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MAW116-AlgLin1 (UFRJ/2020.1) Notas 1  Prof.

Lu iana Salgado 1

Nome: ................ ................ ................ ................


Anotações e exemplos.

1 Noção de Relação e Relação de equivalên ia

Na teoria de onjuntos temos uma noção muito importante: a de Relação.


Por exemplo, onsidere o onjunto dos números inteiros Z = {· · · , −2, −1, 0, 1, 2, · · · }.
Com respeito a este onjunto, podemos denir uma "relação de pertinên ia"(perten e ou não per-
ten e) que rela iona um elemento ao onjunto todo.
Usamos os símbolos (notação) ∈ e ∈
/ para indi ar se um elemento perten e ou não perten e ao onjunto
dado.

No aso do onjunto dos número inteiros, 4∈Z e π∈


/ Z. Ou seja, o número natural 4 perten e ao
onjunto Z, enquanto o número irra ional π não perten e.

Observação: Veja que esta é uma relação entre objetos diferentes. Rela iona um elemento (número)
a um ojunto maior (Conjunto dos números inteiros).

Uma outra relação que podemos estabele er é entre onjuntos. Ou seja, quando um onjunto é
sub onjunto de outro maior.
Por exemplo, o onjunto Z é um sub onjunto do onjunto dos números reais R. Neste aso, omo é
bem sabido, dizemos que Z está ontido em R ou que R ontém Z. Neste aso, a notação é Z ⊂ R que
signi a está ontido; R ⊃ Z para  ontém.

Outra relação bem onhe ida é aquela que trata de igualdade entre frações representantes da mesma
parte do todo.
1 2 5
Exemplo:
2 = 4 = 10 .

2 Relação de equivalên ia
Uma relação  ≡ sobre um onjunto A (uma relação entre os elementos deste onjunto) é uma equivalên ia
se, dados quaisquer elementos a, b, c ∈ A, valem as seguintes propriedades:
1. Reexividade: a≡a (o elemento a se rela iona om ele mesmo);

2. Simetria: a≡b⇒b≡a (se a se rela iona om b, então b se rela iona om a);


3. Transitividade: a≡b e b ≡ c ⇒ a ≡ c (a se rela iona om b e b om c, então a se rela iona om c).
Note que a relação de igualdade entre frações é, na verdade, uma relação de equivalên ia. Ou seja,
as frações são equivalentes por representarem  a mesma parte do todo.
Ao onjunto de todos os elementos que estão rela ionados por uma relação de equivalên ia damos o
nome de Classe de equivalên ia.

2.1 Classes de equipolên ia entre segmentos orientados

No ontexto da nossa dis iplina, estudamos os segmentos orientados no espaço, atribuindo a eles direção,
sentido e omprimento.
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Vimos que dois segmentos orientados (A, B) e (C, D) são equipolentes se têm a mesma direção, mesmo
sentido e mesmo omprimento.

De fato, essa relação de equipolên ia é também uma relação de equivalên ia.


Chamamos a lasse de equivalên ia entre segmentos equipolentes de vetor.
Ou seja, geometri amente, um vetor ~v é um representante de um onjunto de segmentos orientados
que têm mesma direção, mesmo sentido e mesmo omprimento.

Mas, omo podemos per eber, a relação de equipolên ia trata de segmentos orientados, enquanto a
relação de igualdade entre frações é entre números.
Ambas são relações de equivalên ia, mas são relações diferentes.

3 Exer í ios

Verique:

1. (fonte:UFPE) Suponha que R é uma relação sobre o onjunto das palavras de forma que a palavra
a se rela iona om a palavra b se seus tamanhos forem iguais, i.e., aRb ⇔ Tam(a) = Tam(b). R é
uma relação de equivalên ia?

2. (UFPE) Seja R uma relação entre números reais tal que aRb se, e somente se, a−b é inteiro. Esta
relação é de equivalên ia?

Referên ias
[1℄ Halmos, P. - Teoria ingênua dos Conjuntos.

[2℄ Camargo, I. de, Boulos, P. - Geometria analíti a, um tratamento vetorial.

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