- Período mais engajado da arte brasileira foi entre 60-70;
- Glauber Rocha, A estética da fome (1965); Propõe uma ruptura com a cultura/padrões da sociedade civilizada; Essa ruptura ocorreria de forma violenta, através de filmes grosseiros, tristes, feios; Segundo Glauber Rocha, a ideia é que os filmes sejam incômodos para o espectador, especialmente para o espectador civilizado; A textura, a forma, do filme deve representar essa miséria, essa fome; A precariedade técnica não deve ser vista como um obstáculo, mas como uma riqueza de recurso; A fome não é só assunto, mas uma metáfora para a estética desse movimento; A diferença entre a geração de 30 e o Cinema Novo se dá no objetivo do engajamento, enquanto a geração de 30 se resumiu a denunciar, o Cinema Novo tem como projeto político, além de denunciar, fazer algo sobre a miséria; há um compromisso político; Há um desejo de inserção na cultura, esse desejo ocorre com a associação ao campo literário, como forma de elevar o status do cinema de uma 'arte menor' para algo 'maior'; - Vidas Secas, 63, Nelson Pereira dos Santos: Uso de atores não especializados, locações não feitas em estúdio, com o objetivo de dar uma sensação de documentáro; Apesar dessa sensação, o filme não pretende apenas documentar a realidade, mas comentar, denunciar e agir sobre ela; Rubem Braga cunhou o termo "romance desmontável", se referindo a possibilidade de ler o romance em diversas formas; No entanto, com Antonio Candido, vemos que há uma estrutura circular no romance, o que impossibilita essa leitura 'aleatória';