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VITÓRIA, CAPITAL BRASILEIRA DO FASCISMO

Durante muitos anos, o monstro da idéia de um regime totalitarista baseado em conceitos


morais permaneceu adormecido. A maioria das pessoas se quer acreditavam que esse
espectro poderia voltar a rondar e pior, se instalar no governo de forma tão xucra vencendo
uma eleição usando as mais manjadas das armas, as mesmas utilizada por tiranos que
devastaram boa parte do mundo na primeira metade do século XX: a mentira e a manipulação
mídia.

No Brasil, o movimento espelhado em Adolf Hitler e Benito Mussolini, pais do nazismo e do


fascismo ganhou o nome de integralismo e tinha como principal expoente Plínio Salgado, teve
como palco principal a cidade de Vitória em 1934 que sediou o I Congresso Integralista no país
que definiu os rumos do movimento que devido ao risco que oferecia foi extinto em 1937 e
que ressurgiu em 1945, logo após a II Guerra, disfarçado de partido político, o PRP - Partido da
Representação Popular - extinto em 1965 e que sempre teve a simpatia de parte da população
capixaba. Essa queda do Espírito Santo pelo totalitarismo e extrema direita ficou explícita nas
eleições de 2014 com a expressiva votação recebida por Aécio Neves, um dos mais notório
corruptos da atual política brasileira flagrado em áudios pedindo propina e até mesmo
ameaçando um parente de morte. As manifestações a favor do impeachment da ex presidenta
Dilma foi um segundo estágio do despertar desse monstro. Do alto de suas varandas gourmet,
a classe média capixaba, batia suas panelas de inox e comemorava um golpe de Estado com
festas que fechavam a Terceira Ponte. Lembrando que a maior parte dos integrantes dessa
classe só conseguiu protagonismo financeiro durante os governo do PT que facilitaram o
crédito e promoveram políticas econômicas que impulsionaram a industria no Espírito Santo,
principalmente na cadeia do petróleo.

O terceiro estágio, no qual nos encontramos hoje, que assustaria até mesmo Plínio Salgado e
seus seguidores, tem seu início na campanha à presidência de Jair Bolsonaro, baseada na
desinformação, exaltação do totalitarismo e ódio às minorias, transformando o Partido dos
Trabalhadores no inimigo número um do país.

O capixaba parece voltar a 1934 todas as vezes que fecha a Terceira Ponte aos domingos
exigindo o fim de direitos trabalhistas, o sucateamento da economia nacional e a violência
como política de segurança. Parece que Plínio Salgado deixou sua semente muito bem
plantada por aqui.

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