17
2.3.3 Princípio de acessibilidade do ensino ........................................................................ 17
2.3.4 Princípio de visualização ............................................................................................ 18
2.3.5 Princípio da sistematização e sequência ................................................................... 18
2.3.6 Princípio de consolidação .......................................................................................... 18
2.3.7 Princípio de formar alunos conscientes activos e com capacidade de trabalho
independente. ..................................................................................................................... 19
2.3.8 Principio de diferencialização e atenção individual. ................................................... 19
2.3.8 Princípio de contradição no processo de ensino. ....................................................... 19
2.3.0 MEIOS DE ENSINO DA MATEMÁTICA ............................................................................... 20
2.3.1 Importância dos meios de ensino ................................................................................ 20
2.4.0 O JOGO E A MANIPULAÇÃO DE OBJECTOS CONCRETO. ............................................. 26
2.5 FUNÇÕES DIDÁCTICAS......................................................................................................... 27
2.5.1.2– DESENVOLVIMENTO (INTRODUÇÃO DO NOVO CONTEÚDO ) ......................................... 29
ii
2.5.1.3 CONSOLIDAÇÃO /VERIFICAÇÃO. ................................................................................. 30
2.5.1.4 AVALIAÇÃO/CONTROLO ............................................................................................. 31
2.6.0 PLANIFICAÇÃO DIDÁCTICA ............................................................................................... 32
UNIDADE: III
PROBLEMAS ESPECÍFICOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NO ENSINO PRIMÁRIO. .......... 34
3.1.1. Importância do estudo da matemática no ensino primário. ....................................... 34
3.1. 2 – Diagnóstico dos problemas desse ensino .............................................................. 35
3.1.3 – Procurando soluções. .............................................................................................. 35
3.2 NÚMEROS NATURAIS ........................................................................................................... 36
3.2.1 Os primeiros passos rumo ao domínio do campo numérico:...................................... 36
3.2.1.1 Explorando o vocábulo infantil................................................................................. 36
3.2.2 Classificação e seriação ............................................................................................. 37
3.2.3 Correspondência termo a termo ................................................................................. 38
3.2.4 COMO ENSINAR AS CRIANÇAS A CONTAGEM................................................................ 39
a) Contagem oral................................................................................................................. 39
b) Contagem de objectos .................................................................................................... 40
c) Relações numéricas ........................................................................................................ 41
3.3. SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL ................................................................................. 43
3.4 COMO ENSINAR AS OPERAÇOES FUNDAMENTAIS (ADIÇÃO, SUBTRACÇÃO,
MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO) ...................................................................................................... 44
3.4.1 Adição ........................................................................................................................ 45
5.1.1 Técnicas da adição (algoritmo da adiçao) .................................................................. 45
3.4.2 Subtracção ................................................................................................................. 47
3.4.2.1 Técnicas da sutracção ( algoritmo da subtracção) .................................................. 47
3.5.0 Multiplicação............................................................................................................... 50
3.5.1 Técnica simples da multiplicação ( factos básicos ) ................................................... 51
3.5.4 Divisão ....................................................................................................................... 54
3. 6 COMO ENSINAR OS NÚMEROS RACIONAIS NO ENSINO PRIMÁRIO .............................. 57
3.6.1 Como ensinar o conceito dos números racionais ....................................................... 57
3.7 Operações com números racionais ............................................................................... 59
3.8 Adições de números decimais com transporte .............................................................. 60
3.9 Multiplicação de números decimais............................................................................... 61
3.10 Divisão de números decimais...................................................................................... 61
3.11 COMO ENSINAR A TEORIA ELEMENTAR DOS NÚMEROS .............................................. 63
3.11.2 Números múltiplos .................................................................................................... 63
3.11.5 Máximo divisor comum (m.d.c); ................................................................................ 64
iii
3.11.8 COMO ENSINAR A RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES NO ENSINO PRIMÁRIO; ................. 64
3.11.9 COMO RESOLVER UM PROBLEMA NAS DISTINTAS CLASSES DO ENSINO
PRIMÁRIO. .................................................................................................................................... 64
3.12 COMO ENSINAR AS UNIDADES DE MEDIDAS .................................................................. 65
3.12.1 unidades de medida: comprimento .......................................................................... 65
3.12.2 unidade de medida: àrea .......................................................................................... 67
3.12.3 unidades de medida: massa..................................................................................... 67
3.12.4 unidades de medida: tempo ..................................................................................... 69
3.12.4.1 medir o tempo ....................................................................................................... 70
3.13 reduções das unidades de medida .............................................................................. 73
iv
INTRODUÇÃO
Por isso pretendemos com este fascículo abrir um espoço de debate acerca das questões
inerentes ao ensino e aprendizagem da Matemática na escola, que muito tem
preocupado os profissionais ligados ao ensino desta disciplina.
É normal serem levantadas questões como: por que razão se ensina Matemática nas
classes iniciais? Que melhores métodos, técnicas e procedimentos de ensino? Que
problemas afectam os alunos na apredizagem da Matemática.
1
contribuir para o endentimento e para reflexão acerca de tais questões, ou mesmo para o
encontro de soluções a partir das ideias avançadas ao longo da trabalho.
A Última unidade expõe os aspectos da avaliação e trabalho com programas, isto é, com
maior realce as modalidades, os instrumentos da avaliação
2
UNIDADE: I
INTRODUÇÃO À DIDÁCTICA ESPECIAL DE MATEMÁTICA.
3
1.4 Objecto do estudo da disciplina.
4
UNIDADE: II
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS NA DIRECÇÃO DO
PROCESSO DE ENSINO DA MATEMÁTICA.
2.1.1 Os objectivos:
A descrição clara daquilo que se pretende alcançar como resultado das nossas
actividades. É o resultado esperado o que o aluno é capaz de fazer ou pensa. Os
objectivos podem ser gerais e específicos.
a) Objectivos gerais:
São aquelas alcançadas num período de longo prazo (Curso, unidade ou subunidade).
Para Fazenda (2007) existe três grupos de objectivos gerais:
Actividades gerais e fundamentais do pensamentos ( saber fazer mais complexo,o
poder de abstração, o pensamento logico e a força criativa);
Técnicas mentar ( analisar, sintetizar, generalizar, comparar, ordenar e classificar);
Qualidade geral da personalidade(cuidado, exatidão, escrupulosidade,
comporamento)
b) Objectivos específicos
5
Segundo a taxinomia de Bloom citado em Fazenda (2007) distingue-se em três
domíniosno objectivos que são alcançadas numa determinada aula:
Objectivos Cognitivos (saber)
Conhecer conceitos, teoremas, procedimentos;
Compreende-los;
Dominar procedimentos;
Saber analisar e sistematizar;
Objectivos afectivos (Saber ser): atenção, disposição, o cuidado com o material,
o interesse, a cooperação, persistência etc.
Objectivo psicomotor (saber fazer):
Saber apresentar a solução de um exercício, problemas de maneira correcta
e exacta;
Saber manejar certos meios ou materiais de ensino.
César Coll (2000), descreve os verbos que indicam o saber, saber fazer e o ser
conforme a seguinte tabela:
VERBOS
Factos conceito, princípios Procedimento Valores, normais, atitudes
(Saber) ( saber fazer) ( ser)
Identificar, reconhecer, Manejar, confeccionar, Comportar-se, respeitar,
classificar, descrever, resolver, construir, tolerar, apreciar, ponderar,
comparar, conhecer, elaborar, utilizar, aplicar, aceitar, praticar, ser
explicar, relacionar, situar, colectar, representar, consciente, reagir a,
lembrar, analisar, inferir, observar, experimentar, conformar-se com,
generalizar, comentar, testar simular, demonstrar,
interpretar, tirar reconstruir, executar,
conclusões, concluir, planejar, compor, calcular,
esboçar, indicar, enumerar, praticar
assimilar, definir, distinguir
6
2.1.2 Objectivos do ensino da Matemática (da 1ª à 6ª Classe).
2.1.3 CONTEÚDOS
7
2.1.4 MÉTODO DE ENSINO
a) conceito
Métodos de ensino são procedimentos e formas de trabalho dos professores e alunos,
com ajuda dos quais os alunos assimilam os conhecimentos, desenvolvem as habilidades
e formam hábitos correctos.
A classificação dos métodos é diversificada isto é, varia de cada autor. Desta forma
Fazenda (2007) agrupa os métodos da segunte forma:
8
Tarefas de elaboração pessoal. Seminários.
A classificação dos métodos também pode ser feita das seguintes formas:
1) Através da fonte de aquisição de conhecimento (Savin):
Orais: descrição, explicação, diálogo, relato.
Intuitivo (visuais): observação, demonstração, ilustração.
Práticos: exercícios orais e escritos, trabalho de laboratório e gráficos realizados
com manuais e livros, experiência.
2) Segundo a actividade cognitiva dos alunos e professores ( Danilov e Skatkin):
Explicativo (ver na p.9),
Exposição problemática,
Receptivo: explicativo, ilustração, intuitiva (o professor presentação os alunos
assimilam),
Reprodutivo: interrogativo, a revisão, a exercitação ( os alunos reproduzem a
assunto abordados na aula),
Produtivo: demonstração, e a exposição problemática (o professor e os alunos
elaboram a matéria),
Criativo: métodos investigativos e busca parcial (o professor orienta os aluno a
descoberta da matéria),
9
MÉTODOS ORAIS:
MÉTODOS INTUITIVOS1:
Conclui-se que:
o O comprimento da figura é aproximadamente á metade do círculo;
1
Métodos introduzido pelo Pedagogo suíço Pestalozzi, que defendeu aprendizagem por manejo de objectos da
realidade.
10
o A altura da figura é aproximadamente ao raio do círculo;
o A área da figura á área do círculo;
P 2 r
o Como A=bxh, então A= x r A= x r Simplificando o 2 por 2 a
2 2
Colocar um exercício exemplar (Calcula a área do círculo que tem de raio 3 cm);
Cumprir com a exercitação e a tarefa (aplicar situações da vida real).
MÉTODOS PRÁTICOS
Caracteriza-se pelo trabalho livre e dirigido aos alunos, utiliza-se na consolidação, nos
temas inteiros ou parcialmente conhecido pelo os alunos.
a) Exemplo do método prático (Na 4ª classe depois da adição dos nº decimal vem a
subtracção):
1) CNP: rever os procedimentos da adição: colocar as casas decimais na mesma
ordem, adiciona-se como se fosse nº inteiros, e por fim colocar a vírgula por baixo
da vírgula.
2) Apresentar a subtracção e dizer que o procedimento é o mesmo da adição.
3) O professor realiza algumas observações do que os alunos estão a resolver ou
pode mandar um dos alunos fê-lo no quadro com observação atenta dos seus
colegas.
4) Passa-se pela fase do exercício e pela tarefa.
O emprego destes métodos tem grande fundamento no Pedagogo John Dewey.
MÉTODOS EXPLICATIVOS
Caracteriza-se pela explicação do professor. É usado quando o conteúdo é
completamente novo, ou os alunos apresentam grande dificuldade em alguma matéria (
11
os alunos na 5ª classe e 6ª classe, ainda têm maior dificuldade na quatros operações
fundamentais adição, subtracção, multiplicação e divisão).
2
É aconselhável usar exercícios com problemas de vida real()
12
MÉTODOS RECEPTIVOS
São métodos em que o professor é considerado o único detentor do saber e os alunos só
esperam dele o que pode exteriorizar. Eles são prejudiciais ao desenvolvimento do
raciocínio dos alunos.
MÉTODOS MISTOS
ALUNOS
MÉTODOS EXPOSITIVOS:
13
Exemplificação (mostrar aplicação e a comprovação dum teorema,
conceitos, procedimentos etc. é usado na 1ª aplicação dum conhecimento).
4+ 2 8 7
+
9 9 18 18
14
Após a resposta o professor informa aos alunos que o procedimento é o mesmo da
comparação de fracção com a mesmo denominador;
Indica-se um dos alunos a resolver no quadro e professor antecipa os
procedimentos:
Adiciona-se os numeradores;
Matem-se o denominador.
a c a c ac
Então, duas fracções + ; b 0 temos: + = .
b b b b b
5º Aplicar exercícios de aplicação.
15
Lúdico (Uso de jogos)
Exige que:
O conteúdo, os métodos e a estrutura da aula; devem corresponder ao nível das
exigências da matemática moderna;
16
Os alunos devem conhecer os métodos matemáticos de conhecer a realidade
(métodos específicos);
Os alunos devem conhecer o processo de aprendizagem da matemática e as suas
leis.
Aprendizagem da matemática requer um trabalho pessoal, usando os métodos e
processos que a matemática usa e que a torna uma ciência coerente e de
características próprias, bem diferenciadas das características de outras ciências.
x 4
Ex: resolve a equação (6ª classe).
2 8
Observação: deve indicar o domínio numérico, os passos para em que se vai basear
a resolução.
Este princípio exige que o professor sempre que possível, destacar e privilegiar a ligação
teórico-prática ou matemática quotidiano. Quer dizer:
Deve abordar a nova matéria levando a situação concreta;
Deve se mencionar algumas aplicações práticas do conteúdo;
Os olunos devem entender que a necessidade (exigência) da prática são impulsão para o
desenvolvimento da matemática e reciprocamente a saber teórico auxilia a prática.
Ex: Por meio dos conhecimentos da adição sucessiva de parcelas iguais, os aluno na vida
prática podem resolver o seguinte problema:” quantos litros de leite se bebem em 4 dias,
já que o consumo diário é de 2,5 litros pode se utilizar a soma sucessiva das parcelas ou
equação” (2,5+2,5+2,5+2,5L=10 ou 2,5L× x=4L).
17
2.3.4 Princípio de visualização
Exige que os conhecimentos devem ser adquiridos num sistema inteiro e unido, mas não
de forma isolada. A sistematização pode ser feita numa aula, numa unidade ou ainda
entre unidades.
Ele cumpre as seguintes regras didácticas:
Do simples ao complexo;
Do fácil ao difícil;
Do conhecido ao desconhecido;
Da imaginação ao conceito;
Dos conceitos ás habilidades;
Do comum ao particular (todo para as partes);
Do particular ao geral.
Ex. Ao estudar as unidades de medidas deve iniciar a estudar primeiro as medidas não
convencionais e depois as medidas convencionais.
18
O professor deve despertar o interesse dos alunos indicando o objectivam a atingir;
Dosear razoavelmente o conteúdo, destacando as partes fundamentais;
Reactivar oportunamente os conhecimentos a aplicar (resumo, repetição);
Organizar vários tipos de trabalho independente;
Controlar regular e sistematicamente o nível de conhecimentos, habilidades e
hábitos;
“Abrir espaço” para o aluno julgar a exactidão doa seus procedimentos e das suas
conclusões.
Exige que o ensino deva ser adaptado ao nível de conhecimento e habilidades de cada
aluno, atendendo as particularidades, características de aprendizagem.
Condições (regras didácticas):
Trabalho colectivo: seleccionar os exercícios em função das capacidades
individuais.
Trabalho independente: deve se corrigir todos trabalhos e podem ser diferenciados;
Exercício para casa diferenciado;
Provas diferenciadas.
19
2.3.0 MEIOS DE ENSINO DA MATEMÁTICA
Zabala (1998) afirma que são todos os meios que auxiliam os professores a responder
aos problemas concretos que surgem em qualquer momento da planificação, execução
ou avaliação das aprendizagens.
Ainda Graells (2000) considera que um material didáctico pode ser um recurso educativo,
mas o inverso já não sucede. Para este autor os materiais didácticos podem
desempenhar as funções seguintes: facultar informação; constituir guiões das
aprendizagens das crianças; proporcionar o treino e o exercício de capacidades; cativar o
interesse e motivar a criança; avaliar as capacidades e conhecimentos; proporcionar
simulações, com o objectivo da experimentação, observação e interacção; criar
ambientes.
São todos objectos que se encontram no meio da criança e podem ser reutilizados
para ensino da matemática, tais como:
3
"Se eu ouço, eu esqueço.
Se eu vejo, eu recordo.
Se eu faço, eu compreendo".
(Provérbio chinês)
4
PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. SP, 2004, p -151
20
Colecções de objectos pequenos: como pedrinhas, conchinhas, carrinhos,
bonequinhas, paus serve para classificar, ordenar, comparar quantidades e
fazer contagem;
Palitos de gelado, elásticos, chapinham, saquinhos de plástico e vários
tamanhos e quadro-de-pregas, para iniciar o sistema de numeração;
Chapinhas, figuras geométricas em cartolina, para introduzir a noção de
fracções;
Balanças e pesos; metro; réguas; ampulhetas; relógios; calendários.
Materiais estruturados:
Blocos lógicos:
Apresentação:
Constituição: 48 peças.
Forma: rectangular, quadrada,
circular, triangular.
Cor: vermelha, azul, amarela.
Espessura: grosso e fino.
Tamanho: grande, médio,
pequeno.
Material: plástico cartolina.
Utilização:
actividade de classificação,
seriação, noções de conjunto
e suas operações.
21
Apresentação:
Peças de madeira, cubos
pequeno e grande, barras,
placa.
Utilização:
Contagem por objectos,
Numeração decimal e sua
operação,
Cálculo da área, perímetro,
volume
Material cuisinaire
Apresentação:
Constituição: 241 peças.
Tamanho: diversos.
Cor: variadas.
Utilização:
Classificação, seriação, teoria
de conjuntos, operações com
números, introdução de
números fraccionários.
decomposições de
números, os múltiplos e
divisores de um número, as
fracções, as áreas e
perímetros.
GEOPLANO5
Apresentação:
Tábua de madeira com 27,5
cm x 27,5 cm.
Fita elástica, pregos.
Utilização:
classificação de figuras planas
(actividade de geometria).
Construção e comparação de
5
O geoplano foi elaborado pelo matemático inglês Calleb Gattegno. Existem diferentes tipos de geoplano (oval,
triangular, circular, trelissado), mas o mais utilizado é o quadrado.
22
diferentes figuras geométricas
no geoplano;
- Reprodução as figuras
construídas no geoplano na
malha pontilhada;
- Identificação lados e vértices
de um polígono
TANGRAM
Apresentação:
7 peças ( 5 triângulos, um
paralelogramo e um quadrado
)
Forma: triangular.
Utilidade:
Construir, explorar figuras
geométricas, para desenvolver
a organização espacial.
SOLIDOS GEOMETRICOS
Apresentação:
Material: madeira, plástico,
cartolina.
Utilização:
Ensino da geometria
23
DISCOS CIRCULAR
Apresentação:
Material: cartolina, papel,
Cor: diversas e divididos em
partes iguais.
Utilização:
Para ensinar números
racionais
CONTADORES
Apresentação:
Material: caixa de papelão
recortadas janelas e aprecem
os símbolos de 0 a 9.
Utilização:
sistema de numeração
decimal.
CARTAZ DE PREGAS
Apresentação:
Material: papelão, adesivo,
fichas de várias cores.
Utilização:
trabalho no sistema de
numeração decimal, adição,
subtracção etc.
24
OUTROS MEIOS DE ENSINO
ábaco
Apresentação:
Material: madeira, cartolina, papelão,
, fichas de várias cores.
Utilização:
Contagem de objectos,
Trabalhar na relação númerica
trabalho no sistema de numeração
decimal, adição, subtracção,
multiplicação e divisão etc.
CANÇÕES
Contagem oral, escrita dos números
O chapéu de três bicos
Adição, subtracção, multiplicação e
divisão O meu chapéu tem 3 bicos,
Tem três bicos o meu chapéu.
25
Se não tivesse 3 bicos,
O chapéu não era meu.
***
Um limão, meio limão, dois limão, meio
limão.
***
a) Jogos.
26
c) Manipulação de objectos concreto
São as tarefas principais das diferentes fases da aula; também se realizam por meio de
actividades comuns do professor e dos alunos.
As funções didácticas são: motivação, desenvolvimento, verificação ou controlo e tarefa,
dentro de cada grupo podem diferenciar subgrupo:
Motivação:
Criação do nível de partida (CNP);
Motivação propriamente dita (MPD);
Orientação para os objectivos (OPO).
Desenvolvimento:
De um conceito;
De um teorema;
De um procedimento;
27
Verificação e controlo:
Parcial, faseada, ou global ou final.
Exercícios,
Aprofundamento da matéria
Aplicação ou concretização.
Tarefa:
Exercitação livre.
Atenção: é preciso ter cuidado na marcação da tarefa:
Deve ser explicada, como resolver o exercício;
Deve revelar pontos débeis dos alunos durante a aula;
Ter cuidado com a quantidade de exercício de exercícios a marcar
Tem como objectivo preparar os processos didácticos para aula seguinte,
aprofundar a matéria, criar o espírito de responsabilidade ao aluno.
Para outro lado é necessário que o professor depois da aula avalie o que fez ao
longo do seu trabalho. No caso de haver falha deve corrigir na próxima aula.
2.5.1.1 - MOTIVAÇÃO
28
b) Motivação propriamente dita (MPD)
São actividades docentes, que se dirigem à direcção ou manutenção dos impulsos que
promovem a actividade dos alunos (motivação externa).
São todos impulsos internos do aluno que promovem a sua actividade própria
(motivação interna).
29
Processo de assimilação dum novo conteúdo
Abstracção
Analise
(definição de conceito, formação de
teorema, um procedimento)
Generalização
Síntese (problema prático, explicação do teorema)
Abstracção Aplicação
(teorema, definição, procedimento) Exemplo simples)
Aplicação
Concreto de partida elevada
(1ª exemplificação)
(exercícios e tarefas criativas)
Em suma na fase indutiva tem lugar: a percepção dos fenómenos ligados ao tema, a
formação de conceitos, desenvolvimento das capacidades cognitivas de observação,
analise, imaginação, e raciocino. Visando uma “aprendizagem significativa”6.
6
John Dewey no seu entender, a única aprendizagem significativa é a que é útil para a criança. E que
baseia nos conhecimentos que ela trás do seu meu social.
30
Aperfeiçoar a formação de habilidades e hábitos;
a) Tarefa.
É um complemento didáctico para consolidação;
Ela indica as dificuldades dos alunos e a deficiência da estrutura didáctica do seu
trabalho;
É um meio de interacção com os encarregados de educação;
Os seus resultados devem ser tratados na aula seguinte.
2.5.1.4 AVALIAÇÃO/CONTROLO
2) Manipulação (Concreto):
3) Figuração esquemática ( semi concreta ): ●● ●●● ●●●●●
4) Figuração simbólica (abstracta): 2 + 3 = 5
5) Consolidação (fixação)
6) Exploração (aplicação): exercícios de aplicação, resumo, debate, situação
problemática da vida real.
31
2.6.0 PLANIFICAÇÃO DIDÁCTICA
32
Disciplina:………………. Professor:…
Classe:…………………. Trimestre ………
Ano …………………….. Modalidade:……
Números dos alunos:……….
OBJECTIVOS GERAIS:
OBJECTIVOS Nº DE RECURSOS DE AVALIAÇÃO
CONTEÚDOS MÉTODOS
ESPECÍFICOS AULAS ENSINO
. Unidade: I .
1)……….
2)……….
Unidade: II
1)………..
2)……….
BIBLIOGRAFIA:
33
Selecçionar os conteúdos que serão desenvolvido durante a aula;
Seleccionar os métodos, estratégias, procedimentos, técnicas necessárias para
transmissão de conhecimentos;
Indicar e seleccionar os recursos de ensino e bibliografia que serão usados
durante a aula para facilitar a compreensão e estimular a participação dos
alunos;
Estabelecer como será feita avaliação das actividades.
OBJECTIVOS GERAIS
UNIDADE: III
A humanidade vem precisando cada vez mais da matemática, principalmente a maneira que vem
se ensinando nas escolas, e hoje temos o maravilhoso prazer de apresentar alguns subsídios
pedagógicos para ser aplicados em salas de aulas com os alunos do ensino primário.
34
O estudo da Matemática é importante devido:
A própria utilidade social;
A permissão do desenvolvimento do raciocínio lógico e outras capacidades gerais:
analise, síntese, ordenação, abstracção, comparação, imaginação etc., capacidades que
favorecem, ao homem, o acesso ao conhecimento;
Análise simbólica dos processos pelos quais o homem aprende o mundo.
35
Propor problemas que realmente tenham a ver com a realidade da criança, de tal modo que elas
percebam a importância na vida real do que esta sendo estudado. Só assim o professor terá
maiores oportunidades de motivá-las.
Os vocábulos que devem ser explorados a criança antes dos números é relativamente aos
seguintes conceitos:
a) Grandezas: maior, menor, grosso, fino, curto, comprido, alto, baixo, largo, estreito.
b) Posição: em cima, em baixo, acima, abaixo, entre, na frente, atrás, ao lado, à esquerda, à
direita.
c) Direição e sentido: para frente, para trás, para o lado, por baixo, por cima, no mesmo
sentido, em sentido contrário.
As actidades para exploração do vocábulo infantil
a) Jogos: através de jogos a criança explora o seu próprio corpo como exemplo correr para
afrente, andar para trás; colocar-se ao lado da mesa.
Imitando o professor ou o colega a erguer o braço para cima; depois debaixo.
b) Actividade com o Manual tais como: pinta o pato que vai á frente; pinta a carruagem que vai
atrás; coloca x nas bolas que estão em cima da mesa, desenha uma bola em baixo da mesa;
pinta a árvore mais alta.
36
Exemplo:
a)Coloca no cículo a vaca mais alta
b) coloca X na vaca que esta atrás.
b) Seriação: consiste em ordenar uma coleção de objetos, segundo uma determinada relação
ou dispor os elementos duma dada colecção numa sucessão de acordo com um critério ou regra.
37
Nas actividades iniciais as crianças serão orientadas a identificar a regra de formação duma
ordem. Depois ela poderá criar diferentes sequências.
Algumas actividades para seriação:
Exemplo: Colocar primeiro, tampinhas, depois pedrinhas e assim sucessivamente; colocar em
ordem começando pelo tronco menor. Ou ordenar os objectos de maior para melhor ou melhor
para melhor.
É um ponto de partida para construção dos números naturais. Começa –se com a
correspondência um a um, comparando colecões duas a duas, a criança vai percebendo que uma
colecção pode ter mais elementos ou tantos elementos quanto tem uma colecção.
Actividades de correspondênciaa:
1- Faz a correspondência e completa.
1 2 3
A partir daí surge, espontaneamente, a sucessão dos números naturais: 1,2, 3…etc.
Seguida com as seguintes actividades: Ler e Escrever os números.
38
1- Completa.
Deve também se realizar a leitura e a escrita dos números, que é indispensável para o domínio
da caligrafia numérica e representação dos algarismos, conjugando a capacidade de atenção e
da discriminação visual e auditiva à motricidade fina.
Segundo Barrody (1986) devemos considerar três fases na contagem: contagem oral,
contagem de objectos, Relações numéricas
a) Contagem oral
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10.
É mesmo tão fácil que canto outra vez
39
Lengalengas
Exemplos de Histórias
Os três ursinhos Tenho uma casa, duas chaminés
Dez no sofá Três tapetes p’ra limpar os pés
Dez na cama Quatro janelas para entrar a luz
Branca de neve e os sete Cinco portas p’ra fazer truz-truz.
anões
Importa referir que as rimas / canções/ lenga lengas/ histórias podemos procurar e usar as da
vossa cultura e do meio onde a crianças esta inserida. Portanto, cabe ao professor estar atento
ao que cada criança já conhece e criar contextos significativos que facilitem o seu
desenvolvimento. Em crianças mais novas ou com poucas vivências o conhecimento da
sequência da contagem ainda é um pouco aleatório.
b) Contagem de objectos
Engloba outras competências que as crianças pequenas vão aprendendo pouco a pouco a usar
todas precisam de experiências e brincadeiras.
A disposição dos objectos em fila facilita a contagem, pois permite a separação entre os
elementos contados e os que faltam contar. Já a disposição circular confunde as crianças, uma
vez que a maioria não consegue utilizar estratégias que lhes permitam identificar onde se inicia e
onde termina a contagem.
Uma outra vertente do número é o seu sentido ordinal. Este desenvolve-se, por norma,
posteriormente à contagem oral e envolve capacidades mais complexas. O sentido ordinal do
número diz respeito a compreender que a sequência numérica está organizada de acordo com
uma ordem, em que cada número ocupa um lugar bem definido, que não pode ser alterado e que
nos pode dar indicações em relação a uma determinada seriação.
40
Materiais estruturados manipuláveis ( blocos lógicos, matérias de cuisinaire, montessori,
ábaco, cordão de bolinhas, cartão de pontos, sólidos geométricos, dados …).
c) Relações numéricas
Tipos de relação
“Mais dois que…”, “menos dois que…”, “mais um que…” e “menos um que…”
(Exemples: a quantidade 10 tem mais dois que a quantidade 8,),
Relações numéricas com base nos números 5 e 10. Exemplos: 7= ( 5 mais 2); 14 = (5
mais 5 mais 5 menos 1); ou 7 =10 menos 3.
Outro tipo de relação parte-parte-todo: aquela em que as crianças, sem contar, conhecem
que 3 e 4 são 7, ou que se a 7 retirar 3 fica com 4,… ou quando as crianças se apercebem
que 5+3 é o mesmo que 4+4.
41
Análise de padrões: São construções das crianças com materiais apelativos e que
podemos aproveitar para explorar para fazer padrões (crescentes, padrões decrescentes,
padrões repetitivos,…)
Recursos de com a relação numérica: cartões de pontos, de avos, cordão de bolinhas, moldura
de 5, 8, 10 e 12.
Em geral, Treffers,( 2001), os números até 20 (até 100) podem ser representados por três
7
Orientação curricular da Educação Pré-Escolar
42
contextos de estruturas lineares ou sequenciais: o colar de contas e,
43
Dezenas Unidades
1 5
b) O ábaco: pode ser feita com uma simples folha de papel dividida em três partes e pintado cada
parte uma cor e utiliza-se nove filhas pequenas , médias e grandes e cada uma também com a
sua cor (azul, vermelha e amarela), cada quadradinho não pode ter mais que nove fichas.
Azul Vermelha
Amarela
1 0
2 3
É indispensável que o professor se preocupe com as quadros operações, mas principalmente ele
se interesse em orientar os alunos a realizá-las com compreensão.
Há vários caminhos para se chegar ao resultado duma operação e é muito importante o professor
conhecê-los.
44
3.4.1 ADIÇÃO
É a operação mais natural na vida da criança. Ao ensinar adição ela deve relacionar com a noção
de “juntar” ou “acrescentar”.
Exemplo: O Pedro tem três bolas e juntou duas bolas do João.
+ =
3 + 2 = 5
a) Propriedade associativa:
( + )+ = + ( + )
b) Pode ser dado exercícios de completar tabelas, esquemas, diagramas: deve ser
completada pela criança.
6 2 + 3 + 5
5
5 8
4 6
9 14
3
2 5
1
+ 0 1 2 3 4 5 6
Ela deve ser introduzida depois da criança compreender: representação simbólica dos números, o
sistema de representação decimal (unidade, dezena centena), domínio dos termos juntar ou
acrescentar.
45
23 + 35= 23 + 35=
Centena Dezena Unidades
▌▌
D U
2 3
▌▌▌ +
3 5
5 8
5 8
Resposta: ficamos com 58 bolinhas.
Técnica de Latisse
46
Nota: Parcelas soma
a + b = c
a+0 = a ou 0 + a = a O zero (0) é um elemento neutro da adição.
Exemplo: 3 +0 = 3 ou 0 + 3 = 3.
Estas noções devem ser introduzidas na criança no de correr das actividades, não há
necessidade das crianças decorá – las.
3.4.2 SUBTRACÇÃO
18 - 7 35 - 8
10 + 8 - 7 30 + 5 - 8
10 + 1 27 + 3 + 5 – 8
11 27 + 8 – 8
27 + 0
27
■ ■ IIII ●● ● ●
■
●●● ●
III
2 5 3
48
Exemplo: temos 378 livros. Tiramos 125. Quantos ficaram?
Colocamos as casas de cima e de baixo. Devemos trabalhar com a ideia de completar com as
casas de baixo. E dizemos 5 unidades faltam quantas para completar 8. assim, segue-se nas
outras casa
▌▌ ●●
2 5 3
■ ▌▌▌▌ ▌▌ ●● ●● 1 3 8
■ ▌▌▌▌ ▌ ●● ●●
■ ●● ●● Vai uma dezena
●● ●●
1 3 8
(a ideia de completar)
49
Ex: 2-2 =0, 2–0=2
3.5.0 MULTIPLICAÇÃO
A multiplicação pode ser trabalhada associando-as à ideia de uma adição de parcelas iguais e
números de pares possíveis. Para introduzi-las, o professor poderá partir de situações
problemáticas.
a) Adição de parcelas iguais
Exemplo: queremos formar 4 grupos de cinco alunos cada um. Quantas crianças são necessárias
para esses grupos?
1 - As crianças pensam, discutem e formam grupos e concluem que são necessárias vinte
crianças.
2- Ilustração do problema.
50
Para a multiplicação o professor deve aplicar vários exercícios e diversas matérias tais como:
material de sucata: tampinhas, botões, grãos, rectângulos ou quadrados quadriculares, outros
materiais modernos como: os cubinhos do material Dourado etc.
Exemplo 1 Exemplo 2
a) Um factor é múltiplo de 10. (4 x 20, 13 x 30) b) Um dos factores é potencia de base 10 (
4x 20 10, 100, 1000…)
2 x 10 = 20 3 x 10 = 30
4 x 2 x 10 2 x 100 = 200 3 x 100 = 300
2 x !000 = 2000 3 x 1000 = 3000
8 x 10
80
Exemplo 3
Exemplo 4
51
e) Disposição rectangular (Papel quadradinhos)
Exemplo 5
Utilizando o papel quadricular, a criança recorta rectângulo e deve procurar descobrir quantos
quadradinhos o compõem. O professor o orienta para divida o quadradinho em regiões
rectangular menor, calculando os produtos correspondentes.
A criança contará quantos quadradinhos tem cada rectângulo recortado e chegará com facilidade
o resultado do cálculo.
Observação: o material dourado8 Montessori também pode ser utilizado nas actividades acima.
Exploração da propriedade distributiva em relação à adição. Ela pode ser introduzida por meio de
situações problemática.Exemplo: a x ( b + c ) = ( a x b ) + ( a x c )
g) Técnica progressiva (tábua da multiplicação), que deve ser preenchida pela própria criança.
Ajude – a
x 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
8
MATERIAL DOURADO - Conjunto estruturado de peças, utilizado no ensino do Sistema de Numeração Decimal.
52
1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 0
3 0
4 0 16
5 0
6 0
O ALGORITMO DA MULTIPLICAÇÃO
D u
4 2
2 3
Factores
x 4
3 4
8 12
1 6 8 Produto parcial
1 2 6
1 4 2 8 Produto total
53
e) Técnica de gelosia9
Nota: o uso desta técnica facilita a aprendizagem da tabuada e reconhecer as seguintes noções:
a x 0 = 0 ; a x 1 = a ; 1x 1 = 1.
3.5.4 DIVISÃO
b) De Medida.
Exemplo: Numa turma tem 30 alunos. Quantos grupos de 5 alunos é possível formar? E quantos
sobram?
Na divisão a criança deve perceber que a divisão esta ligada à multiplicação. Por exemplo
4 : 2 = 3 então 2 x 3 = 6
TÉCNICAS DA DIVISÃO
a) Técnica de abordagem
Divisão dum conjunto em vários subconjuntos a resposta é o número correspondente ao total.
Actividades com pedrinhas
●●● ●●●
●●● ●●●
9
No século xv surge na Itália um processo de cálculo de produtos – método de gelosia ( em italiano significa grelha ou grade).
54
24 : 4 = 6 ●●● ●●●
●●● ●●●
A criança vai colocando pedrinhas em cada quadradinho até terminando com a distribuição.
Nesta técnica pode se utilizar o material de cusinaire10.
d) Subtracção sucessiva: 24 : 4 =6
24 20 16 12 8 4
-4 -4 -4 -4 -4 -4
20 16 12 8 4 0
Então a criança saberá que o número de vezes que foi subtraído é o resultado da divisão.
10
Conjunto de barras com diversas cores.
55
e) Técnicas actuais
Depois que todo o processo tiver sido aprendido, você pode começar a operar numericamente,
com os alunos. Algoritmo da divisão relaciona-se com a multiplicação, subtracção e a adição.
a) Levando a observar uma lista de múltiplos do divisor.
12 x 1 = 12
9 7 8 1 2 12 x2 = 24
12 x 3 = 36
-9 6 8 1
12 x 4= 48
0 1 8
12 x 5 =60
- 1 8
12 x6 = 72
0 0
12 x 7 = 84
12 x 8 = 96
8 6 4 4 4
-8 2 1 6
0 6
-4
2 4
-2 4
0 0
Atenção: a : a = 1 ; 0 : a = 0 e a : a = impossível.
Quando o dividendo é múltiplo do divisor, dizemos que a divisão é exacta.
Exemplo: 36 / 6 = 6
Quando o dividendo não é múltiplo do divisor, dizemos que a divisão é aproximada ou inexacta.
Exemplo: 21 / 5 = 4 (resto = 1)
56
Numa divisão, em números naturais, o divisor tem de ser sempre diferente de zero, isto é, não
existe divisão por zero no conjunto de números naturais (IN).
Para ensinar os números racionais no ensino primário deve se enfatizar as actividades que levem
o aluno a:
Compreender o conceito de nº racional;
Trabalhar com equivalências entre fracções e suas aplicações: comparação, simplificação
etc.:
Relacionar fracções e numerais decimais (dizimas);
Realizar algumas operações tais como: adição, subtracção (com o mesmo e diferente
denominador), multiplicação e divisão das fracções.
p
Dados dois números naturais “P” e “q” sendo q=0 associa-se o símbolo ao quociente de “p”
q
p
nessas condições chamamos que um número racional.
q
p
( p é o numerador e q e o denominador); p > q chama-se fracção imprópria e p < q chama-se
q
fracção própria.
Por isso deve se começar pela representação já conhecida pelos alunos que é a repartição em
p
partes iguais ( p:q) e depois pela nova representação ( ) desde que q 0.
q
Passamos então a exemplificar algumas situações problemáticas a serem vivenciada e discutida
pelas crianças:
a) Distribuir igualmente vinte bolinas entre cinco meninas. As crianças representarão a escrita
20
( 20:5 ) e o professor introduz a nova representação: 20:5= =4.
5
b) Dividir duas bananas entre duas crianças:
1
1ª Solução: 3:2 =1+
2
1 1 1
2ª Solução: 3:2=+ + +
2 2 2
11
racional (ou, vulgarmente, fracção) é uma razão entre dois inteiros, geralmente escrita na forma a/b, onde b é um número
inteiro diferente de zero.
57
3 1 1 1
c) Dividir três folhas de papel entre cinco crianças: 3:5= = + +
5 5 5 5
d) Dividir duas maçãs entre três pessoas:
1 1
1ª Solução: 2:3= +
3 3
3.6.2 Reconhecendo equivalências
a) Jogos com discos.
Exemplo: montar discos usando peças de cores diferentes e propor algumas soluções
possíveis:
1 2
=
2 2
1 1
2 2
1 1 1 1
4 4 4 4
1 1 1 1 1 1 1 1
8 8 8 8 8 8 8 8
Colam essas tiras no caderno uma abaixo da outra, coincidindo as extremidades que
equivalências podem perceber?
1 2 4
Logo: = = são fracções equivalentes.
2 4 8
3.6.3 Comparação das fracções
1 1 2 3 4
< < < fracções com o mesmo denominador ( maior é
4 4 4 4 4
aquele que tiver maior numerador)
58
4 4 4 4
> > > fracções com o mesmo numerador (
1 2 3 4
4 maior é aquele Que tiver menor denominador)
1
4
2
Nota:
4
4
59
b) Adição e subtracção de fracções com denominadores diferentes, reduzir as fracções
ao mesmo denominadores comum e calcula –se os numeradores e mantêm-se os
denominadores.
2 5 6 20 26
Exemplo: + = + =
4 3 12 12 12
(3) (4)
Passar depois um exercício no quadro resolvendo-o simultaneamente com os( as) alunos(as):
U d c m u d c m
4, 2 5 6, 2 5
+0, 1 9 7 - 4, 7 8
4, 4 4 7 1, 4 7
Verificando que todos entenderam o que foi feito, passe outros exemplos e, se perceber que
os(as) alunos(as) ainda têm dificuldades, voltar a explicar. Deixar que resolvam sozinhos
circulando entre as carteiras, observando o desempenho de cada aluno(a). Verificar se há
alguns/mas) que ainda mostram dificuldades na resolução e preparar exercícios de aplicação:
4,75 + 29,3 = 0,56 + 3,675 = 9,2 + 0,68 =
60
3.9 Multiplicação de números decimais
Se houver números decimais na multiplicação diga aos alunos que efectuem a operação como se
fossem números inteiros. No produto colocar da direita para à esquerda as casas decimais do
multiplicando mais as do multiplicador,
Orientar passo a passo a resolução do exercício.
24,7 x 0,36 =
d u d c m
2 4 7
x 0 3 6
1 4 8 2
7 4 1
0 0 0
8 8 9 2
157,5 3 78,93 6
007 52,5 18 13,15
015 09
0,0 33
0,03
97,8: 7 = 29,187: 2 = 73,54 : 3 = 86,26: 38 =
75,02 : 62 = 93,84 : 23 =
700 40
000
30,15 : 4,5 =
30,15 4,5
231,800 : 0,009 =
62
3.11 COMO ENSINAR A TEORIA ELEMENTAR DOS NÚMEROS12
Número primo é um número natural maior que 1 e que tem exactamente dois divisores positivos
distintos: 1 e ele mesmo. Se um número natural é maior que 1 e não é primo, diz-se que ele é
composto. Por convenção, os números 0 e 1 não são primos nem compostos.
O conceito de número primo é muito importante na teoria dos números, já facilita a obtenção da
decomposição em factores primos.
Colocando os números primos por ordem crescente temos que os primeiros elementos são:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97...
12
Teoria Elementar dos Números: utiliza somente os métodos elementares da aritmética para a verificação e comprovação das
propriedades essenciais do conjunto dos números inteiros e em particular as propriedades dos números primos.
63
Divisibilidade por 9. Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos for divisível por 9.
Divisibilidade por 10. Um número é divisível por 10 quando termina em zero.
O mínimo múltiplo comum (m.m.c.) de dois ou mais números é o menor número que pode ser
dividido exactamente por todos e por cada um deles. O maior factor comum a um conjunto de
números é chamado de seu máximo divisor comum (m.d.c.).
Para ensinar a teoria elementar dos números existe duas possibilidades:
a) Partir de certos exemplos e desenvolver conceito de números através de descrições e
aplicações. Via indutiva.
b) Partir de definições e, logo a seguir, detalhar, explicar e aplicar o conceito: via dedutiva.
A partir das primeiras classes a resolução de equações deve ser feita de maneira incidente, isto
é, sem definir o conceito de equação.
Exemplo: 4 + ?= 9, 24 - = 15.
Só nas últimas classes( 5ª e 6ª ) do ensino primário, depois de introduzido o conceito de
igualdade, é que se define a equação como igualdade que contem pelo menos uma variável.
Exemplo: equações na forma:
a x X = b ( 2x = 4,5)
e equação na forma . a 4
=b ( =16)
x x
À medida que os problemas se tornam mais complicados, o método algébrico vai se impondo
naturalmente ao método aritmético. Resolver equações fará parte das nossas actividade diárias.
Mas, o que significa resolver uma equação?
Resolver uma equação significa encontrar um número tal que, se for colocado no lugar da letra x,
torna a igualdade correcta.
64
No início da aprendizagem o professor pode ler o enunciado, se os alunos não tiverem a
capacidade da leitura. No entanto, é importante habituar pouco a pouco, o aluno a ler e a
interpretar o enunciado do problema.
Segundo Polya, a resolução dum problema pressupõe quatro fases, tais como:
Compreender o problema, isto é, interpretar o a informação fornecida:
Quais são os dados?
O que é pedido?
Registar a informação fornecida pelo problema?
Estabelecer um plano, isto é, escolher uma estratégia de resolução.
Já alguma vez já resolvi um problema semelhante?
Será que se fizer uma figura ou uma tabela me ajuda a resolver o problema?
Vou usar adição, subtracção, multiplicação ou a divisão?
Executar o plano, isto é, por em acção a estratégia escolhida.
Realizar todas operações algébricas
Avaliar a resolução.
Analisar os resultados.
Será que a resolução encontrada faz sentido?
Haverá outra solução?
Na resolução de problema pode se utilizar imagens ( modelo iconográfico) e símbolos
matemáticos ( modelo simbólico), que servem de suporte e para exprimir o raciocínio. Por vezes
utilizam os dois modelos simultaneamente porque os modelos simbólicos processa-se com maior
segurança quando efectuados a partir dos modelos iconográficos.
Objectivos:
Propor situações para avaliar comprimentos, usando unidades e medidas não
padronizadas e padronizadas.
65
Depois de desenvolvidos os conceitos, através de actividades em que as crianças usam
unicamente a sua percepção, deveram promover jogos através dos quais elas sintam
necessidade de medir comprimentos. Nesse momento é interessante não apresentar ainda a
unidade padronizada de medir comprimento, o metro, mas sim medidas arbitrárias como palmo,
pé, livro, borracha, lápis, varetas, mesas, para só depois utilizar a unidade- padrão.
Depois de ter desenvolvido actividades como essas, de medir com os pés e as tiras, pergunte
aos alunos:
"E possível, para uma pessoa que não conhece a Maria, saber o comprimento da sala se
eu falar para ela: a sala mede 10 pés da Maria?"
"E se falarmos nas tiras das atividades anteriores para uma pessoa que não viu as tiras? A
carteira mede 5 vezes uma tira. Será que ela vai saber o comprimento da carteira?"
Os alunos certamente vão dizer que o mesmo comprimento (da carteira, da sala) tem medidas
diferentes e que, se as pessoas não conhecerem essas medidas, não poderão imaginar o seu
comprimento. A partir dessas respostas, você poderá, com a ajuda deles, concluir, então, pela
necessidade de introduzir uma medida padrão.
Depois disso, o professor pode apresentar o "metro", (de preferência de madeira), do qual todos
já devem ter ouvido falar, e que em toda parte tem o mesmo nome e sempre tem o mesmo
comprimento.
As crianças, ao utilizarem o metro, logo perceberão que ele não vai resolver com precisão suas
situações-problema. Algumas vezes eles vão encontrar comprimentos um pouco maiores que o
metro, ou um pouco menores. O professor deverá então relembrar com os alunos as frações
decimais e sua representação como números decimais. Nessa ocasião, o professor distribui uma
fita de papel pardo para cada aluno, medindo um metro e pede a eles que a dividam em 10 partes
iguais. Ele mostra que o metro foi dividido em 10 partes iguais, e que cada uma dessas partes
vale um décimo do metro. Mas o termo certo não é um décimo do metro, mas sim decímetro.
Logo, em 1 metro temos 10 decímetros. Assim, a notação é a mesma da notação de número
decimal.
Logo: 1 dm = 0,1 m
66
3.12.2 UNIDADE DE MEDIDA: ÀREA
OBJECTIVOS:
Propor estratégias para o ensino das unidades padronizadas de medidas de área.
Indicar procedimentos que tornem o aluno capaz de transformar unidades de medidas de
área.
Para introduzir medidas de superfície deve-se:
1) Começar pelas unidades não patronizadas, através das seguintes actidades: medir o
tampo duma carteira, mesa, secretária e fazer comparação. Exemplo
OBJETIVOS
Propor situações que levem o aluno a perceber a necessidade de unidades padronizadas
de medida de massa.
Para trabalhar com a unidades de massa o professor deve começar explorar aos alunos se já
sabem o significado de pesado, leve, mais pesado, mais leve e outras comparações ligadas a
peso. E deve ser feito com objectos concretos.
67
O professor apresenta nesse momento uma balança à turma: é a balança de pesos , já que
inicialmente só vamos comparar entre si os pesos dos objetos.
Antes de iniciar qualquer atividade com a balança, as crianças devem primeiro observá-la bem,
examiná-la, mexer nela. O professor pode fazer p e r g u n t as como:
O que você vê na balança?"
Como a balança é feita?"
Para que servem os pratos?"
Como ficam os pratos na balança?"
Depois de feita essa observação minuciosa e depois de bastante diálogo, as crianças terão
condições de concluir que, quando os pratos estão vazios, eles se encontram no mesmo nível. A
seguir o professor deve colocar na balança dois objetos de peso igual, que já foram testados
manualmente pelas crianças e dos quais elas já conhecem o peso. Elas percebem que os dois
pratos permanecem no mesmo nível. A seguir, usamos outros dois objetos de pesos diferentes,
para que digam qual o mais pesado, antes de colocá-los na balança.
Introduzindo a Medida-Padrão: o professor apresenta então as unidades legais: apresenta o
grama e o quilo, dizendo que o quilo tem 1.000 gramas. As crianças manipulam
os objetos (os pesos); você vai ver como elas se divertem, observando a mesma forma sob
tamanhos diferentes.
Comente com elas que o menor peso se chama grama, que é a unidade da medida de massa, e
que cada um deles tem 10 unidades a mais do que aquele que o antecede. Assim
1 grama = 1g
1 decagrama = 10g
1hectograma= 100g
1kilograma = 10hg = 100dag =1000g
Você poderá ampliar as informações de seus alunos, explicando que as medidas menores que o
grama (o miligrama, por exemplo) só são usadas por especialistas, como os bioquímicos, na
fabricação de remédios, por exemplo. Na nossa vida cotidiana, usamos o quilograma e o grama
68
para nos referirmos ao peso dos objetos; assim:
OBJETIVOS:
Caracterizar as várias situações em que utilizamos a unidade de medida de tempo;
Propor atividades para o reconhecimento do sistema horário como distinto do sistema
decimal.
Antes de trabalharmos com as medidas de tempo, devemos desenvolver actividades através das
quais possamos observar:
Se eles conseguem ordenar ou seriar acontecimentos, nomeando, por exemplo, o que vem
antes e o que vem depois de algum fato.
Conseguem-se avaliar o tempo pela duração dos intervalos, através de um jogo de
composição, por exemplo, em que eles possam observar quem começou primeiro ou quem
acabou primeiro; nesse caso, eles mostram se conseguem relacionar velocidade com
tempo, e se não confundem.
Velocidade com espaço, achando que "mais depressa" é igual a "mais tempo", quando o
correto é o inverso (quem correu mais depressa, levou menos tempo, percorrendo o
mesmo espaço).
Conseguem-se definir a idade das pessoas pelo tempo vivido por elas, ao invés de basear-
se em qualidades ou fatos como "ser professor", "ser filho", "ser bom como a mamãe" e
outros.
Depois de aplicarmos actividades como essas, observando se as noções nelas
compreendidas são dominadas pelas crianças, podemos avançar no desenvolvimento do
conceito de tempo, como veremos a seguir.
69
O professor divide a turma em 4 grupos e estabelece tarefas diferentes para cada grupo. A seguir
distribui 4 velas, que devem ser acesas assim que o grupo iniciar a tarefa. Quando cada grupo for
acabando, apaga a sua vela. Você então pede aos alunos que comparem as marcas das quatro
velas utilizadas, e respondam à pergunta:
• "Que tarefa durou mais tempo?"
Nesta atividade, as crianças usam o consumo das velas como medida de tempo.
Outra atividade que pode ser desenvolvida é a que se faz com o auxílio da ampulheta e batidas
de pé. Como na atividade anterior, da vela, dê para os 4 grupos atividades diferentes. So que
dois desses grupos medirão o tempo gasto usando a ampulheta, e os outros dois medirão o
tempo contando as batidas do pé. Em geral, todos concordam com o tempo marcado pela
ampulheta, e dizem qual dos dois grupos executou a tarefa primeiro. Mas quando se trata de
bater pés, há muita discussão e dúvidas,
alegando-se por exemplo que um grupo
contou mais rápido que o outro.
70
Finalmente, o despertador é usado para a percepção de intervalos precisos.
As actividades iniciais devem ser propostas com pequenos intervalos de minutos, por exemplo: 5
minutos. Você pode propor à turma uma tarefa qualquer, mesmo que não seja de Matemática,
como uma corrida ou um giro em torno de uma mesa. Diga a eles que, quando o despertador
tocar, eles devem parar. Repita essa actividade durante vários dias, variando as tarefas, até que
as crianças sejam capazes de fazer uma estimativa do que seja um intervalo de tempo de 5
minutos.
A partir de então, proponha actividades com intervalos maiores. A hora é um intervalo muito longo
para uma criança, longo demais para se fazer uma atividade e longo demais para se conservar na
mente sem ajuda.
Para isso, aconselhamos o uso do despertador, não muito estridente para não assustar, que
esteja regulado para tocar de hora em hora. As crianças, ouvindo-o tocar todas as horas, saberão
que passou mais uma hora.
Lendo as Horas
Quando a criança completa dois anos na escola, já deve saber ler as horas, os quartos de hora e
as meias horas. Para isso, devemos fazer algumas atividades em que elas usam o relógio, como
estas, por exemplo:
Faça no pátio um relógio sem ponteiros, como o do modelo abaixo:
Peça a uma criança que se coloque no centro do relógio, para ela servir de ponteiro. O seu
braço esquerdo vai ser o ponteiro grande, e sua perna direita, o seu ponteiro pequeno.
Converse com elas sobre a representação da hora; fale dos ponteiros e da posição deles
no relógio.
A seguir, peça que marquem, por exemplo, 4 horas. O seu braço esquerdo deverá ficar virado
para o 12, e sua perna direita, apontando para o 4. Mostre que, quando passar das 6 horas,
devemos inverter os braços e as pernas: o braço direito passa a apontar para o 12, e a perna
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esquerda aponta para o número que representa as horas. Para os intervalos de 15 minutos e
meia hora, você pode utilizar a mesma atividade. A criança mostra as com o próprio corpo as
horas
Podemos também utilizar um relógio de cartolina para cada aluno, de modo que eles marquem
nos seus relógios a hora assinalada.
Mais tarde, peça que marquem os minutos, assínalando-os por traços no relógio. Faça a mesma
actividade das horas, utilizando o relógio de papelão, para fazer também a leitura dos minutos.
Depois de muito trabalhar nessa leitura, leve o aluno a perceber que "em uma hora temos 60
minutos". Use o mesmo método para trabalhar o segundo.
Vamos agora abordar a noção de dia. Para isso, sugerimos a seguinte actividade: cada manhã,
quando a criança chegar à escola, deve colar uma fitinha colorida numa cartolina, presa num
mural, para representar os dias passados na escola. Depois de procederem assim durante várias
semanas, as crianças serão levadas a considerar os dias sem aula (sábado e domingo) e marcá-
los com uma fita branca.
Depois de pedir às crianças que contem os dias de aula e os dias passados em casa, elas
registram o total dos dias da semana. Pergunte, então: "Como se chama esse grupo de dias?"
Algumas crianças — ou todas elas — responderão: "Semana", pois esse nome já lhes deve ser
familiar. Elas vão concluir na contagem que há sefe dias na semana, dos quais 5 são para ir à
escola e 2 são os dias em que ficam em casa. Depois, é só ensinar o nome dos dias da semana,
que elas vão memorizar. Aproveite a necessidade de fixar a sequência dos nomes dos dias da
semana, para trabalhar também a noção de ordem. Pergunte, por exemplo:
o "Qual o primeiro dia da semana?"
o "Qual o que vem antes de sexta-feira?"
o "Qual o dia que vem depois da quarta-feira?"
o "Qual o dia que está entre a sexta-feira e o domingo?"
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• "A quarta-feira vem quantos dias depois da segunda-feira?" . . ..
As crianças, desde cedo, já estão acostumadas a ouvir os nomes dos meses do ano. Uma
atividade que pode ser desenvolvida com elas é a construção de um calendário, observando os
meses que têm 30 dias, os que têm 31 e o único que tem 28 ou 29 dias. Discuta com as crianças
o porquê da variação de um dia no mês de fevereiro. Esta última noção só deve ser trabalhada
quando as crianças já tiverem cursado uns três anos de escola.
Atividades como as abaixo ajudam as crianças a fixar essas noções referentes ao ano e aos
meses do ano; veja: Um ano tem 12 meses: JANEIRO, FEVEREIRO, MARÇO, ABRIL, MAIO,
JUNHO, JULHO, AGOSTO, SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO DEZEMBRO.
Um dos conteúdos que têm constituído. Sérias dificuldades para um número considerável de
professores ( as) do Ensino Primário é exactamente a redução de unidades de medida.
Para facilitar o ensino das unidades de medida, é importante que o professor(a) utilize material
didáctico para cada conteúdo, isto é, palmo, lápis, caneta, pau de giz, o pé, o passo, a banda
ou faixa de papel, fitas métricas, garrafas, enfim, todo o material ao seu alcance para melhor
atingir os seus objectivos.
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O professor com o material que possui e, mesmo algum que os seus alunos trouxeram de casa,
distribui algumas actividades que estes executarão sob sua organização e orientação, que são:
Colocadas estas actividades, o professor deixa que os alunos façam o seu trabalho procurando
eles mesmos a descoberta das possíveis soluções.
Nota:
1-Para transformar uma unidade de comprimento maior para menor, multiplica-se por 10, 100
ou 1000, ou desloca-se a vírgula uma, duas, ou três casas para directa,
Exemplo: 8 dam= 80m ou 3,4km=3400m.
2- Para transformar uma unidade menor noutra maior, divide-se por 10, 100, 1000 ou seja
desloca-se a vírgula uma, duas ou três casas para esquerda.
Exemplo: 785dm=7,85dam ou 9,8 mm=0,0098m
Os múltiplos do metro quadrado são medidas maiores que o metro quadrado conforme se vê no
quadrado anterior. Assim, tem-se a seguinte relação:
1 dam' = 10mx 10m = 100m2
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I hm2 = 100 m x 100 m = 10 000 m2
I km2 = 1000 m x 1000 m = 1 000 000 m2
Exemplo: Transformar
a) 3 m2 em dm2: 3 m2 = 300dm2
b)
3,8 cm2 em dm2: 3,8 cm2 = 0,038 dm2
Trata-se de medida de volume: m3, cm3, mm3 ( variam de 1000 em 1000 ), os passos a serem
seguidos na redução são os mesmos aos já vistos em exemplos anteriores.
Exemplo: 3m3 em cm3 : 3m3=3000 cm3 .
Conclusão
Unidade IV - Avaliação
Definição:
É Um componente do processo de ensino-aprendizagem que visa, através da verificação,
qualificação dos resultados obtidos, determinar a conrespondências destes com os objectivos
propostos e daí orientar a tomada de decisões em relação ás actividades didácticas posteriores.
Importância da avaliação:
Permite adequar o processo de ensino e aprendizagem a favor dos alunos em função das
informações que ela proporciona; permite a determinação da extensão e a qualidade em que os
objectivos foram alcançados.
Objectivos da avaliação:
Diagnosticar dificuldades na aprendizagem; detectar progresso na aprendizagem; avaliar
os objectivos estabelecidos para: melhorar o ensino e aprendizagem, fornecer notas e
relatórios, utilizar os resultados para outros fins escolares.
Modalidades da avaliação
Vejamos as seguintes modalidades da avaliação:
a) Diagnostica: realiza-se no início do ano lectivo, trimestre ou durante o processo de
ensino-aprendizagem. Para localizar alunos quanto a capacidade e conhecimentos que
possuem ou determinar as causas de dificuldades persistente nos alunos.
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b) Formativa: Realiza-se durante a execussão do processo de ensino – aprendizagem. Para
determinar o progresso a aprendizagem quanto aos objectivos.
c) Sumativa ou cumulativa: realiza-se apòs uma unidade, um trimestre ou um certo periódo
escolar. Para determinar o grau de execução dos objectivos a que se deu ênfase no
processo do ensino-aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação devem ser escolhidos e elaborados a partir dos objetivos de ensino
propostos nos diferentes domínios da aprendizagem: afetivo, cognitivo e motor.
Vejamos algumas técnicas e tipos de instrumentos de medida utilizados:
Exercícios;
Testes ou provas;
Trabalhos individuais (solicitados pelo professor ou apresentados voluntariamente);
Conversa com o aluno, dirigida ou informal (entrevista);
Fichas de auto-avaliação;
Avaliação cooperativa — muito utilizada em trabalho de grupo;
Observação dirigida ou informal.
Ao elaborar testes ou exercícios de verificação do rendimento intelectual de seus alunos, o
professor deve ter os seguintes cuidados:
Elaborar itens ou questões de acordo com os objetivos do ensino;
Variar os tipos de questões: subjetivas, isto é, que permitam respostas mais longas e
elaboradas; e objetivas, de resposta imediata, do tipo múltipla escolha, acasalamento, etc.
Dosar o índice de dificuldade das questões, incluindo questões consideradas fáceis,
difíceis e de dificuldade média;
Enunciar claramente o que pretende medir;
Valorizar a organização do pensamento do aluno, utilizando questões subjetivas sempre
que possível.
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BIBLIOGRAFIA
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