Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho, dente por dente’. Eu porém vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece- lhe também a esquerda.
- O condenado toma a cruz em seus ombros, a apoia na face e segue seu
caminho final. Com passos vacilantes e corpo cansado ele não caminha cabisbaixo, com olhar para o chão. De outra forma ele ergue, juntamente com a cruz, seu rosto e olha para frente. Jesus assume de peito aberto sua pregação, assumindo a cruz material e moral e oferecendo seu rosto aos insultos mais diversos. Mas carrega a cruz com a face erguida.
- Carregar a cruz demanda dignidade e coragem. As multidões anônimas que
entrecruzam nos caminhos da vida ilustram muitos rostos de carregadores de cruzes. Tem a cruz carregada com amor e paciência, daqueles que, por exemplo, que lutam por justiça e paz. Essas cruzes não encobrem os rostos de seus carregadores, antes os revelam como estampas que anunciam o Evangelho pregado e cumprido. São os inúmeros que oferecem a “cara” a tapa destemidamente para que as cruzes do mundo continuem a serem levadas com mansidão e coragem. Cruzes pesadas e rostos realizados: multiplicai-os, Senhor!
- Senhor Jesus, queremos oferecer nossos rostos em todos os momentos
de nossas vidas. Queremos carregar nossas cruzes com sorrisos nos lábios e esperança no olhar. Às vezes carregar a cruz nos torna feios, carrancudos. Quando se bater sobre nós essa tentação ensinai-nos, ó Senhor, a oferecer nossa outra face: aquela que nos mostra como seus discípulos.