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efdepazes Proposta de tratamento fisioterapéutico em fratura do tipo joelho flutuante Propuesta de tratamiento fisioterapéutico del tipo rodilla flotante *sitwrapeuta, Cerro de Cléncas da Sai edo Esporte - CEFID Caroline Pereira Martins ‘Unversidade do Estado de Snta Casing = UDESC Daniela Junckes da Silva Mattos* (Gril on junckee natal com As fraturas ipstatoras do fémur e da tia sim sido chamadas ce lesbes tipo “jcho ftuats” e poder inchircombinagbes de faturas cats, meats ¢ varatclres. sls lesde ocrrem, mols reqbentemente, no pate polloumsizado, por auras de alta energis © oeavear em exenso Tesbo getene de teados moles, So fatras saa, usvaknenseaeocacae 3 ouzos acormsumantos graves, com afta reco compleagies, deve elas duane infer, perda excess de sangue, vomboerbolsmo,snerone comparmental, mi consoldari, consolacie tarda ou ne exrslidoso, raider co joc, hosptazaco polongade © ebilade em sustentar paso, Motasdessastature #89 expstas © assocadas a esis vescutes Este esto tem 8 fide Ge ‘altar caso ce suo co sexo masculine, 31 anos, polfraumatzace com fatwa do tpe Jose Muara (ke) em mamaro Pferor esquerdo seu wotarento fsepeusco nafs hospital: aera pre da reabitarso:exericesresprario, slongarestos eforalecmento ce MMT. Ro Fa do tratamento, oblevese aumento de todos os gfeus avlados prevamente de ADM aca e rarutencdo ca fungao muscular resprat Uma maior evalgao fo Imad devdo & infecrie de teidos moles © 3 no corsoldardo 9 fata, Adiconalmente a forma do exablzazo do membre no permiu robllzarSo orecoce de 0705 ‘alges skim do toronto no membre acomet. Unitermos: Josh rzuate, Pscterapa, Faturasipslaterais, Reabitaso Abstract “The Ipslaterals femur and bia atures have been elle as “floating kree” ard cn Include Indude combination of daphysal, mezaphysea and int aula fractres. These nes occur mare equert in potraumatzed ral, high-energy wauma wth atansve skal and sf sues damages. They 2c Serious jr and usa ssociste wih ether eta eases, wih high Hk eomelenons reported suchas nude edo, excessive hed ls, fk emblism, ‘alumi, celayea or nenunion, knee stress, prlonged Respalzation and iaoly to dear walt. Many ofthese Factures are open and ated to vasa Injures. The purpose of this study to describe a case of 331 years ran, paused with Mean knee rctre (le) net over In ands physiatheapy treatment at he inve-osptasr phase. The retaliation Include resptary exrcses, muse setcing sd svengihening exercises of ower limb. The resus at the end ofthe weatmant wore: Incase ofthe range of mation. te anasd aPecaltons ard muscular and rspratory functon martnance. high ‘raion was Umted bythe soft se infection and the none fracture. Adtionaly te Kno sabileation dd nots ebxy moolzain of eer Joes Beyond naan of he ect mo. ‘Keywords Hoating kre. Ipslutor fractures, Pysctherapy.Rohaitation tp: efdeportes. com! Revista Digital -Buenos Alves - Ao 14-N? 132 -Mayo de 2000 an Introdugao As fraturas ipsilaterais do fémur e da tibia tém sido chamadas de lesées tipo “joelho flutuante” e podem incluir combinacdes de fraturas diafisérias, metafsérias e intra-articulares (BRAGA et al, 1999; LUNDY E JOHNSON, 2001; HEE et al, 2001; CHALIDIS et al, 2006). Estas lesdes ocorrem, mais frequentemente, no paciente politraumatizado, por traumas de alta energia e acarretam em extensa lesdo dssea e de tecidos moles (CHEN et al, 2000; HEE et a, 2001; LUNDY E JOHNSON, 2001; HEE et al, 2001; CHALIDIS et al, 2006). O acidente de tréfego & 0 mecanismo mais, ‘comum de trauma, relacionado em 97% dos casos. Existe uma preponderancia entre homens, particularmente jovens ‘adultos na feixa etéria entre 20-30 anos (CHEN et al, 2000; FOGAGNOLO et al, 2002; CHALIDIS et al, 2006). Esta lesdo aumenta sua frequéncia de em proporcao ao crescimento populacional, numero de veiculos nas rodovias e alta velocidade no transito (RETHNAM et af, 2007) So fraturas sérias, usualmente associadas a outros acometimentos graves, com alto risco complicagdes, dentre clas incluem-se: infecco, perda excessiva de sangue, tromboembolisma, sindrome compartimental, mé consolidago, onsolidagao tardia ou no consolidaclo, rigidez do joetho, hespitalizagao prolongada e inabilidade em sustentar peso (DOYLE E OLIVER, 1998; HEE et al, 2001; RETHNAM et al, 2007). Multas dessas fraturas so expostas, com associagio de lesbes vasculares (FOGAGNOLO et af, 2002). A estabilizagio cirdrgica de ambas as fraturas e a mobilizaco precoce produzem os melhores resultados clnicos (FOGAGNOLO et af, 2004). Todavia, no existe consenso quanto a um tratamento étimo destas complexas fraturas (CHEN et al, 2000). Conhecimentos da fisiologia do sistema musculoesquelético mostram que @ mobilizagéo eo estresse progressivo favorecem a cicatrizagio tecidual. Os programas atuais de reabilitago sto desenvolvidos para melhorar os sintomas, restaurar a mobilidade, incrementar a funcdo muscular e recuperar a agilidade © 0 Ccondicionamento, para que o paciente retorne as suas atividades de vida diéria (AVD) ou aos esportes, como também preconiza a prevencéo de novas lesGes (FUCHS E FUCHS, 2001). Desta forma, este estudo tem a finalidade de relatar caso de paciente politraumatizado com fratura do tipo joelho flutuante e seu tratamento fisioterapéutico na fase hospitaar, Relato do caso Sujeito do sexo masculino, 31 anos, fruticultor, natural de Curitiba - PR, procedente de Séo Joaquim - SC, politraumatizado (fratura de céndilo femoral, fratura exposta de platé tibial e patela do membro inferior esquerdo (MIE) confirmados pelo exame radiogréfico), ferida infectada na face anterior do joetho esquerde (colénias de pseudomonas aeruginosa e enterococcus faecalis a0 exame de cultura), decorrente de acidente de motocicleta, com trauma direto do joelho esquerdo contra placa de conereto. A fratura foi imobilizada imediatamente por meio de fixagSo externa (bloqueio de extensio ¢ flexSo de joelho), posteriormente, retirou-se 0 fixador € 0 membro foi mantido em tragio transesquelética da tibia em férula. Sinais vitais estéveis e dentro do padréo de normalidace. Relata 54 anos-maco. Queixa-se de dor em MIE (EVA=10) apés a tragéo. Edema de tornozelo esquerdo (8 inspesao, palpacao e perimetria) e sinals de escorlagbes. Dor & palpagio do pé esquerdo quando mobilizado, ‘A fim de preservar a fungio pulmonar (murmario vesicular presente e sem ruidos adventicios bilateralmente & ‘ausculta pulmonar) foram conduzidos exercicios respiratérias (inspiracéo e expiracéo maxima e respiragéo em tempos). Devido & diminuigo da amplitude de movimento (ADM) do tonozelo esquerdo e da flexao de quadtil dreito = em relacdo a0 membro contralateral, € com o objetivo de manter 2 ADM das demais articulagSes dos membros inferiores (MMII), realizaram-se alongamentos ativo-assistides (misculos: dorsilexores, plantiflexores, flexores dos dedos, isquiotibiats, triceps sural e gastrocriémio). Apés a traco, os exercicios de MIE limitaram-se a mobilizagies de antepé, dedos e do tecido epitelial periférico aos pinos da tragio. Apesar de a funcdo dos grandes grupos musculares apresentar-se com grau 5 (KENDALL, 2007), com excegdo dos plantifexores do MIE (grau 4), 0 tratamento teve como finalidade, também, a manutengo da funcdo. Desta forma, foram realizados fortalecimento de MMII (misculo triceps sural, gastrocnémio, tibial anterior, quadriceps, isquiotibiais, gliteos, flexores de quadrl, abdutores e adutores) ‘e membros superiores (MMSS) (misculos: supra espinhoso, deltéide, trapézio, rombéides, rotadores mediats e laterais do ombro) com resisténcia manual, bem como fortalecimento da musculatura abdominal. Ao final do tratamento, ‘obteve-se aumento de tados os graus avaliados previamente de ADM articular e manutengo da fungdo muscular e respiratéria, © termo “joetho flutuante” foi primeiramente introduzido por McBryde em 1965 (DOYLE e OLIVER, 1998). 0 mecanismo de leso das fraturas do tipo joelho flutuante ~ trauma direto de alta energia - é bem estabelecido na literatura e concorda com 0 caso relatado. A incidéncia de fraturas expostas & muito alta, aproximadamente 50-70% fem um ou ambos locals fraturados (CHALIDIS et al, 2007). A combinago mais comum é fratura fechada de fémur com frature exposta de tibia. Em estudo relatado por Chalidis et al. (2007), de 89 lesdes tipo joeiho flutuante, 55 eram fraturas expostas, 32 tibiais, 3 femorais e 20 ambas (tibiis e femorais). A leséo ligamentar associada a fraturas ipsilaterals femoral e tibial so bem documentadas e ocorrem de forma bastante grosselra, De acordo com © mesmo autor, existe uma classificagdo da lesdo de acordo com 0 envalvimento do joelho, O tipo 1 é uma lesdo "verdadeira’, com fratures extra-articular de ambos ossos. 0 tipo II, por sua vez, subdivide-se em trés grupos: tipo Ila, com fratura da didfise do fémur e no platé tibial, tipo Tb com fraturas no fémur distal © didfise da tibia e tipo Tic com envolvimento do fémur distal e plat6 tibial, Comparando as duas classifiagées, fraturas do tipo II com envolvimento intra-articular tem sido relacionado a maiores taxas de complicagdes e plores resultados funcionais do que fraturas do tipo I (CHALIDIS et at, 2007). 0 politrauma do sujeito deste estudo é, desta forma, classficado como fratura do tipo Me. Fraturas femorais ou tibiais por si sé apresentam problemas e complicagées terapéuticas e levam a permanentes impactos funcionais, entretanto quando estas ocorrem simultaneamente no mesmo membro, 0s riscos de ‘complicages so aumentados e os resultados finais séo piores (KARLSTROM e OLERUD, 1977). Varios estudos tém se preocupado com o tratamento da fraturas ipsilaterals de fémur e tibla. Os avangos nos métodos de fixagéo interna permitem aos cirurgiées ortopedistas recomendar tratamento mais agressivo, com estabilizagao de ambas as fraturas, integradas em um sistema que permita mobilizagao precoce do paciente, o que facta um cuidado melhor e répido retorno & mecénica respiratéria normal (KARLSTROM E OLERUD, 1977; CHALIDIS et al, 2007). Fogagnolo et al. (2002) acrescenta, que com o desenvolvimento de novos implantes, a evolugo no conhecimento da fisiopatologia do paciente politraumatizado e da técnica operatéria, tornou-se clara a importancia da estabilizacio cirirgica precoce de ambas as fraturas na reabiltacéo funcional e na reducdo dos indices de morbi-mortalidade. Dentre as varias indicagées do fixador externo, 0 uso na fratura exposta e no polifraturado & frequente (MERCADANTE et al, 2003; CHALIDIS et al, 2007), Nessas situages recomenda-se a utilzagdo de fixador externo uniplanar unilateral (linear), por evitar maior lesdo das partes moles, preservar a vascularizagio éssea e ser de facil e répida instalacdo. (MERCADANTE et ai, 2003) Em relagdo ao tempo de consolidacéo da fratura, podem ser listados fatores influenciadores como: idade avancada, {quantidade de anos-maco até o momento da lesdo, indice de severidade da lesdo, fraturas cominutivas e expostas. A incidéncia de infecgio e osteomialite é relativamente alta em "joelhos flutuantes', especialmente em fraturas expostas @ do tipo TT (CHALIDIS et al, 2007). Diversas caracteristicas deste paciente contribuem para maior tempo de internagio: fratura cominutiva e exposta, ferida infectada, tempo de 54 anos-maco como fator dificultante da cconsolidacéo e, desta forma, a probabilidade de complicagdes associadas ao tempo de internago hospitalar aumenta. Quanto aos resultados funcionais em lesdes do tipo “joelho flutuante", dentre os fatores que afetam significantemente estas respostas estio: envolvimento da articulacao do joelho, severidade de dano ao tecide mole na tibia, tempo de fixagdo apés lesio tibia/femoral e severidade das fraturas expostas (CHALIDIS et al, 2007). De acordo com a literatura, em les6es intra-articulares (tipo II), bons ou excelentes resultados sdo relatados em apenas 24% dos pacientes. A dificuldade em resultados funcio de reconstrugdo destas lesdes e a uma malar morbidade por lesio severa de tecidos moles (CHALIDIS et al, 2007). satisfatorios em lesies do tipo II, deve-se 2 complexidade 0 tratamento atingiu objetives definidos para a fase intra-hospitalar: preservar mecéinica respiratéria, forga de membros superiores e inferiores, além de aumentar a ADM de MIE, Entretanto, a evolugao do tratamento foi limitada devido & infecco de tecidos moles e a no consolidacio da fratura. Adicionalmente, a forma de estabilizaco do membro néo permitiu mobilizacio precace de outras articulagées além do tornazela no membro acometido, Referéncias bibliogrsficas © BRAGA, G. F; CUNHA, FM. da; LAZARONI, A. P. Instabilidade do Joelho associada & fratura do fémur. Revista Brasileira de Ortopedia. v. 34, p. 329-332, 2004. ‘+ CHALIDIS, B; METHA, S. S.; TSIRIDIS, ; GIANNOUDIS, PV. 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