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AFRESENTADA PELO EXMO. S(\1R. PRESIDENTE DO ES­

TADO DO ESPIRITO SANTO, DR. FLOREMTIMO ÁVIDOS

AO CONGRESSO LEGISLATIVO, A 15 DE JUNHO DE 1928,

CONTENDO DADOS COMPLETOS DE TODOS OS SER­

VIÇOS REALIZADOS [\!Q QUADR1ENN1Q DE 1924 — 1S28.


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Introducçfiò.. *. v . . . . : . . . . - . . • t *• . . •» .* 5 v.
Ordem Publica" N acional.................................. #
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Relações com ã União e os E sta d o s.. *•. ... S


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E le içõ e s.. . . . . . . . . . . . . . . ....... • 27 •
Relações com o Legislativo e.com os M unicípios.. . f . .. .. . . .. 35 $

V III Congresso, de Ceograpiúa.V . . *YI" t . ...............; . . . :.................. 36 f. -#


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Poder Judiciário. . v . . V . . . ........................................................... 38
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Auxiliares Directos da Administração. . . . . . . . 43
V .
Reforma Constitucional — Suecessão Presidencial . 45 , •
Corpo Consular........................ *. . .• . . . . ; ............ V . 47 <41
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Ordem Publica do Estado — Repressão '£0 jo g o .. . . .4 9 f

50 •
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Hygione Publica. • v*. •• • -••• •• • ? .................... ....................... 58


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Serviços de Prophylaxià.................................................................................. 62 •

*■ Regimento^ Policial M ilitar .........................: ................ • • • 9 I • •• 64 ^ * V 4


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71
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Ensino Secundário — Ensino Particular o . M unicipal!. *>
90 »
Magistério Prim ário.............................................. .... 9qq*
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Secretaria da Fazenda. . . . . . . . . . .............................. .. .". . . . . 103
Situação Financeira Aetunl do Estado.. . . . .............. ........................ 105
Arrecadação Global de Junho de 1924 a Junho de. .1923............... 112
Quadro do emprego de toda a arrecadação.............. ............................ 112—11&
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E x p o rta ç ã o .............................. J30
' Serviço do Defesa do Caf6................................. ...................................... f 133
Empréstimo do Banco ítalo Belga.......................................................... 138
Banco do Espirito Santo............................................................................. 140
Divida Interna.,. .......................................................................... . . 141 . .
Caixa “Jcronymo Monteiro” ............................ V .. . . : . /. 142
Dividas Externas — Empréstimo 908.................................................... 147—177*
Dividas E xternas—< Empréstimo 1919............ ? » ................................ 1.77 ,
Secretaria da Agricultura..................................... .................. ’ .............. 178 ‘ . *
Secção de Agricultura e P ecuaria................................................................ 179
Pccuaria................... ............................................. x . ,.v . »!. . . . . 189
E x p o s i ç õ e s . . . . . . ................. .* . v . . . : . .............. 194 *
Secçâo de Terras e Colonisação............. ... ...................... .. . . . . . S: 205
Directoria de Viação, Obras Publicas,. Industria/e Commeréío• . . / 213. V
Estradas de Rodagem.. ............... . . . \ . j r - . y ^ j .*/ . , 213
Pontes-.. .................................................. ^ . . . . . . . . . . . . 224
Edifícios Públicos — Escolas.. . . , . . , ;. , ^ . : ............ 223
Rede Tclcphonica Estadóal.. .. .. ... ,. .. /. .. i# 233
Navegação Fluvial..; ........................ .. .. §. _ ^35 * :
Navegação Marítima.............. . . \ . . . >. .......................... 237
Serviço» Diversos............. . . . . . . . . . . . . . ............................ 239 .•
Estradas dc F erro.. . / ♦ ! * ................. . ................. .. . 249
Melhoramentos de Victoria.. . . . . . . . . . .. . . .. . ’ . ^ V; 273 > -
Ruas e A venidas.. .rc , : . . .; , . : . . . : / . v. . . .; 1: f»276
P™#1*.................................... * • •'/ • j . .*/.>.. . . v- .v ;. .. 284
Bairro Jucutuqnara.. •........................ , , ................... . . . . . • 285 •
Edifieios P.ublicos Diversos............ " . . . .; . . ; ' 289
Favores a Empresas de Interesse Publico.. . . .......................... 294 •*
Directoria de Agua^e,Esgoto..* r. . . . . \ . ...................................... 295.
Obras do Porto de Yictoria......................... . ......................................... 303
Pontes entre Yictoria e 0 Continente................... ... . . . . •.. . . . . 313
Primeira Secção do Caes do P orto.. ... ; ............................ , # *£3^3
Podte Sobre o Rio DÔce e E . F . Norte.Rio Doce....................... ..326
Contractos,..,,.. ......... . ooc
...............* ..................- ....................•. > ^ 00o
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: MENSAGEM FINAL
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Em cumprimento ao preceito constitucional, que me attribue
*> dever de vos dar conta da situação dos negocios públicos do Estado,
•compareço, pela ultima vez, perante esta elevada Corporação, com o
proposito de expor em detalhes os trabalhos realizados durante o
>quadriennio em que estive á testa do Governo, procurando esforçada-
mente corresponder 4 generosa espectativa do povo espirito-santen-
se, que me distinguiu com as suas constantes e inequívocas manifes­
tações de solidariedade, desde o dia em que me elegeu para a mais
alta investidura estadual.
N o desempenho das delicadas funeções de gerir os negocios
,publicos, outros sentimentos me não animaram, senão os de bem cor­
responder á benevola confiança com que foi acolhida a minha indi­
cação para o supremo posto da governança do Estado, e nesta posi­
çã o dediquei-me. quanto pude ao progresso e desenvolvimento da
-terra espirito-santense, procurando, com vivo empenho, executar
serviços que me pareceram os mais indispensáveis ao engrandeci-
-mento do nosso Estado.
Para os resultados que tenho podido alcançar e que assigna-
lam, sem duvida, uma época de trabalho da nossa vida administra­
tiva, muito concorreram a perfeita harmonia, a unidade .de vistas
entre oEegiSJativo e o Executivo, c não menos, a legitima compre-
Tiensão de verdadeiro civismo com que vos orientastes sempre no
-desempenho do vosso honrosd- mandato.
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6 MENSAGBM

E* dc meu dever consignar aqui os meus profundos agrade­


cimentos pelas grandes e ininterruptas provas dc consideração com
que sempre fui distinguido pelos insignes chefes da Nação — Drs.
Arthur Bernardes c Washington Luis — pois que de ambos mercei
honrosos e constantes testemunhos de dcsvanecedor apoio e confor-
tadora confiança todas as vezes que tive dc recorrer ao Governo
Federal, em beneficio da bôa marcha dos nossos ncgocios públicos c
do progresso do Estado. Facil é de aquilatar-se que essa cordialida­
de tão accentuada c perfeita entre os governos federal e estadual
muito contribuiu para permittir ao Espirito Santo o avançar decidi­
do pela senda do progresso, dc que justamente nos podemos orgulhar..
Aos illustrados senhores- Ministros de Estado, tanto aos do-
Governo Arthur Bernardes, como aos do Governo Washington Luis,
penhoro o meu desvanecido reconhecimento pela presteza c boa von­
tade com que sempre acolheram as solicitações que lhes dirigi em bem
dos negocios públicos, sob minha superintendcncia. Estendo também
esse meu reconhecimento aos Governos dos demais Estados da Repu­
blica, dos quaes.reccbi inequívocas demonstrações de cortezia todas
as vezes que,a elles mc dirigi com o mesmo fim.
A* nossa bancada federal, assim como ao funccionalismo, ás
patrióticas administrações municipaes, ao commercio, aos represen­
tantes das classes conervadoras e liberaes, e ao povo do nosso Es­
tado, em geral, consigno-os meus melhores agradecimentos pelo saber,,
dedicação e carinho com que se esforçaram e contribuiram para a rea­
lização da obra de engrandecimento que emprchcndemos, visando ele­
var a terra espirito-santense á posição de destaque, de que ella já se
ufana no concerto da Federação patria.
Cumprido, comq se acha, o meu indeclinável dever de apre­
sentar agradecimentos a quantos me auxiliaram com o seu apoio e
.solidariedade, facilitando-me a tarefa ingente de pugnar pelos eleva­
dos interesses do Espirito Santo, cuja situação, de prosperidade, de
ordem e de trabalho, dia a dia, se accentúa, passo a fazer a exposi­
ção dos actos que pratiquei .durante o quadriennio,. sempre animado—
. repito — do mais sincero e leal empenho de bem servir á missão que
• mc confiou o eleitorado desta terra, onde tenho yinte e oito annos.
de residência e de trabalho, que foi o berço de minha esposa c é- o de
meus filhos. • •
ESTADO DO E . S A N T O /

ORDEM PUBLIOA NACIONAL

O movimento scdicioso que alçou o collo cm São Paulo, a 5


de Julho de 1924, definindo o desvario de uma onda facciosa, amea­
çando as instituições nacionaes, teve no Espirito Santo a mais franca
e decidida condcmnação, demonstrada na presteza com que nos col-
locámos ao lado do Governo da Republica, para combater o gesto de
tresloucada demagogia.
Alistei-me, sem vacillaçoes, a serviço da causa publica, coope­
rando para o restabelecimento da ordem nacional ameaçada e para o
fortalecimento do prestigio das instituições republicanas com a re­
messa immediata dum contingente de 321 homens, que enviei para o
campo da lueta, formando tres companhias perfeitamente equipa­
d as e sob a direcção do commandante do Regimento Policial, Tenen­
te Coronel Abilio M artins.
De como se houve o contingente da policia espirito-santense
nessa lueta, cujos maléficos cffeitos tanto sc accentuaram na \ida
do Paiz, dão testemunho os louvores recebidos pelos nossos officiaes
c soldados, cada qual mais empenhado no cumprimento do seu dever
civico de defender o prestigio dos poderes constituídos.
A minha attitude dc completa solidariedade com o Governo
•da Republica, no combate aos rebeldes que tentavam subverter a
fórm a das nossas instituições, pretendendo moldal-as ao sabor dos
seus interesses, mereceu da nossa bancada federal, de todos vós e de
nosso povo a approvação franca c decidida, confortando-me de modo
particular as moções de apoio, que votastes em.homenagem ao meu
Governo, as autorizações que destes, e, sobretudo, as cspeciaes pi o\ as
-dc solidariedade que me prestastes naquclla dolorosa emergencia.
A actuação do Espirito Santo, cooperando com o illustrc
•Chefe da Nação, a cuja intrepidez, habilidade e energia se deve a
defesa das prerogativas constitucionaes, foi digna sob todos os titu-
.los, e por isso mesmo perfeitamente comprehcndida pelos nossos coes-
taduanos.
A recompensa pela presteza com que nos puzemos a serviço
•da ordem publica nacional, restabelecida definitivamente pelo emé­
rito estadista que se encontra á frente dos destinos da Republica
D r. Washington Luis, recebemol-a •nas memoráveis palavras con­
tidas no manifesto lançado ao Paiz pelo S r. D r. Arthur Bcraar-
des, em 15 de Novembro de 1924, cm cujas paginas se estamparam
as melhores referencias aos nossos esforços e á solicitude com que
accorremos ao campo da lueta.

RELAÇÕES 00M A UNIÃO E COM OS ESTADOS

Durante todo o meu quadriennio foram sempre cordialissimas


as nossas relações com a União e com as demais unidades da Fede­
ração .
Seja ao eminente brasileiro, D r. Arthur Bernardes, seja ao-
egregio homem publico D r. Washington Luis, devo profundo reco­
nhecimento pelas innumeras provas de apreço com que sempre dis-
tinguiram o meu Governo, facilitando com a mais absoluta solicitude
a- solução dos nossos problemas dependentes da intervenção do Go­
verno Federal. No campo político mantive sempre a mais estreita,
solidariedade com os governos daquelles illustrados estadistas.
Com as demais unidades da Federação conservei invariavel­
mente relações de maxima cortezia.
Visita do Sr. Presidente D r. Arthur Bernardes

A 27 de Junho dc 1926, tivemos a honra de receber no nossa


Estado a visita do illustre brasileiro D r. Arthur Bernardes, que
veiu acompanhado de sua exma.. familia e de numerosa comitiva.,
Durante todo o tempo em que permaneceu entre nós foi S. Exa. alva
de significativas c enthusiasticas homenagens. No mesmo dia da
chegada, o eminente político regressou á capital do paiz ás 5 horas,
da tarde.
Visita do Sr. Presidente D r. Washington Luis

A 5 de Julho de 1926, tivemos também a insigne honra de


hospedar o eminente Sr. D r. Washington Luis Pereira de Sousa,
então Presidente eleito da Republica. Recebido com as honras de
Chefe de Estado, hospedamo-lo em Palacio, onde lhe offereccmos
um banquete, findo o qual saudámo-lo, procurando evidenciar toda a
admiração que S. Exa. nos merecia c a confiança absoluta e bri­
lhante espectativa que o seu grandioso programma de Governo nos
inspirava. S. Exa. agradeceu, referindo-se, de modo altamente hon­
roso para nós, ás realizações que engrandecem o Espirito Santo.
ESTADO DO E. SANTO 9

No dia seguinte, o S r. D r. Washington Luis visitou os me­


lhoramentos da Capital, tendo lançado a pedra fundamental da gran­
de ponte mctallica que liga actualmcntc Victoria ao Continente. Em
seguida S ..E x a . percorreu as estradas de automovel da Serra c dc
Itaquary á Santa Leopoldina, tendo manifestado excellente impres-
sfio. Nesse mesmo dia 6, ás 5 horas da tarde, proseguiu o egregio
estadista na sua excursão pelos demais Estados do norte da Republica.

Visitas officioes

Durante o periodo do meu governo foi o nosso Estado honrado*


com as visitas officiaes do eminente Sr. D r. Feliciano Sodré, então
Presidente do Estado do Rio dc Janeiro, e de vários rnemhros do
corpo diplomático acreditado junto ao Governo brasileiro, além de
algumas commissÕes navaes estrangeiras, que se destinavam ao valle
do Amazonas, e que por aqui passaram rccommendadas pelo Exmo..
S r. Ministro do Exterior. .
O Sr. D r. Feliciano Sodré veio ao Espirito Santo para o
fim especial de, juntamente cominigo, inaugurar a ponte cm Bom
Jesus, sobre o rio Itabapoana, que serve de divisa entre este Estado*
e o do Rio de Janeiro, obra que arnbos realizámos, satisfazendo des­
ta rte uma velha aspiração das populações limitrophes.
De Itabapoana, a meu convite, veio S. Exa. a esta Capital,,
acompanhado de suas casas civil c militar, do seu Secretario da Agri­
cultura, Sr. D r. Pio Borges, e do deputado federal, pelo Estado do-
Rio, D r. Joaquim de Mello.
Nesta cidade, assim como por toda região espirito-santenser
atravessada por S. E xa., foram-lhe prestadas as homenagens que-
lhe eram devidas.
Em Victoria demorou-se o Dr. Feliciano Sodré em pormenori­
zada visita ao Forum, ao Paço da Prefeitura, ao Congresso, ás obras-
publicas, especialmente ás do porto desta Capital e ás da ponte de-
ligação ao continente, tendo manifestado o mais franco enthusiasmo
ante os vultosos emprehendimentos que viu e examinou.
A todos estes distinctos hospedes, assim como aos que aqui
estiveram de passagem, dispensámos carinhosa acolhida, tudo envi­
dando para facilitar-lhes o objectivo de suas excursões a este Estado.
30 i MENSAOEM

RELAÇÕES DO ESPIRITO SANTO COM OS ESTADOS U M IT R 0PH E 3

Limites com a Bahia

Ao assumir a direcção dos públicos negocios espirito-santen-


ses, encontrei o caso Bahia versus Espirito Santo discutido num am­
biente de desconfianças. Disputava a Bahia o limite pelo Riacho
Dôce; depois, pelo Itaúnas, em virtude de interpretação dada a certa
lei regencial; mais tarde, pelo São Matheus, e, afinal, pelo Rio Doce,
após a publicação do trabalho do Sr. D r. Braz do Amaral.
O Espirito Santo pleiteava a divisa pelo Mucury, apoiado em
documentos vários, 11a tradição e no elemento cartographico.
Os meus dignos antecessores não conseguiram encaminhar,
siquer, uma solução, apesar dos esforços empregados.
O governo Bernardino Monteiro mandou representantes aos
dois Congressos de limites, reunidos na Capital do Paiz, sem haver
obtido resultado.
A administração Nestor Gomes firmou um convênio, com o
representante bahiano, no sentido de ser resolvida a pendencia por
meio de arbitramento.
Escolhidos os árbitros, o accordo foi, como sabeis, approva-
do pelo nosso Congresso Legislativo e recusado pelo da Bahia.
Da data da rejeição, em diante voltou a questão a tomar um
caracter irritante.
No fim da gestão administrativa do Sr. Cel. Nestor Gomes,
110 J u iz o Federal da Secção do Espirito Santo, foi cumpricla precató­
ria vinda da Bahia, cm termos ásperos.
Encontrei, pois, o caso envolvido cm uma atmosphera bem
desagradavel.
Entre os primeiros dias do meu Governo,- tive ensejo de ser
intimado, por intermédio do Juizo Federal do nosso Estado, da pre­
catória expedida pela Bahia, em que se salientava o “intuito firme e
despropositado do Espirito Santo” “de arrebatar, malevolamente, á
Bahia território verdadeiramente delia”, em uma lucta “força contra
força” disputa retrograda c deponente a que o Estado do Espirito
Santo provoca á mesma Bahia, de modo affrontoso e irritante”, numa
indtffcrença que espanta, num desassombro que escandalisa, ou num
ESTADO DO E. SANTO 11

desrespeito que tudo relaxa, novamente perpreta invasões da mesma


especic”. .. utranspondo provocantemente o Riacho Doce”.. . “favo­
recendo uma usurpaçao mais importante c audaciosa”. .. 11num des-
temor extensivo que c impossível encobrir”__

. E ’ da mesma precatória o seguinte periodo:

“ Esse avanço que despresa a lei, injuria o direito e des­


prestigia a justiça, não pode ficar em .‘ ilcncio. E a Bahia
que até agora não aceeitou o desafio mal intencionado do
visinho Estado para essa liça traiçoeira c mesquinha, em que
só se vêm am bições..

Dizia-sc ainda no acto judiciário a que me venho referindo:

“ ............... A obra mal intencionada do E . E . Santo é


gravemente infausta c irritante; é custoso supportar por
muito tempo, pneientemente, uma lueta movida por meios
tão desprezíveis e mesquinhos. A Bahia sente-se aborreci­
da c a v ilta d a .. . ”

Os topicos acima transcriptos do mandado de intimação que


recebí a 31 de Jnlho do anno de 1924, mostram o prisma pelo qual a
Bahia encarava a questão.
Por outro lado, as concessões feitas pelo Governo do visi­
nho Estado do norte, na Lagoa do Curral, eram vistas, por nós, como-
actos de invasão.
A 3 de Setembro de 1924, ao Governador da Bahia, dirigí
o seguinte officio:
“ E sm o, S r. D r. Governador da Bahia: — Tenho a
honra de solicitar a attenção de V . E x a . para as pondera­
ções que passarei a ndduzir c que se prendem á questão de
lim ites deste com o Estado que V . E x a . tão superiormento-
dirige.
Com estranhesa para mim foi este Governo intimado dc-
uma precatória vinda do Juizo Federal da Sccção da B ahia„
Os termos ásperos do acto judiciário bem mostram que-
a expedição se deu á revelia dc V . E xa.
• A carta precatória redigida de accordo com o requeri-
; mento do Promotor Publico da Comarca dc Caravcllas, pe­
rante o Supplcntc dc Juiz Federal do Município respecti­
vo e sem a audiência do D r. Procurador Geral do Estador
12 MENSAGEM

envolve um desabuso da linguagem que V . Exa. c qualquer


de sous auxiliares directos teriam, de certo, evitado, diri­
gindo-se ao Administrador visinho, quo subo admirar e
acatar, não somente o grande, nobre e historico Estado da
Baliia, como também, seu illustre e eminente Governador.
O direito do Espirito Santo na defesa dc seu terrijorio
é tão respeitável quanto o da Bahia e, embora não tcnlm
sido, infelizmente, possivel chegar a um accordo, estou certo
de quo V . Exa. pensará como eu, não pondo em linha de
conta a divergência territorial para quebrar, ou mesmo es­
tremecer dc leve, os laços que ligam, ha muitos annos, os
dois Estados da federação brasileira.
Aproveito o ensejo para reclamar, perante V . E xa.,
contra a concessão de lotes que está sendo feita na Lagoa
do Curral, localidade que sc acha ato mesmo fora da zona
que a Bahia considera litigiosa, porquanto verte para o
Itaúnas c não para o Mucury.
Sabe V . Exa. quo o districto dc Itaúnas, creado pela
lei n . 4, de 4 de Julho de 1861, que desannexou da Barra de
São Mathcus e o elevou á categoria de freguezia, dividiu-
o ao Norte com o Rio Mucury, começando no pontal Sul.
Esta lei, embora provincial, foi submettida ao Conselho
de Estado, que a approvou, passando, pois, a ser uma lei
geral do Império.
Poderia, aqui, lembrar que as linhas do povoamento
do sólo ao Norte do Espirito Santo começaram do Mucury,
onde a colonisação se fez em virtude do Alvará dc 3 de
Março de 1699 e que o Mucury é o limite estabelecido pela
cartographia brasileira, dentre a qual se destacam os tra­
balhos de Cândido Mendes, Tito dc Carvalho, Lacerda,
Fausto de Souza, Macedo, Toledo Pisa, Damasccno Vieira,
Homem de Mello, Moreira Pinto, Pinheiro Bittencourt, Mat-
toso Maia, Varnhagcn, etc.
Tcria a opportunidado de pedir a attenção dc V . E xa.,
não somente para o mappa organisado pela Inspectoria Ge­
ral de Terras e Colonisação do Império, de 1878, e outras
obras officiacs do antigo Império, como, até mesmo, para
as obras bahianas de cunlio official, como, por exemplo, as
de Botelho Benjamin e a carta topographica levantada, por
ordem do Presidente da Bahia, D r. Souza Martins.
Poderia, omfim, fazer aqui um estudo jurídico e histo­
rico- administrativo, no sentido de provar que é o Mucury
o ponto limitrophe dos dois Estados, divisas estas aprovei-
ESTADO DO E .S A N T O 13

tudas, também, pela Santa Sé para estabelecer, em 15 de


Novembro de 1895, o ponto terminal da D iocese do E spi­
rito Santo.
Mas, não 6 meu intuito discutir sem elhante questão
neste officio, que tem por objectivo, em primeiro lograr, fazer
ver a V . E xa. os termos indelicados com que, sem sciencia
de V . E x a ., fo i tratado o Governo deste Estado na preca­
tória recebida e, em segundo logar, pedir a V . E x a . para
sustar as concessões na Lagoa do Curral, zona que perten­
ce ao districto de Itaúnus, reconhecido pelo governo bühia-
no, como território espirito-santensc, conforme se verifica
da própria Mensagem, cm 1!;!2, apresentada ao Congresso
L egislativo da B ahia e do protesto, em cgual data, dirigido
ao Governo deste Estado o ao Presidente do Supremo Tri­
bunal.
Confiado no espirito eminentemente republicano de V.
a nossa questão de divisas terá, afinal,
E x a ., aguardo que
uma solução digna c ju sta.
Apresento a V . E x a . as minhas homenagens de admira­
ção, apreço e cord ialidad e.”

Transcrevo, a seguir, para vosso conhecimento, os termos


•do officio que, cm resposta ao meu, foi enviado pelo illustre Gover­
nador da Bahia, em data de 25 de Setembro do mesmo anno dc 1924:

‘‘E xm o. S r. Presidente do Espirito San to. — Tenho a


honra dc responder ao officio que V . E xa. dirigiu ao Go­
verno do Estado da Bahia em 3 do mez corrente, rclati-
vumente á pendcncia de lim ites existente entre os Estados
da Bahia c Espirito Santo.
Perm itta V . E xa. que ao iniciar deste officio, mais
uma vez, affirm e os sentimentos de indestructivel união que
identifica a Bahia com os demais Estados da federação bra­
sileira, entre os quacs se destaca o que V . E x a . com eleva­
ção e patriotismo dirige, comraungando desses mesmos sen­
tim entos que representam o mais grandioso pedestal em que,
tranquillawente, descança a hegemonia nacional.
N a preoccupação de defender pelos meios idoneos o
patrimônio territorial deste Estado, que está sob a minlia
guarda e constituo um dos deveres de honra do meu gover-
• no, tenho o m ais vivo empenho dc fazel-o, sem que haja o
menor estremecimento na cordialidade ein que sempre scs
• mantiveram bahiauos e espirito-snuteuses, brasileiros todos,
sob a mesma bandeira, que nos engrandece e identificados
14 MENSAGEM

pelos mesmos ideaes que nos nobilitnm c revigoram a con­


sciência da nossa nacionalidade.
E como sejam estes também os sentimentos dc V . E x a .,
conto chegar uo termo desta pendencia dc limites, mantendo
integras e cada dia mais fortalecidas as sympathias que en­
trelaçam os dois Estados visinhos c irmãos, sendo reconheci­
dos os direitos recíprocos, uma obra de perfeita fraternida­
de nacional.
Quanto ao pedido que V . E xa. faz, rolativamente H
concessão dc lotes na “Lagoa do Curral’', devo declarar
que esses terrenos pertencem incontcstavelmente á Bahia,
por titulo legitimo de dominio, posse e jurisdicção effectivaa^
Sem querer alludir aqui, nos estreitos limites desta res­
posta, aos documentos que podemos invocar para pleitear
nossa divisória pelo Rio Doce — limite meridional da Ca­
pitania de Porto Seguro — , nem referir-me aos direitos da
Bahia á antiga villa de São Matheus, fundada pelo Ouvidor
de Porto Seguro, devo dizer a V . E xa. que se demorar suo
esclarecida attenção no neto da Regencia dc l l de Agosto de
1831. ha, forçosamente, dc chegar ás duas seguintes con­
clusões :
1. " — que elle não incorporou á antiga Província do E s­
pirito Santo o território ao sul do Itaúuas, como ella visou
obter para consolidar a posse prccaria daquelle território
2 . ft — que a lei de 1831 traçou limites definitivos entre-
a Barra dc São Matheus o a Villa de São José de Porto
Álegre e que em virtude dessa lei, o Município de São Jos£
de Porto Alegre, que tinha por limite sul o Riacho D oce
(conforme o livro da sua crcação, cujo original a Cnmum
possue) teve o seu território ampliado, nté as Itaúuas. ^
O acto do Conselho da Província do Espirito Santo re­
solvendo que a povoaçuo da Barra dc São Matheus (sujeita
á sua administração provisória) fosse erecta em Villa, com-
prehendendo no seu termo o território de sua Freguesia, isto
é, o que lhe nssignalou o decreto de 11 do Agosto de 1331r
veio confirmar o acto. da Regencia.
Baseada, seguramente, nesses documentos, a Villa de
São José dc Porto Alegre estendeu, no interior, a sua acção
administrativa até á margem do Braço Norte do Itaúnns.
Em face, portanto, do exposto, nenhuma rcstricção póde
a Bahia fazer á sua livre administração sobre o referido ter­
ritório .
O acto de 4 de Julho de 1861, a que V . E xa. allude não
modifica o aspecto da questão:
ESTADO DO E . SANTO 15

1. ° — porque um actc provincial, ainda quando uppro-


vado pelo Conselho do Estado, não revogaria uma resolu­
ção da Asscmbléa Geral, tal como o decreto de 1831;
2. ° — porque tendo o referido decreto fixado os lim i­
tes entre Barra de São Matlieus (que estava provisoriamen­
te sujeita ú jurisdicção da Província do Espirito Santo) e a
V illa de São José de Porto A legre (que esteve sempre subor­
dinada á Bahia) pelas “ Itaúnas”, não tinha a Província do
Espirito Santo o direito de praticar, daquella data em dian­
te, actos adm inistrativos ao Norte do Itaúnas e muito me­
nos — uma lei que desmembrava parte do território da
Barra de São M atlieus para constituir a Freguezia de
Itaúnas, — desannexar também uma rarte do território da
V illa de São José de Porto Alegre, que não estava sujeita á
sua jurisdicção.
A Bahia sempre exerceu actos de posse e jurisdicção na
região a que V . Exn se refere (e que 6 exactamcnte a em
que está sendo construída, com o protesto deste Estado, a
estrada de ferro Itaúnas), bastando citar, entre outros, os
inventários de José Gazzinelli (em 1878) e de Ângelo Gazzi-
nelli (em 1880), nos quaes foram inventariados bens no
“ Palm ital” e na “ Lagoa do Curral” e ás medições de lotes
de terra feitas posteriormente nos mesmos logares, cujos
“ processados” foram devidam ente “ processados” .
Confio, sinceramente, que V . E x a ., á vista destas pon­
derações, reconhecerá a improccdencia da reclamação con­
stante do officio de 3 de Setembro, e levado pelos seus sen­
timentos republicanos, determinará a suspensão da constru-
cção da estrada de ferro “ Itaúnas”, que está sendo feita
era território, incontestavelm ente, bahiano.
Já deve ser do conhecimento dc V . E x a . a correspon­
dência telegraphica que tive a honra dc trocar sobre o as-
sumpto com o E xm o. Sr. M inistro da Justiça, cujos intui­
tos patrióticos todos louvam os e, ratificando quanto nella
sc contém, assoguro a V . E x a . que, a despeito de já ter sido
constituído na Capital Federal um advogado, o Exm o. Sr.
D r. Eduardo Espinoln, para pleitear perante os Tribunaes
os direitos deste Estado, tenho o mais vivo desejo de solu­
cionar amigavelmente, no mqis breve praso de tempo, esta
questão que, naturalmente, prejudica a vida adm inistrati­
va dos dois Estados interessados.

Assevero a V . E x a . que a Bahia nutre o mais fervoro­


so desejo de que seja resolvido o caso com a maior eleva­
ção e ju stiça.
16 MENSAGEM

Reitero a V . E xa. ns minhas homenagens de alta esti­


ma e elevado apreço. ------ FRANCISCO MARQUES 0 )5
GOES CATjMON . ”

Como vedes, sérios embaraços se oppunham á solução da


pendcncia.
Na zona litigiosa também não reinava a cordialidade entre
os habitantes.
Cada um dos dois Estados, na supposição de que o Mucury
lhe pertencesse, attribuia a invasão do outro qualquer acto de juris-
dicção naauella localidade.
Devemos acreditar que todos estivessem agindo de ibôa fé,
mas as marches e dâmarches, a má compreensão e motivos vários
que hoje, não seria conveniente investigar, tinham dado uma feição-
antipathica á questão.
No intuito de procurar uma solução pacifica, mandei ao
Rio o Secretario da Presidência, munido das necessárias credenciaes
e levando ao Sr. Ministro da Justiça e Ncgocios Interiores o seguin­
te officio, dirigido em data de 6 de Setembro de 1924:
“Tenlio a honra de communicar a V . Exn. que ao D r.
Carlos Xavier Paes Barretto dei a incumbência de, perante-
esse Ministério, encarrcgar-se do encaminhamento das quep-
tões de limites deste E stado. A V . E xa. serei grato pela
acolhimento que dér ao commissionado deste governo. Apro­
veito o ensejo para reiterar as homenagens de minha admi­
ração, apreço e consideração. — FLORENTINO AVIl)OSr
Presidente do E sta d o .”

O meu commissionado entendeu-se com S. Exa. o Sr. Mi­


nistro da Justiça, com o commandante Thiers Flemming que, naquelle
Ministério, tem a incumbência do estudo das questões de limites inter-
estaduaes c com os delegados bahianos, Drs. Eduardo Espinola e
Braz do Amaral, e deu algumas entrevistas, explicando o caso a
jornaes cariocas.
Não tendo, comtudo, sido possível um entendimento deci­
sivo, determinei a ida do mesmo representante á Bahia.
O terreno não estava favoravel para um accôrdo.
O proprio telegramma do Sr. Ministro da Justiça, commu-
nicando a ida do meu delegado, fôra mal comprehendido, jornaes ha­
vendo que o taxaram de impertinente.
ESTADO DO E. SANTO 17

Seguindo as instrucçõcs por mim dadas, o delegado do meu


governo explicou, pela imprensa local, os intuitos que o levaram a
tratar dircctamcntc com o Chefe do Executivo Estadual bahiano.
Considerado de melhor alvitre um accordo directo, propoz a
Bahia a seguinte divisória:

“Da foz do Riacho Dôcc seguir pelo tahvcg desse


curso dagua até onde elle se bifurca: dahi, pelo braço
sul, ate a sua nascente; dahi, por uma linha, direcção
éste-oeste, até alcançar, no ponto mais proximo, o
braço norte das Ttaúnas; dahi, por este braço acima,
até encontrar o Corrego Barreado; dahi pelo Barreado
acima até a confluência do Palmital; dahi pelo Palmi-
tal acima, até encontrar as fronteiras de M inas.”

A’ proposta acima, contra-formulei, acceitando o ponto de par­


tida indicado pela Bahia; da foz do Riacho Dôcc, seguindo, conitudo,
pelo tronco principal e mais longo, até sua nascente, de onde seria ti­
rada uma recta, ate a Lagôa Sapucaieira e, dahi, ao rio Mucury, cujo
curso seguir-se-ia, dahi em diante.
A minha proposta estava, entretanto, subordinada ás condi­
ções contidas no mandato passado ao delegado do meu governo, nos
termos a seguir: — “ ---- o governo do Estado do Espirito Santo
nomea e constitue seu bastante procurador e advogado, o doutor
Carlos Xavier Paes Barretto, brasileiro, casado, magistrado, a quem
concede plenos poderes para o fim especial de firmar com o Estado
da Bahia um convênio sobre limites dos dois Estados, em toda a re­
gião onde confinam. Para tal fim, confere ao seu procurador todos
os direitos permittidos cm lei, apenas com as resalvas a seguir: —
Primeira. — No accòrdo a estabelecer-se, fixar-se-á um prazo para
ser corrida a linha de limites, por uma commissão de techuicos, com­
posta de um engenheiro dc cada Estado e dos auxiliares que eiles
julgarem necessários. Uma vez procedido o levantamento da linha
e assignada, em duplicata, a planta, o convênio será ratificado pelos
Chefes do Executivo Estadual da Bahia e do Espirito Santo e, em
seguida, submettido pelos meios regulares, á approvação do Poder Le­
gislativo. Segunda. — O convênio, mesmo depois de ratificado, terá
o caracter provisorio e durará até quando uma decisão do Poder
competente vier irrecorrivelmcnte determinar os limites definitivos
18 MENSAGEM

•dos dois Estados, se alguma das partes entender de recorrer a esse


Poder. Terceira. — Si a divisão acima alludida alterar o que ficar
estabelecido no convênio, o Estado que ora tiver ficado com o ter­
ritório a mais, perderá, dessa cpoca em diante, o direito á região, sem
nenhum outro compromisso de effeito retroactivo ou indcmnisaçao
sob qualquer motivo. . . ”
A Bahia apresentou nova formula que, “partindo da foz do Ria­
cho Dôce, seguisse pelo talweg. desse curso dagua, até sua nascente,
ou, mais precisamente, até onde elle conserva a direcção leste-oeste,
■que é a direcção traçada no mappa do Espirito Santo; dahi por uma
linha recta, a alcançar o ribeirão no braço norte do Itaúnas, na foz
do Corrego Taquara; dahi, pelo Palmital acima, até a sua nascente;
dahi por uma linha recta até Santa Clara.”
Insisti pela divisória seguindo pelo talweg do Riacho Dôce e,
tomando o tronco principal, mais longo e mais volumoso, até a sua
nascente; acceitando, comtudo, que tomasse a direcção geral de uma
recta até Santa Clara.
Na ultima reunião, no Palacio da Acclamação, na Bahia, devida­
mente autorisado por mim, o representante deste governo combinou
com o Exmo. Sr. D r. Góes Calmon a suspensão provisória das ne­
gociações, até ser feito o levantamento da zona.
Do telcgramma abaixo transcripto verificareis a cordialidade
com que foram encaminhadas as negociações:

“BAHIA, 23 — D r. Florcntino Ávidos, Presidente do


Estado. Victoria. — Não obstante meus reiterados desejos
de solução pendencia de limites, não me foi possivcl aequies-
cer solicitações de V . E xa. feitas em telegramma de lõ do
corrente, em virtude da divisória suggerida abranger gran­
de extensão de territorio bahiano, de que sempre estivemos
de posse. Peço permissão insistir ultima proposta babiana
inspirada nos melhores intuitos conciliatórios. Tendo veri
ficado divergências entre mappa organisado na Barra de
São Matheus em 1919, pelo engenheiro Antonio Nunes San­
to Amaro, e o que foi ultimamente organisado já na Presi­
dência de V . E x a ., ambos trazidos pelo D r. Carlos Xavier
Paes Barretto, bem como entre esses mnppas e os que aqui
temos, combinamos suspender temporariamente nogosiações
até levantamento da zona por engenheiros de ambos os E s­
tados. Commtmico a V . E xa. que o dr. Paes Barretto se­
guiu hontem para essa Capital, levando copia da aeta em.
ESTADO DO E. SANTO 19

que estão narradas as principaes pbascs dns nossas negocia­


ções. Queira V . E x a . acccitnr minhas cordiaes saudações e
a certeza da magnífica impressão que nos deixou o D r. Paes
Barretto, cujos sentimentos de cordialidade c alta distincçâo
pessoal sobremodo penhoraram o governo c o delegado ba-
hinno Dr. Pedro Fontes. — (a) F . M . GOES C ALM ON.”

Em face do accôrdo constante da acta lavrada a 19 de Dezem­


bro de 1924, seriam, para tal serviço, designados engenheiros e fiscal
por parte de cada Estado.
Os dois technicos escolheríam os auxiliares que julgassem ne­
cessários, devendo estas ultimas despesas ser rateadas. O trabalho
seria iniciado dentro de trinta dias.
Dentro do prazo, designei, pelo decreto n. 6.527, de 3 de
Janeiro de 1925, para o serviço de levantamento e reconhecimento da
zona, o engenheiro Ceciliano Abel de Almeida, superintendente, em
Victoria, da Estrada de Ferro Victoria a Minas, de cuja directoria
obtive o necessário consentimento. A Bahia noineou o D r. Alexan­
dre Lopes da Costa.
Por parte do Governo bahiano coube a fiscalisação dos traba­
lhos ao D r. Pedro Fontes.
Obedecendo á orientação nobre c elevada pela qual os dois
Estados encararam a questão, os engenheiros realizaram os trabalhos
de que foram incumbidos, numa atmosphera de cordialidade, franque­
za e confiança.
Os engenheiros dos dois Estados e o D r. Pedro Fontes mere­
cem encomios pela distincçâo com que desempenharam o cargo que
lhes fòra commettido e pelos esforços e dedicação empregados na exe­
cução de um serviço feito em zona desprovida de conforto, hygiene e
recursos.
Justas foram, pois, as festas com que os recebeu a cidade de
Conceição da Barra. Com o levantamento da planta dispendeu-se a
quantia de 51:950$541 da qual foi debitada ao Estado da Bahia
a parte que lhe competia pagar, na importância de 9:256$800 da
despesa effectuada com pessoal e operário, tendo, pois, gasto o Es­
pirito Santo 42:693$74í.
A 22 de Abril de 1926, foi assignado com o Estado da Bahiay
o convênio seguinte:
20 M ENSAG EM

“ Os Estados da Bahia e do Espirito Santo, representados, o


primeiro, pelo Excellentissimo Senhor Doutor Francisco Marques de
Góes Calmon, e o segundo, pelos Doutores Carlos Xavier Paes Bar-
retto c Ccciliano Abel de Almeida, especialmente investidos de plenos
poderes pelo Excellentissimo Senhor Doutor Florentino Ávidos, Pre­
sidente do Espirito Santo, conforme instrumento publico de procura­
ção, lavrado em o livro dc notas do tabellião de Victoria, Doutor Nel­
son Goulart Monteiro, e que fica archivado na Secretaria do Interior
do Estado da Bahia, na presença dos Doutores Thcophido Borges
Falcão, Secretario do Thesouro e Fazenda e interino do Interior, Jus­
tiça e Instrucção Publica, Bcrnardino Madurcira do Pinho, Secreta­
rio da Policia e Segurança Publica e interino da Agricultura, Com-
mercio e Obras Publicas, Pedro Fontes, que, como representante da
Bahia, tem tomado parte em todas as negociações sobre o assumpto, c
demais pessoas gradas, abaixo assignadas, accordam em assignar o
presente convênio, para dirimir dc modo directo c condicional, a se­
cular pendencia de divisas, estabelecendo uma linha que será respei­
tada pelo poder publico e pela população de ambos os Estados; c fi­
cará subordinado ás seguintes clausulas.

------ l.A ------

A linha divisória entre os dois Estados pactuantes, ficará sen­


do a seguinte: — Da foz do riacho “Doce”, pelo talweg desse curso
d’agua até a confluência do corrego das “ Areias55, c dahi pelo tahveg
do corrego das “Areias” até a confluência do corrcgo Grande”, dc
onde, seguindo por uma recta, irá até a confluência do “Palmital”, no
“ Barrcado” ; dahi pelo talweg do “Palmital” acima,-ate suas nascen­
tes, de onde tirar-se-á uma recta ate “ Santa Clara” .

------- 2.* -------

A linha acima deverá ser traçada no campo, por uma commissão


mixta, dirigida por dois engenheiros escolhidos um por cada Estado,
pela maneira seguinte: da confluência do corrego “ Grande” (depois
de receber os corregos do “Boia” e da “Laina”) com o corrcgo das
“ Areias” seguirá num picadão cm linha recta, até a foz do “Palmital”,
até sua cabeceira, e desta, em outro picadão, também em linha recta,
até Santa Clara”, conforme, para melhor elucidação será traçado nas
plantas levantadas pela commissão mixta de 1925, devidamente au-
ESTADO DO E. SANTO 2!

thenticadas. Os pontos chi confluência do corrcgo “ Grande” com o


corrego das “Areias”, do cor rego do “ Palmital” com o “Barreado”
da cabeceira do “ Palmital” e de “ Santa Clara”, no marco provisorio,
collocado pela commissão mixta de 1925, serão assignalados de modo
absoluto, por meio de coordenadas geographicas, e em picadão. serão
•collocados marcos kilometricos dc cimento armado ou cantaria.

------ 3/ ------

Os trabalhos deverão ser iniciados logo após a approvação


do convênio, no segundo turno, c concluídos no prazo máximo de um
.anno. As despesas para a execução desses serviços serão satisfeitas em
partes iguaes pelos dois Estados, salvo a remuneração do engenheiro,
que correrá por conta exclusiva do Estado que o nomear.

------- 4/ -------

O Chefe do Poder Executivo de cada Estado sc compromette


a remetter ao respectivo Congresso até 15 de Maio proximo, o pre­
mente convênio, e envidará todos os seus esforços para que seja elle
approvado em primeiro turno na presente legislatura, e em segundo
turno na de 1927.
------ 5.R ------

Este convênio será de caracter condicional a termo, c os limi­


tes nelle fixados somente poderão ser alterados por sentença profe-
T id a em ultimo recurso pelo Supremo Tribunal Federal, caso ao Po­
der Judiciário recorra qualquer dos Estados pactuantes, o que será
facultado fazer dentro do prazo de vinte e cinco annos, a contar da
^ssignatura do presente.
------- 6." --------

Na hypothese de acção judiciaria, cada Estado pactuante po-


•derá levar sua pretenção até onde entender lhe dão direito os seus
titulos c documentos, sem que o presente convênio implique qualquer
restricção. Si a decisão modificar a linha ajustada no presente con­
vênio, o Estado, que, na conformidade da mesma decisão, perder
•qualquer parcella de território não terá direito a compensação ou in-
•demnisação do outro Estado, nem poderão ser alteradas as relações
jurídicas estabelecidas para com terceiros.
22 M 13 N S A G i* 11

------ 7.n ------


Si dentro'do prazo a que se refere a clausula quinta, nenhum
dos Estados intentar acção perante o Supremo Tribunal Federal, que
é actualmente o poder competente, ou perante a autoridade jurídica que
a Constituição, no momento em vigor, determinar, o presente convê­
nio será por qualquer dos dois Estados remettido ao Congresso Fede­
ral, para a devida homologação, tornando-se então definitivos os li­
mites estabelecidos na clausula primeira.

----- 8.a -----


Si apenas o Congresso de um dos dois Estados pactuantes ap-
provar o presente convênio, não poderá o outro Estado invocar em
qualquer sentido, nenhuma das disposições do seu texto.
Palacio do Governo do Estado da Bahia, 22 de Abril de 1926..
— (Assignados) Francisco Marques de Góes Calmou — Carlos X a­
vier Paes Barretto — Ceciliano Abel de Almeida — Theophilo Bor­
ges Falcão — Bernardino Madureira do Pinho — D r. Pedro Fontes
— Frederico Augusto Rodrigues da Costa — José Baptista Pereira
Marques — José C . Junqueira Ayres de Almeida — Vital Henrique
Baptista Soares — Antonio Pessoa da Costa e Silva — Arnaldo Pi­
menta da Cunha — Clovis Moreira Spinola :— João da Costa Pinho
Dantas Junior — Epaminondas Berbert de Castro — Salomão de
Souza Dantas — Cesar Borges Cabral.
Annunciando a assignatura do convênio o Exmo. Sr. Dr..
Góes Calmon, governador da Bahia, nos transmittiu o seguinte te-
legramma:
“BAHIA, 22 — E* com viva satisfação patriótica que
communico a V . Exa que acabo de assignar convênio que
soluciono pendencia de lim ites existente entre a Bahia e o-
Espirito Santo.
Os illustres c digníssimos representantes do governo de
V . E xa. são portadores congratulações e homenagens da
Bahia e do seu governo pelo exito e perfeita harmonia c
cordialidade com que ambos resolveram a questão, respei­
tando os sentimentos da unidade nacional, fortalecendo ain­
da mais os laços de sincera amizade da Federação Brasilei­
ra. Receba V . E x a . os meus affectuosos cumprimentos e me­
lhores testemunhos dc cordial apreço. — (a) GOES CAL­
M O N .”
ESTADO DO E. SANTO 23

Immediatamcntc agradecí, endereçando a S. lixa. o telegram-


m a que se segue:
“ Acabo dc receber com sincera satisfação a communica-
ção que V . E x a . teve a bondade dc fazer da assignatura
do convênio que resolve pendência lim ites deste Estado coin
o da B ahia. Congratulando-me com V . E x a . por esse m e­
m orável acontecim ento cujo alcance foi tão sabiam ente
apreciado pelo seu governo, agradeço reconhecido as hom e­
nagens e attenções com que foram distinguidos meus re­
presentantes. Cordiaes saudações. — (a ) FLOKENTINO
Á V ID O S .”

Dando cumprimento ao que ficou assentado no convênio aci­


ma transcripto, os dois Estados pactuantes designaram uma commis­
são mixta, composta dc dois engenheiros, para traçar a linha divisó­
ria, dc caracter condicional, definindo a jurisdtcçao de cada Governo
no teritorio disputado.
Por parte do Espirito Santo foi encarregado o D r. Cicero dc
Moraes para fazer parte da commissão mixta de demarcação.
A Bahia designou o D r. Elysio de Carvalho Lisboa.
Por esse modo resolvemos a velha e irritante pendencia na
mais perfeita cordialidade, estando completamente finalizados os tra­
balhos dc demarcação, assentada pela collocação de marcos de cimen­
to armado a determinação de coordenadas geographicas dos pontos
principaes descriminados no convênio.
De como foram cordialissimas as negociações para execução
do convênio de Abril de 1926, dá prova a carta abaixo, que nos foi
•dirigida pelo Governador da Bahia:

“ Gabinete do Governador do E stado da B ahia. — Bahia,


13 dc Outubro dc 1927. — E xm o. S r. D r . Florentino Á vi­
dos, D . D . Presidente do E stado do E spirito Santo:
Tenho a subida honra dc apresentar a Y . E xa. o E n­
genheiro Civil E lysio de Carvalho Lisboa, D elegado da B a ­
hia na Commissão M ixta de demarcação da linha divisória
dos nossos Estados, conforme o convênio de 22 de A bril de
1926. O nosso representante leva instrucções cspcciaes dc
attender á orientação c esclarecida assistência de V . E x a .
no modo de fazer a previa organização e installação dos ser­
viços, para o que o nosso Estado espera contar com a col-
laborução dos technicos espirito-santensos, sendo assas des-
MENSAGEM
24 X

vuncccclor para a Bahia c para o «ou Govarno accoilarem ft


criteriosa direcção do visinho c prospero Estado e do sca
Governo nesses trabalhos dc alia relevância no concerto in­
terestadual brasileiro.
Queira V . E xa. acccitar os meus mais altos protestos
de elevada estima e distincto apreço.
Patrício xnt.° att..° e adm r. devotado — (ass.) GOES
CALMON.”

Limites com Minas Geraes

A nossa determinação de limites com o Estado de Minas Ge­


raes continua na mesma situação, quanto á parte ao sul do Rio Doce.
Conforme vos expuz na mensagem ultima, muito me esforcei
por determinar os nossos limites num ambiente de inteira cordialida­
de, dc maneira a obtermos uma solução razoavel para o estabelecimen­
to de nossa linha divisória com o grande Estado central.
Felizmente 03 meus desejos receberam franca acolhida do Go­
verno de Minas Geraes, o qual se empenha animado pelos mesmos
sentimentos de fraternidade e dc harmonia, por uma solução, que,
respeitando os interesses de ambos os Estados, liquide difinitiva-
mente o assumpto.
Creio podermos alcançar esse nobre desideratum, dentro de
pouco tempo, com o encaminhamento dado ás negociações necessárias
para resolver as duvidas existentes.
A 30 de Março do corrente anno, ajustei com o Estado de Mi­
nas Geraes, por intermédio de seus representantes, Srs. D rs. Álva­
ro da Silveira e Alfredo Sá, como preliminar para sc resolver o as­
sumpto, na região ao norte do rio Dôce, o seguinte convênio:

“ Os Estados do Espirito Santo e de Minas Geraes, represen­


tados, o primeiro, pelo Presidente, D r. Florentino Ávidos, e o se­
gundo, pelo D r. Álvaro da Silveira, especialmente investido de pode­
res pelo Exmo. Sr. D r. Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, P re­
sidente de Minas Geraes, conforme o officio que apresentou, accor-
dam em assignar o presente convênio para encaminhar e facilitar a
solução da pendencia de divisas entre os dois Estados, na região ao
norte do rio Dôce, sob as seguintes clausulas:
ESTADO DO E.SANTO 25

PRIMEIRA

Nomeação de nma comniissão mixta, dirigida por dois tcchni-


cos de cada Estado, e com os auxiliares necessários, para fazer o le­
vantamento topographico, na serra dos Aymores, de uma faixa ao
longo da provável linha divisória, podendo se empregar nesse levan­
tamento o methodo dos caminhamcntos á estadia.
SEGUNDA

Levantada toda a faixa limilrophe conveniente c indicada a


linha de divisas, respeitada a occurrencia prevista na Clausula Oita­
va, serão as plantas respectivas assignadas pelos tcchnicos dos dois
Estados e apresentadas aos dois Governos, para serem approvadas,
procedendo-se. então, á demarcação. O assignalamento da linha di­
visória será feito por marcos de pedra, que serão collocados nos pontos
em que se tornarem necessários para bem indicar a posição exacla da
divisa.
TERCEIRA

A planta que fòr approvada, a que se refere a clausula ante­


rior, figurará a posição de todos os marcos collocados para a de­
marcação .
QUARTA

Os trabalhos de campo a que se refere o presente convênio


serão iniciados, simultaneamente, nos dois pontos extremos da divi­
sa, isto c, á margem esquerda do rio Doce e á direita do rio Mucury,
c serão iniciados dentro do menor prazo possível.
QUINTA

A falta ou ausência do representante technico de um dos Es­


tados não obstará o proseguimento dos trabalhos de campo pelo outro
Estado que estiver presente.
SEXTA
Cada Estado custeará as despezas com os trabalhos dc sua com-
missão technica, e no que lhe competir, e o trabalho technico de um
Estado fica sujeito á verificação que o technico do outro Estado qui-
zer fazer, em qualquer occasião.
26 M E N S A G E M

SÉTIMA

Concluídos os trabalhos de demarcação, será lavrada uma acta


assignada pelos representantes technicos dos dois listados, contendo
<l descripção detalhada da linlia demarcadora, devendo as plantas
e memoriaes ser, também, assignados pelos mesmos representantes te­
chnicos dos dois Estados.
OITAVA

Nós pontos de solução de continuidade na alludída serra, as


duvidas ou divergências que surgirem entre os technicos dos dois Es­
tados serão resolvidas pelos respectivos governos, e si não fôr pos­
sível accordo recorrcr-sc-á ao juizo arbitrai.

NONA

Esse juizo arbitrai se comporá de tres juizes, nomeando cada


Estado o seu, e os dois, a seu aprazimento, escolhendo o terceiro, que
será o presidente e terá, apenas, voto de desempate.

DÉCIMA

Terminados e acceitos pelos dois Estados os trabalhos de de­


marcação, o chefe do Poder Executivo de cada Estado se compro-
mette a remettel-os ao respectivo Poder Legislativo, em sua primei­
ra reunião, acompanhados da acta a que se refere a Clausula Sétima,
<las plantas e memoriaes respectivos, para serem approvados na forma
■da legislação de cada Estado.
UNDECIMA

Mediante instrucções propostas de commum accordo pelos dois


technicos de cada Estado c approvadas pelos respectivos governos, se­
rão resolvidos os detalhes da execução dos trabalhos e despezas cor­
respondentes quanto a material, pessoal operário, transportes, etc.”

Limitca com o Rio do Janeiro

Depende ainda de homologação o accordo lavrado com a So­


ciedade de Geographia do Rio de Janeiro, a 5 de Setembro de 1919,
pelos Delegados do Espirito Santo c Rio de Janeiro, respeitando a
ESTADO DO E. SANTO 27

tradicional linha de limites pelo rio Itabapoana. O accordo foi appro-


vado pelo Congresso Legislativo do nosso Estado, em l.° c 2.° turnos,
em 1919 e 1920. A 30 de Agosto dc 1924, enviei ao Congresso Na­
cional os documentos necessários para a devida homologação.
ELEIÇÕES

Durante o meu governo, realizaram-se no Estado as seguintes


eleições:
a 26 de Junho de 1924 — para o preenchimento dc tres
vagas existentes no Congresso do Estado;
a dc 24 de Fevereiro de 1925 — para a renovação do
Congresso Legislativo;
a de 1/ de Março de 1926 — para a Presidência c Vice-
Presidcncia da Republica, no quadriennio 1926—1930;
a de 19 dc Setembro de 1926 — para o preenchimento
da vaga aberta na Representação Federal, por haver o
Deputado Heitor de Sonsa se empossado do cargo de
Ministro do Supremo Tribunal Federal;
a de 15 dc novembro de 1926 — para os cargos de Pre­
feitos Municipacs da Citlade do Espirito Santo, Santa
Leopoldina, Collatina, Cachoeiro dc Itapemirim, São
João do Muquy, São Pedro de Itabapoana, Calçado,
Alegre e São Matheus;
a de 24 de Fevereiro de 1927 — para renovação da re­
presentação na Camara Federal e do terço do Senado,
por haver terminado o mandato do Senador Jerony-
mo Monteiro;
a *de 8 de Maio de 1927 — para o preenchimento de
tres vagas no Congresso Legislativo do Estado;
a de 15 de Novembro dc 1927 — para renovação do
mandato dos vereadores, juizes districtaes e seus sup-
plentcs, em todos os municípios do Estado;
a de 8 de Janeiro do corrente anno, para renovação do
Congresso Legislativo;
a de 23 de Maio, para Presidente c Vice-Presidente do
Estado no quadriennio 1928—1932.
Todosvos pleitos correram livremente, tendo o Governo cerca­
do sempre dc completa garantia o exercício do voto, o mais sagrado
•dos direitos políticos.
MENSAGEM
28

Vae a seguir a relação dos vereadores eleitos em 15 de Novem­


bro de 1927 e empossados a 1/ de Janeiro do corrente anno e, bem
assim, dos prefeitos que se encontram, actualmente, em exercício.

MUNICÍPIO DE AFFONSO CLÁUDIO


VEREADORES:
José Giestas — Presidente
José Jorge Haddad — Vice-Presidente
Agenor Rodrigues Pereira
João Rodrigues Pimenta
Plinio Gomes
Antonio Augusto da Silva Cardoso
Francisco Coelho

MUNICÍPIO D E ALEGRE
PREFEITO:
D r. Godofredo da Costa Menezes
VEREADORES:
D r. Henrique Augusto Wanderley — Presidente
Dulcino Pinheiro — Vice-Presidente
Fernando Martins Rodrigues
Philadelpho Sardemberg
Carmclio Meyrelles Alves
José Antonio Ribeiro
Virgilio de Aguiar


MUNICÍPIO
*• DE ANCHIETA
VEREADORES:
Philadelpho Fernandes — Presidente
•Jorge Assad — Vice-Presidente
Antonio Freire de Andrade
Celso Cardoso de Paula Rangel
Albino dos Santos Souza
Franklin Von-Doellinger
Pauzanias Gonçalves Nogueira

MUNICÍPIO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM


PREFEITO:
Francisco Athayde
VEREADORES:

D r. Francisco Gonçalves — Presidente


ESTADO DO E. SANTO 29

D r. Bricio dc Mesquita — Vice-Presidente


D r. Jarbas de Athayde
Fernando de Abreu
Antonio Alves da Cunha
Álvaro Ramos
Elias Mussi

MUNICÍPIO DE CALÇADO
VEREADORES:
João Marcellino dc Freitas — Presidente
Alcebiades José Gomes — Vice-Presidente
Alfredo Virgílio Lobo
Dermeval Mcdina
Alfredo Jungner Vidaurre
José Teixeira Vieira de Resende
João Rosa Vieira

MUNICÍPIO DE CARIACICA
VEREADORES:
Walfredo Ferreira de Paiva — Presidente
Manoel Monteiro de Moraes — Vice-Presidente
Alfredo do Couto Teixeira
Joaquim Maciel de Figueiredo
Manoel Novaes

MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DA BARRA


VEREAD0RE8:
Adolpho Barbosa Serra — Presidente
Menegundes Veríssimo Machado — Vice-Presidente
Antonio Ncgreiros Junior
Hermes C. Carneiro
Manoel Antonio de Oliveira
Porfirio Santos Lisboa Netto
Ulysses Manoel Ribeiro Guimarães

MUNICÍPIO DE COLLATINA
PREFEITO:
Virginio Calmon
VEREADORES:
D r. Xenocrates João Calmon de Aguiar — Presidente
í 30 mensagem

Artliur Coulinho de Alvarenga — Vice-Presidente


Francisco Vieira Milagres Junior
Antonio Mattos
João Cavalcante de Albuquerque
Lastenio Calmou
Aristidcs Miranda da.Penha

MUNICÍPIO DE DOMINGOS MARTINS


VEREADORES:
D r. Oscar Baraúna — Presidente
Nelson Faria Santos — Vice-Presidente
José Henrique Pereira
Pedro Schwartz
Paulo Antonio Lorenzoni

MUNICÍPIO DO ESPIRITO SANTO


PREFEITO:
Esmcrino Gonçalves Laranja
PEREADORES:
General João Baptista O. Brandão Junior —Presidente
José de Azevedo Vereza — Vice-Presidente
Felintlio das Neves Santos
Siivino dos Santos Valladares
Libcralino Ferreira Coutinlio
Joaquim Rodrigues P . de Freitas
Antenor da Silva Borges

MUNICÍPIO DE FUNDÃO
VEREADORES:
Herminio Jorge de Castro — Presidente
Manoel Francisco Fcu Subtil — Vice-Presidente
José Ribeiro Braga
Antonio da Costa Muníz
Hyppolito Agostini

MUNICÍPIO DE GUARAPARY
■VEREADORES:
Joaquim da Silva Lima — Presidente
Sylvio Maneglia — Vicc-Presidente
Joaquim Ribeiro dc Castro
Amcrico Bourguignon
ESTADO DO E. SANTO 31

Manoel ela Cosia


Jovino Carlos de Jesus
João Baptista Brandão

MUNICÍPIO DE i c o n i i a
VEREADORES:
José Mendes Rangel — Presidente
Idyllio de Paula Beiriz — Vice-Presidente
Vicente Lourenço da Silva
Herculano Gomes da Silva
Valeriano dos Passos Martins

m u n ic íp io DE ITAGUASSU’ .
VEREADORES:
Thomaz Ceglias Abbade — Presidente
Joaquim Ferreira dos Santos — Vice-Presidente
João Scardua Primo
João Elias Colnago
João Frcchiani

MUNICÍPIO d e i t a p e m i r i m
VEREADORES :
Amphiloquio Alves Moreno — Presidente
João Fernandes Barbirato — Vice-Presidente
José Marques Machado Soares
Demosthcnes da Silva Bahicnse
Mario Gomes da Silva Pinheiro

m u n ic íp io d e m u n iz f r e ir e
VEREADORES:
Carmo De Biase — Presidente
José Raymundo Vieira — Vice-Presidente
Francisco Senna
Joaquim Camargo Sobrinho
Josc Merçon Sobrinho
Francisco José da Rocha
ITonorio Antonio do Carmo

m u n ic íp io d e pa u g ig a n t e
.V. RE ADORES:
Domicio Martins da Silva — Presidente
' m e n s a g e m
32

Manoel Pereira Pinto — Vice-Presidente


Henrique Rebuzzi
Coriolano Pereira dc Jesus
Felippe Reizer
MUNICÍPIO DE PONTE DE ITABAPOANA
VEREADORES:
José Carlos Terra Lima — Presidente
Osorio Mendes dc Carvalho — Vice-Presidente
Nestor Gomes
Agenor Cândido Pereira
Joaquim Rodrigues Vargas
m u n ic íp io d e r ia c h o
VEREADORES:
Herculano Leal — Presidente
Philareto Loureiro — Vice-Presidente
Belmiro Manoel de Carvalho
Ernesto Rosário do Nascimento
Joaquim R. Pinto Machado
m u n ic íp io d e r io n o v o
** VEREADORES:
'/?V‘ • Nestor Alves Athayde — Presidente
Eurico Bayeri — Vice-Presidente
Francisco Pcrcilio Kope
Antonio Lucas Brandão
Genesio Bittencourt Pinheiro
MUNICÍPIO DE RIO PARDO
VEREADORES:
Pedro Scardine — Presidente
José Eugênio dc Oliveira — Vice-Presidente
Eduardo de Aquino Leite.
Ildefonso Rodrigues de Paulo
Jorge de Sousa Leite
MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ
VEREADORES:

José Ferreira Lamego — Presidente


Antonio Loureiro do Nascimento — Vice-Presidente
ESTADO DO E . SANTO 33

Joaquim Simões da Rocha


Ignacio Ribeiro da Rosa Loureiro
José Maria das Dores
Manoel Pereira da Fraga

Zatta Giuseppe
m u n ic íp io d e s . jo a o d o m u q u y
PREFEITO:
Argemiro Macedo
VEREADOEE8:
Luiz Siano — Presidente
' Alcides Vianna — Vice-Presidente
Agenor de Souza Pinheiro
Joaquim Affonso
Genesio Vieira Machado
Estanisláu da Silva Guimarães
José da Rosa Machado
m u n ic íp io d e s a n t a l e o p o l d in a

PREFEITO:
Francisco Alfredo Vcrvloet
VEREADORES:
D r. Lauro Faria Santos — Presidente
Carlos João Avancini — Vice-Presidente
Guilherme Ferreira da Rocha Pimentel
Oswaldo de Azevedo Rodrigues
Mario Carlos Ribeiro
Adalberto Gabriel do Couto Rodrigues
Honorio José Furtado Mendonça

m u n ic íp io d e sã o m a t iie u s
PREFEITO:
Henrique Avres de Oliveira
VEREADORES:
Américo Silvares — Presidente
Eleosippo Rodrigues Cunha — Vice-Presidente
João Bento dc Jesus Silvares
Clarindo Fundão
Antonio de Carvalho
Álvaro Gomes da Cunha
Zenon P . Rocha

MUNICÍPIO DE S.' PEDRO DE ITABAPOANA


VEREADORES:
Joaquim de Paiva Gonçalves — Presidente
Gabriel Silveira — Vice-Presidente
Elpidio Silva
Grinalson Medina
Geraldino Junger
Augusto Almeida
Alfredo Gomes

MUNICÍPIO DE SANTA THEREZA


VEREADORES:
• José da Silva Rosa Bomfim — Presidente
Pedro José Mançur — Vice-Presidente
D r. José Luiz Gasparini
Dr. Henrique Aurélio Ruschi
Ângelo Pagani Sobrinho

MUNÍCIPIO DA SERRA
VEREADORES:
Alexandre Cardoso — Presidente
Artliur Peixoto — Vice-Présidente
Belmiro Geraldo Castello
Clovis Borges Miguel
Manoel Barcellos
Francisco Nunes da Fraga
Ozorio Monteiro Pereira

MUNICÍPIO DE VIANNA
VEREADORES:

D r. Olival Brigido Vieira Pimentel — Presidente


Ormindo de Oliveira Barcellos — Vice-Presidente
Luiz Lyrio
Laurentino Pimentel
Evaristo Pinheiro
ESTADO DO B. SANTO 35

MUNICÍPIO DE VICTORIA
PREFEITO:
Octavio índio do Brasil Peixoto
VEREADORES:
D r. Henrique A. Cerqueira Lima Filho — Presidente
João Nunes Coelho — Vice-Presidente
Agostinho Bruzzi
Pedro José Aboudib
Armando da Silveira Ayres
Aristóteles Domingos Santos
Mario Seve Wanderlcy
Mario Fundão
Manoel Nunes do Amaral Pereira

. RELAÇÕES COM O PODER LEGISLATIVO

As relações do meu governo com o Poder Legislativo do Es­


tado foram sempre da mais expressiva cordialidade. Tive a felici­
dade de receber, durante a minha administração, as mais constantes
e francas demonstrações de confiança do Congresso do Estado, que
jamais deixou de me prestigiar, facilitando-me todas as providencias
que solicitei para bem servir aos interesses públicos.
Por minha parte, cumpri sempre o dever de respeitar, em toda
a linha, a independencia e dignidade das vossas funeçoes, procuran­
do, com verdadeira lealdade, prestigiar e obedecer á vossa fecunda e
intelligente acção.
Essa unidade de vistas em que se houveram os dois poderes,
sem solução de continuidade, foi, indubitavelmente, de apreciáveis
vantagens á realização dos trabalhos que effectivámos, visando o pro­
gresso espirito-santense.
Durante todo o quatriennio, só neguei saneção ao projecto de
lei n. 57, pelas razões que vos apresentei, em mensagem especial,
de 6 de Agosto de 1924, e ao art. 21 da lei n. 1.659, de 10 de Outu­
bro de 1927, por considerar, ainda, inopportuna a sua applicação.

RELAÇÕES C O m OS M3JIÍIGIPIOS

Com as 31 unidades de que se compõe o Estado, o meu Gover­


no manteve, ininterruptamente, relações de perfeita solidariedade e
.de completa harmonia de vistas.
MENSAGEM
36
J.----

Das administrações municipacs recebi confortacloras provas


de apreço e de plena confiança na minha acção, como gestor dos des­
tinos do Estado.
Respeitei sempre, com o mais decidido empenho, a autonomia
das municipalidades, não intervindo, de modo algum, em qualquei
dellas, no tocante á administração publica.
Para a direcção provisória do municipio de Santa Thcrcza,
designei interventor, pelo Decreto n. 6.093, de 3 de Junho de 1924,
o Sr. José Francisco Lugon Junior, em consequência de terem sido
annulladas as eleições que ali se realizaram para a renovação da Ca-
mara.
Tive, também, necessidade de designar interventor para o Mu­
nicipio de Alfredo Chaves, o que fiz nos termos do art. 39, n. 17. da
nossa Constituição Politica, nomeando; por Decreto de 2 de Janeiro
do corrente anno, o D r. Olival Brigido Vieira Pimentel para exer­
cer aquelle cargo, por terem os vereadores, eleitos em 15 de Novem­
bro do anno passado, renunciado aos seus mandatos,. logo após se
haverem empossado.
Conforme vos communiquei, em mensagem anterior, auxiliei
aos Municípios de Rio Pardo. Pau Gigante c São Pedro de Itabapoa-
na, com os empréstimos de 3o:ooo$ooo, 8o:ooo$ooo c 6o:ooo$ooo,
respectivamente, para serviços públicos de caracter inadiavel. Esses
auxílios foram prestados mediante autorisações e condições estabele­
cidas na lei n. 1.513, dc 30 de Junho de 1925, regulamentada pelo
Decreto n. 7.147, de 22 de Setembro do mesmo anno.
Ao Municipio da Serra, além do auxilio de 40:000$000 con­
forme a lei n. 1.654 de 6 de Outubro de 1927, foi concedido, tam­
bém, um empréstimo de 45:000?000, para os seus serviços de electri­
cidade, observadas as' mesmas condições previstas naquella citada au­
torização legislativa.
Ao da Capital igualmente auxiliei com um empréstimo de 450
contos de réis para tiral-o dos embaraços em que o collocou a crise
commercial de nossa praça, que não tem permittido a regularidade da
arrecadação municipal.

V IU CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOGRAPHIA

De 24 a 30 de Novembro de 1925, esteve reunido nesta Capi­


tal, o Oitavo Congresso Brasileiro de Geographia. Esse certamcn in-
tellectual foi, sem duvida, de incontestável valor patriótico e scienti-
ESTADO DO E .S A N T O 37

fico, c. por isso mesmo, se revestiram os trabalhos cio máximo bri­


lhantismo.
Como cidadão c como governo prestamos nossos applausos e a•
nossa solidariedade, de ordem moral c material, áquella reunião qtíe
recebeu o concurso da comparencia dos representantes da totalidade
dos Ministérios da Republica, de quasi todos os Governos dos Esta­
dos, de corporações seienti ficas, literarias, religiosas, artisticas, edu­
cativas e profissionacs do Paiz e de brasileiros notáveis.
Em honra aos illustrcs hospedes foi organizado um program-
in a em que q Estado e a sociedade do Espirito Santo procuraram pro­
porcionar-lhes as homenagens devidas, dando-lhes também a oppor-
tunidade de conhecer os vários serviços administrativos em execução.
Aproveitámos a época para as inaugurações dos jardins de
Palacio e da Praça Costa Pereira, do Grupo Escolar e Mercado, e
•como uma das partes do programma figurou a Exposição Inter-Mu-
nicipal de Productos, que foi uma significativa demonstração da gran­
deza do Estado e da operosidade de seus habitantes na agricultura,
n a industria e nas artes.
Presidimos as sessões de installação e encerramento da memo­
rável Asscmbléa, cujas reuniões plcnarias foram dirigidas pelo illus-
tre brasileiro, S r. General Cândido Marianno da Silva Rondon.
Conforme a exposição desse digno militar, recebeu o Con­
gresso, além dc 60 moções, mais de 100 contribuições valiosas que
:sc distribuiram pelas 7 commissões respectivas.
Sobre a efficiencia dos serviços, disse “ O Paiz”, de 12 de
Dezembro de 1925: “Do ponto de vista rigorosamente scientifico,
foi, o alludido certamen, sem duvida, mais valioso do que o reali-
.zado ha poucos annos, em Bello Horizonte, documentando exhubcran-
temente que, se naquelle já apparecia destacável o interesse pelos es­
tudos dessa especialisação, esse mesmo estudo avultou dc um modo
notável no Congresso de Victoria. ”
Effectivamente. de alta valia foram, segundo se vê da expo-
.•sição do S r. General Rondon, as contribuições trazidas ao V III Con­
gresso Brasileiro de Geographia, cujos membros se salientaram, so­
bretudo, pelo espirito de cordialidade c civismo, pelo carinhoso em­
penho com que estudaram a regulamentação das pendências de fron­
teiras inter-estaduaes e pelo cunho que souberam imprimir aos tra-
• balhos do mais entranhado amôr pela união do Brasil..
38 MENSAGEM

Faltaríamos a um elementar dever de justiça si não salientás­


semos os valiosissimos serviços prestados pelo Desembargador Car­
los Xavier, presidente da Commisão Organisadora, para que o V III
Congresso se revestisse do brilhantismo que alcançou. O seu traba­
lho foi incansável, felizmente coroado de completo exilo.

PODER JUDICIÁRIO

O Poder Judiciário do Estado continua a manter o alto pres­


tigio que lhe advem da operosidade, cultura e probidade dos seus
membros.
Sempre me firmei no proposito dc zelar pelas relações de cor-
tezia e profundo respeito recíprocos, que, desde o inicio do meu go­
verno, mantive com esse poder. Ccrquei-o invariavelmente, do maior
acatamento e consideração, jamais intervindo, de nenhum modo, nas
deliberações dc qualquer das duas instâncias em que se divide a nossa
Magistratura.
Durante a minha administração, verificaram-se no Tribunal
Superior de Justiça as seguintes vagas:

Em 1924 — a do Desembargador Lourenço de Moraes Freitas Bar­


bosa, aposentado pelo Decreto n. 6.520, dc 30 dc De­
zembro. Para essa vaga, foi nomeado, por antiguidade
absoluta, em virtude do Decreto n.° 6.541, de 10 dc Ja­
neiro de 1925, o Sr. D r. Josias Baptista Martins
Soares.
EM 1925 — a do Desembargador Antonio Ferreira Coelho, apo­
sentado pelo Decreto n.° 6.740, de 31 de Março. Sub-
stituiu-o o D r. Josc Antonio Lopes Ribeiro, nomeado
pelo Decreto n. 6.754, de 7 de Abril;
— a do Desembargador Gregorio Magno Borges da Fon­
seca, que se aposentou, em virtude do Decreto n.° 7.047,
de 27 de Julho. Essa vaga foi preenchida pelo D r.
Henrique 0 ’Reilly de Souza, nomeado pelo Decreto n.*
7.051, de 29 do mesmo mez;
— a do Desembargador Henrique 0 ’Reilly de Souza, que
sc aposentou,.pelo Decreto n.° 7.274, de 22 dc Dezem­
bro, tendo sido nomeado para substituil-o, pelo Deere-
ESTADO DO E. SANTO 39

lo n." 7.289, de 2 dc Janeiro de 1926, o D r. Christiano


Vieira de Andrade.
Em 1926 — a que resultou do fallecimento do Desembargador Ge­
nuíno Àguido dc Andrade, que foi substituído pelo Dr.
Oscar Faria Santos, nomeado pelo Decreto n.° 7.333,
dc 23 dc Janeiro;
— a do Desembargador Josias Baptista Martins Soares,
que se aposentou, pelo Decreto n.° 7.514, de 7 de Abril;
e, mais tarde,
— a do Desembargador Lcvino Augusto de 1Iollanda
Chacon. Essas vagas foram preenchidas pelos Srs.
D rs. Carlos Xavier Paes Barretto e Cassiano Cardo­
so Castello.

Na Magistratura de 2." instancia verificaram-se varias vagas,


em consequência das remoções feitas para o preenchimento das que
•occorrcram no Tribunal e, também, por haverem pedido avulsão alguns
juizes.
Durante o meu governo, requereram avulsão os juizes se­
guintes :
D r. Gilson Vieira dc Mendonça, cm Agosto de 1924;
D r. Gumercindo de Souza Mendes, cm Setembro de
1925;
D r. Olival Brigido Vieira Pimentel em Novembro de
1927.
\
Do inicio da minha administração, até a presente data. fiz as
■seguintes nomeações dc juizes, habilitados e classificados em concur­
so, perante o Trbunal Superior de Justiça:

Em 1924 — D r. Mirabeau da Rocha Pimentel — para a comarca


de Santa Cruz;
— D r. Euripcdes Queiroz do Valle, para a dc Collatina;
— D r. Ernesto da Silva Guimarães — para a dc An-
chieta-;
— D r. Gumercindo de Souza Mendes — para a de Ita-
guassú;
— D r. Lourival de Almeida — para a de Affonso Cláu­
dio.
40 MENSAGEM

Em 1925 — D r. Francisco Assis Torres Bandeira — para a co­


marca de Santa Cruz, que sc vagou em consequência
de haver sido declarado em disponibilidade o D r. Mi-
rabcau da Rocha Pimentcl;
— D r. Samuel Oswaldo Chaves dos Santos — para a co­
marca dc Itaguassú, que ficou vaga com a avulsão do-
respectivo Juiz.
Em 1926 — Dr. Olival Erigido Vieira Pimentcl — para a de Al­
fredo Chaves;
— Dr. Romulo Finamori — para a de Rio Pardo.
Em 1922 — Dr. Ayrton Lemos — para a comarca de Rio Pardor
que se vagou com a remoção do D r. Romulo Finamori
para a dc Affonso Cláudio;
— Dr. Manoel Henriqucs Wandcrlev — para a de Al­
fredo Chaves. Este não tomou posse do cargo.
Em 1928 — D r. Raymundo Thomc Bezerra — para a comarca de
Santa Cruz;
— Dr. José Vieira Tatagiba — para a de São Matheus;
— D r. João Lordello dos Santos Souza Junior, para a co­
marca de Rio Pardo.
Das Comarcas do Estado, a da Capital é a unica dc 3.a entran-
cia, com duas varas. São dc 2.*, as de Santa Leopoldina, Cachoeiro de
Itapemirim e Alegre. As demais, cm numero de 14, são de l.B en-
trancia.
Presentemente, acha-se vaga, apenas, a Comarca de Itabapoa-
na, em virtude de haver sido o respectivo juiz — Dr. Danton Bastos
— nomeado para o cargo de Consultor Jurídico do Estado.
Vencimentos da Magistratura

O meu Governo, sobre dispensar á Magistratura as attenções


que lhe são devidas, cercando-a, invariavelmente, do mais alto presti­
gio, também, procurou melhorar-lhe os vencimentos, correspondendo,
assim, á necessidade de facilitar a sua situação, attendendo á carestia
da vida entre nós c de accordo com os recursos financeiros do Es­
tado.
O primeiro augmento dos vencimentos dos magistrados foi
permittido pela lei de n. 1.469. No anno passado, em virtude da lei
ESTADO DO E. SANTO 41

n . 1.640, de 31 cie Agosto, foi concedido outro augmento, de cara­


cter condicional, na seguinte proporção:
Desembargador............... 500$000 por inez
Juiz de D ire ito ............... 300$000 por mez
Alcm desse augmento, concedido sob a fôrma dc representa­
ção e para vigorar emquanto o orçamento do Estado attingir a cifra
superior a 28.000:000$000, estabeleceu-se, também, em favor da Ma­
gistratura, o pagamento dc quotas por julgamentos proferidos, con­
forme se verifica dos arts. 3.° c 4.* da referida lei n. 1.640, o que
concorreu para melhor compensação dos nossos magistrados.
Correições

As correições são, sem duvida, uma das mais sabias medidas


recommendadas pela lei de Organisaçào Judiciaria cio Estado. Essa
salutar providencia de fiscalisar biennalmente os serviços forenses
do Estado já vem produzindo magníficos resultados, sendo de accen-
tuar a orientação perfeita que a Justiça vae seguindo em todas as
Comarcas, graças ás recommcndações e medidas que os Desembar­
gadores corregedores têm adoptado no desempenho de suas attri-
huições. As correições districtaes, serviço, também, dc alto alcan­
ce, instituído pela lei de Organisaçào Judiciaria têm sido feitas re­
gularmente, pelos respectivos juizes.
Movimento do Tribunal Superior de Justiça

Durante o anno de 1927, o Tribunal Superior de Justiça reali­


zou 91 sessões ordinárias e 1 extraordinária, tendo proferido 337 ac-
corclãos, nos feitos seguintes:
Ila b e a s-co r p u s.......................................... 45
Recursos dc habcas-corpus.................... 3
Recursos erim inaes................................... 30
Á ggrnvos...................................................... 50
Carta testem unhavel............................... 1
Conflicto de jurisdieção........................ 1
R epresentação............................................ 1
A ggravos de despacho do relator. . 3
Appellnções erim inaes............................ 142
A ppellações eiveis..................................... 53
Embargos ao nccordam em aggravo. 1
Embargos ao accordnm em appella­
ções eiveis........................................... 7
42 MENSAGEM

Durante o mesmo anuo, deram entrada no Tribunal ol4 feitos,


sendo:
Habcas-corpus............................................ 46
Recursos de lmbcas-corpus. . . . . 3
Recursos crim inaes.................................. 29
A g g r a v o s ................................................... 59
Carta testem unhavel............................... 1
Conflicto de jurisdicçfio........................ 1
Appcllações crim inaes............................ 133
Appellaçõcs eiveis.................................... 42

Além dos julgamentos, foram . proferidas 67 resoluções, ver­


sando algumas sobre assumptos de grande relcvancia, demonstrando
as suas decisões o nosso gráo de adiantamento e o grande saber dos
egregios magistrados, que são membros do collcndo Tribunal Supe­
rior de Justiça do Estado.
A actividade do Tribunal Superior, como se vc, pelos dados
expostos é digna dos melhores encomios. Para felicidade nossa, a
Magistratura espirito-santense, seja a da 2 / instancia, seja a da 1.*,
desvela-se no exercício de suas elevadíssimas funeções, zelando pela
segurança dos direitos, com uma independência e saber acima de
quaesquer duvidas.

Divisão Judiciaria

O território do Estado continua dividido em 18 comarcas. Os


districtos judiciários foram classificados pela lei n. 1.485, de 5 de
Setembro de 1924, sendo naquella época, em numero dc 111. No de­
correr do ultimo anno, foram installados os seguintes districtos ju­
diciários :
o de Lage — no Municipio de Collatina, creado pela lei
n.# 1.381, de 4 de Julho dc 1923, em data de 23 de
Junho;
o de Affonso Penna — no mesmo Municipio dc Colla­
tina, creado pela lei n.° 1.607, de 30 de Junho de 1927
— em data dc 30 de Outubro;
o de Condurú — no Municipio de Cachociro de Itape-
mirim, creado pela lei n.’ 1.657, de 8 de Outubro de
1927 — em data de 7 de Janeiro do corrente anno.
ESTADO DO E. SANTO 43

Leis processuacs

Estão em vigor as leis processuaes ns. 1.055, de 2.^ de Dezem­


bro de 1915 — Codigo do Processo Civil e Commcrcial — ; e 1.091,
de 26 de Setembro dc 1914 — Codigo do Processo Penal — , com as
alterações e accrescimos feitos pela lei n.° 1.659, de 10 de Outubro de
1927, a qual revogou expressamente as leis ns. 1.108, de 17 dc Ja­
neiro de 1917, e 1.308, de Dezembro de 1921.
A lei n.° 1.629, de 17 de Agosto de 1927, determinou fosse
inaugurado o registro de immoveis pelo Systema Torrens. em todas
as comarcas do Estado, para ter inicio quatro mczes depois da publi­
cação da mesma lei.

Ministério Publico

O cargo de Procurador Geral do Estado, com funcção junto


ao Tribunal Superior de.Justiça, é actualmentc exercido pelo d r. Aloy-
sio Aderito de Menezes, juiz em disponibilade da comarca de Pau Gi­
gante. Durante a minha gestão exerceram o cargo de chefe do Minis­
tério Publico os d rs . Josias Baptista M artins Soares, Ubaldo Rama­
lhete Maia, Mirabeau da Rocha Pimentel e Aloysio Aderito de Me­
nezes .
O primeiro, por decreto de Janeiro de 1925, foi nomeado des­
embargador do Tribunal Superior dc Justiça. O d r. Ubaldo Rama­
lhete Maia, em Julho de 1926, foi transferido para a Secretaria da
Instrucção, e deste posto para o de Procurador Geral o d r . Mirabeau
da Rocha Pim entel. Em Outubro do anno passado nomeei este ulti­
mo para o cargo de Secretario da Presidência, tendo escolhido para
substituil-o o d r. Aloysio Aderito dc Menezes.
Varias têm sido as modificações feitas no corpo dos promoto­
res públicos do Estado, todas de accordo com as propostas do Chefe
do Ministério Publico. Presentemente só se encontra vaga a promo-
toria da comarca de Santa Leopoldina.
AUXILIARES DIRECTOS DA ADMINISTRAÇÃO

Ao iniciar o meu Governo escolhí para os cargos de Secretá­


rios de Estado os D rs. José Antonio Lopes Ribeiro, Secretario do*
Interior, Carlos Xavier Paes Barreto, da Presidência, Moacyr Mon­
teiro Ávidos, da Agricultura, Mirabeau da Rocha Pimentel, da In­
strucção e Alziro Vianna, da Fazenda.
*44 3tf E N S A G B M

Como a cargo da Secretaria da Agricultura estivesse a totali­


dade das obras do Estado, e considerando o grande desenvolvimento
e a importância que as mesmas tinham, não permittindo ao mesmo
Secretario occupar-se da parte propriamente do expediente geral,
designei o director de Agricultura, Terras c Colonização, D r. Bem-
vindo dc Novaes, para encarregar-se do expediente daquelle departa­
mento, autorizando-o a assignal-o pelo Secretario. Essa situação per ­
durou de 1924 até ineiados do anuo transacto, quando o D r. Moacyr
Ávidos, já pouco sobrecarregado dc serviço, assumiu toda a super­
intendência do departamento que lhe confiei.
Havendo ingressado no Tribunal Superior de Justiça, em 1926,
•o dr. Carlos Xavier Paes Barreto, Secretario da. Presidência, nomeei
para substitui-lo, por decreto de 10 de Julho do mesmo anno, o D r.
Aristeu Borges dc Aguiar, lente cathedratico do Gymnasio do Espi-
Tito Santo, e então director do mesmo estabelecimento. No mesmo
anno, também, se verificou a transferencia do D r. Ubaldo Ramalhe­
te Maia, do cargo de Procurador Geral do Estado para o de Secre­
tario da Instrucção, que vinha sendo occupado desde o inicio da admi­
nistração Nestor Gomes, pelo D r. Mirabeau da Rocha Pimentel.
Com o afastamento do D r. Aristeu Borges de Aguiar da Se­
cretaria da Presidência, por haver sido escolhido candidato á succes-
são presidencial, nomeei para substituil-o o então Procurador Geral
•do Estado, dr. Mirabeau da Rocha Pimentel.
A 17 dc Abril do corrente anno, solicitou exoneração do cargo
de Secretario do Interior, o dr. José Antonio Lopes Ribeiro, que vem
sendo substituído, desde o tempo cm que o mesmo se encontrava em
gozo dc licença, pelo Secretario da Presidência, D r. Mirabeau da
Rocha Pimentel.

• . SEGESEíflRin 00 INTERIOR
A Secietaria do Interior continua íunccionando regularmente,
attendendo de modo satisfactorio aos múltiplos encargos que lhe são
affectos. Os serviços deste departamento estão distribuídos por duas
secções, achando-se sob sua immediata superintendência — a Directo-
ria de Hygiene, a Policia, civil c militar, a Penitenciaria, a Bibliothcca,
o Archivo Publico, a Imprensa Estadual e a Junta Commcrcial.
O desenvolvimento constante da vida administrativa do Esta­
co tem aconselhado uma maior descentralização dos serviços a cargo
ESTADO DO E. SANTO 45

da Secretaria do Interior, especialmente, quanto á hygiene e policia


civil, o que effectivamente se permittiu, nesses últimos annos, com
reaes resultados para a bôa marcha dos negocios públicos.

REFORttXA CONSTITUCIONAL

Nos termos do disposto na lei n. 1.658, de 8 de Outubro de


1927, convoquei o Congresso Legislativo do Estado para reunir-se,
extraordinariamente, a 15 de abril deste anno, com attribuições de
Constituinte.
Em mensagem que vos dirigi no dia da installação dos vossos
trabalhos mencionei o que me pareceu de necessidade modificar, para
o fim de tornar o nosso estatuto básico, senão perfeito, quando menos
em condições dc satisfazer cabalmente ás nossas exigências políticas
c administrativas.
Não me inspirou, ao recommendar-vos a revisão da nossa carta
constitucional, a vaidade de ligar o meu nome a uma reforma sem
alcance pratico, mas simplesmente dc cffeitos innòvadores, implican­
do unicamente a intenção de modificar o que encontrei. Tive sim o
proposito de, ainda uma vez, servir bem as funeções que me delegou o
eleitorado espirito-santense, concorrendo para rever a lei fundamen­
tal do Estado, dc molde a escoimal-a dos defeitos que apontei e dotal-a
das alterações e accrescimos, que lhe eram indispensáveis para tornal-a
digna da nossa cultura juridico-politica.
Foi esse o meu objectivo, felizmente, bem comprehendido por
todos vós, que suppristes de modo digno de encomios as deficiências
dos meus reparos, elaborando emendas e modificações, que tornarão
o nosso estatuto político um codigo capaz de satisfazer plenamcnte as
nossas necessidades.
Justifica também a ultima reforma de nossa Constituição o
dever imperioso em que nos encontravamos de moldal-a de accordo
com as alterações que foram feitas no Pacto Fundamental da Repu­
blica, revisto no governo do eminente brasileiro D r. Arthur Ber-
nardes.
3U00ESSA0 PRESIDENCIAL
E ’ do conhecimento geral a felicidade com que foi resolvido o
caso politico da minha successão no governo do Estado.
A solução desse problema de alta relevância, conseguida num
ambiente de inteira harmonia entre os elementos políticos do Esta­
46 MENSAGEM

do é um frisantc attestado de nossa educação política c da cultura


cívica da nossa gente, cujo espirito de ordem cada vez mais se accen-
túa em beneficio da grandeza da nossa terra.
De facto eram positivamente lamentáveis as divergências dc
outros tempos, marcando profundos dissídios e competições desmedi­
das, quando se achava cm fóco a escolha do candidato á mais alta
magistratura do Estado.
O apaixonamento dc ânimos, separando correntes partidarias,
atiradas ao campo de uma lueta evidentemente desvantajosa aos legí­
timos interesses collectivos, collocava-nos numa posição dc inferiori­
dade ante as demais unidades da Federação, além de enfraquecer os
partidos que assumem, entre nós, os encargos de orientar os nossos
destinos políticos.
Ascendendo á suprema governança estadual por entre os ge­
nerosos applausos de todos, cercado da mais benevola e confortadora
sympathia e tendo encontrado harmonizadas todas as correntes polí­
ticas, que mc distinguiram com o seu apoio unanime, claro é que o
meu mais forte e decidido empenho seria o de cooperar, 11a occasião
própria, para que o regimen de paz que desfruetamos dc longa dal i
não se toldasse com as divergências e dissenções, fundamente preju-
diciaes ao optimo conceito cm que se encontra o Espirito Santo..
Felizmente com o apç>io unisono dos homens públicos, que tem
responsabilidades na orientação política do Estado, e com a approva-
•ção f 1 anca do nosso povo, vimos indicado e acclamado sem restricções
o nome do Secretario da Presidência, D r. Arísteu Borges de Aguiar,
para supremo gestor dos nossos destinos, no quadriennio a iniciar-se
a 30 de Junho proximo.
O candidato, unico escolhido, foi eleito por notável maioria no
pleito de 23 de Maio ultimo.

O D r. Aristeu Borges de Aguiar é um nome de conceito fir­


mado, de reputação illibada, com predicados que o distinguem entre os
nossos correligionários políticos, de qualidades e virtudes que assegu­
ram a victoria da administração vindoura, como uma das mais afor­
tunadas para a nossa terra.
or certo, cabem os mais calorosos applausos aos que permit-
tiram e contribuiram para que, ainda uma vez, pudesse o Espirito
Santo 1 esolver o problema da successão governamental, nessa atmos-
ESTADO DO E. SANTO 47

phcra de paz confortadora, sem os sobresaltos cjnc tanto desnormali-


saram a sua vida em quadricnnios idos.

CORPO CONSULAR

Foram sempre dc inteira e completa cordialidade as relações


•mantidas pelo meu governo com os representantes dc paizes estran­
geiros aqui residentes e acreditados.
Dispensei-lhes invariavelmente todas as defcrcncias que lhes
•eram devidas pelas funeções que desempenham. Aos representantes di­
plomáticos que por aqui transitaram prestei as homenagens a que
tinham direito, facilitando-lhes, como convinha, o alcance dos objecti-
vos que os trouxeram ao nosso Estado.
No anno passado recebemos a visita do Sr. Hubert Knipping,
TVIinistro Plenipotenciario da Allemanha no Brasil. O illustre diplo­
mata foi recebido nesta Capital, com as honras devidas ao seu alto
posto, a 19 de Setembro. Percorreu vários municípios do Estado em
•visita ás colonias allemàes aqui installadas, regressando ao Rio de
Janeiro a 30 do mesmo mez.
Durante o meu governo recebí também a visita do Sr. Anton
Retschek, Ministro Plenipotenciario da Áustria, a quem foram presta­
das as mesmas attenções e homenagens.
Acham-se reconhecidos representantes de Nações estrangeiras,
com jurisdicção neste Estado, os seguintes cônsules geraes, residen­
tes no Rio de Janeiro:
F R A N Ç A ...............Barre Fonsignon (Heuri Aftinir Marie)
INGLATERRA . . Godfrcy D igbg Napicr Haggard
URUGUAT . . . . Jainte Herrera
J A P Ã O ..................Kôso Schigc
MÉXICO.................Damian Alarcon
S U É C IA ................ Arcndt Holmberg.

Com residência neste Estado estão reconhecidos representan­


tes dc paizes estrangeiros os seguintes cônsules e vicc-consulcs:
ALLEMANHA . . August Arens
AUSTRTA............... Robert Langen
BÉLGICA................D r. Alcides Guimarães
HOLLANDA . . . D r. Alcides Guimarães
BOLÍVIA . . . . Bnsilio Pimenta Filho
48 MENSAGEM

HESPANKA . . . Emilio Trinxct


ITA L T A .................. Cav. Luigi Pctroccbi
E . UNIDOS. . . . John W . B m nk
rORTUGAIj. . . . Alberto O. Santos
FRANÇA . . . . Alberto O. Santos (agente consular)

Assignalo que o Sr. John W . Brunck, vice-consul de carreira


da grande Republica Norte Americana, demonstra o apreço que a
nossa Capital conquistou pela sua importância commercial perante
aquelle paiz amigo.

ORDEM PUBLICA DO ESTADO

Em todo o território espirito-santense tem reinado a mais


completa paz desde o começo do meu governo. A indolc pacifica e
ordeira do nosso povo constitue, sem duvida, uma das maiores g a r a n ­
tias á integridade da ordem c segurança publicas.
Não obstante a numerosa affluencia de elementos estranhos,
que vieram para esta Capital em busca de trabalho nos tres primeiros
annos da minha gestão, não se verificou em nosso Estado a menor
perturbação da ordem, o que demonstra a efficicncia dos nossos ser­
viços policiaes e a confiança que merece a acção da nossa justiça.
Devo registrar que a nossa corporação de policia civil, a cuja
frente se encontra o D r. Fernando Rabello, que se esforça no cumpri­
mento dos seus deveres, se vem norteando, nestes últimos tempos, por
processos modernos e intelligcntes, que asseguram resultados magnífi­
cos na tarefa delicada de zelar pela ordem e segurança publicas.
A lolerancia cominedida, a brandura, sem condcscendencias in-
opportunas, a promptidão nas providencias a tomar, a prevenção con­
stante, para evitar casos e situações, constituem os recursos de que
se tem valido a nossa policia civil, e esse critério lhe tem garan­
tido absoluto exito na missão que lhe está affecta.
Dispensei ao nosso serviço dc policia civil os cuidados que elle
reclamava. Embora não seja elle ainda perfeito está, entretanto, cm
condições dc satisfazer as nossas actuaes necessidades, graças á bôa
orientação que lhe foi imprimida. ••
Salvo algumas greves de caracter pacifico, nenhuma outra oc-
currencia, digna de attenção, se registrou no decorrer do meu perío­
do presidencial.

»
E S T A D O DO E . SANTO 49

R E PR E SSÃ O A O S JOGOS D A AZAR

A moralizadora campanha, a que dei inicio, contra os jogos de


azar continua sendo mantida com toda a energia e está produzindo os
melhores resultados.
O combate, sem tréguas, contra esse flagello, um dos maiores
dos que affligem a humanidade, foi um dos serviços que entendí de
prestar á população espirito-santense, livrando-a das batotas e espe­
luncas que se agasalhavam na cidade, offerecendo o mais conírange-
dor de todos os espectáculos.
“ D iathese cancerosa das raças anemizadas pela sensua­
lid ad e e pela preguiça — no dizer do grande e insuperável
tribuno que fo i K uy B arbosa — o jo g o entorpece, ca loja e
d esvirilisa os p ovos, nas fib ras de cujo organism o insinuou
o seu germ en proliferan te e in e x tirp a v el. E sse mal, (pie
m u itas v ezes não se separa do lupanar senão pelo tabique d i­
visório entre a sa la e a aleo v a ; essa fatalid ad e, que rouba ao
estudo tan to s ta len to s, á in d u stria tan tas forças, á probida­
de tan tos caracteres, ao dever dom estico tan tas virtu d es, á
patria tan tos heroísm os, reina sob sua m anifestação com ple­
ta em esconderijos, onde a palavra se abastarda no calão,
onde a personalidade hum ana sc despe do seu pudor, onde a
em briaguez da cobiça delira cvnica e obscena, onde os m a­
ridos blnspheranm pragas im p roferiveis contra a sua honra
con ju gal, onde, em com m unhão odiosa, se contrahcm am iza­
des inverosim eis, onde o m enos que se gasta é o equilíbrio
da alm a, o m enos que se arruina c o ideai, o m enos que se
dissipa c o tem po, estofo precioso de tod as as obras prim as,
de todas as u tilid a d es solidas, de todas as acções grandes.*'

Estivemos, infelizmente, por algum tempo, sob a influencia


dessa praga maldita. O nivel moral dos nossos costumes havia des­
cido deploravelmente.
O inicio do combate decidido e intransigente contra ess? cancro
social, deu começo, também, ao expurgo dos máos elementos que vi­
viam entre nós. Si, por um lado, se avolumaram as queixas dos pre­
judicados, desses indesejáveis que faziam vida nos antros de perdi­
ção c de vicios, por outro, surgiram os applausos da sociedade sã,
que se viu amparada c defendida pela minha acção.
Victoria actual póde dizer-se uma cidade limpa, sem esses as­
pectos de profunda decadência que o jogo produz, graças á firme de­
cisão que se tomou de combatel-o inexoravelmente.
50 MBNSAOEM

. DELEGACIAS EEGIONAES

Existem no Estado, creadas pela lei n. 1.541, de 9 de Julho


de 1925, cinco delegacias regionaes. Destas, estão vagas, presente-
mente, as de Alegre, comprehendendo os municípios de Alegre e Rio
Pardo, a dc Affonso Cláudio, abrangendo o município do mesmo nome,
e a de Collatina, comprehendendo os municípios de Collatina e Ita-
guassú.
Por decreto n. 8.484 de Dezembro dc anno passado, a dele­
gacia de Affonso Cláudio foi annexada á de Collatina. Posfcerior-
mente, por conveniência do serviço, a sede da delegacia de Collatina
foi transferida para Itaguassú. Por acto dc 23 dc Abril, deste anno,
reduzi a acção da delegacia regional de Cachoeiro de Itapcmirim, ao
município de São João do Muquy.
Tendo se exonerado o respectivo delegado, acha-se, também,
vaga esta delegacia.
Infelizmente a maioria das delgacias regionaes não tem pro­
duzido o resultado que seria dc desejar. Como estamos, todavia,
ainda numa phase de experimentação, é para se esperar que ellas
prestem cffectivamente, ao policiamento do território do Estado van­
tajosos serviços, desde que sejam postas em pratica determinadas pro­
videncias, no proposito de corrigir os defeitos que já apresentaram
nesses poucos annos dc existência.

TEANSITO PÜBLIOO

Regulamentado pelo Decreto n.° 7.384, de 3 de Fevereiro de


1926, os serviços de fiscaiisação do transito publico tiveram, desde
logo, uma organisação immediata e tanto quanto possível perfeita
O corpo de inspectorcs cie vehiculos á actualmente constituído
por guarda-civis especialmente destacados para esse fim . Parece-me,
■entretanto, providencia indispensável a creação de um corpo especial de
inspectorcs para a fiscaiisação do transito de vehiculos nesta capital.
Victoria atravessa uma phase de intenso desenvolvimento,
crescendo diariamente o transito dc vehiculos pelas suas ruas, o qual
maior será, ainda, quando estiver franquiada ao publico a ponte de
ligação ao continente. Necessita, pois, de apparelhar-sc de um grupo
de funccionarios habilitados para fiscalisar convenientcmcnte esse
transito.
ESTADO DO E . SANTO 51

Actualmente, a selecção dos elementos á altura das funeções a


preencher é bastante difficil, attendendo-se, principalmcnte, á exigui-
dade dos vencimentos estipulados.

POLICIA MARITUVZA

A Policia Marítima teve a sua organis ação com o Decreto n.


7.230, de 7 de Dezembro de 1925, tendo sido esse serviço ampliado
aos demais portos do Estado, onde exercem as funeções de autorida­
de marítima os delegados de policia ou os subdelegados, nas suas
faltas.
Datam dessa época a adopção de livros c modelos especiaes para
o serviço de cscripturação de passageiros embarcados c desembarcados,
be;n como o de termo de visitas e de occurrencias de bordo, além de
fichas destinadas ao serviço de estatística geral a cargo do.Gabinete
de Identificação.
O serviço de policia marítima, que é superintendido pelo Dele­
gado Geral, nesta Cidade, continua sob a direcção do commissario
Francisco de Souza Varejão.
Ultimamente, foi estabelecido, também, o serviço de policia­
mento marítimo nocturno, para pôr cobro aos constantes desvios de
mercadorias que se verificavam nas embarcações surtas no porto desta
Capital. Embora iniciado de pouco tempo, esse serviço já está dando
os resultados desejados.
O movimento de vapores c passageiros entrados e sahidos no
porto de Victoria, referente a 1926 e 1927, desde quando se organi-
sou o serviço de estatística, sc expressa nos seguintes dados:
P a s s a g e ir o s d c v a r ia s n a c io n a lid a d e s :

Desembarcados em 192G.......................... ............. 9.736


Desembarcados em 1927............................ . . . . 10.628 20.364

Embarcados em 1926..................................
Embarcados em 1927.................................. 16.054

P a s s a g e ir o s c m t r a n s i t o :

Um 1926.................................................
Em 19 2 7 .. .................................... 44.367
52 M 13 N S A 0 E M

V u p o rc s e n t r a d o s :

Em 1920 — Nacionncs................................ 463


E strangeiros........................... 1G9
Outras embarcações . . . . 237 869

Em 1927 — Nncionacs................................ 416


E strangeiros........................... 182
Outras embarcações . . .. 421 1.019 1.888

P a ssea c x tr a l n d o s :

Em 1926 — Para portos do E stado. .. 409


Para portos da Republica 448
Para portos estrangeiros . 199 1.056

Em 1927 — Para portos do E stado. . . 557


Para portos du Republica 421
Para portos estrangeiros . 221 1.199 2.255

GUARDA CIVIL

Em virtude da lei n. 1.612, de 5 de Julho de 1927, o effectivo


dessa Corporação foi elevado para 120 homens.
Em 1924, o seu effectivo se compunha de 40 homens, distri­
buídos em oito de l.° classe, doze de segunda e vinte de 3.“, perceben­
do, respectivamente, 180$000, 165$000 e 140$000.
Pela lei n. 1.541, que reorganisou a policia civil, foi o effecti­
vo da Guarda elevado para 80 homens, com os vencimentos de 300Ç000,
260Ç000e 230$000.
Actualmcnte, percebem 330$000, 290$000 e 260$000, confor­
me a referida lei n. 1.612.
Essa instituição está perfeitamente organisada e tem prestado
relevantissimos serviços á integridade da ordem e segurança publica.

GABINETE DE IDENTIFICAÇÃO E ESTATÍSTICA

O nosso Gabinete de Identificação e Estatística foi creado


pela lei n. 799, de Janeiro de 1912, annexo á antiga Directoria de Se­
gurança Publica. Em 1922, recebeu o referido Gabinete novo Regu­
lamento, com o Decreto n. 4.979, de 17 dc Agosto.
ESTADO DO E. SANTO 53

A lei n . 1.541, de Junho de 1925, reorganizou-o completa-


mente, e o Decreto n. 7.230, de Dezembro do mesmo anno, regula­
mentou-o nos moldes dos gabinetes modernos.
Dessa data em diante foi que o nosso Gabinete de Identifica­
ção começou a preencher cabalmente os seus fins. P ara estudar
todas as modificações que lhe eram indispensáveis, foi designado
para permanecer junto ao Gabinete de Identificação do Estado de
São Paulo o então delegado auxiliar D r. João Pereira Netto, que
•desempenhou a contento a missão que lhe foi confiada pelo Governo.
O nosso gabinete, actualmente, satisfaz, com real cfficicncia, os seus
fins, fornecendo um acervo de informações preciosas á prevenção ou
á repressão dos crimes.
E ’ de inteira conveniência a creação de uma secção de inves­
tigações, dotada dos recursos technicos indispensáveis, para melhor
garantir a efficiencia do nosso serviço policial.
As identificações estão distribuídas no Gabinete, em tres es­
pécies de promptuarios: o dc registro civil, o de legitimação c o
geral.
Xo registro civil foram incluídas, no anno findo, 1.051 pes­
soas. Nesse mesmo registro foram tomadas 2.102 impressões da-
■ctyloscopicas, escripturados 1.051 promptuarios e idêntico numero de
fichas cartonadas.
No registro de legitimação foram incluídas 1.224 pessoas.
•Organisaram-se 1.224 promptuarios, igual numero de fichas carto­
nadas “ Registro de vida”, tendo sido archivadas 2.448 fichas dacty-
loscopicas.
No registro geral foram incluidos 310 criminosos, tendo sido
•orgatiisada igual quantidade de fichas cartonadas, “Registro de vida”,
•e tomadas 620 impressões digitaes. Nesses promptuarios foram es-
•cripturadas 160 denuncias, 133 pronuncias, 49 condemnações, 34
•absolvições e 4 impronuncias.
No registro geral, durante o biennio 1926-1927, foram iden­
tificados 571 criminosos.
Os dados estatísticos acima expostos demonstram a activida-
•de e efficiencia do nosso Gabinete de Identificação e Estatística.
54 M E N SA GE M

A SSISTÊNCIA A ALIENADOS

Esse importante problema de indiscutível interesse publico ain­


da não poude ter uma solução satisfatória entre nós. Ao Governo
ainda não foi possível a fundação de um estabelecimento para cuidar
da assistência a alienados e psychopatas indigentes.
A' falta de recursos proprios para attender a assistência dos
alienados tem o Governo mandado recolhel-os ao Asylo “Deus, Christo
e Caridade”, de Cachoeiro de Itapemirsm, e ao Hospício Nacional, no
Rio de Janeiro, sendo de 1I0$Gu0 mensaes a contribuição do Estado
para manutenção de cada doente no primeiro estabelecimento referido.
O movimento do Asylo “Deus, Christo e Caridade”, no anno
findo, foi o seguinte:
Doentes existentes em l.° de Janeiro de 1927:

Ilom ens....................... 40
Mulheres..................... 41 81
./ .

Doentes entrados durante o nnno:

Homens....................... 78
Mulheres..................... 146

Restabelecidos:

Homens.......................
Mulheres..................... 64

Fallecidos:

Homens..................... •^
Mulheres.................... 42
21

Doentes existentes em 31 dc Dezembro de 1927:


Homens.......................
Mulheres. 66 121

No ultimo semestre de 1927 as contribuições pagas pelo


Governo do Estado para manutenção dos loucos e indigentes impor­
taram em 107:092$407.
Como encarregado de fiscalisar o tratamento dos doentes e
de lhes prestar a assistência necessária, mantem o Governo junto ao
estabelecimento o D r. Newton Ramos.
ESTADO DO E .S A N T O 55

ASSISTÊNCIA A MENDIGOS

O Governo está autorisado, pela lei n. 1.651, de Outubro do


anno passado, a crear, nesta Capital, um asylo para abrigo da men-
dicidade.
Em Victoria, não ha propriamente mendigos aqui vinculados
oelos laços de familia ou de nascimento. Isso attesta a laboriosidadc
•do nosso povo. O numero dos que vivem da caridade publica accen-
tuou-se com a entrada de elementos estranhos, vindos attrahidos pela
fama de prosperidade que o nosso Estado tem desfruetado nesses úl­
timos tempos.
O Governo auxilia hssociaçoes religiosas e particulares de
assistência á mendicidade, facilitando-lhes os recursos pecuniários in­
dispensáveis ao desempenho de sua missão.

ESCOLA DE REGENERAÇÃO

A lei n. 1.574, de Julho de 1926, creou o serviço de protecção


aos menores abandonados e delinquentes, cogitando da educação e re­
generação dos mesmos por processos racionaes, que aconselha.
Assumpto de palpitante interesse, como o é o da infancía de­
linquente, exige, effectivamente, a attenção do poder publico. Infe-
lizmente, não me foi possível crear o estabelecimento proprio, nos
moldes do systema de protecção e assistência previstos na lei fede­
ral n. 4.242, de 1921, e com as medidas geraes, premunitorias e re­
pressivas, rccommendadas pelo Decreto Federal n. 16.272, de De­
zembro de 1923.
Não me foi possível, entretanto, dar execução á referida lei n.
1.574, dadas as grandes obras já iniciadas e em andamento, a cargo
do governo, nesse ultimo biennio.

REPARTIÇÃO CENTRAL D E POLICIA

A Repartição Central de Policia acha-se funccionando em pro­


prio estadual, que já c insufficiente para as necessidades actuaes dos
•seus vários serviços. Nelle estão installados o Gabinete do Delegado
Geral, as duas Delegacias Auxiliares, com seus respectivos cartorios.
o Commissariado, a Policia Marítima, a Inspcctoria de Vchiculos, Sc-
•cção do Expediente, Gabinete Medico-Legal, Serviço de Saude da
56 M B N 8A G E M *

Guarda Civil c dos presos da cadeia publica, Gabinete Photographico,.


Àlmoxarifado e Guarda Civil (Inspectoria, alojamento e almoxarifa-
do), e o Gabinete de Identificação e Estatística.
Durante a minha administração, determinei varias reformas
no edifício da Repartição Central dc Policia. Prevendo a expansão
dos seus serviços, adquiri os dois prédios que ficam contíguos ao edi­
fício da Policia. Executadas as obras de ampliação, as dependências
do alludido prédio comportarão perfeitamente todas as secçõcs cm que
sc desdobram os serviços de nossa policia civil.
Renda da Repartição Central dc Policia

As diversas sccções da Repartição Central de Policia arreca­


daram, cm sello adhesivo, para o Estado, as seguintes importâncias:
P o lic ia m a rítim a :

Passes expedidos para portos do Estado . . .. 1:1149000


» Jl
” fóra do Estado.
M M ,
4:210$Ü00
estrangeiros . .. 4 :420$000
Visitas extraordinárias.. . 5509000 10:29.19000

G a b in e te dc I d e n tif ic a ç ã o :

Carteiras de identidade — typo ospccial 1 :550$000


Idem, typo commum................................................. 9529000
Idem, para serviço domestico................................ 448$000
Certificados de identidade para ingressar na
Guarda Civil............................................... 3929000
Idem, para matricula na Tnsp. de V chiculos.. 2:3289000
Idem, para fins diversos................................... 3:9849000
Passaportes expedidos.................................. 5409000
” v isa d o s............
1209000 10:3149000

I n s p e c to r ia d e V c h ic u lo s:

1Õ9 carteiras expedidas na Capital..................... 3:0849000


159 carteiras expedidas para 0 interior 4:674$G00
f>7 petições de matricula dc autom ovel.. 679000
1G4 petições de licença para aprendizagem do
automovel......................................
1649000
132 autos de infracção...........................
1 :288$000
30 carteiras dc carroceiros para a Capital. 492$000

A transportar
9 :7GO$GOO
ESTADO DO E. SANTO 57

Transporto.................................................. 0 ;769£600
16 carteiras il<*carroceiros para o interior . . 422Ç400
14 habilitações paracarregador........................... 28Ç000
15 petições (2.ft via) de carteiras para chuuf-
fe n r ........................................................................... 45^000
3 ditas, para revalidação de carteira para
carroceiro................................................................ 48$00()
8 ditas, para revalidação de carteira para
c h a u íf e u r ............................................................... 144^000 10:457S600

S c c ç ã o d o E x p e d ie n te :

Dicenças para fin s recreativos...... 193§000


Autorisações para desembarípie de estrangeiros 140S000
A lvarás de soltura............................................• .. . . 720$000
R egistro de estatu tos....................... 312§000
Requerimentos diversos................... 335$000
Contractos para fornecimento de alimentação de
presos............................................. 12$000
Registro de livros para boteis ep en sõ es.. .. ÍGOÇOOO 2:172$000

Cartorios:
Certidões diversas........................................................ 228§000
C ustas............................................................................... 365$000 593$000

SOMMA T O T A L .................................................................. 3 3 :830$600

CADEIAS PUBLICAS

Quasi todas as comarcas do Estado se adiam providas de ca­


deias. Força é declarar, entretanto, que nem todas têm as necessá­
rias condições de segurança. A da cidade de Alegre, por exemplo,
tem defeitos de construcção, que procurei corrigir, para satisfazer ás
exigências de segurança. As novas cadeias, construídas pelo Gover­
no, em Itaguassú, Santa Leopoldina, Santa Thereza, Veado, Colla-
tina, Castello e Affonso Cláudio, obedecem a um só typo e se apre­
sentam com os requisitos necessários para garantir a reclusão dos
criminosos que para ellas sejam enviados.
Ainda não temos uma cadeia publica na Capital. Os indiví­
duos aqui processados são recolhidos ás prisões corrcccionaes da Re­
partição Central de Policia, até serem convenientemente julgados,
depois do que, quando eondemnados, são recolhidos á Penitenciaria.
58 M E N S A G E M

HYOXBBE PUBLICA

Foram constantes os meus cuidados com o departamento da


Hygienc Publica do F.slado A’ m edida d o s recursos financeiros, am­
pliei os serviços da Directoria de Hygienc, dotando-a dos elementos
indispensáveis para que ella pudesse, com positiva efficiencia, preen­
cher a sua mssfio.
Continua o serviço sanitario estadual sob a proficiente super­
intendência do D r. Oswaldo Monteiro, cujos esforços, pelo sen des­
envolvimento, são gcralmcnte conhecidos.
No primeiro anno de meu Governo, a Directoria de Hygicne
combateu uma epidemia de paludismo em Guarapary e uma de typho
em Rodeio, Município de Rio Novo.
Nesse mesmo anno, foram creados os cargos dc Inspector dc
Prophylaxia e de auxiliar de dcmographia, tendo sido elevado, ram-
bem, o corpo de guardas sanitários. Verificou-se, ainda, a installa-
■ção de um pequeno laboratorio c de um almoxarifado. Para melhor
orientação dos serviços a executar, a Directoria de Hygienc levantou,
em 1924, o cadastro das condições sanitarias dos prédios da Capital.’
Em 1925, combateu-sc uma epidemia de typho no Município
-de Riacho. Nesse anno, irrompeu a epidemia da varíola nesta Capi­
tal e cm mais dez municípios do Estado, vantajosamente dominada
-em poucos mezes pela Directoria de Hygienc. Foram creados os car­
gos de nncrobiologista e de um escripturario, fazeudo-se, também,
uma completa reorganização no corpo dos guardas.
Nesse período de minha gestão, effectuei a construcção do
Hospital de Isolamento para 40 enfermos, na Ilha da Polvora, e au-
tonsei a mstallação do laboratorio bacteriológico e dos serviços dc
Hecretana, Almoxarifado, garage e auto-ambulancia. Ainda em
1925, fez-se a hygienisação urbana pela abertura e alargamento de
ru as e avenidas.

, . E.m ™26\ deu-se combate a «ma epidemia de paludismo nos


-bairros de Maruhype e Jucutuquara, desta Capital. Tendo surgido
uma epidemia de typho nos Municipios de Guaraparv, Alfredo Chaves
R.o Novo e Domingos Martins, promoveu-se a vaccinação systemati-
ca com resultados magníficos e promptos. Nesse periodo, foram
creados dois cargos de inspectores sanitários, em commissão.
Ainda, cm 1926, os serviços de hygienc estadual foram sensi­
ESTADO DO E. SANTO 59

velmente auxiliados com a reforma completa c grande ampliação do


supprimento de agua á Capital, pela captação dos cor regos Pancllas.
e Duas Boccas, no Município de Cariacica, e Fradinhos, no arrabalde
de Jucutuquara. A esse tempo, executou-se, também, o serviço de re­
novação da rede de esgotos em varias ruas desta Cidade c houve a
inauguração do novo mercado municipal, em prédio que construi es-
pccialmentc para esse fim, satisfazendo os mais rigorosos preceitos
hygienicos. Nesse mesmo anno, o Governo adoptou o regulamento
sanitario federal de 31 de Dezembro de 1923.
Em 1927, crearam-se para a Directoria de Hygicne os cargos
de demographista, chefe de secção, almoxarife c porteiro. Recon-
struiu-sc o prédio do antigo laboratorio de analyscs para a nova instal-
lação dos serviços dc Saude Publica. Adaptou-sc o predio novo que
construi para os serviços de melhoramentos da Capital, para nelle ser
installado o serviço de prophylaxia da lepra c doenças venereas, au­
xiliado pelo Governo Federal.
Foram sanccionadas nesse periodo as leis creando o serviço de
prophylaxia rural, o de hygicne municipal permanente, a que autori-
sou a ampliação dos serviços sanitários da Capital e a que obriga os
officiaes do registro civcl a remetterem, mensalmente, á Directoria
dc Hygiene mappas estatísticos.
Ainda, cm 1927, foi expedido o decreto dando nova organisa-
ção á Directoria de Hygicne, tendo sido renovado, também, o contra­
cto dc prophylaxia da lepra e doenças venereas.
No mesmo anno de 1927, foram organisados os serviços de
Hygicne Infantil do Laboratorio Chimico de Fiscalisação do Leite*
do dc Estatística Deinographo-Sanitaria de todo o Estado, tendo sido
aperfeiçoada a fiscalisação de generos alimentícios, com a inspecção
obrigatória das mercadorias importadas.
Merece especial destaque, pela influencia que exerceu na baixa
nitida da mortalidade e morbidade typhicas nesta Capital, o trabalho-
de prophylaxia especifica do typho executado no anno passado, pela
vaccinação systematica, nos bairros mais sujeitos aos surtos epidêmi­
cos daquelle mal.

Aterro3, drenagem e roçadas

A Directoria de Hygiene executou, no anno findo, vários ser­


viços de aterro, drenagens e roçadas nos bairros da Praia Comprida*
60 MENSAOEM

Suá e Jucutuquara, prevenindo, destarte, os surtos de paludismo, cm


outros tempos frequentes nesses arrabaldes.
Hospital do Isolamento

O nosso Hospital de Isolamento está situado 11a ilha da Pol-


vora, que fica fronteira ao arrabalde de Santo Antonio. Foi construí­
do em 192S, para o internamento dc doentes variolosos. Está dotado
de 4 enfermarias para 8 leitos e 2 quartos menores para 3 leitos. No
antio transacto o Hospital de Isolamento recebeu 183 doentes dc va­
rias moléstias, figurando entre essas, com numero mais elevado, o
impaludismo.
Foram ali recolhidos 94 impaludados, IS atacados dc typho e
paratypho, 16 de beri-beri, tendo se restabelecido 143 c fallecido 16.
Em tratamento ficaram 22 c 2 foram transferidos.
E ’ medico do Hospital de Isolamento o D r. Américo Oliveira,
funccionario competente e dedicado.

Laboratorio Bacteriológico

O Laboratorio Bacteriológico tem prestado oplimos auxilies


ao serviço de prophylaxia, especialmente nos casos suspeitos de mo­
léstias contagiosas.
O seu apparelhamento, comquanto não seja ainda completo,
ja attende regularmente ás nossas necessidades. Durante o anno
findo, o laboratorio bacteriológico realizou 2.977 exames.
Hygione Infantil

Muito se tem feito neste assumpto. O movimento do consul-


torio infantil, no anno passado, foi o seguinte:
Crianças matriculadas...................................... 1.372
Cnsultas dadas......................................................... 4.991
Formulas distribuídas............................................. 2 .694
Leite distribuído ( l i t r o s ) ................................... 6.284
Consultas a v u ls a s ..................................... 2.028
Pequenas intervenções cirúrgicas...................... 58
Exames no laboratorio bactcriologico............. 866
Vaccinações contra a v a r io la ......................... 731
Impalludndos matriculados c m ed icad os.. 46
Verminoticos matriculados c medicados . . 392
Infecções .............................................
9
ESTADO DO E. SANTO 61

Dados demo£rapliico3 do Estado

ü levantamento da estatística dcmographo-sanitaria do lista­


do, embora ainda um tanto incompleto, vac se executando com opti-
mas probabilidades de se conseguir um serviço perfeito. Dos 113
•districtos judiciários em funccionamento, 96 remetteram mappas de
todos os mezes do anno, contendo os dados reclamados pela Directo-
ria de Hygiene; 15 enviaram-n'os incompletos e 1 deixou de remetter.
Os dados referentes a nascidos mortos c a obitos nào exprimem a ver­
dade absoluta, visto que, no interior, ainda sc verifica a anormalida­
de de sc fazerem enterros em cemitérios particulares, sem o registro
•em cartorio.
Os números absolutos de casamentos, nascidos vivos, nascidos
mortos e obitos, apurados pelo serviço dc estatística, durante o anno
de 1927, são os seguintes:
Casamentos realizados em todo o Estado . . 3.725
N ascidos vivos, idem. idein, idem ...................... 15.411
N ascidos mortos, idem, idem .............................. 51G
Obitos, idem, idem, i d e m ...................................... fi. 703

No confronto por districtos occupou o primeiro logar para o


numero dc casamentos, o de Victoria, com 231, seguindo-se Alegre,
•com 129, Cachoeiro de Itapemirim, com 120, Muquv, 97, Collatina c
Santa Angélica, com 89, São Matheus e Itapemirim. com S3. Para
•os nascidos vivos tem o primeiro logar Victoria, com 870, seguindo-se
Alegre e Cachoeiro de Itapemirim, ambos com 437, Estação dc Cas-
tello, com 411 e São João do Muquy, com 388.
A mortandade foi mais elevada em Victoria, com 636 obitos,
depois em Cachoeiro de Itapemirim, com 523. seguindo-se Mimoso,
•com 250, Itapemirim, com 237 e S. João do Muquy com 216.
Considerando-se os factos demographicos cm conjuncto,
por municípios, verifica-se que o maior numero de casamentos occor-
Teu em Alegre, com 460 seguindo-sc Cachoeiro dc Itapemirim, com
411, S . Pedro de Itabapoana com 303 e Victoria com 262.
O numero de nascidos vivos foi mais elevado no Município
de Cachoeiro de Itapemirim, onde houve 1.775, seguindo-se Alegre,
com 1.620, Collatina com 1.068, S. Pedro de Itabapoana com 1.003
•e Victoria com 966.
MENSAGEM
62

A mortandade por municípios foi mais elevada cm Cachocii o-


de Itapemirim com 755, seguindo-se Victoria com /09, S. Pedi o de
Itabapoana, com 591 c Alegre com 559.
O numero mais elevado de nascidos mortos foi registrado ent
Victoria, onde attingiu a 102, seguindo-se Cachoeiro de Itapemirim
com 56, e S. Pedro de Itabapoana com 53, dos quacs 33 no districto*
de Mimoso.
Conforme ficou resalvado a principio, houve deficiência c ta­
lhas nas informações prestadas pelos officiaes do Registro Civil a
Directoria de Hygiene, sobre os dados demographo-sanitarios do
Estado.
Vâo juntos vários quadros estatísticos de registro civil do Es­
tado, por municípios e districtos, e um resumo do movimento demo-
graphico da cidade de Victoria referente ao triennio de 1925— 1927.

SEEVIÇO DE PROPHYLAXIA DA LEPRA


E DOENÇAS VENEREAS

Havendo terminado a 31 dc Dezembro de 1926 o prazo de con­


tracto da União com o Estado para a execução pelo Governo Federal
do serviço dc prophylaxia rural, o serviço dc doenças vencreas pas­
sou a ser feito pela Directoria de Iiygiene, nos dois dispensários já
em funccionamento em Cachoeiro de Itapemirim e Victoria.
Em Maio de 1927 foi installado o dispensário de Collatina, sob
a chefia do Sr. D r. Sylvio Ávidos. Em Março do referido anno, o
Governo do Estado celebrou com a União novo accordo para a conti­
nuação dos serviços de prophylaxia anti-venerea, ficando a seu cargo
dois terços das despesas. Para chefiar esses serviços foi nomeado o
D r. Pedro Fontes, que se recommenda por uma grande dedicação ao
trabalho que lhe está entregue.
O dispensário desta Capital vinha funccionando no edifício
onde esteve installada, ha tempos, a Directoria de Hygiene, tendo-se
feito, ultimamente, a transferencia para o prédio que foi occupado
pela Commissão de Melhoramentos da Capital, o qual soffreu refor­
mas especiaes para a sua perfeita accommodação.
Quanto á prophylaxia da lepra pouco mais se tem podido fazer,
além do registro dos leprosos existentes no Estado. Não dispomos dc
SERVIÇO DE DEMOGRAPHIA SANITARIA
MOVIMENTO GERAL DE REGISTRO C IVIL NO ESTADO DO ESPIRITO SANTO, DURANTE O
ANNO DE «927. POR MUNICÍPIOS E D1STKICTOS

movimknto oi: registro civil


M U N IC ÍP IO S D IS T R IC T O S
NASCIDOS NACIDOS Observações
CASAMffflOJ ouros
vivos MOKTOS

|Aífonio Ciandio . 36 •56 8 83


jBôa Sorte.
...
...
...
...
. 16 102 4 23
(Rio doPcjxv.. .. 11 S» 3 43
I BomJcias.
...
...
...
...
. IB 2 15 Faltando dados relativos a Cmsisa
A1YOXSOCLÁUDIO
I Laranja da Terra.
I Serra IVllnda, ..
11
12 [•108
fS 12
20
Paltando dados relativos a 7m«ea

|Soo Domingos .. . 21 ., 65 29
I Taquaral. . 11 13S ' 72 748 2 19 24 2S1
, Alegre.
...
...
...
...
...
. 129 * Ü7 3 112
CàU......... 23 161 2 65
Santa Anirriiea. 89 163 39
ALEORK.
Valia do Sonsa. 56 Í13 2 91
Veado.
...
...
...
...
...
... 68 505 1 127
S5o Tiiiago .. . 18 125 42
11 21
Ri«Pwu.....
Caparaó.
...
...
...
...
Cl «0 tO 1.020 4 12 »3 533
Faltando dedos relativos a 10 nieiea

AlfredoChaves.
...
...
...
...
.. 18 . * 152 25
Santa Marinha Ayroaa 7 31 4
ALFREDO CRAVES. São Marcos.
...
...
...
...
...
...
... 17 ‘ 74 14
M.thilde.
...
...
...
...
...
...
...
...
... 8 •*8 — 14
3*o Joio.
...
...
...
...
...
...
...
...
.. 40 90 105 4-18 13 70
Anrhieto.. 24 12 $2
AXaiIETA. Irirityba.. 27 rn 1 42
Jabaqnara 23 74 <9 271 — 13 44 150
Caehoeiro de Itaprmirim. 120 ' 07 33 333
Virginia.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
. 41 2£3 8 56
V a rge m A l t a ......................... 30 143 5 41
CACHOC1RO DE ITAPEMIBIU. Slo Felippe.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
« *3 5 116
EataçSodoCartello.
...
...
...
... 79 ill 4 69
Bananal.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
. 34 S 119 37
J í ConeeiçSo doCastello. 46 411 197 1.775 1 56 53 755
\ •
l' HAXTA LEOPOLDJNA.
P
M
orto doCach
aagarahy.
...
.
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...
...
..
30
19
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Timbahy.
...
...
...
...
...
...
.. 14 3 39
J e ^ a i t l b á ..................... 62 125 108 566 4 18 50 213
Calçado.
...
...
...
...
...
... 34 235 9 125
Jardim.
...
...
...
...
...
...
. 45 137 • 4 86
CALÇADO. Alto Calçado .. . 20 79 2 30
PaIoit.il.
...
...
...
...
...
... 17 78 3 16
Barra do Calçado 16 132 j 16 515 — 1T 2 259
Collaiina.
...
...
...
...
.. 89 1 118
Baunilha.
...
...
...
...
.. 52 10 99
Mu!um.
...
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...
...
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^. C0LLAT1NA.
...
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8 Faltando dados rrlativoa a 9meies
Baiso Ouandd.. .
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Faltando datlca rrlotívoa S mui
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41 £17
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160 1.048
7
Faltando dados relativos a 0 taeits

5 22 55 417
CONCEIÇÃO DA BARRA.. .. CoaeeiçSo da Barra 16 77 5 72
Itadnaa.
...
...
...
...
....
... 10 26 57 134 10 15 36 108
UARIAC1CA.
Csrtaeiea. 26 179 16 143
Itaqnnry. >8 C4 170 349 9 27 98 241
Campinho .. 46 133 37
Santa Isabel. 16 81 2 36
D0SUNQ055 MARTINS. Araguaya .. 16 104 1 26
Sapucaia.. . 18 84 2 26
Sio Rapharl.
2 88 15 432 — 6 — 125 Faltando dadoa relativos a 10meies

ESPIRITO SANTO.
X*pW
toSanto 31 162 15 78
Argollaj.
...
...
...
... 14 97 8 82
Jued.
...
...
...
...
...
..
4 49 36 295 — 23 18 178
FundEo .... 8 ICO 7 47
PUNDAO. Timbuhy.. .. 9 77 5 44
Nova Almeida. 17 3{ 59 236 1 13 30 121
OUAJ1APARY.
Ouarapary .. .. 25 136 6 33
Sagrada Família Faltando dados relativos a <
1meies
Todos oi Suntoa 5 jo 24 160 C 4 37
Não enviou dadc* estatísticos
Faltando dodoa relativo* .
* r
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Itagnairú .. .. 23 1» 1 62
jrAOIJASSU’ Figueira.
...
...
...
...
.. 30 172 39
85o Franciico.. 25 ICO 3 £5
Parajú.
...
...
...
...
... 17 101 95 616 24 180
1 51
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2 I 47 219

--- 1------------
•GR= I3x
58 MEN8AGEM

HYGIENE PUBLICA

Foram constantes os meus cuidados com o departamento da


Hygiene Publica do Estado A’ medida dos recursos financeiros, am­
pliei os serviços da Directoria de Hygiene, dotando-a dos elementos
indispensáveis para que cila pudesse, com positiva efficiencia, preen­
cher a sua mssão.
Continua o serviço sanitario estadual sob a proficiente super­
intendência do Dr. Oswaldo Monteiro, cujos esforços, pelo seu des­
envolvimento, são geralmente conhecidos.
No primeiro anno de meu Governo, a Directoria de Hygiene
combateu uma epidemia de paludismo em Guarapan* e uma de tvpho
em Rodeio, Município de Rio Novo.
Nesse mesmo anno, foram creados os cargos de Inspector de
Prophylaxia e de auxiliar de demographia, tendo sido elevado. Tam­
bém, o corpo de guardas sanitários. Verificou-se, ainda, a installa-
•ção dc um pequeno laboratorio c dc um almoxarifado. Para melhor
orientação dos serviços a executar, a Directoria de Hygiene levantou,
em 1924, o cadastro das condições sanitarias dos prédios da Capital.
Em 1925, combateu-se uma epidemia de typho no Município
de Riacho. Nesse anno, irrompeu a epidemia da varíola nesta Capi­
tal e em mais dez municípios do Estado, vantajosamente dominada
em poucos mezes pela Directoria de Hygiene. Foram creados os car­
gos dc microbiologista e de um escripturario, fazendo-se, também,
uma completa reorganização no corpo dos guardas.
Nesse período de minha gestão, effectuei a construcção do
Plospital de Isolamento para 40 enfermos, na Ilha da Polvora, e au-
torisei a installação do laboratorio bacteriológico c dos serviços dc
Secretaria, Almoxarifado, garage e auto-ambulancia. Ainda, em
1925, fez-se a hygienisação urbana pela abertura e alargamento de
Tuas e avenidas.
Em 1926, deu-se combate a uma epidemia de paludismo nos
bairros de Maruhype e Jucutuquara, desta Capital. Tendo surgido
uma epidemia de typho nos Municípios de Guaraparv, Alfredo Chaves,
Rio Novo e Domingos Martins, promoveu-se a vaccinação systemati-
ca, com resultados magníficos e promptos. Nesse período, foram
•creados dois cargos de inspectores sanitários, em comniissão.
Ainda, em 1926, os serviços de hygiene estadual foram sensi-
ESTADO 1)0 R . SANTO
59

velmentc auxiliados com a reforma completa e grande ampliação do


supprimento de agua á Capital, pela captação dos corregos Panellas
e Duas Boccas, no Município de Cariacica, e Fradinhos, no arrabalde
de Jucutuquara. A esse tempo, executou-se, também, o serviço de re­
novação da rêde de esgotos em varias ruas desta Cidade e houve a
inauguraçao do novo mercado municipal, cm prédio que construi es­
pecialmente para esse fim, satisfazendo os mais rigorosos preceitos
hygienicos. Nesse mesmo anno, o Governo adoptou o regulamento
sanitario federal de 31 de Dezembro de 1923.
Em 1927. crearam-se para a Dircctoria de Hygienc os cargos
de demographista, chefe de secção, almoxarife e porteiro. Recon­
struiu-se o prédio do antigo laboratorio de analvses para a nova instal-
lação dos serviços de Saude Publica. Adaptou-se o prédio novo c,ue
construi para os serviços de melhoramentos da Capital, para nelle ser
installado o serviço de prophylaxia da lepra e doenças venereas. au-
xiliado pelo Governo Federal.
Foram sanccionadas nesse período as leis creando o serviço de
prophylaxia rural, o de hygienc municipal permanente, a que autori-
sou a ampliação dos serviços sanitários da Capital c a que obriga os
officiacs do registro cível a remetterem, mensalmente. ú Directoria
dc Hygiene inappas estatísticos.
Ainda, em 1927, foi expedido o decreto dando nova organisa-
ção á Directoria de Hygiene, tendo sido renovado, também, o contra­
cto de prophylaxia da lepra e doenças venereas.
No mesmo anno de 1927, foram organisados os serviços de
Hygiene Infantil do Laboratorio Chimico de Fiscalisação cio Leite,,
do de Estatística Demographo-Sanitaria de todo o Estado, tendo sido
aperfeiçoada a fiscalisação de generos alimentícios, com a inspecção
obrigatória das mercadorias importadas.
Merece especial destaque, pela influencia que exerceu na baixa
nitida da mortalidade e morbidade typhicas nesta Capital, o trabalho-
de prophylaxia especifica do typho executado no anno passado, pela
vaccinação systematica, nos bairros mais sujeitos aos surtos epidêmi­
cos daquelle mal.

Aterros, drenagem e roçadas

A Directoria de Hygiene executou, no anno findo, vários ser­


viços de aterro, drenagens e roçadas nos bairros da Praia Comprida.
60 MENSACEAI

Suá c Jucutuquara, prevenindo, destarte, os surtos de paludismo, em


outros tempos frequentes nesses arrabaldes.

Hospital do Isolamento

O nosso Hospital de Isolamento está situado na ilha da Pol-


vora, que fica fronteira ao arrabalde de Santo Antonio. Foi construi-
do em 1925, para o internamento de doentes variolosos. Está dotado
de 4 enfermarias para 8 leitos c 2 quartos menores para 3 leitos. No
anno transacto o Hospital de Isolamento recebeu 183 doentes de va­
rias moléstias, figurando entre essas, com numero mais elevado, o
impaludismo.
Foram ali recolhidos 94 impaiudados, 18 atacados dc typho c
paratypho, 16 de beri-beri, tendo se restabelecido 143 e fallccido 16.
Em tratamento ficaram 22 c 2 foram transferidos.
E* medico do Hospital dc Isolamento o D r. Américo Oliveira,
funccionario competente e dedicado.

Laboratorio Bacteriológico

O Laboratorio Bacteriológico tem prestado optimos auxilies


ao serviço de prophylaxia, especialmcnte nos casos suspeitos de mo­
léstias contagiosas.
O seu apparelhamento, comquanto não seja ainda completo,
já attende regularmente ás nossas necessidades. Durante o anno
findo, o laboratorio bacteriológico realizou 2.977 exames.

Hygienc Infantil

Muito se tem feito neste assttmpto. O movimento do consul­


tório infantil, no anno passado, foi o seguinte:
Crianças matriculadas............................................ 1 .372
Cnsnltas ciadas............................................................... 4.991
Formulas distribuídas.............................................. 2.G94
Leite distribuído ( l i t r o s ) .................................... G.284
Consultas a v u ls a s .................................................... 2.028
Pequenas intervenções cirúrgicas...................... 58
Exames no laboratorio bacteriológico............. 366
Vaccinações contra a v a r io la ................................. 731
Impalludados matriculados e m ed ica d o s.. . . 46
Verniinoticos matriculados c medicados . . . . 392
I n fe c ç õ e s .................................................................... 9
• E S T A D O DO E . S A N T o

Dados dcmograpliicos do Estado

O levantamento ela estatística demographo-sanitaria do lista­


do, embora ainda um tanto incompleto, vae se executando com opti-
mas probabilidades de se conseguir um serviço perfeito. Dos 113
districtos judiciários em funccionamento. 96 remetteram mappas de
todos os mezes do armo, contendo os dados reclamados pela Directo-
ria dc Hygiene; 15 enviaram-iTos incompletos e 1 deixou de remetter.
Os dados referentes a nascidos mortos e a obitos não exprimem a ver­
dade absoluta, visto que, no interior, ainda se verifica a anormalida­
de de se fazerem enterros cm cemitérios particulares, sem o registro
em cartorio.
Os números absolutos de casamentos, nascidos vivos, nascidos
mortos c obitos, apurados pelo serviço de estatística, durante o anuo
<le 1927, são os seguintes:

Casamentos realizados em fodo o Estado ..


N ascidos vivos, idem. idem. idem ....................
N ascidos mortos, idem, idem............................ 51G
Obitos, idem, idem, id e m .................................... 6.703

No confronto por districtos occupou o primeiro logar para o


numero de casamentos, o de Yictoria, com 231, seguindo-se Alegre,
•com 129, Cachoeiro de Ttapemirim. com 129, Muquy. 97, Collatina e
Santa Angélica, com 89, São Mathetis e Itapemirim. com 83. Para
•os nascidos vivos tem o primeiro logar Victoria, com 870, seguindo-se
Alegre e Cachoeiro de Itapemirim, ambos com 437. Estação dc Cas-
tello, com 411 e São João do Muquy. com 388.
A mortandade foi mais elevada em Victoria. com 636 obitos,
•depois em Cachoeiro de Itapemirim, com 523, seguindo-se Mimoso,
•com 250, Itapemirim, com 237 e S. João do Muquy com 216.
Considerando-se os factos demographicos em conjuncto,
por municípios, verifica-se que o maior numero de casamentos occor-
Teu em Alegre, com 460 seguindo-se Cachoeiro de Itapemirim, com
411, S . Pedro de Itabapoana com 303 e Victoria com 262.
O numero de nascidos vivos foi mais elevado no Município
de Cachoeiro de Itapemirim, onde houve 1.775, seguindo-se Alegre,
com 1.620, Collatina com 1.068, S. Pedro de Itabapoana com 1.00.>
•e Victoria com 966.
62 MENSAGEM

A mortandade por municípios /oi mais elevada em Cachoeiro­


de Itapcmirim com 755, seguindo-se Victoria com 709, S. Pedro de
Itabapoana, com 591 e Alegre com 559.
O numero mais elevado de nascidos mortos foi registrado em*
Victoria, onde attingiu a 102, seguindo-se Cachoeira de Itapemirim
com 56, e S. Pedro de Itabapoana com 53, dos <]uacs 33 no districto-
de Mimoso.
Conforme ficou resalvado a principio, houve deficiência e fa­
lhas nas informações prestadas pelos officiaes do Registro Civil á
Directoria de Hygiene, sobre os dados demographo-sanitarios do
Estado.
Vão juntos vários quadros estatísticos de registro civil do Es­
tado, por municípios e districtos, e um resumo do movimento demo-
graphico da cidade de Victoria referente ao triennio dc 1925— 1927.

SERVIÇO D E P R O P H Y L A X IA D A L EPR A
E DOENÇAS V E N E R E A S

Havendo terminado a 31 de Dezembro de 1926 o prazo de con­


tracto da União com o Estado para a execução pelo Governo Federal
do serviço dc prophylaxia rural, o serviço de doenças venereas pas­
sou a ser feito pela Directoria de Hygiene, nos dois dispensários já
em funccionamento em Cachoeira de Itapemirim e Victoria.
Em Maio de 1927 foi installado o dispensário de Collatina, sob
a chefia do S r. D r. Sylvio Ávidos. Em Março do referido anno, o
Govei no do Estado celebrou com a União novo accordo para a conti­
nuação dos serviços de prophylaxia anti-vencrea, ficando a seu cargo
dois terços das despesas. Para chefiar esses serviços foi nomeado o
D r. Pedro Fontes, que se recommenda por uma grande dedicação ao
trabalho que lhe está entregue.
O dispensário desta Capital vinha íunccionando. no cdificio
onde esteve installada, ha. tempos, a Directoria de Hygiene, tendo-se
feite, ultimamente, a transferencia para o prédio que foi occupado
pela Commissão de Melhoramentos da Capital, o qual soffreu refor­
mas especiaes para a sua perfeita acconimodação.
Ouanto á prophylaxia da lepra pouco mais se tem podido fazer,
alem do registro dos leprosos existentes no Estado. Não dispomos de
I

S E R V IÇ O DE D E M O G R A P H IA S A N IT A R IA
M O V IM E N T O GERAL DE R E G IS T R O C IV IL N0 ESTADO DO E S P IR IT O SAN TO . D U R A N TE o
ANNO DE 1927. POR MUNICÍPIOS E D IS TR IC TO S

m o y im k h t o oi: k k oistk o civil,


MUNICÍPIOS D IS T R IC T O S
CASAM EN TOS NASCtUOS NACIDOS Cb6ervações
VIVOS KOI!TOS OBITOS
1
Aífonno Cláudio . ac ,‘256 8
Bún Sorte........... 1G 102 •1
Kl
23
Rb do Peixe.. .. 11 . 65 3 43
Bom Jesus.
...
...
...
...
.. 18 40 2 15
APFONSO CLÁUDIO
Lnranjn da Torro.
Sorro Pcllada. ..
U
12
' 24 —
12
Faltando dmloi relutivos n Gmezes

103 — 20
Faltando dados relativo* a 7 meies
Suo Domingos .. , 21 55 — 29
Trquoral.
...
...
...
...
...
...
. 11 136 72 748 2 10 24 251

Abgrc.
...
...
...
...
... 129 ' 437 3
Café................ 142
28 1G1 2 G5
Santo Angélica. 89 163 —
39
ALEGUE.
Valia do Souea. 5G nY2 2 flt
Veado.
...
...
...
...
...
...
.. G8 305 1 127
Suo Thiago .. . 18 125 — 42
Cnpnraó.
...
...
...
...
.. 11 24 ___
Faltando dado» rclntivos a 10 mei<
Ris Preto.. .. . 61 ■ICO 1G3 1.G20 4 12 53 559
Alfredo Chaves.
...
...
...
...
... 18 152 —
25
Santa Marinha Ayrosa 7 •'11 — 4
ALFREDO CIIAVES. Sàs Marcos.
...
...
...
...
...
...
...
.. 17 74 — 14
Mtthilde..................... 8 fiG — 14
Sãs João.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
.. 40 90 103 448 — ----- 13 70
Anchirtn.. 21 141 12 62
ANCHIETA. Iriritybn.. 27 61 1 42
Jasaquara 23 74 49 271 — 13 4G 150
Carhociro de Itnprmiriui. 120 437 33 353
Virgínia.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
. 41 228 8 50
Vargcm Alta.
...
...
...
...
...
...
...
...
... 30 145 5 41
CACHOEIRO DE 1TAPEM1RIM. SS> Felippe.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
... Cl 238 5 116
Krnr.lo do Caxtello.
...
...
...
...
. 79 411 4 99
Bananal.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
. 34 f\ =119 — 37
Conceição do Castrllo. .. 46 411 197 1.775 1 56 53 755
Porto do Cachoeiro 30 193 1 82
SANTA LEOPOLDINA. Mtngnrahy.
...
...
...
...
...
. 19 118 10 42
Tinbuhy.
...
...
...
...
...
...
...
.. 14 57 3 39
Jrçuitibú.
...
...
...
...
...
...
...
.
G2 125 108 CGG 4 18 50 213
Calçado.
...
...
...
...
...
...
.. 34 235 9 125
Jardim.
...
...
...
...
...
...
... 45 137 4 86
CALÇADO. Alto Calçodo .. . 20 79 2 30
Palmito!.
...
...
...
...
...
...
. 17 78 9 16
Barra do Calçado 10 132 1G 645 — 17 2 2i>9

Collatinn. 89
Baunilha. 52
Mstum.
...
...
...
...
...
..>.
21
Lag* JPS | 4 Kaltando dtüon relativo»a 9 melei
Baixo GunmKj.. .. 22 'íá u Faltando dedos relativos a 8 mc/es
Linhares. 4
Hcçoneia. 4
Faltando dados relativos a Gmexe

Mtsearenbaa 41 237
16
10 26
26
38 M
"—
46
1G
1G
13
2 98 Faltando dndos relativos a 10 oexej
* —
31
14
4 ,49

8
9
17 3<
25 Faltando dados relativo» a Gmeses
Nio enviou dados estatísticos
6 30 Faltando dados relativos a 6 meses

23
30
25
17
('irianlrn, M
CAR1AC1CA.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
.. 170 18 1(3
IU'Hi*ry.
38 Ot 170 319 9 a 90 211

Complnlio .. •
tf
, ISO 37
Manta Iiod.il,
DOMINGOS MARTINS.
...
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.. Amena)a ..
Mapurni».. ,
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4
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It* IM 2 20
Kio Uaphtrl.
2 M :» 432 — 5 — 125 Paliando dade* rclativoi a 10 taexei

Eiplriio Santo .
...
...
...
...
...
...
...
.. 31 78
163 15
ESPIRITO SANTO.
...
...
...
...
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...
...
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...
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...
...
...
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...
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Novn Almeida. 17 34 S9 230 1 13 30 121

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...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
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.... 23 ISO 0 33 Faltando didos relativo* a 6mr:ra
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Wpiíitn,. .. 3C 173 39
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...
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| §l 1 §
ESTADO DO E . SANTO 63

hospital onde recolher essa especie de doentes. Accresce haver abso­


luta difficuldade para internal-os nos hospitaes do Rio, os quacs se
recusam systematicamentc.
Limitam-se as nossas autoridades sanitarias, ante esses impe-
•cilios, a fazer recommendações cspeciacs para vigilância e isolamento
dos doentes leprosos, aliás, em numero reduzidíssimo no Estado.
O dispensário anti-venereo teve, no anno passado, o seguinte
movimento:
Matriculas em geral:
Ilomens............................. 1.359
Mulheres........................... 669
C rcanças................................... 85

Tbtal.............................. 2.113
Frequência:
Homens.................................. 16.284
Mulheres................................ 8.472
Creanças................................ 849

T o t a l ............................ 25.605

Esses dados comprchendem os serviços também executados


•pela Directoria de Iíygiene, de Janeiro a Setembro, quando o traba­
lho passou para a direcção do Governo Federal.

SERVIÇOS NO INTERIOR DO ESTADO

Durante o anno findo, a Directoria de Hygiene manteve, em


-diversos municípios do Estado, um serviço constante de vaccinaçao
"anti-typhica e de combate ao impaludismo.
Os maiores surtos de impaludismo se verificaram nos valles
•dos rios Dôce, Benevente, Iconha e Itapemirim, o que demonstra a
■necessidade de serem feitas obras de saneamento para definitivo com-
‘bate áquella endemia.
Tivemos em funccionamento, no interior, no anno ultimo, di­
versos postos anti-malaricos, cujo movimento foi o seguinte:
ÜFosto de Piúm a (serviço relativo a 3 m e z e s):
r

Doentes registrados.......................... 668


Medicações distribu íd as................... 2.880
Quinino gasto (em grammas) .. . 1.629
No Município do Vicloria nüo loram computados os obltos dc pessoas procedentes do interior do Estado r faltccidas nos hospitues, os
quscs se distribuiram p*los respectivos municípios de procedências.

No total apurado paru o Esteio, comprehcdendo o movimento dos districlos supra, verifica-se um crescimento vegetativo (excesso dc
nascidos vivos sobre os obitos) de 8.708. I
S E R V iQ O DE D E M O G R A P H IA S A N IT A R ! A
COEFFICIENTES ANNIJAES DE NUPCTALIDADE, NATALIDADE, MORTINATAUDADE, MORTALIDADE CERAI E MORTALIDADE
INFANTIL NO ESTAIX) DO ESPIRITO SANTO - ANNO DE 1«>27
OBSERVAÇÕ ES = N o município «Ir Viciaria nào foram computados os nliito* Ar p n s t ^ i procedentes do interior <lo Estado e fallcddas nos liospitnr*. os *pmr« * r distribuiram pe(o« re.‘ | vo.« municípios de procedência.
ESTADO DO E.SANTO 63

.'hospital onde recolher essa especie de doentes . Accresce haver abso­


luta difficuldade para internal-os nos hospitaes do Rio, os quaes se
recusam systematicamente.
Limltam-sc as nossas autoridades sanitarias, ante esses impe-
-cilios, a fazer recommendações especiaes para vigilância e isolamento
dos doentes leprosos, aliás, em numero reduzidíssimo no Estado.
O dispensário anti-venereo teve, no anno passado, o seguinte
movimento:
M atriculas em geral:
H om ens.................................... 1.359
M ulheres.................................. 669
C reanças.................................. 85

T b ta l................................ 2.113

F req u ên cia :
H om ens.................................... 16.284
M ulheres.................................. 8.472
C reanças.................................. 849 •

Total . . . . ' ................ 25.605

Esses dados comprehendem os serviços também executados


pela Directoria de Hygiene, de Janeiro a Setembro, quando o traba­
lh o passou para a direcção do Governo Federal.

SERVIÇOS NO INTERIO R DO ESTADO

Durante o anno findo, a Directoria de Hygiene manteve, em


-diversos municípios do Estado, um serviço constante de vaccinação
"anti-typhica e de combate ao impaludismo.
Os maiores surtos de impaludismo se verificaram nos valles
*dos rios Dôce, Benevente, Iconha e Itapemirim, o que demonstra a
*necessidade de serem feitas obras de saneamento para definitivo com­
bate áquella endemia.
Tivemos em funccionamento, no interior, no anno ultimo, di-
*versos postos anti-malaricos, cujo movimento foi o seguinte:
ÜPoBto de P iúm a (serviço relativo a 3 m e z e s):
D oentes registrados............................ .... •• 668
M edicações d is tr ib u id a s .............................. 2.880
Quinino gasto (em g r a m m a s ) ................. 1.629 ;
04 ME XSA GE M

Posto da Panlicéa (serviço relativo a 8 mezes)


Doentes registrados........................................ 931
Medicações d is tr ib u íd a s .............................. 5.540
Quinino gasto (em g r a m m a s ) ................ 4.235
Outras in d ic a ç õ e s .......................................... 247

Posto de Linhares (serviço relativo a 8 mezes)


Doentes registrados............................... 773
Medicações d is tr ib u íd a s .................... 10.087
Quinino gasto (em grammas) . . . 5.327
Outras in d ic a ç õ e s ............................. 81
Posto de Bananal (serviço relativo a 4 mezes)
Doentes registrados........................................ 290
Medicações d istr ib u íd a s............................. 2.793
Quinino gasto (em gram m as).................... 1 .694
Outras indicações......................................... g

Posto da ViUa de Itapcmirim (serviço relativo a 2 mezes e 15 dias)


Doentes r eg istr a d o s.............................. 542
Medicações d istr ib u íd a s................ 6.342
Quinino gasto (em gram m as)............. 3.435
Outras indicações................... 272
Posto de Jabaquara (serviço relativo a 2 mezes)
Doentes registrados.................................
227
Medicações d istr ib u íd a s....................... 1.572
Quinino gasto (em gram m as).............. 1.203
Outras in d ic a ç õ e s ...............
36

n . t Para, S® ter p e r fe lt0 co'*ccimento do trabalho realizado pela


Directona de Hygiene convem a leitura do relatorio do respectivo Di-
rector, em que estão reunidos dados interessantes e fartos sobre os
sei viços do departamento a seu cargo, attestando, de maneira incon­
testável, a sua efficiencia e o grau de adiantamento que j á alcança-
mos em semelhante assumpto. ^

REGIMENTO POLICIAL MILITAR

T h ? Regimento Policial Militar, em virtude da lei n. 1 603 de

fe 41
i offw“ s° *Em
otficiaes. £ face
£ Tdo contracto
° * " e t f 'celebrado
C,ÍV0 ' le,ad°
com P" a 8 0 0 W da
o Ministério *
Guerra, em 29 de Novembro de 1923, a nossa f Jrca noliri, T •/
rada auxiliar do Exercito de 1 a linhà * COnside~
ESTADO DO E. SANTO 65

Durante o' meu Governo eommandaram o Rcginemto Militar


do Estado os seguintes Tenentcs-coroneis: Abilio Martins, fallecido
em Março de 1925 ; Penedo Pedra, capitão do Exercito Nacional, pos­
to á disposição do Governo do Estado pelo Ministério da Guerra, e
ultimamente, Octavio Araújo, lambem capitão do Exercito Nacional,
classificado no 3.° Batalhão de Caçadores, com sede neste Estado.
Conforme accentuei na mensagem do anno passado, a elevação
do effectivo do Regimento era indispensável para attender ás necessi­
dades do policiamento em todo o nosso território.
Cumpro com satisfação o dever de assignalar os bons serviços
que o Regimento Policial prestou á minha administração.
O seu commando aclual esforça-se por levantar o nivel intelle-
ctual dessa Corporação, sendo já promissores os resultados alcançados.
Quartel

Diversos melhoramentos fiz executar no prédio onde funccio-


na o quartel do nosso Regimento, sendo, certo, entretanto, que nenhum
reparo deu resultado satisfatório. O edifício c velho, construído sobre
terreno sem as necessárias condições de segurança, de modo que serve
sempre mal, não obstante os repetidos reparos.
No decorrer do anno de 1927, e em princípios deste, foram pre­
parados no quartel dois alojamentos com a área de 250 m s2 .; foi am­
pliada a sala de rancho e no pavimento terreo, ao lado do estado maior.
aT>riu-se vasto compartimento de 12 0 m s. 2 , onde se acham actual-
mente installadas a escola regimental e a bibliotheca da Corporação.
Varias outras dependencias do edificio soffreram reformas,
pelo que, presentemente, ellc está satisfazendo ás necessidades da Cor­
poração .

Armamento

No almoxarifado do Regimento existem 620 fusis M/B mo­


delos 1895 e 1908 e 396 sabres punhaes. Esse armamento não com­
porta a distribuição para 800 homens. O numero de sabres, especial­
mente, é reduzidíssimo. Attendendo a isso, autorizei o Secretario do
Interior a adquirir, na Allemanha, 200 fusis M/B, modelo 1908 e 550
sabres punhaes. Anteriormente havia me dirigido ao Ministério da
Guerra, solicitando o fornecimento do material referido, não tendo
66 M E N S A G E ar

sido possível áquelle Departamento Federal attender ao pedido do


‘Governo.

Secção de Bombeiros

O material do nosso Corpo de Bombeiros reclama uma renova­


ção completa. O apparelhamento actual, sobre ser deficiente, está
muito estragado. Accresce a circumstancia de já ser indispensável o
nprovisionamento de material em condições de prestar serviços aos
edifícios de maior altura, ultimamente construídos em a nossa ca­
pital .
P ara o serviço marítimo não possuimos material algum. Senclo
•o nosso porto um dos mais movimentados da Republica, torna-se pre­
ciso apparelharmos a secção de bombeiros do material necessário para
o combate de sinistros no m ar.
Neste anno autorizei a compra de cincoenta mangueiras, com
•as connexões respectivas e de um auto-caminhão “ International”, com
capacidade para duas toneladas, tendo por essa form a concorrido para
melhorar um pouco a efficiencia da nossa secção de Bombeiros.

Pharmacia do Regimento

• ^ estabeleci em começo do corrente anno o serviço de pharma-


Z 1 ° Rer ençt0 m°licial Mi,itar- Para ° car§'° de farmacêutico
fo. nomeado o S r. Tenente Abreu Sodré. A pharmacia do Regimen-'
o possue grande quantidade de medicamentos, estando em condições
■de satisfazei cabalmente as necessidades da Corporação.

Serviço de instrucção e ensino

# O serviço de instrucção e ensino do Regimento tem constituído

povo do Espirito Santo. «s serv1Ços ao Governo e ao


ESTADO DO E. SANTO 67

No quartel vem funccionando, já ha algum tempo, o Curso


Profissional Militar, o Curso Policial c a Escola Regimental, estando
todos preenchendo, satisfactoriamente, á sua missão.
Leccionam aos officiaes e praças do Regimento os professores
Eduardo Andrade Silva, da Escola Normal do Estado, e Elpidio Pi-
mentel, do Gymnasio do Espirito Santo. Além desses, estão designa­
dos os Tenentes do Exercito, Wolmar Carneiro da Cunha, Alcino
Ávidos e A rthur Bahia para darem instrucção militar á tropa.
O Curso Profissional Militar visa habilitar os actuaes offi­
ciaes com os conhecimentos necessários ao bom desempenho de suas
funeçoes de militar combatente, em cooperação com forças do Exer­
cito. Tem também por fim preparar os sargentos, candidatos ao
primeiro posto do officialato.
O Curso Policial destina-se ao preparo, quer de officiaes, quer
de sargentos, para o exercício de funeções meramente policiaes, habi­
litando-os para o perfeito desempenho dos cargos de delegados ou
subdelegados de policia nos diversos municípios do Estado.
A escola Regimental cogita da alphabetização de todas as
praças da Corporação.
O Curso Policial acha-se a cargo do Tenente reformado da Bri­
gada Policial da Capital Federal, Armando Lopes Ribeiro.
. Rege a Escola Regimental o professor Braulio de Miranda
Franco.

Caixa Beneficente

Esta instituição de Beneficencia, creada pdo Decreto n . 1.085-


de 29 de Março de 1912, vem prestando aos seus associados inestimá­
veis serviços.
O movimento da Caixa Beneficente do Regimento Militar, no
anno passado, foi o seguinte:

Arrecadação durante os doze mezes............................................ 17:087$500


D ispendido com o pecúlio de officiaes e praças fallécidos 16:278$901
Saldo em favor da Caixa e referente ao anno de 1926----- 34:049$388
Saldo existente em l.° de Janeiro de 1928................. .. 34:857§987
PENITENCIARIA

Este estabelecimento continua sob a direcção do D r. Archi-


mimo Martins de Mattos. Acham-se presentemente na penitenciaria
87 sentenciados, procedentes das diversas Comarcas do Estado, c 10
detentos, que aguardam sentença.
Escola

Mantive sempre funccionando junto á Penitenciaria do Esta­


do uma escola primaria para alphabetisação dos sentenciados. E ’ re­
gente da mesma o professor Norberto Silva, normalista, que também
tem a seu cargo uma aula dc musica. Attesta os esforços desse func-
•ccionario o facto de já possuir aquelle estabelecimento uma banda de
musica composta de 2 1 sentenciados. Na Penitenciaria encontram-se
apenas 6 sentenciados analphabetos.
Conselho Ponitenciario

Dando execução ao decreto federal n. 16.665, de 6 de Novem­


bro de 1924, foi creado pelo decreto estadual n. 7.160, de 30 de Se­
tembro de 1926, o Conselho Penitenciário do Estado.
Por Decreto n. 7.192, de 6 de Novembro de 1926, nomeei
para membros do Conselho os advogados João Tliomé Alves

Procurador da Republica.
Livramento condicional

Officinas da Penitenciaria

um funccionampnto
ipparelhadas. Estão
ESTADO DO E . SANTO 69

funccionando as officinas de carpintaria, alfaiataria, colchoaria e sa-


pataria.

A primeira forneceu ao Estado, em 1 9 2 7 ... 2:09S$000


A segunda n ti »r ii n
• • 9 2:S10$000
tt ii 11
A terceira ii 11
4 :8Ü0$000
ii it li ii 11
A quarta * % * 2;638$000

Em deposito ficaram 320 pares de botinas, 125 pares de per-


neiras, 30 travesseiros, 33 colchões e 40 porta-sabre, num total de
<9:100S000.
Com a compra do material necessário á confecção dos artigos
mencionados dispendeu-se a importância de 10:737$500.

Agricultura

Mantém a Penitenciaria serviços de agricultura, nos quaes são


aproveitados os sentenciados que não dispõem de trabalho interno.
H a, todavia, falta de terrenos aproveitáveis, pelo que não tem sido pos­
sível dar expansão ás culturas de que estão incumbidos os conde-
m nados.

Alojamento

No meu Governo foram feitas varias reformas no edifício da


Penitenciaria. Construi um pavilhão com 42 cellas com todos os re­
quisitos de segurança e de hygiene, para reclusão de homens. Neste
.anno terminei a construcção de um outro pavilhão para prisão de mu­
lheres, com 5 cellas e varias outras accommodações, satisfazendo todas
plenamente ás recommendaçÕes legaes e ás exigências da hygiene.
H a a accentuar todavia que o numero de cubículos de que dis­
põe a Penitenciaria é ainda deficientissimo para accommodação re­
gular dos reclusos.
AROHXVO PUBLICO

O Archivo Publico está presentemente, bem installado no pré­


dio cuja construcção executei, á rua Pedro Palacios, 20.
Ao assumir o Governo encontrei o Archivo numa desorgani­
zação completa, mal installado e muito prejudicado, em suas precio-
:sas collecções devido a successivas mudanças que soffreu.
70 MENSAGEM

Em Novembro dc 1926, ao tempo em que esteve reunido nesta


Capital o V III Congresso de Gcographia e Historia, fez-se a inau­
guração do novo prédio do Archivo Publico. Para rcorganisar o
Archivo designei uma commissão, sob a chefia do illustrado Desem­
bargador Carlos Xavier Paes Barretto, a qual já tem quasi completo
o trabalho de separação, classificação, catalogação e encadernação da
secção histórica, estando bastante adeantados os trabalhos referentes
ás secções administrativa, legislativa e judiciaria.
Bibliotlieca Publica

A Bibliotlieca Publica do Estado acha-se installada no pavi­


mento superior do mesmo edifício em que se encontra o Archivo Pu­
blico. Possue a Bibliotlieca, além de diversos volumes em duplicata,
5.347 obras em 9.535 volumes, os quaes foram ultimamente catalo­
gados .
Em 1925 adquiri 846 livros. Durante o ultimo anno adminis­
trativo a Bibliotheca Publica teve 1.203 frequentadores. O seu ho­
rário continua sendo de 8 ás 10 , das 12 ás 15 e das 18 ás 21 horas.

JUNTA C O M E R C IA L

Continua funccionando regularmente a Junta Commercial do


Estado.

Movimento da Junta

A Junta Commercial teve no


no anno findo o movimento se­
guinte :
Contractos ar.chivados
93
Registro de firmas individn
52
ESTADO DO E . SANTO 71

Id e m , de firm a s c o llo c tiv u s.................... 03


Distructos urulii v á r io s .................................. 5-J
Matriculas de commcrc im ites..................... 12
Requerimentos d e sp a c h a d o s...................... 181
Livros rubricados........................................... 043
Folhas rubricadas........................................... 130.350

• SEGRETURin Bfl INSTRUÇÃO PUBUCR

O problema da educação popular mereceu do meu Governo o


mais desvelado e constante apreço. Certo que sempre estive dc que
a ignorância é o maior entrave ás iniciativas de qualquer natureza, em
bem do progresso, que o obscurantismo accorrenta as, gerações hu­
manas a um passo rotineiro, prejudicial e desolador, entorpecendo-lhe
as forças, absorvendo-lhe as ancías de prosperidade, e convencido ain­
da mais de que é a educação popular que crêa e assegura a riqueza
particular, avolumando, consequentemente, a riqueza publica, volvi as
vistas da minha administração para esse importante assumpto, dando,
quanto pude, para resolvel-o efficicntemente.
Nem outro poderia ser o caminho à seguir. O regimen demo­
crático em que vivemos, em que o povo assume a responsabilidade de
um governo proprio, reclama dos poderes públicos nacionaes uma vi­
gilância constante, no sentido de o apparelhar pela educação primaria
para a consciente escolha dos seus verdadeiros representantes. De­
mais ninguém contesta que reside na capacidade do povo a opulência
dos cofres públicos. Combater o analphabetismo é o dever precipuo
de todos os Governos. Crear as aptidões individuaes, disseminando
a in s tru c ç ã o , le v a n d o -a aos mais re m o to s re c a n to s d o nosso território,
foi o problema que mais me preoccupou, certo que sempre estive de que
assim procedendo concorrí para augmentar a capacidade creadora de
nossa gente, e, consequentemente, criei factores da nossa prosperida­
de futura.
Temos que progredir. Para isso faz-se mister curarmos da
cultura mental do nosso povo, crear-lhe capacidades de trabalho e de
civismo, valorizal-o pela instrucção elementar e technica com os co­
nhecimentos indispensáveis, para que elle represente o verdadeiro ca­
pital humano de que carecemos.
t
Não ha como negar o grande progresso já aqui realizado
quanto á disseminação do ensino, embora seja mister proseguir, sem
72 MENSAQEM

desfallecimcnios, 11a política iniciada de incrementar 0 desenvolvimen­


to da acção escolar, para conseguir levar a todos os nncleos de popula­
ção do Estado os benefícios da escola.
Entre os cinco Estados da Federação Brasileira que dão in-
strucção elementar a mais de trinta por cento de sua população esco­
lar, está o Espirito Santo. Basta esse facto para attestar os especiaes
cuidados com que me volvi para esse importante assumpto no anccio
dc multiplicar esforços para extirpar o analphabetismo.

Conferência Nacional do Educação .

Accedendo ao convite que 0 Governo recebeu, designei para


representar o Espirito Santo na Primeira Conferência Nacional de
Educação, que se realizou na cidade de Curityba, Capital do Estado
do Paraná, em Dezembro do anno passado, o D r. Ubaldo Ramalhete
Maia, Secretario da Instrucção.

Esse importante certamcn intellectual promovido pela notável


instituição de fins educativos, que é a Associação Brasileira de Edu­
cação, sob 0 patrocínio do Governo culto e adeantado daquelle Estado,
teve como escopo dos seus trabalhos longa serie de valiosas theses,
objcctivando questões pedagógicas de alta relevância, magnificamen-
te discutidas e estudadas, attestando quanto vem preoccupando os
nossos homens públicos o máximo problema que temos a enfrentar —
que’é o de constituir a nossa nacionalidade — formando nas escolas
as gerações futuras.

A esse Congresso compareceram delegações de todos os Es-


tados, representantes de academias, collegios e estabelecimentos de
educação e associações de vários pontos do Brasil.

Se o Espirito Santo não teve uma posição de grande eviden­


cia naquelle certamen de intelligencia e de civismo, pode-se affirm ar
todavia, que nao fo. sem relevância a oua intervenção na solução de
varias questões ah suscitadas.

os Annaes da Conferência o nome do nosso Estado ha de


ser mencionado entre os da vanguarda da Republica, pelos trabalhos
q 1 realizados em prol da educação nacional, conforme o voto una­
nime daquella grande Assembléa, ao tomar conhecimento da memória
apresentada pelo representante espirito-saníense
ESTADO DO E. SANTO 73

E nsino primário

N a nossa organização dc ensino, a instrucção primaria ele­


mentar é dada num currículo de 4 annos, havendo um curso comple­
mentar de um anno, que abrange o estudo mais completo das matérias,
do curso primário.
A instrucção elementar é ministrada em:
Grupos escolares;
Escolas reunidas;
Escolas isoladas.
Alcm dos estabelecimentos públicos de ensino primário, conta
o Estado com numerosas escolas ruraes de ensino particular ç muni­
cipal, muitas dellas subvencionadas pelo Governo. Essas escolas são
fiscalisadas pela Secretaria da Instrucção, no que diz respeito á orga-
nisação e execução dos programmas lectivos e á hygiene escolar.
E ’ incontestável que o Grupo Escolar é a melhor escola pri­
m aria. Os seus resultados, sejam os que dizem respeito á efficiencia
do ensino c sua methodica distribuição, sejam os referentes á disci­
plina, assidua fiscalisação e vigilância das classes, são grandemente
compensadores, e indiscutivelmente muito mais proficuos que os au­
feridos na escola isolada.
Logico é, portanto, que a melhor orientação seria a que se de­
terminasse no sentido de crear grupos escolares em todos os centros,
de população densa. Essa providencia, porém, só se poderá realizar
por uma acção lenta do Governo, attendendo-se a que as despesas que-
ella exigiria seriam por demais superior ás forças do orçamento es­
tadual .
Força é accentuar, entretanto, que de modo algum se podería
prescindir das escolas isoladas, pela razão fortíssima de que a popula­
ção do Estado acha-se disseminada por logares afastados uns dos.
outros, em grandes distancias, sem meios de communicação e trans­
porte fáceis. A .esses núcleos de população somente a escola isola­
da póde levar os benefícios da.instrucção.
Consigno, entretanto, que com o objectivo de alcançar melhores
resultados na diffusão do ensino primário, cogitamos nesses últimos
annos da installação de escolas reunidas, que offerecem mais vanta­
gens que as escolas isoladas e sao estabelecimentos de installação me­
nos dispendiosa que os grupos escolares.
74 M EN S A G E M

M O V IM E N T O E S C O L A R D O E S T A D O

partir de 1908, quando se fez a reforma do ensino no Espiri­


A
to Santo, o nosso movimento escolar cresce em animadora progressão,
quanto ao numero de unidades escolares, matricula e frequência de
alumnos.
Os dados numéricos, referentes aos vinte annos decorridos da
data daquella reforma, dão idea exacta de quanto se têm esforçado os
Governos por desbravar a ignorância popular, integrando a população
do Estado no seio da civilisação, provendo-a da mentalidade necessá­
ria para que cila represente, effectivamente, a força positiva de que
dependem a nossa grandesa e a nossa prosperidade.
*0 numero de unidades escolares mantidas pelo Estado que
era de 124 em 1908, está hoje elevado a 593.

Eis os dados estatisticos

A H K O S N.° DE ESCOLAS MATRICULA FRF.QUENCIA

1908. 124 Q H79 9 0íi7


1909. 135 4 691 o . 0 U1
1910........................................... 219 fí AIR 4 .301
A
1 oO
1911. 190 í\ í\a
O. «o U i 4 .8 3 5
1912. 182 D. /oU 5.030
1913. 1 RI n
.89/?o
03
1 5 .3 3 8
1914. 9.9^ i ■39 o 5 .4 6 4
1915. 917 .1 2 9
1 5 .603
1916. -
o •o IO 6 .1 2 5
1917. 91
11.490 7 .8 0 4
1918. 93i.y
1Q 11.978 8.593
1919. O A O
<-±3 11.925 8.225
1920. OD (\
3oy 12.828 8 .9 7 4
1921. OOA
Out/ 13.871 10.641
1922.
008 18.229 11.045
1923.
Oltt 18.971 12.804
1924
o y 71
OQ
20.067 13.937
1925
22.446 15.802
1926
4b4 23.039 16.245
1927
593 29.346 21.506
ESTADO DO E. SANTO 75

De 1924 a 1927 o movimento escolar tomou notável impulso,


como se vê das cifras seguintes:

1924 — 397 unidades escolares, com 20.067 alumnos


» » » 22.446
1925 — 455
23.039 ?>
1926 —* 464
>> »» 29.346 »
1927 593

Os ciados estatísticos acima expostos referem-se exclusivamen­


te ás escolas mantidas pelo Estado. Não estão incluídas as escolas
particulares e municipaes.
O movimento geral do ensino, no ultimo quinquennio — 1923
a 1 9 2 7 — póde ser assim apreciado, quanto ao numero de escolas:

1923 — Escolas existentes e que funccionaram — 484 — sendo:

e sta d u a e s.. 372


m unicipaes. 62
particulares 50

1924 — Escolas existentes e que funccionaram — 497 — sendo

e sta d u a e s.. 397


m unicipaes. 65
particulares 35

1925 — Escolas existentes e que funccionaram — 572 — sendo:


*
estaduaes......................................... 455
m unicipaes...................................... 55
p a r tic u la r e s .................................. 62

1926 — Escolas existentes e que funccionaram — 550 — sendo:

e sta d u a e s.. 464


m unicipaes. 34
particulares 52

1927 — Escolas existentes e que funccionaram — 713 — sendo:

e sta d u a e s.. 593


m unicipaes. 23
particulares 97
m b n s a o e m
76

A matricula geral e a frequência das escolas, no mesmo pe­


ríodo, foram as seguintes:

^ MATRICULA FREQUÊNCIA
— A™

22.019 aiumnos 15.316 aium nos


............................................... 1 »
25.203 »» 17.771
1924....................................... 1
23.539 n 19.692
1925.......................................
o 20.377
1926....................................... 28.557
36.958 ii 26.339
1 9 2 7 .......................................

Quanto á natureza do ensino, as cifras acima assim se de­


compõem :

11)23 MATRICULA FREQUÊNCIA

.Escolas estaduaes............. 18.971 aiumnos 1 2 .8 0 4 aium nos


municipaes . . . . 1.110 809
M particulares . . . 1.938 1.643

II

i
22.019 15.316 ft
T otal............................. |
1
i
1924 MATRICULA FREQUÊNCIA

o
Escolas estaduaes............. 20.067 aiumnos 13.937 aium nos
” municipaes . . . . 1.326 #» 1.020 a
n d
particulares . . . 3.810 2 .8 1 4

T otal............................. 25.203 »i 17.771

1925 FREQUÊNCIA MATRICULA

Escolas estaduaes............. 22.446 aiumnos 15.802 aiumnos


municipaes . . . . 1.436 i» 1.075 ii
particu lares. . . 3.707 >» 2 .8 Í5 ii

T o ta l............................ 27.589 ji
19.692 ii
ESTADO DO E. SANTO 77

1026 m a t r ic u l a EJREQUENCIÀ

E scolas esta d u a es............. 23.039 alumnos j 16.245 alumnos


” m unicipaes . . . . 1.32G 955
particulares . . . 4 .1 9 2 ” | 3.177
i
T o ta l............................. 28.557 20.377

1027 MATRICULA FREQUÊNCIA

E scolas esta d u a es............. 29.346 alumnos 21.506 alumnos


m u n ic ip a e s .. . . 1 .028 816
p a r tic u la re s. . . 6 .5 8 4 4.017

T o ta l.............................. 3G.95S ” 26.339

Esses dados estatísticos demonstram eloquentemente que a in-


strucção publica, no actual Governo, alcançou a sua phase de maior
desenvolvimento, não só pelo numero de escolas providas, como por
maior extensão do ensino privado.
Com effeito, o numero de escolas que funccionaram em 1923
foi de 484, sendo 372 estaduaes, 62 municipaes e 50 particulares. Em
1927, o numero de escolas providas se elevou a 713, sendo 593 esta­
duaes, 23 municipaes e 97 particulares. H a a registrar o decréscimo
sensível do ensino municipal.
O augmento verificado no provimento das escolas estaduaes
no quadriennio 192-4— 1927, é assim demonstrado:
1924 — augm ento verificado sobre o anuo de 1923 25 escolas
tt a » tt 58 yy
1925 — yy tt 1924................
t t t t ** yt 9 ty
1926 — yy tt 1925................
tt tt •» »* t t 1926................ 129 yy
1927 —
221 yy
T otal do augm ento verificado nos últim os 4 annos

Quanto á matricula nos últimos quatro annos, demonstram o


•seu movimento as cifras seguintes:
D a s e sc o la s e s t a d u a e s :
1924 augm ento verificado sobre a matricula de 1923 1.096 alumnos
1925 yy tf » ” 1924 2 .3 7 9 ”
yy tt »> ” 1925 593 ”
1926
1927 » a »» ” 1926 6 .307 ”
78 MENSAGEM

D a s escolas p a r tic u la r e s : ■ ^ e ? a rx

1824 — augmento verificado sobre a matricula dc 1923, . 1.S72 alumnos


1925 — differença para menos em comparação
com a matricula d e ........................................ 1924. . 103 ”
J926 — augmento verificado sobre a matricula de 1925. . 485 ”
1927 — augmento verificado sobre a matricula de 1926 . 2.392 ”

D a s escolas m n n ic ip a c s :

1924 — augmento verificado sobre a matricula de 1923. . 216 alumnos


1925 — ” ” ” ” ” » 1924. . 110 ”
1926 — Differença para menos em comparação
com a matricula d e ..................... ‘ ............... 1925. . 110 ”
1927 — Differença para menos em comparação
cora a matricula d e ........................................ 1926. . 298 ”

Quanto á frequência, o augmento verificado no mesmo espaço


de tempo foi o seguinte:
/
E sco la s c sta d u a c s:

1924 — augmento verificado sobre a frequência de 1923. . 1.133 alumnos


1925 — n ir ii ii ” 1924. . 1.865 ”
1926 — ii it a ii ” 1925. . 443 ”
1927 — ii ii ii ii ii ” 1926. . 5.261 ”

E sco la s p a r tic u la r e s :

1924 — augmento verificado sobre a frequência de 1923. . 1.171 alumnos


1925 — ” ” » ” ” ” 1924. . 1 ”
1926 — ” ” ” ” ” ” 1925. . 362 ”
1927 — ” ” » ” ” ” 1926. . 840 ”

E sc o la s m u n ic ip a e s :

1924 — augmento verificado sobre a frequência de 1923. 151 alumnos


1925 — ” ** >* » n 1924
55 ”
1926 Differença verificada para menos em com­
paração com a frequência d e ..................... 1925. 120 ”
1927 — Differença verificada para menos em com­
paração com a frequência d e...................... 1926. 139 *”

Quanto á idade e filiação dos alumnos, a Secretaria da Instru-


cção não poude colligir os dados referentes ás escolas municipaes e
particulares, não obstante as reiteradas recommendações que lhes di­
ESTADO DO E. SANTO 7<)

rigiu.^ Organizaram-se apenas as cifras estatísticas que tiízem‘res­


peito as escolas estaduaes, as quaes são as que se seguem

I n s lr u c ç ã o p r i m a r i a :

A lu m n os de 7 a 12 ann os........................................................... 26.613


” maiores de 12 annos..................................................... 3.388

T otal da m atricula das escolas primarias estad u aes.. . . 28.999 alumnos

I n s lr u c ç ã o s e c u n d a r i a :

A lum nos de 7 a 12 an n os............................................................ ....


” maiores de 12 ann os..................................................... 347

Total da matricula das escolas secundarias estaduaes.. .. 347 alumnos

I n s lr u c ç ã o p r i m a r i a :

A lu m n os de filiação brasileira..................................................... 25.161


” 99 ” estrangeira................................................... 3 .838

T o ta l da matricula das escolas primarias estaduaes . . . . 28.999 alumnos

I n s tr u c ç ã o s e c u n d a r i a :

A lu m n os de filiação brasileira..................................................... 310


” ” ” estran geira .................................................. 37

Total da matricula das escolas secundarias estad u aes.. . . 347 alumnos

TOTAL GERAL da matricula das escolas estad u aes.. . . 29.346 alumnos

A relação entre a frequência escolar e a matricula, no ultimo


quinquennio, é assim indicada:

1 9 2 3 — E s c o la s e s ta d u a e s :

M atricula.................................. 18.971 alumnos


Frequenoia............................... 1 2 .8 0 4 ”
Porcentagem de alumnos frequentes....................... 67,4 %

E s c o la s p a r fic A ila r e s :

M atricula.................................. 1 .938 alumnos


Frequência. . . . , . . . . . . 1 .6 4 3 .v
Porcentagem de alumnos. frequentes 84,3 %
so M E N SAG E M

E s c o la s m u n ic ip a c s :

M atricula......................... .. . . 1 .110 alumnos


• Frequência............................... 869 ”
Porcentagem de alumnos frequentes....................... 78,2 %

1924 — E s c o la s c s ta d u a c s :

M atricula.. 20.067 alumnos


Frequência. 13.937 ”
Porcentagem de alumnos frequentes. 69,4 %

E s c o la s p a r tic a la j'c s :

Matricula........................... . . 3.810 alumnos


• ' Frequência............................... 2.814 ”
Porcentagem de alumnos frequentes....................... 73,8 %

E sc o la s m u n ic ip a e s :

JIatricula................................. 1.326 alumnos


Frequência............................... 1.020 ”
Porcentagem de alumnos frequentes....................... 77 %

1925 — E sc o la s e s ta d u a c s :

*Iatricula................................. 22.446 alumnos


Frequência.............................. 15.802 ”
Porcentagem de alumnos frequentes....................... 70 %

E s c o la s p a r tic u la r e s ;

^ atricula................................. 3.707 alumnos


Frequência.............................. 2 S15 »
Porcentagem de alumnos frequentes................
75,9 %

E s c o la s m u n ic ip a e s :

M atricula................................. 1 .436 alumnos


r ............................................ 2 075
Porcentagem de alumnos frequentes.............
* * * * * 74,8 %
1926 — E s c o la s e s ta d u a c s :

S T 18................................. 23.039 alumnos


^ uenela...................... » . . 16.245 »
Porcentagem de alumnos /req u en tes..
70 %
ESTADO DO E. SANTO 81

E n r o la s p a r t i c u l a r e s :

M atricula.................................. 4 .1 9 2 nlumnos
F req u ên cia............................... 3 .1 7 7 ”
Porcentagem de a Ium nos frequentes....................... 75,7 %

E s c o la s m u n i c i p a e s :

M atricu la.................................. 1 .3 2 6 alumnos


F req u ên cia............................... 955
Porcentagem do alumnos frequentes....................... 72 %

1927 — E s c o la s c s ta d u a c s :

M atricu la.................................. 2 9 .3 4 6 alumnos


F req u ên cia............................... 21.506 ”
Porcentagem de alumnos frequentes....................... 73,2 %

E s c o la s p a r t i c u l a r e s :

M atricu la.................................. 6 .5 8 4 alumnos


F req u ên cia............................... 4 .0 1 7 ”
Porcentagem de alumnos frequentes....................... 61 %

E s c o la s m u n i c i p a e s :

M atricu la.................................. 1 .028 alumnos


F requência............................... 816 ”
Porcentagem de alumnos frequentes....................... 79,3 %

RESUMO

P o r c e n ta g e m d c f r e q u ê n c ia s o b r e a m a t r i c u l a :

flNNOS Esc. estoduoes Esc. particulares Esc. municipaes


w
00

1923 ...................... .... 6 7 ,4 % 8 9 ,3 %

1924 ................................... 6 9 ,4 % 7 3 ,8 % 77 %

1925 ................................... 70 % 7 5 ,9 % 7 4 ,8 %

1926 ................................... 70 % 7 5 ,7 % 72 %

1927 .............................' . . 7 3 ,2 % 61 % 7 9 ,3 %
MENSAGEM
82

Dos alum n^m âtnculados nas escolas, em 192/, 20.257 sào


' Go sexo masculino e 16.701 do sexo feminino, a saber:

Sexo moseulino Sexo (eminino


.

Escolas primarias estaduaes............................ 15.938 13.061

” ” particulares...................... 3.191 2 .7 6 7

” municipaes......................... 589 439

” secundarias e sta d u a e s..................... 155 192

” ” particulares................... 384 242

T otal...................................................... 20.257 16.701

RESUMO

Instrucção primaria:
Sexo masculino............................................. 19.718
Sexo fem inino................................................ 16.267
Matricula das escolas p r im a r ia s................................... 35.985

I n s tr u c ç ã o s e c u n d a r ia :

Sexo masculino............................................. 539


Sexo fem inino............................................... 434
Matricula das escolas secundarias.................................. 973

Matricula geral................................................... 36.958


*

Dos 26.339 alumnos frequentes, em 1927, 14.215 são do


sçxo masculino e 12.124 do feminino, a saber:

E sc o la s p r im a r ia s e s ta d u a c s :

Sexo masculino.......................... .................. 11.541


' Sexo feminino........................................... 9.656
Total da frequência media.............................................. 21.197
ESTAD O DO E . SANTO 83

E s c o la s p r im a r ia s p a r tic u la r e s :
* •— « « m M G Q B p
Sexo m asculino............................................... 1 .8 0 6
Sexo fem in in o ................................................. 1 .7 7 0
T otal da frequência m edia................................................ 3 .5 7 6

E s c o l a s p r im a r i a s m u n i c i p a c s :

Sexo m asculino............................................... 466


Sexo fem in in o ................................................. 350
T otal da frequência m edia................................................ 816

T otal da frequência media das escolas p rim arias.. 25.589

E scolas secundarias estaduaes:

Sexo m a scu lin o .............................................. 145


S exo fe m in in o ................................................ 350
T otal da frequência m edia............................................... 495 ,

E scolas secundarias particulares:

S e x o m a s c u lin o ........................................... 257


S exo fe m in in o ................................................ 184
T otal da frequência m ed ia............................................... 441

T otal da frequência das escolas secundarias . . . . 750

TOTAL GERAL da freq u ên cia............................. 26.339

Quanto ao gráo de ensino, a relação entre a frequência esco­


lar e a matricula, no período lectivo de 1927, é a seguinte:

Molrkula frequência Porcent. do frequência

Instrucção p rim aria.............. 35.985 25.589 71 %

” secundaria . . .. 973 750 77 %

Considerando-se a frequência quanto ao gráo de ensino e sua


natureza, verifica-se que a maior porcentagem de frequência, em 1927,
84 MENSAGEM

cabe ás escolas estaduaes de instrucção secundaria, vindo as demais 11a


o r d e m s e g u in te : w n a ...» .
-------

E5C0LA5 Molriculu Frequencio Porcent. do frequencio

Ensino estadual secundário 347 309 39 %

Ensino municipal primário 1.028 816 79,2 %

Ensino estadual primário . 28.999 21.197 73 %

Ensino partic. secundário 626 441 70 %

Ensino partic. primário. . 5.958 3.576 60 %

Resultados dos trabalhos lectivos

Os resultados dos trabalhos lectivos, no anno passado, podem


ser apreciados pelos dados seguintes:

I n s tr u c ç ã o p r i m a r i a :

Alumnos promovidos de anno para anno do curso elementar, até 0 3..c 7 .9 9 5


Idem, que concluiram 0 curso elem entar..................................
372
Idem, que concluiram 0 curso complementar
66

T otal............
8 .4 3 3

Alumnos reprovados nos diversos annos do curso elementar . . . . 15 069


Idem reprovados no curso complementar........................................ ’ 10

Total.
15.079'

° numero de promoções e reprovações, verificado no mesmo


período escolar, assim se expressa:

Promovidos do 1.» para o 2.» anno do curso elem en tar.. 4 .6 3 4


Idem do 2.° para o 3.°............
2.256
Idem do 3.° para o 4.®.......................... ............................... ^
Concluiram o curso elem en ta r................................. &J2
Concluiram o curso complementar....................... ’* g
Reprovados no l.° anno do curso elem entar...............\ # 13 726
ESTADO DO E. SANTO 85

Idem, no 2.° anno....................................................................... 1.006


Idem, no 3.° ann o...................................................................... 280
Idcm, no 4.° ann o........................................*............................ 57
eom pleinentar.-T-r^- ......................

TOTAL das p ro m o çõ es................................................. 8.433


TOTAL das reprovações................................................ 15.079

I n s tr u c ç ã o s e c u n d a r ia :

ESCOLA NORMAL “ PEDRO I I ”

Alum nos promovidos do l.° para o 2.° anno................ 42


Idem , idem , do 2.° paro o 3.°............................................... 20
Idem , idem , do 3o para o 4.°............................................... 2Í)
Idem, que concluiram o curso............................................... 15
Idem, reprovados no l.° anno............................................... 60
Idem, reprovados no 2.° anno............................................... 1
Idem, reprovados no 3.° anno............................................... 1

GYMNASIO DO ESPIRITO SANTO (curao seriado)

Alum nos promovidos do l.° para o 2.° anno..................... 13


Idem, do 2.° para o 3.° anno................................................ 45
Idem, do 3.° para o 4.° anno................................................ 12
Idem, do 4.° para o 5.° anno................................................ 2
Idem, que concluiram o curso...............................................
Idem, reprovados no l.° anno............................................... 15
Idem, idem , no 2.° anno.......................................................... 26
Idem, idem , no 3.° anno.......................................................... 22
Idem, idem, no 4.° anno.......................................................... 12
Idem, idem, no 5.° anno.......................................................... 2

--------- RESUMO ---------

E s c o la N o r m a l:

Total das p rom oções................................................................ 1^6


Total das reprovações.............................................................. ^2

O y m n a s io d o E s p i r i t o S a n to (curso seriado)

Total das approvaçõcs...........................................................


Total das reprovações.............................................................. 80

ENSINO NORMAL

Certo, seria trabalho sem resultado pretender organizar um


•systematico combate contra o analphabetisino sem cogitar pre\ iamen-
.te da formação do professorado. Sendo o fim das escolas normaes
86 MBNSAGBM

"ensinar a ensinar”, preparar o professor para que elle possa des­


empenhar f-ieImente a sua missão, claro é que o Governo precisa cui­
dar de sua organisação. corrigindo-lhes as falhas e defeitos, d* molde
a tornal-as verdadeiramente efficientes na formação do magistério
primário. A nossa Escola Normal, infelizmente, ainda não se encon­
tra em condições de attender, plenamente, ao fim a que se destina.
“Falta-lhe a expressão pratica, o caracter technico, a acção pedagó­
gica”, como affirma em o seu relatório o Secretario da Tnstrucção.
A lei n . 1.572, de 1926, regulamentada pelo Decreto n . 7.994,
deu nova distribuição ás disciplinas do curso normal. A referida lei
extinguiu os exames finaes de primeira e segunda épocas, restabele­
cendo o regimen anterior de promoções pelas medias de aproveita­
mento dos alumnos e provas escriptas trimestraes das diversas ma­
térias .
No ultimo anno lectivo matricularam-se na Escola Normal 184
alumnos, sendo 168 do sexo feminino e 16 do masculino.
A matricula esteve assim distribuída pelos vários annos do
curso:

1. ° anno:— Secção feminina — 96 alumnas. Dessas foram appro-


vadas 39, reprovadas 51, tendo se retirado 6 .— Secção
masculina — 14 alumnos. Approvados 3. reprovados
9, tendo se retirado 2.

2. ° anno:— Secção feminina — 27 alumnas. Dessas foram appro-


vadas, 20, 6 se retiraram e 1 foi reprovada. — Na
secção masculina não houve matricula.

3-° anno:— Secção feminina — 31 alumnas. Approvadas 28, reti-


raram-se 2, reprovada 1. Secção masculina — 1 alum-
no que foi approvado.

4.° anno:— Secção feminina — 14 alumnas. — Secção masculina


— 1 alumno. Nesse anno não houve reprovações.

Continuam equiparados á Escola Normal os Collegios N . S.


Auxiliadora, dirigido pelas Irmãs de-Caridade de S. Vicente de Paulo,
e o Gymnasio São Vicente de Paulo.í No primeiro, a matricula no
curso normal, no ultimo periodo lectivo foi de 152 alumnas. Em
ESTADO DO E . SANTO 87

iodos os 4 annos do curso houve 27 reprovações. No Gymnasio São


Vicente de Paulo concluiram 7 alumnos, teuuu siuu
promovidos do curso complementar ao l.° anno normal 44 alumnos.
No anno passado, fez-sc a substituição dc todo o mobiliário do
salão de commemorações das escolas Normal e Annexas, do salão
de recepção, do gabinete do Director e de algumas classes, sendo, tam­
bém, adquiridos um piano e um orgão portátil para o ensino de canto*
além de utensílios para o gabinete de sciencias naturaes e material di-
dactico para todos os cursos.

Assistência dentaria

O serviço de assistência dentaria, instai lado em 1925, nas


►escolas Normal e Annexas, continua sendo executado com toda regu­
laridade, sendo indiscutíveis as vantagens que c-lo tem prodigalizado
á infancia escolar.
O movimento da assistência dentaria, no anno passado, foi o
seguinte:

M atricula na A ssistência...................................... 1S5 collegiaes


C onsultas................................................................... 624
Obturações diversas.............................................. 273
E xtracções................................................................. 2S7

O serviço de assistência dentaria continua a cargo do cirurgião


•dentista D r. A . da Costa Gama e de sua auxiliar D ra. Maria Pao-
liello.

Grupos E scolares

Existem no Estado quatro grupos escolares, dois na Capital,


um em Cachoeiro de Itapemirim e outro em Muquy.
Dos da Capital um funcciona junto á Escola Norm al. Como
já àffirm ei em outra parte deste relatorio, o grupo escolar é, não só
quanto á efficiencia do ensino, como no que diz respeito á sua distri­
buição methodica, á disciplina, á fiscalisação e vigilância das classes,
sem duvida, a melhor escola prim aria. A installação de grupos esco­
lares, nas varias localidades do Estado, onde elles se fazem necessários,
não foi possível, por isso que a sua creação acarreta elevadas despe­
sas para o Governo, que neste quadriennio esteve, desde o seu inicio,
88 MBNSAGEM

sobrecarregado com emprehendimentos vultuosos, todos absolutamen-


pac?pendade do Espirito Saíitopcrjobrctudo com*~<lü^ a2>
a regularisação de sua situação financeira.

Escola Modelo “ Jeronymo M onteiro”


9

E ’ um dos grupos escolares da Capital. Dispõe de oito classes:


— quatro para a secção masculina e quatro para a feminina.
A matricula nesse grupo foi a seguinte, no período escolar de
1927:
1. ° anno fe m in in o ...................... alumnas
2. ° ” w
3.° ” » 5»

4.° ” ” «

l.° anno m asculino.....................


2.° ” » v
3.° n »
4 » »

Sexo f e m in in o ................
Sexo m asculino................

TOTAL da m atricula............. alumnos

Na secção feminina verificaram-se 166 promoções, 77 appro-


vações, tendo se retirado 40.
Na secção masculina foram promovidos 109, reprovados 57
tendo se retirado 4 3 . •7

Escola Modelo Isolada

E a escola isolada typo, funccionando junto ás escolas Normal


e nnexas. Funccionou no anno passado com uma matricula de 60
alumnos, tendo sido approvados nos diversos annos 4 3 a!umnos„re-
provados 13, retirando-se 4.
Escola Complementar

E ’ a escola intermediaria entre o curso primário e o normal.


69 do
OJ dnT ° n feminino
sexo r ° e 2o2? do
, teVC Uma matr5cula ^ 91 alumnos, sendo
masculino.
ESTADO DO E. SANTO 89

^ ........ Dado ojatewado.ntsmeró de sítswifcas^^riculados foi necessá­


rio dividil-a, no anno passado, em duas secções. Na l.n secção femini­
na estavam matriculadas 34 alumnas. Dessas foram approvadas 27,
reprovadas 3 e se retiraram 4. Na 2." secção feminina matricularam-
se 35, retiraram -se 6 , foram approvadas 28 e 1 reprovada. Na secção
masculina foram approvados 1 1 , reprovados 6 , tendo se retirado 5.

Grupo Escolar “Gomes Cardim”

Este estabelecimento de ensino está funccionando em prédio


construído neste Governo, e que offerece bôas condições pedagógi­
cas e hvgienicas. A Secretaria da Instrucção forneceu-lhe, por occa-
sião da reabertura das aulas, novas carteiras individuaes e outros
moveis e utensílios, assim como copioso material didactico.
A matricula desse instituto de ensino foi, em 1927, de 263
aluirmos. A frequência foi de 190, no máximo; 130 no minimo; e
160 na média.
Completaram o curso 32 alumnos, sendo 15 do sexo masculino
e 17 do feminino. Foram reprovados 6 6 alumnos, sendo do sexo fe­
minino 41 e do masculino 25.

Grupo Escolar “Bernardino Monteiro”

O grupo escolar “ Bernardino Monteiro”, da cidade de Ca-


choeiro de Itapemirim, acha-se em optimas condições, não só quanto á
concurrencia de alumnos e grande confiança que merece da população,
como no que diz respeito á efficiencia educativa e aos resultados dos
trabalhos lectivos.
A matricula desse educandario elevou-se, em 1927, a 473
alumnos, tendo a frequência média de 405. A porcentagem dc alum­
nos frequentes foi, portanto, além de 85 % .
Houve necessidade de dividir diversas classes, assim como de
collocar adjunctas em outras, attendendo-se ao numero excessivo de
alumnos matriculados e frequentes.

Grupo Escolar “Marcondes de Sousa”

Os trabalhos desse estabelecimento estiveram prejudicados no


primeiro semestre do anno passado pela execução de obras inadiáveis
de reparos e consolidação do prédio. A matricula no anno passado foi
90 M E N S A G E M

ás-âfe&!i^1tf:,,.Ti05. A*frequciicia ío?*tt?8SJ&, ucu.\a uc\ido*w v^& I íçücs


do edificio, que até certo tempo foram precarias.

Escolas K Q ú ^j& tz

Funccionaram com regularidade, no anno passado, as esco­


las reunidas “ Aristides Freire”, da cidade de Collatina, e “ Nestor
Gomes”, da povoaçao de Castello, no município de Cachoeiro de Ita-
pemirim. A primeira teve uma matricula de 272 alumnos, com uma
frequência média de 198. Na segunda verificou-se uma matricula dc
142, com uma frequência média de 113 alumnos.

ENSINO SECUNDÁRIO

Além do Gymnasio do Espirito Santo, que é mantido pelo Go­


verno, existem no Estado estabelecimentos particulares de ensino se­
cundário, gozando esses do privilegio de bancas examinadoras.
O Estado mantem o seu Gymnasio, provendo-o dos recursos
indispensáveis ao seu regular funccionamento, dirigindo-o dentro das
normas de orientação traçada pelo Governo Federal.
São os seguintes os dados sobre o anno lectivo de 1927:

Matricula dos seriad os.. . 163


do curso annexo 28
dos assistentes.. 62
Inscripções de Dezem bro.. 149 seriados
V u
ir » >» 89 parcellados
38 admissões
Reprovações de Dezembro.
yy » tt
91 seriados
99 , f> >»
40 parcellados
3 admissões

ENSINO PARTICULAR E H U N IO IPA L

A iniciativa particular, auxiliando a acção do Estado, na disse­


minação do ensino dia a dia mais se accentúa. Os dados colhidos
sobre a matricula e frequência nas escolas particulares demonstram o
valioso concurso que dias estão prestando, no sentido de attingirmos,
dentro do mais curto prazo, a solução do problema educacional no Es-
p rito Santo. Alem de dois estabelecimentos particulares equiparados
se0 a NormaI- muitos outros se encontram no Estado, de ensino
ESTADO DO E . SANTO 91

primário c sccuft^tor^u&^ccionando sob a fiscalisaçíto da Secretaria


djLTnstrucção, na sua quasi totalidade, subvencionados pelo Governo.
D urante a minha administração prestei sempre o mais solicito
apoio á iniciativa privada, encorajando-a com auxílios pecuniários e
com o fornecimento de material didactico e escolar, no proposito de
tornal-a verdadeiramente efficiente no trabalho de divulgação do en­
sino. Por outro lado fiz manter uma fiscalisação constante sobre o
ensino privado, concorrendo dest”arte para que elle produzisse resulta­
dos uteis á instrucção e educação da infancia.
O ensino municipal, entretanto, apresenta-se com reduzidíssi­
mo coefficiente. A acção dos poderes municipaes, que já era insigni­
ficante ha tres annos passados, actualmente, c quasi nulla. E ’ para
se lamentar que assim aconteça, porquanto é sabido que a obra de al-
phabetisação de nossa gente, para que se realize com a prestesa deseja­
da, exige synergia de esforços, entre os quaes seria bom se contassem
os das municipalidades.
Dispendc o Estado, actualmente, 141:200S000 de subvenções
ao ensino privado, além dos auxílios prestados em material e mobiliá­
rio escolar, como estimulo e incitamento á iniciativa particular para o
desenvolvimento da instrucção publica.

Collegio N. S. Auxiliadora

E* um dos estabèlcimentos que mais relevantes serviços presta


á instrucção publica.
Funcciona desde 1910, quando foi fundado por D . João Nery,
e é dirigido pelas Irm ãs de Caridade São Vicente de Paulo. Desde
aquelle anno também está equiparado á Escola Normal. Annexos ao
Collegio N . S . Auxiliadora funccionam o Orphanato Coração de
Jesus e o Externato gratuito S. José. Contam-se nesse educandario
nove professoras para o ensino normal e treze para o curso primário.,
Em 1927 foi este o resultado do anno lectivo:

Curso Normal................................................. 152


Curso Complementar................................... 71
Curso P rim ário...................................................... 377

Total '600
92 MENSAGEM

•... Terminaram o-curso prim ário.. .. 33


.. . ” . . •” complementar. 63
----- " ” normal . . . . 13
•• Àualphabetn.s•no'inicio cias aulas..' 48
. •.. - ” M i fim - ” . 3
f •• .. Improvadas no curso normal.-. . 27
t•
. . •• P .] * .V , complementar
/ • *• • • >
2
” ” ” primário. . . . 49

Gymiiásio' São Vicente do Pàuló

E ’ um educandario antigo, com bons serviços prestados ao en­


sino cía mocidade espirito-santense. E* também equiparado á Esco­
la Normal. ' No anno passado foi de 326 alumnos a matricula desse
estabelecimento, ‘sendp de 275 a frequência média. Dos alumnos ma­
triculados, 89 eram do curso secundário e 237 do primário, elementar
e complementar.
No curso gymnasial prestaram exames 115 alumnos, com os
seguintes resultados:
Exames seriados . . . . 79 — approvados 6 6 ; reprovados 13
Exames parcellados . . 1 — approvado
Exames de admissão . . 35 — approvados 33; reprovados 2.

Concluiram o curso normal 7 e foram promovidos do curso


■complementar ao l.° anno normal 4 4 alumnos. ’
O Gymnasio S .. Vicente gosa do privilegio de bancas, examina­
doras federaes e mantem uma escola dê instrucçãò ;militar, sob a de-
pendencia e íiscalisação da Inspcctoria Regional do Tiro de Guerra.
•. o.” * * **•*•* • .* •••»'•*■ - •. , . • .
Collegio Americano . . .. . .

'■ Este instituto dé ensino é mantido pela Missão Baptistá, já na


...
muitos annos, e item prestado assignalados serviços á instrucçãò publi-
c?.\ N.ão‘em subvenção ou auxilio do Estado. Funcciona/em edifí­
cios amplos e hygienieos, mantendo internato e externato. Filiados ão
mestrió estabelecimento; .existem no Estado 16 escolas primárias e 1
jardim-de-infància. •
. * ;J •* \ 4 1 * . ? ► - V- * * • 4 # ,

Opllegio/Pedro Palaçioa................. • .. ___....



'41
*.,

. r .D' r.Íge f * estabclec.imento de ensino,' que funcciona na cidade


de Cachoeiro de Itapemirim, em-prédio de propriedade do Estado, o
-£?f+y


1 • j Il \
l" * i V
4.
- *55

Entrega da folha dt* serviços ao professor mais velho do Estado


por S . E x a . o S r. Presidente do Estado por occasiro
do centenário da instrucção primaria em outubro — 1927

Escolas reunidas de Vianna


Kiitrofr.i (i 3i follui de serviços o<> pro fesso r m ais volhn tio E s ta d o
p o r S . E x a . o S r . P r e s id e n te do K*^;«s: !«» |«>r oeeasifo
tio c e n te n á r io da i n s t r u i r ã o p r im a r ia em o u tu b r o — 1027
Posta da arvore — Aspecto da parada cscoVr — 1 0 - $

Grupo escolar de Mimoso


Grupo osooliir <1<* Mimoso
P a ra d a escolar por occasião da festa da arvore

P arada escolar por occasião do cen tenário dos


cursos prim ários do E stado
P arada escolar pop oeeasiàn da resta da arvore

P arada escolar por oceasifio do centenário dos


cursos primários do Estado
ESTADO DO E . SANTO 93

•dr. A risteu Portugal Neves. Este educandario mantem internato e


externato e cursos primário-e gymnasial, sendo destacados os presti-
mos com que tem cooperado para o desenvolvimento da instrueçao e
•educação da mocidade.

Gynmasio do Alegre

Já com alguns annos de existência este estabelecimento vem se


impondo pelos resultados de seus trabalhos em prol do ensino, cada
d ia mais accentuados. Tem curso secundário e primário. Está sub­
vencionado pelo Estado e nela Municipalidade de Alegre.

Collegio ítalo Brasileiro

E ' um antigo estabelecimento de ensino, que funcciona na villa


de Santa Thereza, sob a direcção dc frades Capuchinhos. E ’ sub­
vencionado pelo Governo. Dispõe somente de curso primário.

Externato “Julia Penna”

Subvencionado pelo Estado. Mantem curso primário completo


e um jardim de infancia.
• • * •

Gynmnsio “Barão de Macahnbas”

Presta relevantes serviços á mocidade espirito-santense, na po?


voação de Veado, município de Alegre. Mantem curso de primeiras
letras e de estudos secundários, em franco progresso. Não recebe
■subvenção do Governo.

'Gymnasio Costa

Este educandario funcciona na cidade de S . Pedro de Itaba-


poana. Mantem cursos primário e secundário. Os resultados de seus
•trabalhos demonstram a sua efficiencia educativa, bem como o esfor­
ço do seu pessoal docente.

Coltegio “Mirabeau Pimentel”

Funcciona este estabelecimento em amplo edifício na cidade de


S . José de Calçado, e presta relevantes serviços á instrueçao publica.
Tem subvenção do Governo do Estado. Mantem cursos primário e
secundário.
31 E X S A G B M
9+

Além dos estabelecimentos destacados, outros muitos existem


mantidos por particulares, que merecem especial registro pelajjoope-
ração valiosa com que vêm concorrendo para a diffusão do ensino.
Entre esses assignalam-se — Asylo Christo Rei, Escola U nião
e Progresso e Escola Mirabeau Pimentel, desta capital: Instituto Flo-
rentino Ávidos, de Mimoso; Collegio D . Fernando Monteiro eJEs-
cola Ubaldo Ramalhete, de Muquy; Escola Profissional Ricardo jo n -
çalves, Atheneu Santa M aria e Centro Operário de Protecção Mu­
tua, de Cachoeiro de Itapemirim; Collegios N . S . da Penha, S . Se­
bastião e Sagrado Coração de Jesus, de Alegre; Escola Parochial de
Santa Izabel, Município de Domingos M artins.

Inspeccão Escolar*S
.
• Até 1926 o serviço de inspecção escolar do Estado esteve a car­
go de cinco Inspectores. Considerando que a fiscalisação de todas as
escolas primarias, publicas, particulares e municipaes, disseminadas
pelo teritorio do Estado, não podia ser feita com real efficiencia por
cinco funccionarios apenas, promovi a elevação a 10 do numero de
inspectores, no anno passado. Os resultados dos trabalhos lectivos
de 1927, a matricula e a frequência das escolas no mesmo período,
attestam a acção dos serviços de inspectores. Por acto da Secretaria
da Instrucção o Estado acha-se dividido em zonas para melhor exe­
cução do trabalho dos inspectores escolares. A primeira zona com-
prehende o município da Capital, Serra', Espirito Santo e Cariacica;
' a segunda abrange os municípios de Collatina, Conceição da B arra e
São Matheus; a terceira comprehende Itaguassú, Affonso Cláudio; a
quarta compõe-se dos municípios de Vianna, Domingos M artins e Al­
fredo Chaves; a quinta abrange os municípios de Itapemirim, íconha,
Anchieta e Guarapary; a sexta comprehende os municípios de Alegre,
Muniz Freire e Rio Pardo; a sétima os de Fundão, Santa Leopoldi-
na e Santa Thereza; a oitava compõe-se dos municípios de Cachoeiro
de Itapemirim, Muquy e Rio Novo; a nona os municipos de Calçado,
S. Pedro de Itabapoana e Ponte de Itabapoana; a décima abrange os
municípios de Pau Gigante, Santa Cruz e Riacho.
Segundo os relatórios apresentados pelos inspectores e com-
municações de professores, o anno passado foram visitados quasi todos
os estabelecimentos de ensino ofíiciaes e particulares, sendo que vários
receberam mais de uma visita, o qtie-, por certo, tem contribuído para
maior efficacia do serviço escolar do Estado.
ESTADO DO E. SANTO 95

Não se póde contestar o alcance de uma íiscalisação constante,


«de uma assistência assídua c permanente a todas as escola^Tio^f??»^
do. E 5 o inspector escolar, sem duvida, não só o verdadeiro susten-
taculo da actividade do professor, como também, quem lhe orienta a
conducta profissional, indicando as falhas, apontando os remedios, in­
dicando, emfim, o rumo a seguir para que a sua actuação no campo
•educativo se exerça com positiva efficiencia. Demais, além da influen­
cia que o inspector exerce sobre a execução dos programmas, sobre o
aperfeiçoamento dos methodos, e sobre a actividade profissional dos
professores, ha a encarar os serviços que elle presta na distribuição
das escolas, concorrendo para promovel-a com segurança e acerto por
todo o território do Estado, permittindo verdadeiro equilíbrio na ta­
re fa que a esse compete de disseminar igualmente por toda a sua po­
pulação os estabelecimentos de ensino.
P ara que o serviço de inspecçào escolar do Estado, venha a se
-executar com real segurança, ainda será necessário augmentar o nu­
mero de inspectores existentes.

€onunemorações civicas

De conformidade com o regulamento do ensino, foram comme-


moradas condignamente nas escolas publicas as datas nacionaes. E ’
indubitavel a grande influencia que essas commemorações exercem
sóbre a educação civica das novas gerações. A celebração das datas
em que se recordam os grandes feitos da Historia Patria e da Histo­
ria da Humanidade não tem apenas influencia educativa no meio es­
colar em que ellas se realizam. Por meio dessas commemorações sc
consegue pôr a escola mais em contacto com as massas populares, in­
teressando nella directamente o povo.
Além, das commemorações em classe, nos dias festivos, por
meio de prelecções dos professores, sobre o motivo civico da solenni-
dade, e canções de hymnos patrióticos pelos alumnos, algumas datas
foram festejadas com certo apparato, realizando-se as paradas esco­
lares e festivaes artísticos em que tomou parte a infancia das escolas.
Entre as festas escolares realizadas no ultimo anno, destaca­
ram-se a da Independencia Nacional, a 7 de Setembro, a do Dia da
Prim avera, a 21 de Setembro, e a commemoração do primeiro centená­
rio do ensino primário officia! no Brasil, a 15 de Outubro.
% M E N S A G E M

A festa commemorativa do primeiro centenário do ensino pri­


mário teve, nesta Capital, grande imponência, prestando-sc, por essa
occasião, tocante homenagem aos dois professores mais antigos do Es­
tado! 7Cos decanos diriflagteterio primário do EstauíFToram confe­
ridas de ouro, cm attençao ao? seus serviços.
O Governo sempre estimulou com o máximo empenho o pro-
fessorado para que não deixe transcorrer em silencio as datas na-
cionaes, recommendando-lhe que as celebre de um modo simples, ao
alcance da mocidade escolar, expondo a lição que ellas encerram em
linguagem apropriada ao entendimento da infancia, de modo impressi-
vo e claro, afim de que as commemorações produzam os resultados
educativos, que dellas devemos esperar.

Horários e programmas

P ara attender á conveniência da uniformidade na distribuição


do ensino primário, foram estabelecidos pelo Decreto n. 7.994, de
Fevereiro de 1926, o mesmo tempo lectivo e um só programma de
ensino para todas as escolas.
Anteriormente á vigência desse Decreto, o periodo lectivo e
programmas das escolas ruraes (de 3.° entrancia) eram ’differentes
dos de l.a e 2 .° entrancias, assim como dos programmas escolares.
Actualmente todas as escolas primarias obedecem ao mesmo program­
ma de ensino, sendo de 1 1 ás 16 horas o periodo de trabalho diário,
tanto para os grupos escolares, como para as escolas isoladas, em
geral.
O programma e horários especiaes de 3.“ entrancia que vigo­
raram até 1925, foram adoptados em 1916, quando se pensou em atr
tender ás necessidades da população do interior, que se encontra na
contingência de aproveitar o trabalho das creanças na lavoura e de
satisfazer, ao mesmo tempo, a obrigação de mandal-as á escola.
O alludido Decreto 7.994 simplificou também o curso nas es­
colas primarias, sendo adoptados programmas de ensino mais con-
sentaneos com a exiguidade de tempo consagrado ao estudo das pri­
meiras lettras.
O programma adoptado para as nessas escolas tem um cunho
absolutamente pratico, tendo o ensino o objectivo de habilitar o alum-
no a saber ler, escrever e contar, assegurar a saude e vigor do corpo,
saber ouvir, ver e mover-se e a ter hábitos de disciplina moral e civica.
ESTAD O DO E . SANTO 97

Tambem pelo Decreto 7.994 foi dada nova distribuição ás dis­


ciplinas do curso Normal e extinctos os exames finaes de primeira
e segunda épocas, adoptando-se o regimen de promoções por médias
de aproveitamento dos alumnos e provas escriptas, trimestraes, das
Çpi versas m atérias.

Ainda o mesmo Decreto estabeleceu para os professores pri­


mários de concurso a faculdade de cursarem a Escola Normal, com di­
reito a uma parte dos vencimentos, crcando também a possibilidade
de matricula nos primeiros annos, até o 3 o, o que anteriormente não
era permittido.

Material escolar

Desde o começo do meu Governo sempre me preoccupou o ap-


parelhamento do material escolar de nossas escolas. Tendo augmen-
tado o numero de escolas e attendendo ao desenvolvimento posterior­
mente dado ao fornecimento do material escolar, tornou-se indispen­
sável a creação do almoxarifado da Secretaria da Instrucção, para
recolher e distribuir todo material adquirido.

Anteriormente a guarda do material adquirido era feita numa


das salas da própria Secretaria, que o despachava para o interior do
Estado á proporção que o ia adquirindo.

O registro de entrada e sahida de material didactico e escolar


vem sendo feito com regularidade.

Conforme se verifica pelos relatórios da Secretaria da Instru­


cção, até 1920 era precaria a situação dos estabelecimentos de ensino
official, no que diz respeito a material escolar. De 1921 em diante
foi adquirida apreciável quantidade de moveis e utensílios para as
escolas, de modo que além das escolas da Capital, dos grupos escola­
res, já são numerosas as escolas isoladas do interior, que dispõem do
necessário mobiliário e material didactico.

D urante o meu Governo, foi fornecido ás escolas e estabeleci­


mentos de ensino do Estado, inclusive alguns particulares, o material
didactico, mobiliário e utensílios escolares constantes da relação abai­
xo, segundo os relatórios e informações da Secretaria da Instrucção
até 23 de Maio do corrente anno:
98 M E N S A G E M

MATERIAL ESOLAR

OijonUs U 5P- S P E C lc « | "UtMmi | Lj PCCIu * •—

407 $ c a r t e i r a s e sc o la re s 163 r a s p a d e ir a s
300 q u a d ro 3 n e g ro s 27G d ú z ia s d c la p is d e c ô r e d c b o tra -
138 b a n c o s p a r a c a r t e i r a s e s c o la re s c h a p a r a c o lle g ia c s p o b r e s
454 e o n ta d o rc â a m e ric a n o s 506 e sc o v a s p a r a q u a d r o n e g r o
120 n in p p a a M u n d i 1085 f o lh a s d e m a tta - b o r r ã o
531 id c m d o B r a s il 782 p a s t a s p a r a n ro h iv o
480 id e m d o E s p ir ito S a n to 70 b a ld e s d c z in c o
273 id e m dn A m e ric a d o Su! 94 v a s s o u r a s d e p ia s s a v a
382 id c m d a A m e ric a do N o r t e 287 tin te ir o s n ic k d a d o s
19G id e m d a E u r o p a 30 litr c ò d c t i n t a c a r m in
07 id c m d a Á f r ic a 53 v a s s o u r in h a s p." lim p a m d e ta l h a
82 id e m d a A sia G20 b o r r a c h a s p a r a d e se n h o
10 id e m d a O cean ia G53 re s m a s d e p a p e l a lm a s s o
370 id e m d e I n ic ia ç ã o C 4cograpItica 207 m e sa s p a r a p r o f e s s o r e s
380 id c m do S y s te m a M é tric o 07 re g u a a
3G5 id c m d c L in g u a g e m A r ith in c tie a 55 re s m a s d e p a p e l p a r a d e s e n h o
2G7 g lo b o s g e o g ra p liic o s 583 s a b o n e te s p a r a os e s ta b e le c im e n to s
391 c a rta s de P a rk e r d c e n s in o
250 q u a d r o s d e H is to r ia P a t r i a 130 to a lh a s p a r a m ã o
369 re lo g io 3 do p a r e d e 20 tr ip é s p a r a m a p p a s
473 ty m p a n o s 3G9 tin te iro s p a ra c a rte ira s
233 collecções d e so lid o s g e o m é tric o s 52 capachos d e fe rro
289 c a v a lle te s p a r a q u a d ro n e g ro 03 c a p a c h o s d e cuco
633 b a n d e irn a n n c io n a e s d e doi3 p a n - m o b ília s d e s a la p a r a e s ta b e le c i­
c
n o s p a r a s a th e d r a d e p r o f e iu o r m e n to d e e n sin o
47 m e s a s s e c r e ta r ia s 23.6 p la c a s e s m a lta d a s p a r a csco lao p u -
227 ta lh a s “ 8 a lu 9 ” p a r a a s e sc o la s b lio a s
55 e a c a r ra d e ir a s p a ra estabeleeiu ien * 2 p ia n o s p a r a e s ta b e le c im e n to s do e n ­
to s d c ensino sin o
186 e s p a n a d o re s p a r a a s esco las 12 ta p e te s p a r a g r u p o s e s c o la re s
2G4 c e s ta s d e v im e p a r a p a p e l 120 c a d e r n e ta s p a r a p r o f e s s o r e s
16071 liv ro s d id a e tic o s d iv e rso s p a r a a lu - G3 a r m a r io s p a r a e sc o la s
n o s p o b re s 29 bancoa de ja rd im p a r a r e c re io de
4S8 d ú z ia s d e la p is p r e to p a ra coito- e sc o la s
g ia c s p o b re s 9 b a n d e ir a s n n c io n a e s p a r a fa c h a d a
465 id e m d e-can ctfl8 p a r a c o lle g ia e s p o ­ 3744' b a n d e ir in h a s n a c io n a e s do sS da
b re s p a r a p a r a d a s e s c o la re s
693 litr o s do t i n t a p r e ta 44 c o m p a sso s e s c o la re s
130 9 c a ix a s d o g i z 303 co p o s p a r a c o llc g ia e s
706 id e m do p e n n a s p a r a oa c o lle g ia c s 1315 c a d e ir a s a u s tr in c a s
p o b res 1L69 c a n e ta s la p is p a r a c o llc g in o s
623 l a ta s d e c re o lin a p a r a oa e sc o la s 83 b e rç o s p a r a m a tta - b o r r ã o
397 p a u a d e capolio 20 e s tr a d o s p a r a o a th e d r a s
425 v a s s o u r a s a m e r ic a n a s p a r a a a e s ­ 8 eo p ad n 3 p a r a c o lle g ia c s
c o la s 3 c a ix a s d e g u e r r a p a r a p a r a d a s cg-
420 v id ro s a c g o m m a n r a b ic a c o la re s
112 c a n e c a s d o a g a tU p u r u c o lle g ia e a 3008 c a d e r n o s e s c o la re s p a r a c o lle g ia c s
p o b re s
p o b re s - . • • ‘
E STA D O DO E . SANTO 99

M A T E R IA L ESCO LA R (c o n tin u a ç ã o )

Ouont. E5PECIE Quanl. . . . E5PECIE .

3500 p r o g r n m m n s d o e n sin o 15 co rd õ es p n rn c o rn c tn 3
21000 f o lh a s d c p n p o l p n r a co m m c m o ra - 20 c a th e d r a s
çõea e s c o la re s 32 c o rn e ta s
10000 im p re s s o s p a r a u so d a E s c o la N o r ­ 3221 e s to jo s csco larce p a r a p rê m io s a o s
m al n lu m n o s
579 3 b o le tin s d c p ro m o ç ã o 40 c h a p é o s p a r a e sc o te iro s
356 im p re s s o s p a r a c e r t i f i c a d o d e p ro - 5 c in ta s id em , id e m
m oção 5 c a m p a in h a s d c m e ta l
40 m u c h ila s p a r a e s c o te iro s 4 fla m m u ln s
40 m a r m ita s , id e m , id e m . 10S m e tro s d e fa z e n d a p a r a u n ifo rm e
75 la m p a d a o e lc c tr ic a s p a x a ís la b c le - d c n lu m u o õ p o b re s
c im e n to s d c e n s in o •i L avatórios d c f e r r o
20 p e le s p a r a t a r o l 1 m ic ro se o p io
13 tn la lia r te s p a ra c o lle g ia e s 17 m a s tro s de b a n d e ir a p a ra c a th e -
13 ta m b o r e s s u r d o s d r a d c p ro fe s s o r
2 a p ito s p a r a e s c o te iro s 5S3 liv ro s dc m a tr ic u la
50 p a r c a d e a lp e r c a ta s p a r a c o lle g ia e s 709 id e m d e c h a m a d a
p o b res 351 id em d e v is ita
4 b ro c a e a m e r ic a n a s p a ra d e n tis ta 6G7 id e m p a r a r e g is tr o s do n o ta s
( A s s is tê n c ia D e n t a r i a ) 452 id e m p a r a r e g is tr o d o m a te ria l*
12 d u z in o d e b ro cas o d o n to lo g ic a s 735 e x e m p la re s do R e g u la m e n to d*
( A s s is tê n c ia D e n t a r i a ) I n s tr u c ç ã o
43 b a s tõ e s p a ra e s c o te iro s 712 h o rá rio s
50 m e tr o s d e b r im k a k i p a r a u n if o r m e 14732 im p re sso s p a r a e x tra c t0 3 d c clia-
— ------ d o c o lle g ia e s p o b re e m nda
8 b a r r a e n s d o lo n a p n r a . e s c o te iro s . 1169$ id e m , id e m , d e m a tr ic u la
762 c a b id e s p a r a eseo ln s 19070 f ic h a s d o e n sin o o b r ig a to r io

Foram enviadas ás escolas, pelo almoxarifado, 244 carteiras


escolares que tinham sido recolhidas para concerto.
' Os dados referidos demonstram a preoccupação que teve o
Governo de dotar os seus estabelecimentos de ensino do material con­
veniente ao seu perfeito funccionamento. Proseguida a orientação
até então seguida, dentro em pouco as nossas escolas estarão com-
pletamente apparelhadas de todo o material didactico e mobiliário in­
dispensável ás suas funcções.

MAGISTÉRIO PRIMÁRIO

O grande desenvolvimento que tomou a instrucção publica pri­


maria do Estado, e a falta de professores normalistas diplomados para
o provimento das escolas creadas, forçaram o Governo a aproveitar
no magistério primário elevado numero de professores de concurso,
100 MENSAGEM

distinguindo-os em titulados e provisorios, tendo os primeiros direito


á conservação no cargo, em razão do tempo de serviço — cinco annos
— e os segundos sujeitos á condição de serem dispensados á medTcía^
que forem sendo providos professores normalistas nas escolas do E s­
tado. O Decreto n . 7.994 proporcionou aos professores de concur*
so, com mais de 2 annos de exercício, a faculdade de cursar a Escola
Normal, com direito a dois terços dos vencimentos e conservação do
'cargo até a conclusão do curso.
E* indiscutível a vantagem do provimento de pessoal com ha­
bilitação technica, nas escolas primarias.
Cumpre, entretanto, ter em vista que o magistério primário do
Estado não pode prescindir, ainda, dos professores de concurso. A
. pouca extensão que tem o ensino normal no Estado e mais a difficul-
•dade de se adaptarem os professores normalistas nas zonas ruraes
forçariam o Governo a deixar sem instrucção a maioria do povo es-
pirito-santense, se lhe não fosse dado recorrer ao professorado de
•concurso para o provimento de numerosas escolas estaduaes.

Actualmente, os professores de concurso em exercício nas es­


colas do Estado são 380, sendo 94 titulados, isto é, com mais de cinco
annos de serviço, na data do Decreto n. 7.994, garantidos nos seus
cargos, emquanto bem servirem, e 286 provisorios, isto é, sujeitos á
condição de permanência no cargo, emquanto nenhum normalista con­
correr ao seu provimento definitivo.
Dos diplomados pela Escola Nortnal e estabelecimentos equi­
parados estão, actualmente, no magistério 243.
Ao tempo da promulgação do Decreto n. 7.994, de 10 de Fe­
vereiro de 1927, já estavam providos cerca de duzentos professores
provisorios, designados sem prova alguma de habilitação, no segundo
semestre de 1926. Regularisada a situação dos mesmos, que foram
chamados a prestar exames de habilitação, no prazo de 6 mezes, sob
pena de perda de logar, no anno passado foram nomeados, com o cara­
cter de provisorios, para reger o elevado numero de escolas ruraes que
o governo creou naquelle anno.
Tratando do magistério primário é opportuno declarar que se
torna necessário estabelecer para elle uma situação especial quanto
aos direitos e vantagens dos professores.
Os funccionarios do Estado àcham-se submettidos a um só re-
ESTADO DO E . SANTO 101

•gimen quanto a certos direitos e prerogativas. E ’ evidente a incon­


veniência para a instrucção publica de semelhante systema. Assim
-^aç^rnmo nara as e substituições temporárias ha disposições pecu­
liares ao magistério, pela natureza do trabalho dos prolessorcs, tam­
bém a aposentadoria deveria ser regulada, á parte, por princípios di­
versos dos que regulam a dos funccionarios em geral.
São frequentes os casos de professores que não podem per­
manecer na regencia de escolas, seja por motivo de moléstia, não raro
contagiosa, seja pela idade avançada, sem que contem tempo de ser­
viço de accôrdo com a lei para o effeito de aposentar-se.
Em taes occasiões vc-se a administração publica no difficil di-
lcmroa: ou de afastar o funccionario, sem vantagens pecuniárias de
qualquer especie, o que em alguns casos representa verdadeira iniqui­
dade; ou de manter na regencia de escolas professores impossibilita­
dos de leccionar, por incapacidade physica, com prejuízo da instrucção,
quando a incapacidade resulta da idade do mestre, e com prejuízo da
instrucção e da própria vida das creanças, quando a incapacidade pro­
vém de doença contagiosa do professor.
P ara taes situações convém a adopção de providencias, que não
.só assegurem os direitos dos professores impossibilitados de continuar
no exercício do cargo, como garantam ao ensino publico a efficiencia
dos seus trabalhos, isentos de perigos para a mocidade escolar.

O Tests

A convite do Governo esteve nesta cidade, em 1925, o lente ca-


thedratico da Escola Normal da Capital Federal, D r. Manoel Borri-
•fim, que veiu para o fim especial de iniciar o emprego do methodo tests
nas nossas escolas. E ’ esse um methodo de verificação de capa­
cidade e de preparo mais preconisados nos últimos tempos por notáveis
pedagogos. •
O D r . Manoel Bòmíim fez varias conferências sobre o assuim
pto, tendo em seguida dado aulas praticas e applicação, com resulta­
dos apreciáveis.
Perante numerosa assistência foram applicados os tests psy-
chologicos para a verificação da intelligencia, da memória, da imagi­
nação, etc. e bem assim os pedagógicos para apurar o conhecimento
*e preparo dos alumnos nas diversas matérias do curso. Ainda que
] 02 MENSAGiüM

sem caracter obrigatorio o emprego desse methodo vae se fazendo nas


escolas primarias do Estado, com incontestáveis vantagens.

Escotismo

Como escola de disciplina, o escotismo tem ^ m o n strad o /T n ?


todos os logares em que se o vem praticando, verdadeira efficiencia.
Todos conhecemos e apregoamos a influencia das associações de es­
cotismo nos paizes de civilisação mais apurada, agindo como esplen­
didos núcleos de ensinamento e de força, onde a mocidade aprende
magníficas lições de civismo e a ter confiança em si própria.
Considerando essas vantagens de tão proveitosa instituição,
prestigiei o escotismo escolar, integrando-o no programma dos nossos
estabelecimentos de ensino, dando-lhe a orientação conveniente para
que elle produza resultados compensadores como escola de civismo e
de crença. A mocidade escolar acceitou a idea com grande júbilo,
sendo já elevado o numero de batalhões de escoteiros, attestando o flo­
rescimento da instituição.

Prédios escolares

Cogitou a administração publica, nesse quadriennio, tanto


quanto lhe foi permitido pelas forças financeiras do Estado, da con-
strucção de prédios para a installação de suas escolas.
E ’ desnecessário encarecer que para o exito da instrucção pu­
blica é indispensável a localisação das escolas em prédios apropriados.
Razões de ordem didactica, hygienica e social exigem que os
estabelecimentos de educação occupem edificios que attendam aos re­
quisitos da hygiene e da pedagogia, sem o que, se por um lado é pos­
sível attender-se á disseminação do ensino, por outro, forçosamente
ter-se-á que respeitar recommendações especiaes referentes aòs cuida­
dos que se devem ter com a saude da mocidade escolar.
O Governo do Estado dispõe de prédios escolares nas povoa-
Ções de Veado, Castello e Mimoso — nas sedes dos municípios de San­
ta Leopoldina, S . Matheus, Conceição da Barra, Collatina, Itapemi-
rim, Vianna, Guarapary e Affonso Cláudio, além de edificios das es­
colas Modelo e grupos escolares da Capital e das cidades de Cachoeiro
de Itapemirim e Muquy.
Acham-se em construcção os prédios para as escolas da cidade
E S TA D O DO E . SAN TO 103

de Alegre e das villas de Santa Thereza e Itaguassú, tendo-se construí­


do, no actual governo, os edifícios das escolas reunidas de Mimoso, do
•grupo escolar de V ictoria e das escolas isoladas de Itapemirim, Vian-
n a e G uarapary.
m uitas localidades uu líitci^u^^ícni-sc obtido a construcçãu
<le prédios p ara escolas isoladas por iniciativa particular, com auxilio
«do Governo.

Continua, felizmente, prospera a situação economica e finan­


c e ira do E sta d o .
N o penúltimo orçamento da receita, tendo sido previsto para

o exercício 1926 — 1927 uma arrecadação d e ......... 2 6 .2 8 0 :000$000

foi, effectivam ente, arrecadada a quantia d e ----- 2 7 .5 8 5 :483$052

•com um superávit de 1 .3 0 5 :483$052

O orçamento para 1927 e 1928 previa uma receita de rs.


.2 9 .1 0 0 :000$000 sem incluir a receita, por lei especial, de 500 réis
•ouro, destinada ao serviço da defesa do café.

E sta receita da contribuição de 500 réis ouro, creada pela lei


n . 1.616 referida, produziu até 23 de maio ultimo 2.820:059$575

A despesa do mesmo serviço effectuada

len d o sido até a mesma data d e................................. 1.854:631$974

-resultou um saldo d e ................................................... 965.4273601

A renda orçam entaria já apurada até 30 de Abril de 1928, do

•exercício corrente, produziu, em 10 mezes............. 2 8 .3 4 0 :606$654

que, sommados ao saldo acima d e............................ 965:427$601

29.306:034$255
•perfazem
104 MENSAGEM

ficando assim, só nesta parte do exercício, excedida a receita prevista


para o exercício completo. Também os exercidos da receita de 1924 a.
1925 e 1925 a 1926 foram encerrados com grande superávit. Graças
a essa boa situação, que felizmente me parece permanente com a esta­
bilidade do es?® !}r.;c foi possível construir edifícios públicos, estra­
das de ferro, estradas de rodagem, pontes, uma bôa parte das obras
do porto, uma apreciável relação de emprehendimentos uteis, repre­
sentando um emprego da quantia approximada de sessenta e tres
rnil contos de réis (63.000:000$000); e resgatar encargos das ad­
ministrações anteriores, resgatar quasi toda a divida externa fra n ­
cesa, capital, juros atrazados e juros que se foram vencendo, em
somma superior a 63 milhões de francos, equivalentes pelo preço mé­
dio de 380 réis, custo dessa moeda, segundo o cambio das épocas em
que foi comprado, a cerca de 2 3 .9 4 0 :000$000, dos quaes cerca de
1 0 .0 0 0 :000$000 (dez mil contos de réis) foram retirados da renda
ordinaria do Estado.

Consegui, assim, deixar o Estado sem divida fluetuante, e com


o total de sua divida consolidada interna e externa reduzido a rs
25.992:320$000.

^ A ° apresentar minha primeira mensagem em Abril de 1925 in ­


formei que se devia, pelo empréstimo de 1919.. F rs . 24.460.800

por 32.001 titulos de 1908 e respectivos

juros de 22 semestres v encidos............................ p rs 24 800 775

que sommados perfaziam ............... ..................... p rs 49 261 575

Ao preço do franco naquella época, conforme se calculou na-

quelle documento, essa divida representava........... 24.630:7S7$500

Sendo então a divida interna e externa em

apólices de
6.765:500$00
o seu total representava
3 1 .396:287$500
ESTADO DO E. SANTO 1 05

Entretanto, como demonstrarei em paginas seguintes, a divi­


da proveniente do empréstimo de 1908 não era formada somente por
aquelles 32.001 títulos c sim de mais 16.827, para os quaes tive de
reconhecer o debito do Estado e de mais 221 por mim adquiridos em
bolsa, perfazendo além daqueiles, 17.048 titulos a accrescentar.
Como todos elles tinham na data da mensagem, isto é, em
Abril de 1925, os mesmos 22 semestres de juros, representavam mais
17.048 x 7?5 titulos = 13.212.200 francos, que equivaliam então
a 6.606:100$000, de sorte que a divida real era naquella data de
31.396:287$500 -I- 6.606:100$000 = 38.002:387$500.
Havendo ainda dividas de exercícios anteriores cujos proces­
sos não estavam terminados até 30 de Junho de 1924 e que foram
por mim pagas posteriormente, conforme relatorio do Secretario da
Fazenda, de 15 de Fevereiro de 1925 (pag. 16 e annexo pag. 5) na
importância de rs. 1 .6 3 5 :480$188,

a divida publica de então sommava....................... 39:637 :S67$68S

estando ella agora reduzida a ................................. 25.992:320$000

Houve unia diminuição effectiva de.......... 13.645:547$6SS

Fiz, pois, na divida do Estado encontrada em Maio de 1924,


apurada e descripta 11a respectiva mensagem, uma reducção superior
a 13.000:000$000.

Cumpre ainda salientar que estes cálculos estão feitos toman­


do-se o franco pelo valor daquella occasião, em papel, isto é, a 500
réis, móeda brasileira. O Estado, entretanto, estava sendo executa­
do por um pequeno grupo de portadores do empréstimo de 1908, para
ser pago em ouro, tendo esse grupo conseguido o sequestro de uma
parte sufficiente dos depositos que o Estado possuia em Paris, e se
assim fosse calculado, o encargo seria pelo menos tres vezes maior.

SITUAÇÃO FIN A N C E IR A ACTUAL DO ESTADO

Até 15 de Junho de 1928 a divida do Estado está constituída


das seguintes parcellas:
106 M E N S A G E M

Divida antiga fundada, constando de apólices


dos juros d e 5 % e 6 % ..................................... ó.764:800$000

Apólices internas de 8 % , emissão de 1926, colloca-


das e com autorisação para serem vendidas.. 970:000$000

Obrigações de 8 % em dollars, empréstimo toma­


do ao Banco Italo-Belga, calculado ao cambio
de 8$300 e levado cm conta o saldo do fundo
especial já constituído para o resgate respe­
ctivo ...................................................................... 17.347:000$000

Títulos do empréstimo 1919, que continuarão em


circulação, com juros elevados para 7 % , 8755
titulos de 320 francos equivalendo 2.800.000
f r s ., que representam (a 328 réis) pelo seu
valor actual ......................................................... 910:529$000

T o ta l..........................................................R s. 25.992:3208000

Considero liquidados os empréstimos de 1908 e 1919 com res-


tricção dos 8.755 titulos, acima mencionados, deste ultimo.
Effectivamente, analysando os encargos actuaes do Estado,
•encontramos para a situação do empréstimo de 1908, segundo tele-
grammas de Maio ultimo, do Banco Italo-Belga:

Titulos amortisados, segundo o contracto até Abril de 1914,


quando foram suspensos os seus serviços de juros e
amortisação.. ...................................................................... 2.140
Titulos comprados em bolsa até Maio de 1924, segundo men­
sagem do S r. Presidente Nestor Gomes......................... ' 8.811
Títulos completamente resgatados por m im .............................. 39.868
Titulos de portadores que adheriram ao accordo cie resgate
e receberam a l-a prestação, mas ainda não se apresenta­
ram para receber a segunda............................................... 1.229
Titulos de portadores que não se apresentaram, nem se pro­
nunciaram ............................................................................. 7.952

Total da emissão 60.000


ESTADO DO E. SANTO 3 07

Esses títulos* ainda a resgatar, tinham 20 semestres de cou-


pons vencidos e não pagos, representavam, pois. 750 francos cada
um e seu total representava uma divida, em francos, d e ............
36.786.750,00.

Ao cambio daquella época, ella equivaleria. cm Maio dc 1924,


moeda brasileira, a rs. 18.393:375$000.

Se fosse o Estado obrigado a pagar em ouro, como estava


sendo cobrado judicialmente, esta somma seria elevada a r s ..............
5 8 .8 5 8 :800$000.

' Considero liquidado o empréstimo de 1908, visto que restam


ainda sem se pronunciarem nem se apresentarem só 7.952 titulos,
que ao valor actual de 850 f r s ., representam .. .. F rs. 6.759.200

Titulos que têm a ultima prestação de 500


frs . a receber, por não se terem ainda apresentado,
1.229, equivalendo a ................................................ F rs. 614.500

Somma..............................F rs. 7.373.700

O Governo tem para taes pagamentos no Banco Italo-Belga —


f ranços....................................., ............................................ 5.330.600

Tem á disposição no Banco do Espirito Santo, já


em Paris — fra n c o s ............................................................. 1.300.000

perfazendo, p o is ,.................................................................. 6.630.600

Faltam, como se vê, somente setecentos e quaren­


ta e tres mil e cem francos................................................... 743.100
para completar a quantia integral a liquidar.
Entretanto, podendo-se contar com o desapparecimento de
grande quantidade de titulos, que não se apresentarão mais, não ha­
verá necessidade da remessa de fundos para o pagamento desse saldo,
além de se poder contar ainda com vários mezes de espera para que
os últimos portadores se apresentem a receber.
Quanto ao empréstimo de 1919 é a seguinte a sua situação:
Constava, em Maio de 1924, de 78.000 obrigações de 320
108 MENSAGEM

francos e de juros de 5% , tendo como garantia todos os bens que per­


tenceram ao Banco Hypothecaric e Agrícola do Estado do Espirito
Santo, cujas acções o Governo encampou com o valor desse emprés­
timo, alcm dos remanescentes das garantias do empréstimo 1908.

Ao vender os bens que constituíam os Serviços Reunidos de


Victoria, em Agosto de 1927, devia o Governo resgatar todos os tí­
tulos deste empréstimo, mas, como estava eu empenhado em varias
obras dispendiosas, como as do Porto, E .F . do Littoral, etc., mandei
consultar os portadores se preferiam conservar seus títulos, median­
te uma bonificação, de uma só vez, de 15 francos por titulo e a eleva­
ção de juros de 5 para 7 % ao anno, com redueçao do praso de resga­
te para 15 annos. No prazo que foi fixado para essa decisão somente
os portadores dos 8.755 titulos acceitaram a proposta e apresenta­
ram seus titulos, para serem estampilhados com esta alteração.

Dos restantes, em numero de 69.245


foram resgatados e p e rfu ra d o s .............. 56.249

não se tendo ainda apresentado.............. 12.996

Estes representam pelo seu valor de 320 frs. 4.158.720 F rs.

P ara este resgate de 12.996 titulos restantes, o Estado possue


um pequeno saldo de 257.400 francos no Banco de Paris et de Pays
Bas e conta com o concurso do Banco do Espirito Santo, ao qual o
Governo vendeu o saldo do seu credito, a apurar na massa fallida da
Société Auxiliaire de Crédit, por mil contos de réis (1.000:0003000),
cujo produeto se destina a essa liquidação.
Como esses resgates de titulos são demorados, podendo mes­
mo levar muitos mezes, não haverá difficuldade em se ir attendendo
aos portadores que se apresentarem, sobretudo contando o Estado com
o credito, que lhe tem facultado os bancos encarregados dos respecti­
vos serviços.

O Governo poderá indistinctamente saccar sobre os fundos que


possue, quer para um como para outro resgate, visto que seu deposito
não é vinculado a qualquer obrigação.
O credito do Estado na referida massa fallida é superior a
onze milhões de francos, dependendo a sua determinação exacta do
ESTAD O DO E . SANTO 109

laudo de um perito nomeado pelo Juiz do Commercio, o que se deve de­


cidir em curto prazo.
Calcula-se que poderá c~da credor apurar de 35 a 40 Vo do
seu credito, porque os fundos existentes são em bôa especie e permit-
tem essa previsão.
Segundo esses esclarecimentos, considero o empréstimo 1919
reduzido aos 8 .7 5 5 titulos e o de 1908 liquidado, o que constitue,
ao meu ver, o mais importante serviço que me foi possivel prestar ao
E stado. Restabelecí o seu credito no exterior, e assim tenho o
grande júbilo de ver, já sem qualquer fundamento, as tristes refe­
rencias de certa imprensa francesa ao nosso Estado, como tive por
vezes o dissabor de ler. Já em Abril de 1924, quando simplesmente
eleito, magoou-me sobremodo a leitura que fiz em jornaes do archivo
da Agencia Americana, no Rio. e desde essa época venho estudando
o meio de libertar o Estado da chaga deste empréstimo.
P a ra isso era preciso o emprego de muitos milhares de contos,
e naquella época, em face dos nossos recursos, era uma estulta as­
piração. E ntretanto, mercê de Deus, posso hoje ver a obra reali­
zada. No mesmo anno de minha posse, em 1924, comecei por accu-
m ular os primeiros dez milhões de francos, que custaram então (a
460 réis) quatro mil e seiscentos contos de réis (4 .6 0 0 :000$000).
Aproveitei no anno immediato as taxas mais baixas do franco e,
por contractos de opção de cambio, por vezes reformados, com o Ban­
co Italo-Belga, que me prestou valioso concurso nessas operações, me
apparelhei com somma sufficiente, em francos, aguardando a dispo­
nibilidade de recursos pecuniários, abrindo, então, uma conta especial
em francos no referido Banco, para tal fim .
Apresentou-se essa opportunidade de recursos com a venda
dos Serviços Reunidos de Victoria e do Itapemirim, e liquidando os
contractos de opção, me foi possivel, não só fazer o aprovisionamento
quasi completo da somma necessária, como ainda baixar um pouco o
preço medio do franco, que estava elevado, em face da sua cotação
antiga.
Póde parecer que muito simples e facil teria sido pagar juros
atrazados do empréstimo de 1908 e retomar os seus pagamentos nor-
malisando-os. Os encargos de juros e amortisação, em face do respe­
ctivo contracto, e x i g i a m , porém, a quantia annual de frs. 1.748.344,80
110 MENSAGEM

e o respectivo pagamento era exigido em f r a n c o s o u r o pelo peque­


no grupo de portadores que nos estava executando judicialmente. Um
tal pagamento ao cambio actual e nessa especie, isto é: a 1$600 réis
por franco (valor do franco ouro suisso, que representa hoje a
m o n n a i e d ' o r , da convenção de 23 de Dezembro de 1865, que for­

mou a “ União Latina”, para uniformidade do systema monetário),


custaria o encargo annual de 1.748.344,80 x 1$600 == 2.797:351$680
réis — A TÉ o u t u b r o d e 1949.
Todos sabemos que esta questão de pagamento do franco, em
ouro, foi considerada sem importância nos contractos de pagamento
que os estrangeiros tinham de effectuar em Paris, pois a legislação
francesa de então e as decisões de seus tribunaes só admittiam como
obrigatorio o pagamento em franco francez, papel moeda nacional
francesa de curso forçado. De certo tempo, porém, a esta parte, a
jurisprudência francesa mudou, e já conheço vários julgados dos tri­
bunaes franceses condemnando Estados brasileiros e outros ao paga­
mento do franco e m o u r o .

Ora, se de tal empréstimo, que era de trinta milhões de fra n ­


cos, o Estado não chegou a receber, de facto, em dinheiro, mais que
sete milhões e duzentos mil francos, equivalendo a 4.320:000$000
ao cambio daquella época, por falta de idoneidade dos banqueiros in­
termediários Charles Victor & Cie. — transform ados depois cm
‘ Société Auxiliaire de Crédit”, seria uma iniquidade que nos víssemos
obrigados a uma tal contribuição, que não se poderia ju stificar.
O empréstimo se destinava, em sua maior parte, ao resgate de
um outro, de 1894, que foi liquidado pelo Governo do Estado em 1919,
em francos papel. Os seus titulos foram lançados em bolsa, desde o
inicio, com depreciação em relação' aos de 1894 e nunca chegaram a
alcançar o valor par, em moeda francesa papel. Como adm ittir seu
pagamento em ouro, multiplicando o seu valor quatro vezes e meia?
E ra ingente uma solução e foi a dc seu resgate integral a que
adoptei, com exito, podendo consideral-o- completo e de desvanecer-
me em ser o executor.
Descrevendo acima os encargos que estavam sob a responsabi­
lidade do Thesouro ao inicio de meu Governo, devo citar os principaes
fundos que podiam ser convertidos em moeda para liquidai-os: —
Eram elles formados por uma reserva approximada de dois milhões
de francos, em diversos bancos e tres promissórias do Bánco Pelo-
ESTADO DO E . SANTO 111

tense, de mil contos de réis cada unia, a vencer nos prazos respectivos
de seis, doze c dezoito mezes. Havia também o credito a apurar no
activo da fallencia da Société Auxiliaire de Crédit. P ara contraba­
lançar a estas disponibilidades tínhamos o pagamento, na mesma épo­
ca, do serviço de juros e primeira amortisação do empréstimo de 1919,
na importância de 850.000 francos, o abono de fundos e recursos de
credito á Companhia Territorial, na importância de 1.955 :165$450
para o pagamento de uma promisoria de 527 contos, endossada pelo
Thesouro e vencida desde Abril e outros encargos, conforme exposi­
ção feita em mensagem de Maio de 1925; a reposição do deposito da
Caixa “Jeronymo Monteiro”, que era de 383:1385000. para poder
attender ao respectivo serviço e constituir os fundos da carteira de
empréstimos aos funccionarios, creada pela lei 1.441 de 8 de Julho de
1924; finalmente, a liquidação, pela importância de 270:000$000 dos
serviços executados e não medidos da E . F . Itaunas, cuja constru-
cção foi suspensa em Julho de 1924, pelas razões expostas em mensa­
gem de Maio de 1925 e que são de vosso conhecimento. Não me refiro
á liquidação de serviços e obras ordenados na administração anterior
•e que representaram avultados dispendios, porque isso se dá em qual­
quer época da administração publica, havendo sempre em movimento
maior ou menor numero de serviços em andamento ou de contas em
processo. Por este motivo, na summula de meu quadriennio deixo de
referir-me ao mez de Junho de 1924 e também aos de Maio e Junho
■do corrente anno.

P ara comprovar a effectividade das quantias empregadas em


obras publicas, a que me refiro em paginas anteriores, aqui junto os
quadros das despesas feitas nos exercícios todos da minha adminis­
tração, especificando em quadro prévio o que se refere a obras, es-
Iradas e edificios públicos, empréstimos e auxílios a municípios, em
prestimos á Santa Casa de Victoria, bem como o dispendio feito com
a ampliação dos Serviços de Electricidade e Viação da Capital e so­
mente electricidade em Cachoeiro de Itapemirim, visto que estas des­
pesas foram escripturadas pela Fazenda em titulo de “ Patrimônio do
Estado” e não no titulo de “ Emprehendimentos Geraes” .

Após a discriminação dos quadros de despesa acima referidos,


passarei a tra ta r do movimento financeiro do actual exercício e expo­
rei, a seguir, os detalhes da liquidação do empréstimo de 1908, bem
•como das disponibilidades que resultaram da venda dos Serviços de
112 M EN SA G EM

Electricidade de Victoria e de Itapemirim, que foi effectuada á Cia,


Central Brasileira de Força Eléctrica por escriptura publica de Agos­
to de 1927. Todos os titulos de 1908 resgatados até 15 de Abril do
corrente anno, época da partida do D r. Argêo Monjardim, de Paris,
estão guardados na Secretaria da Fazenda. Os titulos resgatados do
empréstimo de 1919 estão todos perfurados e guardados no Banco
Francez e Italiano, em P aris.

QUADBO DA ARRECADAÇÃO GLOBAL DO THESOURO

D esde Junho de 1924 a 30 de A bril do 1928, conform e relatórios e dados d a

Secretaria da Fazenda

E ieroioios financeiros • Q uantias arrecadadas OBSERVAÇÕES

1924 a 1925........................ 3 2 .8 8 6 :942$374 Para não alongar este


quadro e não tornal-o
1925 a 1926....................... 3 0 .3 9 9 :032$452 confuso deixo de m en­
cionar as operações fi-
1926 a 1 9 2 7 .. ................. 2 7 .5 8 5 :483$052 nancciras renlisadas e
• liquidadas no curso de
1927 a 1928....................... 2 8 .3 4 0 :606$654 cada exereicio, figu ran­
do-as só pela sua situa-
Idem , pela taxa 500 réis ção actual, isto é, em
onro para o Serviço Junho de 1928.
de D efesa do C afé. . 2 .8 2 0 :059$575

V enda dos Serviços Reu- Os Serviços Reunidos


nidoa de V ictoria e eram os bens do E stado
I ta p e m ir im ................ 1 2 .0 0 0 :000$000 que constituíam os ser­
viços de electricidade,
»• viação e telephone em
V ictoria e somente ele-

ctricidade era Cachoei-
*• ’ -4 f ^* ro dc Itapem irim .

T otal da arrecadação . . 1 3 4 .0 3 2 :124$107


Quadro demonstrativo das quantias empregadas em obras publicas ou cm auxílios .aos municípios para
o mesmo fim, desdo maio de 1924 á maio de 1928

T it a lo s da d e sp e sa e if s c t u a d a Q U A N T IA D I8 P E N D ID A Ü B 5 E R W W Ü E S
E x e r c í c i o s f i n a n c e i r o s

1 9 2 4 - - 1 0 2 5 .......................................... E m p r c h c n d i m o n to » G c rn c s . 1 3 .4 2 9 :7 8 2 3 1 7 2 O b r a » d iv e r s o » , c o n fo rm e t ít u ­

lo s d o o rç a m e n to .

H VV C o n s t ru c ç ã o « lo lin h a t e le p h o -
S e c r e t a r io d n A g r ic u lt u r a . 1 4 0 :2 4 1 3 1 3 0

n ic a .

I) VV O b r a s p n rn o C o llc g io d o C a rm o .
L c l 1 .4 9 0 d o 2 2 — 5 — 9 2 5 . . 4 5 :0 0 0 « 0 0 0

1 9 2 5 — 1 9 2 G .......................................... E m p r e h c n d im o n t o s G v rn c a . 8 .2 1 8 :1 3 1 $ 1 8 2 V id e t it id o « lo o rç n m e n to .

Vf >1 8 .1 5 9 :9 1 G $ 3 0 1 V id o q u a d r o f in a l — L e i 1 .5 2 9 .
L i -

M 1, 5 ü ;0 ü 0 $ 0 0 0 C o n s t ru c ç ã o O r p lia n a t o C h r is t o
L e i 1 . 5 2 4 ..............................................
R e i.

| 5
n » L o » 1 . 4 9 0 ............................................. 3 5 :0 0 0 $ 0 0 0 Á u g m c n t o S n n t n C a ia < lc V i-

c t o r ia .
vv
0
IV » 2 .0 0 0 :0 0 0 § 0 0 0 O b r a s p u b lic a s .
L e i 1 . 5 6 9 .............................................

E m p r o b c n d im c n t o a G c rn c s . 1 C .3 1 4 :0 5 8 $ 0 1 6 O b ra s, c o n fo rm e o rç a m e n to .
1 9 2 0 — 1 0 2 7 ..........................................

VI »> 8 0 :0 0 0 $ 0 0 0 C a s a p n rn h o s p it a l c m C n o h o c i-
L e i 1 .5 2 7 ( S a n t a C a s a ) . .
ro d c It a p o m ir im .

n »» 5 0 :0 0 0 3 0 0 0 O r p lia n a t o C h r is t o R e i, c iu V i*
L e i 1 .5 4 9 ( O r p lia n a t o ) . .
c to r ia .
.

E m p r c h c n d im o u t o » G c rn c s . 1 1 .1 8 2 :1 2 8 3 8 1 0 V id o s it u a ç ã o « la s v e rb a s o rç a ­
1 9 2 7 - 1 9 2 8 ..........................................
m e n t a r ia » e ra 1 8 -5 -9 2 8 .
«, (
1
IV >» C o n s t n ic ç ã o c c o n se rv a ç ã o

d o C 3 tra d u s d o ro d n g c m . . . 1 .8 2 7 :2 2 4 3 3 5 8 R o d o v ia s .
\y
»V >> C o n s t ru c ç ã o o c o n se rv a ç ã o

d c e d if íc io s p ú b l i c o s ................... 5 6 G :5 5 8 $ S 1 8 E d if íc io s P u b lic o » .

II »> t
C o n s t ru c ç ã o o c o n se rv a ç ã o

d e p o n t e s .............................................. 7 7 :5 9 4 3 2 8 7 P o n t e s.

vv VI 5 5 :0 0 0 3 0 0 0 P r e d io S n n t n C a sa d o C n c h o c i-
L e i 1 .5 2 7 ( S a n t a C a s a ) ..
ro d e It a p c m ir im .

IV » 9 5 :0 0 0 5 0 0 0 S n n t n C a n a d c V ic t o r ia o O r-
L e i 1 .6 1 9 (S a n t a C a s a ) ..

p h n n a to C h r is t o R e i.

VI 1» 1 4 4 :9 4 8 3 0 0 0 P o n t e c m S a n t a L c o p o ld in a .
L e i 1 .G 5 4 ( P o n t e s ) ....................
: r
VI II 4 4 4 :3 8 0 5 0 0 0 O b r a s — S u r v iç o s E x t r n o r d i-
S c c r c t n r in d n A g r ic u lt u r a . .
n n r io s .

T O T A L ....................................... G 2 .9 1 4 :9 9 3 3 0 8 0

1 9 2 4 n 1 9 2 5 . 1 9 2 5 n 2 9 2 G c D is p o n d id o c o m a m p lia ç õ e s

1 9 2 G a 1 9 2 7 ................................... d o s S e r v iç o s R e u n id o s d o V i -

c t o r i a ........................................................ 5 .3 3 5 :0 1 2 3 7 1 8

VV
Id c m Id o m , c o n fo rm o L e i 1 .6 1 5

d e 5 — 7 — 9 2 7 .. .. .. . . .. 1 .6 3 0 :0 0 0 3 0 0 0

VI H D is p o n d id o c o m o s S e r v iç o s

R e u n id o s d o It a p c m ir im .. 3 5 8 :9 7 3 3 2 0 3 D is p e n d id o n o s e x e r c íc io s d e

1 9 2 4 — 1 9 2 5 — 1 9 2 6 .
•V » C o m a m e a m n e m p re sa (c m -

p r e s t im o ) ........................................... ' 3 0 0 :0 0 0 5 0 0 0 E m p r é s t im o p a ra re fo rm a s e

p n ra v in ç ã o .
n n C u s t o o a c a b a m e n to d o n a v io
5 0 7 :G G 2 3 3 G 9 O e u sto d o n n v io fo i d o r s . . . .

y w r r 5 8 7 :G G 2 $ 3 G 9 .


7 1 .0 7 6 :6 7 1 3 4 3 0

L e is n s . 1 .5 1 3 o 1 . 6 5 4 . . .. 1 .1 9 3 :0 0 0 5 0 0 0 E m p r é s t im o o a u x ilio n o s m u n i-
E x e r c id o s d o M n io d o 1 9 2 4

& M a io d e 1 9 2 7 ........................... S • i o ip io s d c V io to r ia , S e rrn . B e n e -

ve n to , S . P e d ro , R io P a rd o .

P a u G ig n n t o o e m p r é s tim o ft

S n n t n C a s a d c V ic t o r in .

O l l B O r V f t C & O — O a d n d o s n a m o r ic o * d e n to q u a d ro n ã o *ã o rig o r o s o s p o rq u o a p r c m o n c in d o

te m p o o m q u o o s o r g n n is o , p n rn p o d e r m c lu iU o s n t6 h o je ( 1 5 d e .J u n h o ), n ã o

c o m p o rto u ra o v e r ific a ç ã o c u id a d o s a . E lle a se rv e m p a ra u m n o p r a ú iiç ã o m u it o

a p p ro x im n d n d o q u o fo i f o iC o .
E S T A D O DO E . S A N TO 113

R E S E N H A F I N A L DO QUE S E A R R E C A D O U E S E GASTOU

N O Q U A D R IE N N IO 1924— 1928

T O T A L A R R E C A D A D O nos 4 an n os — de Jun ho de 1924

a M aio de 1 9 2 8 ............................................................................. 1 3 3 .0 3 2 :000$000

T O T A L G A STO N O M ESM O PERÍODO* '

D isp e n d id o com obras p u b licas conform e quadro a c im a .. G 2.945:000$000

C om am p liação d os S e r v iço s R eunid os de V ictoria e do

Itap em irim , a n te s d e sua v e n d a .......................................... 7 .6 2 4 :000§000

Com a con stru cção do n avio “ P e n e d o ” , para term inal-o

(o cu sto to ta l f o i d e 587:000Ç 000).................................... 507:000$000

Com a u x ílio s, em p réstim os a vários m u nicípios, confor­

m e qu adro j u n t o ......................................................................... 1 .1 9 3 :000$009

Com a red u cçao da d iv id a extern a e sua reg u la risa çã o . . 1 0 .0 0 0 :000$000

Com a a d m in istração d o E stad o, con stan te dos seus tres

P o d eres, do fu n ccion alism o , ex p ed ien te de rep arti­

ções, e t c ............................................................................................. 5 1 .7 6 3 :000§000

1 3 4 .0 3 2 :000$000

O bservação — A qu antia rep resen tada n este resum o, com o em pre­

g a d a em r esg a te e reg u la risa çã o da divid a ex tern a , ê in ferio r á qu antia di­

m in u íd a no v a lo r n om in al da referid a d iv id a , porque os titu lo s adq uiridos

em b olsa p o r d iv e r so s b a n co s e p elo s m eus rep resen tan tes em P aris, o foram

p or p reço m u ito a b a ix o do seu v a lo r nom inal, constand o tu d o d etalh ad a­

m e n te d os lan çam en tos escrip tu ra d o s na S ecretaria d a F a z e n d a .


114 M E N S A G E M

SITUAÇÃO DO THESOURO EM 11 D E JU N H O D E 1928

Em ll.d e Junho mandei fazer um resumo das contas já pro­


cessadas e obrigações exigivcis, dentro dos proximos 4 mezes futuros
e a receber dentro do mesmo período.
Consta elle do seguinte:

IM PORTÂNCIAS A RECEBER

Obrigações por titulos líquidos d iv erso s...................................... 4 8 3 :205§00ü


D o Banco Crédit Financiei* e /d e p o s it o ................................... 2.000:0008000
D o Banco íta lo B elga c/corren te (d o lla r s)............................. 780:0008000
D o Banco íta lo B elg a ......................................................................... 140:0008000
F u ndos na D elegacia do Thcsouro no R io .................................. 110:0008000
D iversas procedências de c /c o r r e n t e s ......................................... 55:000§000
D a D elegacia F iscal do T h c s o u r o ............................................... 7 5 :000§000
D a collocação de titu los em bolsa, já aju stad a. . • .................... 1 7 0 :000$000
ü m stock de café na praça de V ictoria a ser exportado,
representando 110.000 saccos, cujos im postos darão
approxim adam cntc.................................................................... 2 .2 0 0 :000§000
Saldo da venda dos Serviços R e u n id o s ....................................... 3 0 0 :000$000

7 .1 8 3 :205$000

IM PORTÂNCIAS A PA G A R :

Contas processadas que se estão p agan d o.................................. 2 .6 6 5 :060$000


Conta corrente com o Banco Franeez e Italiano s/sa ld o . . 6 3 :540$000
Banco do E spirito Santo — Quantia necessária para o
Serviço do Café, ap p roxim a d a m en te.................................. 300:000$000
Banco do Espirito Santo — Obrigações a v en cer................ 2 .0 0 0 :000$000
Companhia Viação Geral — O brigações....................................... 5 0 :000$000
D outor José Pascual — Obrigações (para a Casa de Saude) 50:000$000
Companhia Edificadora — Conta processada........................... 206:000$000
Funccionarios durante Junho, que recebem pelo Thesouro,
e despesas obrigadas de ultim a hora, a incluir, visto
que levei em conta o imposto a receber do stock de
café, nesta praça......................................................................... 800:0008000

6.134:6008000
_____________ :___________ ___________ ____________* _________ |_________

Observação — Nao tomei, em conta, os fundos que o E stad o tem


em c/corrente francos, no Banco íta lo B elga, porque estou no proposito de
não tocar nesses recursos senão para os resgates já referidos.
ESTADO DO E . SANTO 115

EXERCÍCIO I)E 1924— 1925

RECEITA A R R EC A D A D A D E JULHO D E 1924 a JUNHO D E 1925

Im posto de exp ortação.................................................................... 27. G54:366$743


Im posto de tr a n sm issã o .................................................................. 2 .5 8 0 :519$952
Im posto de s e llo ................................................................................. 40:996$832
Licenças estad u aes.................... ..................................................... 371:754$806
V enda de terra s................................................................................. 6G5:253$291
A lugueis e arrendam entos.............................................................. 8 6 3 :143$462
V enda de m adeiras........................................................................... 13:628$300
E m olum entos....................................................................................... 33:G45$200
E v e n tu a c s ............................................................................................ 6G3:633$788

3 2 .8 8 6 :942$374

D ESPEZA

Dispendido no exercido de Juiho de 1924 a Junho de 1925


(COMPREHENDENDO O TRIMESTRE ADDICIONAL, ENCERRADO A
30 DE SETEMBRO DE 1925)
i
R EPR ESEN TA Ç Ã O DO ESTADO

C o n g re s s o L e g i s l a t i v o :

Subsidio dos d ep u tad os.. . . 1 7 6 :500$000


A juda de custo dos mesmos 2 5 :000$000
Pessoal do quadro................ 2 0 :555$542
E xpediente................................. 11:0310000
Trabalhos stenograpkicos . . 2 :500$000 235:586$542

ADM INISTRAÇÃO DO ESTADO

Presidência do Estado:

Subsidio do P r e sid e n te ................................. 3 0 :000$000


Representação................................................... 1 2 :000$000
Subsidio do Vice-Presidente....................... 1 8 :000$000 6 0 :000$000

A transportar 295:5S6$542
116 MENSAGEM

Transporte........................................ 2 9 5 :586§542

S e c r e t a r ia d a P r e s i d ê n c i a :

Pessoal do quadro.......................................... 4 1 :439$984


E xpediente......................................................... 3 3 :668$080
Zeladores e serventes de P alacio........................ 3:488$712
Lanclias e automóveis............................................ 35:408$600
M aterial....................................................................... 26:647$200
Publicação de M ensagens..................................... 25:800$000 166:452$576

S e c r e ta r ia d o I n t e r i o r :

Pessoal do quadro..................................... 415:053$788


Pessoal da Força Publica........................ 1.217:036$843
Pessoal da Guarda Civil......................... 142:611$022
Equipamento da Força Publica............. 251:367$450
Equipamento da Guarda Civil.............. 59:5850500
Expediente................................................ 6:574$400
Moveis....................................................... 19:95G$500
Transportes............................................... 123:458$750
Serventes.................................................. 3 :763$807
Despesas das Delegacias e Cadeias.. .. 19:167$733
Manutenção dos detentos — loucos, indi­
gentes e sentenciados........................ 234:008$470
Papéis, livros e material........................... 41:724$900
Impressões................................................. 10:661$400
Serviços eleitoraes................................... 6:405$000
Verba secreta............................................ 20:810$000
Medicamentos........................................... 24:787$700
Bibliotheca Publica.................................. 13:080$800
Assistência Publica.................................. 61:040§500
Serviços extraordinários.......................... 47:468$572
Officinas da Penitenciaria..................... 12:666$200
Expediente da Delegacia Geral de Hy-
giene..................................... ............ 1 :400$000
Expediente da Delegacia Geral de Po­
licia.................................................... 700$000
Expediente do Quartel dePolicia.. .. 1 :100$00Q 2 .7 3 4 :429§335

S e c r e ta r ia d a F a z e n d a :

Pessoal do quadro........................................... 2 4 9 :216$232


Pessoal das Collectorias............................... 586:438$673
Arrecadação por contractos....................... 275:382$289

A transportar 3 .1 9 6 :468$453
ESTADO DO E . SANTO 117

Transporte................................... 1.111:037$19*1 3.196:4685453


Expediente.................................................. 8 :550$CG0
Lanclia da Fiscnlisação.......................... 12:9925800
Livros o material........................................ 37:6185850
Moveis para a Repartição e Collectorias 19:9065980
Transportes................................................. 18:7185410
Serventes..................................................... 5 :060$000
Expediente das Collectorias.................... 9:027$065
Serviços extraordinários........................... 21:089$935 1.244:001$234

S e c r e ta r ia d a A g r ic u ltu r a :

Pessoal do quadro..................................... 158:8905159


Expediente.................................................. 10:2825000
Transportes................................................. 48:4795000
Livros c material........................................ 88:4575300
Moveis.......................................................... 16:1985000
S erventes................................................... 4 :266$30Q
Serviços agrícolas...................................... 162:4095495
Prêmios agricolas....................................... 2:5005000
Conservação de jardins.............................. 6:932$250
Serviços extraordinários........................... 159:8285744
Tclephones do interior.............................. 140:244$136
Serviço semaphorico........... ....................... 6:864$000
Inspecção do Serviço de Terras.............. 6:053$00Q
Fiscalisação de Medição de Terras da
Capital................................................. 4:919$900
Estudo e inspecção de obras fóra da
sede. • • • • • • • • • • • * • • • • • • • 3 :5395400 819:8635684

Secretaria da Instrucção:
Pessoal do quadro..................................... 479:786$306
Escolas isoladas.......................................... 1.115:242$604
Fiscalisação do Gynmasio......................... 7:500$00G
Expediente.................................................. 8 :400$000
Moveis...................................................... 3:860$000
Material escolar......................................... 53:916$940
Transportes................................. 12:8825600
Livros e material................................ . •• 38:7395820
Aluguel de casa para escolas................... 28:037$248
S erventes................................................. . 19:153$843
Rccenseamento escolar............................... 13:2355714
Festas escolares.......................................... 7 :012$000
Serviços extraordinários........................... 12:1525651 1.799:9195726

A tran sp o rtar 7.060:2535097


118 MENSAGEM

Transporte.................................. 7.060:253$097

MAGISTRATURA
•9

T r ib u n a l S u p e r i o r d c J u s t i ç a :

Pessoal do quadro.................................... 163:0785433


E xpediente......................................................... 1:69.9$450
M aterial.................................................... 4:975$800

J u iz a d o s d e D i r e i t o :

Pessoal do quadro.................. 257:769$807


Expediente................................................ 1:8005000
M aterial................................................... 2:5375300

Ministério Público:
* •

Vencimentos do Procurador Geral . . . . 17:473$545


Pessoal do quadro.................................... 99:114$083
Expediente................................................ 1:272$500
Material..................................................... 2:8915000 552:6115918

EMPR.EHENDIMENTOS GERAES

Melhoramentos da C a p ita l.................... 10.300:0005000


Conservação e construcçao de estradas e
obras no interior.............................. 1.069:909$680
Estrada de Perro S. Matheus................ 1.015:539$212
Estrada de Perro Itaunas ................... 285:311$700
Estrada de Perro Bom Jesus a Calçado 155:898$995
Estrada de Perro Benevente a Alfredo
Chaves................ 319:480$098
Estrada de Perro Itapemirim................. 283:642$487 13.429:7825172

SUBVENÇÕES

Santa Casa da Capital............................ 30:000$000


Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim 10:000$000
Asylo Deus, Christo e Caridade............. 6:000$000
Sociedade S. Vicente de Paulo............. 2:400$000

A transportar 48:400$000 21.042:6475187


ESTAD O DO E . SANTO 119

T ra n s p o rte ................................ 48:400$000 21.042:647S187


Associação das Senhoras de Caridade .. 3 :600$000
Collegio Maria Auxiliadora....................... 12:000$000
Orphanato Santa Luiza............................. 2:400$000
Emprezas de Navegação.......................... 67:644$250
Collegio Pedro P alacios............................ 4 :200$000
Gywnasio S. Vicente de Paulo.............. 6:000$000
Gymnasio do Alegre.................................. 4 :200$000
Collegio Italo-Brasileiro........................... 3 -.OOOSOOO
Centro Espirito-Santense......................... 6:00Q$000
Escolas primarias, municipaes c particu­
lares..................................................... 38:806$666
Asylo Coração de Jesus............................. 3:600$000
Lyceu Philom atico................................... 2:400$000 202:250$916

CREDITO PUBLICO

.'Serviço da Divida Externa (empréstimo


de 1908 — frs. 961.553 e 1.254.240
do empréstimo de 1919 c commissões
^ amortizações — frs. 499.200)............. 1.071:350$200
.Juros uú Diviua I n te r n a ........................ 415:Ú7Õ$0Ü0
Dinheiro de O rp h ão s.............................. 1:191$098
Divida de exercícios anteriores............. 1.635:4S0$188 3.123:099$486

D ESPESA S DIV ERSAS

Aposentadorias.......................................... 221:471$569
P en sõ es..................................................... 12:356$922
Vantagens especiaes................................ 381:165$821
Auxilio para diversões.............................. 17:450$000
Propaganda do Estado............................. 124:529$000
'Gratificação p r o t e m p o r e ......................... 28:810$729
Addidos..................... ................................. 12:785$618
Agua, Luz e Telephones........................ 22:239$850
•“ Diário da Manhã” ................................... 105:606$346
Reforma de lanchas c automóveis.. .. 31:43S$190
Serviços especiaes...................................... 39:205$184
Custas judiciarias............ *....................... 3 :659$980
Recepções e hospedagens......................... 14:559$800
Reforma de mobiliário.............................. 696$000
Eventuaes................................................... 658:662$6S5 1.674:637$694

A tra n s p o rta r.. .......................... 26.042:63o$283


120 MENSAGEM

Transporte......................... . .. 26.042:6359283

LEIS

1.269, de 30—12—1924 ......................... 2:0009000


1.286, de 31-—12—1924 ......................... 4:957$600
1.372, de 28— 3—1924 ......................... 18:6019910
1.416, de 21— 5—1924 ......................... 5599686
1.421, de 23— 6—1924 ......................... 31:0009000
1.426, de 26— 6—1924 ......................... 10:0009000
1.430, de 5— 7—1924 ......................... 10:000$000
1.431, de 5— 7—1924 ......................... 9969751
1.439, de 19— 7—1924 ............•............ 8189063
1.442, de 10— 7—1924 ......................... 5:827$096
1.450, de 26— 7—1924 ......................... 10:000$000
1.451, de 26— 7—1924 ......................... 184:1719778
1.452, de 29— 7—1924 ......................... 6009000
1.455, de 26— 7—1924 ......................... 35:0009000
1.456, de 8— 8—1924 ......................... 16:6849775
1.460, de 12— 8—1924 ......................... - 10:0009000
1.461, de 12—• 8—1924 ..................... .. 42:6939741
1.462 de 13— 8—1924 ......................... 39:1719791
1.467, de 13— 8—1924 ......................... 6:0009000
1.470, de 18— 8—1924 ......................... ‘ 100:0009000
1.475, de 23— 8—1924 •.................. J 6359500
1.487, de 5— 9—1924 .. ................... 7:5209000
1.492, de 19— 5—1925 ......................... 4069451
1.496, de 22— 5—1925 ......................... 45:0009000
1.499, de 30— 5—1925 ......................... 200$000
1.500, de 30— 5—1925 ............. .. 1.5089775
1.517, de 30— 6—1925 ......................... 6809000 58590519937

26.627:6879220

Secção da Contabilidade, 30 de Setembro de 1925.

ü l y s s e s R i b e ir o ,

Director.
ESTADO DO E . SANTO 121

EXERCÍCIO DE 1925—1926

RECEITA ARRECADADA DE 1.® DE JULHO DE 1925


A 30 DE JUNHO DE 1926

Imposto de E x p o rta ç ã o ........................................................ 25.439:751$717


Imposto de Transmissão......................................................... 2.041:999$475
Imposto de Sello....................................................................... 45:036S970
Licenças estaduaes................................................................... 422:957§000
Ycnda de terras........................................................................ 436:827$939
Alugueis e arrendamentos....................................................... 557:034$396
Venda de m a d eiras................................................................. 20.184Ç220
Emolumentos............................................................................. 25:805$190
..................................................................................................... 1.309:435$545

30.399:032§452

EXERCÍCIO DE 1925—1926

DESPEZA
i m %
D ISPENDIDO PELA S SEGUINTES RUBRICAS DO ORÇAMENTO:

REPRESENTAÇÃO DO ESTADO
ê

C o n g resso L e g is la tiv o :

Subsidio dos deputados.. .. 105:000$000


A juda de custo dos mesmos 25:000$000
Pessoal do quadro............ .. 34:800$000
Expediente............................. 6 :008$100
Trabalhos stenographicos.. 3 :000$000 173:8O8$1O0

A transportar 173:80S«;10O
122 MENSAGEM

Transporte................................. 173:8085100
ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO

P r e s id ê n c ia d o E s t a d o :

Subsidio do Presidente............................ 30:0005000


Representação.......................................... 18:0005000
Subsidio do Vice-Presidente.................. 18:000$000 66:0005000

S e c r e ta r ia d a P r e s id ê n c i a :

Pessoal do quadro........................................... 44:125§803


Gratificação ao ajudante de ordens da
Presidência........................................ 2:4005000
Expediente...................................................... 37:673$300
Ckauffeur e serventes................ f
7:0565500
Lanchas e automóveis................................... 43:297$366
M aterial..................: ............................. 24:6475200
Publicação de Mensagens ........................... 35:8005000 195:0005169

S e c r e ta r ia á o I n t e r i o r :

Pessoal do quadro.................................. 548:6055057


Expediente............................................... 18:905$000
Moveis.................................................... 25:779$200
Transportes.......................................... ; 119:3885128
Serventes......................................... .* .. 9 :947$647 .
Despesas das Delegacias e Cadeias.. .. 29:5195000
Manutenção dos detentos, loucos, indi­
gentes e sentenciados....................... 252:1415508
Livros e m aterial................................... 62:7265470
Impressões.............................................. 10:0355000
Serviço eleitoral...................................... 10:1445700
Verba secreta.......................................... 16:751$300
Assistência Publica.................................. 40:1745600
Serviços Extraordinários....................... 69:2485286
Officinas da Penitenciaria...................... 31:055$090
Lanchas c automóveis............................. 76:3775558

A transportar 1 .3 2 0 =7985544 4 3 4 :8 0 8 5 2 6 9
ESTADO DO E .S A N T O 123

Transporte.................................. 1.320:7986544 434:8086269

Direetoria dc Hygiene:

Apparclhos.. . ...................................... 21:649$53ü


Medicamentos e dcsinfcctantes............. 21:592$130
Hospital dc Isolamento............................ 11:251$392

Regimento Policial M ilitar:

Pessoal...................................................... 1.161:010$129
F ardam ento.............................................. 203:413$800
Equipamento.. ........................................ 20:197$400
A rm amento............................................... 5:4556980
Forragem e ferrag em ............................. 586000 ■

Guarda Civil:

Pessoal........................................................ 181:387$866
• Fardamento................................................ 50:2626000

Eibliotuccã Publica................................... 6:975$000 3.004:0516772

S e c r e ta r ia d a F a z e n d a :
*

Pessoal do quadro.. - ............................... 276:5196077


Pessoal das Collcetorias............................ 753:4466561
Arrecadação por contractos.................... 283:7036630
Expediente................................................. 13:4996500
Lancha da Fisealisação............................ 16:5476800
Livros e material....................................... 53:061$900
Moveis para a Repartição e Collectorias 19:067$300
Serventes.................................................... 7:2006000
Expediente da Delegacia do Thesouro e -
Collectorias...................................... 9:784$732
Transportes................................................ 14:3336900
Serviços extraordinários.......................... 31:224$584
Representação do Delegado do Thesouro,
no Rio........................................... .. 6:0006000 1" 484:3886984

A transportar.. ........................ 4.923:2496024


124 MENSAGEM

Transporte........................................ 4.923:2490024

S e c r e ta r ia d a A g r i c u ltu r a , T e r r a s c O b r a s :

Pessoal do quadro.......................................... 203 :650$895


E xpediente................. ...................................... 14:7600000
Transportes....................................................... 48:7020095
Livros e m a te r ia l............................................ 4 0 :020$010
M oveis................................................................ 4:2400000
Acquisição de plantas, sementes e animaes 7 0 :006$200
Diarias e ajudas de custo............................ 50:49Q$250
Custeio da Fazenda M aruliype................. 30:3270110
Serviços agrícolas........................................... 179:3160648
Prêmios agrícolas........................................... 1:0000000
Conservação de jardins................................. 10:8410500
Exposição de produetos inter-municipaes 64:9450014
Serviço de Café c A lgodão........................... 48:1710700
Registro Territorial,Agrícola c Pecuário 1:8710400
Serviços extraordinários............................... 52:2430121
Trainigração e Colonização..................... ■ .. 1 6 9 :335$050
Serviço Semapliorico...................................... 10:2960000
Serviço dc Fiacalioação................................. 3:5130000 1.003:7290993

S e c r e ta r ia d a I n s tr u c ç ã o :

Pessoal do quadro.............................................. 577:4290213


Escolas Isoladas.............................................. 1.196:4640371
Fiscalisação do G ym n asio........................... 12:0000000
E xpediente........................................................ 1 8 :540$000
M oveis................................................................ 5:5670800
Material escolar............................................... 106:9890000
Transportes....................................................... 22:3450800
Livros e m a te r ia l........................................... 7 5 :765$000
A luguel de casas para e sc o la s.................... 4 0 :790$328
Serventes........................................................... 31:2210979
Festas escolares............................................... 8820100
Serviços estraord in arios............................. 26:1150000
Assistência D entaria....................................... 10:4230500 2.124:5340091

A transportar 8.051:5130108
ESTADO DO E . SANTO 125

T ransporte........................................ 8 .0 5 1 :513$108

Representação de 6:000$000 a cada S e­


cretario de E sta d o .................................. 3 3 :709$677 3 3 :709$677

M AGISTRATURA

T r ib u n a l S u p e r io r d e J u s tiç a :

Pessoal do quadro.................. 151:264$344


E x p e d i e n t e ...................................................... 3:487$900
M aterial............................................................... 8 :274$000

J u iz a d o s d c D i r e it o :

P essoal do q u a d r o .......................................... 268:188$635


E x p e d ie n te .......................................................... 2 :400$000
M aterial............................................................... 4 :051$800

M in is t é r i o P u b l i c o :

Y encim entos do Procurador Geral . . . . 1 5 :900§000


P essoal do quadro........................................... 99:854$489
E x p ed ien te.......................................................... 2 :011$032
M aterial....................................... .... 1^ :458$1Ò0 574:890^300

E M PR E H E N D IM E N T O S G ER A ES

M elhoramentos da C apital e Obras do


P o r to ......................................... 3 .0 0 0 :000$000
E strad as de rodagem e outras o b ra s.. . . 2 .3 2 1 :767$835
Uonservação de estradas e edificios do
E s t a d o ............................. * ..................... :033$768
T elephones....................................... 169:973$927
Navegação do Rio D oce..................... .... •• 55:079$100
Serviço de P rop h ylaxia..................... '.. •• 236:776$000
E strada de Perro A lfredo Chaves— Be-
n evên te..................................... 349:410$994
E strad a de Ferro Itap em irôn 301:758$664
.

E strad a de Perro São M atheus. 1 .2 9 8 :7S8$500


E strad a dc Perro Bom Jesus — Calçado 3 3 :449$842
• E strad a de Ferro Rio D oce....................... • 298:093$182 8 .2 4 8 :131$S12

A transportar 1 6 .9 0 8 :244$897
126 M E N S A G E M

Transporte.............................. 1 6 .9 0 8 :244$897

SU B V E N Ç Õ E S

• Santa Casa da C a p ita l................................. «39:999$996


Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim 9:999$998
A sylo Deus, Cliristo e Caridade................ 6:000$000
Sociedade S . Vicente de P a u lo ................ 2:400$000
Associação das Senhoras de Caridade . . 3 ;600$000
Collegio N . S . A xiliadora............................ 24:000$000
Orphanato Santa L uiza................................. 2:400$000
Emprezas de N avegação.............................. . 23:376$000
Gymnasio S . Vicente de P au lo................ 12:000$000
Gyranasio do A legre....................................... 8:400$000
Collegio Italo-Brasileiro................................. 4 :‘2 00$000
Centro E spirito- Santense............................ 6:000$000
Escolas primarias, municipaes e particu­
lares............................................................. 62:557$358
Asylo Coração de J esu s................................. 3:600$000
Lyceu P h ilo m a tico ......................................... 2:400$000
Collegio N . S . da Penha (A le g r e ).. . . 3:000§000 2 1 3 :993$352

CREDITO PUBLICO

S e r v iç o d a D i v i d a E x t e r n a :

Juros do empréstimo de 1908 c commis-


sões de fr s. 802.995 ............................ 401:497$500
Juros, amortizações e commissões do em­
préstimo de 1919, fr s. 1 .6 9 9 .4 9 5 .. 601:879$000 1.003:376*500

S e r v iç o d a D i v i d a I n t e r n a i

Juros de apólices estaduaes........................ 393:570$400


Juros de apólices de Orphãos..................... $
D ivida de Exercícios anteriores................ 250:502$913 6 4 4 :073$313

A transportar 18.769:688$062
ESTADO DO E . SANTO 127

Transporte I S .769:6885062

D ESPESA S DIVERSAS

A p o s e n ta d o r ia s ................................................ 3 2 1 :389$685
P e n sõ e s......................... . .................................... 13:437$118
Vantagens especiaes.................................. 209:282§647
A uxilio p a ra d iv e r s õ e s .................................. 15:950$000
Propaganda do E s t a d o .................................. 7 7 :0 2 3 $ 0 0 0
•G ratificaçao p r o - t c m p o r c .............................. 21 i410$151
A d d id o s ................................................................ 5:194$553
L uz e telephon es............................................... 19:110$300
■**D iário d a M a n h ã ’* ....................................... 72:000$C00
Peforma de lanchas e automóveis .. .. 18:004$200
C U B ta s J u d ic ia r ia s ........................................... 3:603$1G 2

Aluguel da Delegacia uo Rio.................. 8;385§000


Reform a de m obiliário................................... 14:791$300
Questões de lim ite s.......................................... 92:500 $ 0 0 0 8 9 2 :0 8 m i6

19.661:709$178

E V E N T U A E S — D ispendido por esta


verba no corrente exercício............... 799:7705920

LEIS

Dispendido pelas seguintes:

T j5Í n.° 1 .2 8 6 , de 31— 12— 1920 ............... 4:240$000


31 ” 1 .3 6 2 , de 16— 3— 1923 ............... 6:000$000
” ” 1 .4 5 6 , de 9— 8— 1924 ............... 39:237$000
* ” 1 .4 6 0 , de 12— 8— 1924 ............... 20:000$000
” ” 1 .4 5 2 , de 13— 8— 1924 ............... 39:8335576
” ” 1 .4 9 3 , de 22— 5— 1925 ................ 1:950$000
” 991 .4 9 6 , de 22— 5— 1925 ................ 35:000$000
” ” 1 .4 9 8 , de 22— 5— 1925 ................ S:062$000
” ” 1.4 9 9 , de 30— 5— 1925 17:5065634
” ” 1.5 0 5 , de 27— 6— 1925 ................ 18:0005000
” » 1 .5 0 7 , de 27— 6— 1925 ................. 4:134$612

A transportar 193:963§822 20.461:480$098


128 MENSAGEM

Transporte 1 8 3 :963$822 2 0 .4 6 1 :480$09Ô

Lei n.° 1.508, de 27— 6— 1925 . . 225$000


» 1.512, de 27— 6— 1925 . 1 0 5 :420$104
d jj 1.515, de :30— 6— 1925 .. 5 8 :000$000
>» 1.523, de 1— 7 --1925 ., 13:125^000
1.524, de 4— 7 - -1925 ., 50:000^000
1.525, do 4— 7 --1 9 2 5 . 8:400*000
V » 1.526, de 4r - 7 --1925 . 500:000
V 1.527, de 4— 7 --1925 ., 15:000*000
» a 1.535, de 7 - * 7 --1925 ., 3 :300$000
J) t> 1.538, do 7— 7 - -1925 ., 980$646
» » 1.539, de 8— 7 --1925 . 4:500$000
a 1.540, de 10— 7 - -1925 .. 391$954
ti » 1.541, do 9— 7 --1925 ., 33.3596305
» 1.555, de 30— 6— 1926 ., 1 0 :062$501
ti tf
1.569, de 21— 7 - -1926 ., 2.000:000*000
v 1.573, de 26— 7 --1 9 2 6 . 4 7 7 :310$330
H V 1.578, de 28— 7 --1 9 2 6 . 4 4 :660$394 3 .0 1 9 :199$05<>

Dispcndido com os S e r v iç o s d e M e lh o r a ­
m e n to s d e V ic to r ia f conforme a lei
n . 1529, de 4— 7— 1925, que autori­
za o Executivo a dispender os saldos
orçamentários, verificados e por ve­
rificar......................................................... 8 .1 5 9 :945$301

3 1 .6 4 0 :624$455

R E C E IT A

Pela arrecadação que se verificou no exercício 3 0 .3 9 9 :032$452


D é f i c i t verificado 1 .2 4 1 :592$003

31.640:624*455

o
RESU M O
D ESPESA :

D esp esa b r u t a ............................


3 1 .6 4 0 :6 2 4 * 4 5 5
D e sp e sa o r ç a d a ..........................
2 0 .0 4 0 :767$Í100
E v c n tu a c s ................ .......................
7 9 9 :770$920
L e is c s p e c in c s ................. .....................
3 .0 1 9 :199$006 2 4 .3 6 8 :737$87G 7 .2 7 1 :88G*579
B E C E IT A :

E c c c ita a r r e c a d a d a ................
3 0 .3 9 9 :0 3 2 $ i5 2
D esp esa d e m o n stra d a , conform o o rç a ­
m e n to o le is .....................
2 4 .3 6 8 :7 3 7 0 8 7 6
6 .0 3 0 :2 9 1 * 5 7 6
D é fic it v e r i f i c a d o ..................................
1 .2 4 1 .-592*003

7 .2 7 1 :8 8 6 * 5 7 9 7 .2 7 1 :886$579
D iffc re n ç a e n tre a D esp esa b r u ta 3 1 .6 4 0 :624$455 c a d e s­
p e sa d e m o n s tra d a conform o o rç a m e n to e leia
2 4 .3 6 8 :737$876..........................................
7 .2 7 1 :8 8 6 * 5 7 9
D iffe rc n ç a e n tro a D esp esa o rç a d a 2 0 .5 4 9 :767$Ü00 c a q u e
fo i d is p e n d id a p e la s ru b ric a s do o rç a m e n to . . . .
1 9 .6 6 1 :709$178................................................ . . — .
888:058*722
D isp c n d id o p e la r u b r ic a Serviço s d e M elh o ra m en to s d e V i.
c to n a ,, extra -o rça m en io s, conform o a lei n . 1 .5 2 9 de
4 d e J u lh o d e 1 9 2 5 ..............
8 .1 5 9 :9 4 5 * 3 0 1

8 .1 5 9 :9 4 5 * 3 0 1 8 .1 5 9 :945*301
S ecção d a C o n tab ilid ad e, em 15 d e fe v e re iro d e 1927.

Ü L T S S E S R IB E IR O ,
D ir e c to r .
V is to .
AIi7J.R0 VIANNA,
„ S e c re ta rio du F a z e n d a .
RECEITA ORÇADA E ARRECADADA
E X ER C ÍC IO D E 1926—1927
i
Para o exercício de 1926— 1927, orçou a lei n. 1.546, de 26
de Junho de 1926, a seguinte receita:

TITULO I

Imposto de exportação............................. 2 2 .6 5 0 :000$000


Imposto de tr a n s m is s ã o .....................: 2 .0 0 0 :000$00Ü
Imposto de s e llo ................................... . . 37:000$000
Licenças estaduacs............................ , . . 370:000$000 25.057:0005000

TITULO II

Vendas de te r r a s .. . . *;•. 6 1 5 :000§000


A lugueis e arrendamentos. 5 4 5 :000$000
Vendas de m a d eira s.. . . 22:000$000 1.182:0005000

TITULO III

Emolum entos. 2 7 :000$000 2 7 :000$00Q

TITULO IV

D ivida A ctiva 1 4 :000§000


E v en tu a es.. .
$ 14:000$000

26.280:0008000

A arrecadação total do exercício foi a que se segue:

Imposto de exportação.......................... 22.534:0345116 !$•;

a. «n» ........
Iinposto d e tr a n s m is s ã o ........................

Licenças e s t a d o a e s ................................
*£SÍ
i 831 .(?4<)<5n7 *>

440:832$200
'

Vendas de terra s........................................ 372:432$773


A lugueis e arren d am en tos..................... 209:059$021
Venda de m adeiras................................... 8:054$200
- Em olum entos................................................ 2 0 :378$050
D ivida A ctiva . . . . . . . . . . . . „
E ven tuaes............. ........................................ 2.119:089$804 2 7 .5 8 5 :483$052

•/. - . 2 7 .5 8 5 :483$052
Pespeza effectuada no exercício de 1.° de Juilio de 1926 a 30 de Junho de 1927, corn-
prehendendo o trimestre addicionai, encerrado em 30 de Setembro de 1927
REPRESENTAÇÃO DO ESTADO
Ooiietcsjo Lojjlfllntivo:
S u b r . id io d o » D o p u t n d o » .................................................................................. 10G.-200Ç0Ü0
A j u d n d o c n » to d o a m c s m o a ...................................................................... 2 5 -.O O O Ç O O O
P c s » o a ! d o q u a d r o .................................................................................................. 3 -1 :5 0 0 $ 0 0 0
E x p c d i o n t o .................................................................................................................... ii:i-ta$Goo
T r n b n lh o B n t c n o g r a p h i c o s .............................................................................. G:000$000 1 8 2 :8 4 0 5 6 0 0

ADMINISTRAOAO DO ESTADO
Prealdoncin do Estndo:
S u b s id io d o P r c s id c n t o d o E s t a d o .....................................................

R e p r e s e n t a ç ã o ............................................................................................................
30:000$000
18:0005000
S u b s id io d o V ic e -P r e s id e n t e d o K i d n d o ...........................................
18:00()$OG() 6 6 *H )0 $ O D U

Sccrotarin. da Prcoldonola:

P o s s o n l d o q u n d r o ................................................ 4 5
G r a t ific a ç ã o n o A j u d n n lc d c O r d e n s 2 :4 0 0 5 0 0 0
E x p c d i o n t o .................................................................
4 0 :8 3 G $ 3 o o
C h n u f f c u r o S e r v e n t e s ....................................
1 2 :G S 0 $ Q 0 0
L a n c h a s o A u t o m o v c i s .......................................
-1 0 :1 2 4 $ 1 0 0
M a t e r i a l ...........................................................................
2 8 :7 5 1 $ 1 0 0
P u b lic a ç ã o d c M e n s a g e n s ............................
2 1 tfO O S O O O
R e p re s e n t a ç ã o d o S e c r e t a r i o ....................
0 :9 9 9 $ 9 9 9
T r a n s p o r t e s ...................................................................
4 3 :8 4 1 $ 6 5 0 2 4 2 M 3 3 5 4 4 8

Scorotarin do Interior:

P e s s o a l d o q u n d r o ..................................................................................
fi 1 5 : 7 7 G $ G 1 7
E x p c d i o n t o ....................................................................................................
3 1 :7 2 6 $ 9 0 0
- M o v e i s ........................... ................................................................................
2 3 :6 2 3 $ 5 0 0
T r a n s p o r t e s ...................................................................................................
2 2 G :8 3 0 $ 3 5 S
S c r v o n t e s ........................................................................................................
3 4 :5 5 G $ 0 8 5
S e r v iç o s e x t r a o r d in á r io s . . ... .......................................................
1 5 0 :1 4 7 $ 1 0 8
R e o r g a n iz a ç ã o d o A r o h iv o P u b lic o , d n B ib lio t h e c n e A c q u is iç ã o d e L iv r o s .
1 0 1 :7 8 9 $ 9 4 0
L iv r o s c M n t c r i n l ...................................................................................
1 6 0 : 1 6 1 $ 3 4 0
I m p r e s s õ e s ................ .. . . . . ........................ ......................................
7 :G 8 9 $ 5 0 0
S e r v iç o E l e i t o r a l .....................................................................................
1 2 3 :8 1 7 ^ 1 0 0
V o r b n S c c r c t n ........................................... ................................................
3 9 :2 0 9 $ 0 0 0
A s s is t ê n c ia P u b l i c a ............................................................................. ....
9 :5 1 fi$ 3 8 0
M n n u t c n ç ã o d c lo u c o s e i n d i g e n t e s ...........................................
1 0 7 :0 9 2 $ 4 1 7
O f f iç in o s d a P e n i t e n c i a r i a ...........................................................
2 1 :8 *!1 $ 2 S 0
L a n c h a s c a u t o m o v c i s .......................................................
5 8 :0 0 6 5 3 3 3

R c p n r t iç ã o C e n t r a l d c P o lic ia :

D e le g a c ia s e C a d e i a s ...........................................................
3 3 :3 6 6 $ 7 1 9
M a n u t e n ç ã o d o D e t e n t o s e S e n le n c in d o s . . .
2 1 5 :0 7 5 5 6 1 8
P e s s o a l d a G u n r d n C i v i l ...................................................
2 3 0 :5 7 3 $ 5 1 1
F a r d a m e n t o o E q u ip a m e n t o d a G u a r d a C iv il
Í5 4 : 3 9 G $ 0 0 0

R o g ir r . o n t o P o lic ia l M ilit a r :

P e s s o a l .....................................................................................................................
1 . 3 2 4 :2 8 5 $ 1 G 8
F a r d a m e n t o e E q u i p a m e n t o .................................................................
2 2 1 :G 3 9 5 G 0 0
M a t e r i a l ..................................................................................................................
4 2 .-0 7 2 5 1 4 2

D ir e o t o r in d e J ly g io n o :

M e d ic a m e n t o s c D c s in f e e t a n t e s . . . . ....................................
7 6 :2 8 5 § 1 2 0
A p p n r o l h o s ............................................................................................................
1 8 :6 7 4 $ 2 0 0
H o s p it a l d o I s o l a m e n t o ............................................................................
4 2 :0 9 2 $ 0 0 0
S a n e a m e n to d e t e r r e n o s ...........................................................................
4 2 :2 1 4 $ 8 7 5
R e p re s e n t a ç ã o d o S e c r e t a r i o ...............................................................
6 :0 0 0 5 0 0 0 3 .9 6 8 :5 2 1 5 1 3 1

S e c r e t a r ia , d n F o r o n d a :

P e s s o a l d o q u a d r o ..........................................................................................
3 3 3 :7 8 - l$ 3 2 8
P e s s o a l d o s C o l l c o t o r i n n ..........................................................................
8 6 9 :8 0 3 5 3 5 6
A r r e c a d a ç ã o p o r c o n t r a c t o s .............................................
2 3 8 :5 5 4 5 1 8 2
E x p e d i e n t e ........................................................................... ...
1 3 :2 0 0 ? 0 0 0
L a n c h a d a F i o c a l i n a ç ã o .................................................

L iv r o s e M a t e r i a l ........................................... . * .. ’ ’ " ” ’ ’ 2 0 :5 8 1 $ 9 2 0

6 3 :1 9 1 $ 9 7 0
M o v e is p a r a n R o p a r t iç ã o o C o llc n t o r in s . . .
S e r v e n t e s ............................................................................................. 1 9 4 8 9 Ç 9 0 0

1 0 :5 5 0 $ 0 0 0
E x p e d ie n t e d a D o lc g a c ia d o T h c s o u r õ ó C o U c c t ó r ia B
T r & n a p o r t c a ................................... .............................................. 3 0 :5 2 2 5 8 1 0

S e r v iç o s E x t r a o r d i n á r i o s .................... ..... 5 2 :4 0 7 5 1 8 0

R e p re s e n t a ç ã o d o S e c r e t a r i o .................... 4 4 :6 1 8 5 8 5 8

R e p re s e n t a ç ã o d o D e le g a d o d o T h c s o u r o .................... G:000$000
6:0005000 1 .6 8 6 :7 0 4 5 5 1 3
A t r a n s p o r t a r ...................................

6 .1 4 6 :4 9 9 5 6 7 2

I
Transporta........................................... 6.116:1995072
E e c r c ia r iu d a A g r ic u lt u r a :

P e sso a l d o q u a d r o ...............................................................
20H
E x p e d i e n t e ................... .... ...........................................................
19:2618200
T r a n s p o r t e s ....................... ......................................................
231:27fl$730
L iv r o s e M a t e r i a l ...................................................................
34:370$430
M o v e i s ............................................................................................
7:0055000
A e q n is iç n o d e P In n t a n , 8 e m c n tc a o A n im n c a
33:515$150
D ia r ia a o A j u d a » d o C u s t o .............................................
77:308$22li
S e r v iç o s A g r ie o ln n o d o V e t c r i n n r i a .......................
83:042$S3ft
C o n s o r v n ç iio d o J a r d i n a ............................................... .
7:78r»$0fM)
P r ê m io s A g r í c o l a s ...............................................................
E x p o s iç ã o E it a d o n l d e V i c t o r i a ................................
$
S e r v iç o d o C a fó e A l g o d ã o .............................................
M5:28Ti$228
105:55G$18«
P e sso a l E x t r n n r n n o r i i r i o ................................................
165:732$707
S e r v iç o s E x t r a o r d i n á r i o » ............................................... ..
182 :-130$177
Im m ig r a ç R o c C o l o n i r a ç â o ..............................................
12:629$000
S e r v iç o 8 e m a p h o r i c o ........................................................
0.003ÇOOÜ
S e r v iç o d o F i s c a l i c a ç ã o .....................................................
21:188$800
S e r v iç o T o l c p h o n i c o .............................................................
128:7-1*1$5-12
N a v e g a ç ã o d o R io D o c e ....................................................
103:831$342
R e p re se n ta ç ã o d o S e c r e t a r i o ......................................
G:000$000 1. fihH :381$:104
S e c r e t a r ia d a X n o trn c ç ã o :

P e sso a l d o q u a d r o ...............................................................
G25:581$133
E s c o l a n I s o l a d n s .....................................................................
1.587.I4C5W5
F is c a l U n ç ã o d o G y m n n a i o ..............................................
E x p e d i e n t e ....................................................................................
12.-0005000
22:5G0$000
M o v e i s ................... .... .............................. .................
13:034§000
M o b iliá r io E s c o l a r ..............................................................
277 :-!41$000
L iv r o s o M a t e r i a l ...................................................................
20fi :tí34Ç->SG
T r a n s p o r t e » ...................................................................... ’ * '
G3:983$56Q
A lu g u e l d o c a sa » p a ra E s c o l a s ...................................
S e r v e n t e s .....................................................................................
73:8GG§225
01:23-l$187
F e s t a s

S e r v iç o s
E s c o l a r e s ......................................................................

E x l r n o r i l i n a r i o 3 ..................................................
3:3385200
50:-10G$118
A s s is t ê n c ia D e n t a r i a ............................................................
10:720$200
R e p re se n ta ç ã o d o S e c r e t a r i o .........................................
5:090$900 3.111:035§653
M A G IS T R A T U R A

T r ib u n a l 8 n p e r io r d o J u s t iç a :

P e sso a l d o q u a d r o .............................................................................
1 6 3 :5 4 3 5 5 -1 7
E x p e d i e n t e ............................................................................ ’
3 :9 0 0 $ 0 0 0
M a t e r i a l ........................................................................ ”
1 2 :3 9 3 5 3 0 0

J u ir a d o s d o D ir e it o :

P e sso a l d o q u n d r o .................................................................................

E x p e d i e n t e ....................................................................... .... .........................


272:7855357
M a t e r i a l ......................................................................................’ ’ .........................................
2:0005000
1.5725000
M in is t é r io P u b lic o :

V o n r im c n f o s d o P r o c u r a d o r G e r a l ......................................................
P e sso a l d o q u a d r o ..............................................................
18:0005000
’m“ 95:0325-100
E x p e d i e n t e ........................................................

M a t e r ia l ......................................................
* ’ ** “ “ “ **
2:100$000
S e r v i ç o s E x t r a o r d i n á r i o s ...................................................... \\ \\ '* * ’ ’ * ’ *
G:302$500
3:200$000 592:0328191
E M P R E H E N D IM E N T O S G E R A E S

M e lh o ra m e n to s d a C a p i t a l ...............................................................
3.754:8965164
O b r a s d o P o r t o .......................................................................... .
3.574:3905815
C o n stru c ç n o e C o n íe r v a ç ã o d e È s t r n d n s d e R o d a g e m ..
1.779:3975862
C o n se rv a ç ã o d o E d if íc io s P n b l i c o s .........................................................
C o n stru o ç ã o d o C a d e i a s ..........................................................
157:8465617
15:9055600
C o n stru c ç ã o d o P r é d io s E s c o l a r e s .................................................................
254:1855085
C o n stru o ç ã o d e P o n t e s ............................................................
202:8565923
E s t r a d a d o P e r r o d o L it t o r n I (c o m p re h c n d o n d ò E . F . T t a p e m ir in ô
2.259:S55$056
E s t r a d a d o P e r r o S ã o M o t h e u n ........................................................................
004:2415324
E s t r a d a d e P e r r o R io D o c o ............................................................................ \\
750:9685101
E s t ra d a d o P e rro A lf r e d o C h a v e s - B c n o v e n t e ...................
383:9405319
E s t r a d a d e P e r r o B o m J c s u s - C a l ç a d o .........................................
75:941$415
S e r v iç o s R e u n id o s d e ‘V i o t o r i a ...........................................................
2.190:629$745 16.314:0565016
S U B V E N Ç Õ E S

S a n t a C a sa d o M i s e r i c ó r d i a .........................................................................
39:9995096
S a n t a C a sa d c C a o h o e iro d o I t a p e m i r i m .............................
A s y ln D e u s C h r is t o e C a r i d a d o ............................... ..
9:9995094
6:0005000
S o o ie d n d o S ã o V ic e n te d e P n u l o ......................................* . *. * . **
2:4005000
A s s o c ia ç ã o d o s S e n b o ra n d o C a r i d a d e .........................................................* .
C o lle g io N o a sa S e n lio r a A u x i l i a d o r a ....................................................
3:G005000
O r p lia n a t o S a n t a L u i z n ......................................................................
24:0005000
2:4005000
E m p re sa » d e N a v e g a ç ã o .................................................................. ’ ”
10:8005000
G y m n n a io S . V ic e n t e ile P a u l o ..............................................................
12:000$0fl0
C o lle g io J t a l o - B r n s i l c i r o ...................................................................
•2:'.00?000
A transportar.
113:2fl9$990 27.737 KJ245S39
Transporto 113:299$930 27:787:024$839
I n s titu to A n c h ic tn .......................................................................................................................... 6:300$000
C e n tro E s p irito S a n te n s e ............................................................................................................ 6:0000000
E sc o la s P r im a r ia s M u n ic ip a c s c P a r tic u la r e s ................................................................... 74:101$926
A sy lo C o ração do J e s u s ............................................................................................................... 3:600§000
L y c c u P h ilo m a tic o .......................................... ...... .................................................................... 2 :400Ç00O
C ollcgio N . S . d a P e n lm d e A le g r e ............................ .... . . . . ................................ * 3:6000000
G ym nnsio d o A le g ro ..................................................................................................................... 7 :700$000
I n s titu to Ilis to ric o e G c o g ra p h ic o do E s p irito S a n to ................................................. 12:0000000 229:0010916

C R E D IT O P U B L IC O

Sorviço da Divida E xterna:

J u r o s do E m p ré stim o d e 1908 e com m issõcs ( f r s .8 0 2 .9 9 5 ) .................................... *101:497$500


J u r o s , nm o rtisaçõ es c com m issõcs d o E m p ré stim o de 1919 ( f r s . 1 .6 7 7 .7 4 8 ) .. 589:763$40f) 991=2600900

S o rv iço d a D iv id a I n t e r n a :

J u r o s d e A p ó lices E s ta d u n e s ................................................................................................... 3 8 3 :810$000


J u r o s d e D e p o sito s d e O r p ltã o s .. ....................................................................................... 1:5680151
D iv id a d e E x c rc ic io s A n te r io r e s ............................................................................................ 489:7530913 875:1320064

D E S P E Z A fl D IV E R S A S

A p o se n ta d o rin s................................................................................................................................ 497:3280543


P e n sõ e s................................................................................................................................................ 13:5490989
V a n ta g e n s E sp c c in e s..................................................................................................................... 529:362$842
A u x ilio p a r a D iv e rsõ e s................................................................................................................ 26:300$000
P ro p n g n n d a d o E s ta d o ................................................................................................................. 218:679$000
G ra tific a çã o P r o - T e m p o r e .......................................................................................................... 20:4690401
A d d id o s .. ......................................................................................................................................... 2:5930333
L u z c T e le p h o n c s............................................................................................................................ 18:000$000
D in rio d a M a n h ã ............................................................................................................................ 72:000$000
Sorviço do P r o p h y la x ia R u r a l e M oléstias V e n c re n s .................................................... 1 6 2 :314§11€>
A lu g u el d a D e le g a c ia n o R io ................................................................................................... 12:000$000
R e fo rm a d e L a n c h a s e A u to m ó v e is ...................................................................................... 19:126$900
C n sta s J u d ic ia r ia s .......................................................................................................................... 14:8130680
R e fo rm a d e M o b iliá rio ................................................................................................................. 4:8690000
Q uestões d e L im ite s ...................................................................................................................... 2 7 :000$000
E v e n tu a e s ........................................................................................................................................... 820:981$777 2.459:3880581

LEIS

1 .2 6 2 — de 16— 3— 1923 3:0000000


1 .4 5 6 — de 11— 8 —1924 121:2330250
1 .5 2 7 — de 4— 7— 1925 80:0000000
1 .5 4 9 — de 28—6— 1926 50:0000000
1 .5 5 3 — de 30— 6— 1926 4:6500000
1 .5 5 5 — do 30—6— 1926 1 :300$000
1 .5 6 0 — de 3— 7— 1926 58:125$000
1 .5 6 2 — de 10— 7— 1926 22:354$838
1 .5 6 5 — de 13— 7— 1926 30:0000000
1 .5 6 6 — de 13— 7— 1926 6:0000000
1 .5 7 2 — de 22— 7— 1926 45:5330580
1 .5 7 5 — de 29— 7— 1926 3:4000000
1 .5 8 1 — de 2—8 — 1926 13:125$000
1 .5 8 7 — de 5— 8— 1926 17:1700000
1 .5 8 9 — de 6— 8— 192G 7:334$676
1 .6 1 7 — de 9— 7— 1927 3 7 :5000000 500:7260344

TO TA L — R s. 32.792:5340644

S ecção de C o n ta b ilid a d e , 30 d e S etem b ro d e 3927.

V IS T O .
U ly sses R ib eiro , A Iriro V ian n a,
D irc c to r da C o n ta b ilid a d e S e c re ta rio d a F azen d a
RECEITA ARRECADADA NO PRIMEIRO .SEMESTRE
DO EXERCÍCIO DE 1927 A 192S

A receita orçada foi de 29.100 :UÜÜ$ÜÜ0.


Conseguiu o Thesouro arrecadar, no prim eiro semestre, a im­
portância de rs. 1 8 .1 8 5 :S25$212, assim discrim inada:

TITU LO I

Imposto do exportação......................... 16.009:401$94S


Imposto do tra n sm issã o ..................... 1.028:737$199
Imposto dc sclio.................................... 27:140$373
Licenças estaduacs................................. 216:955§3Q0 17.2S2:234ÇS20

T IT U L O l í

Vendas dc t e r r a s ............. 251:09S§124


Alugueis e arrendamentos 76:019§962
Venda de m adeiras.. .. 5 :150$200 335:2C8$2SG

T IT U L O III

Emolumentos........................................... 31:176§266 11:476$266

T ITU LO ÍV

Divida Activa......................................... §
E v e n tu a e s........... ................................... 556:8458810 556:845$S40

1S.185:825$212

DESPESA

A despesa para o actual exercício foi fixada cm 2 8 .8 6 9 :384$000,


pela lei n._ 1^605, de 25 de Junho dc 1927, conforme os títulos cpic
se seguem :
Pemonstraçao da despeza effectuada no 1.° semestre do exercido de 1927 *1928
< r de Julho a 31 de PezemPro de 1927)
R E P R E S E N T A Ç Ã O D O E S T A D O

ü o n g r c n s o L o g in la t iv o :

S u b n iü io d o a D o p n t n d o n ..................................................................................

A j u d n d o C u u t o d o s m e s m o » .........................................................................

P e s s o a l d o q u a d r o ................................................................................................. 1 7 :4 0 ü $ 0 0 0

E x p e d i e n t e .................................................................................................................. 5 8 0 $ 0 < )0

A c q u is iç ã o d o L i v r o s .......................................................................................... •J:000$<)('.0
T r n b n lh o s S t c n o g r n p h i c . o H ........................................................................... fiioou^uon 2 7 :0 f l0 $ 0 0 0

A D r i i I '1 I S T F . A Ç Ã O D O E S T A D O

P r e s id ê n c ia d o E s t a d o :

S u b s id io d o P re s id e n t e d o E n t n d o ..................................................... lõ^ooçooo
R e p r e s e n t a ç ã o ........................................................................................................... !):(WH)$ÜU0
S u b s id io d o V ic e -P r e s id e n t e d o E s t a d o ........................................... 9:000$000 3 3 :0 0 0 $ 0 0 ü

S c c r o t a m d a P r c n id o n c ia :

P c s s o n l d o q u a d r o ...................................................................................... .. ., 2 -1 :6 0 0 $ 0 0 0

R o p ro K c n t n ç ã o d o S e o r c t n r i o ................................................................... 3 :5 0 0 $ 0 0 0

G r a t ific a ç ã o d o A j u d a n t e d e O r d e n s , .......................................... 1:200$000


E x p e d i e n t e .................................................................................................................. 3 7 t3 4 9 $ 2 5 0
C h n u f f c u r c S e r v e n t e s .................................................................................... 12:199$9fi0
L n n c lm c A u t o m o v c i s ........................................................................................ 1 9 :7 7 3 $ 7 4 0
M a t e r i a l .......................................................................................................................... 2 3 :8 0 l$ G 0 0
P u b lic a ç ã o d c M e n s a g e n s ............................................................................... 1 2 2 :1 2 7 $ 5 7 0

S c c r o t a r ia d o In t e r io r :

P c s s o n l d o q u u d r o ................................................................................................. 3 3 8 :3 3 5 $ 3 2 5
R e p re s e n t a ç ã o d o S c c r e t n r i o ........................................................................ 3 : 000$000
E x p c d i e n t o ................................................................................................................. 1 4 :2 0 1 $ 7 0 0
M o v e i s ............................................................................................................................. 2.-or.o$4io
T r a n s p o r t e s .......................................... ................................................................. 1 0 3 : 4 7 0 $ 7 ÍI0
S e r v e n t e s ....................................................................................................................... 11 :4 P 5 $ 1 7 1
S e r v iç o s E x t r a o r d i n á r i o s ............................ ................................................ 1 1 9 :4 G 8 $ 2 7 9
L iv r o s e M n t o r i n l ...................................................................................................
lí» : 3 2 3 $ 7 0 0
I m p r e s s õ e s ........................................ .......................... ...............................................
3 1 :9 2 0 $ f i0 0
S e r v iç o E l e i t o r a l ........................................................................................ ] * .
7 :1 1 0 $ 5 0 0
V o r b n S e c r e t a ...........................................................................................................
1 4 :G 2 7 S 0 0 0
M a n u t e n ç ã o d c L o u c o s c I n d i g e n t e s ..................................................
4 9 :2 9 5 $ S 4 2

R e p a r t iç ã o C e n t r a l d c P o lic ia :

D e le g a c ia s c C a d e i a s .......................................................................................... 1 2 :G 0 3 $ 3 0 0
M a n u t e n ç ã o d e D e t e n t o s ................................................................................. f> 0 :1 3 0 $ 7 0 0
P e s s o a l d a G u n r d n C i v i l ................................................................................. 1 4 2 :9 9 8 $ 8 G 4
F a r d a m e n t o c E q u ip a m e n t o d o O n n r d n C i v i l ...........................
9 :5 4 5 $ 0 0 0
L a n c lia s e A u t o m o v c i s ................. .. .. ................................................... 1 9 :7 3 4 $ õ 9 9

R e g im e n t o P o lic ia l M ilit a r :

P c s s o n l .................................. .... ... .......................... .... ... ....................... .. . . ,,


5 7 3 :8 5 0 $ 2 2 2
D iá r io s o V a n t a g e n s .............................................................................................
5 2 = 7 7 3 $ 2 2 8
E t a p a s .............................................................................. .. . . ..................................
4 2 2 :8 4 0 $ 0 0 0
F a r d a m e n t o c E q u i p a m e n t o ........................................................................
9 7 :5 R 2 $ 9 0 0
M a t e r i a l .........................................................................................................................
2 1 :4 3 5 $ 0 1 0

D ir c c t o r in d c H y g ic n e •

M e d ic a m e n t o s e D e s i n f e c t a n t c s ...........................................................
1 8 :9 5 3 $ 1 5 0
A p p a r o l h o s ..................................................................................................................
1 5 :5 9 S $ 7 0 0
IT o s p it a l d o I s o l a m e u t o ...................................................................................
3 1 :5 2 4 $ 2 1 2
A lu g u e is d o C a s a s ................................................................................................
4 0 0 $ 0 0 0
F a r d a m e n t o d o s G u a r d a s ............................................................................
2 5 :0 S 5 $ 5 0 0
L a n c h a s o A u t o m o v c i s ...................................................................................
1 3 :6 5 7 $ f> 5 3

P e n it e n c ia r ia :

M n n u t o n ç ã o d o S e n t e n c i a d o s .......................................................................
3 G :0 5 2 $ 6 5 0
M a t e r ia l p a r a a s O í f i c i n n s ..........................................................................
7 .-5 0 4 $ 9 0 0
L a n c h a ........................................................................................................................ ..
3 :1 2 0 $ 0 0 0

B ib lio t lic o r . :

A c q u ls iç ã o d c L i v r o s .........................................................................
3 :3 2 8 8 0 0 0
R e o r g a n iz a ç ã o d o A r c b i v o ................................................................
7 :4 5 2 $ 1 8 9

J u n t a C o m m o r e ln h

L iv r o s o M a t e r i a l .................................................................................

2 . 2 5 5 :1 G S $ 3 2 4

A transportar................. .
2 . 4 3 8 :5 7 5 $ 8 9 4
Demonstração da despcza effectuada no 1.° semestre do exercido de 1927-1928
(1.° de Julho a 31 de Dezembro de 1927)
R E P R E S E N T A Ç Ã O D O E S T A D O

C o n g r e s s o L e g is la t iv o :

S u b s id io d o s D e p u t a d o s ...................................................................................

A j u d a d o C u s t o d o s m e s m o s .........................................................................

P c s s o u l d o q u a d r o .................................................................................................. 1 7 :1 0 0 $ 0 0 0

E x p c d i o n t o ................................................................................................................... f . f iO S t K IO

A c q u ú d ç ã o d o L i v r o s ........................................................................................... •I:000$()00
T r a b a lh o s S t e n o g r n p h i o o s ........................................................................... G ;O f M > 5 '» n O 2 7 ;9 S 0 $ 0 0 0

A D J M II- T IS T P . A Ç A O D O E S T A D O

P r e s id ê n c ia , d o E s t a d o :

S u b s id io d o P r e s id e n t e d o E s t a d o ..................................................... 15:000$000
R o p r o g e n t n ç ã o ........................................................................................................... 9 :0 0 0 5 0 0 0

S u b s id io d o V ic c - P r r s id c n t o d o E s t n d o ........................................... 9 :0 0 0 $ 0 0 0 3 3 iO flO Ç O tíO

S c c r u t u r ia d a P r o n id o u c la :

P o B S o a l d o q u a d r o .................................................................................................. 2 1 :6 0 0 $ 0 0 (1

R o p re s o n t a ç ã o d o S e c r e t a r i o .................................................................... 3 ;5 0 0 $ 0 0 0

G r a t ific a ç ã o d o A j u d a n t e d c O r d e n s ............................................. 1:200$000


E x p e d i e n t e ................................................................................................................... 3 7 :3 iU § 2 5 0

C h n u f f o u r o S e r v e n t e s ..................................................................................... 1 2 :1 9 9 $ 9 8 0

L n u c b n o A u t o m ó v e i s ......................................................................................... 1 !) : 7 7 3 $ 7 1 0

M a t e r i a l .......................................................................................................................... 2 3 : '. n i $ n n o

P u b lic a ç ã o d c M e n s a g e n s ............................................................................. 1 2 2 :1 2 7 $ 5 7 0

S e c r e t a r ia d o In t e r io r :

P e s s o a l d o q u a d r o ................................................................................................. 3 3 8 :3 3 5 $ 3 2 5

R e p re s e n t a ç ã o d o S e c r o t n r i o ...................................................................... 3:000$000
E x p c d i c n t o .................................................................................................................. 1 4 :2 0 1 $ 7 0 0
M o v e is . . ..................................................................................................................... 2:0G0$n0
T r a n s p o r t e s ............................................................................................................... 1 0 3 :1 7 0 $ 7 í)0
S o r v c n t c s ........................................................................................................................ 1 1 -.1 8 5 S 1 7 1
S e r v iç o s E x t r a o r d i n á r i o s ............................................................................. 1 1 9 :4 G 8 $ 2 7 f)
L iv r o s c M a t e r i a l ................................................................................................... 1 5 :3 2 3 $ 7 0 0
I m p r e s s õ e s ....................................................................................................................
1 1 :9 2 0 $ 8 0 0
S e r v iç o E l e i t o r a l .................................................................................................... 7 :1 1 0 $ 5 0 0
V e r b a S e c r e t a ........................................................................................................... 1 4 :0 2 7 5 0 0 0
M a n u t e n ç ã o d c L o u c o s e I n d i g e n t e s ................................................... •19:2 9 5 $ 8 1 2

R e p a r t iç ã o C e n t r a l d e P o lic ia :

D e le g a c ia s c C a d e i a s ..........................................................................................
1 2 :G 0 3 $ 3 0 0
M a n u t e n ç ã o d o D e t e n t o s ..............................................................................
5 9 :1 3 0 5 7 0 0
P e s s o a l d n G u a r d a C i v i l ............................................................................... ..
1 4 2 :9 9 8 5 8 0 4
F a r d a m e n t o e E q u ip a m e n t o d n G u a r d a C i v i l ...........................
9 :5 1 5 5 0 0 0
L a n c h a s c A u t o m ó v e i s ....................................................................................
1 9 : 7 3 1 ? r .f l9

R e g im e n t o P o lic ia l M ilit a r :

P e s s o a l ............................................................................................................................
5 7 3 :8 5 0 $ 2 2 2
D in r in s o V a n t a g e n s ...........................................................................................
5 2 :7 7 1 5 2 2 3
E t a p a s ................................................................................................ * .........................
4 2 2 :8 -t0 $ 0 0 0
F a r d a m e n t o e E q u i p a m e n t o ...................................................................... ..
9 7 :5 8 2 5 9 0 0
M a t e r i a l ................................................ .. .......................................................
2 1 :-1 3 5 5 0 4 0

D ir c c t o r in d c IT y g ic n c -

M e d ic a m e n t o s e D e s i n f e o t a n t e s ............................................................
1 8 :9 5 3 $ 1 5 0
A p p a r e l h o s ...................................................................................................................
1 5 :5 9 S $ 7 0 0
H o s p it a l d c I s o l n m r : « t o ........................................... . * ” .. " "
3 1 :5 2 4 $ 2 1 2
A lu g u e is d c C a s a s .................................................................................................
4 0 0 5 0 0 0
F a r d a m e n t o d o s G u a r d a s ............................................................................ ’
1 5 :0 8 5 5 5 0 0
L a n c h a s o A u t o m ó v e i s ................. .. ................................................
1 3 :G 5 7 $ 0 5 3

P e n it e n c ia r ia :

M a n u t e n ç ã o d e S e n t e n c ia d o s . . .. .............................................
3G 0 5 2 5 6 5 0
M a t e r ia l p a r a n « O f f i c i n a s ...........................................
L a n c h a ............................................................ 7 :5 0 1 $ 9 0 0

3:120$000
B ib lS o t h o o a :

A o q n b iiç ít o d c L iv r o s . . ..........................................
3 :3 2 8 5 0 0 0
R e o r g a n iz a ç ã o d o A r c h iv o . . ,,
7 :4 5 2 5 1 8 9

J u n t a C o in m e r c in l:

L iv r o * e M a t e r i a l ..........................................................

2 . 2 5 5 :4 G S $ 3 2 4
A tr.inspnrfnr.......................
2 . 4 3 8 :5 7 5 $ R 9 I

I
2 .4 3 8 :0 7 5 5 8 9 4
T r a t u i p o r t o ............................................................................................. • ..........................

S o c r o t a r ia t ln F o z o n d a :

1 6 3 :7 7 2 § 5 7 5
P e 8 S o n l d o q u a d r o ............................................................................................................................................................
3 :0 0 0 $ 0 0 0
R o p rc a c n tn ç ã o
P .o p rc a o n tn ç ã o
d o
d o
S e c r o t a r i o .................................. .... •
D e le g a d o d o T h o so u ro . u o
................................................................
R i o ........................................................... •
3:000$000
6 5 3 K M 0 5 3 2 9
P o rc o n tn g e n n d o P c s so n l d n n C o l l c c t o r i n a ........................................................................................
1 4 S t 7 0 7 § IfW
A rro o o d a ç ã o p o r C o n t r a c t o s ................................................................................................................. •
1 5 :0 3 1 $ 0 1 5
E x p c d i o n t o ..................................................................................................................................................................
0 :8 8 3 $ 1 G G
L a n c h a d n F i o c n l i s n ç ü o . .................................................................................................................................
5 1 :2 0 2 $ 9 7 0
L iv r o s , M n t e r in l c M o b i l i á r i o ......................................................................................................................
4 :8 0 0 $ 0 0 0
S e r v e n t e s ......................................................................................................................................................................
3 9 :9 5 2 5 8 3 1 9 9 7 0 5 0 5 4 0 5
S o r v ic o j . E x t r n o r d in n r ic r .. ^ ........................................ •’ ‘ ..........................................................

S c c r o t a r la d a A g r ic u lt u r a :

9 9 :5 8 5 $ 9 0 0
.. ...........................................................................................................................
P e M o n l
R e p re se n ta ç ã o
ilo q u a d r o ..................
d o S e c r e t n r i o .......................................................................................................................
3:000§000
3 5 :7 0 2 5 3 0 0
D in r in s c A j u d a s d o C u s t o ............................................ ................................................................................
1 1 0 :8 5 6 $ G 0 0
P c sso n l E x t r n n u n i c r n r i o ..................................................................................................................................
1 2 :3 0 0 5 0 0 0
KxpcdionK ...................................... ... ..............................................................................
1 1 0 :9 0 7 5 9 0 0
T ran sp o rto * .. ........................................................................................................................
8 1 :2 9 8 $ 0 5 0
L iv r o s o M a t e r i a l ...................................................................................................................................................

M o v e i s ..................................................................... .......................................................................................................
2 8 :8 2 8 §3 0 O
Aequifiiçiío do P lantas. Sem entes e A nim nes..................................... .....................
3 :0 0 0 5 -0 0 0
M n p p n d o E s t a d o ..................................................................................................................................................
7 :0 2 8 $ G O O
It n m ig r n ç ã o o C o l o n i z a ç ã o .............................................................................................................................
3 3 :5 2 9 $ 9 0 0
N a v e g a ç ã o d o R in D o c o ......................................... .... ..................................................................................
7 7 3 :5 1 7 5 9 0 1
C o n n tru c ç ã o o C o n s e rv a ç ã o d e E s t r a d a s d e R o d a g e m ............................................... ..
1 5 1 :1 8 2 $ 3 3 2
C o n n tru c ç ã o o C o n s e rv a ç ã o d e E d if ie io B P ú b l i c o s ..................................................................
3 0 :5 0 6 5 3 6 0
C o n s tru o ç ã o o C o n s e rv a ç ã o d o P o n t e s ................................................................................................
3 :9 0 0 5 0 0 0
C o n s tru c ç ã o o C o n s e rv a ç ã o d e J a r d i n s .................................................................................... *•
4 9 :2 6 1 5 5 7 6
S e r v iç o s A g r ic o ln a c d o V e t e r i n n r i n ......................................................................................................
2 9 :5 3 1 $ 8 7 2
S e r v iç o d e C a fí- e A l g o d ã o ............................................................................................................ - • -•
4 4 t8 5 7 $ 10 -l
S e r v iç o T e l c p l i o n i c o ............................................................................................................................................
5 :8 C C $ 2 7 2
S e r v iç o M c t o o r o l o g i c o .......................................................................................................................................
4 :8 5 0 $ 0 0 0
S e r v iç o S c m n p h o r i c o .................................. ...................................................... ..... .........................................
2 3 -2 9 1 5 2 2 0
S e r v iç o d o F i s c a l i z a ç ã o ....................................................................................................................................
2 4 0 :3 9 6 5 5 2 1 1 .8 9 0 :2 5 8 5 7 3 1
S e r v iç o s E x t r a o r d i n á r i o s ................................................................................................................................

S o c r o t a r in d a In c t n ic ç â o :

3 0 6 :3 4 0 5 8 7 4
P e sso a l d o q u a d r o .................................................................................................................................................
2 :5 0 0 5 0 0 0
R e p re se n ta ç ã o d o S e c r e t a r i o .......................................................................................................................
8 8 7 :1 9 1 $ 5 3 8
E s c o la s

F is c a lis n ç ã o
I s o l a d a s ............... ......................................................................................................................................

d o G y m n n s i o ...............................................................................................................................
G:000$000
6 :0 0 0 5 0 0 0
A s s is t ê n c ia D e n t a r i a ...........................................................................................................................................
1 2 :2 3 0 5 0 0 0
E x p e d i e n t e ................................................................_ ....................................... .......................................................
L iv r o s , M o b iliá r io , M a t e r ia l P e d n g o g ic o e d e E x p e d i e n t e ............................................ 3 8 4 .-7 7 7 5 5 1 0

T r a n s p o rt e s d e M a t e r ia l c P a s s n g c n » ................................................................................................. 0 7 :7 7 8 $ 9 0 0

F c s t n s E s c o l a r e s ..................................................................................................................................................... 2 9 :8 1 2 5 5 0 0

S e r v e n t e s ...................................................................................................................................................................... 3 7 :9 2 9 $ 3 3 4

A lu g u e l d e C n sa R p a ra E s c o l a s .................................................................................................................. • 1 8 :3 9 8 5 0 0 0

3 6 :2 7 2 5 1 1 3 1 .8 3 5 :2 3 9 $ 7 9 7
S e r v iç o s E x t r a o r d i n á r i o s ................................................................................................................................

MAGISTRATURA

T r ib u n a l S u p e r io r d o J u s t iç a :

8 3 :7 5 0 5 0 0 0
P e sso a l d o q u a d r o ......................................................................

E x p e d i e n t e ......................................................................................... 9 9 9 5 3 0 0

L iv r o s o M a t e r i a l ....................................................................... 8 :9 G 3 $ 0 0 0

A u to m o v e l c C b n u f f e u r ........................................................ 4 :4 0 0 $ 0 0 0

J u iz a d o s d e D ir e it o :

P c sso n l d o q u a d r o ...................................................................... 1 2 9 : 1 3 2 $ f if i6

F o r a m d o V ic t o r ia :

E x p e d i e n t e .......................................................................................... 1:2005000
M a t e r i a l ......................................... .................................................... 5 2 1 $ 5 0 0 2 2 8 :9 6 6 5 *1 0 0

M IN ISTÉRIO PUBLICO

P c s so n l d o q u a d r o ................................................................................................................................................ 5 4 :4 7 9 5 6 4 4

R e p re se n ta ç ã o d o P r o c u r a d o r G e r a l ..................................................................................................... 2 :9 1 9 5 3 5 3

E x p e d i e n t e .............................................. .................................................................................................................. 1 .-B O O SO O O


M a t e r i a l .................. .... . . ................................................................................................................................... 7 .-4 9 1 5 -0 0 0

S e r v i ç o s E x t r n o r d i n n r i o s ................................................................................................................................ 2 :8 6 G $ G G 5 6 9 :5 5 9 $ G C 7

E M P B E H E N D IM E N T O S O E R A E S

M o lh o r n m e n t O B d a C a p i t a l ........................................................................................................................... 5 2 6 :7 9 5 $ 2 3 0
O b r a s d o P o r t o ...................................................................................................................................................... 2 . 9 7 8 :8 7 7 $ 5 3 2

E s t r a d a d e F e r r o S ã o M a t h c u s ............................................................................................................... 3 7 0 :7 4 9 $ 4 1 C

E s t r a d a d e F e r r o A lfr e d o C h o v e s— B e n e v e u t e ......................................................................... 1 0 0 :0 3 -1 5 7 9 7

E s t r a d a d e F e r r o R io D o c e c P o n t o ................................................................................................... 1 . 0 7 9 :5 4 7 $ 3 Ü 0

E s t r a d a d e F e r r o L it t o r n l e I t n p o m i r i m ........................................................................................ 1 .6 5 9 :7 7 9 $ 1 2 1 0 .7 1 5 :7 8 3 5 6 1 6

A tranaportar. 14.221-1345376
Transporto. 14.221 .-43-1*576

B U B V E N O Õ E S

1 G :G G G *G G 5
S a n t a C a sn d c M in c rio o rd in d a C n p i t n l .................................
1 0 :0 0 0 *0 0 0
S a n t a

A n y io
C a a a

D e u » ,
d c C a c h o c ir o

C h r is t o o
d c I t n p e m i r i m .............................

C o n d a d o ,. - .......................................
2:000§0ü0
1 .4 )0 0 *0 0 0
S o c ie d a d e d o S ilo V ic e n t e d c P a u l o ...................................... ..
G 0 0 *0 0 0
A s s o c ia ç ã o

C o llo g io
d a s

N o n n a
S e n h o r a s

S e n h o r a
d e C a r i d a d e ..................................

A u x i l i a d o r a ...................................
8=000*000
1 = 0 0 0 *0 0 0
O rp h n n n to S a n t a L u i z n .......................................................................

A n y lo C o ra ç ã o d c .T c h u 3 .......................................................................
1 =200*000
C o llc g io N o s s a S e n h o r a d a P e n h a d c A le g r a .. .. ..
1 = 4 0 9 *0 0 0
Q y m n n s io
G y in n n s io
d o
S ã o
A l e g r o ..............................................................................
V ic e n t e d c P a u l o ................................................
5=000*000
C o llc g io ít a lo B r n i d l u i r o ......................................................................
E x t e rn a t o J u lia P c n n n . . ...............................................................
2 -.000*000
3 7 :2 G 0 *O 0 O
E s c o la s P r im a r ia » , M n n ic ip a e » c P a r t i c u l a r e s ..................
5=000*000
In s t it u t o

C e n tro
Ilis t o r ic o

E s p ir it o
c G c o g r n p h ie o d o E s p ir it o S a n t o

S a n t e n n c .................................................................
1:000$000
3 :5 0 0 *0 0 0 9 5 :0 2 6 *6 0 5
E m p ro z n s d o N a v e g a ç ã o ....................................................................

C R E D IT O P U B L IC O

S e r v iç o d a D iv id a E x t o r n a :

J u r o s n r> E m p r é s t im o d e 1 3 0 8 e c o n im is s ò c s (P ra . 8 0 2 .3 3 3 ).

J u r o s o A m o rtis n ç õ e s d o E m p r é s t im o d c 19 1 3 (P r s . 1 .6 4 6 .S 2 9 )

S o r v iç o d a D iv id a In t e r n a :

J u r o s d e A p ó lic e s E s t a d u n e s ..................................................................................
J u r o s d o D c p o s it o s d e O r p h ü o s .........................................................................

D iv id a d c E x e r c íc io s A n t e r i o r e s ..........................
1.026j993$055 1 .0 2 6 :9 3 3 *0 5 5

D E B P E Z A S D I V E R S A S

2 3 1 :0 9 1 $ 2 G ?
A p o s e n t a d o r i a s ....................................................................................................... .. ............................................
1 5 :2 6 0 * O IG
A u x ílio s o ... .............................................................................................................................................................
2 0 4 :7 3 2 $ 0 G 9
V n n t n g c n s E s p c c i n c s ............................................................................................... .......................................
1 G 1 :8 2 2 $ 0 0 0
P ro p n g n n d n d o E s t a d o ...................................................................................................................................
9 :2 0 1 *6 1 2
G r n t if ic n ç õ c s P r o - T c i n p o r e ..........................................................................................................................
4 :7 6 5 *G O O
L u z o T e l e p h o n e s .................................................................................................................................................
4 4 = 0 0 0 *0 0 0
“ D iá r io

A lu g u e l
d n

d a
M a n h ã " ..........................................................................................................................................

D e le g a c ia n o I t i o ....................... .. ..........................................................................................
4=200*000
A lu g u e l d n E s c o la d c A p re n d iz e s A r t í f i c e s .................................................................................
1 0 :0 2 6 *0 0 0
R o fo rm n d e L n n c h a s c A n t o m o v c i s ......................................................................................................
1G = 0 5 0 *0 0 0
A u x ilio p a ra D i v e r s õ e s ...................................................................................................................................
C u s t a s J u d i c i n r i n s . . ........................................................................................................................................ 1 6 :9 9 5 *5 9 0

R e fo rm a d o M o b i l i á r i o ....................................................................................................................................

Q u e stõ e s d e L i m i t e s ................................ .... .......................................................................................................


22 : 121^120
S e rv iç o d e P r o p h y la x ia d c M o lé s t ia s V o n o r e a s ......................................... ............................ 3 3 :5 4 0 §0 0 0

.......................................................................................... 2 9 1 :S 6 7 $ 7 4 2 1 .0 6 5 :6 7 5 *7 1 0

L E I S

1 .3 G 2 d o 1 6 — 3 — 1 9 2 3 ....................................................................................................................................... 3 :0 0 0 *0 0 0

1 .5 2 7 d e 4— 7— 1 9 2 3 ....................................................................................................................................... 4 0 :0 0 0 *0 0 0
1 .5 7 9 d e 3 0 — 6 — 1 9 2 G ....................................................................................................................................... S S 1 = 8 0 8 *3 7 3
1 .6 1 1 d o 1— 7— 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 4 9 :0 0 4 *0 8 5
1 .G 1 2 d c 5 — 7— 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 1 5 :8 9 8 5 3 8 5

1 .C 1 G d e 5 — 7 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 1 :2 0 0 *0 0 0

1 .6 1 7 d o 9 — 7 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 2 0 :6 2 5 *0 0 0
1 .6 1 9 d c 1 8 — 7— 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 9 5 :0 0 0 $ 0 0 0

1 .6 2 1 d c 2— 8 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 2 :4 0 0 $ 0 0 0
1 .0 2 2 d e 2— 8 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 3 3 :5 4 0 *0 0 9

1 .6 2 4 d e 9— 8 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 4 5 0 *0 0 0

1 .6 2 5 d c 9— 8 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 500SO O O

1 .6 2 6 d o 1 2 — 8 — 1 9 2 7 ...................................................................................................................................... 1 £ 7 3 *0 6 8

1 .6 2 8 d c 13— 8 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 6 :2 7 5 *4 8 -»

1 .6 3 4 d c 2 4 — 8 — 1 9 2 7 ...................................................................................................................................... 2 5 = 4 5 5 *6 6 2
1 .6 3 5 d o 2 6 — 8 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 1 : 3 7 0 $ 0 f l0

1 . C3G d c 27— 8 — 1 9 2 7 ...................................................................................................................................... 8 2 = 2 5 0 *0 0 0


1 .G 3 8 d c 3 0 — 8 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 9 0 0 *0 0 0

1 .6 3 9 d c 3 0 — 8 — 1 9 2 7 ...................................................................................................................................... 4 6 1 :4 4 1 Ç 2 0 5
1 .6 4 0 d o 3 1 — 8 — 1 9 2 7 ...................................................................................................................................... 4 0 = 4 2 8 *3 8 7
1 .6 4 1 d c 1 9 — 9 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 9 :5 5 0 *0 0 0
1 .6 4 2 d c 2 -1 — 9 — 1 9 2 7 ....................................................................................................................................... 6 5 3 *6 4 7

1 .6 4 3 d o 2 4 — 9 — 3 9 2 7 ...................................................................................................................................... 2 :3 1 0 *0 0 0
1 .6 4 5 d o 2 C — 9— 1 9 2 7 ...................................................................................................................................... 1 :1 2 0 * 0 0 0

1 .0 4 6 d c 2 6 — 9 — 1 9 2 7 ...................................................................................................................................... 2 = 4 0 0 *0 0 0
1 .6 5 1 d c f — 1 0 — 1 9 2 7 ...................................................................................................................................... 5 3 :8 6 9 *5 1 3 1 .8 1 8 :0 8 0 *8 0 9

T O T A L — R s .
1 8 .2 2 8 :3 5 0 *8 2 1

S e c ç ã o d o C o n t a b ilid a d e , 31 d c D e z e m b ro d c 19 2 7 .

V IS T O .

U ly r n c s R ib e ir o , A lx ir o V ia n n n ,

D ir e c t o r d n C o n t a b ilid a d e S e c r e t a r io d n F a z v u d n .
E STA D O 1)0 E . SA N TO 133

Segue abaixo outro quadro, demonstrando o café espirito-san-


tense sahido pelo nosso porto c transportado para o Rio, pela Leopol-
«dina, durante o anno passado, com o respectivo valor o ffic ia l:
O o o o G G O o o
o o G O O o o Cf
o O O O o o o G o
.3 <■> '!> */.* ■V/ '/> •</> '//■ '/> </>
o o o o o o o O o
o o O c o o o o
2 O o o O o o o o o G o o
13 CA 1- CO Cl m l- CO o Cl
Cl T •o •o* «3 o l'- 1.0 CO 1.3 G G
-J a T OI CO ».3 >3 N CO ~2i t3 r—i CO o
< H I-. o 1.3 c i 13 13 rH CO -r •3 Cl 1*
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SERVIÇO DE DEFESA DC CAPE*

D iz o S r . Secretario da F azenda:
“ Pela sua importância como factor economico, é o café un^
“produeto que não deve estar desamparado do apoio o fficia l.
A s grandes especulações dc alta e baixa, que constituem o jogo
•de B olsa nas praças importantes, apenas se attenuam, em seus effei-
134 JI E N S A G E M

tos, pela acção vigilante e energica dos governos, que. e:n dado mo­
mento, intervém no mercado para contei as m anobras.
Já assistimos á quedrTsotírida pelo commercio de borracha,
no norte do paiz, por falta de um apparelho de protecção do produeto.
Ò café, que sustem a nossa grandeza, não podia ficar a mer­
cê das negociações de Bolsa, sem a decisiva assistência official, c as­
sim varias vezes se têm congregado esforços no sentido de dotar com
um mechanismo de defesa o nosso principal mercado.
O convênio de Taubaté, a valorização no Governo Epitacio,
para falar só dos mais importantes, são episodios conhecidos de quan­
tos estudam ou acompanham o que podemos chamar a política do café.
Ultimamente, porém, com o incremento da cultura caféeira nas
Republicas centraes e o ailgmento da nossa producção, mais accentua-
da se apresentou a necessidade de um apparelho permanente de defesa
do nosso ouro negro.
Coube a leaderança do movimento ao Estado de São Paulo,
por intermédio do seu Instituto de Café, que c uma organização mo­
delar a que tive opportunidade de mc referir no meu Relatorio dc
1925• I '
O Instituto convocou para Maio do anno findo uma reunião
dos Estados interessados no problema, realizando-se essa conferência
em sua sede na Capital paulista.
O Convênio então assignado ficou sendo provisorio,- mas todas
as suas medidas foram ratificadas, com pequenas modificações, pelo
Convênio de Setembro, que foi uma assembléa memorável a que com­
pareceram sete Estados brasileiros.
Este Serviço, creado pela lei n . 1.616, de 5 de Julho do anno
proximoí terminado, foi uma resultante dos compromissos assumidos
pelo Estado na assembléa de Maio.
Nesse Congresso, ficou assentado o critério da limitação dos
embarques e, consequentemente, da retenção proporcional dos stocks,
sendo desprezado o antigo critério dos duodecimos.
Com os elementos de estatística que reuni e a que fiz menção
no meu ultimo Relatorio, pleiteei para o nosso Estado uma quota que
nos permittisse attender ás necessidades do~mercado.
Distribuída para o porto de Victoria a quota mensal de seten­
ta e nove mil saccos da producção espirito-santense e vinte e um mil
saccos da producção mineira e cabendo sobre o stock mensal da praça
do Rio a porcentagem de 13 %, — convoquei no meu regresso uma
ESTADO DO E. SANTO 135

retmra-õ-xloò Lulurcs, banqucifo?e commerciantcs, afim de com-


municar os resultados do Convênio e assentar as novas dircctrizcs
do commercio de café.
Houve a principio, como sempre acontece em taes casos aliás,
um certo clamor, não da parte dos verdadeiros interessados, mas de
intermediários ou mesmo de pequenos lavradores que não conheciam o
plano adoptado exactamente para protegel-os das continuas oscilla-
ções e arruinadoras baixas.
Ficou organizado o Serviço de Defesa do Café, instituímos
para custeai-o a menor taxa ouro que vigora nos Estados caféeiros,
contractámos com o Banco do Espirito Santo, de accórdo com a lei
n . 1.616, mencionada, e o decreto n. 8.273, de 20 de Julho do anno
findo, a execução do serviço, ficando desse modo perfeitamente nor­
malizada a situação advinda das obrigações do Convênio.
Foi assim que, em Setembro, quando o Estado se fez repre­
sentar nao reunião para o Convênio definitivo, já estava em pleno
funccionamento a nossa organização.
Nesta assembléa, conseguimos obter o augmento da quota de
exportação para Victoria, que passou a ser de 150.000 saccos men-
saes, sendo 110.000 do nosso café e 40.000 do mineiro, sendo redu­
zida de 1 % a nossa porcentagem sobre o stock mensal do Rio.
Essa solução veiu melhorar a situação da nossa praça, pois com
a diminuição das entradas no Rio e o augmento da quota de embarques
aqui, realizámos a drenagem dos cafés do sul, em grande parte, para a
Capital.
Também o financiamento e a retenção foram estudados e re­
solvidos da maneira mais intelligentc, como sc vê da acta do Convênio.
' ;Y V _ J
approvada em tempo opportuno pelo Congresso Legislativo e na mes­
ma occasião publicada pelo jornal official.
1 * * Án 1 ’ ' V *. #
O exito da frente unica na defesa do café está comprovado
não. só pela própria marcha dos negocios como ainda pelas declarações
feitas pelos mais autorizados conhecedores do assumpto, nos Estados
Unidos,, de que o nosso paiz está inteiramente senhor do mercado mun­
dial daquelle produeto.
R v . ----------—
' Em todo o caso, releva notar que o nosso apparelhamento,
quanto ao commercio do café, ainda exige aperfeiçoamentos, entre os
136 MENSAGEM

quacs avulto o serviço de Bolsa e a installação de' ilfna Caixa Regis-—


tradora, para as operações a termo.
Ainda ha pouco tempo, quando os nossos cafés foram apon­
tados como determinadores de uma ligeira baixa verificada nas offer-
tas de Nova York, tive opportunidade de salientar, em officio que
dirigi ao Presidente do Instituto de Café, que era impossível evitar­
mos essas occurrencias, dada a situação de dependencia em que se
encontra o nosso mercado eiii relação ao do R io.
Para ficar em nossas mãos o controle dos negocios de café,
quer a respeito das transacções, quer sobre os preços pelo typo cío
produeto, estamos cuidando de regulamentar a lei n. 1.297, de 21
de Dezembro de 1927, que crcoit a Bolsa de Mercadorias, devendo
asim entrar esse serviço em execução dentro de breve prazo.
P ara as vendas a termo, são indispensáveis as Caixas Registra­
doras instituídas por lei federal, que facultou a sua organização a
qualquer entidade.
Dadas, porém, as condições da nossa praça, que só agora vae
ter o serviço de Bolsa, julgo conveniente que seja estabelecida uma
Caixa Registradora official ou semi-official.”

A ARRECADAÇÃO D A T A X A OURO

Diz ainda o S r. Secretario da Fazenda:


“ A taxa de $500 ouro por sacco de café, creada pela lei n.
1.616, de 5 de julho do anno passado, para attender ao custeio do
serviço de Defesa do Café e que entrou em vigor no dia 7 de Agosto
do mesmo anno, produziu até 31 de Dezembro ultimo a importância
de rs. 1 ./52:194$765, como se vê do quadro que transcrevemos
abaixo.
A despesa que correu por essa verba attingiu á somma de rs.
717:880$249, estando incluída nessa cifra a quantia de cento e dois.
contos novecentos e doze mil réis (102:912$000), recentemente oaga
ao Instituto de Café do Estado de São Paulo, relativa á quota de pro­
paganda no trimestre de Setembro a Novembro do anno findo.
Pelos Armazéns Reguladores — Victoria — passaram até 31
de Dezembro ultimo 153.529 saccos de café e pelos Armazéns Regu­
ladores — Rio, no mesmo período, 93.867 saccos.
ESTADO DO E . SANTO 137

------ Por occasiào do ultimo Convênio de São Paulo, foi al-


vitrada e discutida a conveniência de se uniformizar, em todos os Es­
tados caféeiros, a taxa ouro dc rs. 1$000 por sacco para a defesa do
café.
Realmcnte, para manter um apparelhamcnto completo como o
que iremos organizar, não é suíficiente uma taxa inferior a mil réis
ouro.

Segue o quadro referente á arrecadação da taxa de quinhentos


réis ouro dentro do período de 7 de Agosto a 31 de Dezembro do anno
trans.acto, discriminando a cobranga feita mensalmente em cada posto:
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138 MENSAGEM

FINANCIAM ENTO DO C A F E ’ RETIDO

Pela disctribuição das quotas de exportação destinadas ao


Porto de Victoria, a retenção feita neste porto não tem excedido a
110.000 saccos e para isso os exportadores e os bancos locaes têm
servido aos productores sem interferencia do Governo.
Quanto á exportação pelo porto do Rio de Janeiro, houve ne­
cessidade de reter mais de 200.000 saccos. Durante muitos mezcs a
firma Vivacqua. Irmãos & Cia., encarregada dos armazéns regulado­
res, fez com os seus proprios recursos e o seu credito bancario os
supprimentos que se foram tornando necessários aos productores,
mediante warrantagem do café, conforme ajuste com seus posuido-
res. Em 11 de Novembro de 1927, tornando-se muito elevada a
quantia por ella empregada nessas operações, excedendo a seis mil
contos, teve ella necessidade de um reforço de credito junto ao Banco
ítalo Belga, que o Governo deu, primeiro para mil contos e depois, em
17 de Janeiro ultimo, para mais 60.000 libras esterlinas. Esse reforço,
dado por um contracto com aquelle banco, tem um effeito puramente
nominativo, visto que a garantia é a do proprio café vvarrantado. Em
3 de Abril ultimo, tornando-se onerosa a retenção, visto que a firma
pagava os impostos e o frete do café retido, logo ao retiral-o das esta­
ções ou trapiches, precisou que o Governo lhe facilitasse, com respon­
sabilidade directa do Estado o empréstimo de 3.000 contos, garanti­
do por contracto com a mesma firma, pelo proprio café retido, como
despesas diversas dc frete, carreto e outras que o oneram e que têm a
preferencia obrigatória de pagamento. •
Por essa forma está quasi terminada a safra de 1927 com uma
retenção de café visível, de 300.000 saccos, sem sacrifício directo do
Thesouro, que tem recebido até os impostos de exportação do que
tem sido destinado ao Rio.
Garantido com o proprio café, como está o Governo e tendo
como respoijsavel directo uma firma conceituada, de amplos recursos,
considero felizmente vencida por nós essa primeira quadra de encar
gos provenientes do convênio do café, medida sabia que vem produzin­
do bom resultado.

EMPRÉSTIMOS TOMADOS COM O BANCO ITALO-BELGA

Com o proposito firme de resgatar o empréstimo de 1908, pelos


motivos já expostos, não só empreguei na compra de francos grande
ESTADO DO E . SANTO 13 9

parte do saldo orçamentário de 1924, como fechei contractos de cam­


bio para a compra de francos logo que cllc desceu a 300 reis, para avul-
tadas parccllas. pois que o resgate exigia perto de quarenta milhões.
Durante certo periodo o cambio francez continuou a peorar e fui to­
mando mais cambiaes, ao mesmo tempo que era obrigado a cobrir as
differenças para menos cm relação ao preço das que eu havia tomado.
Empreguei desse modo sommas importantes, que retirei da receita,
difficultando de modo bem apreciável a execução das obras diversas
por mim iniciadas c me obrigando a operações de credito a curto prazo.
Depois de ter estado a menos de 180 réis, o franco se elevou novamen­
te e resultou que as compras contractadas de cambiaes me permitti-
ram obter um preço medio muito favoravel para o deposito que tive
de realizar em P a ris .

P ara taes operações cu podia collocar apólices internas do Es­


tado, porém, achei prudente não expor o seu credito a algum revez «•
preferi fazer operações bancarias a prazo de 4 e 5 annos, que me fa­
cultou o Banco ítalo Belga, prestando ao meu Governo um valioso ser­
viço, de modo a ter eu podido continuar com prudência, porém, sem
interrupção, as obras diversas que foram executadas em meu qua-
driennio e vão mencionadas na parte desta mensagem relativa’ a taes
trabalhos.

Tomei primeiro em Março c Abril de 1927 um empréstimo de


£ 150.000, referido em minha ultima mensagem. Este empréstimo
foi ao par, a juros de 8 % ao anno c autorisado pela lei n . 1.580 de 30
de Julho de 1926, considerado como antecipação de receita.

Verificando a impossibilidade de satisfazer com a receita or­


dinária o resgate do empréstimo de 1908 e a execução das obras, con-
tractei com o mesmo banco, cm Outubro do mesmo anno, novo em­
préstimo de 1.750.000 dollars, deduzindo deste o saldo devedor do
empréstimo anterior. Este empréstimo foi aos mesmos juros de 8 %,
ao tvpo de 97 líquidos e prazo de 5 annos, constituído por 350 obriga­
ções de 5.000 dollars cada uma, dividida em nove séries,, para am orti-
sação seniGstral e garantido com o imposto de exportação de café pelo
porto do Rio.

Prevendo ainda a deficiência da arrecadação para cobrir a


retirada feita da receita ordinaria, com os resgates conhecidos da di­
140 MENSAGEM

vida francesa, contractei em Março do corrente atino a ampliação cio


dito empréstimo, nas mesmas condições para 2.500.000 dollars.
Como o seu prazo é somente de 4 annos, o seu serviço de juros
exige uma contribuição mensal de 510 contos, que ficam retidos cm
conta especial, a juro, para resgates semestraes das obrigações assu­
midas. E sta ampliação do dito empréstimo foi constituída por 300
obrigações de 2.500 dollars, nas mesmas condições, estando o seu
custeio incluído na quota acima mencionada,.tanto de juros como de
amortisação. Este empréstimo, comprehendidas as duas parcellas,
levado em conta o fundo constituído para juros e amortização, deve
representar na presente data 17.347:000$000, calculado o valor do
dollar a 8$300 réis.

BANCO DO ESFIPuITO SANTO

E ' felizmente muito prospera a situação desse banco, que tem


á sua frente homens dedicados, competentes e conhecedores dessa es­
pecialidade .

Muito interessado sempre pelo seu desenvolvimento, evitei qual­


quer interferencia do Governo em seus negocios, para que seus dire-
ctores orientassem seus passos só de accordo com os interesses do
Banco e interesses geraes do Estado. Desembaracei-o tanto quanto
me foi posivel das empresas em que tinha capital immobilisado e assim
lhe permitti facil execução de seu programma expansivo por todo o
üstado, tendo elle já agencia ou filial em vários municípios.
Sempre procurando facilitar tudo ao Governo, tem elle por ve­
zes servido ao Estado e, reciprocamente, em todas as opportunidadcs.
Assim vem servindo de longa data como intermediário do E s­
tado para o resgate dos nossos empréstimos francezes e em varias'
outras operações do Governo.
N a execução do convênio do café, como na administração da
usina Paineiras e da fabrica de cimento Monte Libano tem sido im­
portante a sua collaboração. Também muito'tem servido ao Estado
na liquidação de vários créditos de tempo anterior ao contracto de con-
sorcio. pelos quaes, em virtude do mesmo contracto é o Estado res­
ponsável . Por tudo isso aqui deixo consignados os meus agradeci­
mentos .
Exportação de café do Estado do E. Santo pelo porto do Rio de Janeiro
durante o anno de 1927

!.• S e m e stre 2 .° S e m e it r e AHK0


P A I Z E S P O R T O S D E D E S T I N O
H u o o a i H it o o t U ) H u u u u a

, E U R O P A

A U c u i n n h a ......................................................... 2 . M G 1 9 .9 0 3 2 2 .0 -1 9 H a m b u r g o c R r e m o u

B o l f f i c n ................................................................. 3 .0 2 1 9 .3 7 8 1 2 .3 9 9 A n t u é r p ia

D i n a m a r c a ........................................................ 1 .7 0 2 3 .4 3 8 5 . 1 4 0 C o p o n h a g n c

F i n l â n d i a ............................................................ • 1 .5 7 5 3 .5 7 9 8 .1 0 4 H c ls in g f o r s e A b o

F r a n ç a .................................................................. 1 8 .3 1 3 1 0 .6 5 3 3 7 .8 6 6 IJ n v r c , B o r d c n u x c M a r s e lh a
G r o c i a .................................................................... 1 .3 1 0 8 7 5 2 .1 8 5 P ir e u
H c J i p n n l i n ........................................................... 1 .2 6 0 5 5 0 1 .8 1 0 V ig o o B a r c e lo n a
I l o l l u n d u ............................................................. - 2 .7 0 0 1 4 .9 3 9 1 7 .0 3 9 A m s t e r d a m
I n g l a t e r r a .......................................................... 1 2 2 9 2 3 0 L o n d r e s o G lu u g o w
I t a l i n ...................................................................... 2 2 .6 8 2 5 0 .3 2 6 7 3 .0 0 8 T r ie s t e , N n p o le a c G ê n o v a
N o r u e g a .............................................................. 2 .2 5 0 2 .7 8 0 5 .0 3 0 O iilo
P o l o n i a ................................................................. 1 2 5 2 5 0 3 7 5 V ia D n n t x ig
P o r t u g a l ............................................................. 4 .9 6 1 2 .7 4 4 7 .6 9 5 L ls b ô a e L o ix õ c s
P o sse ss õ e s i n g l e s a » ................................... 2 1 8 9 1 2 1 .1 3 0 M a lt a n G ib r n lt n r
R u m n n i n .............................................................. — 5 0 5 0 C o n a ta n z a
S u é c i a .................................................................... 9 .5 1 8 1 3 .2 8 3 2 2 .7 0 1 S t o c k o lm o , M n lm o c O o t e b o r g
T u r q u i a ................................................................ 6 2 5 1 .4 3 8 2 .0 G 3 C o n w t a n t in o p la
V á r i o s .................................................................... 1 .9 1 2 1 4 3 2 .0 5 5 ( A m o s t r a s c c o n s u m o d e b o r d o )

T O T A L ..................................................... 7 7 .3 0 9 1 *1 4 .2 7 0 2 2 1 .5 7 9

A S l A

P o s s e s s ã o p o r t u g u e s a ............................ 1 5 1 5 M a c a u
S y r i n ....................................................................... 2 CO 2 5 0 S m y r n o

T O T A L ..................................................... 2 5 0 1 5 2 6 5

A F R I C A

! nprj|
A l g e r i n ................................................................. 2 5 .3 0 3 1 8 .8 7 4 4 4 .1 7 7 A l g c r o O r n n
E g y p t o .................................................................. 1 .0 0 0 1 .0 0 0 A le x a n d r ia
M a r r o c o s ( f r a n c o s ) .............................. 1 2 5 2 5 0 3 7 5 C a s a B ln n e n
M a r r o c o s ( h c s p n n h o l ) ...................... 2 5 0 2 5 0 C o u t a
S e n e g a l f r a n e e r ........................................... 2 5 0 2 5 0 D a k a r
T u n i s i n .................................................................. 1 2 5 3 1 3 4 3 8 T u n is
U n iã o S u l A f r i c a n a ............................... 8 .5 9 7 1 3 .5 2 8 2 2 .1 2 5 C a p T o \ r a , D u r b a n , E . L n m lo n . D . B o y

T O T A L ..................................................... 3 5 .4 0 0 3 3 .2 1 5 6 8 .6 1 5

A M E R I C A

A r g e n t i n a ........................................................... 1 4 .9 4 3 6 .3 9 5 3 1 .3 4 3 B u e n o s A ir e s c R o s á r io
C h i l e ....................................................................... 3 .2 4 3 1 .2 G G 4 .5 0 9 V o lp n r n lz o , A n t o f o g n s t n c P u n t a A r e n a
E . U . d a A m e r i c a .................................... 1 6 .7 3 2 3 0 .1 4 7 4 6 .8 7 9 N o v a O r le n iiH c N o v n Y o r k
P a r a g u a y ............................................................ 3 0 3 0 A s s u m p ç ü o
P e r í i ........................................................................ 7 0 7 0 Iq n it o s
P o s s e s s õ e s i n g l e z n s ................................... 1 7 5 3 5 8 5 3 3 B a r b a d o s
U r u g u a y .............................................................. 3 .6 2 5 3 .5 0 6 7 .1 3 1 M o n t o v id ío

T O T A L ..................................................... 3 8 .7 5 3 5 1 .7 4 2 9 0 .4 9 5

E s t a d o s : B R A S I7 . »

A m o z o n n s .......................................................... 3 .4 8 0 2 .0 5 2 5 .6 3 2 M a n d o s c It a c o o t iá r n
P a r á ........................................................................ 3 .6 1 2 3 .0 6 1 6 .6 7 3 B e le m e S a n t a r é m
M a r a n h ã o .......................................................... 1 .2 3 5 3 9 5 1 .G 3 0 S u o L u ir
P i a n h y .................................................................. 4 2 5 9 0 5 1 5 A m a r r a ç ã o
C e a r á ..................................................................... 2 .0 G 5 1 .7 2 5 3 .7 9 0
F o r t a lc r a e C n m o c im
R io G r a n d e d o N o r t e ............................ 6 0 1 .0 4 9 1 .1 0 9 N a t a l o M o x s o r ó
A l a g ô a s ................................................................ 2 7 6 1 5 5 4 3 1 M a c c iõ
P a r a n á .................................................................. 1 1 0 1 1 0 P a r a n a g u á
S a n t a C a t h n r i n a ....................................... .. 4 4 5 4 6 0 9 0 5 F lo r in n o p o lis , S ã o F r a n c is c o e It a j a liv
R io G r n n d o d o S u l .................................... 8 .7 9 0 5 . 9 7 0 1 4 .7 6 0 P o r t o A le g r e , P e lo t a s o R io O r a n d o *

T O T A L ..................................................... 2 0 .3 8 8 1 5 .0 6 7 3 5 .4 5 5

T o t a l e x p o r t a d o ......................................... 1 7 2 .1 0 0 2 1 4 .3 0 9 4 1 0 .4 0 9

S c c ç S o d a E s t a t ís t ic a , c m 1 5 d e F e v e r e ir o d e 1 9 2 8 .

V IS T O .
J o s 6 L u g o n ,
ALdro Viawia,
D ir e o to r .
S e c r e t a r io d a F a x e m la
QUADRO DEMONSTRATIVO DA EXPORTAÇÃO DE CAPE' PARA
PORTOS DO PA1Z E DO EBTRANOEZRO, PELO PORTO
DJ3 VIOTORIA, NO ANNO DE 1927

Prcdiicio do Pioíacto do
T.. Sinto TOTAL
P. do Hlua

EU RO PA

F r a n ç a ...................................................................... 7 2 .0 2 2 17.505 89.527


I tn lia .......................................................................... 62.103 15.131 7 7 .5 3 4
S u é c ia ........................................................................ 15.226 10.949 2 0 .1 7 5
B élg ica...................................................................... 13.875 7 .5 0 9 2 1 .3 8 4
H o lln n d n .................................................................. 14.535 5 .4 7 7 2 0 .0 J 2
A llem unlm ............................................................... 10.184 2 .3 9 1 22.575
D inunm rcu............................................................... 2 .5 0 0 250 2 .7 5 0
I n g la te r r a ................................................................ 1 .7 5 0 - -
1 .7 5 0
F in lâ n d ia ................................................................. 750 -
750
N o ru e g a .................................................................... 504 121 625
D n n tju g ..................................................................... 460 105 565
I lo s p u n liu ............................................................... 375 63 438

T O T A L .......................................................... 194.584 59.501 25 4 .0 8 5

Á S IA : s

T u rq u c stã o .................................................... .. 880 500 1 .3 8 6

A FR IC A '

A rg é lia ................................................................... 2 .2 0 7 1 .2 9 6 3 .5 0 3

A M E R IC A

E sta d o s U nidos d a A m erica do N o r te .. . . 56 5 .1 8 9 153.701 7 1 8 .8 9 0

B R A S IL

A m a z o n a s ............................................................. 7 .4 1 6 1.990 9 .4 0 6
P a r á ........................................................................... 19.800 4 .7 4 0 2 4 .5 4 0
M a ra n h ã o ................................................................. 4.151 759 4 .9 1 0
P i a u l i y ..................................................................... 140 — 140
C e a rá ......................................................................... 3 .6 1 6 1 .7 8 4 5 .4 0 0
Rio G ran d e do N o rto ......................................... 5 .7 7 7 1.791 7 .5 6 8
P nrnhylm ........................................................... • . . 515 350 865
P e rn a m b u c o ............................................................ 46.145 680 46.825
S e rg ip o ..................................................................... 230 — 230
D istricto F e d e r a l.................................................. 4 .9 0 5 782 5 .6 8 7
•São P a u l o ............................................................... 1 — 1
Rio G ran d e do S u l .............................................. 2 8 .5 5 5 3 .4 2 4 3 1 .9 7 9

T O T A L .......................................................... 121.251 16.300 137.551

R E C A P IT U L A Ç A O

E U R O P A .............................................................. 194.584 59.501 254.085

A S I A ........................................................................ 886 500 1 .3 8 6

A F R IC A ............................................................... .. 2 .2 0 7 1 .2 9 6 3 .5 0 3

A M E R IC A .......................................................... 565.189 153.701 718.890

B R A S IL . . . . . . ............... . . ^ . 121.251 1 0 .3 0 0 137.551

T O T A L ......................................................... 884.117 231.298 1 .1 1 5 .4 1 5

Sccsno ‘d a E s ta tís tic a , 14 do F c v o re iro do 1928„

JO SE * LTJGON, D ir é c lo r .
EXPORTAÇÃO DE GAFE* PELO PORTO DE VIOTORIA, NO ANNO DE 1927
Seeção da E statística, 14 de Fevereiro de 1928.
'r-Z*

QUADRO DEMONSTRATIVO DOS EXPORTADORES DE OAFE’, PELO


POETO DE VIOTOBIA, DURANTE O ANNO DE 1927
flrrecadaçao feita pelas Qollectorlas e pela Delegada do Thesouro do Estado,
no exercido de 1926-1927

A rre c a d ad o dc J u lh o A rre c a d a d o d e J a n e ir o A rre c a d a ç ã o to ta l


C O L L E C T O R IA S
a D ez e m b ro d c 1926 a J u lh o d c 1927 d o e x e r c id o

A ffo n s o C l á u d i o ..................................................... 67:410Ç 411 Ü l :321$378 1 2 3 :731$792


A le g r e ............................................................................. 1 1 3 :364$14G 1 0 5 :642$218 219:0065364
A lf r e d o C lia v c s ......................................................... 2 5 :694$007 1G :818?Ü11 42:5125G 18
A n c h i c t a ........................................................................ 1 9 :957$08G 10:082$188 3 0 :0395574
B a ix o G u a n d u ......................................................... 3 1 :577$09C 29 :-15-i$603 G l:0315699
B a r r a d e I t a b a p o a n a ........................................... 1G :981§0ÜU 1 5 :2G0$900 32:2415900
B a r r a d o I t n p c m i r i i u ............................................. 2 3 :380$219 1 4 :G42§970 38:0235180
B o m J e s u s d o I t a b a p o a n a ............................... GG3:06-1Ç671 2 8 1 :505$1Ü0 044:569$771
C n c h o e iro d c I t a p e m i r i m ..................................... 85 :292$9B1 5 3 :978§925 1 3 9 :271590G
C a lç a d o .................................................... ; .................. •13 :lG5Ç3G-i 50 :G20$G9G 9 3 :786$060
C a r in c ic a ....................................................................... 1 7 :085§Ü7Ü 14:521§911 3 1 :G06$981
C a s tc llo .......................................................................... G1:29G$185 58:226í?219 119:5225-104
C id a d e d o E s p ir ito S a n t o .................................... 9 :331$500 1 5 :4 9 4 5 0 4 0 21:8255540
C o n c e iç ã o d a B a r r a ............................................... 32 :G-1-1Ç813 7:99SÇ300 40:643$145
C o l l a t i n a ...................................................................... 117 ;296§42G 7 7 :008Ç102 194:3045528
G u o r a p a r y .................................................................... 4 4 :3 7 9 5 3 8 3 19:2 1 4 § 8 2 0 63:5945203
I t n g u a s s ú .................................................................... 5 1 :940$925 4 0 :7 8 5 $ 7 7 2 9 2 :726$G97
L i n h a r e s ........................................................................ 33 :G13$9ÜU 22:781Ç-100 53:3955300
M im o so ........................................................................... 2 9 :853?950 2 3 :2275200 53:0815150
M o n iz F r e i r e ............................................................... 2 3 :391§G5ü 18:2 3 2 5 1 0 0 41 :G23$750
N a t i v i d a d e ................................................................. 28 :G68S100 9:4745199 33:1425299
P a u G ig a n te ................................................................ 3 8 :077§182 2 0 :4 8 1 5 3 4 4 53:5585826
P h i m a ............................................................................. 2 2 :258§5GÜ 23:6 3 5 5 3 0 0 45:8935800
P o n te d c I t a b a p o a n a ............................................. 3 0 :7 6 5 5 2 1 1 35:9 5 3 5 6 0 1 03:7185812
P r í n c i p e ....................................................................... 1 2 3 :733Ç70Ü 28 -.0835700 151:8175-100
l t i a c h o ............................................................................ 3G í 966$129 8 2 :5 1 7 5 5 5 0 6 9 :483$679
R io N o v o ...................................................................... 1 0 :81-J$250 5 :91GS01G 1 6 :730Ç266
lí i o P a r d o .................................................................... 1 9 :503$337 10:01G§97G 29:520$313
R io P r e t o ...................................................................... 5 4 :39G$G95 37:34-15920 91:7415015
S a n ta C r u z ........................................................... 1 2 :790ÇG10 10:S305094 23:620$710
S a n ta I s a b e l ................................................................ 3G :G85ÇG85 29:G5S5259 66:3435944
S a n t a L e o p o ld in a .................................................... 4G :23S§773 62:8 7 8 5 8 7 7 109:1175650
S a n ta T h c r e z a ........................................................... 1 4 5 :512$627 S7:810$309 2 3 3 :352$936
S ã o M a t h e u s .............................................................. 5 1 :850$832 G6:975$840 118:8265672
S ã o J o ã o d o M u q u y ................................................ 3 2 :268$18S 33:993$97G 6 6 :2G0$1G4
S ã o P e d r o d o I t a b a p o a n a . . ............................. 3 9 8 :288Ç092 1 5 7 :540$673 5 5 5 :828$765
S e r r a ............................................................................... 1 0 :026$220 10:90G$350 20:9325570
T im b u h y ....................................................................... 9 :4 8 1 $ 9 0 0 . 7:8 6 2 5 3 0 0 17:344$200
V e a d o ............................................................................ 3 9 :40G$988 27:488$783 66:895$771
V i a u n a ........................................................................... 1 1 :75G§600 6:0015281 17:7575881
P o s to F is c a l d e C a j u b y ...................................... • 1:5535400 1:5535400
D e le g a c ia d o T h e s o u ro d o E s ta d o n o R io
d e J a n e i r o ............................................................. 1 3 3 :773§800 133:453$558 267:2275358

S O M M A ............................................................... 2 .8 0 3 :9 8 4 5 5 4 3 1 .7 7 7 :2 2 3 $ 0 5 9 4.581.-2075602

S ec ç ã o d e C o n ta b ilid a d e , 30 do S e te m b ro d e 1 9 2 7 .
V IS T O ..
m y s s e s R ib e iro , A l d r o V ia n n a ,
D ir c c to r d a C o n ta b ilid a d e . S e c r e ta r io d a F a z e n d a .
Palanceíe da escripta geral do Thesouro do Estado, extrahido em 31 de Pezembro de 1927
A C T IV O ■ * : '*

C a ix a ............................................................................................................................... « * * 310:322$717
C o lle c to ria s d o E s ta d o c / d c S ü llo s............................................................... 43:6 5 7 $ 6 0 0
C o llc c to rin fi.................................................................................................................. • 205:059$880
C o n ta s C o r r e n te s ...................................................................................................... 2 4 .1 3 0 :900$102
C a u ç õ e s ............................................................ ............................................................. 5 . 7 7 6 :700$0ü0
D iv id a A c t i v a ............................................................................................................. .. ■. 144:101$359
D e p o s ito s o C a u ç õ e s p a r a G a r a n tia s D iv e r s a s ................................... * * 413:081$G 24
D e v e d o re s em c / do H a b ita ç ã o p a r a F u n c c io n n r io s ......................... 1 .8 8 1 :G60$G59
D e s p e d a ...................................................................................................... . 18.228:350$821
E m p r é s tim o s aoí^ M u n i c í p i o s ............................................................................ ’ 142:544$000
H y p o th c c a s p a r a G a r a n tia s D iv e r s a s ........................................................... . 223:0 0 0 $ 0 0 0
O b rig a ç õ e s o R e c e b e r ............................................................................................. * * 1 . 2 1 4 :968$320
P a tr im ô n io d o E s t a d o ............................................................................................. 3 0 .6 5 0 :192$277
R e s p o n s a b ilid a d e s .................................................................................................... • 88:33G$738
S e llo A d h e s iv o ........................................................................................................... ' 1 . 4 3 9 :657$60P
T itu lo s e V a lo r e s :

A p ó lic e s P e d c r a c s ...................................... 7 :onosooo


A p ó lic e s E s t a d u a c s .................................... 6i OOOSOOO
A p ó lic e s M u n ie ip a e s .................................... 83 :000.$000
A cçõ es d o B a n c o d o E s p ir ito S n n to 1 .9 9 4 :000$000 »
A cçõ es d a C o m p a n h ia T e r r i t o r i a l . . 8 .3 9 8 :4 0 0 8 0 0 0 5 . 4 8 8 :400$000

T itu lo s cm C o b ra n ç a 3 5 7 :381$378

P A S S IV O

C a ix a B e n e f ic e n te d a F o r ç a P a b lic a . . . 3 4 :857§987
C a ix a B e n e f ic e n te “ J e r o n y m o M o n te ir o ” 3 1 8 1733$490
C a u ç õ e s d o s S e rv iç o s d c A g u a e E s g o to s . 7 3 :231$300
A lu g u e l d c T e r r a s ................................................ 2 3 :827$247
C o n ta s C o r r e n te s ..................................................... 2 .0 9 9 :746$399
D e p o s ito s cm D in h e ir o .................... ................... 658:476$791
E m p r é s tim o E x te r n o d c 1 9 0 8 ........................ 2 .5 2 4 :667$460
E m p r é s tim o E x te r n o d c 1 9 1 9 ........................ 1 0 .2 2 3 :603$215
E m p r é s tim o I n t e r n o .............................................. 1 4 .7 9 4 :800$000
E x e r c íc io s F u t u r o s ................................................ 1 3 .1 6 4 :725$560
G a r a n tia s D iv e r s a s ................................................ 6 3 6 :081§624
I m p r e n s a E s t a d u a l ............................................... 4 :505$500
M e d iç õ e s d c T e r r a s a P a g a r ........................... 3 0 :811$784
O rp lm o s e A u s e n t e s .......................................... 9 6 :887$286
O b rig a ç õ e s a P a g a r ............................................... 1 5 .9 9 2 :623$710
R e c e i t a ......................................................................... 1 3 .1 8 5 :825$212
S e rv iç o d e D e fe s a d o C a f é ............................. 1 .1 3 7 :216$516
T itu lo s C a u c io n a d o s - ........................................... 5 .7 7 6 :700§000

9 0 .7 7 7 :321$081 9 0 .7 7 7 :321$081

S e c ç ã o d a C o n ta b ilid a d e , em 31 d c D e z e m b ro do 1927
VISTO.
ü ly s s e s R ib e iro , n A lz iro . V ia n n a ,
D ir e c to r . S e c r e ta r io d a F a z e n d a
CO N TA S C O R REN TES
BALANCETE EXTRAHIDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 1927

B a n c o M e r c a n til d o R io d e J a n e i r o .......................................................................................... 725$400


B a n k o f L o n d o n & S o u th A m e ric a L t u .................................................................................!,r 1:278§000
B a n c o A llc m ü o T r a n s a tlâ n tic o , c / d e p o s ito s d e t e r c e i r o s ........................................ '* 199:505§150
B a n c o H y p o th c c a v io c A g ric o U d o E s t a d o d e M in a s G e r u e s ................................ 1 7 :1 9 8 § 4 0 0
B a n c o d ô E s p ir ito S a n to , c /r c s p o n s a b ilid a d e s .................................................................. 1 :9 4 2 § 2 0 0
B a n c o d o E s p ir ito S a n to , c /S c r v iç o d e D e fe s a d o C a l o ............................................... 313:350§470
B a n c o d o E s p ir ito S a n to , c /c s p c c ia l e m f r a n c o s , í r s : 2 2 .8 0 7 .0 0 3 ,7 0 , a § 5 0 0 .. 1 1 .4 0 3 :951§S50
B a n c o í t a l o B e lg a , c /c s p e c in l cm f r a n c o s , í r s : 1 0 .5 0 1 .0 5 0 ,9 2 , a § 5 0 0 .. . . 5 . 2 5 0 :525§460
B a n q u e d e P a r i s e t d e s P a y s B us, c / d c re e m b o lso d a s o b rig a ç õ e s d o e m p ré s ­
tim o d e 1894, f r s : 2 5 6 .3 7 0 ,0 0 , n § 5 0 0 ...........................................‘ ............................... 128:185§000
B a n c o F r a n c c z & I ta lia n o , c /c s p e c ia l, cm f r a n c o s , f r s : 4 7 .8 6 4 ,9 5 , a $ 3 0 0 .. . . 23:9 3 2 § 4 7 5
B a n c o í t a l o B e lg a , c /m o v im c n to cm fr a n c o s , f r s : 2 9 .5 6 6 .3 5 , n § 5 0 0 ................. 1 4 :7 8 3 $ 1 7 5
B a n c o I ta lo - B e lg a , c /m o v im c n to ................................................................................................ 177 :008§200
B a n c o í t a l o B e lg a , c /v in c u la d a e s p e c ia l.............................................................................. 1 . 4 0 8 :944§400
C o m p a n h ia T e r r i t o r i a l ..................................................................................................................... 267:4 3 7 § 5 1 9
C im p a n h ia C e n tr a l B r a s ile ir a d e F o r ç a E lé c tr ic a , c / d c p o s i t o ................................ 3 0 0 :0 0 0 § 0 0 0
C r ó d it F o n c ie r d u B r é s il, c /d e p o s ito ...................................................................................... 2 . 0 0 0 :000§000
D e le g a c ia d o T h e s o u ro d o E s t a d o .............................................................................................. 11:6 5 0 $ 4 3 3
D e le g a c ia d o T h e s o u ro d o E s ta d o , c /d e p o s ito d e t e r c e ir o s ...................................... 37.-132Ç200
D e le g a c ia d o T h e s o u ro d o E s ta d o , c / a r e c e b e r ................................................................ 63:3 0 3 $ 0 0 0
F . S o a re s & C i a .................................................................................................................................... 280Ç754
J o ã o F e r r e i r a S o a r e s ......................................................................................................................... 3 3 :6 0 0 $ 0 0 0
M o a c y r M o n te ir o Á v id o s, c / d c a d e a n ta m e n to , f r s : 7 3 .3 3 1 .S 0 , a §500 ................ 36:6G 5§900 *
M a rio L o p e s d e R e z e n d e ................................................................................................................. 9 :4 7 1 $ 6 3 0
P o s to F i s c a l ........................................................................................................................................... 1 1 4 :471$S00
T h e L e o p o ld in a R a ih v n y C o . L t d . , c / a r r c c a d a e ã o ........................................................... 1 . 1 3 1 :016$529
D iv e r s a s C o n ta s ................................................................................................................................... 1 . 1 9 3 :H40$157
B a n c o F r a n c e z & I ta lia n o , c /m o v im c n to .............................................................................. 6 3 :152§680
B a n c o C o m m e rc in l d o E s ta d o d e S . P a u l o ........................................................................ 30$400
B a n c o d o E s p ir ito S a n to , c /U s in a P a i n e i r n s .................................................................. 7 4 3 :9 U $ 1 8 0
B a n c o d o E s p ir ito S a n to , c /L iq u id n ç ã o d e I m m o v c i s .............................................. 2 3 1 :922§590
B a n c o d o E s p ir ito S a n to , c /m o v im c n to ................................................................................ 7 8 :179$080
C ia . C e n tr a l B r a s ile ir a d e F o r ç a E lé c tr ic a , c / d c m a te r ia e s a s e re m d e b ita d o s 2 4 8 :818$498
G e n e ra l E le c tr ic S . A ..................................................................................................................... 3 6 :865$970
S o c ic td d e C o n s tr u c tio n d u P o r t d c B a h i a ........................................................................... 5 6 5 :432§211
S a n t a C a sa d a C a p i t a l ..................................................................................................................... 2 0 :237$700
T h e L e o p o ld in a R a ilw n y C o . L t d . , c / t r a n s p o r t e s ........................................................ 1 1 1 :196$090

2 4 .1 3 9 :900§102 2 .0 9 9 :746$399

S e c ç ã o d a C o n ta b ilid a d e , cm 31 d e D e z e m b ro d c 1927.
V IS T O .,
U ly s s e s R ib e iro , A l a r o V ia n n a ,
D ir e c to r . S e c r e ta r io d a F a z e n d a
Quadro demonstrativo da Receita e Pespeza no quatriennio de 1924 -1928
•o

Secção da Contabilidade, em 15 de Fevereiro de 1928.


• VISTO.
Ulysses Bibeiro, Alziro Vianna,
Direcfcor. Secretario da Fazenda.
QUADRO DEMONSTRATIVO DA EXPORTAÇÃO DE CAPE» DO ESTADO
(1903 — 1927 )

ANNOS Kilos Vnlor officlol Direitos pagos

1903............... 42.018.572 18 .0 3 5 :432$888 2.169:1825888


1904.............. 30.40G.517 18.590:1755730 2.234:153Ç-463
1905............... 13.601.C14 15.015:4565091 1 .7 2 1 :263$662
1908 . . s . . . , 33.329.638 14.699:615$907 1.763:953§907
1907.............. 44.856.221 16.649:611$295 1.997:9535352
1908 42.501.207 14 .6 2 8 :854$980 1 .7 7 3 :5775887
1909............... 27.667.631 12.1 7 3 :575§058 1.460 :S28$235
1910.............. 24.478.255 12.229:8625998 1.469:9385129
1911............... 29.034.440 23 .0 4 9 :694$817 2.766:3485064
1912.............. 34.095.554 29.676:5081852 3.561:273§155
1913............... 35.854.201 22 .8 3 2 :018$672 2.740:2785951
1914.............. 37.750.105 17 .6 2 8 :4G4$395 2 .1 1 5 :440?873
1915.............. 58.092.942 2 8 .4 7 1 :066$976 3.416:5285037
1916.............. 42.778.277 26.650:9625100 3.198:1125356
1917............... 43.338.588 23 .7 2 6 :211§325 2.847:145§359
1918.............. 40.042.320 24 .7 6 5 :971§000 2.971:9165520
1919............... 48.151.230 59 .1 0 1 :628f567 7.092:1955428
1920.............. 50.783.653 4 7 .5 3 2 :438§099
1921............... 5.703.8925571
66.242.026 71.863:367§750 8.623:6045130
1922.............. 60.872.660 90.657:567$23G
1923............ 10.878.-90850S8
64.312.504 115.522:704$159 13.862:724?499
1924.............. 76.850.745 206.412:134$350 24.757:9395068
192o............... 73.203.780 209.866:926§818
1920.............. 25.184:031$218
74.666.040 181.635:573$300 21.796:1985846
1927............. 82.093.080 188.909.-8935550 22.669:187$234

Seeção da Estatística, em 15 de Fevereiro de 1928.


JosÔ Lngon,
Direcfcor.
Confere. VISTO.
Ulyases Ribeiro, Arnro Vianna,
Director da Contabilidade. Secretario da Fazenda.
QUADRO DEMONSTRATIVO DA EXPORTAÇÃO GERAL DO ESTADO,
(1008 — 1927)

ANNOS Vntor offíclnl Direitos pagos

3908, 1 6 .2 8 2 :619$713 1 .9 3 1 :114$655


3909. 13.841:802|883
1910. 1.71O:134$590
1 4 .6 9 7 :527$113 1 .9 5 5 :624$866
1911. 2 6 .6 8 4 :497$368
1912. 3 .1 8 6 :465$588
32.5 8 9 :265$812 3 .9 2 8 :149$447
3913. 2 5 .5 9 1 :674$378
1914. 2 .9 9 3 :825$986
20.856:026$315 2 .2 7 2 :413?439
1915. 8 3 .1 9 6 :684$326
191G. 3 .5 8 9 :207$723
3 0 .9 6 3 :882$315 3 .4 3 4 :052$746
3917. 2 8 .0 3 6 :032?899
1918. 3 .2 1 5 :677?489
3 0 .4 2 2 :556$000 3 .5 3 8 :631$305
1919. 65 .6 5 6 :224$63G
1920. 7 .6 2 6 :519$504
5 3 .6 6 7 :338$304 6 .2 5 4 :959$722
1921. 78.950:253$555
1922. 9.265:938?488
98.3 2 7 :117$3o0 11.552 .-147Ç488
1923.
123.139:563$148 14 .5 1 0 :576$249
1924. 234.804:555$235
1925. 2 5 .4 5 9 :632$918
219.212:449$674 26 .0 2 9 :G97$778
1926. 191.927:813$700
1927. 22.558:239?346
198.206:215$100 23.4 2 1 :923$494

Secção da Estatística, em 15 de Fevereiro de 1928.

José Lugon,
Dircctor.
Confere.
VISTO.
Ulysses Ribeiro,
Alziro Vianna,
Dircctor da Contabilidade.
Secretario da Fazenda.
ESTADO DO E. SANTO 141

D O R E L A T O R IO D A F A Z E N D A , E M 15 D E F E V E R E IR O D E 1928

D IV ID A INTERNA

A divida interna do Estado, por apólices, ao juro de 6 %. é


•de rs. 6 .7 6 3 :800$000, actualmente, estando em dia o pagamento dos
juros semestraes.
------A lei n. 1.498, de 22 de Maio de 1925, reforçada pela
•de 11. 1.579, de 30 de Julho de 1926, autorizou o Governo a resgatar
os empréstimos externos de 190S e 1919, habilitando-o para isso a
•emittir e vender apólices de sua divida publica interna, de juro de
8 %, até a importância que fosse necessária.
Usando dessas autorizações, emittiu o Governo 12.500 apóli­
ces dessa especie e obteve permissão do Ministério da Fazenda para
a sua cotação em Bolsa. Não as vendeu, entretanto, e foi empregan­
do os fundos da receita ordinaria. de empréstimos c dc renda even­
tual na aequisição de moeda franceza e, em sua applicação parcial,
na compra dos referidos titulos dos empréstimos de 1908 e 1919, com
•o objectico de resgatal-os.

As quantias assim empregadas constam, em números redon-


dos, do quadro a seguir:
No exercício de 1924— 1925............................ 4.150:0005000
No exercício de 1925— 1926............................ 1.336:0005000
No exercício de 1926— 1927, inclusive o
produeto do empréstimo dc 27-4-1927,
do £ 5 0 .0 0 0 ............................................... 3.868:0005000
'No exercício do 1927— 1928, quantia gas­
ta e compromisso para o resto do exer­
cício........................... *.................................. 3.080:0005000 12.434:0005000
Verbas consignndas nos respectivos orça­
mentos para esse fim ................................ 5.207*.0005000
D I F F E R E N Ç A ....................... ~ 7 .2 2 7 :000$000

Verifica-se, portanto, que, fóra das dotações orçamentarias,


foi empregada uma quantia superior a sete mil e duzentos contos em
moeda estrangeira c valores da divida externa.
Tendo o Governo resolvido dar execução ás referidas leis ns.
1.49S e 1.579, pela continuação da compra e inutilização dos titulos
dos empréstimos de 1908 e 1919, resulta que a somma retirada dos de­
posites e saldos assim formados desfalca os fundos orçamentários
pelos quaes têm de correr os vários encargos e serviços públicos.
142 MENSAGEM

Para substituil-os por valores correspondentes em apólices da


divida publica interna, nos termos da mencionada lei n. 1.498, afim
de que o Governo possa utilizar-se dcllas para vender livremente, uma
vez que o seu valor se acha de facto empregado consoante o destino
que a lei determinou, — foram consideradas eniittidas oito mil e trinta
(S.030) apólices, ao typo de 90, juros de 8 %, num total de rs.
7.227:000$000, que se acham depositadas no Thesouro, para cober­
tura das lacunas que o orçamento terá de apresentar, em virtude da
execução dos serviços e despesas autorisadas.

DELEGACIA DO THESOURO DO ESTADO

A Delegacia do Thesouro, como tenho assignalado em meus


relatórios anteriores, vem prestando os melhores serviços, attcnclen-
do ao nosso movimento de compra de materiaes, pagamento de juros
dc apólices, fiscalisação geral dos produetos do nosso Estado que se
escoam pelo Rio e outros negocios naquella Capital.
A Inspectoria de Fiscalização da Exposição de Café, que era
subordinada á Delegacia, foi extincta em virtude da nova organiza­
ção do Serviço do Café, mantendo a Commissão Directora desse Ser­
viço um Inspector Geral, no Rio, sob a sua immediata direcção.
CAIXA BENEFICENTE "JERONYJVIO MONTEIRO”

A situação da Caixa Beneficente “Jcronymo Monteiro” é muito


lisonjeira, como o attestam os quadros seguintes, relativos ao exerci­
do de 1926— 1927 e ao semestre de Julho a Dezembro do anno pro-
ximo terminado:
I — Movimento da Caixa Beneficente — de l.° de Julho de 1926
a 30 de Junho do 1927
Saldo do Fundo de Contribuições, em 30
de Junho de 1926................................... 484:054$237
Arrecadado de Julho de 1926 a Junho de
3927......................................................
201:134$366
Juros dc empréstimos da Carteira............... 3 7 :672$232
Juros de depositos no Thesouro do Estado 2 0 :136$444 742:997$279
DEDUZ-SE:
Pecúlios pagos neste exercício...................... 9 5 :819$037
Dispendido com o serviço da Caixa e aequi-
sição de materiaes.............................
8:715§300
Restituido por contribuições indevidas..
4 :628$336 109:162$653
SALDO — R s.................
633:834$626
ESTADO DO E .S A N T O 143

O saldo de rs. 633:834$626. de que se compõe o Fundo dc


Contiibuições d«i Caixa, acha-se*, em adeantameulo para f u n e r a l__
700$000; em deposito no Thesouro — 373:645$292; cm movimen­
to na Carteira de Empréstimos — 259:489$334.

Yae a seguir o segundo quadro referente ao semestre passado:

II — Movimento da Caixa Beneficente — de l.° de Julho a


31 de Dezembro de 1927:

Saldo do Fundo de Contribuições em 30


de Junho de 1927....................................... 033:834$G26
Arrecadado de Julho n Dezembro............... 95:1G3$G6õ
Juros dc empréstimos da Carteira............... 35 :925$1 GO
Juros de deposito uo Thesouro do Estado 8 :209$34S 773:132*799

D E D U Z -S E :

Pecúlios pagos neste sem estre....................... 50:833$333


Dispendido com vencimentos do Encarre­
gado da Caixa, neste semestre............... 2:800$000
Dispendido com aequisição de m ateriaes.. 1.3S000 53:(>48$333

SALDO do Fundo dc Contribuições.. 719:484§466

Ao apresentar-me o seu relatorio após o encerramento do exer­


cício passado, alvitrou o encarregado da Caixa Beneficente a idéa de
ser feito anualmente, por essa instituição, o sorteio de um prêmio de
vinte ou trinta contos de réis, ficando estabelecida a condição de ser
applicada a importância, pelo contribuinte contemplado, na constru-
cção de um prédio para a sua família.

CARTEIRA DE EMPRÉSTIMOS

Com as ampliações autorizadas pela lei n. 1.620, de IS dc


Julho do anno findo, foi augmentado sensivelmente o movimento da
Carteira de Empréstimos, segundo se vê dos quadros adeante tran-
scriptos. referentes ao movimento no exercício de 1926— 1927 e no pe­
ríodo de Julho a Dezembro proximo findo.
144 ME N S A G E M

Movimento da Carteira do Emprcsfcimo3 (an n eza á Caixa Beneficente


“ Jeronymo Monteiro0) — D e l.° do Julho de 1926
a SO do, Junlio de 1927:
Importância a receber de diversos, em 30
de Junho de 1926....................................... 1 4 7 :189$614
Importância retirada da Caixa Beneficen­
te, por empréstimos neste exercício . . 4 0 5 :499$420
Juros c o n ta d o s................................................... 37:672$232

Importância recolhida ao Thcsouro por di­


versos, para amortização dc emprésti­
mos ............................................................... 3 3 0 :871$932
Importância a receber de diversos, por em­
préstimos feitos........................................... 2 5 9 :489$334

5 9 0 :361$266 5 9 0 :361$266
Dc l.° de Julho a 31 de Dezembro do 1927:

Importância a receber de diversos, cra 30


do Junho de 1927...................................... 259:489$334
Importância retirada da Caixa Beneficen­
te, por empréstimos reste sem estre.. 334:613$338
Juros contados........................................................... 35:925$150

Importância recolhida ao Thesouro por di


versos, para amortização, de empresti
mos.............................................................. 2 3 2 :126$846
Importância a receber de diversos, por em
prestimos feitos........................................ 3 9 7 :900$976

6 3 0 :027$822 6 3 0 :027$822

COLLECTOBIAS

As nossas Collectorias no interior do Estado e nas zonas de


fronteira continuam a ter uma actuação bastante efficiente na arre­
cadação de impostos e serviço de fiscalisação em geral, tendo algumas
feito um movimento bem apreciável, como se póde ver dos quadros re­
ferentes ás mesmas repartições.
Nota-se, por esses quadros, que houve um decréscimo nas ren­
das da Collectoria de Aymorés. Isto, porém, se explica com a sahida
dos cafés que, em virtude do serviço de distribuição de quotas, bus-
ESTADO DO E. SANTO 145

cam outros pontos em communicação com aquella zona. taes como


Baixo Guandu, Santa Leopoldina e Castello, deixando o antigo es­
coamento pela via-ferrea.
Por um novo accordo com a Companhia Leopoldina Railway
modifiquei o contracto de arrecadação de imposto celebrado em 19 de
Outubro de 1914.
Por essa modificação passou a Companhia a fazer o mesmo
serviço como vinha fazendo, antes, porém, recebendo uma percenta­
gem geral c uniforme de 1 y2 r/o sobrç o total que arrecadar.
Este novo ajuste entrou em vigor a 15 de Março do corrente
anno e trouxe apreciável reducção de despesas.

SELLO ADHESIVO

No serviço de 1926— 1927, foi o seguinte o movimento de


venda dos nossos sellos:
Caixa do T hesonro..................................... 26:G34$000
Collectorins, Posto Fiscal c Delegacia do
Thesouro, no F io ...................................... 124:80G$400

151:440$400

PROCESSO FISCAL

Entrou a vigorar em Setembro do anno findo o novo Processo


Fiscal do Estado, reformado de accordo com as exigências do nosso
movimento actual.

A S LEIS DE AUGMENTO PROVISORIO

As leis ns. 1.639 e 1.640, estabelecendo o augmento proviso-


rio sobre os vencimentos do funccionalismo e verbas de representação
para a magistratura, entraram em vigôr lambem em Setembro do
anno passado.
Sobre o Nosso Serviço Interno diz o Sr. Secretario da Fa­
zenda:
“ Acompanhando o grande movimento que vem caracterisan-
do a actual situação do Estado, o nosso serviço tem sidí* intenso. —
mas, como salientei no inicio deste relatorio, vem se mantendo sem­
pre em dia.
146 MENSAGEM

Adoptei um systema cie expedição dc cheques 11a Secção do Ex­


pediente, para todos os pagamentos, quer sejam requeridos directa-
mente pelos interessados, quer sejam pedidos por officios dos diver­
sos departamentos de Estado, ficando assim, além do registro no Pro-
tocollo Geral, um resumo da despeza, sua origem, o beneficiário, a
verba, os descontos e outros característicos, para qualquer conferên­
cia ou informação de momento.
Depois de effectuado o pagamento, fica o cheque na Thesoura-
ria, indo para a Contabilidade o documento que lhe deu origem, c as­
sim a escripturação do “Caixa” e do “Diário”, cm cada uma dessas
Secções, pódc ser feito independentemente, sem dar logar a quaesquer
atrazos.
Para os vencimentos, continua a Secção da Despeza a expe­
dir os seus cheques, que são diariamente arrolados, na Thcsouraria,
numa demonstração com todos os característicos, verbas e descontos,
•extrahindo a Secção do Expediente, em face da demonstração assim
feita, o cheque geral em uso.
Mandei proceder á reorganização do archivo da Secretaria e
fiz a installação do mesmo, dc accordo com as modernas exigcncias,
nos commodos vagos da galeria de Palacio, sob o pavimento em que
se acha esta Secretaria e dei também á Thcsouraria, quanto ao seu
aspecto material, uma nova organização, fazendo collocar portas en-
vidraçadas na parte interna e grades na externa, como se usa nos es­
tabelecimentos bancarios.

O PATRIMÔNIO DO ESTADO

Apresenta uma cifra bastante expressiva e reveladora das


•condições de firmeza da nossa prosperidade o titulo — Patrimônio do
listado que é de rs. 30.650:192$277, já deduzida a importância re­
ferente aos Serviços Reunidos de Victoria, como se vê do balanço
do Activo e Passivo extraliido em 31 de Dezembro ultimo e que figu­
ra em quadros juntos.
E’ tanto maior a expressão dessa riqueza, quando se sabe que
não estão incluidas naquelle titulo as nossas terras devolutas, e sim
apenas os proprios estaduaes na Capital e no interior e outros bens
como a Usina de Paineiras, Estrada de Ferro do Littoral c Itapemi-
rim, Fabrica de Tecidos, Fabrica de Cimento, Estrada de Ferro São
ESTADO DO E. SANTO 147

Matlieus, Estrada de Ferro Beneveme, cxccptuando a Companhia


Territorial e a nossa parte de capital no Banco do Espirito Santo, re­
presentadas em acções no valor de 5.392:400§000” .

D IV ID A S EXTERNAS

Empréstimo de 1008

Já rvos expliquei a situação desse empréstimo, cujos serviços


de juros e amortisação estavam suspensos desde Abril de 1914. A esse
tempo, entretanto, eu não conhecia uni detalhe importante c que vi­
nha constituindo impossibilidade absoluta para um accordo com os
portadores respectivos, tendente á sua liquidação.
Quando foi elle contractado em 1908 e modificado em 1910,.
o Governo do Estado deixou ao Banqueiro intermediário, Charles
Victor & Cie., nesta ultima modificação, o encargo de liquidar e pa­
gar todos os títulos restantes em circulação do empréstimo externo de
1894, num total de 19.910 titulos, quando lhe conviesse, isto c, sem
praso determinado.
Ao mesmo tempo permittio que o banqueiro debitasse em con­
ta do Estado a importância desses titulos a resgatar, creditasse por
uma venda acabada e firme na mesma conta o valor de todos os titu­
los ainda não postos em circulação do empréstimo de 1908, que assim
passaram a pertencer, para todos os effeitos, ao dito banqueiro inter­
mediário, recebendo o Governo do Estado, pela forma estabelecida, o
saldo credor de tal conta que importava então cm 4.927.980,00
francos.
Ficou o banqueiro obrigado a resgatar os titulos todos de
1894, mas se não cumprisse essa obrigação, sendo elles ao portador,
ficavam cm circulação uns e outros como divida, não do Banqueiro,
que era simples intermediário, mas incontestavelmente do Estado. E
íoi o que aconteceu.
Junto aqui trechos do relatorio do D r. Moacyr Ávidos com a
exposição clara e a consulta feita por elle a um conceituadd advoga­
do de Paris, bem como o respectivo parecer, que resolví seguir. Re­
solvido que todos os titulos de 1908 deviam ser pagos, pois que os de
1S94 já o haviam sido pelo Estado, o meu representante em Paris, en­
tão o D r. Moacyr Ávidos, procurou fazer o accordo do respectivo
resgate com a Association Nationale des Porteurs Français de V a-
148 MENSAGEM

leurs Mobilicrés e entrar logo também em accorc|o com o representante


do pequeno grupo de portadores que estava cobrando judicialmente
os coupons vencidos dos títulos em seu poder.
Emquanto se discutia condições e se aguardava os prasos ne­
cessários para todas as operações dessa natureza, o representante do
Estado foi adquirindo em bolsa os títulos que se apresentavam e as­
sim se foi reduzindo com o maior esforço o numero de títulos em cir­
culação. Voltando cllc de Paris e sendo indispensável a permanên­
cia alli de um representante do Estado, de absoluta idoneidade, soli­
citei ao S r. D r. Argeu Monjardim esse valioso serviço ao nosso Es­
tado, que elle resolveu prestar com a maior solicitude.
O primeiro emissário resolveu, com alto critério, os mais deli­
cados casos, agiu com a maior prudência e acerto, ultimando a primei­
ra parte dessa importante commissão com a compra cm condições
muito favoráveis de numerosos títulos e a celebração do contracto de
accordo para resgate com a Association Nationale.
O seu substituto continuou com grande habilidade e rara de­
dicação o desempenho final dessa delicada missão, de executar o ac­
cordo, em que importantes decisões teve de tomar, tendo conseguido
em compras de títulos, em resgate dos que estavam em penhor bancá­
rio, assim como dos que dependiam do liquidatario da fallencia e do
juiz do Commcrcio apreciável reducção nos preços que tinha o Es­
tado de pagar.
A esses meus representantes aqui deixo consignada a minha
gratidão, pelo grande esforço e incomparável dedicação aos interes­
ses do Estado, com que se conduziram, assim como ao emerito minis­
tro do Supremo Tribunal Federal Dr. Heitor de Souza, que prestou
egualmente ao Estado e ao meu governo grandes serviços, sobretudo
com relação a este empréstimo, antes da sua alta investidura actual.

H ota suinmaria oxtraliida do relatorio do Sr. Secretario da Agricultura,

D r. Moacyr Ávidos, apresentado ao Sr. Presidente do Estado

“Quando parti para a Europa, nosso Estadó, por intermédio


do advogado Maitre G. Triantaphilydés e por instrucções do seu res­
pectivo Governo tinha em Paris tres processos, em dois dos quaes era
o auctor, e no outro, o réu. Eram os primeiros: — Um — c da
reivindicação dc 6.000 títulos dados em nantissement (penhor) á So-
ESTADO DO E . SANTO 149

çi~tc Gcnaralc pour favoriscr VAgricultura et VIndustrie cn France


c ú Société Françaisc des Banques et Depôts, pelo Banco Charles Vi-
cior & Cie., transformado mais tarde na Société Auxiliaire de Cré-
dit; outro — o em que o Estado reclamava da massa fallida da So­
ciété Auxiliaire de Crédit a devolução de 2.975 titulos que ainda ahi
se achavam na souclw, a devolução de 2.140 titulos resgatados pelo
Estado, nos annos de 1912 c 1913 por intermédio do antigo banco
Charles Victor & Cie., e ao mesmo tempo pleiteava a sua admissão na
falleneia, como credor chirographario pelo capital correspondente a
7.852 obrigações de 1908, postas em circulação, sem que os respecti­
vos fundos houvessem sido pagos ao Estado, directamente ou de
accordo com seu contracto com aquelle estabelecimento, mediante seu
emprego nos resgates das obrigações do antigo empréstimo do Espi­
rito Santo de 1894. Esses dois processos constavam de uma mesma
signation, cuja copia vai annexa. O terceiro processo era movido
por um portador de titulos representando pequeno grupo que recla­
mava do Estado o pagamento dos juros vencidos de seus titulos e
mais, reclamava tal pagamento eu ouro, allegando que o previu o pros-
pccto de emissão do empréstimo, o texto de suas respectivas obriga-
•ções e o contracto de emissão entre o Governo do Estado e o respecti­
vo banqueiro emissor. Como disse em linhas acima, não recebi ins-
trucção alguma de V . E xa. ao partir para a Europa, com relação a
•essas questões, ou por outra, V . E x a. persuadido, como eu mesmo me
achava, de que deveriamos ganhar as tres pendências, consoante as
informações dadas ao Governo, ordenou-me que apressasse nosso ad­
vogado para fazermos julgar o mais cedo possivel as differentes
questões para, uma vez dellas desembaraçado, ficar o Estado em con­
dições de regularisar a situação do empréstimo e ficar mesmo habili­
tado a contractar um novo, talvez necessário ao acceleramento das
•obras de vulto emprehendidas pelo Espirito Santo.
Desse modo, assim cheguei a Paris procurei Maitre Trianta-
philydés, que no dia seguinte partia para suas férias e mesmo numa
rapida entrevista lhe fiz ver o seu desejo de se liquidar o mais cedo pos­
sivel as pendências que tínhamos em Paris. Nesse inteiim, obtive os
contractos originaes feitos pela Société Auxiliaire de Crédit com os
dois bancos acima referidos, Société Gcnerale e Société Française des
Banques et Depôts. Venfiquei que o nosso advogado que nos esta­
va orientando, mal conhecia em seus detalhes a nossa causa. Notei
profunda divergência entre as allegações de sua siguatio,i c o texto-
150 MENSAGEM

do contracto do empréstimo. Elle não soube responder ás minhas


perguntas nem ás minhas observações.
P ara reforçar meus argumentos, fiz uma consulta a um advo­
gado, a mim indicado como homem de valor e membro do conselho da
ordem dos advogados de Paris, e. infelizmente para o Estado todas
as conclusões que eu já havia transmittido ao nosso advogado pelos
meus proprios raciocínios, foram confirmadas conforme V . E xa.
verificará da consulta c do parecer desse advogado, que vão annexos
ao presente. Seu parecer vai mais longe e por elle verá V . E xa.
que não temos direito de reclamar a restituição nem dos títulos ainda
11a fallencia, pois, acha este advogado que pelo contracto de 1910, todo
o saldo de titulos de 1908, na data desse contracto, passou para a
propriedade do banqueiro emissor, sendo o Governo credor delle, ape­
nas da somma que devia ter sido paga por elle e que não o foi até a
data de sua fallencia. Ficaram desse modo, sem o menor cabimento
os nossos dois processos em que o Estado era autor.
P ro cesso o u ro . —Restava o terceiro processo em que o E s­
tado era réu, o da cobrança em ouro dos coupons vencidos.
A meu ver, temos cm nosso favor, um valioso documento que
resulta do facto de ter sido o empréstimo de 1908 feito com destino, em
primeira linha, até. concurrencia de 7/12 de sua importância total, ao
resgate do antigo empréstimo de 1894, também lançado na França
e cujo prospcctus de emissão, que aqui junto em original, obtido cm
Paris do Banco de Paris et Pays Bas, não faz referencia a pagamento
em ouro, como também não o faz 0 contracto, segundo o qual foi fei­
ta sua emissão. Ora, em casos taes,- não tem sido discutida a natu­
reza do empréstimo, acceitando-se, sem discussões, que se trata ef-
fectivamente de francos papel. Desse modo chegámos a conclusão
de que não era possivel o Estado fazer um novo empréstimo e m o u r o ,
cm 1908, para resgatar um antigo em papel, e além disso, dar aos
antigos titulos um valor real maior que aos novos, conforme foi pre­
visto no contracto de 1908 e também em sua reforma em 1910. Ac-
cresce ainda que as garantias para o novo empréstimo de 1908. fo­
ram as mesmas dadas ao antigo empréstimo de 1894. Ora, não é jus­
tificável que se tratando de um empréstimo em ouro se possa ter acceito
as mesmas garantias anteriormente dadas para um empréstimo em
papel. De tudo isso resulta que não pode haver duvidas sobre as in­
tenções do Estado ao fazer o empréstimo de 1908. Elle nunca pen-
ESTAD O DO E .S A N T O 151

sou cm contractar um empréstimo ouro c si acceitou a formula apre­


sentada pelo banqueiro emissor, foi apenas por ser empréstimo
lançado na F rança. Esse importante argumento, que quando não
servisse para fazer o Tribunal nos dar ganho de causa, elle junta­
mente com os outros acontecimentos de que fomos victimas, com re­
lação ao empréstimo de 1908, acontecimentos que fizeram com que o
Estado só recebesse effectivamente em dinheiro cerca de 7.200.000
francos quando ficou devedor, de facto, de 30 milhões, como disse,
servivia para fazer o Tribunal ser equitativo a nosso fav o r.
Junto também uma serie de cortes de jornaes que se referem
ao nosso Estado, que confirmavam a opinião desfavorável que fa­
ziam dc nós e cuja dureza de critica c injustiça das accusaçõcs, em
alguns casos, chegam a tocar os nossos mais delicados sentimentos de
Estado que aspira ser honrado e honesto, mas que pela serie dc occoi -
ren d as havidas com relação ao seu empréstimo dc 1908, muitas ve­
zes nem se podia defender.
Desse modo e mais cm face da entrevista que tive com a Asso-
ciation Nationale des Porteurs Français de Valcurs Mobiheres, sobre
a possibilidade de entrarmos em accordo para regularisar a situaçao
do empréstimo de 1908, em cuja resposta ella me declarou que como
havia um processo cm andamento, a ser julgado dentro de pouco tem­
po, ella só poderia tratar de accordo com o Estado uma vez julgado o
processo, achei de bom conselho, entrar em accordo com nosso ad­
versário, de modo a não deixar julgar o processo. Foi nessa ordem
de factos que pedi autorisação a V . E xa. para effectivar tal accor­
do com o compromisso da parte de nosso adversário de retirar seu
processo, desistindo da instancia e acção contra o Estado. Devida­
mente autorisado por V. Exa- liquidamos a pendência adquirindo-lhe
eu seus titulos em quantidade dc 334, c lhe pagando mais 30.000 fran­
cos como compensação pelas suas despezas com o processo.
Foi também retirada a ordem de sequestro de f undos do E sta­
do, que havia sido ordenada pelo Juiz, attendendo á solicitação de
nosso adversário. Dc tudo, junto em originaes os respectivos docu­
mentos .
Accordo com a Association Nationale — Como disse acima,
antes de realisar o accordo para a suppressão do p r o c e s s o o u p . o
acima referido, fui á Association Nationale des Porteurs Français dc
Valcurs Mobiliéres para tratar da possibilidade de um accordo para
152 M E N SAGE M

por termo á situação do empréstimo de 1908. Alii tratei com o M r.


Barde, seu director geral. Como disse, este senhor me recebeu muito
bem particularmente, mas de modo muito desagradavcl como repre­
sentante do Estado.

Começadas minhas novas entrevistas com o S r. Barde, com


bastante reluctancia de sua parte, quanto á acceitação do pagamento
de nosso empréstimo em francos francezes papel, depois de lhe es­
clarecer convenientemente da situação verdadeira do empréstimo em
apreço e mais da série de prejuízos, de toda natureza, por nós sof-
fridos em consequência de um banqueiro deshonesto, consegui por
fim demovel-o de seus propositos c elle obteve o apoio de seu ccmitâ
de administração em nosso favor, tendo sido possivel a negociação
do accordo que adiante descrevo. Esse accordo feito com a As-
sociation Nationale, para ella consultar e obter a adhesão da maioria
dos titulos em circulação, á proposta de resgate do empréstimo de
1908, e que foi’por ella acceito c recommendado aos portadores, quan­
do não garanta ao Estado a regularisação de sua velha pendencia, lhe
dá grandes probabilidades de conseguir essa regularisação, que sendo
feita de accordo com a proposta por ella feita, é operação digna, por­
que pagaremos uma divida pelo seu valor nominal, como prevê o
contracto de emissão e porque nesse resgate, elle Estado não cogi­
ta dos titulos que foram indevidamente postos em circulação e que se
acham hoje em mãos de portadores de boa fé. Além disso, tendo sido
a proposta feita para o pagamento em francos francezes, não e m
o u r o , deixa á margem esta questão, em face da situação injusta de
que foi o Estado victima, o que é justificável, pelo destino do pro-
prio empréstimo que fôra o de pagar um outro em francos papely
absolvendo-lhe sete duodecimos. E ’ em summa uma operação cujas
vantagens não precisam ser encarecidas por serem muito conhe­
cidas de V . E x a. Quanto a se prever si os portadores acceitarão a
proposta que lhes endereçaremos por intermédio da Association, nada
se póde dizer. Dada a autoridade que tem essa Association. nos
meios francezes, sendo ella pertencente á companhia dos agentes de
cambio de Paris, sendo ella reconhecida de utilidade publica pelo Go­
verno Francez e sendo dirigida por homens de reputação firmada, é
de suppor que si não todos, um grande numero de portadores accei-
tará seu conselho e adlierirá á proposta por nós feita. Mesmo, entre-
ESTADO DO E . SANTO 153-

tanto, que tal não aconteça, o simples facto de termos feito um accor-
do, plenamente acceito pela Association, para resgate de um titulo em
determinadas condições, já ê argumento bem poderoso em nosso fa­
vor, contra as pretenções que possam surgir de futuro a proposito do
nosso Estado, quer nos processos judiciaes que contra nós possam ser
intentados, quer por meio diplomatco, pois, em geral, é por intermédio
desta Association que têm logar as reclamações diplomáticas.

COPIA DO ACGORDO COM A ASSOCIATION NATIONALE DES


PORTEURS FRANÇAIS DE VALEURS M0BILI1SRE3
22. BOULEVARD DE COURCELLES — P A R IS — 17

A d rc s s o té lc g r a p h iq u c : — A ssoxatxon — P a r is

S . C . E SP IR IT O SANTO — EM PRUNT 5 % 11)08

P aris, le 17 Jnnv 1927.

Monsieur lc Soorútairc cPEtat,

Nous nous référons á votre lettre du 10 dc cc mois.


En réponse, ct suivant les instruetions dc notre conscil d 'administra-
tion, nous avons Phonncur dc vous fairc savoir que rAssociation Nationale se
dispose ú transmettre aux porteurs les propositions dc rachat debattues ante-
ricurement entre nous et qui sont fixées commc suit:
«l.o — Le gouvernement de PÉtat de Espirito Santo offre aux por­
teurs des obligations de son emprunt õ% 1908, placé cn France et actuellcment
en circulation, le remboursement de leurs titres en capital ct tous les coupona
arriérés depuis le 5 octobre 1914 (coupons n. 13) inclus, jusqu*au 5 avril
1927 inclus, au prix total forfaitairc de liuit cent vingt-cinq franes français*
net d ’impôts français á la charge des porteurs.
“2 .— La presente proposition sera transmisse aux porteurs de Fcm-
prunt sus-vise par FAssociation Nationale qui recommandara le présent arran-
geinent aux porteurs et á laquellc il sera laissé un délai de troi mois au moins,
renouvelable d \m commun accord nvec 1’Etat d ’Espirito Santo, afin d obte-
nir Falhesion des porteurs aux propositions ci-dessus.
3 .— Les presentes propositions ne scront effectivcmcnt mises en vi-
gueur qu’a Pexpiration du délai de trois mois ci-dessus vise, ou du délai pro­
longe, pour la consultation des porteurs et si, á la suite de cctte consultation le-
quorum minimum dc 55% des obligations actuellcment cn circulation a été
obtenu en faveur de Uacceptation des propositions qui font Fobjet du présent
accord.
« 4 * __I l est entendu que le prix de rachat forfaitaire ci-dessus visé-
A F a rt. 1. comprcndra la valeur en principal du titre ct dc tous sos coupons.
154 M E N SAG E M

arriérés et éclius jusqu'au 5 nvril 1927 inclus. Au cas oú la presente proposi-


tion fcrait 1'objet de prorogntions successivcs lc montnnt du rachat 8’aocroitrAit
de la valem* couruc au tnux dc 5% á datcr du 5 nvril 1927.
“ A ' Pcxpiration du delais prévu pour la consultation des porteurs
et si le minimum de 55% d ’adhésions est attcint, lcs propositions seront effecti-
vement mises A excution par reutrcm isc d ’un étnblissement financiei* ú Paris,
clioisi d'accord avec 1’Assoeiation N ationale.
“ Le prix dc rachat des titres sera cffectu é cn deux vcrsements, le pre­
mi er, dc 325 frnnes frnnçais au 5 nvril 1927 ou á une date ulterieure eu cas de
prolongntion du délai de consultation des porteurs, le second, dc 500 franes
françnis, augmenté des intérêts courus depuis le 5 avril 1927, huit mois au plus
tard aprés la date du prémicr versement.
“ Toutefois. au cas oú 1’Etat d'E spirito Santo viendrait á contracter
un nouvel empruut sur quelque placc que ce soit avant 1’expiration du sccund
délai visé au paragrapkc précedent, le second versement de 500 franes français,
augmenté des intérets courus depuis le 5 nvril 1927, scra pavé par 1'Etat dans
le mois qui suivra la publiention officielle des prospectus du nouvel emprunt.
“ 5 .— Avant de passei* á Pcxpiration, 1’Etat d E sp irito Santo devra
justifier d ’un dépôt auprés dc PEtablissement visé á 1'article précedent d'une
somme suffisant pour effcctuer lc premior versement sur un nombre de titres
égal á cclui des titres presentes au rachat et reecnsés par P Association N atio­
nale. De même, P E tat d'E spirito Santo devra verser, a la signature des pre­
sentes, á L*Association Nationale, la somme de 30,000 franes français corres-
pondant pour moitié aux frais d ’impression ct de publicité déjá cngngés lors
de la precedente consultations des porteurs en avril 1923, et pous 1'autre moitié,
au montant des frais á engager pour la consultation necessitéc par 1'applicatión
du préscnt accord.
“ E n outre. 1’E tat d'Espirito Santo s'engage á verser la somme de 3
franes français par titre adhérant aux presentes propositions.
“ Les frais de la Banque seront, cn autre, á la cbarge dc P E ta t.
6. L'Etat d'Espirito Santo s ’engagc á ne faire, en aucun cas, des
propositions raeiileurs á un ou plusiers porteurs d'obligations du même emprunt,
étant. entendu que s ’il passe outre á cettc disposition, il aura la cbarge d'éten-
dre le benefice des propositions plus favorables aux porteurs des mêmes obliga­
tions qui ont adhéré au préscnt accord.
“ 7.—L \E tat d'Espirito Santo déelare q u ’il existe 2.975 obligations á
la soache entre les mains du Syndic de la faillite de la Société Auxiliaire dej
Crédit, dont les numéros sont réproduits á Pétat ci-joint, ct que pour 6.000 ti­
tres qui sont dans les caisses de la Société Générale et de la Société Prançaise
de Banque et de Depôts, il déposera successivcment avec affectation espéciale
chez 1'établissement financier prévu ci-dessus, les montants corrcspondant aux
deux étapes de remboursement de ces titres jusqu'a 1'issue du procés en reven-
dication actuellement en cours.”
Nous ne pouvons que vous confirmei*, suivant votre désir, notre acce-
ESTADO DO E . SANTO 155

ptation do publicr les propositions ci-drssus ou vuo dc lcs soumettre á 1’appro-


bation des portcurs français.
II doit êtrc cgalement entendu entre nous, que les titres déposés au-
prés dc retablissement choisi d*un conimuin accord ne seront á la libre dispo-
sition dc 1’E tat d'Espirito Santo q u ’aprés paiemeut complct. du dcuxicme ver-
sement cu cc qui concerne les titres ainsi déposés.
Dc mime, avant votre départ qui est procluiin, nous souhaitcrions ob-
tenir dc vous des prccisions sur les dispositions <|ue vous eompt»*/. prendre pour
rondre cffcctivc la gurantie dc versement du complement de 500 franes par
obligation, sur lc produit du nouvel emprunt et si — pous préeiser notre penséc
— vous envisagex des mnintenant de proceder á eet emprunt.
Vcuillcz ngrécr, Monsicur Ic Secrétnirc d'Etnt, rassuranee de noa
scutiments les plus distingues.
Lc Dirccteur (sigin») Ulisible
Monsicur Moneyr Ávidos.
8. avenue de la llotte-Picquet. PARIS.

CONSULTA AO ADVOGADO MAITRE OHRISTEIL SOBRE A SITUAÇÃO


DOS DIREITOS DO ESTADO EM RELAÇÃO AOS TÍTULOS
DO EMPRÉSTIMO DE 1908

NOTE

p o u r u n e c o n s u lta tio n s u r /cs f a i t s ct p o in ts s u iv a n ls

EXPOSE1

En 1908 l ’uu des Etats du BRES1L, 1'fítat d'ESPIR ITO SANTO,


émit en FRÀNCE, un emprunt de 30.000.000 de franes divise en G0.000 obli-
gations de 500 franes portant. intérêt á 5% l ’.an, remboursable en 10 années a
partir de 1910.
Lc produit de cct emprunt devait servir:
1. — a c o n c u i T c n c c de 7/12 nu raelmt o u amortissement d'un em­
p runt du même E 'ta t emits em 1894.
2. — á concurrencc dc 5/12 pour ctre employé aux besoins de lE tat
d'E SPIR ITO SANTO.
Pour facilitei* lc rachat de 1’emprunt 1894, on offrit aux obligataires
do 1894 qui y conscntiraient, Técliange de leurs titres de 1894 contre des titres
dc 1’emprunt 1908, avec paiement d'une soulte de dix franes par tilre.
L'ómission de 1’emprunt 1908 fut cffectuée par la banque Ch. VI-
CTOR & Cie, aux termes, clauses et conditions d'un contrat entre cette banque
et 1’E tat d'E SPIR ITO SANTO en date du 13 avril 1908.
156 M E N SAG E M

I/em p rim t 1908 sc trouvant etre d'un placement d ifficilc ct PE tat


ayant un besoin pressant de reccvoir Ia par lie du produit de c e t <jmprimt lui
revenant, un nouvcnu eontrat intervint entro Ia banquo Ch. VICTOR & Cic
et P E tat á la date du 24 Octobrc 1910.
A cc moment Pcxécution du eontrat du 13 avril 1908 se preseníait dc
la maniérc suivante:
La banque avaifc ccliangé 8 .1 3 2 obligatious- 1894 contrc autant d ’o-
•bligntions 1908.
Elle avait cn plus placo 16.860 obligatious 1908 dont elle avait versé,
sons diverses formes le produit á P E tat d'E SP IR IT O SANTO, soit. an t.otnl:
24.992 obligatious 1908 pour franes 1 0 .4 1 1 .6 6 7 .2 0 .
II restait en circulation de Pemprunt 1394 — 19.910 obligationB, et
a placer 35.002 obligatious dc Pemprunt 1908.
Par le eontrat du 24 octobre 1910 la banque Ch. VICTOR & Cie. pre-
nait íerme le solde de Pemprunt 1908 uon placé au taux du eontrat de —
1908 á 416.60 par titre soit p o u r ............................................... 1 4 .5 8 4 .3 3 2 .8 0

<ct s ’cngagcait á raelietcr ú sa conveuance les 19.910 obliga-


tions 1894 restant de Pemprunt 1894 qu'elle pre-
nait nu taux du eontrat de 1903 á 485 par titre soit 9 .6 5 6 .3 5 0

Diffcrénce au profit de P E ta t.................................................. 4 .9 2 7 .9 8

•ilont il fu t crédité par son comptc. ' ♦

Le comptc de L ’E tat fu t réglc au moyen de traites á 90 jours payées


á Péckóance par la banque C H . VICTOR & Cie.
De 190S á Avril 1914 inclua, 1’E tat d'E spirito Santo, fournit semes-
:triellement á la Banque Ch. Victor & Cie. le niontant des arrerages ct dc P a-
mortissement de Pemprunt 1908; de son côté á partir de 1910 la banque Ch.
Victor & Cic. paya les coupons de Pemprunt de 1908 á de celui de 1894 et amor-
tit uniquement 3.083 obligatious dc cet emprunt au moyen de rachat en bourse,
Ics cours du titre étant au dessous du pair.
E n 1911 le Gouvernement de P E tat d'E spirito Santo reçu de la Ban­
que de Paris et des Pa}*s Bas, des réclamations sur le Service de Pemprunt de
1894 ce qui a donné lieu á Péchange de lettres entro son Président et la banque
Charles Victor (voir copie ci-jo in t).
E n 1914, octobre, la guerre eupopécnne dont 1'cffect sur Pexportation
brésilienne (café) a été trés sensible, n ’a pas permis á P E tat d ’E sp . Santo
(Peffectuer le paiement des arrerages ct. dc Pamorfcissement, que devaient avoir
lieu á cette époque.
D autre part la situation financiére de la banque Ch. Victor & Cie.
a cette épeque était trés douteuse et P E tat soupçonnait que cette banque avait
déjá placé la presque totalité des titres de Pemprunt dc 908, sans racbetcr les
ESTADO DO E . SANTO 157

obligations correspondnntcs de 1'nneicn emprunt de 1894. Ces suspeclcs, d a il-


Icurs tontos con fin ares plus tard ont fa it que 1’Etat suspendissc les payoments
définitivem ent. jusqu'á avoir bicn éclnirci la véritable situation des uffaires.
L n 191.) — 1916 1'Etat envova cn Europc un rcprésentant, dont les
pourparlcrs avcc la banque, ont óté toujours sur la question des titres de 908,
•dont la ventc (lcvait ctre appliqué au rachat des titrcsj de 1894. L 'E tat pour
voprcndre le Service des arrerages et de 1’amortisscment de rem prunt 1908, do-
mandnit u la banque, la rcstitutiou des ohligations í)08 cneorc non placces et
•dont la ventc devait servir au rachat de 8 9 4 ,1'Etat en conire partic lui même re-
dcvenant chnrgé de l'em prunt 894. Les négocintions n ’ont pas aboutl. E n
•même tenips que 1'Etat suspendit de paicmcnt des arrerages lu banque Ch.
Victor suspendit aussi eclui de rem prunt de 1894.
hn danvier de 1914 la banque ( ’h. Victor et Cie. devenue en décembre
910 la Soeiété A uxiliaire de Crédit (ancicnnc banque Ch. Victor et C ie), fut
objeet d'ataque cn bourse sur les vnleurs qtCelle patronnait et soutenait. Ces
attaques se traduisirent par cc q u ’on a appelé á ccttc époque “ ia défaillancc"
dc la soeiété A uxiliaire de C rédit. Elle réduisit son capital dc 10 á 6 m illions.
M algré cot événcm ent comme on a dit, 1'Etat envova á la banque les Fonds ne-
-cessaires au paiem ent des arrerages et dc lam ortissem cnt cCAvril de 914 de
rem p ru n t de 908 et la banque pnya également les arrerages cCavril de Cem-
prunt dc 1894.
A la suite de la suspension de pamment par 1'Etat aprés le pourparler
dont nous nvons parlé. en 192:1— 1926. n cut liou une antro pourparler entre
1’E tat et la banque par Cintermédiairc de COffice National des Portenrs de
V alcurs Mobiliers E t rangeres aussi sons résultnt.
A prés avoir suspendit les paiements de 1'emprunt dc 908, 1’E tat avant
pris connaissanee qiCil v avait eneore 16.827 titres de 1891 en circulaiion. re-
prit leur Service d'arrerages et d amortissement et un peu plus tard, en 1920
•usant d 'une clause du contract d ’emission de Ccmprunt, remboursa le solde cn
•circulation par la somme dc 8 .4 1 3 .5 0 0 franes.

Le 8 Novembre 1918 la banque, Sté .A uxiliaire de Crédit, fut dissoute


•par assemblée de ses actionistes et le Tribunal dc Commcrcc la declara en êtai
•de cessatiõn de paiements. par jugement du 4 Février 1919.
Sur oppo-sition, puis appcl des liquidateurs, et aprés une enquêtc or-
•donnée en M ars de 1921 par la Cour d ’A ppel, cclle-ci par arrêt de 23 Janvier
1924, confirme la Sté A uxiliaire de Crédit en état de cessatiõn dc paiement en
fix a n t la date de cellc-ci au 17 Janvier de 1914.
D e plus, par conclusion d ’avoué. en date de 29 décembre 1923. 1’E ta t
sign ifie á la Sté A uxiliaire de Crédit ct au syndic dc ceile-ci, q u ’il entendnit
intervenir dans 1’appel des liquidateurs contre le syndic et qu-il se prétendait
•créancier de la Sté pour le remboursement de Ccmprunt de 1894 éffectué par
lui en 1920 pour une somme de 8 .4 1 3 .5 0 0 frs. et q u ’il revendiqait en outre
158 ME N S A GE M

36.827 obligations de Pcmprnnt do 908. La Cour par son arrêl de 23 Janvicr


3924 qui raaintcnnit la cessation de paiement de la Sté A uxiliaire de Crédit, nd-
mit Pintervcntion de P E tat ct lui cn d o n n a a c te en to r c n v o u a n t á sc p o u r v o ir
d c v a n t lo T r ib u n a l d u C o m m c r c c d e la S c in e c t Ic s y n d i c p o u r p r o d u i r c e t f a i r v
a d m c t tr c sa c r c a n c c .

C ’est dans ccs conditions, q u ’ayant P E ta t pris connaissance de la si-


tuation passive dc la Sté A uxiliaire de Crédit et nyant constate que la Sté nvait
deux créancicrs nantis, la Ste G EN ER A L E e t la Société França is e de BA NQ UE
& de DEPÔTS, filiale belge de la Ste. G E N E R A L E , dont lc nantissemcnt con-
sistait en 6.000 obligations 1908 de 1’emprunt d* E SP IR IT O SANTO, et
a.yant vu sa productinn á la cessation de paicm cnts de la Sté A uxiliaire de Cré­
dit, refusée par le syndic, 1’E tat d'E SP IR IT O SA N TO , assigna lc 1 décembro
1925 la Sté Auxiliaire de Crédit en la personne do son syndic dcvant le Tribunal
de Commerce,

la Sté G EN ER A LE ct
la Sté Françaisc de Banque & de Depôts
en demandant:
1 . — la restitution íi son profit, snns indem nité, par da Sté G E N E ­
RALE & la Sté. Françaisc de Banque & de Depôts des 6.00(1
obligations de 1’emprunt 1908 dc 1’E tat d'E S P IR IT O SANTO
a elles remises en nantissemcnt par la Sté A uxiliaire do
CR ÉD IT.
2. — la restitution á son profit, sans indemnité, par la Sté A u xili­
aire de Crédit de 2.975 obligations de' Uemprunt 1908 de
PE T A T D 'E SPIR IT O SANTO, sc trouvant dans les caisscs de
la Sociéte.
3. ° — son admission au passif de la Soeieté chirograpliiquement pour
somme de 3.926.000 frs.

Les nantissements faits par la Sté A uxiliaire de Crédit a la S té


GENERALE et la Sté. Françaisc de BA NQ UE ct de D EPÔ TS Pont été dans
les conditions suivantes:
La Sté Auxiliaire de CRÉDIT avait depuis 1906 a la Sté G E N E R A ­
LE, un compte d'avances renouvelables et garantis par des depôts de titres.
Ce compte d'avances fluetuait et était renouvelé.
11 fu t renouvelé par la dcrniére fois le 30 octobre 1912, pour une avan­
ce de 1.500.000 fr s. contre rémise en gnrantie de 4.-000 obligations de Pem-
prunt de P E tat d ’ESPIR ITO SANTO 1908, renouvelablc pour — 1 .0 0 0 .0 0 0 1
seulement jusqu'au 15 Janvier 1913.
Ce contrat fu t ensuite renouvelé ju sq u ^ u inois d ’avril 1914, et a ce
moment la Sté A uziliaire de CRÉDIT n ’était plus débitrice de la Sté G E N E ­
RALE que de 886.249 frs.
ESTADO DO E. SANTO 159

Sur la demande de rcnouvellemcnt par la Sté Auxiliaire de CRÉDIT


pour 1 .5 0 0 .0 0 0 frs ln Sté GENERALE lui eonsentit. Io ronouvcllement du con*
trttt en 1c scindant en d eu s parties: Time par la Sté GENERALE, pour le
solde de son compte avances 886.249.00 nvec lc nantissement existant déjá de
■4.000 obligatious ESPIR ITO SANTO 190b — Pautre par sa filiale la Sté Fran­
çaise de Banque & DEPÔTS pour 614.000 frs. avec nantissement de 2.000
•obligatious de léemprunt 1908 de 1’Etat d ’ESPIRITO SANTO.
Ce ronouvcllement, sous cette forme fut effcctué pour la Sté G ENE­
R A LE le 17 avril 1914 et pour la Sté Française dc Banque ct de DEPÔTS lc
2 5 avril 1914 eontre remisse de 614.000 frs. par la Sté dc Banque et dc D ópôts..
E n ce qui concerne la prétention dc 1’Etat pour revendiquer les ti­
gres donnés en nantissement á la Socióté Générale el á ia Sociéto Française de
Banque el de Dépôts, P E tat d'Espirito Santo dit que la Soeiéte Auxiliaire de
Crédit n ’avait pas ln propriété sur les titres qiPelle a dorwé en nantissement,
par ee que, si dbinc part clle a aehcté ferme lc solde de Pcniprunt de 1908.
•dmutre pavt ellc était obligé á racheter les titres de 1894 eneorc en circulation,
•dc ínçon que seulement nprés avoir satisfaite eomplétemcnt cette obligation,
■elle se deviendrait propriétaires des obligatious de 1908. En outre, il y a un
4U-rét du 3 Mars 1923 du Tribunal Correetionnel de la Seine, (copio ci-joint)
que declare faux les bilans de la Sté Auxiliaire de Crédit dc 1912 et 1913:
E n face de cet arrêt les contraets de nnntissemeuts ont été faits dans la période
■suspect dc la fnillitc, d ’ailleurs le contract avec la Soeiéte Française a été fait
aprés la date de cessation de paiement fixée par la Cour de Paris, dans sou
arrêt de Janvier de 1924.

CONSU LTATION S

1 . — E st ce que PE tat d'Espirito Santo a le droit dc revendiquer les


4 .0 0 0 titres donnés en nantissement á la Soeiéte Générale, aussi
bien que les 2.000 donnés â la Socicté Française dc Banque et de
Dépôts ?
2. — E st ee q u ’il a le droit de revendiquer les titres qui sont enco-
re á la souche ct qui n ’ont été jamais placé dans lc public; et,
de produirc á la faillite par la sominc correspondante aux ti-
tres. (valeur nominal plus interêts jusqu’a la presente date)
qui ont été vendas’ a des tiers de bonue foi ?
3. _ Dans le ens de perte du procés de revendication eontre les ban­
ques. des 6.000 titres, a P E tat le droit de produirc encore á
la faillite, pour être admis comme créancier chirogrnpiiaire par
la sommc correspondante á ces 6.000 titres (capital plus in-
tercts), étant donné que PE tat a déjá fait une premiére sig-
nution á la faillite, d ’accord avec la copie ci-joint?
4. __ E nfin si PEtut est mal fondé dans son orientation (la quelle
on pent connaitre par la signation ci jo it), quel est 1’orien-
160 MENSAGEM

tation la plus sure et cclle q u ’on lui doit conscillcr pnur lui «s-
surcr lc mcillcur rcsultat. dans eette liquidntion avec la fuil-
litc et avec les banques créancicr gagist.es?

R E P O N S E :
Lc 21 jnnvier 1927.

Monsieur le Secrétaire,

Vous avez bien voulu m ’cxposer les circonstanccs et les conditions


dans lesquclles 1’E tat d'ESPIRITO SANTO a procédé á 1’émission eu Fran­
co de son emprunt do 1908, et les difficultés qui sont nécs des accords conelus
pour le placement de cot emprunt, tant avec la Sté Cli. VICTOR & Cie.,
qu'avec la Sté Auxiliaire de Crédit qui lui a succéde.
Vous m'avez également Xait part du procés cngagé eu 1925;
par 1’Etat d'ESPIRITO SANTO tout a la fois contre le syndic de la faillite de
la Sté Auxiliaire de Crédit et contrc la Sté GENERALE et la Sté FRANÇA I-
SE de BANQUE et de DÉPÔT, et vous me faites Fhonncur de me consultei-
sur le bieu fondé des demandes aiusi portées devant le Tribunal de Com-
mercc.
Avant de répondrc aux qucstions que vous m 'avez posécs á ee sujet.
jc erois nécessaire de bien préciser les circonstanccs de fait, que ont provoque-
le litige dont il s ’agit.
Ainsi que vous rac 1’avez indiqué, Pémission de 60.000 obligations
de 500 frs. constituant 1'emprunt do 1908 devait, aux termes d'accords passés
avec la Banque Ch. VICTOR le 13 avril 1908, être assurée par les soins de cettc
Banque qui sc réservait, aprés 1’oi'frc cn souscription publique, lc droit de pla-
cer pendant un certain délai pour le compte de 1’E ta t d ’ESPIRITO SANTO
les titres non sauscrits.
En mêmc temps, 1'emprunt de 1908 ayant pour objet le retrait. d *un cm-
prunt émis en 1894, la Banque Ch. VICTOR devait assurer 1’échange ou le
í-achat des titres de cctte émission á des conditions diverses q u ’il est inutilc de
rappelcr ici. II suffit d'indiquer que ccs accords n'ont été exécutés qu'en par­
ti0» la Banque ayant échangé 8.132 obligations 1894 et placé 16.860 obliga­
tions 1908, dont ellc avait fait tenir le montant á 1* E tat.
Les choses en étaient lá quand est intervenu le 24 octobrc 1910 entre
Etat d'ESPIRITO SANTO et ía Sté Auxiliaire de Crédit (Ancienne Banque
C.i. VICTOR & Cie.) un nouveau contrat qui apporta une m o d ific a i ion c a p i-
lalc á c c tte s itu a tio n d e f a i t .

Aux termes dc ce contrat, la Sté Auxiliaire de CRÉDIT est devenue-


achcteur ferme du solde de 1'emprunt dc 1908 aux conditions de prix dejá fi-
xçes par lc contrat du 13 avril 1908 c ’est á dire 416.60 par titre. Elle s ’est obli-
gce d 'autre part á proceder au rachat au taux de 4S5 frs. des obligations de
1 emprunt 1894 restant encore en circulation.
ESTADO DO E . SANTO 161

Par 1’effet do c»*"' stipultilinns. 1’Etat <1'Espirito Santo sY\st trouvé


créditoui* pour prix dos obligations dc 1908 ainsi uehetées fcrmc, d ’unc somme
globalc...................................................................................................... 1 4 .5 8 4 .3 3 2 .8 0
ct <1'antro pnrt lo Banque n déhité Io compte do PEtat du
prix total de 10.910 obligations 1S04 resta nt á
rachctcr, so it....................................................................... 9 .6 5 6 .3 5 2 f.00

en sorte que d ’aprés lc compte ainsi ótabli la Banque s ’est


finalement roeonnue débitricc e n v m PEtat d'um*
somme d e ................................................................................ 4 .9 2 7 .9 8 0 f0 0

q irelle lui a effectiveraent payés.

Sans qiPil soit néccssairo de s ’arrêter aux diffieultés que se sont alo rs
produites et qui ont trait au pniement des arrérngcs et á Pamortissement de
1’em prunt de 1908. jc precise seulement qiPen novembro 1918. la Sté Auxiliaire
dc Crédit s ’est dissoute puis a été déclnréc en faillite. par jugement du 4 fevrier
1919. sans avoir tenus engagcmenTs envers P E ta t. Lc jugement qui avait pro-
noncé sa faillite a été confirme par un arrêt de la Pour de Paris du 23 janvier
1924, lcquel a raporté la date de la cessntion des paiemonts au 17 janvier 1914.
La défaillance de la Sté A P X IL IA 1R E s e s t traduite, au regard de
P E tat d ’E S P lR ÍT O SANTO, principalement par ce fait que 16.827 titres
de 1S94 sont restes en cireulation ct que PE tat a du proceder á leur rachat
au licu et plncc de la Sté APX1LTAIRE, déboursant de ce chcf une somme to-
talc dc 8 .4 1 3 .5 0 0 fr s.
D a u tr c part, il a été constate que 2 .9 7 5 obligations de Pcmprunl de
190S étaient restées á ln Banque non placés et se trouvaient encore atlacbées
á la souehe. tandis que 6.000 de ees obligations étaient détenues á titre dc gage
et commc gnrantie (Pune ouverture de crédit, á concurrencc de 4 .0 0 0 par 1a
Sté Généralc et de 2.0 0 0 par la Sté Française dc Banque ct de Depot.
CPest dans ccs conditions (|ue P E tat á engagé 1’instancc actuellemeiit
pendante devant le Tribunal dc Comwerce et qui tend notammcnt á la reven-
dieation de G.OOO titres donnés en nantissement, ainsi qu e’á eelle des obligations
se trouvnnt encore dans les enisses de la Soeiété A U X IL IA IR E DE PR ED 1T.
E n même tem ps ccttc assignalion solicite du Tribunal Padmission dc P E tat au
passif de la faillite de la Soeiété Auxiliaire de Crédit n concurrcnee d ’unfr
somme de 3 .9 3 6 .0 0 0 frs.
J c crois devoir vous dire immédiatament que je n ’aperçois pas, quant
á moi, quellcs rnisons de droit et dc fait peuvent ju stifier la re\endication des
6.000 titres dont il s ’agit.
Tout d ’abord, je dois vous indiquer que la validité des nautissemonts
*m si consentis par la Sté A U X I L I A I R E de C R É D I T , nn profit de la Soeiété
Généralc et de la Soeiété de BANQUE ct de DEPOT, ne parait pas pouvoir-
162 MENSAGEM

•étro sérieuscmcnt contestée. S ’il est vrai, cn effet, que les contrats réglnnt la
-dntion cn garantie des titres dont il s ’a g it sont (1 'avril 1914 ct se placent ainsi
£ uno date postéricurc ú celle du 17 jmunor 1914 fixée par la Cour comme étant
ccllc Je la cessation des paicmcnts, 1'operation dont il s ’agit n ’cn échuppc
,pas moina á 1'application de Tarticlc 446 du Code de Commercc.
A ux termcs de eet article, pour qu'un droit de nantissem ent concede
par lo débiteur en faillite dcpuis Pépoque de la cessation de paicm cnts soit nul
■ct de nul effet á 1'égard de la niaase des crénnciers, il fau t que cc nantissement
■ait ótó constitué sur les biens du débiteur pour garantir une dette contractéc
•antérieuremcnt á la date oú ce nantissement est consenti.
La loi française, en effet, a voulu en cas de fa illite d 'u n comraerçam.
assurcr autant que possible 1’égalité entre ses créanciers. C ’est pourquoi
P artid o 446 sus vise ódicte la nu llité do certaines mesures ou de certaines clis-
positions, du fa it qu'cllcs ont pour eonséquence de portei* atteinte á cc príncipe
«Fégalité.
Par exemple, la loi ne permet pas q u ’un crcancicr, plu s favorisé q u ’un
autre, puisse bénéficicr, alors que la dette dont il se prévaut est déjá contractée
envers lui et que son débiteur est cn état de cessation de paiement, d ’une ga­
rantie ou d'une sureté qu'il n ’avait pas ju gé bon d ’exiger l o r s q ’i l a fait cré-
•dit á ce débiteur.
Mais il en est tout autrem ent lorsque les surctés dont beneficio le
•eréancier lui onl été consenties au moment même oú la dette s'est trouvée con­
tractée: il apparait alors que la sureté á été la condition même du prét, q u ’elIo
«n est Paccessoire indivisiblc e t q u ’on ne pourrait Tanuiiler sans commctre une
véritable injustice.
C ’est pourquoi la jurisprudence française a toujours nffirm é de Ia
faç.on la plus catégoriquc que les suretés constituées pendant la période suspe­
i t e écbappent á 1'article 446 lorsqu'cllcs sont consenties en même temps que
les obligations qu^ lles sont destinées á garantir. Plus spécialemcnt, il á été
jugé, á de nombreuses reprises, que les garanties données pour une dette n ve-
nir, notamment pour une ouverture do crédit, ne tombent pas sous le coup de
1'article 446, même si ces garanties sont ainsi conccdés aprés la date de la cessa­
tion des paiements.

Tel est précisément le cas des accords passés en avril 1914 entre la
Soeiété A U X IL IA IR E de CRÉDIT d ’une part et la Sociéte G E N E R A L E nin-
si que la Soeiété F R A N Ç A ISE de BA NQ UE et de DÉPÔT d'autre part.
Sans doute, des eonventions antérieurs avaient reglé les conditions
•d 'ouvertures dc crédit en faveur de la Soeiété A U X IL IA IR E de CRÉDIT,
ouvertures de crédit que avaient été, á plusuerus reprises, renouvelés ou pro-
rogées, et dés alors, les 6.000 obligations litigieuses avaient été remises cn
garan tie.
Mais, en avril 1914, les crédits étant venus á expiration, dc nouvellcs
-avances ont éte consenties, dont une partie devait être assurée par la Sociéte
ESTADO DO E . SANTO 163-

G E X B B A L E m oyonnant la dation on garantie de 4 .0 0 0 obligations ct le solcb*.


verse par lu Société PR A N Ç A T SE de BANQ UE ct dc DEPOT sc trouvalt ga-
vanti par la rém isc des 2 .0 0 0 nutres obligations.
U ne opération concluo, dans de tcllcs oonditions cst, á mon avis. tout
á fa it inattaquable, bicn qu*elle se placo á une date posterieure á cellc qui a éte
déelarée, par la suite, commc étant le point dc départ dc la cessation des paio-
m ents. E llc no rentre cn c ffe t duns auounc des hypothéses prévucs par Uart'.-
clc 446 puiscpUil existe, entre la fonnation de la dette et remise de la garantie,.
une eoncom ittcnce ccrtainc qui rend 1’opération inattnquable.
Dos accords ainsi passes ne pourraient évcntuellcmcnt sc trouver nn-
nulés que si, dans les termes de 1’articlc 447 du Codc dc Commcrcc, U Etat
i*tait en m esure de démontrer que ces accords ont été conclus a voe oonnaissan-
cc par les B anques de la cessation de.s paiments de leur débiteur.
U ne telle hypóthese ne peut pns etre séricusement envisagéc. La fail-
lito de la Société A IJX IL IA IR E de CRÉD IT n'a été prononcée q u ’en 1919 et
si, par la suite, la Cour de Paris a fait remontei- la cessation de.s paiements jus*
qu*cn jan vicr 1914, elle n ’a pu décidcr ainsi qiUaprés nne cxperti.se comptable
ct parce qiUelle a constate que la prosperité npparente de la Socióte A U X IL l-
A IR E de C R ÉD IT , en 1914, était fictive.
II n ’en reste par moins que pour tous ceux qui ne pouvait juger Ia So-
ciéte que sur les apparcnces, rien. en 1914 ne perm ettait de penser q u ’elle
était alors en état de faillite v irtu elle.
J e conclus done á 1’impos.sibilité de fairc rcconnaitre par les Tribn-
nanx la nu llité des nantissem ents consentis sur les 6 .0 0 0 obligations de
Uemprunt dc 1908.
rUajoutc au surplus que même si U Etat parvenait ú faire triompher
?a demande en nullité, il ne pourrait pas cependant revendiquer a son p rofit
les titres que scraina ainsi restitués á la masse de la faillite par plus que 1 E ta l
ne peut, sclon moi, revendiquer comme il lo fait, les 2 .9 7 5 obligations de 1908
qui sont encore dans les caisscs dc la Société A U X IL IA IR E de C R É D IT . IL
mc su ffira pour vous en convaincre de préeiser á ce point de vue la situation
ju rid iqu e:
P ar U cffct des conventions de 1910, toutes les obligations de Uemis-
sion de 1908 qui n ’avaient pas encore éte placécs par la Banque ont fait Uobjefc
d'nne vente forme é cette derniére, et leur prix a été partiellem ent payé á U E tat
ainsi q u ’il a été d it ci-dessns. M ais il apparait que. par suite de la défaillance
de la B anque et du manquement á son obligatiou de racheter les titres de
Uemprunt de 1894, elle n ’a pas complétement rempli son engagem ent dc pai-
ement pour les obligations de 1908 ainsi ncbetées ferm e. On peut donc consi­
derei* que notamment, les 2 .9 7 5 obligations 190S dont il s agit, ne sont pas en­
core pavées par la B anqu e.
D 'aprés le droit civil français, le vendeur de meubles im payé peut
dem ander la résolution de la vente ct se faire restitucr sa marchandise (Codft
'1 6 4 MENSAGEM

•Civil, art. 1654) mais lc Coclo de Commcrce apporte (par lcs articls 550 pa-
.rngraphe 0 ct 57G á 578) d'im portantes dórogntions á cc príncipe.
L'nrticle 550 dispose notammcnt que le privilége et le droit dc reven-
•diention établis au profit du vendeur d*effcts moliliéres, na pcuvcnt etre cxcr-
cós contrc la faillite.
E n cas dc faillite, la revendication du vendeur est subordonnée ú cinq
•conditions qui sont lcs su ivan tes:
X.o — Que ]e prix n 'ait pas été payé ou que le vendeur ir a it pas été
satisíait d 'une autro w a n iére;
2." — Que 1’identité des choses vendues soit prouvéo;
3 .0 _ q uc ia tradition de.s marchandises ou des meubles revendiqués
n ’ait pas encore cté effectuée dans lcs xnagasins du débiteurí
4.0 _ Qu 'avant leur livraison au débiteur, lcs marchandises n ’aient
pas étó vendues sans fra u d e:
5 . — Qu’cnfin, ccs marchandises nhiient pas été constitues en gage
á un tiers de bonne fo i.
Or, ii npparait qu'en 1'espéce, au inoins Tune des conditions ainsi exi­
g e s fait défaut, lcs titres revcndiqúcs par 1’E ta t ayant été depuis longtcmpx
livres au failli qui lcs déticnt encore á 1'lieure actucllc.
J'estim e dons que tant pour lcs 6 .0 0 0 titres donnécs en gage. que
pour lcs 2.075 encore dans lcs caísses de la Société A U X IL IA IR E dc CRÉDIT,
1’E tat est mal fondé dans sa revendication.
E n próvision d'un rejet par lc Tribunal de la demande, que mc pa-
rait inevitable sur ec point, il importe donc de modifier la procédure engagéo
•ct de poursuivre, tout au inoins sons forme de demande subsdioire, 1’admission
-á la faillite de la totalitó dc la créance dont r E ta t peut se próvaloir contrc la
B anque.
II est á mon avis relativcm ent facilc de faire déterminer la chiffre
•de eette créance et de la faire admettrc au passif. La créance dc 1’E ta t est,
.selon moi, justifico par lcs fa it que la Banque, contrairemcnt <i ses engngemcn-
ts, n'a pas retire de la circulation, la totalitó des titres dc 1’emprunt de 1894.
Cctte opération incombait entiérement á la Banque et c'cst en compensation
•de ce retrait quc 1’E tat n ’a touehé ainsi. qu'il a été d it plus haut, qu'une SomUtC
de 4 .9 2 7 .9 8 0 frs pour reglement de la cession ferm e consentie par lc contrat
•de 3910.
Commc 1’État a du, au licu ct place de la Banque, rccheter les titres
de Témission de 1894 au nombre de 16.827 et décaisser de ce chef une somme to-
tale de 8 .4 1 3 .5 0 0 frs. c ’est á concurrence du montant dc cctte somme avec les
intérets, á partir du jour du remboursement, que 1'Etnt doit, selon moi, deman-
•der et obtenir son admission au passif de la fa illite.
A cet égard, je mo permet d*attirer tout particuliérem ent votre at-
tention sur la ncecssité de faire rcconnaitrc par um jugement, le montant de
ESTADO DO E . SANTO 165

cette créanco aprés disoussion contradictoirc devant le Tribunal de Commercc.


Sans doute, la prétcntion dc 1’E tat quaut á la production á la faillitc pour la
valeur des titres rache tós a dejá formulce devant la zême Chambre de la Cour
.dc Paris, lors que 1’E tat est intervenu dana le litigc alora pendant entre la So-
ciété A U X 1L IA IR E de C R ED IT et M . ARMAND, son ayndic. Mais il ressort
du t e x t e m e m e d c V a r r ê t d u 23 j a n v i e r 1924 q u e la C o u r n ’a n u lle m c n t r c -
c o n n u c t f i x é le c h i f f r c d c la c rca n cc d c V E ta t e t n ’a , e n a u c u n e m a n ic r e , p r o -
M n c ê so n a d m is s io n a u p a s s if d c la f a i l l i t c . L*arrêt s*est borné & d o iin c r a c te
xlr. cc q u e V E t a t se réservait le droit de se porter créancier et de produire pour
une eréancc de 9 .4 1 3 .5 0 0 fr s. en principal.
Le litige quant á 1'admission de 1’Etat á la faillite, et quant au chiffrc
de la erónnee á fairc udmettre au passif — est donc demeuré entier; et il im ­
porte, selon moi, de le fairc trnnchcr le plus tôt possible par le Tribunal de
•Commercc au moycn d'une assignation nouvellc reprenant ct complétant l ’as-
signation déjã signifió le premicr décembre 1925.
Telle est, Monsieur le Sccrctairc, ma réponse aux diverses questions
-que vous avez bien voulu mc so u m e ttie.. Je reste. fa u t’il vous le dire, tout á
votre disposition ct á celle dc son Excellcnce M . le Président de 1’E tat d 'E S ­
PIRITO SANTO pour examiner á nouveau ces difíicultes, si vous le jugez nó-
cessaire et vous fournir tous renseignements complémentaires que paraitraient
üésirables. — Veuillez agréer, Monsieur le Secrétaire, 1’expression de ma haute
•considération et de mes sentiments devoués, — (a) — Chrcstcil.

TRECHO8 DO RELATORIO DO SR. DR. ARGEÜ MONJARDIM

RESGATE OU REEMBOLSO DO EMPRÉSTIMO EXTERNO 5 % DE 1908


DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO

Ficou conhecido com a denominação de — Accordo com a As-


sociation Nationale — o bem inspirado e feliz ajuste que, depois de
longos entendimentos, foi concluído, em Paris, em 17 de Janeiro de
1927, entre o Governo de V. Exa., representado por seu digno auxi­
liar S r. D r. Moacyr Ávidos, então em commissão na Europa, e a
Association Nationale'des Porteurs Français des Valeurs Mobiliércs,
para o resgate ou reembolso do empréstimo externo 5% de 1908,
<ieste Estado, collocado na França, o qual, ha muitos annos, encontra­
va-se em anormal situação, tendo os seus serviços em atraso e sus­
pensos, com a aggravação de não quererem mais os portadores de
•suas obrigações acceitar, senão cm ouro, os pagamentos que lhe eram
devidos, e que, anteriormente, foram sempre feitos em francos fran-
cezes, mesmo no caso cm que fossem retomados os serviços do refe*-
rido empréstimo.
MENSAGEM
166

No mez de Maio do anno passado, quando cheguei a Paris,


portadores em numero de 1464, representando 8.344 obrigações, já
haviam prestado adhesão ás proposições de V . E x a. transm ittidas
e rccommendadas, como já referi, pela Association Nationale. ^ T o ­
davia, nessa epoca, o resgate ou reembolso não podia ainda ter força
Obrigatória para o Estado, por não ter, até então, reunido a adhesão
de portadores, representando 55% do numero das obrigações, em
circulação, nos termos previstos no Accordo. Mesmo assim, co­
nhecedor do pensamento de V . E x a ., que não era procrastinar a
execução a pretexto algum, e, ao contrario, apressal-a, para pôr ter­
mo a uma situação desagradavel, tanto para o Estado, como para os
portadores, entendi-me com a Directoria da Association .sobre o as-
sumpto, c, encontrando-a nas mesmas ideas e disposições, autorisei-a,
em nome de V . E x a. a annunciar a execução do mesmo Accordo.
Neste sentido, a Association Nationale expediu a sua inform a­
ção n.* 657, de 30 de Maio do anno findo; c, em seguida, o Accordo
ent.rou em execução no dia 1 de Junho.
Em consequência, os portadores já adherentes e os que con­
tinuaram a adherir passaram a receber a primeira prestação de 325
francos francezes, accrescida dos juros vencidos, a contar de 5 de
Abril de 1927 até 31 de Maio, vespera do inicio do pagamento, na
importância de francos 2,55 ou, seja dito, um total de francos fran­
cezes 327,55, correspondente aos coupons vencidos, de ns. 13 a 38,
observando-se neste pagamento o expresso nas disposições praticas da
dita Informação. (Doc. n.° 2) .
A segunda e ultima prestação começou a ser paga. em 20 de
Janeiro do corrente anno, consistindo no reembolso do nominal do
titulo; isto é, 500 francos francezes, augmentados de juros dc 5% ,
contados de 5 de Abril de 1927, á 19 de Janeiro, vespera do pagamen­
to annunciado, na importância de francos 20,0694, ou seja dito, um
total de francos francezes 520,0694, por titulo, observando-se, tam­
bém, neste pagamento as disposições contidas na Informação n . 692,
de 19 de Janeiro passado. (Doc. n . 3 ).
Até o dia 20 de Abril, quando sahi de Paris, haviam adherido
ás proposições de V . E x a. portadores, representando 17.241 titu-
los, dos quaes 14.443 haviam já recebido a segunda e ultima presta­
ção, na forma estabelecida no Accordo, e 1273 depois de estampilha-
dos com o carimbo de adhesão foram vendidos na Bolsa e comprados
ESTADO DO E . SANTO 167

cm nome do Banco do Espirito Santo, achando-se, pois, pagos c reem­


bolsados .
Esses 1.273 títulos que comprei na Bolsa, são os que constam
<la relação junta, (Doc. n.° 4 ), da qual V . E xa. verificará os mezes
e dias em que estas operações tiveram lugar, e o preço de cada titulo.
Nos termos do Accordo, o Estado se obrigava a pagar, somen­
te, os coupons de ns. 13 a 38, correspondentes á primeira prestação.
Tendo sido, porém, apresentados á adhesão muitos títulos que ainda
traziam ligados coupons de números anteriores, concordei, por con­
siderar acto de justiça, que esses coupons também fossem pagos e
resgatados. Assim, foram pagos e resgatados 511 coupons nas con­
dições referidas, e constantes das respectivas relações numéricas.
Autorisei ainda ao Banco Italo-Belga a mandar comprar, na
Bolsa, por conta do Banco do Espirito Santo, todos os titulos do em­
préstimo de 1908, que apparecessem á venda, mesmo por preço supe­
rior ao da offerta de outros concurrentes, desde que esse preço fosse
inferior ao determinado no accordo. Deste modo, consegui também,
a preço vantajoso, comprar e retirar da circulação 2.327 titulos do
alludido empréstimo os quaes constam da relação junta, (Doc. n.
5), da qual V . E xa. verificara, igualmente, os mezes e dias em que
essas compras se realisaram e o preço de cada titulo.
Não bastavam, porem, estas providencias. Para o exito dos
resgate do empréstimo 5% de 1908 era imprescindível que, além dos
titulos em circulação, o Estado entrasse, também, na posse das de­
mais obrigações que figuravam no activo da fallencia da Socictc Au-
xiiliaire de Crédit; isto é, dos seis mil (6.000) titulos, dos quaes, qua­
tro mil (4 .0 0 0 ) estavam caucionados na Société Générale, e dous mil
(2 .0 0 0 ) na Société Française de Banque et de Depôts, para garan­
tia de contas correntes daquellas sociedades; e dos dous mil novecentos
e setenta e cinco (2.975) titulos, que, cm grande numero, se achavam
ainda presos aos respectivos tocos, não tendo entrado em circulação-
E ra preciso mais, qüe fossem também entregues ao Estado os dous mil
cento e quarenta (2.140) titulos amortisados, nos annos de 1912 e
1913, os quaes, a despeito das reclamações do Governo, permaneciam,
irregularmente, em poder da mesma sociedade íallida.
P ara alcançar este resultado, o Estado, no anno de 1925, in­
tentara no Juizo do Commercio do Sena, na cidade de Paris, uma
168
MENSAGEM

aCção de reivindicação desses titulos, contra a Societé Gencí ale, a So-


ciété Française de Banque et de Depôts e o Syndico da massa fallida
da Societé Auxiliaire de Crédit. Promover o andamento dessa cau­
sa, que se achava parada, teria sido, o meu primeiro cuidado, se o
actual advogado do Estado Maitrc George Chresteil e, eu mesmo, a
considerássemos amparada em solidos fundamentos jurídicos, para
chegarmos ao fim que se tinha em vista. Entretanto, o dito advo­
gado, em longo e luminoso parecer, que V , E xa. teria tido; occasião
dc ler, arguiu-a de improcedente, declarando, até, que não percebia
as razoes de direito e de facto, que pudessem legitimar a reivindica­
ção desses seis mil (6.000) titulos e, também, dos dous mil novecen­
tos e setenta e cinco (2.975), porquanto, em virtude de estipulaçõcs
do contracto dc 24 de Outubro de 1910, a Sociéte Auxiliaire dc Cré-
dit comprara, firme, ao Estado o saldo do empréstimo de 1908, pelo
preço fixado no contracto de emissão, de 13 de Abril de 190S, saldo,
em que esses titulos estavam comprehendidos.
Deante deste pronunciamento expresso, franco e leal do pro-
prio advogado do Estado, que, aliás, form ara o seu juizo, baseado
em documentos e provas indestruetiveis, considerei que seria um de-
serviço e até mesmo uma impertinência minha, insistir nessa deman­
da, mal fundada, e cujo insuccesso seria inevitável.
Restava-me, pois, desistir da acção para mandar propor ou­
tra, cabivel, o que, entretanto retardaria o resgate, pois, as demandas
são sempre demoradas em seu andamento, quando não se eternisam
nos archivos dos cartorios; ou, então, adoptar outra providencia mais
simples, pratica e summaria, para fazer voltarem á posse do Estado
esses titulos que já não lhe pertenciam por effeito do citado contracto.
Entre as duas soluções, preferi a segunda, de accordo com o
advogado do Estado e a previa approvação de V . E x a .
Como vê V . E xa. foram estas as operações que tive de reali-
sar para o resgate ou reembolso do empréstimo de 1908, as quaes se
resumem no seguinte:12

1. ° — Execução do Accordo celebrado entre o Estado e a As-


sociation Nationale, em sua primeira e segunda e ul­
tima parte;
2. ° — Resgate ou reembolso, por este modo, de 15.716 titu­
los, dos quaes 1.273, depois de terem os seus portado-
ESTADO DO E. SANTO 169

res recebido a primeira prestação, foram vendidos na


Bolsa e por mim comprados, em conta do Banco do
Espirito Santo, já estampilhados com o carimbo de
adhesíio;
3. ° — Compra de 2.327 títulos tendo ligados os coupons de ju­
ros vencidos e em atraso, cujos portadores preferiram
vendel-os na Bolsa;
4. ° — Compra dos 6.000 títulos caucionados;
5. ° — Compra dos 2.975 titulos pertencentes ao activo da
f allencia;
6. ° — Recebimento, pura e simplesmente, de 2.140 titulos
que haviam sido amortisados pelo Estado.

Incluo entre os titulos em circulação uma grande quantidade


de obrigações inteiramente imitilisadas ou esfaceladas, de tal ma­
neira, que não pude concordar no seu pagamento e reembolso, por
não ser, absolutamente, possível idcntifical-as. E 5 grande também
o numero de titulos perdidos durante a guerra européa, não tendo eu
attendido ás allegações e reclamações dos interessados, por me jul­
gar sem competência para resolver a respeito.
O serviço de pagamento aos portadores adherentes foi e con­
tinua a ser feito pelos conceituados Bancos Italo-Belga e Union Pari-
sienne, segundo fôra combinado entre o Governo de V . E xa. repre­
sentado pelo S r. D r. Moacyr Ávidos, e a Association Nationale, por
uma conta corrente aberta pelo Banco do Espirito Santo no primeiro
dos estabelecimentos citados, conta essa pela qual também correm
a compra na Bolsa, das demais obrigações e todos os serviços decor­
rentes do reembolso.
O saldo dessa conta, no fim de Abril, conforme telegramma,
era de 1.670.000 francos.

CREDITO DO ESTADO N A FALLENCIA D A S O d E 'T E '


AUXILIAXRE D E CRÉDXT

Como sabe V . Exa. o Estado é credor da massa fallida da


Société Auxiliaire de Crédit, principalmente, pela somnia de francos:
— 11.232.433,90, provisão que fez o Governo ao Banco de Paris et
170 M E N S A G E M

■des Pays Bas, em 1920, para o resgate geral de 16.827 obrigações do


empréstimo externo 5% de 1894, restantes cm circulação, cm 5 de
Outubro de 1910, c para o respectivo serviço de pagamento de juros,
em atraso, resgate esse que, nos termos das estipulações do contracto
de 24 de Outubro de 1910, a que já alludi, devera ter sido feito por
aquella sociedade, que, para isso, fôra em tempo, habilitada.
Esse credito, porem, para ser admittido no passivo da fallen-
cia, precisava, primeiramente, ser verificado, em Juiso, quanto á ci­
fra exacta do seu montante, e, em seguida, fixada e reconhecida esse
cifra por um julgamento' do Juiso do Commercio, após discussão con­
traditória entre os interessados.
Não se tendo, nunca, preenchido essa exigencia legal, enten-
di-me, sobre o assumpto, com o advogado do Estado, que promoveu e
obteve do Juiso a nomeação de um arbitro para o dito fim, isto c. para
examinar a escripturação existente, e proferir o seu laudo sobre o
montante do credito a ser admittido no passivo da fallencia.
O arbitro nomeado pelo Juiso foi o S r. Roy. P a ra facilitar-
lhe o trabalho, c acautelar, convenientemente, os direitos e interesses
do Estado, offereci-lhe um dossier com toda a documentação que jul­
gue. necessária, a-qual, a pedido de V . E x a. me foi fornecida pelo
Banco de Paris et des Pays-Bas, que se encarregara do serviço do
reembolso das alludidas obrigações do empréstimo 5% de 1894 e do
pagamento dos coupons atrazados do referido empréstimo.
O serviço de exame e verificação das contas ia em bom anda­
mento. Varias reuniões contradictorias se succederam, nellas toman­
do parte o advogado do Estado, o Syndico e o Liquidatario da fallen-
c n . Emfim, o Arbitro já se achava habilitado a pronunciar o seu
audo, que, em breve, seria conhecido, quando, em meio do mez de Ja-
neno, fo. accommettido de um grave incommodo cerebral, que o im­
possibilitou para qualquer trabalho. Assim, foi forçado a pedir dis-
pensa do seu encargo, tornando-se sem efíeito todo o serviço, até en­
tão, ja reahsado. v ’

gar emPlT d c UM tÍtUÍrí° S r ' R°y’ em audiencia do J uis0> que teve lu­
gar, em 15 de Março, foi nomeado um outro Arbitro, S r . M Rode
•que ja esta examinando as contas, afim de dar o seu laudo.

tado CStá eXC' USÍVamente a car&° d0 advogado do Es­


tado, que delle cuida com o maior interesse.
ESTADO 1)0 E. SANTO 171

Con relação a cessão do alludido credito, já feita pelo Estado


ao Banco do Espirito Santo, os documentos, que dizem respeito a essa
cessão, se acham cm poder do mesmo advogado, que fará a devida no­
tificação ao Syndico da fallencia, na occasião que julgar opportuna.

EIYl P R E S T B S O D E 1919

Além dos encargos de minha commissão, coube-me também a


honra de, como delegado de V . Exa. assignar as proposições dirigi­
das aos portadores das obrigações do empréstimo externo do Estado
5 /o de 1919, em 28 de Novembro do anno findo, consistentes no se­
guinte :
Reembolso immediato do montante do nominal
da obrigação; isto é, 320 francos francezes e do cou-
pon de juros (8 francos), a vencer-se em 31 de De­
zembro do anno passado;
ou, então:
Conservação, por parte dos portadores, de seus
títulos, mediante as vantagens que se seguem: eleva­
ção da taxa de juros, de 5% para 7% , (deduzido o im­
posto francez), a contar de 1 de janeiro deste anno;
uma bonificação de 15 francos francezes, por cada
obrigação, (menos o mi posto francez,) e, finalmenter
modificação da tabella de amortisação, de modo a ser
inteiramente amortisado o mesmo empréstimo até De­
zembro do anno de 1943, em vez de Dezembro de 1973,
como estipulava o contracto, por meio de compras, na
Bolsa, ou sorteios seniestraes, a contar de Dezembro do
anno corrente.

No momento da publicação das proposições de V . E xa. exis­


tiam, em circulação, 72.540 obrigações do dito empréstimo.
Até o dia 17 de Abril proximo passado, quando recolhi as ul­
timas informações por mim solicitadas, dessas 72.540 obrigações já
haviam sido reembolsadas 50.175. Portadores representando 8 .7 3 0
obrigações tin h a m preferido continuar com as mesmas, mediante as
vantagens offerecidas. Existiam em circulação apenas 13,635 titu -
172 M E N S A G E M

los. Todos os pagamentos e serviços concernentes a este empréstimo


continuam a cargo do Banco Francez c Italiano para a America do
Sul, (P aris), e são feitos, como V . E xa. determinou, por uma conta
corrente, que o Banco do E spirito Santo abriu c mantem no referido
estabelecimento.

Agradeço a V . E xa. a consideração e fineza de sentimentos


com que me penhorou pessoalmente, durante a minha estadia na E u­
ropa, c o apoio moral que a alta autoridade de V. E xa. sempre me
prestou, concorrendo, assim, para que eu pudesse, dar desempenho a
minha commissão.
Aproveito a opportunidade para apresentar a V . E xa. as mi­
nhas felicitações por mais este assignalavel serviço que acaba dc pres­
tar, com coragem c com patriotismo, resgatando, de um só golpe,
•dons grandes empréstimos externos, e consolidando o nosso credito
no estrangeiro, ao mesmo tempo que, cheio de fé no futuro e con­
fiante nos nossos destinos, augmenta c enriquece o patrimônio do E s­
tado com realisações custosas c de inestimável c indiscutível utilidade
publica.
Victoria, 22 de Maio dc 1928.
Argeo Monjardim

CONTBACTO DE EMPEESTEAO

1908
(CLAUSULAS MAIS IMPORTANTES)

EM ISSION DE L'EM PRUNT

1 — N a tu r e d e V E m p r u n t

Article 1 — I /E t a t cTEspirito Santo contracte un emprunt de treinte


millions de frnncs, monnaic d ’or f rançai se dont les intórêts seront payós aux
taux de cinq pour cent l'a n . Cet emprunt sera divise en 60.000 obligations de
-500 franes cbacuno.
Les obligations ówises donneront droit ú un paycment semestriel dc
P rs. 12,50 d'intórêts et seront remboursables dans un délai qui n'excedera pas
lc 5 Octobre 1949.
Le remboursement de 1'emprunt et le payemcnt des intórêts seront
•effectuós á Paris en monnaic d ’or françaisc ou de 1’Union Latine.
ESTADO I>0 E . SANTO 173

Les intérets seront payables los 5 A vril et 5 Octobrc dc cbaquc annén,


-ct pour la prémiére fois Jc 5 Octobrc 190ò.

I I — M o d c c t (la te d >E m is s io n

A rticle 2 — L'em prunt sera offcrt pour compte do 1’Etat de Espirito San-
4o en une souscription que sera ouverte á Paris dans tclles Banques que M . M.
O h. V ictor & Cie. désigneront et en outre s ’ils jugent ú propos dans telles
m aisons de Paris, de province ou de 1’étranger q u ’ils se réservcnt de choisir.
A u cas oú cctte emission nc scrait pas couverte, M. M . Ch. Victor
& Cie c o n s c r v c r o n t le droit de plaecr pour compte de l*Etat d'E spirito Santo,
p e n d a n t un an. á partir dc la date d ’emission, les titrea non souscripts avec
jouissance du coupon en cours. Dans ee cas ils fourniront á la fin dc chaquc
mois á 1’E tat ou nu représentant qu'il designara, un décomptc des titres ainsi
placés.
A rticle 3 — L emission publique du présont emprunt devra avoir lieu,
p ar les soins de M . M . Ch. Victor & Cie, a u p lu s t a r d le s e p t M a i 1908.
A rticle 4 — Tout óvéncmcnt politique ou financiar qui pourr&it trou-
bler le marche dc P aris ou faire baisser 1'emprunt do Espirito Santo déjá cote
.au dessous de 470 pourra permettre á M. AL. Ch. Victor & Cie. d'annuler le
présent contraí ou d ’en ajourner 1'emission ju sq u ’au moment oú ces obstacles
.auront disparu. C c t a jo u r n e m e n t en aucun cas ue pourra dépasser le d c la i
d ’u n e a n n ê c .

I I I — F o r m a li tc d 'A d m is s iu n á la C o te .

I V — F o r m e d e s o b lig a tio n s c m isc s c l f r a i s d ’im p re $ $ io n e t d e p u b h c i té

G A R A N TIE S A F F E C T £ ’E S A ’ L'EM PRUNT

A rticle 8 — Le Service des intérets de cet Em prunt et son amortisse-


m en t seront assu rés:
1 — par le produit des dvoits d ’exportations que sera affectó cn pré-
miórc lign e et par privilége aux nouveaux obligataires au fur et á mesure de
Péchange ou racliat des obligations 1894 et pour autant qiPils ne soient pas affc-
-ctés á ces derniéres;
2 — au moyen de toutes les autres resources ordinaires et extraordi-
naires de 1’E tat de Espirito Santo avec raug de privilége et de priorité par rap-
port á tout autre emprunt tant extérieur q u ’intérieur que sera crée sous qual-
•que forme que ee soit, posterieurment á Pcmprunt qui fait 1’objet des presen­
tes conventions.
A rticle 9 — Lc Gouverncment devra remettre á M . M . Ch. V ictor &
•Cie, dans le plus bref dólai possible, e ’est-ú-dire, aussitôt aprés lc remboursement
174 MENSAGEM

de lft detto extéricure existant á ce jour, une piéce ótablie dnns les formes rcqui-
ses constatnnt que lcs produits des droits d'exportations perçus par l'E ta t da
Espirito Santo sera affccté par privilégc et sans restriction au paycracnt inte­
gral de.s intérêts de 1’amortisscmcnt des soixante millc (60.000) obligations qui
lon t 1'object du présent emprunt.

PRODUIT DE L'EMPRUNT

1 — E c h a n g c d e s O b lig a tio n s 1894


Article 10 — Le présent emprunt ayant tout d'abord pour object, con-
formément á la loi n . 446, le r c tr a it d c V e m p r u n t énvis e n 1894, M . M . C h .
V ic to r & C ie. offriront aux dótentcurs des titres dc Pancien emprunt, 1’échange
de leurs titres, ex-coupons d ’Avril 1908, contrc des iitres du présent emprunt
et le payemcnt d'une soulte caleulée en raison dc la differcnce du taux d ’ómis-
sion du présent emprunt et du cours des titres de 1'emprunt 1894.
L ’cnscmble du taux et de la soulte ne pourra pas comporter pour lc
Gouverncment un montant supérieur á celui de 485 fr s ., par obligation onciennc.
La dite soulte sera payée par les soins dc AI. AI. Ch. Victor & Cie pour
le ccmpte de 1’Etat de Espirito Santo sur les fonds á provenir de Pemprunt et
sera portée au débit de PEtat.
M. AI. Ch. Victor & Cie. sont autorisés á maintenir ces conditions
d ’échange p e n d a n t s ix m o is á partir dc la d a te d fê m is s io n .
Article 11 — S i a u bou t d e s ix m o is que mentionne Particle 10 il res-
tait encore des obligations ancicnnes en eirculation, AI. AI. Charles Victor &
Cie. auront le droit de demander au Gouvernemente d'exercer sous son controle
et d ’accord avec ses instruefions le rachat ct, nu bésoin, le remboursement au
pair des dites obligations.
L'affectation des sommes destinécs á la conversion ou rachat des titres
de 1'emprunt de 1894 ne pourra cn aucun cas exceder lcs 7/1 2 du produit du
présent emprunt qucl que soit le montant des titres placés, 5/12 restant dovant
toujours étre tenus á la disposition du Gouvernemcnt d'accord avec les disposi-
tions dc Particle 15 et sous réserve des stipulations formulées á Particle 14.
Article 12 — Les obligations écbangécs ou rachatées en vertu des arti-
cles ci.dessus seront immédiatcment annulces par les soins de'Aí. M. Ch. V i­
ctor & Cie., qui en fonmiront un décompte au Gouvernemcnt ou á son répré-
sentant. Les titres annulés seront remis á Paris au fur et á mesure á 1'agent
du Gouvernemcnt ou directement au Gouverncment chaque fois que le nombre
de eeux-ci aura atteint un maximnm de 1.000 titres.

2 — P r i x d e s O b lig a tio n s érn ises.

Article 13 -— AI. AI. C. Victor & Cie émettront Pemprunt ei-dessus


pour compte de P Etat d'Espirito Santo au prix qu*ils jugeront convcnable, au.
ESTADO DO E. SANTO 175

moracnt oú ils proccderont íi cctte opérntion, ctant cntcndu que le ppix dVmis-
sion q u ’ils fixnront ne dépnssnrn pas Pr?;. 475 par obligation.
Iludevront tenir coraptc dans lcs condilions indiquées ci-uprés á 1’E tat
«de E spirito Snnto dc ln somme de F rs. 416,60 par obligation émise ou écliangée
ot en plus de.s intérôts courus. Étant donné la date d u s ix y ia i co n v e n u c p o u r
V é m is s io n , lcs intérôts seront. toujours diminues du montant d'un mois d ’ur-
•rerages.
La diffcrenoe entre lc prix pay6 á 1'Etat de Espirito Santo et lc prix
des obligations émises ou échnngées, scra conscrvéc par eux pour subvenir aux
frais de timbre, ú lcurs propres frais, soins et démarehes de toutes sortes en de-
jiors de ceux próvus ú l'article 7 pour la publieation et la eonfeetion des titres.

3 — C o m p te d e s so m m e s r c v c n a n t á l* E ta t

Article 14 — M. M . Ch. Victor & Cie. portcront au crcdit du com­


pte de 1’E tat, conformément á 1'article 13 ci-dessus, une somme de Frs. 416,60
(quatre cent seize francs soixante) par obligation émise ou échangée, ainsi que
lcs intérôts courus par ces titres, mais d ’aecord avcc l ’article 13.
Ils portcront au débit du mêmc compte:
1.0 — la somme de 396.000 frs. prévue á L'article 7 pour frais de
eonfeetion de titres et de publicitc;
2.0 _ lc montant au prix émission des obligations données en échange
conformément à 1'article 10;
3 .0 — le montant des soultes payées en espéce conformément á
r&rticle 10;
4.0 — ies sommes éventuelles payées par eux conformément ú Tartiele
I I pour xachat des obligations 1S94 non écbangées.
Copie de ce compte scra cnvoyé mcnsuellement á 1’E tat de Espirito
•Santo.
4 — P a y e m e n t â V E ta t
Article 15 — L ’E tat d'Espirito Santo pourra disposer mensuellemenc
des sommes qui lui reviendront d ’aprés les comptes ci-dessus au moven des
-traites tirées á 90 jours de vue sur M . M . Ch. Victor & Cie ou sur telle ban-
•quo que ceux-ci désigneront.
Toutefois M . M . Ch. Victor & Cie devront conservei* une somme do
F r s . 485 par obligation de 1894 restant sur le mnrehé pour opérer les rachais
“prévus á Particle 11 ci-dessus.
Lcs sommes conservécs par M . M. Ch. Victor & Cie conformément
aux deux paragraphes ci-dessus, portcront interets au p io fit de 1 Etat <i raison
d e 2% l»an; ainsi que toutes autres sommes portées chez eux au crédit de 1’E tat.

5 __Eniploi des sommes revenant á L ’Etat.


176 M E N SAG E M

ÀM ORTISSEM ENT E T PA Y E M E N T D E S IN T E R E TS

Articlo 17 — Le Service des intérets pendant les annécs 1908 ct 3909


sera fa it â raison de F rs. 1 .5 0 0 .0 0 0 par an et á partir do V a n n é e 1910, le Ser­
vice des intérêts et dc ram ortissem ent sera fa it moyennant une annuité cons­
tante do F rs. 1.748.344,80 payée pendant 40 ans par lc Gouvcrncmcnt, á
partir dc 1'ozmée 1910, de maniére que Pemprunt soit remboursé au plus tard
lo 5 Octobre 1949 (m il neuf ccnt quarnnte n e u f ) . Les fonds nécessaires pour-
lo payement d e s d e u x p r é m ie r s s e m e s tr e s á c c h o ir s e r o n t r e te n u s p a r JV. M .
C h . V i c to r & C ie , sur lc produit de 1'émission pour lc montant des titres pla-
cés par cux.
Article 18 — L ,amortissemcnt 8’opérera par voie dc r a c h a i e n
Bourse ou par voie dc tirages au sort, selon que les titres seront côtés ou nom
au dessus du pair.

Les droits de Porteurs et Causes diverses.


Article 25 — Les porteurs qui viendraient á perdre leurs titres ou.
leurs coupons pourront s'en faire délivrer dc nouveaux dans les conditions de
la loi française du 6 février 1902.

Le treize A vril m il neuf cent hu it.


Lu et approuvé.
Suivant les signatures.
Signé: Ch. Victor & Cie., Le delegue de 1’E ta t de Espirito Santor
Signé: Jcan Zinzen.

MODIFICAÇÃO DO CONTRACTO D E EMPRÉSTIMO D E 1908,


FE ITA EM 1910

Entre les soussignés:


l.° — M r. Charles Victor, agissant, en qualité d'administrateur D e-
legué de la Socicté A uxiliaire de Crcdit (ancienne Banque-
Ch. Victor C ie .) Société Anonyme dont le siége est á Paris,
13 Boulevard Haussmann, d ’une partí
2*° — et Mr. Domingos A . Braga demeurant á Paris, 32 Avenue
Henri Matrin, agissant comme delegué officiel et porteur des-
pouvoirs que lui ont étó délcgués ú cet effet par M r. Jeronymo
de Souza Monteiro, Président dc 1’E tat d E sp irito Santo
(E tats-U nis du B résil), demeurant á Victoria (B résil) Palais-
du Gouvernement, en vertu d ’une proeuration datée de V i­
ctoria la d o u z e S c p t e m b r c 1910 et legalisée par M r. l\Agent-
consulaire de France dans celle ville, le dit jour 12 Septem -
bre 1910.
d*autro part;
II a été expliqué ct convenu ce qui suit:
ESTADO DO E. SANTO 177

Lc vingt-huit Aout 1010, les propositions suivantcs ont été faites par
M r. Ch. Victor, esqualités, au Gouvcrnement dc I'Etat d'Espirito Santo par
l ’entremisc de M r. Domingos de A . Braga, qui se trouvait alors á Rio de:
Janeiro:
1 — D e prendrc le solde dc 1’Emprunt de 1'Etat d'Espirito Santo
de 1908 aux eonditions du contrat du 13 Avril 1908 et d ’emporter lo mon-
tant au crédit du compte du dit E tat d'Espirito Santo, valcur 9 Septcm-
bre 1910.
2 — D e paycr le couponj á échoir dc 5 O c tó b rc 1910 s u r les o b lig a tio n s
en circulntion des Emprunts 5% 1894 ct 5% 1908, par le débit du compte dc
1’E tat d'E spirito Santo.
3 — D e payer, á quatre vingt dix de vuc, á 1’E tat d'Espirito Santo
une ou plusieurs traites d'un chiffre total de un million einq ccnt mille
franca par le débit du compte du dit Etat d ’ Espirito Santo.
4 — D e verser á l'E tat d'Espirito Santo, trois mols aprés le paie-
ment de la prémiére traite le montant du solde créditcur du compte de 1'Etat-
d'Espirito Santo tel q u ’il vésultera, a cette époque, des livres de la Sociétc
Auxiliaire de C rédit.
5 — D c débiter le compte dc 1’Etat d'Espirito Santo du montant du.
rachat, á 485 franes 1’unc des Obligations restant cn circulation de TEmprunt
5% 1894, la Société A uxiliaire de Crédit garantissant ce racliat, q u ’cllc eÜ-
fectuera á sa convcnance. Ces propositions ayant été agrées le 19 Septembre
1910 par un cablogramme du D r. Jcronymo dc Souza Monteiro, Président de-
l ’E tat d'E spirito Santo confirmant deux cablogrammes de Air. Domingos
Braga, delegue plénipotcntiairc du dit Etat, des 20 Aout 1910 ct 3 Septembre-
1910, en conséquence desquels cablogrammes M r. Ch. Victor, es-qualités, a
payé le coupou du 5 Octobrc 1910, les parties déclnrcnt par les presentes, les
ratifier purement et siraplement.
II n ’cst fait novation par les présentes aux engagements pris par le-
Président D r. Jeronymo de Souza Monteiro, de faire toutes démarehes person-
nellea en vuc d ’obtcnir 1'intcrvcntion fédérale pour la cotation officiclc á 1&
bourse de Paris de 1'Emprunt 5%, et cela dans le plus bref délai possible.
F a it.trip lc á Paris, le vingt quatre Oetobre mil neuf cent d ix .
Lu et aprouvé.
(A ssignés) J /. V i c to r . — D o m in g o s A . B r a g a , délegué officiel de-
J!E tat d'E spirito Santo.

EMPRÉSTIMO DE 1919

A situação de difficuldades financeiras, quasi invencíveis, em


que se achava o Estado em 1912, provinha dos encargos do emprés­
timo de 1908 acima expostos e da garantia de juros, dada ao capital
do Banco Hypothecario e Agrícola do Estado do Espirito Santo, que
era de 50 milhões de francos. Contando com a garantia do Estado,.
178 MENSAGEM

tal banco empregou em aventuras industriaes autorisadas pelo Go­


verno c em empréstimos mal amparados, a quasi totalidade do seu
■capital. Essas industrias já descriptas em minha ultima mensagem
deram no geral, resultados negativos, ficando o Estado obrigado ao
pagamento quasi integral da garantia de 5 yí % assegurada sobre 50
milhões de francos. Para tirar o Estado dessa embaraçosa situação
com relação a esse banco que seus recursos não comportavam, é que
foi tomado o empréstimo de 1919, do valor nominal de 24.960.000
francos, para serem seus titulos dados em troca das acçÕesr com juros
atrasados do dito Banco Hypothecario e Agrícola, que por essa forma
foi encampado. Essa operação libertou o Estado de uma situação
difficilima, ficando a opprimil-o ainda o famoso empréstimo 1908
•que agora se póde considerar liquidado.
Este empréstimo 1908 tinha como garantia todas as rendas
ordinários e extraordinários do Estado, o de 1919 tinha para sua
garantia todo o acervo dos bens do banco encampado e todos os re­
manescentes das rendas dadas ao de 1908.
Por essa forma, nenhuma operação de credito podia o Go­
verno fazer. Todas as suas rendas estavam compromettidas e tal
<sra a situação do Estado em 1924, já agora quasi completamente des­
embaraçada .

SECRETARIA m AGRICULTURA, TERRHS E OBRIS


Esta Secretaria não constituía um corpo tcchnico devidamen­
te apparelhado para o desempenho cabal dos serviços de Agricultura,
terras, colonisação, pecuaria, intensificação das vias de communica-
■ção c obras e não podia, pois, corresponder ás necessidades do Estado.
O seu fim principal quasi que se cingia exclusivamente á ven-
-da de terras.
Veiu preencher as principaes lacunas o Decreto n. 6.443 de 6
de Novembro de 1924 que regulamentou o serviço distribuindo-o em
duas Directorias: a de Agricultura, Terras e Colonisação e a de Via-
■ção, Obras Publicas, Industria e Commercio.
A organisação prescripta em tal Decreto foi a seguinte:
Gabinete do Secretario:
Um official de Gabinete e um Dactylographo
Secção do Expediente:
ESTADO DO E. SANTO 179

Um Chefe de Secção, tres cscripturarios, um almoxarife, um


protocollista, um archivista, um porteiro, um continuo e um servente-
Directoria de Agricultura, Terras c Colonisação
Um Director
Secção de Agricultura:
Um chefe de secção (agronomo), um veterinário c dois au­
xiliares de Agricultura
Secção de Terras e Colonisação:
Um chefe de Secção (engenheiro), um solicitador, tres inspe-
ctores de districto, tres cscripturarios, um desenhista de 2 / classe e
um agrimensor da Capital
Directoria de Viação, Obras Publicas, Industria e Commercio:
Um Director
Secção de Viação e Obras Publicas:
Um chefe de Secção (engenheiro), dois engenheiros de dis­
tricto, um engenheiro ajudante, um conductor de obras, um desenhis­
ta de l.n classe e tres cscripturarios.
Secção de Industria e Commercio:
Um auxiliar.
Os trabalhos de cada Directoria vão separadamente descri-
ptos.

DIRECTORIA D E AGRICULTURA, TERRAS E COLONISAÇÃO

Comprehende os serviços da antiga Secção de Terras e Coloni­


sação, já em andamento, quando assumi o Governo, e os de Agricul­
tura e Pecuaria, creados durante a minha administração.
Na organisação dos serviços de Agricultura e Pecuaria visei
sempre, quer no Regulamento da Secretaria, quer nos decretos ns..
6.255, 6.513~e 6.519; todos de 1924, apparelhar o Governo para
cumprir, de modo permanente, o seu papel na orientação que lhe com­
pete, da actividade agricola e pastoril do Estado.
Pelos decretos citados, foram creados os serviços do café e al­
godão, os campos de demonstração por cooperação e o registro territo­
rial, agrícola e pecuário.
Tal organisação não está ainda completa, fazendo-se mister
novas providencias tendentes a facilitar e ampliar o nosso desenvolvi­
mento agricola.
180 M E K S Á G iií M

Dentre essas medidas, merece menção, o estabelecimento do


.serviço mcteorologico, que está cm andamento.
Além das leis c regulamentos que permittiram ao Governo
•uma assistência permanente, foram innegavelmente de grande alcan­
ce as exposições, os prêmios agrícolas, o fornecimento vantajoso de
machinas agrícolas e a distribuição gratuita de sementes. Em to­
dos esses sentidos foi intenso o trabalho da Secretaria de Agricul­
tura, neste periodo administrativo.
Si considerarmos que, conforme as estatísticas, 90% appro-
ximadamente da producção de nosso Estado provém da Agricultura
•e da Pecuaria e que 95% de sua receita, provém da sua producção
agrícola, verificaremos logo a attenção que deve merecer do poder
publico esse ramo de actividadc.
E ’ para lamentar, que embora já diversos Governos anteriores
tivessem feito a respeito, esforços, não fossem taes esforços prose-
guidos de modo permanente, o unico capaz de produzir resultados se­
guros e apreciáveis.
Penso haver dado ao assumpto a orientação que era para de­
sejar e de me haver dedicado a clle sem cxaggeros, mas cora segurança
e firmeza, encarando o problema pelo aspecto verdadeiro—o da instru-
cção pratica dos lavradores, de modo a lhes fazer sentir a vantagem
•dos melhores methodos de trabalho, e da diversidade de culturas.
O serviço de terras continuou sua marcha normal durante
•este quatriennio, tendo sido bastante melhorado com uma serie de pro­
videncias tomadas por leis, decretos e portarias.

SECÇAO D E 'AGRICULTURA E PECUARIA

— AGRICULTURA —
Serviço de Café

Sendo a cultura por excellencia do Estado, mereceu, por isso


mesmo, desde o inicio do meu Governo a maior attenção, dentro dos
recursos orçamentários.
Creado pelo decreto n* 6.518 de 29 de Dezembro de 1924,
teve seus serviços iniciados em 1925.
Para maior efficiencia dos serviços, os logares de auxiliares
do Sei viço de Cafe foram prehenchidos por agronomos.
ESTADO DO E. SANTO 181

Estão trabalhando, presentcmenlc, 4 agronomos, além do che­


fe do serviço.
P ara melhor distribuição dos trabalhos dos auxiliares, foi o
Estado dividido nas 5 seguintes regiões:
1. * — )Sédc em Muquy) — (achoeiro do Itapemirim, Mu-
quy, Sao Pedro do Itahapuana, Ponte do Itabapoana,
Calçado c Rio Novo.
2. " — (Sede em Santa Leo|»oldina) — Santa Leopoldina,
Santa Thcresa, Domingos Martins, Alfredo Chaves,
Iconha, Anchicta. (iuarapary, Vianna, Cariacica, Es­
pirito Santo c Victoria.
3. n — ( Sede em Alegre) — Alegre, Rio Pardo e Muniz
Freire.
4. " — (Sede em Collatina) — Serra, Nova Almeida, Santa
Cruz, Riacho. Pau Gigante. Collatina, Itaguassú, Af-
fonso Cláudio.
57 — (São Matheus) — Conceição da Barra e Sào Matheus.
Pelos auxiliares foram feitas inspeeções nas fazendas e ar­
mazéns, trabalhos nos campos do demonstração de culturas de café
e dadas instrucções sobre trabalhos de poda e adubação.
Os serviços extraordinários que surgiram, como o da Exposi­
ção Estadual de 1926, estatística de café c Exposição Commemora-
tiva do Segundo Centenário da Inlrq^ucç.ão do Cafcciro no Brasil,
exigiram grande actividade desses auxiliares e do seu chefe.
Dentre os trabalhos executados pelo Serviço de Café, mostra-
se mais efficiente o da póda, que é o que mais attenção tem despertado
ao agricultor.
Os trabalhos de póda de café até 31 de Dezembro de 1927
foram :
1925 ............................................... 2650 demonstrações
1926 ............................................... 4625
1927 .................................................... 19930 ”
Em 1924, quando irrompia alarmantemente, em São Paulo, o
Stephanoderes Coffeae, convidei o illustre cntomologista D r. Ângelo
M oreira da Costa Lima, para orientar a Secretaria da Agricultura
quanto ás medidas de defeza a serem tomadas contra o poderoso ini­
migo da nossa principal riquesa.
182 M E N S A G E M

Esteve aqui o distincto naturalista, que organisou as bases para


a vigilância que se devia exercer, afim de evitar a introducçào do in­
secto ou denunciar sua existência cm qualquer zona do Estado de
modo a circumscrevel-a immediatamente.
Foram as seguintes as bases de defeza:
1. n — Prohibir a entrada do café não beneficiado, de cafeci-
ros ou de qualquer parte de cafeeiro de qualquer pro­
cedência;
2. n — Prohibir a entrada de café benefiçiado procedente das
regiões infestadas do Paiz;
3. R — Prohibir a entrada de saccaria já empregada no acon-
dicionamento de café, excepto a que vem acompanhada
de certificado de expurgo passado por auctoridade
competente, no ponto de embarque;
4 / — Inspeccionar perfeitamente o chefé nas casas exporta­
doras do Estado, de modo a se poder ajuizar sobre as
condições de sanidade do mesmo, em todo o Estado;
5-* — Inspeccionar perfeitamente os cafezaes, antes, duran­
te e logo após a colheita, e o café nas tulhas e machi-
nas de beneficiamento, de modo a se poder verificar o
inicio de qualquer surto de moléstia que, assim, poderá
ser combatido desde o inicio;
6 “ — Determinar a notificação compulsória e immediata
não só pelos fazendeiros como pelos proprietários dc
casas que negociam em café, o appareciinento de café
perfurado por qualquer insecto suspeito de ser o Ste-
phanoderes coffeae;
7* — Determinar ás Companhias de transporte, com linhas
que interessam outros Estados, não recebam para des­
pachos, nesses Estados, café em cóco, cafeeiros ou qua-
esquer partes de cafeeiros de qualquer procedência,
café beneficiado oriundo das regiões infestadas do
paiz, saccaria já usada no transporte do café que não
seja acompanhado do respectivo certificado de ex­
purgo;
& Determinar ás auctoridades competentes nos municí­
pios limitrophes com os Estados visinhos, detenham
para exames nas estradas e caminhos vicinaes, cargas
ESTADO n o E. SANTO 183

íjiic contenham café em cocô ou quaesqucr partes de ca-


fceiro, saccos já usados no transporte de café e demais
artigos que possam ser vchiculos do Stephanoderes
coffeae;
9.R— Exercer rigorosa fiscalização na admissão dos colonos
que procedam de outros Estados, espccialmente dos que
venham das regiões infestadas pelo Stephanoderes
coffeae;
10* — Entrar em accordo com as municipalidades, no sentido
de cooperarem para que tenham a maxima cfficicncia
as medidas das presentes bases e outras que sejam fu­
turamente ditadas pelos serviços de defeza contra a pra­
ga do café;
11*B — Baixar actos officiaes relativos ás medidas de defeza
contra a praga, de conformidade com as disposições do
Regulamento de Defeza Sanitaria Vegetal contida nos
Artigos 31 a 38 c 75 alineas a), b), c) e d ) .
A’s empresas de transportes enviou a Secretaria da Agricultura
o officio abaixo, comnnmicando-lhes as medidas que deviam observar
quanto ao movimento de saccaria:
Illmo. S r. : — Com o fim de evitar a introducção, no Estado,
do Stephanoderes coffeae, e baseado no disposto do artigo 34 do decre­
to n.° 6.518 de 29 de Dezembro de 1924, que regula a Lei n.° 1.473 do
mesmo anno, communico-vos que, a partir desta data, fica prohibida a
entrada no Estado:
1. ° — De café não beneficiado ou de qualquer parte.de cafeei-
ro, de qualquer procedência;
2. ° — De café beneficiado procedente de zona infestada;
3-° — De saccaria usada no transporte de café, desde que não
seja acompanhada do respectivo certificado de expurgo.
Tratando-se de uma medida de grande alcance economico e
altamente patriótica, estou certo de que V . S . dará cabal desempenho
á mesma, favorecendo, assim, os altos interesses de todo o Estado” .,
Felizmente não se verificou, até agora, caso algum no Estado
de apparecimento do Stephanoderes Coffeae, de modo que a acção
governamental foi apenas de vigilância preventiva.
A Estatística da producção cafécira do Estado, foi regular­
mente organizada pela Secção de Agricultura que resenceou 19.155
184 MENSAGEM

propriedades eafeciras com o total de 237.934.S99 pés de café, sendo


161.462.790 cafceiros em producção e 76.472.109 novos.
Demonstrou essa estatística ter havido no Estado a producção
de 5.134.119 arrobas em 1926 e permittiu o calculo da safra de 1927
em 7.575.453 arrobas. Segundo esses dados a producção media
por 1.000 pés em 1926 foi de 31,1 e na safra seguinte 47,9.
São medias baixas, mas que estão perfeitamente de accordo
com as condições precarias de cultivo do café.
A dcspeza com o serviço de estatística, que ficou terminado
cm Maio, serviu de base á fixação da taxa dé exportação tocada ao
Espirito Santo no convênio para defesa do café, montou cm
R s. 49:509$900.
As conclusões da estatística, levantada quanto ao anno de 1926,
coincidem com a nossa exportação e as relativas ao anno seguinte, se
bem que consideradas optimistas, tem sido confirmadas com a appro-
ximação que era dc desejar.
Para instrucção especial de cafeicultura foram organizadas
demonstrações em diversas fazendas, de accordo com as disposições
do artigo 8.ü do decreto 6.518.
E* a seguinte:
Relação dos campos de demonstração de culturas de café
COLLATINA
Baixo Guandu — Fasenda da Serra
Pódas — 6.670 pés
Collatina — Arthur Coutinho
Fazenda Jovem Arminda
SÃO PEDRO DE ITA B A PO A N A
Fazenda Pury — Francisco Pinto Figueiredo.
820 pés podados — adubaçoes salitradas,
SANTA LEO PO LD IN A
Fazenda Santa Rosa
D r. Francisco de Almeida
6.250 pés podados
SÃO JO SE ' DO CALÇADO
Alfredo Vrgilio Lobo
5 hectares preparados mechanicamente e plantados com café.
ESTAD O DO E . SANTO 185

Além desses trabalhos, tem o Serviço do Café realizado de­


monstrações sobre adubação com salitre do Chile, palha de café e es­
trum e de cu rral. P o r instrucçõcs do chefe desse serviço, foi construí­
da uma estrum eira na fazenda Santa Maria, no município de Muniz
F reire.
O quadro detalhado demonstrativo da producção cafeeira do
E stad o do E sp irito kSanto vai a seguir:

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186 MENSAGEM

Algodão

O Governo Nestor Gomes procurou incrementar nos últi­


mos annos de seu Governo a cultura do algodão.
Dentre os contractos a respeito figura o firmado com Brandão
& Cia. que obrigava o Estado á concessão de certa área de terreno e
a construcção de uma estrada.
Achei preferível comprar por 60:000$000 a fasenda Araçaty-
ba que estava em condições de preencher as exigências do contracto e
sendo servida por via fluvial dispensava ao Estado a construcção da
estrad a.
Não correspondeu, entretanto, o cultivo do algodão ao esforço
governamental. Não tendo a firm a Brandão & Cia. podido cumprir
o. contracto o Governo, rescindiu-o, vendendo-lhe a fazenda pelo mes­
mo preço, em prestações.
Concorreu grandemente para o desanimo dos agricultores a
instabilidade do mercado de algodão, além de sua tendencia para o
plantio do café, cuja remuneração tem sido mais efficiente.
Em 1925, fez a Secção de Agricultura grande propaganda em
favor dessa cultura, que encontrava terrenos apropriados em nosso
Estado, sobretudo nos municípios do norte- Naquelle anno existiam
300 hectares cultivados em Baixo Guandu, Lage e Maylasky e cerca
de 417 hectares cultivados em todo o Estado.
Foram creados 3 campos de cooperação para a cultura do al­
godão em Maylasky, Lage e Coliatina.
Houve grande procura de sementes tendo sido distribidos
2.730 kgs. em 1925. Essa actividade, entretanto, diminuiu muito
no anno seguinte, porque, tratando-se de cultura incipiente, a baixa
brusca de preços verificada desanimou inteiramente os lavradores
principiantes. Em 1926 a área cultivada pouco augmentou, tendo at-
tingido a 464 hectares e tendo sido distribuídos 1.863 kgs. de semen­
tes.* Em 1927 também continuou sem grande animação a cultura
algodoeira, tendo sido distribuídos 886 kgs de sementes. As obser­
vações feitas pela Directoria de Agricultura demonstraram que te­
mos boas terras para o plantio do algodão.
Serviço de cacau

Podemos dizer que a propaganda feita de 1916 a 1921, em


favor da cultura do cacau no Espirito Santo, está produzindo satis-
ESTA D O DO E .S A N T O 187

factorios resultados, tendo transform ado o aspecto do baixo rio Doce,


que estando, em 1916, praticamente abandonado, a p re s e n ta hoje regu­
lar actividade agrícola. N a media dos recursos orçamentários at-
tendeu sempre a Directoria de Agricultura á lavoura cacaucira, dis­
tribuindo sementes e por ultimo providenciando a distribuição de tri­
lhos por diversos agricultores para lhes facilitar o preparo dos sec-
cadores de cacau.
Nos primeiros annos do Governo procurei obter da União a
entrega da estação experimental de Goytacazes crendo poder ,desse
modo, prestar melhor serviço á cultura cacaueira.
N ão foi, entretanto, possível a cessão., A estação de Goyta­
cazes ainda continua prestando poucos serviços por não estar intet-
ramente concluida.

Serviço de trigo

Manteve a Secretaria uni campo de demonstração dessa cul­


tu ra em Laginha, município de Afíonso Cláudio, onde foi plantado,
com proveito, em 1927, meio hectare; 5 hectares foram plantados
em 1928.

Bicho da Seda o Vinha

Apezar de, desde o inicio de meu Governo, ter dedicado toda


attenção a este assumpto, considerando que a uva, como a amoreira,
produzem admiravelmente bem, nas zonas altas do Estado, atravessa­
das pela E . F . Leopoldina e em outras onde Ovcafé produz mal, nao
foi possível um trabalho de efficiencia. Solicitei á União um techm-
co especializado no assumpto em 1925, não tendo sido, porém, possível
sua vinda. Em 1927 foram distribuídas 5.000 mudas de amoreira
e para 1928 se encommendaram 100.000, afim de distribuir.

Distribuição de sementes e venda de


machinas agrícolas

O serviço de distribuição de sementes, instituido a partir de


1924, foi mantido até esta data e continua, apezar de não dispormos
de apparelhos para seu expurgo nem para seu deposito, não sendo fá­
cil encontrar no Paiz as sementes muitas vezes desejadas. O quadro
18 8 MENSAGEM

a seguir dá uma idéa do que foi esse trabalho de 1925 a 1927. Tam ­
bém desde 1924 adquiri, por importação directa, machinas agrícolas
para fornecer pelo custo aos agricultores espirito-santenses e com-
quanto não tenha havido grande procura, mantivemos sempre o ser­
viço. Em Victoria, conservei na fasenda M aruhype um deposito e
mostruario de machinas e installei um em Cachoeiro do Itapem irim .
A differença de preço entre as machinas importadas e as que se po­
dem comprar em nossa praça é enorme, havendo casos até de 100/c.
A relação das machinas compradas pela Secretaria da A gri­
cultura é a seguinte:

Arados am ericanos................................................................. 10
” Chatanooga n s . 57 c 2 1 0 .................................... 41
” do d isco........................................................................ 9
Arreios para arado................................................................. 12
Carrinhos de m ão.................................................................... 30
Chibancas.................................................................................... 141
C ultivadores............................................................................... 35
Debulhadores de m ilh o......................................................... 6
E n x a d a s ..................................................................................... 171
E nxadões..................................................................................... 108
E xtinctores W erneck.............................................................. 50
F acões.......................................................................................... 11
F o ices........................................................................................... 148
Serrotes para p o d a r ............................................................. 1
Tesouras para podar.............................................................. 23
Grades de d is c o s .................................................................... 34
M a ch a d o s.................................................................. 57
Machinas para form igar ( B u f f a lo ) ............................... 1
P icaretas...................................... ............................................. 3
Moinho de fu b á .................................... 1
P á s ............................. ‘.................................................................. 26
P ás de cavallo n . l ................................................................. 2
Peças sobresalentes para arados...................................... 35
Pulverisadores........................................................................... 20
P odões.......................................................................................... 22
Sem ead eiras.............................................................................. 40
Grades de dentes...................................................................... 12
S u lca d o res............................................................... 5

Para dar uma ideia da economia realisada com algumas das


importações de machinas agrícolas feitas pelo Governo, é bastante
confrontar os algarismos seguintes:
ESTADO DO E . SANTO 189

, Machines agrícolas P reços de m ercado 1P reço s de im portação

220*000 160*000
Semeadcira simples P & O ......................
175*000 120*000
Grade de 30 dentes...................................
175*000 130*000
H ............................. 130*000 ------
» ................................................ 150*000 130*000
140*000 130*000
Arado tvpo B I .......................................
370*000 ■------
j> ” ............................................ 370*000 200*000

” de disco reversível........................ | 900*000


>» ?» ” ........................ 1 :200*000 —
»» » » » ............................... j 1 :020è000 | 500*000

— PECUARIA —

Poucas são as zonas do Estado apropriadas para a creaçao.


P or intermédio da Secretaria da Agricultura procurei, não so-
mente melhorar a qualidade da creação. facilitando a compra de bons
reproduetores, como combater, por meio de distribuição de vaccmas,
epizootias e enzootias que iam appareceudo.
Pelo recenceamento de 1920. foram computados 161.170 bovi­
nos, 50.106 equinos. 31.833 muares. 11.627 ovinos e 362.770 suinos.
Acceitando-se esses números pode-se avaliar em mais de
100.000:000$000 o capital representado por animaes de criadores espi-
ritosantenses. Entretanto, são ainda insufficientes os nossos reba­
nhos especialmente em bovinos, equinos e muares, mesmo para as ne­
cessidades do Estado, o que nos força a importar dos Estados hnutro-
phes animaes para o corte, tracção. sella e tropa.
Em 1924, creei o logar de medico veterinário no quadro da Se­
cretaria da Agricultura, sendo então iniciado o trabalho regular em
favor da pecuaria estadual.
P a ra a boa ordem nos trabalhos organisou-se o Serviço de Ve­
terinária, confiada a sua chefia ao medico veterinário que tem como
auxiliares 4 vaccinadores, ficando sob sua direcção os serviços de vac-
cinação, distribuição e tratamento dos animaes de raça adquiridos pelo
Governo, estudo de epizootias, levantamento da estatística dos animaes
190 M E N S A G E M

existentes ;io Estado, organisação das exposições de pecuaria e do la-


boratorio de veterinária.
Os auxiliares vaccinadores tiveram a seu cargo o serviço am­
bulante, tendo por principaes funeções applicar vaccinas, recensear os
rebanhos, fazer propaganda das medidas que o Governo punha ein pra­
tica, favorecendo o desenvolvimento pastoril e inspeccionar as fazen­
das, transmittindo ao medico veterinário avisos sobre as moléstias ob ­
servadas e os pedidos dos criadores.
A organisação do serviço foi, pois, a mais simples possível e
respeitou o limite máximo de economia. Os resultados auferidos des­
se serviço demonstram evidentemente o que se pode obter em serviços
públicos, com organisações simples, dispondo-se, porem, de pessoal com­
petente e honesto. Foi de grande acerto a escolha feita do D r. Hen­
rique Blanc de Freitas para preencher aqui as funeções de medico ve­
terinário .

Importação de reproduetores

Pelo Governo do Estado foram adquiridos 29 bovinos de ra­


ças puras, 15 carneiros Ronney Marsh e 5 casaes de porcos Duroc
Jersey. Os bovinos eram 3 Hereford, 3 Polled Angus, 4 Flamengos
e 19 Hollandezes.
Os 6 primeiros touros vindos para o Estado, foram gratuita­
mente cedidos pelo Ministério da A gricultura; a compra dos restantes
foi feita a criadores de Santa Catharina e Rio Grande do S ul.
Foram vendidos 4 Hollandezes e 2 Flamengos. Como prêmio
ao expositor do melhor animal apresentado á exposição de Novembro
de 1926, foi oíferecido um casal de Hollandezes.
Para melhor aproveitamento dos reproduetores, a Secretaria
os enviou por empréstimo á creadores das fasendas seguintes:
Collatina — Fazenda do S r . Pedro Vital, touro Polled Angus.
Cariacica — Fazenda do S r. Antonio Mariosi, touro Polled
Angus.
Cariacica — Fasenda do S r. Antonio Rosetti, touro Heref ord.
Victoria — Fazenda dos Srs. Vivacqua & Cia., touro Hereford.
Victoria — Fazenda dos Srs. Vivacqua & Cia., touro Hereford
São Matheus — Fazenda do D r. Guilherme Raymundo, touro
Hereford.
ESTADO DO E .S A N T O - 191

S. P . Itabapoana — Fazenda do S r. Joaquim P . Gonçalves,


touro H ereford.
Adoptei este systenia dc empréstimo por ser de mais resulta­
dos que a creação de estações de monta.
Esse processo reduziu as despezas com a manutenção dos ani-
maes e permittiu que, com numero reduzido delles, se pudesse prestar
auxilio aos criadores de muitos municípios.
As vendas de animaes feitas pela Directoria de Agricultura
montam a 13:800$000 como se segue:
Um casal dc bovinos Flam engos.......................... 3:500$000
” touro H o lla n d e z .............................................. 5:000$000
77 Casal dc Novilhos Ilollandezcs..................... 1 :300$000
tt jj » n ** ............. 3 :200$000
77 ” porcos Duroc J e r s e y .............................. 400$000
” porco Duroc Jersey ......................................... 200$000
), jj » ii ............ . 200S000

.. .............................................................................. 13:800$000

Vaccinação

Esteve, como já disse, a vaccinação do gado a cargo de 4 auxi­


liares. Embora seja reduzidíssimo o pesosal, consegui, com elle, ex­
pandir consideravelmente a acção do Serviço de Veterinária no Estado,
apresentando-se, sobretudo, benefica a implantação do uso das vacct-
nas e sôros que dão aos animaes a itnmunidade, a resistência e a cura
Durante o anno de 1927 foram visitadas pelos vaccinadores
986 fazendas e applicadas 64.289 doses de vaccinas e sôros diversos.
A comparação desses números com os dos segundos annos an­
teriores m ostra o progresso que se tem operado nesse sentido.

F m z. Pnou B sle d E p ith S o ro s R a iv a T O T flE S


nnnos C a rb u n m onqu Ent
v ls ft

SG0 — — 1 3 .2 4 3
5S 0 .4 9 0 3 .7 1 0 2 .1 S 8
1 9 2 5 ...
2.G 03 1 .4 7 0 G90 — 3 4 .3 0 2
722 1 0 .0 3 8 1 3 .1 3 5 G.3G6
1 9 2 G .. .
7.G 35 3 .0 1 0 1 .4 8 5 1 .2 1 9 G1 .2 8 9
D8G 1G .540 2 1 .2 3 5 1 3 .1 0 5
1 9 2 7 ...

2 1 .7 1 9 1 1 .0 9 3 4 .4 8 0 2 .1 7 5 1 .2 1 9 1 1 1 .8 3 9
T o tn l.. 1.7GG 33.0G 8 3 8 .0 8 0
192 MENSAGEM

Tomando-se como ponto de partida o anno dc 1925 cm que fo­


ram applicadas pouco mais de 13.000 doses, verifica-se que para 1926
houve um augmento de 150,4%. Comparado o movimento vaccinico
de 1927 ao do anno anterior, observa-se um augmento de doses appli­
cadas na proporção de 87,4% .
Nos quadros a seguir estão as relações das doses de vacei nas
applicadas no Estado nos 3 últimos annos, com discriminação por qua­
lidade e município.
Eeccnseamcnto animal

Ao mesmo tempo que fazem a applicação de vaccinas, execu­


tam os vaccinadores o recenceamento do gado. Por insufficiencia
de pessoal, o trabalho não ficou concluído.
Laboratorio de Veterinária

O Laboratorio de Veterinária está actualmente montado de


modo a satisfazer qualquer exigencia do serviço. Podem ser feitos,
não só exames bacteriológicos de puz, pesquizas de parasitas no san­
gue, fezes, exame de urina etc-, e quaesquer outros trabalhos de techni-
ca mais delicada e complexa, como também diagnósticos diversos, por
cultura e inoculação, — trabalhos de histo-pathologia.
Seu valor actual em apparelhos de laboratorio, material cirúr­
gico, vasilhame, medicamentos, reactivos corantes e material diverso,
se eleva a mais de 25:000$000.
Embora de installação modestíssima, sua montagem na opinião
dos entendidos é das mais completas de todos os serviços de veteriná­
ria estaduaes do B rasil.
Em 1927, nas múltiplas experiencias que se fizeram, foram em­
pregados 157 animaes, sendo:
15 cobayos
25 morcegos
29 coelhos
55 cães
23 bovinos
Epizootias e enzootias

Occorreram no Estado surtos epizooticos communs. sendo


mais violentos os de aphtosa e raiva.
12ST A DO DO E . SANTO 193

P a ra a primeira dessas HKLcV.ias, dispõe ac lua 1mente a veteri­


nária de um produeto etficaz. cuja applicação foi introduzida na cli­
nica pelo D r. Paulo P arreiras H o rta.
T rata-se da T ripailavina. O emprego desse medicamento
exige porém technica especial e só deve ser feito por pesosas ha­
bilitadas.
Raiva

 raiva constitue ainda no Estado o maior flagelo dos reba­


nhos e pelo seu caracter é a moléstia que maior desanimo traz aos
criadores.
Foram observados casos de animaes raivosos (bovinos, equi­
nos e cães) em 16 municípios, sendo que, em alguns casos, os sympto-
mas accusam uma alta virulência do germen rabico.
Innoculações experimentaes cm coelhos, com material reviíi-
cado, de bois mortos em Cariacica, produziram a morte em 7 dias. Os
dados abaixo, colhidos pelo Serviço de Veterinária, revelam o gran­
de prejuízo sof frido pelos criadores de dois dos municípios atacados e
que são dos de menor producção anim al.

M U N IC ÍP IO B o v in o EQUIHO mufíR V A LO R

202 13 30 77:8008000
1925 — S erra....................
653 47 94 268:200$000
Cariacica..............

855 60 124 346:0008000


T o t a l ...............

296 11 55 105 ;060$000


1926 — S erra.................... 195:480$000
Cariacica.............. 490 62 26

736 73 31 300:7408000
T o t a l ..............

269 24 12 103:0008000
1927 — S erra....................
C ariacica............ —

269 24 12 103:000$000
T o t a l ..............
194 M E N S A G E M

P or intermédio da Secretaria da A gricultura tenho dedicado


attenção especial á debellação da moléstia. Não sendo possível íazer-
se efficientemente a prophilaxia, por não estarem todos os transm isso­
res ao alcance de qualquer campanha, somente para animaes domésticos
se deve appellar com probabilidade de exito.
Foram iniciadas, em Julho de 1925, as primeiras experiencias de
vaccinação anti-rabica em grandes mamíferos, com uma unica inje-
cção, seguindo o exemplo do que já tinha conseguido quanto á vacci­
nação dè cães. Os resultados das experiencias foram satisfactorios.
Em todas as propriedades onde se applicou a vaccina, sem exce-
pção de uma unica siquer, a mortalidade occasionada pela raiva cessa­
va inteiramente 30 dias após a vaccinação.
Em 1219 vaccinações feitas em animaes, não houve um unico
caso negativo, deccorrido o período da incubação- De todos os animaes
vaccinados, morreram apenas 8, mas, entre 5 e 22 dias, isto é, dentro
do período negativo da vaccina.
P ara fabricação de vaccinas são empregados cães.
O custo médio das doses fabricadas é de $835 réis. Será re­
duzido esse custo, produzindo-se em maior escala.

EXPOSIÇÕES

São as exposições innegavelmente de grande valor, não só como


forte estimulo para as classes trabalhadoras que nella se representam,
como para a economia do Estado, por facilitarem o conhecimento de ri­
quezas ignoradas.
Tres exposições foram organizadas no meu Governo, sendo que
duas em occasiões sobre modo próprias, a 1.“ em Victoria por occa-
sião do V III Congresso Brasileiro de Geographia, a 2 a em S . Paulo,
pela comemoração do bi-eentenario da introducção do Cafeeiro no B ra­
sil e a 3.a em Abril de 1928, também em V ictoria.

Exposição Estadual de Victoria

De accordo com o decreto que baixei a 7 de Outubro de 1925,


sob o n.° 7.166, ficou subordinada á Directoria de Agricultura, T er­
ras e Colonisação, a Exposição Estadual que deveria se inaugurar em
Novembro do mesmo anno, por occasião da reunião do V III Congres­
so Brasileiro de Geographia, nesta Capital.
ESTADO DO E . SANTO 19S

Fondas mais felizes a iniciativa do Governo, para a realização


desse certame, no momento em que Victoria ia hospedar os embaixa­
dores da cultura dos Estados irmãos, proporcionando-lhes uma im­
pressão real e clara das riquezas do solo e das grandes variedades da
producção espirito-santensc, indicc verdadeiro do progresso e ope­
rosidade do nosso povo.
Designado, cm Setembro de 1925, o engenheiro agronomo A r­
mando da Costa Coelho para exercer a funeção de Delegado Geral
da Exposição tiveram também os chefes dos serviços de Algodão, Café
e Veterinária, instrucçõcs para cooperarem nos trabalhos de propa­
ganda c collecta de produetos, entrando todo o pessoal desses serviços
em acção.
Solicitamos também o concurso das repartições do Ministério
da A gricultura e obtivemos a collaboração da Inspectoria Agricola
Federal a cargo do D r. Paulo Américo Silvado..
O numero de expositores do Município foi o seguinte:

1 Caclioeiro do Itapemirim........... 6S3

2 Santa Cruz.................................. 39
3 C ollatina.................................... 281
4 São Matheus................................ 68
5 Victoria........................................ 497

6 Santa Thereza............................ 29
7 Santa Leopoldina....................... 261
8 Anchieta....................................... 68
9S
. 9 Serra............................................
10 Itaguassú..................................... 205
11 Pau G igante.............................. 148
12 Itapemirim ................................ 48
13 Alegre.......................................... 37
14 Muniz F r e ir e ............................. 39
15 Muquy.......................................... 363
16 Barra de São Matheus.............. 61
17 Affonso Cláudio.......................... 19
18 Vianna......................................... IS
19 Calçado........................................ 33
20 Rio Novo...................................... 19
21 Iconlia.......................................... 30
22 Domingos Martins....................... 28
23 Alfredo Chaves........................... 70
24 Guarapary.................................... 76
25 São Pedro do Itabapoana.. .. 145
196 MENSAGEM

26 Ponte do Itab ap o an a..................... 15


27 V illa V elha....................................... 71
28 Nova A lm eida................................. 36
29 R iacho................................................ 20
30 C ariacica........................................... 104
81 Rio P ardo (este foi o unico m u­
nicípio que se não a p re se n to u ).

T otal. . . . 3.505

Os productos foram distribuídos em duas secções e em grupos,


como se segue:
1.* SECÇAO

l.° Grupo Café


11 Productos agricolas em geral
2.°
3.° 11 F ru cticu ltu ra e flo ricu ltu ra
4.° V F ib ras
11 Resinas, plantas oleoginosas e medicinaes
5.°
6.° »» M adeiras
7.° 11 Zootechnica
8.° ti Mineraes
9.° 11 Ceramica
10.° 11 •Varias industrias
11.° 11 Economia geral do E stado
11 •Pedagogia, Hygiene
12.°
11 Couros, pelles e artefactos de couro
13.*

2 « SECÇÃO

l.° Grupo Machinas agricolas


ti Machinas de beneficiamento
2.*
it A gricultura
3.#
4.° ii Zootechnica
5.° ii Construcções ruraes
6.° ii Industrias em geral

A primeira secção reunia os productos originaes do Estado e


a segunda trabalhos de propaganda agro-pecuaria e industrial.
A variedade e o valor dos mostruarios, em todos os grupos, pa­
tentearam as possibilidades econômicas do Estado.
Mereceram attenção especial dos visitantes os grupos de café,
madeiras, oleos, couros e pelles.
ESTADO DO E . SANTO 197

O 7.* grupo que constituiu a l.B Exposição pecuaria realizada


no Estado, alcançou successo,
Não somente o numero de animaes èxpostos, como os seus ty^
pos, excederam a espectativa geral. Tivemos demonstração enthu-
siasticas de vários criadores, sobre a bôa impressão deixada pela E x­
posição desse grupo e do estimulo que ella produziu entre os fazen­
deiros .

Figuraram nelle: — Bovinos. . . . 47


Equinos . . . 5
Muares . . . 2 . •
Suinos . . . . 7^
Ovinos . . . . 5
Caprinos . . . 4

Os transportes e o tratamento dos animaes ficaram sob á res­


ponsabilidade do Serviço de Veterinária.
A Exposição veio demonstrar a necessidade de serem introdu­
zidos no Estado animaes de raças fix as. Somente dé gallinaceos fo­
ram apresentados especimens puros, por particulares.
As especies mais importantes, bovinos e equinos, não tiveram
representação de raças aperfeiçoadas, a não serem os de propriedade
•do Estado.
Como prêmio foi dado ao S r. José Justino Pereira, um casal de
•novilhos Hollandezes da variedade Oestfriesland.
As despezas com os trabalhos da Exposição Estadual perfa­
zem Rs.: 167:370$778, assim discriminadas:

D E S P E S A S G E R A ES

Com os Delegados Municipaes da Exposição E stadual.............. 44:733*328

Despesas com transporte e aluguel de animaes para viagens dos


S rs. Delegados Municipaes....................................* ............... 8:338$600

Despesas com photograptiias e confecções de arm arios.............. 102:139*850


Confecção de cartazes e outras pequenas despesas..................... Í2:159*000

Total 167:370*778
198 •MENSAGEM

A affluência de visitantes foi bastante apreciável, correspon­


dendo á media diaria de 1.010 pessoas. Fizemos passar, todas as.
noites, films de diversas zonas do Estado e de serviços federaes, de
propaganda agro-pecuaria.
Terminada a Exposição foram reunidos os mostruarios de
mais valor e organizada a representação do Espirito Santo, no Museu
Agrícola e Commercial do Rio de Janeiro, com seus produetos.

Exposição commemorativa do Bi-centenario do Café

o Congresso do Café

Commemorou-se em Outubro do anno findo a introducção do


primeiro cafeeiro no Brasil. São Paulo, tomou a iniciativa e todos
os demais Estados produetores de café adheriram.

O Espirito Santo, convidado pela Commissão Organizadora da


Exposição e Congresso do Café, comquanto um dos Estados brasilei­
ros de menor densidade de população e de menor extensão territorial,
não podia deixar de se fazer representar, pois que, graças ao café, oc-
cupa um dos primeiros logares dentre seus co-irmãos pela sua situa­
ção economica e financeira, com uma producção annual media de
1.200.00 saccos.de café, avaliada em mais de 120.000 contos de
réis de riqueza que se vem incorporar ao patrimônio da Nação, pelo for­
talecimento de seu cambio, pelo enriquecimento de seu povo, pelo des­
envolvimento de suas vias de communicação. Coube á Directoria da
Agricultura, a organização de nossos mostruarios.
Adquirido em São Paulo o mobiliário, escolhido de accordo com
a Commissão organizadora da Exposição, a sala para o Espirito Santo,
providenciou o nosso representante sobre sua ornamentação.
Levámos á Exposição não só mostruarios de café, como de
cacau e madeira que constituem nossas principaes- riquezas actualmente
aproveitadas.
O mostruario do café do Espirito Santo compunha-se de 1.400
amostras provenientes dos municípios e typos seguintes:
ESTADO DO E . SANTO 199

M U N IC ÍP IO S N o d o s K xpo
a lto rc a TYPOS DE CAFE’
1
i i i i

• G n c li. dc Itn p c m irim


11 « M oka C a p ita n ia R o b u s ta B o u rb o n M a ra g o g ip e

•B a rrn de S . M a th c u s J S »• ii ii ii ii

S a n ta L e o p o ld in n . . 4 o n ii ii ii

.S a n ta T h e re z n . . . 17 ii ii ii ii 99

R io N o v o ........................... o ii ii ii n ii

V i n n n n ...................................... 0 ii >i ii ii n

• C a r i a c i e n ............................. 8 ii >i ii ii n

• G u n r a p a r / .......................... 4 ii n ii ii ii

A l e g r e ........................................ 2G ii ii ii ii ii

A lfr e d o C lrn v e . . . . 12 >i ii ii ii ii

M u q u / ....................................... 38 ii ii ii i* ii

V i c t o r i a ................................... 11 ii h ii ii n

C o l l a t i n a ............................. 35 ii ii n ii ti

- I t a g u n y s u ’ ............................. 14
ti I» 99 ii ii
S e r r a ........................................... 7
ii ii 99 ii i»
A f f o n s o C lá u d io . . . 27

*S. P. Ita b a p o n n a . 15 ii >i n ii ii

Pau G ig a n te . . . . 7 ii ii ii ii »»

R i a c h o ................................. -10 ii ii i» ii ii

N ova A lm e id a . . . o ii ii ii ii ii

i
S ã o M n th o u s . . . . 3 ii ii ii ii ii

TOTAL . . . . 328

Nesses mostruarios se encontravam typos de café, desde os mais


•communs até os mais finos, demonstrando positivamente que nos falta
-apenas maior cuidado na cultura e no beneficiamento para produzir­
mos typos de primeira ordem. Além dos mostruarios de cacau e ma­
deiras, despertou extraordinário interesse a collecção de photographias
de nossas principaes obras em andamento, destacando-se as do Porto
•de Victoria, com sua ponte, as da ponte sobre o Rio Doce, as das prin-
MENSAGEM
Í200

cipaes obras de remodelação da Capital e os quadros com graphicos re­


presentando a localização de cultura cafeeira, a trajectoria de sua ex­
portação, a intensidade de sua cultura e producção.
P ara represenar o Espirito Santo nesse certame, foi nomeada
a commissão de 5 membros composta dos S rs. D i . Aristeu Aguiar,
então candidato á presidência do Estado; D r. Moacyr Ávidos, Secre­
tario da Agricultura, Deputado Geraldo Vianna, D r. Bemvindo No­
vaes, Director da Agricultura e Coronel Manoel Vivacqua, do alto
Commercio de Victoria, pessoas todas integradas na actividade políti­
ca, administrativa, commercial e industrial do Estado.
P ara cada Estado que se fez representar, foi escolhida uma
data, afim de prestar sua homenagem ao café. No dia do Espirito
Santo, sobresahio como das mais importantes, a conferência pronuncia­
da pelo D r. Aristeu Aguiar, sobre o Espirito Santo e suas possibilida­
des econômicas e que obteve notável successo.

2.a Exposição Estadual de Peeuaria

Regida pelo Decreto n.° 8.408 de 29 de Setembro de 1927. foi


inaugurada em Victoria, em 21 de Abril do corrente anno, a 2-‘ Expo­
sição Estadual de Peeuaria.
Dado o interesse assás crescente que nestes últimos tempos tem
merecido a Peeuaria no Espirito Santo, e ra de esperar que esta Expo­
sição tivesse muito maior vulto do que a de 1926. Fizeram-se assim
necessárias ampliações das installações da Fazenda Máruhype, tendo
sido autorizados e construídos mais dois estábulos e as gaiolas neces­
sárias para a secção avicola.
A organisação geral da Exposição ficou a cargo da Direeto-
ria de Agricultura, sob a direcção immediata do medico veterinário do
E stado.
Adquiriram-se em São Paulo dois reproduetores puro sangue
Hollandez, no valor de 4:000$000 cada um, para serem offerecidos
como prêmio aos possuidores dos melhores animaes expostos, bem
como um touro puro sangue Flamengo que já se achava na fazenda
M áruhype.
Além desses animaes, foram conferidos como prêmio um car­
neiro da raça Roney M arsh e um reproduetor suino Duroc Jersey-.
ESTADO DO E . SANTO 201

Offercci ao certame a “ Taça Progresso”, acto este que foi se­


cundado pelo Prefeito offcrccendo a “Taça Prefeitura Municipal”,
pelo Secretario da Agricultura interino a “Taça Maruhype”, pelos
S rs. Duarte, Fundão & Cia. a “Taça Moacyr Ávidos”, pelos Srs.
Cerqueira & C ia., a “ Taça Bemvindo Novaes”, dos Srs. Ayres,
Coelho & Cia um artístico bronze.

P ara fazerem parte da Commissão Julgadora, convidamos aos


D rs. Archimedes de Lima Camara, Director de Agricultura do Esta­
do do Rio de Janeiro; Paulo Américo Silvado, Inspector Agrícola Fe­
deral e Samuel Henrique Silveira Lobo, Director do Serviço de Pro­
tecção aos ín d io s.

Concorreram á 2." Exposição 213 animaes assim distribuídos:

B o v in o s............................................ 156
E q u in o s ....................... 8
A z in in o s........................................... 1
M u a r e s ............................................. 1
S u ín o s ............................................... 16
O v in o s ............................................ 5
A v e s ................................................ 26

Foi muito sensível o augmento de animaes inscriptos, se consi­


derarmos que na 1 / exposição figuraram apenas 75 animaes
Não somente este facto, bem como a accentuada e bem apreciá­
vel melhoria dos typos, denota o interesse que, por taes realizações, vão-
tomando os criadores espirito-santenses.

Fazenda Mamhypo

Em Março de 1925, ficou esse proprio estadual entregue á Se­


cretaria da Agricultura e directamente administrado por ella. Em ini­
cio foi dada a verba de 27:502$277 para limpeza de pastos, e recons-
trucção de cercas que se faziam necessárias. Mais tarde, foi nelle
construída uma estrumeira por 4:962$397, um estábulo por 20:086$680
e feito reparos no prédio da fazenda, no montante de 6:118$450; por
202 MENSAGEM

occasião da exposição em 1926, foi feito um estábulo rústico por


6:324$000 e um banheiro carrapaticida por 9:300$000. De 1925 a
esta parte a fazenda tem se custeado por si, graças á venda dc leite que
é hoje sua exclusiva fonte de receita. H a presentemente na fazenda
40 vaccas, 9 bois, 21 novilhas, 25 bezerros, 7 garrotes, 10 vaccas Hol-
landezas, 7 touros de raça, 4 carneiros Roney Marsh, 11 ovelhas e 9
porcos Duroc Gersey.

Os animaes de raça foram todos obtidos no meu Governo, in­


clusive as 10 vaccas Hollandezas, adquiridas para substituírem as vac­
cas ordinárias que formam o grosso do rebanho da fazenda, de niodo,
a se precisar de menor quantidade de animaes, para termos a renda
para o seu custeio e podermos na própria fazenda obter reproduetores
para distribuição como prêmios nas exposições ou distribuir em esta­
ções de m onta.

Está installado convenientemente na fazenda Maruhype o la-


boratorio de veterinária.

Empresa de Lacticimos

Gerida pelo mesmo administrador da Fazenda, S r. Homero


Campo Bello Barreto, funcciona a Empreza de Lacticinios.

Foi tal installação pasteurisadora do leite adquirida do D r.


Iddio Ferreira Leal pelo Governo do Estado pela quantia de 45 con­
tos de réis. E* excusado encarecer a vantagem do beneficiamento do
leite, em se tratando de meio como o nosso, onde os estábulos não sa-
tifazem, erçi sua maioria, aos desejados preceitos hygienicos.

Registro Territorial, Agrícola e Pecuário

E ' elle medida de grande alcance, indispensável para a organisa-


ção e melhoria dos serviços de agricultura e pecuaria, pois é o meio
efficaz de acompanharmos com a estatística nosso desenvolvimento
nesse terreno.

Foi creado pelo decreto n.° 6.519 de 29 de Dezembro de 1926


ESTAD O DO E .S A N T O 203

Quadro demonstrativo das fichas remettidas e propriedades recenseadas

M u n ic íp io s Fichas remettidas Proprds. recenceadàs

A n c h ie t a .......................................................... 250
A ffon so C lá u d io .......................................... 1 .7 5 0 —

A lfred o C haves.............................................. 600 129


A le g r e .. .......................................................... 2 .0 0 0 58
Itap em irim ....................................................... 200 20
Collat in a ........................................................... 2 .0 5 0 108
C a r ia c ic a ......................................................... 350 58
São José do C a lç a d o .................................. 800 100
Cachoeiro do I t a p e m ir im ....................... 2 .1 5 0 160
D om ingos M a r t i n s ..................................... 1 .1 0 0 175
E sp irito S a n to ............................................... 200 18
G u a r a p a r y ...................................................... 900 —
Ico n h a ................................................................ 600 —
Ita g u a ssú .......................................................... 1 .0 0 0 122
M uniz F r e i r e ................................................ 500 —
F u n d ã o .............................................................. 400 —
P onto de Itab ap oan a................................... 100 —
P au G ig a n te.................................................... 1 .0 0 0 26
O


O

R io N o v o ..........................................................
R io P a r d o . . . . j ........................................... 550 —
R iacho .............................................................. 550 20
S . P edro Itabap oana.................................. 800 128
S an ta C r u z .. *............................................. 700 39
S . M atheus..................................................... 1 .0 0 0 50
San taT h ereza................................................. 1 .5 0 0 —
San ta L eop old in a......................................... 1 .2 5 0 —
Serra ................................................................ 1 .0 0 0 69
V ia n n a .............................................................. 400 10
Conceição da B a r r a ................................... 400 —

M u q u y ................................................................................... 500

T o ta l................................................ 2 5 .0 0 0 1 .2 9 0
f

Prêmios agrícolas
O Congresso Legislativo tem sempre na lei, fixando a despeza,
ou em lei especial, aberto créditos para prêmios agrícolas, cabendo es­
pecial referencia á lei n.° 1.644 que creou prêmios para lavradores,
20 4 MENSAGEM

agricultores, creadores, isentou de impostos e abriu credito para a rea-


lisaçãode uma exposição pecuaria em V ictoria.
‘ ÈVã seguinte:
O Presidente do Estado do Espirito Santo, cumprindo o que de­
term ina o artigo 39 da Constituição; manda que tenha execução a pre­
sente lei do Congresso Legislativo: ................................
. A rt. 1*° — Ficam creados tres prêmios de Í5:000$000 para os
lavradores que apresentarem os talhoes de cafeeiros mais bem cultiva­
dos ç não inferiores a 10 mil p és..................................
• A rt. 2 .° :— Ficam creados dois prêmios de 15:000$000 e tres
de 10:000$000 aos agricultores que; adoptandò processos mechanicos,
fizeram as maiores culturas de arroz, não inferiores a 20 hectares, no
(Estado.
A rt. 3.° — Ficam creados dois prêmios de 10:000$000 e tres
de 5:000$000 para os agricultores que fizerem, por processos mechani­
cos, as maiores e melhores culturas de batata ingleza, não inferiores a
10 hectares, até fins de 1928.
A rt. 4.° — Ficam creados tres prêmios de 10:000$000 aos agri­
cultores que, por processos mechanicos, fizerem as maiores e melhores
culturas de milho, não inferiores a 30 hectares, no E stado.
A rt. 5.° — Ficam creados tres prêmios de 5:000$000 e cinco
de 2:000$000 aos agricultores que fizerem, por processos mechanicos,
as maiores culturas de alfafa, não inferiores a 20 hectares no Estado.
A rt. 6.° — Ficam creados dois premiòs de 10:000$000 e tres de
5 :000$000. aos agricultores que, adoptancío processos mechanicos, fi­
zerem-os maiores e melhores plantios de trigo, não inferiores a 20
hectares, no E stado. • ..................
A rt. 7.° — Ficam creados tres prêmios de 5:000$000 aos crea­
dores que possuírem maiores e melhores creaçÕes de súinos, obedecen­
do aos preceitos ,básicos de zootechnia . •
. Art;. 8 o — Os agricultores e criadores que se candidatarem aos
prêmios de que trata a presente lei,'deverão dar disso conhecimento, no
praso determinado, á Secretaria da Agricultura, para que esta mande
procederás necessárias inspecções.
A rt. 9. Ficam isentos dos impostos de exportação, por tres
annos, os produetos de que trata a presente lei, excepção feita para
•o café.
e

Campo de dem onstração do plantio de arroz, cm Cariacica

Aspecto de \im campo de demonstração dc arroz, em Cariacica


/

Campo de dem onstração do plantio de arroz, cm Cariacica

Aspecto de \iin campo de demonstração de arroz, cm Cariacica


Campo do demonstração de milho, om Carincica — 192S
Campo de demonstração dc milho, em Santa Lcopoldina — 192S

Campo de demonstração de milho, cm Cariacica — 192S


Campo de demonstração de arroz, vendo-se a irrigação — Cariacica — 1928

Campo de demonstração de arroz, em Cariacica


Campo de dem onstração dc arroz, vendo-se :i irrigação — Carineica — 1928

Campo dc demonstração de arroz, em (.'«riaeica


«"1
I

F azenda Santa R ita. em M nquy

Aspecto de uma fazenda de café, no sul do E stado


Fazenda Santa Rita, em Muqny

Aspecto de uma fazenda de café, no sul do Estado


Grupo Escolar Gomes Cardim por occasião da exposição
estadual de Victoria em 1926
A sp ecto da E x p o siçã o E stadual de V ictoria, cm 1026

G rupo E scolar Gomes Cardim por occasião da exposição


estadual de Victoria em 1026
Exposição E stadoal de V ietoria de 1926 — Aspecto dos m ostruanos
Secção (lo E sp irito Santo na Exposição do Centenário do Café em São Paulo

Reproduetores que figuraram na 2 .a Exposição


dc Pecuaria em Victoria — 1026
Kppt'o<lm*torc»s um* fiinirarom 11a 2 .“ Kxposição
ile Pintaria «*m Victoria — l!*2tí
Rrproduclor distribuído como p m n io na Exposirão
r--r

Reprodiictor disfrilwido como prêmio na Exposição 1’ ccnaria de 1Í>2S


R eprodnctor distribuído como prêmio nu E xposição

Reprodnctor distribnido como prêmio «a Exposição Pecuaria de 1928


Inauguração da captação de agua dos Fraclinlios

Exposição pccuaria dc 1928


1* r .v y » '^ c

Inauguração da captação de agiu» dos Fradinhos

Exposição peeuaria do 1928


r s ; ’9 l/ rJ C .7 & c ra c o o t a e a o
c ;r r íp o

Inauguração da captação de agua dos Fradiulios

Exposição pecuaria de 1928


E xposição permanente (le produetos do Estado, no saguão da
Secretaria da Agricultura

Exposição pecuaria do 102b


Exposição Estadual de 192S — Taças distribuídas como prêmios
Inauguração da installação elcctricn da Serra

Laboratorio de Veterinária da Fazenda Mnruhype — 1927


do rio Dôce. em construcçao
Armazém para a navegraçao
Inauguração do vapor “ Jupnranã", d« navegação do líio Dôee

V apor “ Ju p aran ã” adquirido e inaugurado em 1927


E S TA D O DO E . SAN TO 205

A rt. 10. — Ficam isentos do imposto de exportação, por cin­


co annos, os productos nesta mencionados, das propriedades dos agri­
cultores e criadores que obtiverem os prêmios de que tratam os arti­
gos l.°, 2.°, 3.°, 4-°, 5.°, 6 .° e 7.°.
A rt. 11. — Fica aberto o credito de 50:000^000 para a realiza­
ção de um a exposição estadual de pccuaria cm Victoria, e prêmios para
os criadores que mais se disting.uirem.
A rt. 12. — A Secretaria da A gricultura fornecerá as semen­
tes necessárias aos interessados que se inscreverem para concorrer aos
prêmios acima previstos; igualmente ella fornecerá, por preços módi­
cos, as machinas necessárias aos serviços e prestará gratuitam ente toda
a assistência technica de que tiverem necessidade os interessados.
Ordena, portanto, a todas as autoridades que a cumpram e fa­
çam cum prir como nella se contém. O Secretario do Interior faça pu-
blical-a, im prim ir e correr.
•Palacio do Governo do Estado do Espirito Santo, em 24 de Se-
tcmSro de 1927. — Florcntíno Á vid o s. — Moacyr Monteiro Ávidos.
— A I A ro V ianna.
Sellada e publicada nesta Secretaria do Interior do Estado do
E spirito Santo, em 27 de Setembro de 1927. — Octavio Schneiderf
Pelo D irector do Expediente.

N ossa intenção distribuindo prêmios para aquelles que, empre­


gando methodos mechanicos, apresentarem talhões mais perfeitos
de determinadas culturas, visou anim ar nossa gente á melhoria dos
methodos de trabalho na lavoura e á diversidade de culturas.
F oram impressos milhares de exemplares da lei 1.644, como
tam bém da lei do Regulamento da Exposição Pecuaria e enviados a
todos os Presidentes de Gamaras e Prefeitos Municipaes.

SEOÇÃO DE TERRAS E GOLONISAÇÃQ


. t . *

Terras •

N ão foi possível uma completa organisação dos serviços de


terras, embora tivesse procurado com leis, decretos, portarias e intru-
cções, melhoral-o alguma cousa.
A lei 1.148, que regula o processo de venda de terras no E sta­
do, é uma excellente lei, mas não tem sido possível o seu rigoroso
•cumprimento.
206 M E N S A G E M

Em 1925, a Secretaria da Agricultura, para melhor ordem no


serviço de medições, baixou aos respectivos encarregados desse serviço
as instrucçõcs abaixo, cujo cumprimento, dessa data a esta parte, tem.
sido exigido,
INSTRUCÇÕES P A R A M EDIÇÃO D E TER R A S

i ; — As medições para venda, discriminação de terras devolu-


tas, concessão ou revalidação, divisão de propriedade, serão feitas pelo
processo de caminhamento, podendo applicar outros processos para ve­
rificações e determinações dos detalhes.
2 / — Os trabalhos de campo obedecerão ás seguintes reg ras:
a) — Serão orientados pela declinação magnética determina­
da pelo encarregado de medições, onde se fizer a medição.
b) — O apparelho empregado será o TR A N SITO D E GUR-
LEY, ou outro de maior precisão, não sendo tolerado erro de mais de
um minuto nem de mais de 3 metros por kilometro. O uso do transi­
to será exigido de Fevereiro de 1926 em deante.
c) — Os alinhamentos serão orientados por deflexão, deven­
do o agrimensor notar além delia os azimuths lidos e calculados.
d) — Seguindo os alinhamentos do perímetro, serão abertos-
rumos de 2 metros de largura, sendo um metro para cada lado, perfei-
tamente derribado e roçado.
e) — Deverão ser fixados marcos de madeira de lei ou de pe­
dra, nos vertices dos polygonos e intermediários, de 300 metros do pon­
to inicial dos alinhamentos.
f ) — Os marcos deverão ter 1,10 de comprimento, sendo enter­
rados 0,60 e lavrados na parte superior, tendo 4 faces de 0,22.
g) — Cada vertice do lado do polygono será referido a um.
ponto fixo, e devidamente marcado da area medida á distancia não
superior a 15 metros do mesmo, podendo servir de referencia arvore de
diâmetro não inferior a 30 cms.
h ) — Na falta de um ponto de referencia, nas condições indi­
cadas na letra anterior, serão affixados 4 marcos de referencia, de pe­
dra ou de madeira de lei, á distancia de 2 metros do principal, dispos­
tos segundo orientação NS. EO. lavrados como este, e tendo 1,10 de-
comprimento que deverão ser enterrados 0,60 cms.
i) — Deverão constar da caderneta de campo todos os elemen­
tos da medição, espeeialmcnte os cursos d’agua que cortarem o perí­
metro.
E STA D O DO E . SA N TO 207

j) — Sempre que for possível, terão os lotes frentes para os


cursos cTagua e estradas existentes ou projcctadas.
k ) — As medições devem ser conduzidas de modo a não dei­
xarem sobras de terras nas cabeceiras de valles e altos de morros, em
recantos ou em outros logares sem agua corrente permanente.

fíolonicaçilo*
P a ra o trabalho de colonisação resente-se o Estado de vias de
transportes e hospedaria de em igrantes.
Grandes florestas da região mais alta entre os rios Panças e
S ão M atheus têm sido até agora impenetráveis por falta de estradas
c grandes difficuidades na travessia do rio Doce.
Voltei as vistas para a construcção de estradas como um meio
seguro de encaminhamento do problema de povoamento.
D urante o meu governo foram votadas as seguintes leis refe­
rentes aos serviços de terras e colonisação.

L E I N.° 1.472 — I s e n t a te r r a s d o a lu g u e l i n s t i t u í d o p e lo E s ta d o .

O Presidente do Estado do Espirito Santo, usando da attribui-


ção que lhe faculta o a r t . 39 da Constituição, manda que tenha execu­
ção a presente lei do Congresso Legislativo:
* A rt. l.° — São consideradas do dominio privado e isentas desde
o vigor desta lei, do aluguel instituído pelo Estado.
1 °^ __As terras cujo possuidor tiver titulo habil, de dominio
•obtido até l.° de Janeiro de 1904;
2 .°) __As terras que se adiarem na posse de particulares, em
virtude de sentença proferida, em Juízo contencioso até l-° de Ja­
n eiro de 1904;
3 / ) _ As terras, com moradia habitual e cultura ef fectiva pos-
‘ suidas, independentemente de titulo, pelos actuaes possuidores e seus
antecessores por 30 annos, ininterruptos até á data da presente lei.
A rt. 2.°__A prova da posse, para os ef feitos do artigo ante­
rio r, far-se-á pelos meios em geral admittidos em direito, sendo sem­
pre necessária a citação do Estado em todos os processos judiciaes para
esse f im .
MENSAGEM
208

A rt. 3 .°__A area das posses determinar-se-á, salvo direito de


terceiros:
a ) — Pelo têor dos titulos em que se basearem; ,
b) __ Pelos actos possessorios que servirem para extremal-as.
A rt. 4 0 __ o cancellamento do aluguel será requerido ao Secre­
tario da Agricultura, em requerimento, devidamente instruído com do­
cumentos previstos nos artigos l.° e encaminhado pela collectoria da
zona a que pertencer o immovel lançado, devendo ser dado ao reque-
requerente recibo especificado de todos os papéis entregues.
§ 1 • — Recebido o requerimento e protocollado 110 livro pro-
prio, 0 collcctor remette!-o-á, em original, sob registro do correio, den­
tro de 5 dias, ao Secretario da Agricultura, com o seu parecer e 0 do
encarregado de medições.
A rt. 5.° — O Despacho do Secretario da Agricultura, deverá
ser proferido dentro do praso de 60 dias, contado da data do recebi­
mento dos papéis do requerente.
A rt. 6 ° — Ao possuidor nas condições do a rt. l.° não assistirá
o direito de restituição quanto aos alugueis pagos de accordo com as
Leis do Estado.
A rt. 7-° — Revogam-se as disposições em contrario.
Ordena, portanto, a todas as autoridades que a cumpram e fa­
çam cumprir, como nella se contem.
O Secretario do Interior faça imprimir, publical-a e correr.
Palacio do Governo do Estado do Espirito Santo, em 13 de
Agosto de 1924. — Florentino Ávidos, Moacyr Monteiro Ávidos.
Publique-se. Em 19—8— 1924. — José Antonio Lopes Ri­
beiro.
L . S. Sellada e publicada nesta Secretaria do Interior do Esta­
do do. Espirito Santo, em 20 de Agosto de 1924. — Clovis Nunes Pe-
' reira, Director do Expediente.

LEI N.° 1.490 — C oncede, g r a tu ita m e n te , lo te s d e te r r a s a b ra sileiro s, c h e fe s


de fa m ilia q u e p r o v a r e m s c r homcTià d e tra b a lh o .

O Presidente do Estado do Espirito Santo, cumprindo o que


determina o a r t. 39 da Constituição, manda que tenha execução a pre­
sente lei do Congresos Legislativo.
A rt. l.° — A brasileiros, chefe de familia, que provarem ser
ESTADO DO E. SANTO 209

homens de trabalho, poderá ser concedido gratuitamente um lote de 25


hectares dc terras de cultura ou de 50 de terras de criação.
A rt. 2. O concessionário se obrigará a cultivar o lote ou
utilizal-o para industria pastoril, e nclle edificar e residir dentro do
prazo de um anno, recebendo uma cscriptura provisória.
A rt. 3. Dentro do prazo de 2 aniios deverá o concessioná­
rio effectuar o pagamento do preço correspondente á medição do lote.
A rt. 4.° — Nenhum requerente poderá por si ou interposta pes­
soa, obter a concessão de mais de um lote.
A r t. 5.° — O concessionário só poclerá derrubar arvores, além
das necessidades da cultura ou deixar de plantar nas derrubadas, de­
pois que tiver cscriptura definitiva.
A rt. 6 .° — Não sc haverão por principio de cultura, para os
eífeitos Iegaes, os simples roçados ou queima de mattos e campos, nem
levantamento de rancho ou actos semelhantes.
A rt. 7.° — Cumpridas as obrigações constantes dos artigos 2
c 3 e verificado isso pelo engenheiro ou funccionario a quem competir,
a Secretaria da Agricultura ordenará o lavramento da escriptura de­
finitiva.
A rt. 8 .° — O inadimplemento das condições acima referidas,
dentro dos prazos Iegaes, dá logar á pena de commisso com perda das
bemfeitorias.
A rt. 9-° — A concessão é pessoal e intransferível.
A rt. 10.° — Si o concessionário fallecer antes de satisfeitas as
condições dos artigos 2 e 3, a viuva ou herdeiros poderão assignar o
competente termo, tomando a si as obrigações do de cujus.
§ Unico. — Si não houver viuva nem filhos, ou si o filho ou
filhos maiores forem concessionários de outros lotes, o terreno voltará
ao dominio do Estado.
A rt. I I .8 — Nas mesmas condições e de accordo com as mes­
mas regras estabelecidas nesta Lei, aos estrangeiros que o requererem
poderão ser concedidos lotes de terras, si provarem os seguintes requi­
sitos :
a) — terem constituido familia no Estado, juntando certidão
de casamento legalmente realisado;
b) — terem residência no Estado por mais de 5 annos e serem
homens de trabalho e moralisados, juntando affirmações das autorida—
210 / M E N S A G E M

cies judiciarias da Comarca e dc lavradores conhecidos na Secretaria


da Agricultura;
c) — serem ordeiros, apresentando folha corrida.
A rt. 12.° — As terras concedidas nas condições determinadas
nesta lei, não poderão ser penhoradas para pagamento de dividas, sal­
vo as provenientes:
a) — de impostos federaes, estaduaes ou municipaes;
b) — de multas por delictos ou quasi delictos;
c) — de salarios ou jornaes de operários empregados no ser­
viço de installação, conservação e cultura dos lotes;
d) — das obrigações contraídas para o custeio, desenvolvi­
mento e valorisação dos lotes.
A rt. 13.° — No caso de dividas de outras provenicncias e con-
trahidas depois da expedição da escriptura definitiva, o lote com as
bemfeitorias é sujeito á penhora, mas na execução separar-se-ão, á
escolha do executado, bens de valor equivalente a 5 :000$000 que cons­
tituirão o pecúlio da familia.
§ Unico. — Quando o executado possuir outros bens, além dos
gratuitamente cedidos pelo Governo, a penhora só recahirá sobre es­
tes, depois de excluidos aquelles.
A rt. 14.° Nos inventários, havendo dividas nas condições es­
pecificadas no art. 1 1 , se procederá á separação determinada no mes­
mo artigo para a instituição do pecúlio.
A rt. 15.° — O pecúlio de familia é inalienável em quanto exis­
tir a viuva do concessionário ou algum dos seus filhos menores.
A rt. 16-° — O poder executivo consolidará todas as disposições
de leis estaduaes vigentes sobre terras, no regulamento que baixar para
a execução desta.
A rt. 17. — E ’ facultado ao adquirente de terrenos do Estado
constituir procurador ao solicitador de terras, para assignar a respecti­
va escriptura.
A rt. 18. — Revogam-se as disposições em contrario.
Ordena, portanto, a todas as autoridades que a cumpram e fa ­
çam cumprir como nella se contém.
O Secretario do Interior faça publical-a, imprimir e correr.
Palacio do Governo do Estado do Espirito Santo, em 5 de Setembro
de 1924. Florentino Ávidos. — Moacyr Monteiro Á vidos..
M E N S A G E M 211

Publique-se. Em 9 de Setembro de 1924. — José Antonio Lo­


pes R ibeiro . L . S . Sellada c publicada nesta Secretaria do In terio r
do Estado do Espirito Santo, em 9 de Setembro de 1924. — Octavio
Sckneider, pelo Director do Expediente.

L E I N.° 1.586 — D c c la m q u e , n o s lo g a r c s e m q u e o E s ta d o p o s s u ir g r a n d e e x ­
te n s ã o d c te r r a s devolutas* o- P o d e r E x e c u ti v o p o d e r á m a n ­
d a r d e m a r c a r la te s a g ríc o la s d c á re a d e te r m in a d a , v e n d e n ­
d o -a s in d e p e n d e n te m e n te d a s fo r m a lid a d e s e sta b e le c id a s n a
le i d e te r r a s v ig e n te .

O Presidente do Estado do Espirito Santo, cumprindo o que


determina o a rt. 39 da Constituição manda que tenha execução a pre­
sente lei do Congresso Legislativo:
A rt. l.° — Nos logares em que o Estado possuir grande exten­
são de terras devolutas, o Poder Executivo, por intermédio da Secre­
taria da Agricultura, poderá mandar demarcar lotes agrícolas de área
nunca superior a 60 hectares, vendendo-as independentemente das for­
malidades estabelecidas nos arts. 11 e seguintes da lei de terras vi­
gente .
§ 1° — Medidos e demarcados, os referidos lotes serão vendi­
dos pelo preço em vigor, mediante um requerimento do interessado ao
Secretario da Agricultura.
§ 2.° — Sempre que a área demarcada confrontar-se com terras
particulares, a Secretaria da Agricultura antes de ordenar a demarca­
ção, publicará os necesarios editaes, na forma e modo estabelecidos
pela lei vigente de te rra s.
A rt. 2.° — P ara os effeitos da isenção do aluguel de terras a.
que se refere a lei n.° 1.472 de 1924, a Secretaria da Agricultura or­
denará, quando julgar necessária, a demarcação da respectiva área.,
A r t. 3-* — Aos que estiverem nos casos da lei açima citada, m
1.472 de 1924, a Secretaria da Agricultura expedirá o competente ti­
tulo de reconhecimento de direito, independentemente de quaesquer
impostos e emolumentos.
A rt. 4.* — A venda das terras devolutas poderá ser feita na
extensão maxima de 150 hectares, pelo preço da tabelia vigente.
§ Unico — As areas superiores a 150 hectares poderão ser ven­
didas á razão dc 50$000 o hectare, excluídas as despezas de medição n
21 2 ESTADO DO E . SANTO

A rt. 5 t« — Fica o Poder Executivo autorizado a reorganizar os


serviços de te rra s do E stado, consolidando as disposições vigentes e
adoptando as medidas que julgar necessárias.
A rt. 6 -° — Revogam-se as disposições em contrario.
Ordena, portanto, a todas as autoridades que a cumpram e fa ­
çam cumprir como nella se contém. O Secretario do Interior faça pu-
blical-a, imprimir e correr. Palacio do Governo do Estado do Espiri­
to Santo, em 4 de Agosto de 1926. Florentino Á vidos. — Bemvindo
Novaes. — Publique-se. Em 5 de Agosto de 1926. — José Antonio
I.opes Ribeiro, Secretario do Interior. — L . S . — Sellada e publica­
da nesta Secretaria do Interior do Estado do Espirito Santo, em 5
de Agosto de 1926.—Octavio Schneider, pelo Director do Expediente.

Relação demonstrativa das importancia3 arrecadadas pela venda de terras


no anno de 1927

M E Z E S D cposiw uictU^Ao VEXDAS DE TEBUAS TOTAL GERAL



J a n e iro ............................. 3 8 :0 4 2 8 9 6 9
Fevereiro........................... — 2 3 :7 3 4 $ 9 2 8 —

Março................................. — 3 3 :4 S2 $ 9 0 4 —

Abril.................................. — 3 2 :8 7 2 $ 4 6 3 —

Maio................................... — 3 7 :6 7 6 $ 7 9 6 —

Junho................................. — 4 5 :8 0 4 $ 1 5 3 —

Julho.................................. — 5 1 :9 6 1 $ 3 2 1 —

Agosto................................ — 3 6 :1 6 5 8 9 8 3 —

Setem bro......................... — 2 0 :7 4 4 8 7 4 4 —

Outubro............................. — 5 3 :8 6 4 8 1 1 2 —

Novembro......................... — 7 5 :0 8 9 8 0 3 0 —

Dezembro........................... — 5 1 :5 5 U $ 0 7 3 —

• •
Janeiro a Dezembro .. .. 9 8 :3 7 1 $ 2 0 9 —


i

Sommas....................... | 9 8 :3 7 1 $ 2 0 9 5 0 0 :9 S9 8 4 7 6 5 9 9 :3 6 0 8 6 8 5



!
ESTADO DO E. SANTO 213

D IR EC TO R IA D E VIAÇÃO, OBRAS PUBLXGAS,


IN D U ST R IA E COMMERCIO

A Directoria de Vi ação Obras Publicas, Industria e Commer-


•cio superintende:
a) — todos os serviços de estudos, projecto e construcção de
.todas as obras publicas, como estradas de ferro e de rodagem, edifícios
públicos rede de telegraphos c telephonios estadoaes e serviço de nave­
gação fluvial;
b) — a conservação e administração dos mesmos serviços;
c) — a organização de dados que interessem o desenvolvimen­
to commercial e industrial do Estado.
Por motivos especiaes e transitórios, não foram subordinados a
•esta Directoria os serviços de estradas de ferro estadoaes, com ex-
cepção da de Benevente a Alfredo Chaves. Os trabalhos estão divi­
didos em 2 secções:
a ) — Viação e Obras Publicas
b) — Industria e Commercio.
A secção de Viação e Obras compõe-se de uma sala technica e
3 Districtos com séde respectivamente em Victoria, Cachoeiro de Ita-
-pemirim e Figueira. A sala technica e os Districtos são dirigidos por
•engenheiros com os auxiliares necessários.
A Secção Industria e Commercio apesar de installada, não está
completamente apparelhada.
Durante o actual quatriennio os serviços desta Directoria fo­
ram os que vão descriptos a seguir.

E ST R A D A S D E RODAGEM

E strad a de V ictoria-A ffonso Cláudio j

Comprehende os cinco trechos a seguir:


Victoria — C ariacica......................... 14.000 metro»
Cariacica — Santa Leopoldina .. 34.000 ”
Santa Leopoldina — Santa Thereza 29.000 ”
Santa Thereza — F ig u e ira .............. 50.000 ”
Figueira — Affonso Cláudio .. 60.000 ”
214 MENSAGEM

Victoria-Oariaoica

Até princípios de 1926, foram concluídos 12.000 metros, tendo


a Estrada O Porto do Itaquary como ponto de partida provisorio. At-
tendendo-se, porém, ao objectivo de alcançar a ponte de ligação de Vi-
ctoria ao Continente, e consequentemente completar a ligação da Ca­
pital a Affonso Cláudio, foram atacados os dois kilometros restantes,
que já se acham concluídos, como também a ponte sobre o rio Ma­
rinho.
Até esta data, foram gastos 328:736$074, resultando o preço ki-
lometrico de 2 3 :481$148 incluindo todas as obras de arte.

Cariacica-Santa Lcopoldinc,

Atacada em Abril de 1925, foi concluída em Junho de 1926,


com a extensão total de 34.000 metros, dos quaes 16.000 metros são
de construcção nova e comprehende a secção que vae de Cariacica a
confluência do rio Una com o Santa M aria da Victoria e 18.000 me­
tros que vão d alii a Santa Leopoldina, constituem reconstrucção da
antiga Estrada Costa Pereira, que, comquanto trafegada por automó­
veis, não possuia os característicos necessários para uma Estrada de
rodagem, pelo que essa reconstrucção exigiu grandes trabalhos para
tornal-a parte integrante da rodovia tronco Victoria — Affonso Cláu­
dio, sendo em parte macadamisada.
Foi gasta até agora a importância de 669:432$500 incluindo
todas as obras de arte, resultando o preço kilometrico de 19:689$191.
Santa Thereza-Figueira

Esta Estrada foi concluída antes do actual governo.- Em ser­


viços de ieparos e melhoramentos, foram feitas despesas apreciáveis,
no trecho de Alto Caratinga a Figueira.
Pigueira-Aífonso Cláudio * • D • -- >-v

•Depois de cuidadoso reconhecimento, foi adoptado o traçado


que partindo de Figueira pelo valle do rio Socego, segue pela encosta
da Serra do Bananal com rampas de 4% até o alto e, galgando a Serra
da Samambaia vae attingir o rio Lagoas por cujo valle corre até a mar­
gem direita do Guandu e continua, acompanhando este rio, ate A ffo n ­
so Cláudio.
ESTAD O DO E . SANTO 215

Começada a sua construcção em 23 de Dezembro de 1925, já


se achavam construídos cerca de 1 2 .0 0 0 metros ate princípios do anno
de 1927, quando resolví mandar atacal-a com mais intensidade; acha-se
hoje concluída com a extensão total de 60 kilometros. Foram gastos ate
Maio de 1928 — 1 .1 0 1 :402íj>318, com o preço de 20:000$000 por kilo­
metro. Vem satisfazer esta estrada, á maior aspiração do povo de
Affonso Cláudio, que não dispunha de meios de transporte. Ella per-
m ittirá o escoamento de sua producção para a estação de Itá da E . F .
Victoria a M inas.

Estrada de Santa Thoreza-Collatina

Subdivide-se em tres trechos, como se segue:


1 )—Santa T hereza.— São João Petropolis 22.000 metros
2 ) — São João Petropolis — M u tu m ............ 21.000
3 ) — Mutum á C o lla tin a ................................ 18.000

Santa Thereza*S. João de Petropolis

Exactamente por interessar a uma zona accidentadissima, cons-


titue a E strada mais cara dentre todas as que foram emprehendidas em
meu Governo, ao mesmo tempo que vae servir a uma das regiões mais
produetoras do Estado, com o objectivo, também, de pôr a cidade de
Collatina em communicação directa com Victoria, servindo a 2 mu­
nicípios.
Foi iniciada em l.° de Julho de 1925, com a plataforma de 5
metros, rampa maxima de 8 % e raio minimo de 2 0 ms., quando ao at-
tingirmos 3.260 metros, os serviços foram suspensos provisoria­
mente, para se proceder a novos estudos, com melhores condições te-
chnicas.
Foram reiniciados em 1 de Fevereiro de 1927, com rampa ma­
xima de 6 % e raio minimo de 20 ms. Nessa occasião o Governo en­
trou em accordo com a população da zona, por intermédio da Compa­
nhia de Viação Geral de Santa Leopoldina, para o financiamento da
construcção. Por esse accordo o Governo se comprometteu a concor­
rer com a importância de 300:000$000, devendo o restante ser pago
pelos commerciantes e lavradores.
A extensão total do trecho c de 22 kilometros dos quaes 9 na
Serra do Timbuhy que constituem o trecho mais diíficil.
216 MENSAGEM

A impotrancia dispendida até Maio de 1928 foi de 813-070$730.


Ainda ha serviços por medir no valor approximado de 200:000^000..
O preço kilometrico approximado será de 46:000$000.
A sua conclusão depende apenas dc retoques f inaes de algumas
obras d’arte pequenas e do alargamento do trecho entre a viuva Pretti
e Barracão de Santo Antonio, sem embargo de já estar a estrada en­
tregue ao trafego.

S. João de Petropolis-Mufcum

O trecho atacado em Maio de 1925, ficou concluído em 1.440 .me­


tros apenas. Suspensos os serviços, a estrada foi construída pela fir­
ma Viuva Pagani & Filhos, tendo o Estado feito os estudos e a loca­
ção. Concluída, o Governo resolveu encampal-a, pagando as despezas
feitas num total de 204:205$000. A extensão do trecho é de 21 ki­
lometros .

Estrada de Mutum-CoUatina

Fpi iniciada no Governo passado, de Collatina para Mutum, ten­


do sido construídos então 9.400 metros, que apezar de aproveitados
exigiam a regularização do leito, construcção de obras d’arte e dre­
nagem.
Em Maio de Í925 foram recomeçados os serviços até Mutum
numa extensão de 8.600 metros, tendo sido gasta a importância de
157:174$000.
A extensão total do trecho é de 18.000 metros.

Estrada de Lage á Figueira

Aberta também no Governo passado, tem como pontos obriga­


dos os arraiaes de S . Francisco, Palmeiras 4 villa de Itaguassú e ser­
ve a uma zona de grandes possibilidades. Não possuía os característi­
cos de estrada de rodagem para automovel, pelo que se impunha a sua
reconstrucção, desviando-se mesmo o traçado em muitos pontos. Ata­
cada em 1925, com rampas maximas de S% , raio minimo de 20 metros
c plataforma de 5 metros, foram reconstruídos até Outubro de 1925,
15.000 metros, de Itaguassú a Palmeiras e até 31 de Dezembro de
1926, mais 16.400 metros, sendo 12,600 a partir de Lage e 3.800 en­
tre Palmeiras e S.* Francisco ficando reconstruídos, ao todo 31.400
ESTADO DO E . SANTO 217

metros de estrada com todas as obras de arte necesasrias. Sendo a


extensão total da E strada de 41.400 metros ficaram 10.000 metros,
entre Itaguassú e Lage por serem reconstruídos. Mais tarde, porém,
tratando-se de um trecho leve, contractou o Governo com a Munici­
palidade de Itaguassú o retoque dos 10.000 metros restantes que estão
sendo trafegados. Foram gastos 542:616$297, resultando o preço ki-
lometrico de 17:689$191 para a parte reconstruída.

Estrada de Baixo Guandú-Affonso Pcnna

Teve o actual Governo necessidade de auxiliar nos reparos de


que precisava esta rodovia e os serviços foram contractados com a P re­
feitura Municipal de Collatina. Os reparos consistiam em reconstruir
todas as obras de arte e construir outras que faltavam. Foram re­
construídas 5 pontes, 1 boeiro e construídos muitos drenos, gastando-
se a importância total de 38:666$657, não incluindo o preço de 60 tu­
bos de concreto arm ado e de 1 metro de extensão por 0,60 de diâme­
tro que foram fornecidos á Municipalidade. Acham-se em trafego
nesta E strada, 28 kilometros e o Governo Municipal de Collatina pro-
segue na construcção em direcção a Affonso Cláudio. Esta Estrada
serve a uma das zonas mais prosperas e ricas do Estado ( tendo sido a
exportação do café, pela estação de Baixo Guandu, em 1927, cerca de
16.500 sac cas).

Estrada de Alegre-Rio Pardo

Com uma extensão approximada de 72 kilometros, achava-se


esta E strada em máu estado de conservação, necessitando de uma re-
construcção g eral.
Foram reconstruídos 10.250 metros de estrada, construídos 5
boeiros de 0,50 x 0,60 e desobstruídos os existentes, gastando-se a im­
portância de 3 0 :690$00Q em 1927, além da ponte sobre o rio Norte que
custou 25:0Q0$000.

Estrada de Muquy-Conccicão de X/Iuquy

Os reparos que necessitava esta Estrada constavam de movi­


mento de terraplenagem e da construcção de 5 boeiros, gastando o Go­
verno neste serviço a quantia de R s. 14:973$316.
218 MENSAGEM

Estrada de Ponte do Itabapoana-S. Pedro de Itabapoana

Não só para completar a rede rodoviária do Município de S .,


Pedro de Itabapoana, como porque ia interessar a uma zona bastante
produetora, ordenou o Governo fosse feita a ligação Ponte Itabapoana
— S. Pedro de Itabapoana, numa extensão de 7.360 metros. P ar­
tiu a construcção do klm. 5, além da Ponte de Itabapoana e, depois
de percorrer 6.360 metros, entroncou com a Estrada de São Pedro —
D. America a 1 km. antes de São Pedro. Os seus característicos são
os seguintes: — rampa maxima de 87o, raio de curva minimo de 20
metros e plataforma de 3 metros. O serviço feito importou em Rs.
66:896$587. Falta concluir uma ponte que para o acabamento necessi­
ta a importância de 1 0 :000 $0 0 0 .

Estrada de Ponte de Itabapoana-Bio Preto

Por força do contracto feito com o S r . Dermeval Amaral,


mandou o governo, em Fevereiro de 1924, fossem atacados os serviços
desta estrada, que tem cerca de 20 klms* de extensão. Um anno depois,
tendo em, vista a construcção da E . F . Littoral, foram suspensos os
serviços, ficando construídos cerca Üe 6.000 metros. A importância
gasta attingiu á 49:120$419, incluindo a construcção de 9 boeiros de
concreto armado.

Desvio da Fabrica do Cimento Monto Líbano


Foi construído em parte pelo governo este desvio, dispendendo-
se a importância de 8:948$014 tendo, entretanto, a fabrica deixado de
funccionar, foi suspensa sua construcção.
Estrada do Amarollo
Esta estrada que é de interesse puramente local, liga a cidade de
Cachoeiro de Itapemirim ao Asylo Deus, Christo e Caridade, e foi ini­
ciada no governo passado. Devido a ter a construcção da Estrada de
Ferro Itapemirim atravessar esta Estrada passado em aterro, impe­
dindo o movimento de vehiculos, foi construída uma variante com a
qual se dispendeu a importância de 14:186$925.
Estrada do Vallão
Foi dispendida com a conserva desta estrada a importância de
6 :298$000, necessitando ainda de reparos .
E S TA D O DO E . SA N TO 219

Variante da E strada de Monte Libano

Foi feita por ter sido interrompido o trafego no logar Caieiras,


em consequência dos trabalhos da Companhia de Cimento Monte
Libano.
Custou esse serviço 4:220$780.

Estrada de C. de Itapemirim á Fazenda Cachoeira Alegre


y | : . : L MU i . í
Foi dispendida com a conserva desta E strada a importância de
3 :091$675. E sta E strada é toda dentro do município de Cachoeiro de
Itapem irim .

E strada de Paineiras-Rio Novo

Tem approximadamente 14 klms. de extensão, tendo sido cons­


truída pela firm a Athayde, Gomes & Belisario e pela municipalidade
de Rio Novo. N ão possue drenagem e não foi bem construída, princi­
palmente entre a ponte Rio Novo e a dc Villa de Rio Novo. O ser­
viço depois de feito foi vistoriado pela Directoria de Viação e Obras,
afim de que pudesse ser dado o auxilio promettido pelo Governo de
10:000$000. E ste auxilio foi elevado para 20:000$000, tendo além
disso feito o Governo a ponte sobre o Rio Novo que custou
2 1 :848$000.

E strada de Mimoso á S. Pedro de Itabapoana

A té 31 de Dezembro, haviam sido construídos 2.014 ms. de


leito e um pontilhão. O custo até essa data foi de 17:408$722. E stá
sendo construída pela municipalidade de S . Pedro de Itabapoana, au­
xiliada pelo Estado com metade das despesas.
mu jfcbulH:\ ofmn*»'
Estrada de Mimoso-Fazenda Pratinha
m [»j; | •• ' *■ •• r* •*
Foram construídos 5.480 metros no valor de 28:027$547, não
tendo sido feito ainda o serviço de drenagem.

Estrada Mimoso-Fazenda Santa Rosa


J v r . r ; « 7 vX r .ir r j a »

Situada no município de S . Pedro de Itabapoana. Construída


numa extensão de 8.400 metros o Governo auxiliou a sua cons-
trucção com 1 2 :500$QQ0.
220 M E N S A G E M

Santa Kita-Palmital

E sta estrada é de interesse particular, tendo o E stado forneci­


d o os estudos cohi o que foi dispendtda a importância de 3 :081$700.

<JavaUinho á Linhares

Foi feito um reconhecimento, tendo sido verificado boas con­


dições topographicàs pará a construcção. Não tive disponibilidade
pecuniária para construil-a, embora a reconheça necessária.

Estrada de C&stollo á Conceição do Castello

Construída no Governo passado, não offerece boas condições


de construcção. Em serviços de reparos foram gastos 6:906$050. O
Governo resolveu concedel-a por contracto de que fará menção em pa­
ginas seguintes.

Estrada S. Pedro-D. America

Concluída no actual governo. A sua extensão total é de 17


klms. Liquidei os pagamentos, tendo dispendido nessa liquidação
Í 0 :000 $ 0 0 0 ;
* * j •“ i ' . ■ .
Estrada Affonso Cláudio á Araguaya .

.‘A extensão total desta Estrada é de cerca de 80 kilometros dos


quaes 63 foram construídos pelo Governo passado sem condições te-
chnicas. O actual Governo dispendeu 5:000$000 em liquidação.

Estrada de Piúma á lconha . ”

Havendo a municipalidade de Iconha solicitado ao Estado um


auxilio para a construcção de uma estrada que ligasse aquella localida­
de ao jporto de Piuma, mandei pela Directoria de Viação e Obras pro­
ceder os esutdos; O traçado acompanha o rio Iconha, tendo a estra­
da um desenvolvimento dé 15 kilometros . • O Governo auxiliou com a
quantia de 4 1 :000$000.

Estrada Bom Jesus á Calçado •

No inicio do meu quatriennio, esta estrada se encontrava ata­


cada, pretendendo-se fazer delia uma estrada de ferro. O serviço te-
Ponte interestadual de Bom Jesus do Itabapoana, em construeção

Ponte de Bom Jesus, depois de inaugurada


Visita <lo Presidente 8o<lrc ao Espirito Santo — Excursão
a Santa Tliereza

LÍJCv*p^uO ;los S rs. Presidentes Ávidos e Pelieiano Sodré, em Bom


Jesu s do Itabapoana. quando foram inaugurar a ponte inter­
estadual sobre o rio Itabapoana
E strada de Forro, boje de rodagem. de Bom Jesus a Calçado

sA

Aspecto da estrada de automóveis de Bom Jesus a Calçado


E strada de Calçado ao Alto Calçado

Estrada de Calçado ao Alto Calçado


Ponte sobre o braço sul do Pio K. Matheus, em Nova Yenecia — 1!)25

Ponte sobre o líio Itapemirim, na estação (le Bananal


Estrada do Santa Thcreza á Collatina
Aspecto de uni trecho em eonstrue^âo da estrado de
/ *
a u t o m ó v e is d e Mimoso a M u q tiy

Construcção da estrada de automóveis de Victoria á Carincicn


Estrada de Cariacica — Santa Leopoldina — Um trecho concluído
E strad a de au tom óveis de V ictoria a C ariacica. Ponte sobre o rio M arinho

Aspecto da estrada de rodagem de Yictoria a Cariacica


A specto da estrada de rodagem de Cariacica a Santa Leopoldina —
V ista de uma ponte provisória

Aspecto de um trecho da estrada de automóveis de Figueira a ALfonso Cláudio


E strada de Mimoso a São Pedro

Estrada de rodagem de Figueira a Affonso Cláudio, em conslrucção


' 4 ; *> .

E strad a da S Tra a N ova A lm eida


Estrada de rodagem de Victoria a Vilia Velha

Aspecto da estrada de rodagem de Victoria a Serra, depois de remodelada


Ponto ila Lagoa, na e.stunla do Figueira a A ffonso Cláudio
r •

A specto da construcção da estrada (le Figueira a A ffonso Cláudio

Estrada de rodagem Figueira a Affonso Cláudio — aspectos, 192S


Ponte em São Felippe, na estrada de S. Felippe a Flexeiras
ESTA D O DO E . SANTO 221

ria um custo bastante elevado c obter-se-ia uma pequena via de 18 ki­


lometros que não se prestaria a exploração como Estrada de F e rro . O
despendio desse serviço, construído em parte como Estrada de F erro
e ligado para servir como rodovia, custou no actual Governo
153:197$387.
Suspensos os serviços em Novembro de 1925, foram retoma­
dos em Julho de 1926, com o fito de construir-se uma estrada de roda­
gem aproveitando o leito da estrada de ferro e o trecho feito pelo muni­
cípio, na extensão de 5.500 metros á partir de Calçado.
A extensão total de estrada é de 18 klm s. Com a conclusão dos
serviços o governo dispendeu 136:000$000 o que eleva a despeza total
desta rodovia, no actual quatriennio, a 289:197$387, até 31 de Dezem­
bro de 1927.

Viotoria á Serra

Iniciada em 1921 pelo Governo passado, tem 28 klms. de exten­


são. No inicio do actual quatriennio achava-se em estado precário de­
vido á sua construcção pouco satisfactoria, com o leito, plano, baixo,
sem abanulamento e drenagem. As obras d’arte da estrada, excepto
uma ponte, pouco antes da Serra, eram todas provisórias com sobres-
tructura de madeira roliça. O trabalho do actual quatriennio consis-
tio em refazer boa. parte da Estrada, elevar seu grade, fazer o abahu-
lamento, construir definitivamente as obras de arte.
E ’ actualmente uma boa estrada, facilmente trafegavel em qual­
quer época.
• A despeza total com esses serviços, feitos pela D. V. e Obras
foi de 2 4 :97Q$387, além dos effectuados pela Commissão Serviços Me­
lhoramentos no restante de 203:146$753, representando todo ..
228:117$140.

Serra-Nov* Aimoida

Atacada em Junho de 1927 com a verba de 5:000$000 men-


saes, teve a sua administração contractada com a Municipalidade da
Serra que executou os serviços até o 4*° kilometro, tendo sido dispendi-
d a a importância de 2 :824$800 com estudos e 24:109$497 com a cons­
trucção. E m 1.* de Janeiro de 1928, os serviços passaram a ser admi­
nistrados pelo Estado, tendo-se attingido Nova Almeida com 21 km s n
22 2 M E N S A G E M

A despeza total, incluindo as despezas citadas attinge á r s .................


12S:557$620 até Maio de 1928.
Santa Oruz-Nova Almeida

Es'tá sendo feita pela Municipalidade de Santa Cruz, auxi­


liando o Estado com os estudos e a importância de 13:200$000. A
extensão total é de 17 klms.
P ara estabelecer a continuidade desta estrada com a de Nova
Almeida á Serra, torna-se necessária apenas a construcção de uma
ponte de 80 metros de comprimento sobre o rio Tres Reis Magos em
Nova Almeida..
E . R . Victoria-Vianna

Attendendo-se á conveniência de estabelecer rapidamente com-


municação por automovel entre V ianna e esta capital, o Governo man­
dou abrir uma estrada de baixo custo. Os serviços feitos m ontaram a
2 7 :412$070, além de mais 5 contos pela sua adm inistração. A estra­
da que se acha em trafego está sendo melhorada, em suas condições,
devendo esse acabamento ficar prompto dentro de pouco tem po. Tem
ella 22 klms. approxim adamente.
Victoria á Villa Vellia \

E sta estrada, uma vez concluída a ponte de ligação de V ictoria


ao continente, tem como resultado immediato perm ittir um facil ac-
cesso á população da vizinha cidade do Espirito Santo a esta capitaL
Partindo de Villa Velha vem entroncar no l.° klm. da E strada de
Cariacica, junto á cabeceira da ponte de ligação ao continente, do lado
deste, com uma extensão de 10.300 ms. Como ramaes desta estrada,
foram construídos os seguintes: — de Villa Velha ao Convento da
Penha e de Aribiry á Penitenciaria do Estado. O preço kilometrico é de
cerca de 10:000$000, excluindo o trecho sobre o mangue que custou
3 5 :000$000 por 940 m etros. Os serviços já feitos orçam por
140:000$000 e estão quasi terminados, inclusive os dous pequenos
ram aes. .
Marechal Floriano â Sapucaia

Construída pelo Governo passado, estava em más condições de


conservação. Foi feito um reparo geral que custou 3 :000$000 por
klm. em sua extensão.total de 30 kilometros, sejam 90:000$000.
ESTADO DO E .S A N T O 223

Caminhos de Penetração

Estes caminhos tem por intuito facilitar a colonisação das ter­


ras incultas e despovoadas. Embora se destinando a tropas, essas es­
tradas foram sendo construídas com os cuidad os neecessarios para uma
adaptação facil ao trafego de vehiculos. Foram evitadas as declivi-
dadcs muito fo rte s. A largura da picada c de 5 a 6 metros e a largu­
ra do leito é de 2 a 3 m etros. A maioria destes caminhos tem sido fei­
ta no município de Collatina. O preço kilometrico variou de 2:500$
á 3:000$Q00, conforme a difficuldade de execução. Até agora foram
concluídos os seguintes caminhos:

1) Liberdade

Margeando o corrego de Liberdade, affluente do Rio Doce.


Extensão 8 kilometros ao preço de 1 :500$000 por kilometro, importan­
do em 12:000$000.

2) Transylvania

Na margem do Rio Doce e seguindo o valle do Transylvania


até encontrar a estrada do Panças. Extensão 15.150 metros ao pre­
ço de 2:500$00 por kilometro, importando em 37:875$000.
V

3) S. João Grande

Acompanhando o rio S . João Grande af fluente do rio Doce..


Extensão 18 kilometros ao preço de 3:000$000 por kilometro, impor­
tando em 5 4 :000$000.

4) Mutum do Norte

P arte da margem esquerda do Rio Doce em frente a Maylasky


e acompanha o valle do Mutum do N orte. Extensão 10 kilometros
ao preço de 3:000$000 por kilometro, que representam 30:000$000.

5) Rio Doce

P arte da margem esquerda do Rio Doce em frente a Collatina e


acompanha este rio até S . João Grande. Tem 10 kilometros de ex­
tensão ao preço dc 3 :000$000 por kilometro, no valor de 3 0 :000$000
224 MENSAGEM

6) Barbados á Santo Antonio

F arte da Serraria de Barbados e segue pela margem direita do


rio Doce. Tem 11 kilometros ao preço de 2:500$000 por kilometro,
representa 27:500$000.

7) S . Felippe á Flecheiras

No município de Cachoeiro de Itapem irim . Dispendeu-se com


esta estrada 5 :234$000.
Pequenos detalhes: — Foi feito um ramal da estrada de Victo-
ria a Cariacica, passado pelos terrenos do Sr. Gabino Vasconcellos, nu­
ma extensão de 720 metros para vir a Itaquary. Foi dispendida a im­
portância de 5:215$852.

Estrada de Par&jú

No município de Itaguassú, partindo da estrada de Lage a Fi­


gueira vae a P ara jú . Construída pela municipalidade e auxiliada
pelo Estado com 8 :000$000.

Estrada de Socego

No município de Itaguassú. P arte da estrada de Figueira a


Lage e vae a Socego. Construída pela municipalidade e auxiliada pelo
Estado.
PONTES

I. Ponte Interestadoal de Bom Jesus

E sta ponte tem um comprimento total de 58 metros divididos


em dois extremos de 8 metros e tres centraes de 14 m etros. Construí­
da de accordo com o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Cada
Estado concorreu com a metade do seu custo. E ’ construída sobre o
rio Itabapoana e liga os dois povoados de Bom Jesus. E ’ de cimento
armado, para via dupla, tendo uma largura total de 7 metros. Foi
concluída em Julho de 1927 e inaugurada com a presença dos Presi­
dentes dos dois Estados. O custo total da ponte foi 280:123$837.
H. Ponte de Santa Leopoldina

E sta ponte fica sobre o rio Santa M aria na estrada de Santa


Leopoldina a Santa Thereza, dentro da cidade de Santa Leopoldina..
ESTAD O DO E . SANTO 225

E xistia uma ponte metallica que estava cm péssimo estado, tinha os pi­
lares feitos com argamassa de barro e vãos deseguacs, tornando-se ne­
cessário fazer-se uma nova ponte. Foi esta construída em cimento
armado. A nova ponte tem 4 vãos dc 16 metros, largura carroçavcl
de 3 metros e largura total de 5,5 metros. As despezas até 30 de ÀbriB
ultimo montam a 275:186$298.

U I. Pont© de Nazareth

E sta ponte fica na Estrada de Cariacica a Santa Leopoldina so­


bre o rio Crubixá Assú, distando tres kilometros de Santa Leopoldi­
na. E ’ construída em cimento armado, tendo o comprimento total de
31 metros, dividido em 3 vãos, sendo os dois extremos de 9 metros e
o central de 13 m etros. E ’ para via singela, tendo uma largura car-
roçavel de 2,80 m s. e uma largura total de 3,50 ms. Custou ao go­
verno a importância de 86:128$617.

IV . Ponte de Bananal

Sobre o rio Itapemirim, junto a estação de Bananal na E . F .


Leopoldina. O S r. Argemiro Amorim forneceu toda a madeira ne­
cessária para esta ponte. Tem o comprimento total de 104 metros, di­
vidido em 13 vãos de 8 metros. Os encontros são de alvenaria de pe­
dra e os 12 pilares são constituídos cada um por 4 columnas de cimen­
to armado travejadas na parte superior e no meio. A sobrestruetura
é de madeira, form ada de 4 vigas rectas e pranchões. Atò 30 de
Abril ultimo foram pagos 53:000$473.

V. Ponte de Nova Venecia

Sobre o rio S . Matheus. Tem 106 metros de comprimento


dividido em 11 metros, sendo 9 de 10 metros e 2 de 8 metros. Os pi­
lares são de alvenaria de pedra e a sobrestruetura é de madeira; custou
ao Estado 46:681$749.

VI. Ponte sobre o Eio Dourado

Construída por ordem do Governo passado, fica sobre o Rio


Dourado, affluente do Rio Itaunas. E ’ feita de estacas de madeira
com estrado de achas. Tem 199 metros de comprimento e 2,90 ms. de
largura total. Serve para o transito de tropas e pedestres, custou
ao Estado 19:300$000.
226 M E N S A G E M

V I I . P on te Sabino P essoa

Sobre o rio Itapemirim. Tem 116 metros de comprimento e


2,10 ms. de largura e 10 pilares de alvenaria de pedra. O Custo lo­
tai é de 27:132$391.

V III. P on te sobre o R io N orte •

Situada na E . R . dc Alegre a Rio Pardo, distante 32 kilome­


tros de Alegre. Aproveitaram-se o encontro da margem esquerda e
parte do madeiramento existente na ponte velha que foi arrastada
pelas enchentes. Foi paga á P refeitura Municipal de Alegre pela re­
construção desta ponte a importância dc 2 5 :000?000.

IX . P on te sobre o R io M uquy, em S . P elip p e

Tem um comprimento total de 36 metros, dividido em 2 vãos


de 18 metros. A sobrestruetura é de madeira sobre pilares de al­
venaria. Custou 34:012$498.

X. Ponte sobre o R io M uquy, em P aineiras

Foi demolida uma ponte antiga sem o aproveitamento do ma­


terial. Tem 15 metros de comprimento, sobrestruetura de madeira
com vigas armadas systema Howe, sobre encontros de alvenaria de
pedra. Custou 16:014$945.

X I. P on te sobre o Rio N ovo

Na estrada de Paineiras a Rio N.ovo, typo e vãos idênticos aos


da precedente. Custou 2 1 :648$390.

X II. P on te sobre o R io Castello, em A n g á

Custou ao Estado 7 :000$000.


X III. P on te sobre o R io C astello em, F im do M undo

Construída no governo passado. O actual Governo pagou o seu


custo na importância de 8 :457$595.
X IV . P onto do A m arcllo

Sobre o vcorrego Amarello, na E strada do mesmo nome.., Tem


10 metros de vão e uma largura total de 3' m etros.. A sobrestruetura
é de madeira com vigas armadas, custou 11:087$359.,
ESTADO DO E . SANTO 227

XV. Ponte sobre o rio S . Pedro

Situada na estrada de Ponte de Itabapoana a S . Pedro de Ita-


bapoana. Tem 15 metros de vão e 3 metros de largura. A sobres-
truetura é de madeira com vigas armadas, custou ao Estado a impor­
tância de 5:529$363.

X V I. Ponte
______ Ibiapaba

Situada sobre o riacho Grande na estrada de Cariacica a Santa


Leopoldina. Tem vinte metros de comprimento dividido em 2 vãos de
10 metros. Os encontros e pilar são de alvenaria de pedra. A so-
brestruetura será metallica com o aproveitamento das vigas retiradas
da ponte velha de Santa Leopoldina. O custo desta ponte está incluí­
do no da estrada que faz parte. E ’ de 32:571$12S.

XVXX. Ponte de Cambe

Situada na estrada de Cariacica a Santa Leopoldina. Tem um


vão de 10 metros. A sobrestruetura, como a da ponte anterior será
metallica com o aproveitamento das vigas da ponte velha de Santa
Leopoldina. O seu custo também está incluído no da estrada. E ’ de
23:3365043.

xvm. Ponte da Passagem

Liga a ilha de Victoria ao Continente pelo seu lado Norte.


. E stá em péssimo estado. Fizemos alguns pequenos reparos urgentes,
tendo-se iniciado sua reconstrucção que não poude ser concluída.

X IX . Ponte sobre o Rio Marinho

Situada na estrada de Victoria a Cariacica. Tem 40 metros de


comprimento dividido em 3 vãos centraes de 10 metros e dois extre­
mos de 5 metros. A sobrestruetura é de madeira, sendo as vigas ar­
madas inferiormente com tirantes de ferro. Os pilares são feitos de
estacas de cimento armado. Até agora foram pagos 20:2105500. O
seu custo total será cerca de 40:000$000.

XX. Outras Pontes

Foram construídas ainda outras pontes de menor importância


como:
228 • • M E .N S A G . E M

. 1)
— Cinco Tocos que custou 4 :00Q$000
2 ) — Monte Libano que custou 3 :000$000
3 ) — Imbetíba, Àppolinario e Rio P reto em Iconha que cus­
taram 4 :SOO$0(X) reunidas
4) _ Rio Novo em V argem A lta que custou ' 7 :500$000 e
o u tra s. • •' - . . * •
EDIFÍCIOS PÚBLICOS V ■’
— ESCO LAS — . ; ' .

I. Collogio Pèdro Palacio*

• Situado em Cachoeiro de Itapem irim . As obras effectuadas


neste collegio vieram satisfazer á clausula terceira do contracto cele­
brado com o D r. A risteu P o rtu g al. . Consistiram na construcção de
um barracão nos fundos do edifício, de um passadiço coberto para ac-
cesso a esse barracão, installações sanitarias, um m uro de fechamento
o um muro de ar rimo nos fundos do edif icio. A despeza feita em meu
periodo foi de 153:088$975, incluindo as despezas realisadas com um
boeiro e o nivelamento do terreno.
H. Grupo Escolar de Santa Theresa
Ficou apenas com as paredes externas e a cobertura concluí­
das, terá 4 salas de aula, além de gabinetes p ara D irector e professo­
ra s . Orçado em 2 0 3 :225$975, as despezas já feitas, attingem a
120:677$986.
U t. Escolas Bennidas de Guarapary

Tem 2 salas de aula. Acha-se concluído e custaram as obras


38:O13$5Q0 até 1926, tendo sido seu custo elevado a 53:000$000 até
sua conclusão fin al.
IV í' Grnpo Escolar Bem ardino Monteiro

•.S ituado em Cachoeiro de Itapem irim . F oram executadas per


quenas obras neste prédio, .como reparos n a installação_sanitárià e dre-r
nagem externa; tendo:se gasto a importância de.5:074$488.
. ► • .■ • f » - . . . * » * • , •• • • • •

V .. Grnpo Evcolar Neator Gomes

Situado em Castello. Iniciado em Julho de 1923 foi liquidado


no actual quatriennio, tendo se pago 70:000$000. S offreu alguns li­
geiros reparos.
Collogio dos frades capuchinhos de Santa Thereza
V

Locai em que foi construído o ed ifício dos Serviços de M elhoramentos de


V ictoria, an tes de iniciada a construcção, na rua do O riente 1924

Fundações do grande edifício para o Almoxarifado da S. M. V


Prédio para os Serviços de M elhoram entos, em confttrurqão — 192n

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r pf* H__ .

i u i ç * , W J & jm
' n v >M é 1

Edifício para os Serviços de Melhoramentos de Victoria, concluído


.Merendo de Villn Kubira, em conclusão — 1928
M ercado de V illu Rubim, em construcção

Mercado de Villa Rubim, cm conclusão — 1928


Mercado dc V illa Rubim, concluído

Antigo mercado de Victoria


Mercado da Avenida Capiehaba, cm construcçao
~ rr t a a • 'V e r o /-,a t r / r t a t r c m

N ovo m erendo na A venida Capichaba, em construcção — 1925

A specto da A venida Capichaba vendo-se o novo mercado c antigas casas


demolir
M ercado da A venida Capichaba, em construcção

Mercado da Avenida Capicliaba, em conclusão


M ercado da A venida Capicliaba, cm construcçuo

Mercado da Avenida Oapichabn. em conclusão


M ercado da A venida Capiclmba depois dc concluído

Projecto tio edifício para sédc dos Serviços de lldlionuaentos dc Victoria


Grupo Escolar "Gomes Carclhn” , em construcção
V,
tp

Grupo Escolar “ Gomes Carclim” , cm construcção


Gmpo Escolar ‘-Gomes Carclim, concluído
Projecto do Grupo Kseolav “Gomes Cardim construído na
Avenida Gapieluiba

Escolas reunidas de Collatina — 1924


Antigo Tlieatro Melpoinene
Delegacia Geral de Policia — Construcçuo de um edifício
» para sua ampliação — 1924
Escolas de Barbados — Municipio dc Collatiua — 1928
Cadeia de Ttaguassíí
Serviços de carpintaria na Penitenciaria do listado

Proprio estadoal occupado pela Administração dos Correios dc Victoria,


quando em adaptação — 1924
Grupo Escolar “ Gomes Cardira” , concluído

Cadeia de Affonso Cláudio


ESTAD O DO E . SANTO 229

V I. Grupo Escolar Ivlarcondes do Sousa

Situado em Muquy. Tem 8 salas de aula. Autorizado em


fins do Governo passado. Ficou concluido em princípios de 1925, fi­
cando ao Estado por 98:000$000. Em 1927 foram feitos neste pré­
dio reparos geraes no valor de 18:385$550.
V II. Escolas Reunidas de Conceição de Castello

Este edificio foi iniciado no quatriennio passado e terminado em


fins de 1924. Custou ao Estado 36:000$000. Não foi bem cons­
truído. Fizemos ligeiro reparo no valor de 450?000.

VXH. Grupo Escolar de Alegre


Foi projectado para 8 salas de aula, além de gabinetes para Di-
rector e professores, salão nobre e portaria. Scra um edifício de dois
pavimentos. O seu orçamento é de 244:842$926, excluindo as fun­
dações e o aterro necessário. Com estas ultimas despezas o oiçamen-
to ficará elevado a cerca de 320:000$000. O terreno foi cedido pela
municipalidade. As obras já feitas importaram em 108:156$045, es­
tando o prédio com as fundações promptas e as paredes até meia altu­
r a do andar terreo e o aterro com um terço concluido. Como esse
terreno era foreiro a egreja, o governo adquirio a propriedade lespcc-
tiva, do Bispado por 12:Q00$000.
IX . Grupo Escolar de Affonso Cláudio
Foram iniciadas as obras no quatriennio passado, foi projecta-
4 0 para 5 salas de aula. Não ficou concluido, estando com as paredes
externas e cobertura promptas e as paredes divisórias a meia altura.
Os serviço^feitos importaram em 4 9 :072$300.
X. Grupo Escolar de I taguaasú
Foi projectado com um corpo central e duas saias de aula. O
orçamento total é de 79:541$S98. Tendo sido suspensos os serviços
o empreiteiro se propoz a concluir a obra, recebendo a metade do orça­
mento e deixando para mais tarde a liquidação de contas. Ainda não
foi liquidado.
X I. Escolas Reunidas de Vianna
E* um prédio singelo com duas salas de aula. Esta concluido l.
custou 31:734$643.
M E VN S A G E M
230

X II. Escolas Reunidas de Baixo Guandú

Typo egual ao precedente e o seu custo foi o mesmo. Acha-se


concluido, tendo o empreiteiro recebido 2 2 :000$000.

X U I. Escolas Reunidas de Itapemirim

O Governo adquiriu um prédio e adaptou-o para este fim, re­


construindo-o quasi totalmente. E stá concluido tendo custada
2 6 :304$525.

XIV. Escolas Reunidas dc Veado .

Necessitava este edifício da construcção de um m uro para iso­


lar o prédio e sustentar as te rra s . Os serviços executados importaram-
em 12:192$428, não tendo ficado concluídos. O orçamento para a
conclusão é de 5 :305$118.

XV. Escolas Reunidas de Barbados

Typo idêntico ao das escolas de Baixo Guandú. A Serraria dc-


Barbados offereceu toda a madeira necessária, pelo que o seu custo foi-
apenas de 23:011$088. E stá concluido.

XVI. Escolas Reunidas de Conceição da Barra

O Estado adquiriu por 16:000$Q00 um prédio para adaptar a


este fim . Não foi feita a adaptação, funccionando mesmo assim as
escolas neste prédio.

X V II. Grupo Escolar de Collatina

Construído no quatriennio passado, teve grande parte paga.


pelo actual Governo. Custou ao Estado a importância de 4 0 :000$Q0Q.

XvJULÍ. Escolas Reunidas de Santa Leopoldina

Construído no quatriennio passado, teve grande parte paga


pelo actual Governo. Custou 50:000$000.

X IX . Gymnasio S. Vicente de Paulo

O Governo mandou executar em um prédio seu, occupado por


este Gymnasio á rua Pedro Palacios, nesta Capital, adaptações no va­
lor de 7 :447$440.
ESTAD O DO E . SANTO 231

XX. Eacolas Reunidas de Pau Gigante

Necessitavam de concertos que foram executados pelo Governo


no valor de 1 :425$000.

X X I. . .Escolas de Nova Venecia

Situado no município de S . M atheus. Custou ao Governo


8 :000$000.

Prédio para a Directoria de Hygiene

Estando esta Directoria funccionando ainda no andar terreo


do prédio do Instituto Historico no Parque Moscoso, acha-se
mal installada. O Governo mandou adaptar o prédio onde funccionava
a Prophylaxia R u ra l. A adaptação consistiu numa reform a completa
•com o aproveitamento apenas das paredes externas e da cobertura.
Concluída essa reform a teremos a Directoria de Hygiene devidamente
installada. Os serviços estão em conclusão. Até 31 de Dezembro de
1927 foram dispendidos 28:107$119. O orçamento total dos servi­
ços é de 8 0 :000$000;

Inspectori& de Lepra o Moléstias Venereas

O prédio onde funccionava a Commissão de Melhoramentos


de V ictoria foi adaptado para esta Inspectoria, tendo sido feitas todas
as divisões e installações. O serviço está concluído. A despeza total
attingiu a 34:132$165.
CADEIAS .

l. Cadeia de Castello

Iniciada em Junho de 1923 e contractada pelo preço de 25:100$


o serviço está concluído e pago. Soffreu mais tarde reparos no va­
lor de 218$000.

n. Cadeia de Itaguassú

Iniciada em Agosto de 1923. Os serviços já estão concluídos e


pagos. Dispendeu-se a importância de 36:167$702.<

m . Cadeia de S ta. Thereza


Iniciada em Setembro de 1926 e concluida em Maio de 1925..
Custou 3 2 :608$245. Foram feitos reparos no valor de 2:004$106.j
m e n s a g e m
232

IV . Cadeia de Veado

Iniciada em 1923 foi concluida em 1925. Foi contractada por


35:000$000. Posteriormente foi paga uma indemnização por pre­
juízos resultantes da construcção. Foram feitos reparos no valor de
1 :749$000.

V. Oadoia do Pau Gigante

E stá concluida. Custou 56:340$784. Posteriormente foram


feitos acabamentos e o abastecimento de agua que custaram 3:309$100

V I. Cadeia de Gachooiro de Itapemirim

Foram effectuados diversos concertos e caiação geral do edifí­


cio. O custo total atingiu á 12:806$904.

V II. . Cadeia de S. Pedro do Itabapoana

Construída pela P refeitura local com auctorização do Governo


passado, foi paga neste quatriennio pelo preço de 43:917$975.

V ffl. Cadeia de S. João do Muquy

E stá concluida. Custou 51:945$732.

IS . Cadeia de Benevente

Ainda não está concluida. O typo é o mesmo da de P au Gigan­


te . O seu orçamento é de 47:135$708. Já foram pagos 15:000$000..

X. Cadeia de Alegre
*
Este edifício foi ampliado e melhorado para ter bôas condi­
ções de accommodação e hygiene. Este trabalho custou a importância
de 4 3 :203$417.

X I. Penitenciaria do Estado, em Villa Velha

Foi feita completa remodelação de um dos pavilhões com 52


cubículos pela Commissão de Melhoramentos de Victoria, gastando-se
/ 131:740$248. Ultimamente construimos uma prisão para mulheres
que custou 53:876$316, ao todo 185.616$564.
E S T A D O DO E . SAN TO 232-

SE D E TELEPHOEZCA ESTADOAL

N o principio do actual quatriennio havia já rede telephonica.


adm inistrada pelo Governo e linhas entregues por arrendam ento a ter­
ceiros . E stas ultim as são as seguintes:
1) — Cachoeiro de Itapem irim , Paineiras, Villa e B arra d e
Itapem irim , ligada á U sina P aineiras;
2 ) — Cachoeiro, Pedreira, Santo A ndré e Castello;
3 ) — Cachoeiro, Vargcm Alta, V irgínia e Guiomar, estas-
duas linhas ligadas ao serviço de electricidade de Cachoeiro;
4 ) — V ictoria, Vianna, Marechal Floriano, Campinho e Ma-
thilde;
5)— V ictoria, Villa Velha, estas duas linhas ligadas aos S .
R . de V icto ria. A rede independente ligava Victoria, Cariacica, San­
ta Leopolclina, S anta Thereza, Figueira, Itaguassú e A ffonso Cláudio.
E sta linha destinava-se exclusivamente ao serviço interurbano.
As linhas ligadas sob os números 2, 3, 4 e 5 aos diversos servi­
ços foram ultim am ente alienadas pelo Governo, a de n. 1 faz p aite
d a E . F . Itapem irim .
A ultim a rede foi sempre administrada, ampliada c conservada
por adm inistração do E stado. O serviço aesta rede, ainda que não
compensador sob o ponto de vista financeiro, presta bons serviços ás-
localidades servidas, que na sua maior parte não dispõem de telegra-
pho. Os serviços realizados pelo actual Governo nesta rede são os
seguintes:
a ) — Construcção dos ramaes de Itaguassú a Lage e Santa.
Thereza a Collatina;
b ) — Construcção de uma nova linha de V ictoria a Santa
Leopoldina não só p ara melhorar as condições da mesma, como p a ra
m udar o seu traçado que era inconveniente.
c) — Remodelação completa com a substituição dos fios de
fe rro por fios de cobre da linha de Santa Leopoldina até cerca de 20'
kilometros além de S anta Thereza.
d ) — R em odelação das cen traes telcp h o n icas.
Com estes serviços o Governo dispendeu a importância de-
272:1 8 7 $ 3 3 4 , além do preço dos fio s de cobre adquiridos.
O serviço telephonico tem dado déficit, devido em parte as linhas-
234 M E N S A G E M

ainda não estarem todas em bom estrado. E ’ de esperar que este deficiv
desappareça logo que as linhas estejam todas remodeladas. No ini­
cio do actual Governo a renda media mensal era de cerca de 2 :000$000
e a sua despeza de custeio de cerca de 2 :700$000. Em 1927 a receita
media mensal pouco havia crescido, estando em 2:869$700, tendo a
despeza crescido para 5:590$000, deixando um déficit de 2:720$300
mensaes. O crescimento do déficit em 1927, parece exaggerado, mas
temos que levar em consideração que por diversas vezes tivemos que
adm ittir pessoal extraordinário para limpeza e alargamento das pica­
das que estavam em máo estrado e eram, na sua maioria, estreitas cx-
ccpção feita, dos trechos novos ou reconstruídos. A receita media
mensal das estações em 1927, foi a seguinte:
Victoria............. 9G18700
Santa Leopoldina 7948100
Santa Thereza.. 30G8200
Figueira............. 1768400
Affonso Cláudio. 228§300
Itaguassú............ 1458200
São Francisco.. 1438700
Lage................... 1148100

A central de Cariacica foi supprimida por não comportar a lo­


calidade a estação.
O ramal de Santa Thereza a Collatina está sendo explorado
pelas municipalidades, apezar de ter o Estado fornecido o material e
pago quasi totalmente a sua construcção.
Foram reformadas as tabellas de preços para as communica-
ções, estabelecendo-se taxas diversas, de accordo com as distancias e
uma taxa fixa para o serviço de entrega dos telephonemas.
P ara o effeito da cobrança das taxas, as estações se dividem em
dois grupos, sendo o primeiro constituído por Victoria, Cariacica, San­
ta Leopoldina e Santa Thereza, e o segundo por Figueira, Affonso
Cláudio, Itaguassú e Lage.

Taxas

1. °)—-Para ligação do apparelho ao centro (além do custo da linlia) 208000


2. °)—Para vistoria do serviço, quando feita por pessoa estranha.. 10$00í>
3.°)—Assignatura mensal....................................................................... 5$000
4 /) —Para entrega de avisos escriptos.................................................. 1$000
5.°)—-Para ligação á rede dos Serviços Reunidos de Victoria............. $600
E S T A D O DO E . SA N TO 235

6. °)—Por commimicação directa durante 3 minutos:


a) entre duas estações do l.° grupo.............................................. 2$000
b) entre duas estações do 2.° grupo.............................................. 2$00*>
c) entre Santa Thereza e qualquer outra estação........................ 2$00fr
d) entre duas estações de grupos differentes.............................. 2$õ00
7.° )— P or m in u to e x ced en te................................................................................... $500
8. °)—Por aviso escripto, até 20 palavras:
a) de uma estação para outra de grupo d iffe re n te.................... l$50í>
b) de uma estação para outra do mesmo g r u p o ......................... 1$000
9.°)—Por palavra excedente..................................................................... $0õO
10.°)—Por communicação directa entre o apparelho da central e qual­
quer outro, além da taxa n.° 7 ........................................................ $200

N A V EG A Ç Ã O P L U V IA L

D ada a configuração do Espirito Santo com extenso littorai


onde vão ter diversos rios francamente navegáveis por pequenas em­
barcações e a cujas m argens já enentramos vários centros de popula­
ção, com o seu desenvolvimento retardado em grande parte á falta de
meios de transportes regulares, o serviço de navegação interior, e o
de pequena cabotagem se apresentaram dignos de attenção. Nosso E s­
tado apresenta uma faixa littoranea baixa que se prolonga para o inte­
rior em grande extensão, attingindo a mais de 30 kilometros em alguns
pontos. D ada a fraca declividade e curso sinuoso dos rios nessa faixa,
estes são sujeitos a obstrucção com madeiras das m attas marginaes li­
gadas por vegetação fluetuante que chega ao ponto de impedir a pas­
sagem de embarcação e o livre escoamento das aguas. O Governo tra­
tou desse problema, conforme passamos a expor.

Rio Muquy do Norte

Teve desobstruído uma grande extensão do seu curso.


Esse serviço custou 110:920$000, dos quaes metade foi paga
pela U sina Paineiras, sendo o restante pago neste periodo.

Rio Itaún^s

O Governo passado fez abrir um canal de ligação entre as b ar­


ras dos rios Itaunas e S . M atheus. Este canal tem uma extensão
total de 6 .3 0 0 metros, sendo que destes, 1.000 são em a reia. E ste ul­
tim o trecho é de conservação difficil e cara, pelo que esse canal não ten*
i‘ SfENSAGEM
236

■dado resultado satisfafctorio. O rio itaunas é francam ente navegá­


vel em cerca de 60 kilometros, porém a sua b arra é muito báixa, não
dando pasããgem' a embarcações. ■
No contracto de exploração de madeira e colonisação assigna-
do com o s r . Raulino Costa, ficou este senhor obrigado a desobstruir
•o rio Itaunas, ficando o governo obrigado a conservar o canal de ligação.
V erificando-se que seria a manutenção desse canal muito dispen­
diosa, resolveu o governo auxiliar com 30:000$000 a construcção
de uma estrada.de ferro que. substituísse esse canal e com 10 contos
um a ponte de atracação no rio S . M atheus. Foram desobstruídos
75 kilometros de .curso do Rio Ita u n a s .

Rio Barra Seooa

O Governo contractou a desobstrucção do leito pelo preço ki-


lometrico de 1 :000$000, com‘ o d r. A ntonio'dos Santos Neves. Em
3 1 __12—927 já se achavam desobstruídos mais de 20 kilometros.

Rio Benevente
O Governo concedeu aos S rs. Pedro José & C ia. uma subven­
ção mensal de 500$000 para a. manutenção de um serviço de navega­
ção com úma lancha entre Benevente e Alfredo C haves. A subvenção
‘será suspensa logo entre em trafego a E strada Benevente — Alfredo
ChavfcS^
* «* *•
5 **
,\ - • t ^ « • *

-Rio São Matheus


......

O governo concede ao S r . Eugênio dos Santos Neves uma sub­


venção de 400$000 mensaes para um serviço regular de navegação
com uma lancha, tres vezes por semana entre S .M atheus e Conceição
da B arra. . ; .. . -

Rio Doce
- O actual governo encontrou o serviço da navegação deste rio
sendo feita normalmente'. com dois navios, Tupy e Tamoyo.. O Tupy
naufragou e perdeu-se em frente de Collatina, o Tamoyo últimamente
•encalhou em Regencia, tendo se retirado o motor e ficado o casco bas­
tante estragado. A reform a deste navio está em andam ento. Actu-
dlmente este serviço está sendo feito com o navio a vapor Juparana
ique foi adquirido pelo actual Governo pelo preço de 2.715 libras ester-
E strada da Penitenciaria a Victoria e Villa Velha
Penitenciaria do Estado — Galeria de cubículos
B anda de m usica composta de sentenciados

P enitenciaria do E stado — Instrucção nos presos


ESTADO DO E . SANTO 237

linas c if. Victoria. Gom a montagem do navio e a construcção de toda


a parte de madeira, convéz e divisões foi despendida a importância
■de 38:726$610.
O navio tem o casco de aço, calado de 60 centímetros com 20 to­
neladas de carga e é movido por meio de roda de popa. São feitas
actualmente 5 viagens redondas por mez de Collatina a Regencia. ten­
do o Governo entrado em accordo com os s rs . Mesquita & C ia., para
o serviço de navegação marítima regular entre Regencia e Victoria,
4>m correspondência com o serviço fluvial. A linha a partir de Colla­
tina, passa por Linhares, e tem seu ponto terminal em Regencia. Além
•desse portos lia diversos pontos de parada..
O serviço é deficitário, apezar de o novo levar sempre boa car­
g a . Entretanto, o Governo o mantem por ser o unico meio de trans­
porte de todo o baixo Rio Doce, onde se vae desenvolvendo a lavoura
-do cacáo.
Foi construído em Collatina um armazém para este serviço.
Ultimamente foi adquirida uma caldeira para aproveitar-se o casco do
primeiro navio Juparanã que naufragou ha tempos no rio Doce. Esta
•caldeira custou 9 . 500$000.
Em 1927 a receita bruta deu 29:648$500 c a despeza de
2 7 :620$000, de que resulta um déficit de 7 :97*$500 ou seja um déficit
664$491.

' NAVEGAÇÃO MARÍTIMA

Linha de Victoria á São Matheus

Navio “Penedo”—Iniciado por ordem do Governo passado que


-contractou a sua construcção com o S r . Brasil Vasconcellos, foi cons­
truído em Conceição da B arra.
O casco é de madeira, tem 40 metros de comprimento total
e 7ms50 de bocca. * Munido de um motor a oleo bruto de 2Ò0HP
desenvolve uma velocidade de 9 á 10 nós. Tem accommodações para
52 passageiros de l.“ classe e lotação para 180 toneladas de carga.
-Faz regularmente 5 viagens redondas por mez, de Victoria a S . Ma­
theus . O Estado nada tem recebido de arrendamento deste navio, es­
tando actualmente entregue a firm a I.udovina Diaz Gonçalves.
Custou ao Estado a importância de 587.000$00 dos quaes fo­
ram pagos neste meu periodo 507.000$000. O governo tem-sido res-
238 MENSAGEM

ponsavel pela sua conservação, já tendo soffrido o navio 2 reparos dè


monta, com apreciável despeza.
MMonis Freire” — O governo concedeu, até a inauguração da
navio Penedo em 10 de Julho de 1925, uma subvenção mensal de 1 :000?
á firm a Mesquita & Cia., para que este hiate motor fizesse o serviço
entre Victoria e S . M atheus.

TÁnhsi Victoria á Benevente

O Governo concede á firm a Pedro José & Cia. uma subvenção


de 500$000 mensaes para o hiate motor Zgarth fazer esta linha.

Linha de Victoria á Regencia

O serviço feito em correspondência com o serviço de navega­


ção fluvial do Rio Doce foi ajustado ultimamente com os S rs. Mes­
quita & C ia., conforme acima foi dito.

CONSERVAÇÃO DE ESTEADAS DE RODAGEM

Antes de 1927, não tinhamos serviço de conservação das estra­


das de rodagem organizado com um plano de conjuncto e distincto cios
serviços de construcção. Em 1927, iniciamos a organisação definitiva
deste serviço, tornando-o distincto do de construcção. Dispendemos
com este serviço em 1927 157:194$071, dando uma media de cerca de
70$000 por kilometro por mez.
Além destes serviços tinhamos a conservação de 26 kilometros
da estrada de Cariacica a Santa Leopoldina, contractada com a Viação
Geral de Santa Leopoldina pelo preço de 1 :071$000 mensaes.
O Governo ainda auxiliou as municipalidades de Santa There-
za e Itaguassú com 2 :000$000 por mez a cada, para a conserva das es­
tradas dentro dos respectivos municípios.

CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIOS PÚBLICOS

Com a conservação dos prédios públicos desta Capital, foi gasta


no actual governo, até 31 de Dezembro de 1927, a importância de rs.
38l:752$274, dando uma media mensal dc 8:877$959. Esta impor­
tância assás elevada, tem sido dispendida em reparos, reconstrucções e
adaptações de prédios. A Villa Militar consumiu uma grande parte
i
. ESTADO DO E . SANTO 239

•desta quantia, vindo depois o Palacio do Governo e em seguida o Con­


gresso Legislativo.
SERVIÇOS DIVERSOS
1. Abastecimento de agua de Guarapary

O Governo fez a reform a da rede de abastecimento de agua de


Guarapary. Os serviços consistiram na desobstrucção da represa e
substituição da adufa de descarga, substituição de 2.000 ms. de tubos
estragados e raspagem interna e fixamento dos 7.000 m s. restantes
e reparos no reservatório. Os serviços custaram 43:091$057.

H. Abastecimento de agna.de Vianna

Foram construídas a represa, a linha adductora e o reservató­


rio. E ste serviço se tornava indispensável para o fornecimento de
agua á escola local construída pelo Governo. A linha adductora tem
2 .2 6 0 jnetros de desenvolvimento e o diâmetro de l “ l/4 . Custou ao
Estado 29:597$987. Toda a villa ficou bem abastecida com esse pe­
queno dispendio.

D l. Abastecimento de agua de Timbuhy


Procedemos aos estudos deste serviço. Gastamos nestes es­
tudos 4:956$200. O orçamento dos serviços é cerca de 100:000$000..

IV. Calçamento da Rna Moreira, em 0. de Itapemirim

Foram calçados 400 metros lineares desta rua com a area de


3.174 metros quadrados. Custou este serviço 78:593$000.

V. Barcas para a travessia do Rio Doce

E stas barcas são captivas e constituídas por uma balsa com


leme, de form a a se moverem impulsionadas com a própria cori ente do
rio. Foram construídas duas, uma em Collatina, pelo preço de
12:000$000 e outra em Porto Bello, por 10:000$000.

V I. Elevador no Palacio Presidencial

Foi installado um elevador A . B . S e com capacidade para 8


pessoas, do saguão do Palacio para o segfundo andar. Esse serviço cus­
tou, incluindo a transmissão de força e trabalhos preparatórios,
4 7 :437$733.
240 M-E N S A G E M

VJ3. Levantamento das. linhas de força

Foi feito o levantamento topographiço de todas as linhas de


transm issão eléctrica, alienadas á Companhia Brasileira de t4orça Elé­
ctrica, ajustado este levantamento pelo preço kilometrico de 200$000
o km. Este serviço ainda não está concluído.
, ' . i . .» . . . . . . . . •...
v m ; Pequenos oervisos . . . . .

Foram ;feitos outros pequenos serviços, como sejam:.


•t a ) Reparos na estação de Vargem A lta ............................ •1:642$0Q 0
b) Reparos na estação de C ondurú........................................... 3 :336$700
c) Reparos na estação de Santo A n d r é .. . . . . . . •• 2 .3 5 0 $ 0 0 0
d) Muro de arrimo em V argem A lta .....................• •• •• 650$000
'e ) Levantam ento da V illa de I ta b a p o a n a ............................. 5 :775$000
f ) Demarcação do campo de aviação de G o ia b eira s.. . . 320$000
g ) Inicio dos serviços de kilom etragem das estradas de
rodagem ......................................................................................... 1.485$q00

1 5 :558$700

ESTRADAS DE, FERRO •

Estrada de Ferro Benevente a Alfredo Chaves

No inicio do quatriennio, havia nessa estrada 3.467 metros de


leito construído, dos quaes 2.520 com a sobrestructura assentada, 5
boeiros capeados e 4 pequenos pontilhões. Actualmente temos todo
o leito construído, linhas assentadas, obras de arte definitivas e a esta­
ção de Alfredo- Chaves-*A extensão total da estrada é de 32 kilometros,
sendo, 17 de Benevente a Jabaquara e 15 de Jabaquara a Alfredo Cha­
ves . As condições téchnicas desta estrada são. as seguintes: R a io .
minimo 36 metros* rampa maxima 2,5% e bitola de 0 ,6 0 .;Temes me­
lhorado as curvas de raio apertado, afim de o não deixar inferior a 70
m etros. O seu traçado acompanha.o rio Benevente, des.de Anchieta
até Alfredo Chaves, passando pela «Usina Jabaquara. .O governo não
adquiriu material rodante e de tracção. O material que circula nas li­
nhas é de propriedade' dos-Srs; Pedro José & Cia., proprietários da
Usina, Jabaquara., *
Não ha ainda trafego regular, pelo que não; temos a apresentar
dados, sobre-os serviços-de custeio e transportes.- - * •
Desde Maio de 1924 até Novembro de 1927, a despéza total de
3SZ.
E . F . S . Mafhcus — Casa do Engenheiro-veaidente

E . F . S . Mathcus — Trecho em construcção — 1926


Corte na E strada de Perro São M atheus
—»’•

A specto da construcção da Estrada de Ferro São M atheus

E strada dc ferro S . M atheus — Ponte sobre o rio ia p u y o


ESTADO DO E .S A N T O 241

construcção foi de 1 .0 9 2 :769$176. Os serviços realizados foram :


construcção de 28,5 kilometros de leito, adquisição e assentamento de
29,5 kilometros de sobrestructura, construcção de obras de arte defi­
nitivas, construcção da estação de Alfredo Chaves e algumas reformas
parciaes do leito antigo, etc.

Estrada de Perro de Itapemirim


: __________ n * f . _____________________ _______________ •

Encontrei, ao assumir a administração, a E. F. de Itapemirim


a cargo da firm a Mello Mattos & Maciel ex-arrendataria da Usina
Paineiras, e que, allegando constantes prejuízos, executava o serviço
de trafego com descontentamento publico. Como a estrada fizesse
parte da E strada de Ferro do Littoral, procurei retiral-a do contracto
de arrendamento da Uzina, para que fosse apparelhada e administra­
da directamente pelo Estado. Feito isso, em Fevereiro de 1926, desi­
gnei para gerente o S r. Aprigio Freire, que conseguiu transformai-a,
tirando-a do descrédito em que era tida e fazendo actualmente delia o
meio de transporte preferido para o centro distribuidor que é Cacho-
eiro de Itapemirim .
Antes de passar para o Governo a Estrada de Ferro de ftapemi-
rim, tínhamos em conclusão, por conta do Estado, a sua ligação com a
Leopoldina Railw ay.
Os principaes serviços effectuados em 1926 e 1927, constam dos
quadros annexos nos 1 e 2.
Além dos serviços acima mencionados, convem referir os se­
guintes :

Linha Telephonica

Foi reconstruída com substituição dos postes estragados, o tre­


cho de B arra a Paineiras (21.000 ms.) e construída:
D e Barra a M a r a th a y s e s .............................................. d.juu,uu
D o K lm . 21 — 600.00 ao 22 — 400,00 ............... 800,00
D o K lm . 33 — 300,00 ao 36 — 100,00 ....................2.800,00

Triângulo de reversão e officinas

P ara evitar que as locomotivas continuassem a viajar de recua


de Cachoeiro a Barra, mandei construir e assentar trilhos num triân­
gulo de reversão no km. 45. Com a reforma do armazém adquinoo
242 MENSAGxáM

ua Barra, dos Srs. Soares & Irmão, foi montada nelle a officina me-
chanica constando do seguinte:

1 locom ovei
1 motor eléctrico do 12 H P .
1 plaina para ferro
1 machina de furar
3 tornos diversos
1 forno para fundição de bronze
\ 1 machina de serrar ferro
1 ventilador
2 installações de alvenaria de tijolos para forjas
2 ” ” eixos de transmissões com diversas polias
1 serra pêndulo circular para serrar lenha
1 esm eril
1 to m o lim ador

Com taes installações, acham-se a Estrada em condições de fa ­


zer todos os seus reparos, seja em locomotivas, carros ou outros vehi-
cidos, sem necessidade de recorrer a outra parte.
Com taes installações já se poude fazer muito serviço como re­
form a de 30 plataformas; de dois carros fechados para cargas; repiro
geral num carro antigo de 2.a classe, inclusive pintura.
Com esses reparos e com a aequisição de mais 2 carros, de 1.‘ e
de 2.6 classes e de mais 4 plataformas para madeira, cinco carros fecha­
dos para mercadorias e uma locomotiva, muito melhoraram as condi­
ções de transporte, quer de cargas quer de passageiros;

Cacas de turma, Estações e Via Permanente

Foi terminada a estação de Safra, construida a estação de Pai-


neiras, a melhor da Estrada e feito o assentamento de trilhos na linha
de ligação com a Leopoldina Railway, num total de 1.860,00.
Por ter desabado a ponte de madeira do Coqueiro, km- 24, hou­
ve necesisdade de reconstruil-a para evitar paralysação do trafego.
Acha-se agora quasi ultimada a obra de alvenaria.
Foram construídos de taipa, rebocados, caiados e cobertos de
zinco: — um barracão de 12x6 e uma barraca de 8x5 para o feitor e
pessoal da turm a de conserva, no km. 16; e mais outros dois das mes­
mas dimensões para o mesmo fim no km. 30 e mais outro de 16x8 no
km. 44 também para o feitor e pessoal da turma de conserva.
ESTADO DO E . SANTO 243

Também foi totalmcnte reformada uma casa de turma no km .


23, coberta de telhas, asosalhada; e cobertura, reboco e caiação total­
mente refeitos.
O trecho do kilometro 32 ao 49 (Cachoeiro) ficou totalmente
reformado de dormentes e feito o lastramento e cobertura da linha com.
as respectivas obras de arte necessárias promptas.
Também foram muito melhorados o trecho de B arra a Mara-
thayses, e o de B arra com grande substituição de dormentes.
Nos dois trechos acima, foram construídas todas as obras de
alvenaria necessárias, restando apenas um pontilhão em vias de aca­
bamento .
Foram comprados em 1927, 57.522 dormentes, que com 12.528-
comprados em 1926, perfazem o total de 70.050, dos quaes foram em­
pregados :

N a variante do O uvidor..................................................... 2 .2 0 5
• N a variante de S a fr a .......................................................... 1.808
N a variante do D egredo.................................................... 1.000
No prolongam ento de M a r a th a y se s............................. 570
No ram al da cidade............................................................. 2 .4 4 0
D istribuídos para a E . F . do L ittoral...................... 8.990
Em pregados na linha em trafego em 1927................ 2 4 .9 5 2
E m pregados na linha em trafego em 1926................ 12.528

T o ta l......................................................................... 54.493
E m stock....................................................... - . . 15.557

70.050

Vê-se, pois, que já foram substituídos 37.480 dormentes, enr


1926 e 1927, que para um total de 71.500, o quanto deve comportar
todo o trecho em trafego, attingirá uma porcentagem de 52 e quasí
meio por cento.
Devido a linha cm muitos trechos vir servindo de estrada de ro­
dagem por não existir uma que sirva para o publico, fomos forçados
a construir algumas centenas de metros de estrada ao longo da nossa
linha; forçado também a, em alguns logares, construir boeiros, para
assim poder cercar a linha, afim de evitar o transito de animaes e via­
jantes por ella e poder se fazer a reform a necessária.
244 MENSAGEM

T rafego

Muito tem augmentado o movimento de passageiros, dc modo


•que com cinco carros que possue a Estrada (2 de l.Be 3 de 2. classe),
já aos sabbados e domingos elles não comportam os passageiros que
viajam para Viíla, B arra e M arathayses.
Outrotanto sè pode dizer com relação ao movimento de car­
gas e sobre a renda da estrada que, apesar de seu constante crescimen­
to, ainda deixa déficit, devido ao baixo preço das tarifas que tenho man­
tido para servir a importante região do Estado.
São suggestivos e animadores os números constantes dos quadros
annexos ns. 3 a 12.
;*■, ■i • . .................. ..
E strad a do F erro do L itto ra l

R E L A T O R I O G E R A L d o s e s tu d o s e t r a b a l h o s r e a li z a d o s n a E s ­
t r a d a d e F e r r o d o L i t t o r a l f d e s d e 12 d e M a r ç o d c 1925 ( d a t a

d ó i n ic io d o s e s t u d o s ) a 31 d e D e z e m b r o d e 1927.

Incumbi, em meiados de Março de.1925, ao D r. Flavio Ribeiro


de Castro, de fazer taes estudos, e esse profissional procedeu pessoal­
mente ao reconhecimento geral de toda a região interessada, desde Vi-
ctoria até Ponte do Itabapoana, passando pela Usina Paineiras, á m ar­
gem do rio Itapemirim, e organisou a planta geral do serviço e respecti­
vo relatorio...... -
Em seguida dividiu em trechos-essa grande extensão, que conta
•cerca dé 214 klms. e entregou a-tres turmas dé exploração- Ao mes­
mo tempo, órgaiiisou o escriptorio central nesta Capital e deu inicio ao
preparo das plantas e ao projecto por partes, á medida que iam che­
gando do campo as cadernetas . - . . • •• •
.. .Em Agosto de 1927, estavam completamente projectados o gran­
de trecho comprehendido entre Victoria e Paineiras> com 125 km s.
657 m s. e mais 20 km s. de Ponte do Itabapoana em direcção a Pai-
n eiras. . . . . . . . . . . ^•
A esse tempo já estavam atacados e adeantados os trabalhos de
construcçao a partir de Paineiras em direcção a Rio Novo e cm 31 de
Dezembro daquelle anno, bastante adeantado o projecto do outro gran­
de trecho que vae de Paineiras a Ponte do Itabapoana, com cerca de 90
kms., segundo a linha de exploração. Está concluído o leito e jártem
E . F . Itapem irim — Bate estacas cravando pilares da ponte provisória
sobre o rio Itapemirim

E . F . Itapemirim — Asentainento de linha


E . P . Itapem irim — Ponte* provisória sobre o rio Itapemirim
• para a estrada de ferro

E . P . Itapem irim — chegada de unia com posição á


estação Bernardino M onteiro
V

E . P . Itapom irim — Ponto sobro o Pio Itapomirim


E . F . do L ittoral — Inicio da construccao da Estação de R io N ovo

E . F . do L ittoral — Estação de Rio Novo, concluída — 1928


E . 1«\ do L ittom l — Aspecto da constrncção da linha até líio Xovo
ESTADO DO E . SANTO 245

os trilhos assentados o seu trecho de Paineiras a Rio Novo, deven­


do esta estação ser entregue ao trafego brevemente. Acha-se
adiantada a construcção do leito até Iconha e locada quasi toda a linha
até sua provável intersecção com a E . F . Leopoldina, no km. 12 des­
ta estrada a contar de Victoria.

Descripção geral do traçado

O traçado da E . de F . do Littoral, como seu nome indica, dif-


fere essencialmente do da E . de Ferro Leopoldina entre os mesmos
extremos Victoria e Ponte de Itabapoana, pelo facto de correr entre
esta ultima via ferrea e o littoral do Estado; mas d’ahi se não deve in­
ferir que esteja subordinado á condição de acompanhar de perto as si-
nuosidades da costa, atravessando terrenos estereis de restinga, pra­
ticamente despovoados e incolonisaveis.
Em primeiro logar a faixa de terras entre a Leopoldina e o lit­
toral é bastante larga: cresce de 35 kms. na confrontação de Guara-
pary, a cerca de 50 kms. em Itabapoana e, dadas as condições federaes
de concessão das linhas daquella Companhia, não ha obstáculos ao li­
vre traçado da E . de F . do Littoral ao longo dessa faixa. Em segun­
do logar, as ramificações do cordão de serras que de Victoria se esten­
de para o S . O ., formando os divisores de aguas dos rios jucú, Be-
nevente, Iconha, Novo, Itapemirim, Muquy do Norte, Preto, Muquy
do Sul e Itabapoana, sob as denominações de serras de Guarapary, de
São Felippe, e Muribeca, etc. se esbatem ou dispersam, não tornan­
do obrigatorio, por motivos de ordem physica,. a passagem do traçado
pela restinga, o que sobre alongal-o em demasia, seria prejudicial, já
sob o da conservação do seu material fixo e rodante.

O objccfcivo principal da S . F . do Littoral

Certo, o seu objcctivo principal não é servir immediatamente


ao desenvolvimento economico da extensa e larga faixa de terras aci­
ma referida, mas sim, dadas as más condições naturaes dos portos ma­
rítimos e da navegação fluvial da região, offerecer á avultada produ-
cção exportável do Sul do Estado escoadouro mais prompto, mais eco­
nomico, pelo porto de Victoria, do que os facultados pela E. F. Leo­
poldina .
Basta para demonstral-o a comparação das distancias reaes c
virtuaes, relativas as duas estradas.
246 M E N S A G E M

Embora sem absoluto rigor, quanto aos elementos relativos á


E strada de Ferro Itapemirim, entre Cachoeiro e Paineiras, cujo per­
fil longitudinal definitivo está sendo ainda objecto de modificações,
pode-se, admittir para essa estrada um coefficiente virtual egual a 2
o que dá:

P a in e ir a s a C a e lio e iro d e I t a p e m i r i m , pela E . F . Itapem irim :

D istancia real............................................... 30 kilometros


D istancia virtual ( a p p .) ........................ 60 kilometros

Combinando estes, últimos dados com os que constam dos es­


tudos procedidos pelo D r . Flavio, na parte da E . F . Littoral, temos i

V i c to r i a a C a c h o e iro d e I t a p e m i r i m , pelas Estradas de Perro do


Littoral e Itapemirim:

Distancia r e a l.. 155 kilometros


DiBtancia virtual 311 kilometros

Idem, pela Eptrada de Perro Leopoldina:

Distancia real. . 160 kilometros


Distancia virtual 632 kilometros

Dada a significação própria de distancia virtual em matéria


ferroviária — vê-se que a linha littoranea reduzirá, praticamente, á
metade o trabalho de tracção dos trens da actual linha da E . F . Leo­
poldina.

Caracter Econoxnico da E. P. do Littoral

O caracter, portanto, da E . F . do Littoral é o de uma linha


tronco para servir á exportação bastante apreciável de vasta zona
S . O . do Estado do Espirito Santo e parte dos Estados visinhos
do Rio de Janeiro e Minas Geraes, transformando as actuaes
linhas da Estrada de Ferro Leopoldina em vias tributarias. Com
tal caracter, não seria criticavel o traçado daquella estrada atravez
de terrenos safaros e de restingas arenosas da visinhança immedita da
mar, si a isso forçassem as condições topographicas da região, ou as
exigências legaes das concessões pre-existentes. Mas nada a isso nos-
obriga, como acima já ficou dito; pelo que, mandei fazer o reconheci­
mento, procurando tornar a E . F . do Littoral um util factor de form a­
ESTADO DO E . SANTO 247

ção economica para a extensa faixa de terras colonisaveis, comprehen-


dida entre a Leopoldina Railway e o oceano.

Municípios atravessados pelo traçado

Os mnnicipios atravessados pelo traçado são os seguintes, a


contar de V ictoria:
Pelo recenseamento de 1925:

V ianna — com ....................................

CG
CO
iO
00
habitantes
E sp irito S a n to ....................................... »
G u a r a p a r y ............................................. »
B enevente ( A n e l i i e t a ) .....................
P iú m a ....................................................... >?
R io N ovo.................................. »»
Itapem irim ............................................. »»
Cachoeiro de I ta p e m ir im .............. . . . 46.102 »
Sâo Pedro do Ita b a p o a n a .............. . . . 31.054 »
P onte do Itabapoana.......................... . . . 3.101

Actualmente a producção destes m u n ic íp io s escoa-se, em p a rte,


pelos portos de Itapemirim, Piuma, Benevente e Guarapary com pre­
cária navegação fluvial (canoas) e marítima (lanchas e vapores de
pequeno calado), e em parte pela E . F . Leopoldina, depois de penosa
subida da serra em tropas, recurso de que lançam mão os exportado­
r e s , em caso de penúria de agua nos rios que vão ter aos citados portos-

Municípios servidos através da E. F. Leopoldina

A população interessada através das linhas da E. F. Leopol­


dina como linhas tributarias da E . F . do Littoral, é a de todos os de­
mais municípios do sul do Estado e de parte dos Estados limitrophes
de Rio de Janeiro e Minas Geraes. Os quadros estatísticos que se­
guem contém dados officiaes fornecidos pela Inspectoria Federal das
Estradas e pela Secretaria da Fazenda do Espirito Santo, discriminan­
do respectivamente a natureza dos produetos e as procedências.
Delia se conclue que 50.000 a 60.000 toneladas de produetos,
sendo metade exclusivamente café, sahem annualmente pela E . F .t
Leopoldina, que as conduz ao Rio de Janeiro.
248 MENSAGEM

INSPECTORIA FEDERAL DE ESTRADAS (3.° Districto) — Leopoldina


Bailway — Tonelagem de Mercadorias despachadas pelo Estado do Es­
pirito Santo para o Rio de Janeiro:

A R T IG O S 1922 1923 1924 1925 1926

C a f ó ......................................... 2 4 .8 8 1 2 7 .3 3 6 3 3 .0 7 4 3 2 .0 1 5 3 3 .1 5 5
A s s u e a r ................................... 125 66 23 20 62
C anna....................................... — — — — —

M ilho........................................ 124 359 257 11 40


S a l............................................. — — — oéé —
Farinha de t r i g o ................ 1 7 — — —

A guardente............................. — — — — —

A rroz........................................ 3 1 — 1 12
F eijã o ....................................... 2 .3 7 9 672 17 213 9
F u m o ........................................ — 1 — 2 1
A lgodão.................................... 1 — — — —
M adeira................................... 26.921 24.681 2 8 .5 6 3 1 9 .5 2 7 1 3 .7 6 9
D o r m e n te s ............................. — — — —
L enha....................................... — 15 12 — —
Areia, pedra, e tc ................... — 20 50 — —
M achinismos........................... 138 13 12 25 712
Gado......................................... 5 — — — —
borcos .................................... —— — — — -

O u t r o s .................................... — — — — i
D iversos................................... 1 .0 5 5 1 .0 0 7 1 .3 4 4 1 .8 7 4 1 .6 8 3
Materiaes de construcção.. — — — 525 1 .6 2 8

5 5 .6 3 3 5 4 .1 7 8 6 3 .3 5 2 5 4 .2 1 5 5 1 .0 9 8

(a) Francisco Tkiago,


3.° escriptnrario da Inspectoria Federal de Estradas

INSPECTORIÀ FEDERAL DE ESTRADAS (3.° Districto) — Leopoldina


Bailway — Movimento de passagens vendidas da estação do Victoria
para o Rio e Nictheroy e vice-versa:
V IC T O R IA P A R A O R IO R IO E N IC T H E R O Y
ANNOS E N IC T H E R O Y PARA V IC T O R IA

i m ............................... 3.311 2.068


1923.................................. 3.288 2.569
1924.................................. 3.155 2.442
(a) Francisco Thiago,
3.° ecripturario da Inspectoria Federal dc Estradas
ESTADO DO E . SANTO 249

INSPECTORIA FEDERAL DE ESTRADAS (3.° Districto) — L c o p o l d in a

Movimento de passageiros entre as estações de Victoria e Ni-


ctheroy e vice-versa, em 1925— 1926.
, *

1925 1926

H o a Victoria Victoria ao Rio rOT/ll Rio a Victoria Victoria ao Rio TOTAL

4 .6 5 0 5 .4 5 0 | 10.100 3 .6 3 2 5 .6 6 2 9 .2 9 4

(a) C. W. Bayne, Director Gerente da Lcopoldina Railway.


(a) Francisco Thiago, 3.° Escripturario da I. F . de Estradas.

Café exportado para o Rio de Janeiro, durante o anno de 1924, pela


Estrada de Ferro Leopoldina, segando as procedências

P R O C E D Ê N C IA S KOS.

A legre........... 3 .8 9 3 .5 4 â
Faria Lemos.. 1 9 1 .9 5 5
Itapemirim.. . 5 8 9 .7 5 8
Doná America 9 0 6 .7 4 2
Caparaó . . . . 780
Guioraar.. .. 2 4 .0 0 0
S5o Felippe.. 1 9 4 .0 7 9
Pedra Menina. 14.845
Collatina.. .. 057
Paulieéa.. .. 2 6 .2 2 7
Matbilde.. ..
-V > r 3 6 .0 0 9
Victoria . . . . 060
Yargem Alta. 1 1 6 .1 7 9
Veado............ 2 .8 8 7 .3 6 5
Celina............ 2 6 2 .5 6 5
Caatello.. .. 5 .2 5 5 .8 6 7
Reeve............. 9 6 2 .8 9 5
Manhmnirim.. 4 9 9 .9 8 5
D ivisa............. 3 4 9 .6 7 2
Muquy.......... 4 .4 8 6 .0 1 5
Sabino Pessoa. 3 1 0 .4 9 9

A transportar 21.009.100 .
250 M E N S A G E M

PROCEDÊNCIA ICGS.

T ransporte............................ | 21.009.100
Itabapoana.................................
£.oá5.779
Soturno........................... t. 1U7.700
031
Mimoso.................................
4. <294.532
Virgínia ................................
441.542

• 30.188.684

Madeiras exportadas para o Eio de Janeiro, durante o anno de 1924,


pola Estrada de Perro Leopoldina, segundo as procedências

P R O C E D Ê N C IA S PESO KGS.

Itapem irim ........................


JLo.oo7.400
Itabapoana....................
1•060•000
D ona A m erica. . . .
623.300
S ão P elin n e.....................
640.900
C elina.............................
226.800
Sabino P essoa............
/7 .2 0 0
K eeve..........................
1 2 .0 0 0
V ictoria........................
9 0 .2U0
V ir g ín ia .......................
4 1 .9 0 0
C ondurú........................
3 .1 0 0
Pedra Menina . . . .
21 0 .2 0 0
Castello....................
212.900
M uquy........................
90 4 .6 0 0
M im o so ..................
114.700
B ananal..................
7 .8 7 7 .1 0 0
A le g r e ........................
719.300
Vargem A l t a ..............
8 2 .4 0 0
D iv isa .....................
140.600
S an to A ndré . . .
863.400
Santo E d u a r d o .. . .
18.300
V eado................................
9 4 .1 0 0

2 7 .9 0 0 .4 0 0
• *
ESTA D O DO E . SANTO 251

&
Oereaes exportados para o Rio de Janeiro, durante o anno de 1924,
pola Estrada de Forro Lcopoldina, segundo as procedências

PROCEDÊNCIAS KG S.

Colina.................................................................................... 4.446
Muquy................................................................................... 97.940-
Itapemirim........................................................................... 39.633*
Sabino Pessoa...................................................................... 60.600
Itabapoana........................................................................... 6.757
Veado.................................................................................... 48.456
Reeve.............................................................. 51.679
Dona America...................................................................... 132:
B a n a n a l............................................................................... 290
Alegre................................................................................... 58.740-
C astello............................................................................... 72.567
São F e lip p e ........................................................................ 12.460-
M im oso................................................................................ 15.820“
Mathilde............................................................................... 120

489.655-

Diversas mercadorias exportadas para o Rio de Janeiro, durante o anno de


1924, pela E. F. Leopoldina, segundo as procedências

P R O C E D Ê N C IA S I<OS.

Itapemirim................................................................................. 537.813
59.503
21.926
O ontinhn.................................................................................... 811
Veado.................... ............................................................. 52.90i>
4.445
9.437
2.970
ÍÍppvp .......................................... ................... *• 3.864
Oftli-nn .............. ... . . . . . • • .......................... 809
3.192
197
46

A transportar............................................................ 965.918
252 M E N S A G E M

P R O C E D Ê N C IA S Ki G« S.

Transporte..............................
695.918
Vargem A lta .........................
349
Yianna...........................
30
Baixo Guandú....................
Oob
G uiom ar............................
4.087
V irginia.....................................
10 •8i)»j
Parada Benjamin........................
Mathilde.......................
249
Mathilde..................
1.330
Lage................................
434
Yietoria.......................
06.591
Mimoso.......................
94.792 '
Dona America.............
23.084
Alegre............................
90.429
Tombos.......................
25
Alfredo Maia.. . t f ,
2o•838
Divisa.....................
4.966
A rgolas.......................
23
Domingos Martins..........
Oi i
Chave de Pedreiras . . . .
1.449
Santo A ndré.. .
* 1.089
Espera Feliz............
Engano............ 111
1.661
Yalla do Souza.. ..
376
Chave S aty ro ...............
São F e lip n e ............ o64
M uquy................. 6.381
Cnstello.................. 100.192
106.340

1.245.241
____________

População, riqueza florestal, aalnbridade e culturas possíveis


aa região de Paineiras a Ponte de Itabapoana

Toda região entre os rios Itapemirim e Itabapoana, na faixa


limitada pelo oceano e pela E . F . Leopoldina, e a ser servida pela E .
P . Littoral, esta semeada de pequenos sitios no meio das mattas mas
nota-se que a população é insufficiente para seu aproveitamento eco-
ESTADO DO E . SANTO 253

Devido á difficuldade de transporte, as madeiras de lei derru­


badas nos roçados para plantio de café e cereaes, são reduzidas a cinza-
As margens dos rios Muquy do Norte, proximo á confluência
com o rio Itapemirim, e as dos rios Preto, Novo e Benevente, são ala-
gadiças e insalubres; mas, fóra da visinhança inimediata desses cursos
d’agua, as condições de salubridade são perfeitamente comparáveis ás
das zonas de maior densidade de população rural do Estado.
Todos esses terenos a serem atravessados pela E . F . Littoral,
parecem aptos para a cultura de café, que ahi já se vê iniciada nas pe­
quenas derrubadas, e, bem assirn, de cereaes e canna de assucar- Nada
se pode dizer de positivo sobre o cacau e o algodão, si bem que aqui e
acolá se encontrem alguns pés bem desenvolvidos desta planta. A ex-
tracção da madeira será, fóra de duvida, a industria mais facil e ren­
dosa por muito tempo, desde que haja transporte ferroviário. A re­
gião comprehendida entre Paineiras e Victoria, é mais extensa e, tam­
bém, mais habitada e desenvolvida que a de Paineiras a Ponte de Ita-
bapoana.

Condições teohnicas o confronto com a E. F. Leopoldina,


antiga Estrada de Ferro Sul do Espirito Santo

As condições technicas dentro das quaes foi projectada e está


sendo construída a Estrada de Ferro do Littoral, sem sacrifício finan­
ceiro, são as seguintes:

Raio m inim o................................................................... 150metros


Rampa M axim a.................................................. 1,5%
Tangente minima (entre curvas de scntido3
contrários)........................................................... 40 metros
P alier minimo (entre rampa e contra-rampa) 100 metros

Tomando, como é mais usual, uma locomotiva “ Consolidation”


de 11 toneladas por eixo e, portanto, 44 toneladas de peso adherente,
ter-se-ha um esforço de traeçao de:

0,25 x 44.000 = 11.000 kgs.

susceptível de rebocar um trem de 400 toneladas brutas ou 13 vagões


carregados, de 30 tons. de peso bruto, em rampa de 1,5% coincidindo
com curvas de 150 ms. de raio, que são as condições da E- F. do Lit­
toral.
ESTADO DO E . SANTO 253

Devido á difficuldade de transporte, as madeiras de lei derru­


badas nos roçados para plantio de café e cereacs, são reduzidas a cinza*
As m argens dos rios Muquy do Norte, proximo á confluência
com o rio Itapemirim, e as dos rios Preto, Novo e Benevente, são ala-
gadiças e insalubres; mas, fóra da visinhança immediata desses cursos
d*agua, as condições de salubridade são perfeitamente comparáveis ás
das zonas de maior densidade de população rural do Estado.
Todos esses terenos a serem atravessados pela E . F . Littoral,
parecem aptos para a cultura de café, que ahi já se vê iniciada nas pe­
quenas derrubadas, e, bem assirn, de ccreaes c canna de assucar* Nada
se pode dizer de positivo sobre o cacau e o algodão, si bem que aqui e
acolá se encontrem alguns pés bem desenvolvidos desta planta. A ex-
tracção da madeira será, fóra de duvida, a industria mais facil e ren­
dosa por muito tempo, desde que haja transporte ferroviário. A re­
gião comprehendida entre Paineiras e Victoria, é mais extensa e, tam­
bém, mais habitada e desenvolvida que a de Paineiras a Ponte de Ita-
bapoana.

Condições tcchnicaa c confronto com a E. F. Leopoldina,

antiga Estrada de Perro Sul do Espirito Santo

As condições technicas dentro das quaes foi projectada e está


sendo construída a E strada de Ferro do Littoral, sem sacrifício finan­
ceiro, são as seguintes:

R aio m ínim o.................................................................. 150 metros


Rampa M axima............................................ 1.5 %
Tangente minima (entre curvas de sentidos
co n trá rio s)................................................- • . • 40 metros
P a licr minimo (entre rampa e contra-rampa) 100 metros

Tomando, como é mais usual, uma locomotiva “ Consolidation”


de 11 toneladas por eixo e, portanto, 44 toneladas de peso adherente,
ter-se-ha um esforço de tracção d e:

0,25 x 44.000 = 11.000 kgs.

susceptível de rebocar um trem de 400 toneladas brutas ou 13 vagões


carregados, de 30 tons. de peso bruto, em rampa de 1,5% coincidindo
com curvas de '150 ms. de raio, que são as condições da E- F. do Lit­
toral.
254 M E N S A G E M

Unia locomotiva do mesmo typo na E . F . Lcopoldina tem ca­


pacidade para rebocar 7 carros de carga de 20 toneladas (Peso bruto).
A mesma locomotiva terá capacidade para rebocar 13 carros
mesmo de carga de 20 tonls. quasi o dobro, portanto, praticamente
com as mesmas despesas de tracção, dado o facto de ser o custo do
trem kilometro praticamente constante.
Uma locomotiva, typo “ American”, das usadas pela E . F.,
Lcopoldina (segundo a Estatistica Official) e com as seguintes espe­
cificações:

Peso em ordem de m a r c h a ............................ 25,5 toneladas


Peso adherentc..................................................... 16,3 ”
Tim bre.................................................................... 10,6 atm s.
Curso dos p is t õ e s .............................................. 0,457 ”
Diâmetro dos e y lin d r o s .................................. 0,320 m s.
” das rodas m o t r iz e s ....................... 1,067 ”

seria incapaz de rebocar a composição acima figurada, mesmo traba­


lhando a plena pressão, isto é, com a velocidade mínima compatível
com o seguimento do trem.
Duas locomotivas typo americano, puxando um trem de passa­
geiros de 110 tons. desenvolveríam, entre Cachoeiro e Victoria, pela
linha da Leopoldina a velocidade maxima, gastando seis horas entre
aquelles dois pontos.
N a linha do littoral, unia só dessas locomotivas rebocará, en­
tre Victoria e Paineiras, o mesmo trem de passageiros, com velocida­
de media de 40 a 45 kms. por hora; isto é, fará o percurso de Victoria
a Cachoeiro de Itapemirim em 3 horas, .seja, com reducção de duas
horas e meia em relação ao horário actual da E. F. Leopoldina. No
percurso de Victoria a Ponte de Itabapoana haverá uma economia de
tempo de 4 horas, fazendo-se a viagem em 5 horas em vez de 9.
Tendo agora em vista os actuaes horários da E . F . Leopoldi­
na, entre Victoria e Rio de Janeiro, obtem-se uma differença em tempo
de 7 horas a menos, pela E . F . Littoral.
Accrescente-se a essa vantagem, as que decorrem da composi­
ção dos trens com carros-dormitorios em todo o percurso do Rio a
Victoria, em qualquer dos sentidos, e comprehender-se-á a conveni­
ência e conforto que poderá proporcionar ao publico a nova via lit-
toranea.
E S TA D O DO E . S A N TO 255

E ste confronto das duas estradas conduz ao exame da hypo-


these de uma possivel electrificação da E . F . Leopoldina neste Estado,
com solução para as presentes difíiculdades de tracção, decorrentes
do seu mau traçado.
As conclusões do memorial sobre este assumpto apresentado ao
Governo pelo D r. Flavio, são francam ente em favor da E strada de
F erro do L itto ral.

Onsto kilometrico da linha da E. E. do Littoral

E ’ claro que se o custo da electrificação da E . F . Leopoldina,


nas condições acima, fô r cgual ou pouco inferior ao custo da constru-
cção da linha da E . F . do Littoral, mais valerá construir esta ultima e
para ahi levar o material rodante de tracção da prim eira.
Q uanto á capacidade de reboque de uma locomotiva commum, a
vapor nas linhas, tomando-se a mesma locomotiva “ Mogul”, de 30
toneladas de peso adherente, com tender carregado pesando 24 tonela­
das, carros de 20 e 30 toneladas, obtem-se em resumo, os resultados
que se seguem nos trechos typicos da linha da E . F . Leopoldina entre
V ictoria e Ponte de Itabapoana.

E sforço de tracção (d a mesma locom otiva acim a


referid a com coefficien te de adlierencia de 0,25 7 .5 0 0 k g s.

L otações m a x iin a s:

a) com vagões de 30 to n e la d a s ............................. 9 vagões


b) com vagões de 20 to n e la d a s ............................. 13 vagões

A s condições technicas da E . F . do Littoral duplicam, pratica­


mente, a capacidade de tracção das locomotivas (a vapor) da E . F .
Leopoldina. Em algarismos redondos, o trafego seria feito com
trens de 250 toneladas de lotação.
P a ra a estim ativa do custo da electrificação da E . F . Leopol­
dina, poder-se-á torriar por base a linha entre Cachoeiro de Itapem irim
e V ictoria, deduzindo em seguida o custo medio kilometrico.
Deixando de lado os pormenores, que aqui não têm cabimento,
pocíe-se resum ir esse custo como segue:
L ocom otivas............................................................ 3 .6 0 0 :000S000
U sina geradora...................................................... 3 .0 0 0 :000tf000
Sub-estações............................................................ 2 .0 0 0 :000C>00O
L inlias de transm issão e d e contacto . . . . 6 .4 0 0 :000$000

Som m a............................................... 1 5 .0 0 0 :000$000

E ven tuaes (10 % ) ............................................... 1 .5 0 0 :000$000

T o ta l................................................... 1 6 .5 0 0 :000$000

Sejam, com sufficiente approximação, 100 contos de reis por


kilometro.
Além desses motivos, ha outras circumstancias importantes
que, também, precisam ser levadas em conta, a sab er:
O custeio da via permanente
O desenvolvimento do trafego
O custo da energia electrica.
E* sabido que as linhas de serra são sempre de uma conservação
muito mais onerosa que as de planicie ou de moderado perfil longi­
tudinal .
A linha da E .F . Leopoldina, neste Estado, com os seus cortes
e aterros altos, encostas escarpadas, viaductos e pontes de aço, curvas e
contra-curvas successivas, terá sempre uma conservação muito mais
dispendiosa do que a linha da E . F . do Littoral, que tem grandes
paliers, curvas mais abertas, cortes e aterros baixos e obras de arte
pouco importantes.
Mantida a linha da serra, o desenvolvimento do trafego será
sempre difficultado pela grande resistência á tracção: o effeito do
augmento do peso das locomotivas e carros — recurso geral de que
forçosamente se terá de lançar mão — será sempre pouco apreciável
e oneroso; ao passo que na linha pelo littoral, um moderado augmento
de peso; do material rodante e de tracção, quando opportuno, facul­
tará resultados apreciáveis em rendimento economico para o trafego.
Os successos de algumas electrificações, inclusive o da E . F .
Paulista, é devido, em grande parte, ao facto de não montarem as
companhias usinas geradoras para seu abastecimento proprio, e sim
comprarem energia a preço baixo de grandes empresas de distribuição
de electricidade.
E S TA D O DO E . SANTO 257

M ovim en to d e T erras, Obras de A rte, A ltitu d e s m axim as

a ttin g id a s p ola E stra d a do P erro do L itto ra l

U m dos característicos do traçado da E . F . do Littoral é o seu


pequeno movimento de terras, sem prejuízo das condições tcchnicas,
regulando de 5 a 9 metros cúbicos a media de excavação por metro
linear, conforme os trechos.
H a relativamente pouca occurrcncia de rocha; não ha túneis
nem grandes pontes, sendo a maior destas a que transpõe o rio Ita-
pemirim, em Paineiras, com 75 metros de extensão, dividida em tres
lances parabólicos de 25 metros, em concreto arm ado.
Foi construída ahi uma provisória de madeira com cavalletes de
estacas que vai servir temporareamente ao trafego.
O outro rio maior da região — o Benevente — pode ser trans­
posto em Jabaquara por uma ponte de 50 metros.
As demais pontes serão de 35.ms. para menos.
As altitudes maximas attingidas pelo “ grade” são: entre Vi-
ctoria c Paineiras, 62 metros acima do nivel do mar, no k m . 77 a con­
tar dc V ictoria, na garganta da Fazenda Sympathia; entre Paineiras
e Ponte de Itabapoana, pelo projecto que está em vias de conclusão,
prevê-se que a altitude maxima pouco excederá áquella.
No traçado em planta tenho procedido á compensação das cur­
vas e “ grades” , mantendo a equivalência ás condições acima mencio­
nadas, a saber: ram pa maxima de 1,5% coexistentes com raio de 150
m etros; ao mesmo tempo têm sido respeitados os seguintes limites:

N o patam ar: raio m in im o .................................... 100 metros


E m recta: ram pa m a x im a .................................... 1,9 %

As taxas de alinhamentos rectos e de patamares (nivel) ex­


cedem 6 5 % .

Andamento dos trabalhos

O reconhecimento — ficou inteiramente concluído.


Ficou afastado o plano mantido muito tempo no Estado a res­
peito desse traçado de descer o rio Itabapoana até abaixo de Limeira,
(passando no Zenza) para atravessar o rio Preto perto da Fazenda.
JRolim, (hoje em ruinas) .
258 MENSAGEM

Por tal forma, atravessar-se-ia terrenos excessivamente panta­


nosos e insalubres e, além disso, alosgar-se-ia inutilmente o traçado
encarecendo-o. Abandonou-se o vallc do Itabapoana logo abaixo «ia
Fazenda Outeiro, em demanda de um ponto para travessia do rio Mu-
quy do Norte em direcção á Paineiras para seguir depois esse rumo e
d’ali para Victoria, passando pela Villa de Rio Novo, Iconha. Jaba-
quara e Araçatiba.

Exploração

Esse trabalho, comprehende levantamento a transito, nivela­


mento e contra-nivelamento, secçoes transversaes com 40,60 e 80 m s..
para cada lado do eixo, e a obtenção dos demais elementos usuaes para
projecto da via ferrea (niveis de maximas- enchentes, limites de pro­
priedades, etc.) ficou terminado em 22 de janeiro de 1927.
l .n Secção:
Serviço ap roveitad o.. . . . . 83km,449
Serviço não aproveitado 26km,551
Serviço total executado 110km,000

2. n Secção:
Serviço aproveitado.. . . . . 79km,490
Serviço não aproveitado 19km,383
Serviço total executado 98km ,873

3. ® Secção:
Serviço aproveitado. . . . . . 71km,152
Serviço não aproveitado 17km,358
Serviço total executado 88km,510

Total aproveitado . . . .
Total não aproveitado . 63km.292
Total executado............. 297,383

Projecto

Estava projectada em planta e perfil, em 31 de dezembro de


1927, toda a linha desde Victoria até a usina Paineiras, e mais 20 kms.
de Ponte de Itabapoana, em direcção a essa usina.
A linha de Paineiras a Ponte de Itabapoana foi dividida, para
os fins do projecto, em dois trechos, conforme o sentido crescente do
estaqueamento da respectiva exploração. O restante do traçado foi
dividido cm 5 trechos, conforme o estaqueamento do projecto.
ESTAD O DO E . SANTO 259

Esses sete trechos, com as respectivas extensões segundo a


exploração e o projecto feito até 30 de Abril de 1927, são os seguintes:

TRECHOS Exploração Projecto

l.° V ictoria— A r a ç a t ib a ..................................... 26,933 27,334


2.° A raçatiba— I g u a p c ......................................... 16,960 16,380
3.° Jabaquara— J g u a p e ..................................... 28,172 27,658
4.° Iconha— J a b a q u a r a ...................................... 23,065 23.092
5.° P ain ciras— Icon h a........................................... 31,314 31,400
6.° P ainciras— S . Joaq u im ............................... 34,193 34,000
7.° P . Itabapoana— S . J o a q u i m ................. 55.906 em projecto

Som m a............................................... 216.443

Os serviços de desenho do sexto trecho (parte restante, além


dos vinte kilometros já completamente projectados) e do sétimo tre­
cho estão bastante adeantados.
Foram organisados também pelo escriptorio Central da E . F.
instrucções de serviço, executados os cálculos de cubação de estabili­
dade das obras, etc.
L ocação

Estiveram em serviço até Dezembro tres turmas de locação..


A prim eira deu inicio aos seus trabalhos nos últimos dias de Feverei­
ro de 1927.
Com a locação de Itaquary, no trecho Victoria-Araçatiba, ter­
minou em Agosto (1927) esse trecho com a seguinte metragem:.
0 a 1.359 1,10 = 27 km s. 181 ms.
Procedeu-se depois a locação de Iconha em direcção a Jaba-
quara, alcançando, em fins de Dezembro de 1927, a metragem de 16
klms. a contar de Iconha.
Deu-se inicio ainda aos trabalhos de locação em Ponte de Itaba-
poana a 20 de Fevereiro de 1927, após a conclusão da exploração do
trecho Paineiras-São Joaquim, tendo-se executado o trabalho em 10
klms. 135 ms.
Ficou concluída a locação do trecho Paineiras-Rio Novc-
Iconha.
260 M E N S A G E M

Em 30 de Abril ultimo, achava-se esse serviço 11a estaca


1.581 -|- 1.638 sejam a 31.636 ms. a contar* de Paineiras.
Em resumo: para ficar concluída a locação de todo o projecto,
desde Victoria até Rio Novo, até onde se acham ligados os trechos da
construção iniciada em Paineiras, faltavam, em fins de Abril de 1928,
as seguintes extensões:
E ntre Iconlia e Jabaquava...................... 7 km s. 092 m s.
E ntre Jabaquara e Ig u a p e...................... 27 km s. 658 m s.
E ntre A raçatiba e Igu a p e....................... 6 km s. 433 m s.

Gonstrucção
O l.° trecho atacado foi 0 de Paineiras-Rio Novo-Iconha con­
fiado, a principio ao S r. Aprigio Freire, gerente da E . F . de Ita-
pemirim.
A 12 de Julho de 1927, data em que foi installada a residência
de Rio Novo, já estava quasi concluída a terra plenagem daquelle tre­
cho, entre Paineiras e Rio Novo, executado pelo pessoal da E . F .
Jtapemirim que a principio, trabalhava por administração e bem as­
sim, adeantados os trabalhos de uma ponte provisória de madeira sobre
o rio Itapemirim, próxima á usina de assucar.
Foram os seguintes os principaes serviços executados, até 31
de dezembro de 1927, na Estrada de Ferro do Littcral, no trecho de
Paineiras a Rio Novo.

DE5IGNAÇA0 DA OBRA QUANTIDADE

Locação:
Aviventação das explorações.............................................. 9000 m . 00
Locação prim itiva.................................................................. 8940 m . 00
Locação de variante............................................................... 4580 m . 00
Locação d e pequenas m odificações.................................. 2 3 .4 0 m . 00
Seeções transversaes de locacão........................................ 27216m . 00
Secç.ões transversaes das v a r ia n t e s .............................. 28432 m . 00
Nivelam ento e v erifica ç ã o .* .............................................. 31720 m . 00
Segurança de P C C . e P T T ................................................ 10000 m . 00

E s tu d o s d e v a r ia n te s :
D a estaca 0 a 6 5 .................................................................... 1500 m . 00
D a estaca 129 a 293 .............................................................. 3280 m . 00
Construcção das plantas e projectos............................. 4580 m . 00
ESTADO DO E . SANTO 261

Designação ôa obra QUANTIDADE

In stallaçÕ P .ft :

B arracões cobertos de palha o embarreados dc 24 x 7 5


Barracões, idem , de 8 x 5 ...................................................... 20

T r a b a lh o s p r e p a r a t ó r i o s :

Roçada e lim peza em capoeiras....................................... 87000 m 2 .00


Roçada c lim peza em capoeirão..................................... 31000 m 2 .00
Idem, em capoeira, de m achado........................................ 3 3 2 0 0 ra 2 .00
D cstocam ento. . . .................................................................... 4100 m 2 .00
D esvio da estrada de rodagem .......................................... 1845 m 2 .00

P r e p a r o d o le ito :

R econstrucção de córtes e aterro.................................... 3799 m l. 0 0

In s ta lla ç õ e s : .

Construcções de barracões cobertos de palha e em-


barreados, de 24 s 7 .....................................................
•Construcções de barracões cobertos de pallia e em-
barreado de 12 x 7 .........................................................
Construcções de barracas cobertas de palha e em .
barreadas, de 8 x 5 .........................................................
•Construcções de barracões cobertos de zinco e em-
barreados..............................................................................

T r a b a lh o s p r e p a r a t ó r i o s :
R ogada em capoeira............................................................... 6800 m 2 .00
Rogada em capoeirão.......................................................... .. 14500 m 2 .00
Rogada em m atta virgem .................................................... 18500 m 2 .00
D estocam ento............................................................................ 5100 m 2 .00
Rol ação........................................................................................ 4000 m 2 .00
D esvio de estrada de r o d a g e m ......................................... 4355 m l . 00

P rep a ro do le ito :
Construcção do córtes e aterros. . 6121 m l . 00
V alletas de protecção dos córtes. 2241 m l .
V alletas de protecção dos aterros 677 m l . 00
V alletas de exgotto de c ó r te s .. . 2936 m l . 00
262 MENSAGEM

Designaçfio ôa obra QUANTIDADE


O b r a s d ’a r t e :

P oços de m ata-b u rroa............................................................... 9


B oeiros a b erto s............................................................................. 2
B oeiros sim p les c a p e a d o s ....................................................... 8
B oeiros de tu bos de c im e n to ...................... «........................ 2
Pilf.rnq....................................................................................... 1

D e Novembro de 1927 em deante, proseguiram por em preita­


da, entregues ao S r. Manoel T ra ja n o Rogério, os trabalhos de cons-
trucção, a p artir do rio Itapem irim , do entroncam ento da E . F . Lit-
toral com a E . F . Itapem irim , e na direcção de Rio N ovo-Iconha, a
p artir da estaca 438, até encontrar o trecho entregue ao S r . Cypriano
da Silveira, a p artir de Iconha. A medição dos serviços deste emprei­
teiro até Fevereiro montou a 23:937$305.O total das medições d a-
quclle empreiteiro, de Dezembro a M arço, im portou em 272:424$950..
Continuaram , ainda por adm inistração, alli, a ponte provisória
sobre c Itapem irim , bem como o assentam ento uos trilhos para Rio
N ovo.
Sob esse regimen, proseguiam em Dezembro, tendo sido ata­
cados os trabalhos de construcção da estação de Rio Novo, já concluído.
Iniciou-se apenas o serviço de V ictoria p ara A raçatiba, come­
çando por concertar a ponte sobre o rio Itaquary, na estrada de Vian-
na que ameaçava cahir, e por alarg ar e m elhorar essa estrada desde o
seu entroncam ento com a de Cariacica, em cerca de 11 k m s. de exten­
são até o km . 15 de E : F . L ittoral.

Despesas realizadas

Os quadros abaixo contém a synopse das despezas realizadas-


desde o inicio dos prim eiros estudos, em M arço de 1925, até 31 de De­
zembro de 1927 e dessa época a 30 de M arço de 1928. N os quadros da.
E . F . Itapem irim temos o resumo das outras despezas em serviços-
da E . F . L itto ral.
c*

NOTA — Nas Despezas da 3.* Residencin, mor. do abril, estão faltando os totaos referentes a MATERIAES E DIVERSOb por nno ter vindo o Ba lancete do
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E S TA D O DO E . S A N TO 263

Estrada do 3?erro São Matheus

Continuei, dentro dos recursos orçamentários, os trabalhos de


•construcção dessa ferro-via, iniciada no governo N estor Gomes.

M antive o trafego ferroviário que, entretanto, tem se apresen­


tado sempre com déficit, como tem também acontecido com a E . F .
Itapem irim . Aqui nesta estrada a situação é mais desfavorável, por­
que as tarifas da estrada já são bastantes altas e ao nosso ver, não com­
portam , por ora, maior elevação. A solução é m anter a situação ac-
tual ate que com o augm ento do volume transportado sejam equilibra-
•das as finanças da estrada.

E m M aio de 1924 a E . F . São Matheus tinha 25 km . em tra ­


fego definitivo, 41 km . em trafego provisorio, 44 km . de linha assen­
tada sem nivelamento, cerca de 56 km . de leito preparado mas não li­
gado, 52 km de linha telephonica e telegraphica nos mesmos postes, as
estações de Santa Leocadia, S . M atheus e Nestor Gomes em constru­
cção e as officinas em ultimação de montagem. E stava também ad­
quirido seu m ateriaí rodante, com um emprego total de cerca de
•4.000:000$000, por parte do Governo do Estado. H oje tem ella 64
lu n s. de linha assentada e 60 k m s. em trafego, 66 K m s. de leito con­
cluído, faltando pequenas ligações, a linha telephonica e telegraphica
«
em trafeg o até Nova Venecia; as estações acima referidas e a do Ta-
puyo concluídas e iniciada a de Rio P reto . Os trabalhos de constru­
cção da estrada estão continuando, faltando menos de um km . para
fica r ligado todo leito da estrada até Nova Venecia e restando assenta­
mento de linha em pouco mais de 3 km . para se chegar a Nova Ve-
tiecia, ponto term inal do l.° trecho da E strad a.

Ecnda do trafego da Estrada

A renda em dinheiro proveniente do trafego da E strada de F er­


ro de São M atheus de Junho de 1924 a Dezembro de 1927 foi a se­
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264 MENSAGEM

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Deve-se ter em consideração que o augm ento da renda em 1926


corresponde a um a maior exportação de madeiras, sendo que os tran s­
portes n a estrada dependem da época de colheita do café e oscillação
nas cotações desse producto e nas de m adeira.
E S T A D O DO E . S A N TO 265

E* ainda dc interesse a seguinte demonstração de renda do*


trafeg o da estrada, por verbas xespectivas.

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266 MENSAGEM

O movimento de mercadorias importadas e exportadas pela E*


F . e o movimento de passageiros foi de 1924 ate 31— 12—927 o se­
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O utro quadro inteiramente demonstrativo da colonisaçao que


tem havido n a zona atravessada pela estrada é o seguinte:

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r ç n d a do a lu g u e is , s e n d o b o m o b s e r v a r a q u a n t i d a d e d o p ro c e s s o s j d t e r m i n a ­
d o s o n ã o p a g o s o q u o d :t u m a id é a d o in d ic o d a p o b r e z a d o s r e q u e r e n t e s .
A f ir o a d o v o lu ta em D e z e m b ro d o 1 9 2 7 , e n tr e g u o & E s t r a d a d e P e r r o p a r a e lla -
a d m i n i s t r a r o f a z e r a s r e s p e c tiv a s v e n d a s , e r a u e 7 9 .0 0 0 h c c tó r e 3 .
MENSAGEM
268

• SSeapesa feita com a Estrada

A E strad a de F erro Sáo M atheus recebeu de Maio de 1924 ate


31 de Dezembro de 1927:

D O G O V ER N O D O E S T A D O :
2 .4 5 8 :4 7 9 0 8 0 8
Em dinheiro..
1 .1 1 9 :1 1 3 0 1 5 6
Em materiacs

D E SU A S R E N D A S:

T erras, vendas e a l u g u e i s ..................... 271:5880252


3:7690203
C ontribuição de m ad eiras......................
103:3260733
L u z c F o r ç a ................................................
8450100
D ep osito de lu z ..........................................
585:1500377
T r a fe g o .............................................................
C aixa de A posentadorias e P en sões. 1:5690100
1060300
Ju ro s e D escon tos.......................................
145:6770854
Contas correntes..........................................
2840540
V a lia do Ita ú n a s....................................
■ R estante do saldo em C aixa em 1924 9310665

Sommn 4 .6 9 0 :8 4 2 0 0 9 8

Applicou essas importâncias e m :

a) S e r v iç o s d e te r m in a d o s p e lo G o v e r n o d o E s t a d o :

D iv e r s o s ......................................................................................
Saneamento................................................................
E . F . Ita ú n a s...........................................................................
N avio motor “ P en ed o” .................................... ...................
3 2 5 :379$377

b) S e r v iç o s a n n e x o s á E s tr a d a i

Terras vendas e a lu g u eis.....................................................


L uz e F o r ç a .............. ................................................................
T yp ograp liia...............................................................................
H o sp ita l e A s s is t ê n c ia .........................................................
H o sp ita l e A ssistên cia............................................................
P rop h ylaxia R u r a l...................................................................
A u x ilio a A gricultores c C riadores................................
Serviço de E sta tístic a .............................................
Serviço de E sta tístic a ............................................................
E scola O peraria........................................................................
ESTADO DO E . SA N TO 269

C aixa de A posentadorias e P ensões...............................


C argas e D escargas...........................................' ..................
D isp en sa O peraria..................................................................
396:0603266

(E x clu siv e rendas de Novembro e Dezembro de 1924


que foram escripturadas este a n n o ).

c ) E m s e u s s e r v iç o s p r o p r io s :

1 — C onstrucção da infra c da superstructura da E s­


trada (in clusive m aterial):

E s t u d o s ......................................................................................
D esapropriação................................................... .....................
T rabalhos prelim inares.........................................................
T rabalhos de escavação.......................................................
Trabalhos de alvenaria (obras d ’a r t e ) ........................
A ssentam ento de trilh os.......................................................
F erraria do T ap u yo ..............................................................
A lm oxarifad o da Construcção...........................................
A cquisição de p e s s o a l.........................................................
A ccid en tes no trabalho.........................................................
1.240:1423336
2 — I m ia lla ç õ e s :
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E d ifício s e E stações..............................................................
B em feito ria s..............................................................................
Obras d iversas..........................................................................
171:7303199
3 — E x p lo r a ç ã o d a E s tr a d a :

V ia P erm an en te......................................................................
O fficin a Trabalho de M adeira..........................................
O fficina M echaniea................................................................
M ontagem e Conservação de C arros..............................
M aterial R od an te....................................................................
Locomoção e Tracção............................................................ \
T ra feg o ........................................................................................
Im postos F ed eraes..................................................................
Centro T eleplionico................................................................
M aterial de T racção..............................................................
A bastecim ento d *agua...........................................................
Carros de P assageiros............................................................
Telegrapho e T e le p h o n c ......................................................
1 .4 2 5 :1 1 1 ^ 0 1 2
270 MENSAGEM

4 — A d m in i s tr a ç ã o ^

Pessoal A d m in is tr a tiv o ........................................................


D espesas geraes.........................................................................
M aterial do E x p e d ie n te ........................................................
C ontencioso..................................................................................
518:559*152

5— M a tc r ia e s :

Almoxarif ado.................................................................. 576:992*\)UO

6 — T iii il o s d e e s c r ip ta :

A d ia n ta m e n to s..* ....................................................................
Contas correntes .....................................................................
Lucros e P e r d a s........................................................................
Commissões.................................................................................
Juros e D escontos....................................................................
36:867$909

O stock de materiaes inventariados e existentes no alm oxarif a-


do era; em 31 de Dezembro de 1927, de 9 4 7 :684$5S4, sendo que os de
interesse da secção da V ia Pernianente na sua maior parte trilhos, im­
portavam cm 704:601$631.

Em resumo, de 31 de Maio de 1924 á 31 de Dezembro de 1927,


os recebimentos e despezas da estrada importaram em 5 .0 8 1 :889S364
sendo 390:047$417 dispendidos de 31 de Maio a 31 de Outubro de
1924, e o restante especificado no respectivo balancete.

Comparando a renda do trafego (5 8 5 :150$377) nesse período,


com os gastos de exploração commercial da estrada (1 .4 2 5 :111$012)
houve um déficit que foi custeado parte com as rendas liquidas dos ser­
viços annexos, principalmente o de terras, auxilio esse que não corres­
pondeu ao que era de esperar e outra parte com os adeantamentos da­
dos pelo Governo do Estado para os trabalhos da construcção. E : pre­
ciso notar, que essa situação não tende a melhorar tão cedo, pois. si é
verdade que a extensão da linha em trafego é hoje maior, entretanto,
o movimento da estrada em quantidade de mercadoria transportada tem
ESTADO DO E. SANTO 271

diminuído a falta de numerário c credito existente no município, não


permittindo emprehendimcntos que possam melhorar esse estado de
cousas.
Diversos serviços executados

Além desses, fizemos trabalhos de conserva, adaptação melho­


ramentos no Hospital da Estrada, Usina de força distribuidora de
energia eléctrica em S . Matheus para estações, casa de turmas, casas
de residência, almoxarifado, material rodante. officina mechanica e
de trabalhos de carpintaria, escriptorio central etc.
A E strada auxiliou ainda a lavoura local, com favores diversos
e prestou sempre seus serviços de assistência a operários.
Os serviços effectuados da Secçào de construcção constam do
quadro annexo n.° 13.

E E . V icto ria S a n ta Cruz e San ta Cruz Barbados

V ictoría-S an ta Cruz:

Acha-se archivado na Secretaria dc Agricultura, 1erras e


Obras o reconhecimento que, conforme já mencionei em Mensagens,
mandei fazer para a Estrada Santa Cruz a Yictoria.
Tomei o alvitre de determinar tal trabalho, porque, no meu mo­
do de entender, essa ligação ferrea tem estreita relação com a unha
Santa Cruz-Barbados e assim ficaria o governo melhor orientado so­
bre o assumpto quando tivesse de deliberar, a respeito, opportunamente.

S an ta Cruz-Barbados

A concessão dessa Estrada foi dada a k Companhia E . de b .


Santa Cruz-Barbados”, em virtude de contracto firmado com o meu an­
tecessor a 9 de Maio de 1924. Desempenhando-se de obrigações oriun­
das de clausttlas desse contracto, a Companhia apresentou os estudos
respectivos c, dentro do prazo, iniciou a constiucção. As condiçoes
da linha estudada são de rampa maxima de 0,6 % com amplas curvas
e longos alinhamentos rectos.
Os trabalhos de construcção effectuados até 31 de Maio, na E-
F . Santa Cruz Barbados, foram os seguintes:
272 MENSAGEM

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ordcrn D esignação dos Trabalhos Espertes Qbsb Is .
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E xtensão da ligação da E . F . S an ta Cruz
Barbados com a E . F . V ictoria a M inas
*
em João N e iv a ....................................................... K lm s. 4.100,
2 E xtensão dos estudos approvados................ Klms. 101.217,10
3 L inha locad a.......................................................... K lm s. 104.110,
L inha locada, extensão da m odificação dc
B arbados.................................................................. K lm s. 5.000,
» E xtensão da m odificação da E . F . V icto-
toria a M inas, em Barbados, para um a es-
i tação com m um ....................................................... K lm s. 1.020,
4 Roçada e lim pa em c a p o e ir a ....................... M s. 2 210.000
5 D erribada e rolação em m atta virgem . . M s. 2 280.000

M o v im e n to d e t e r r a s

E xcavação em te r ra ........................................... M s. 3 53.820


6 1
7 E xeavação em m oledo...................................... M s. 3 7.210
8 Excavação em p ed ra.......................................... M s, 3 6.150
9 Transporte m édio................................................. M .L . 200

O b r a s d S a rte

10 Exeavação para fundação em t e r r a .. . . M s. 3 526.100


» Excavação para fundação com escoramen-
t o ............................................................................... M s. 3 42.000
11 A lvenaria ordinaria de pedras s e c c a s .. . . A is. 3 321.110
12 A lvenaria de la jõ es............................................ M s. 3 62.162
13 A lvenaria a rg . cimento a reia ....................... M s .3 225.620
14 A lvenaria C oncreto............................................ Ais. 3 45.000
15 Transporte m éd io................................................. M .L . 500

O b r a s c o n c ty id a s

; • •
16 . E xtensão do serviço fe ito ............................... M .L . 6.100
17 E xtensão do serviço atacado........................ M .L . 12.000 .
18 Roeiros capeados.................................................. N.° 7
19 B oeiros abertos...................................................... N.° 1
1
ESTADO DO E.SANTO 273

i-n ru m i’

N. de
ordem D e sign a çã o dos Trabalhos Esjiociaes (toanís.

20 D renos f e i t o s ........................................................ N .o ^ 3
21 B nrocam ento no Rio Doce, e st. 50, com |
200 m 3 . p ed ra s...................................................... N .° 1
22 C asas rem ovidas e reconstruíd as................. 2.200
23 C asa desapropriada por com pra................. 1
24 C ercas de arame fe ita s ..................................... i » i . Tj . 2.200
25 | V a llc ta s ..................................................................... M .L . 825

INDUSTRIA E COMMERCIO

Possue o Estado uma secção de Industria e Commercio subor­


dinada à Secretaria da A gricultura, Terras e Obras e mantem seu
m ostruario, a cargo de um delegado nosso, no Museu Commercial do
Rio de Janeiro.
N a 1* secção encontram-se collccção dc graphicos dc exporta­
ção de 1915 a 1925, relações de serrarias e industrias do Estado, lista
dos exportadores, em ordem de especie do genero exportado e collecção
de m adeiras do E spirito Santo.
No Museu Commercial possuímos 55 am ostras de varias indus­
trias e 73 de madeiras do Estado.

SERVIÇOS DE MELHORAMENTOS DE VICTORIA

Os Serviços de Melhoramentos de V ictoria foram instituídos


pelo Decreto n. 5.248 dc 10 de Fevereiro de 1923 que os fazia g y rar
dentro de pequena verba de 50G:000$000.
Fui eu proprio o encarregado, no Governo N cstor Gomes, de ini­
ciar os trabalhos.
M uito havia por fa z e r.
As longas crises que advieram, após a administração de 1908 a
1 9 1 2 , não perm ittiram a construeção de obras necessárias p ara o des­
envolvimento de nossa Capital e nem, ao menos, a regular conservaçãa
dos grandes serviços de abastecimento de agua, esgoto, electricidade e
viação urbana.
Ruas apertadas, ladeadas de velhos prédios, ameaçando desa­
274 M E N S A G E M

bamento, calçadas cm geral com alvenaria dc pedras seccas, roliças, sem


•drenagem, com serviços dc agua e esgotos, defeituosos em grande par-
.te, com frequentes interrupções, quasi todos precisando de completa
refo rm a; eis a situação encontrada. Salvo algumas ruas do bairro do
Parque Moscoso, em toda a cidade havia falta de calçamento e de dre­
nagem de aguas pluviaes.
Ruas, como a Sete de Setembro, eram completamente alagadas
•com qualquer aguaceiro, pondo em sobresalto os moradores. Não ha­
via calçamento de especie alguma para os bairros proximos e nem como
.se expandir a cidade pela falta de estradas de rodagem .
A viação era embaraçada pela estreitesa das ruas principaes, que,
•não permittindo linha dupla, de bondes, obrigava os passageiros á pe-
nossa demora nos cruzamentos. Este mal, si bem que ainda não corri-
.gido completamente, se acha muito diminuído.
Por outro lado; era de zig-zag o serviço de bondes por falta dc
•espaço para fazer curva. Mister se tornava que a nossa cidade pro­
porcionasse certo conforto, para que as fortunas aqui adquiridas fos­
sem desfruetadas por seus possuidores, sem necessidade de buscar cm
•outras localidades a desejada commodidade.
Pela falta de calçamento das ruas, não havia sinão 4 ou 6 auto­
móveis, numero que hoje se eleva a mais de 300, tornando mais apreciá­
veis os passeios, mais facil a vida commercial e o transito em geral e
♦dando mais movimento á capital.
Assumindo a administração, mantive o mesmo plano dc melho­
ramentos e dei forte incremento aos trabalhos, fazendo, para ellcs, con­
vergir o melhor dos meus esforços, no intuito de terminar, quanto an­
tes, o incommodo periodo de demolições e construcções.
Procurando attenuar taes incommodos, sem aggravar a escas-
.sez de habitações, executei, simultaneamente, com as demolições a par-
le do contracto de l.° de Setembro de 1922, em que o Estado se compro-
metteu a fazer casas para funccionarios e operários.
Foi muito maior o numero das construcções novas do que o das
•velhas casas demolidas.
O plano geral de melhoramentos visou não somente a amplia­
ção da cidade, com a creação de vários bairros e as obras dc salubrida-
de como também, trabalhos de embellezamento e conforto, que viessem
dar a cidade o aspecto compatível com sua bclleza natural.
Ficou foi mado, desde 1924, o bairro de Jucutuquara, tornaram-
E STAD O DO E . SAN TO 275-

se mais accessiveis os de P raia Comprida, Suá, Bomba, Mariiliype, Ilha*


Santa M aria e Santo A ntonio.
A dquiridas as chacaras Muniz Freire c Mulundum e reunidas á
nova ru a da Varzea. vieram constituir um bom agrupam ento dc ruas.
E m beneficio da salubridade, demoli velhas casas detestáveis, re­
construi serviços de esgotos, remodelei e ampliei o serviço de agua e
meíhorei o dos esgotos pluviaes. Alarguci e calçei varias ruas, fazen­
do escadarias, corrigi alinhamentos extravagantes, dando realce ás no­
vas fachadas e aspecto elegante á nossa praia, com ruas de contorno e
construcção de edifícios públicos modernos, que vão mencionados no
decorrer deste relatorio.

C om m issão en ca rreg a d a d es serviços

Attendendo á complexidade das obras de remodelação da Capi­


tal e dc outras como as do Porto, a E . F . e Ponte do Rio Doce, resolvi
organisar, para sua execução, uma commissão technica e baixar o De­
creto n . 7 .0 6 3 de 5 de Agosto de 1925, regulamentando os serviços
que ficaram superintendidos pelo respectivo D irector D r. Moacyr Ávi­
dos que exercia, então, o cargo de Secretario da A gricultura.
F oram os trabalhos distribuídos pela 5 seguintes divisões:
1 / — Direcção e cscriptorio technico.
2-° — O bras dc melhoramentos e remodelação da Capital.
3. ° — Serviços de agua e esgotos e sua ampliação.
4 . n — Serviços dc Obras do P orto e Ponte de ligação.
5. tt — O bras fóra da sede, formadas pela ponte do Rio Doce
e E . F . Rio Doce a S . M atheus.
D arei separadamente os trabalhos das divisões encarregadas d a
execução dos serviços. Começaremos pela 1.* e 2.R Divisões sendo que
a cargo da 2.a estiveram as obras de Melhoramentos e remodelação da
C apital.

A d m in istração g e ra l e rem odelação

d a C ap ital

O grosso das despezas com o escriptorio technico e a adm inistra­


ção geral dos serviços correram nos annos de 1924, 1925 e 1926 pela
titulo de Melhoramentos da Capital por terem sido elles os de m ais
276 *■<*' M E N S A G E M

vulto, emquanto que em 1927 e 1928 já foram distribuídos pelos títulos


de Obras do Porto e obras da 5.R Divisão que, por cssaépoca, tiveram
maior incrementò.
Como o titulo respectivo indica, ficaram a cargo da 1/ Divisão
os serviços de direcção geral, technica e administrativa, comprehenden-
■do os dê estudos technicos, orçamentos, expecif icações para obras, ser­
viços dê compra de materiaes, de contabilidade, de ponto de pessoal ope­
rário, expediente, etc. Com elles gastoü-se:

Em 1924............................................................................ 100:054$8G3
* E m 1 9 2 5 . . . ................................................................... 600:0008000
Em 1926............................................................................ 497:362$617.

As despezas de 1927, armo em que foi supprimida a 2.‘ Divisão


e annexados seus serviços á Directoria de Obras da Secretaria da Agri­
cultura, estão descriminadas nas despezas das demais divisões.
Além destas despezas, propriamente de administração, teve o
Governo necessidade de gastar parcellas apreciáveis com o angariamen-
to de pessoal, serviços médicos, conservação e manutenção de automó­
veis para occorrer despezas de transportes do pessoal administrativo
e de materiaes de construcção.
P ara dar uma idéa do dispendio, basta dizer que no anno de 1925,
cm que foram ellas separadás, gastou-se — 349:939$316. •
Essas despezas não se acham separadas nas mencionadas a se­
guir, onde foram incluídas englobadamente.
Com os trabalhos de melhoramentos e remodelação da Capital
dispendemos, inclusive desapropriações, acquisições de propriedades,
compras necessárias e serviço de agua e esgotos, em 1924, de Junho a
Dezembro, 2 .1 4 6 :984$621.
Nos annos de 1925 e 1926 attingiram a 11.024:851$524 e
3 .2 4 0 :871$522 respectivamente. Assim se resumem os principaes ser­
viços executados:
E U A S E A V E N ID A S

Avonida Gapichaba

Os trabalhos da Avenida Capichaba consistiram em desapropri­


ações, indemnisações, excavações, aterros, demolição de prédios, rc-
c o n s lr u c ç ã o d e o u tr o s , s e r v iç o s de c a lç a m e n to , c o n s tr u c ç ã o d c p a s s e io s
V ista das ruas l.° dc Março c Jeronvm o M onteiro antes de seu alargam ento e
da dem olição do antigo ed ifieio dos Correios para abertura
da A venida Capiehaba — 1024
R ua Jeron ym o M onteiro sendo alnr«rada. vendo-se nos fundas o i»<li
antigo dos Correios

Mudança dos trilhos do bondo da rua Jeronyiuo Monteiro


Trecho da rua J e r o n y n i o M o n t e i r o e l.° «Io M a r e o n n te > d e se n

ular”:n)m*nlo — 1924

Prédios da rua Jeronymo Monteiro antes de recuaclos


QMli

Rua Jeronym o Monteiro com o lado im par alargado — 1925


Alargamento cia rua .Joronvmo Monteiro

Serviços <io alargamento cia rua .Tmmymo Monteiro


Prédio recuado pelo governo para alargamento da rua Jeronymo Monteiro

Outra vista da rua Jeronym o M onteiro com os prédios impares


já recuados — lí)2õ
E S TA D O DO E. S A N TO 277

e refúgios com respectivo ladrilhamcnto e collocação de meios-fios, dre­


nagem, illuminação com remoção de postes antigos e collocação de no­
vos, serviços de agua e esgotos, mudança de linha de bondes e collocação
da nova e tc .
Corresponde esta avenida ao prolongamento da rua mais cen­
tral, mais commercial e mais importante de Victoria, a que possue edi­
fícios m ais valiosos e a de maior t ransito, com o completo arrazam ento
da antiga ru a Christovam Colombo, Praça Marechal Fioriano e parte
da rua do O riente.

As despezas eltectuadas com tal serviço de Junho a Dezembro


de 1924 foram as seguintes:

Excavação cm terra e em rocha com respectivos transportes,


construcçâo de boeiros, aequisição de postes e sua collocação etc.
164:971$682; de prédios para abertura da Avenida Nova, 47:846$739.
Em 1925 dispendemos a verba de 6 0 8 :387ij>346 nos serviços da
Avenida, do seguinte modo:

Calçamento e preparo de leito..................................................... 215:544$983


Passeios, meios fios de refúgios e serviços connexos.................. 68:S85£90S
llecíio dc prédios, indemnisações de terrenos.......................... 168:598§889
Illuminação, postes, mudanças de linha..................................... 35:950$920
Drenagem, aterros e desnterros..................................................... 119:406$64G

608 :3S7s346

Em 1926 com o proseguimento dos mesmos serviços foi o dis-


pendio d e............................................................................ Rs. 121:598$751
Attingiram, p o is ,d e s p e s a s durante os 3 annos em .. ..R s . 942:804^518

Rua Jeronyino Monteiro

Os serviços feitos na rua Jeronym o Monteiro foram da tnesma


natureza dos executados na Avenida Capichaba, isto c. consistiram de
desapropriações, indemnisações a proprietários c a inquilinos, aterros,
calçamento etc.
No exercício de 1924 clispendeu-se com alargam ento, recuos,
cortes etc. 89:298$251 .
Dispendemos em I(>25 a quantia de 865:448$980 assim dis­
crim inada :
27 S MENSAGEM

Calçamento cm 2714 m 2.t e preparo de 1029 m2. de passeio


com drenagem.......................................................................... 95:1818168
Posteação c illuminação.................................................................. 23:3178900
Recúo de p ré d io s............................................................................ 615:3688762
Desapropriações............................................................................... 95 :()()0$000
Serviços diversos por adm inistração............................................ 36:5788150

865:4488980
c cm 1926, com acabamentos dc serviços iniciados em 1925. a de rs.
24:297$378.

Rua Primeiro de Março


Os serviços effectnados consistiram em recuo dc prédios, calça­


mento, mudança de linha de bondes, mudança de postes de illuminação
publica, demolição de prédios e respectivas remoções de material
demolido.
N a parte desses trabalhos feita por adm inistração dispendeu-se
33:578$150.
Foram também, adquiridos, para o alargam ento da rua, os pré­
dios ns. 19, 21 e o que fica nos fundos do n . 21 com frente para a la­
deira N estor Gomes.
Foi o gasto de 9 5 :000$000.
Taes prédios foram transferidos ao S r . Elpidio W anderley, pelo
mesmo preço, com a obrigação de fazer o recuo, sem onus para o Go­
verno, quando para tal fim, for intimado.

Rua Duque de Caxias 6

No trecho comprehendido entre o London Bank e a ladeira Ma­


ria Ortiz foi feito todo o serviço de alargamento, calçamento, reform a
de illuminação etc.
As despezas mais importantes constam do recuo do prédio dos
herdeiros A guirre, do de Constancio Espindula e do de Manoel Rodri­
gues.

Ladeira e Palacio e Jardim de Palacio

Foram concluídos os serviços de abertura da ladeira do Chafa­


riz; rebaixado o sólo, sua maior extensão em rocha viva, feito o servi-
E S TA D O DO E . SAN TO 279

ço de esgoto, de agua, collocação dc meios fios, passeios, calçamentos,


atrros necessários, illuminação, ctc., dispendcndo se em 1020 — Rs.
2 7 :522$261.
De accordo com o projecto organisado, conclui a abertura da
ladeira de Palacio e a completa construcção da antiga ladeira do C ha­
fariz, hoje rua N estor Gomes, que alcm da grande utilidade, trazida
como obra dc viação urbana, dando facil acccsso á cidade alta para ve-
hiculos de toda a especie, de descongestionamento para o trafego da
rua l-° de M arço, entre as ruas General Osorio e Sete dc Setembro,
constitue um relevante serviço de embellezamento a toda a circumvisi-
nhança do Palacio do Governo que hoje apresenta aspecto bastante
agradavel.
Consistiam os trabalhos em desapropriações da maioria das
casas da antiga ladeira do Chafariz, arrazamento de muros, exeavações
cm grande quantidade de cochas e blocos de pedras soltas, serviços de
illuminação subterrânea, passeios, drenagem c serviços de agua c es­
gotos .
N a ladeira e jardim de Palacio, em 1924, gastou-se 48:816$796,
e em 1925 a quantia de 108:868$782 e no serviço da ladeira do Cha­
fariz dispendeu-se em 1924 9:567$250 em 1925 108:800$000 e em
1926 27:522$2ól. Mandei collocar no jardim marginal á ladeira de
Palacio uma estatua do Deus Mercúrio, em homenagem ao Commercio
e no jardim m arginal á ladeira Nestor Gomes uma em homenagem á
industria. As estatuas custaram 20:000$000, afóra as despezas com
assentamento e transporte.

Bua Seta de Setembro

Executei o prolongamento dessa rua, até o m ar desaproprian­


do o antigo ediíicio do Banco do Espirito Santo e fazendo o recuo do
prédio dos herdeiros dc M artinho de F reitas. Fiz sua completa remo­
delação, recuando prédios dos quaes foi o mais importante o do S r.
Antonio Pinto Aleixo, no numero 41. Fiz todo o calçamento a paralel-
lepipedos, a mudança de linha de bondes para pol-a no alinhamento de­
sejado, passeios, meios fios, e toda a drenagem que, por si só, custou
mais de cem contos de re is.
Com os principaes serviços dispendemos em 1925, 280:043$2S5
c em 1926, 15:999$990.
280 I\1 E N S A G E M

Rua Graciano ISÍevcn

Effcctivei a abertura dessa rua, desapropriando e demolindo


prédios, adquirindo terrenos necessários á sua passagem, executando
os aterros e desaterros precisos, toda a sua drenagem c providenciando
sobre os serviços de agua e esgoto. Em 1925 dispendemos 112:008$474
e em 1926, 21:234$811.

Rua Coronel Monjardim

Realizei grande parle da remodelação dessa rua, consistente


em rebaixamento de seu leito, excavaçâo e remoção de pedra e terra;
dispendendo com taes serviços e trabalho de drenagem, passeios, lu­
cros cessantes á antiga Companhia Serviços Reunidos, por interrupção
de sua linha dc bondes, desapropriações etc., a quantia de 45:199^582
em 1925 e em 1926, 5:405$950.
Além dos trabalhos do Governo do Estado, concorreu também
com seus esforços a P refeitura Municipal

Rua Treze de Maio

Foi essa rua, que era :i antiga rua do Piolho, completamente re­
modelada. Com desapropriações, calçamento, passeios, drenagem etc.
em 1925 gastou-se 32:359$072.

Rua do Oriente

Fiz lambem a completa remodelação, nesta rua, aterrando-a


para pol-a no nivel, calçando-a a parallclcpipedos, drenando-a e fazen­
do seus passeios. Taes serviços em 1925, im portaram em 3 9 :407$512.

Rua do Rosário

Alguns serviços de aterro para pol-a no nivel; im portaram em


1925 em 7:306$565 e em 1926 em 3:428$935.

Rua Cama Rosa

No seu prolongamento até o largo dc São Francisco, demolindo


prédios, rebaixando o Largo de São Francisco, fazendo toda a sua
drenagem, calçamento, agua e esgoto, exeavações, passeios, remoções
dc terra e pedra, gastou-se em 1925 a quantia de 95:783$579.
ESTADO DO E. SANTO 281

Rua Coutinlio3\£afjcarenhas e Travessa


Coronel Monjardim

Tmz ;i completa rcmndclaçan dessa rua. constando os principacs


trabalhos em calçamento, passeios, meios fios e drenagem. Nas duas
ruas gastou-se 4 1 :77X$X42.

Ladeira Professor Baltnazar

Km calçamento a paraiellepipedos, passeios, drenagem, meios


tios e recuo da casa do S r. Pedro Bns, dispendeu-sc 10:110$340.

Rua Henrique Coutinho

Calçamento a macadam. passeios, drenagem, modificação d.i


linha de bondes etc., importaram em 4o:700$2l0.

Rua Washington Pessoa

Com calçamento de macadam. passeios, drenagem c outro? pe­


quenos serviços, gastou-se 11 :880$000.

Rua General Gamara

Com calçamento, passeios, meios fios e drenagem, disnendeu-


se 10:677$436.

Rua Ararigboia

Com calçamento, paseios. drenagem, meios fios 10:143$5ll.


Rua General Osorio
Gastamos com << recuo dos prédios ns. 20, 28. e aequisição do
de n. 51 serviços de dreno 11:968$780.

Rua Caramurú

Com a aequisição dos prédios ns. 21, 25 e 29, do da esquina


da rua S . Francisco, dispendeu-se 38:000$000.

Rua e Ladeira de «São Francisco

O objcctivo desta ladeira é dar accesso do bairro do P arq u e


iVloscoso para a cidade alta e o bairo da rua Sele de Setembro.
32 M E N S A G E M

Os serviços de sua abertura consistiram em desapropriações,


inrlcmnisações, constracções dc muros, fechando as propriedades a tra ­
vessadas pelas ruas, excavações de terras e pedras, construcção de mu­
ros de arrim o.
N a rua S . Francisco foram feitos alguns recuos dc prédios.
N a ladeira gastou-se em 1924 33:613^442 em 1925 75:490$00Q e cm
1926, 8:279$268, e na rua de São Francisco dispendemos em 1925
Í3:875$C00.
-. — i.
Viaducto ligando a Ladeira de S. Francisco
á E us do Egypto

A abertura da ladeira São Francisco levou-nos a projectar um


viaducto, iigando-a á rua do Egypto, em passagem superior pela n u
C aram urú.
Adoptou-se o projecto de um viaducto de cimento armado com
40 metros de comprimento, dividido em vãos de 10 metros.
Sua largura é de 8 metros, tendo 5 para vehiculos e 2 passeios
de 1 y2 metros para pedestres. Foi calculado para supportar uma ma-
china compressora de 12 tonelladas, bondes e auto caminhão de 9 to-
nelladas. Está inteiramente concluído com a despeza total dc
153:393$973.

Euas Nova e Velha do Egypto

Importantes foram os trabalhos em ambas essas ruas sendo


maiores os realizados c o m a ahçrfura. da rua Nova nut? é o i>rn1nn<r:i_*
mento do viaducto a sahir na Praça João Climaco, onde está edificado
o Palacio do Governo, dando, desse modo, accesso entre a rua Gama
Rosa e essa P raça. Com o serviço, em virtude de grandes cortes em
rocha, gastou-se em 1925, 6 1 :195$610.
Ainda sob tal titulo, dispenaeu-se em 1926, com abertura da
rua Nova e construcção do grande m uro que contorna e am para a
egreja de São Gonçalo, a quantia de 25:475$937.
i-vcha-se em acabam ento o serviço de calçam ento, iiíum m açao,
Ijasseio p a ra com pleta conclusão da o b ra.

Bua Beira Mar

E sta rua foi iniciada para o aproveitamento de pedras e terras,


E STAD O DO E . SAN TO 283-

cxü ahickis da abertura da Avenida Capichaba e com o fito de coin-


pôr a praia deste bairro dando-lhe um melhor aspecto.
Exgottados taes materiaes e as pedras e terras de outras pro-
ccdencias, n ã o ficou a rua concluída.
o
O pr ojccto organizado, levando-a ate a subida para o Forte de
Sao Joao, valorisará os terrenos marginaes, em parte propriedade do
E stad o .
Fechai emos, com cila, a Capichaba, por meio de um caes de .sa­
neamento e uma avenida de 15 metros.
Pode parecer que a obra é inútil e inopportuna pelo facto do
projecto da 3." Secção do Porto envolver nosso caes de saneamento.
Mas, além de ainda demorar tal serviço, porquanto por um longo curso
dc tempo serão sufficicntes para a Victoria os trabalhos da 1." e 2.3
Secções do Porto, succede (|uc, mesmo quando levado a effeito o fe­
chamento do nosso caes, não será dc dispensar o estudo do projecto de
um amplo canal de drenagem, que aproveite o actual caes de saneamen­
to em um dos seus lados, construindo-se, do outro lado, outra rua de
15 metros form ando uma rua larga de 30 metros muito util ao movi­
mento futuro da cidade. Ficaria no centro o canal dando accesso ao
novo mercado. Tal serviço teria a vantagem de não alterar o actual
systema de drenagem de toda a cidade e dc facilitar ao mercado novo
o franco accesso de canoas e pequenas embarcações para o transporte
barato dos produetos da pequena lavoura.
As despezas com a rua, em sua grande maioria, representam a
valorização dos terrenos de propriedade do Governo, de onde retira­
mos a pedra e a terra.
Proscguiram, até meiado de 1926, os trabalhos que compreen­
dem a continuação do enrocamento e respectivo muro de sustentação,
e trabalhos de drenagem e de aterro, ficando estacionados no prolonga­
mento da rua Sete de Setembro. As construcções que vão surgindo á
margem dessa via publica, graças aos serviços feitos, dizem melhor
das vantagens de sua effectivação. Em 1925 dispendeu-se 54:701$921r
em 1925 216:359$285 e em 1926, a importância de 70:970$686.

Avenida José Carlos

Foi calçada a paralellepipedos e teve seus passeios e drenagem ;


a despeza executada elevou-sc a 3 7 :425$650.
284 MENSAGEM

E scad aria M aria O rtiz


— ---------------------- :--------
Beiia obra executada em 1924, cm que gastou-se 6 9 :928$038;
os acabamentos, em 1925, exigiram a despcza dc 8:487$340, c cm
1926 a de 269$400.
á\
.A venida ü le to N u n es.

Em 1925 com pequenos reparos, dispendeu-sc 2:677$860.


As aguas pluviaes que desciam da rua do E gypto pela escada­
ria não tinham escoadouro pelo que foi preciso preparar-se o serviço
•de drenagem até a Avenida da Republica e a reform a da rede de esgo-
lo . Com estes trabalhos e reparos, gastou-se em 1926 17 :UU0ÇÜÜU.
E scad aria da A v e n id a Clôfco N u n es

Ficou terminada e inaugurada esta obra de utilidade apreciá­


vel, que havia sido iniciada cm 1925. Naquelle anno dispendemos
21:385$090. Os serviços realizados em 1926 im portaram em
17:573$885.
A v e n id a da R ep u b lica

Custou do recuo da casa do Sr. Aphrodisio Coelho que custou


5 4 :00Q$0QQ.
E scad aria da Ladeira, Pernam buco

Ficou prompta e inaugurada. Destina-se esta escadaria a ligar


a Avenida Capichaba á rua Pernambuco defronte ao Grupo Escolar.
Em 1925, com seus serviços, gastou-se 13:706$185, em 1926 os gastos
attingiram a 8:764$35ò.
L adeira Pernam buco

Foi aberta para aproveitar terrenos do Governo do morre» pos­


terior á Avenida Capichaba. Ficou essa Ladeira aberta em 1926 com
os meios fios, pelo lado do barranco, já coíiocados, e com o passeio e;n-
pedrado estando seu calçamento sendo ultimado. Com estes serviços
gastaram -se em 1926, 19:498$614.

PRAÇAS
Praça Costa Pereira

Ficou inaugurada e officialmente terminada esta Praça, cuja


importância sc torna desnecessário salientar, tal o aspecto novo c:.i-
P rédios a serem dem olidos para a abertura da A venida Capiehaba

Aspecto dos serviços de abertura da Avenida Capiehaba


A ven id a Cnpichaba. vendo-se a grande quantidade de pedra arrebentada
r as easas de um trecho a serem dem olidas

Avenida Capicliabn — Serviços de sua abertura


Preparo <lo terreno para o Mercado da A venida ( ‘apirlmba

íV a v a rà o da 1." estaca do Mercado tia A venida Capiehaba


,J £ C~p>rnt/v.»

\ i.sla das obras iniriaes dr abertura <la Avenida ( ‘apichaba

CufQ*cAt&v

Avenida Capichaba — Aspecto dos serviços de drenagem


Drenagem d;i A v «»i i í <Ij» Cnpielialm

Drenagem (la Avenida Capieluihn


Avenidn ( 'apielinba, em calçamento

«Serviços da Avenida Capichaba, em andamento


Escadaria ligando a Ladeira Pernambuco á Avenida Capieliaba
A sp ec to dji L adeira P ernanibneo. em eonstrucefio

Monumento ao Trabalho orijrido no fim da Avenida Onpiehaba — 1028


A venida ( apiehaba depois de aberta — vista do alto do morro do
Forte de S . Joâo

Outro aspecto da Avenida Capichaba depois de aberta — 1927


r‘aral(‘ilc|)i|n ‘(|í»s na pn lrrin i foram rxirahnlos. para
iMilcimirntos diversos — 1!)24

hxplovrç-V' d.' pedreiras, para calçamento clc ruas


f

A istil do Jora] cIsi l ’riiç<i ( osta P e r e ir a . a n t e s d c su a a b e r t u r a

Prédio a demolir, para abertura da Ptaça Costa Pereira


P réd ios a dem olir para abertura da Praça C osta P e r e i r a — 11**24

Praça d a I n d e p e n d e n c i a a n t e s d a s o b r a s d e r e m o d e la ç ã o
f

Praça da Independência antes das obras de remodelação

Abertura da Praça Tosta Pereira — 1024


1

Casas i*m «Irmolirfu». para alifiiiira ■la Prura Costa P rm ra


\

Praça Posta lY ivirn depois de aberta


Vistii «ht Prura Costa Pereira. concluída

Praça Costa Pereira, já concluída


A sp ecto da rua Treze de Maio, depois de remodelada
Maeadamixa<,*ao d» m n H e n r iq u e O outinlin —

Run Henrique ('oufinlio. depois de remodelada


A n t i g a lm lo irn , h o je e s e m la ri» (Meto N u n e s no rim
<ln a v e n i d a rio m e s m o n o m e

E scad aria Oleto N unes, em eonstruecão


A s p e c to (In oscjuluriji M aria O rtiz , cm c o n s t r u c r a o — visia <la
n m Domingos M ar ti n s
A b ertu ra da L adeira 8 . Bento, em V ictoria

A bertura e remodelação da Ladeira S. Bento


Ladeira S ão B e n to , em construeção

Ladeira de São Bento, depois de concluída


A v e n id a J o sé C arlos, em reconstruoeão — V ê-se a rede de <*s<rot-»s
defeituosa — 1025

1925
R eform a <lo s e rv iç o d e siuna chi r u a G a m a Rosa, a n t e s d e en le a d a

Rua Gama Rosa em remodelação — 15)24


tf

R em odelação d a r u a G am a Rosa — Aspecto dos serviços

Rua Gama Rosa. em remodelação


Rua Gama Rosa depois de concluídas as obras de calçamento c dc
escoamento de aguas pluvines e dc exgôtos
R u a !) tio .Janeiro, om V ictoria. d e p o is do re m o d e la d a
r onl:;rtda — 10-3
Serviços da rua Coutinlio Masca renhas

R e m o d elaç ão <la r u a C ontinlio f r a s c a r e n lia s


L a d e ir a .Maria Orti/.. a in d a em e o n s tru r^ ã o
L ndoira. Iioji» E s c a d a ria M aria O iiiz. depois do concluída
P r a ç a do I m p e r a d o r , em Y ieto ria. a n t e s de re m o d e la d a — lí)24

Praça do Imperador, vendo-se ao fundo o Palaeio do fiovrno


<lo om oonsl ri terão

do Itnpiinxlor <*in romodtd*u*fu>


t ,„■*&(*€■ f€* ‘ S c 'l .* e rft c a n j is c r t s *.

V ia d u e t o d e São F ra n c is c o , em c o n s tru c ç ã o

Y iad u eto 1*111 eonsí rm v ã n — lidando a A v en id a IV ilro


P a la e io s á P r a ç a d o Q u a r te l
Aspecto do viadueto de .São Francisco, em Yiotoria. em eonstrucçãn

V ia d u eto de São F rancisco, em eonstrucção


mm:

V ia d u cto d e S . F ran cisco, cm eoiist rucçào — V ieto ria — 1925

Aspecto do viaducto em Vietoria, em conclusão


.A b e r tu r a da r u a n o v a «Ir S ã o F r a n c is c o

A b e r t u r a da r u a nova do E g y p t o
Rua d»* .T.nioiro — Sr»rvi<;o do c a l c a m o n t o r «lf o ^ ‘o;mii*nto
do a g u a s p ln v in cs

R ua 9 d»* J a n e i r o , c?opoi^ do e a lç a d a
A venida Beira Mar
••

Vista da Avenida Beira Mar, vendo-se parte aberta e parte a abrir


o

C a cs do sa n e a m e n to p ara c o n stru o < * 5 o d a A v e n id a R e irn -M a r


<ruenTc t/* A vtm c /a t i a r a » /&/•

O o n sfn ic ç n o d a A v e n id a B eira M ar. n a O apichaha

Trecho, cm conclusão. da A venida Beira-Mar


Avenida Beira IMar Parle (*oni*Iui<l;i. nos Tii?»<los <1o mareado novo

A b e r tu r a «la la d e ira P e rn a m b u c o
Kiwi 7 «lí* .S e te m b ro — s *i *v h m i «!«• r i LrtMii «l«» a ^ u n s p lu v ia o s <• d«* cal«.*a»n*n <•

Ku«i 7 «li* S r J r m h r o «ia A w n i d a ( 'a p i r h n b a ao


ma'*, d m »«»í n «•«* «»bí*rlt> — i!fl27
*»•

Drenagem da Rua 7 de Setembro


K ecíio de prédio para abertura e prolongamento da
Rua 7 de Setembro até o mar
1
a fiç sso c /o 7~ócc>Sf~i> /'/e /a o m e r ? c .

])rMi;i*»eit. *!:j •iiíi 7 do SYiimi;I>i’o « «iht riiii*si «Ia rua (í r ao ia n o XVves* »»n:u
a uoaiolioão <«o Tlioatro M olprinonr
Rua 7 cli* Setembro Reeú i|e prédio

Rua A ristides Freire e casas pnrn funccionnrios


Ciisjis <1« Rua (ímeiano Xoves. a demolir
V ista do bairro “ M ulundum ” antes do serem iniciadas a eonstrueeào d e
casas para funeeionarios e a abertura de ruas

Rua Graciano Neves depois de aberta


Abertura c drenagem da R ua Graciano Neves

Rua Graciano Noves, em abertura


A n tig a L adeira do C hafariz — aspecto anterior á abertura da
rua X estor Gomes — 1924

A sp ecto da rua X estor Gomes, antijra ladeira do


C hafariz, antes de sua abertura
V ietoria antigra — A sp ecto interior «U» casas d em olidas
para a abertura da Ladeira do ( liatar*z
Aspecto de casa da antiga Ladeira do Chafariz

Inicio dos trabalhos da Ladeira do Palaeio. hoje Rua Xostor tfome


A sp e c to da dem olição de casas para a abertura da Ladeira
Goronel X cstor Gornes

R ua N esto r Gomes em abertura — lí>23


Um trecho nntipn da Ladeira do C hafariz

A bertura da Rua Nesior Gomes


D esm onte de limai parte <1o jardim fronteiro ao Pnlncio do (iovornn
para abertura da Kua X ostor (tom es

Abertura da rua Xestor (íom cs


1’m trecho concluído da rua Xcstor Gomes

Aspecto do viaducto dc .São Francisco, em Victoria


Rua N ostor Gomes. antes do inicio de sua abertura, vendo-se o antigo
paredão do jardim da Praça João Glimaeo

Jardim da Praça João Olimaco. cm construcção


Rua Ntvstor (ionies já com-luula
Rim XVstor (íom cs já cmicluidii
Obras (Ir aherlura <!;i Kua Xrstor (ioinrs

Rua Xrstor Gomos drpois da abrrta


A b r r l u r a <1;i rua •Io Kjrypto. w m l u - s p n m ii rn para amparo

il. l i ü i v j í l «li* Siin ioiK);iIo


(

Abertura tia rua tio E gyp to


Abortura «In rua nova do Kirypto

Knn nova do TCjrypto Trabalhos di* sua abortura 102õ


Inauguração tias instai laeõos da pedreira Santa Fíelena

!* Ircirns eiu expiorarão, para extracçào de pedras


V.

A venida 13 ilc Novembro, de Jueutuquarn, em abertura


.\s|)»*iMo «I;i !>i,ík*ji c)jio «li* S - i imiiIíi-m. wmlo sc um pavilhão ‘*111 «'oiMnivoao

3 cí/ro c m ccn sfry c c e o


|» RcmÇb o'c Qyar/e/

M i-lllo r jlllir l.io » ir \ irto r.íl «h* um « I t m piara •!«* t^narlrl


ESTADO DO E . SANTO 285

prestado ao local. O valor dos serviços realizados, compreendendo de­


molições e desapropriações, attingiu em 1925 a 95:805$850 e em
1926 os trabalhos de drenagem, agua, illuminação subterrânea e remo­
delação da rede de esgoto orçaram por 60:816$950.
Praça João Climaco
-m ■ 1'

Não menos importante que os anteriores, foram os trabalhos


realizados nesta praça que se acha concluída e inaugurada. Fizemos
não só serviços de ajardinamento propriamente dito, como também de
calçamento, ladrilhamento, illumitiação, esgoto etv. Além da parte
da praça, comprehende os trabalhos apontados o contorno da Ladeira
do Chafariz ou rua Professor Santos Pinto pelo lado e parle da frente
do Palacio. Foi gasta com estes serviços em 192b a importância de
8 3 :001$655.
Além do ajardinamento e da ornamentação das praças acima e
da escadaria apontada, sua conservação também esteve a cargo da 2-n
Divisão dos Serviços de Melhoramentos de Victoria, dispendendo-se
. clurante o anno dc 1925, 94:132$625 com isso e seus acabamentos de­
finitivos .

Praça Municipal

Com esta praça, situada ao lado da rua Coutitiho Mascarenhas


defronte do prédio da Prefeitura, dispendemos em passeios e calçamen­
tos a quantia de 13:076$337.

NOVOS BAIRROS

Ohacara Moniz freire *•


Adquirida por necessidade da abertura de uma valia de contor­
no, libertando o bairro da rua Sete de Setembro das innundações fre-
• quentes, tive o segundo objectivo de aproveitar os terrenos dessa cha-
cara com a divisão em lotes para a edificação de prédios para habita
•• ções particulares.
BAIRRO DE JUCUTÜQUARA
Grandes foram os serviços feitos pelo governo neste bairro.
E ntre elles o de drenagem, de accordo com o plano geral, ater­
ro de area apreciável para construcção de casas para operários e fun-
ccionarios públicos, abertura de novas ruas, rectificação, aterro c pre­
paro da antiga rua de Jucutuquara.
28ó M E N S A G E M

Adquiri o restante da melhor arca aproveitável para edifica­


ções e, dividida cm lotes, vendi a modico preço e mesmo em prestações,
desenvolvendo, assim, extraordinariam ente as construcções particu­
lares .
Em 1923, Jucutuquara constava apenas da antiga rua desse
nome com 7 metros de largura, tortuosa, sem drenagem, desnivelada.
Apenas 4 casas de regular construcção ali se encontravam . 52 prédios
eram de entulho e as demais casinholas de zinco ou dc palha com pare­
des de barro e de péssimo aspecto.
Actualmente, somente o governo construiu 93 casas.

Avenida 15 de Novembro

E ? a principal artéria de Jucutuquara com 26 metros de largu­


ra inclusive os 4 do canal de drenagem que a divide em dois leitos e
836 metros de comprimento, devidamente drenados e construídos na mi­
nha administração.
A Avenida parte da actual linha de bondes da P raia Comprida
e segue ate a Estrada dos Eradinhos, ponto em que se bifurca nessa
estrada e na que segue para Maruhype, ambas construídas pela Com-
missão de Melhoramentos.
P ara o seu proseguimento até a esse ponto, foram necessárias
as desapropriações das propriedades de João Piovesan, Antenor Fur­
tado, Raymundo Nonato, Arnobio Siqueira, José Teixeira, D . Regi­
na Breciane e Manoel Barros, no valor total de 114$500$000.
Com os serviços de aterro, escavações para abertura da rua dis-
pendemos cm 1924 207:895$989 e cm 1925, 109:284$439.
Ontras ruas

Nas ruas Augusto Calmou, B arão de Aymorés, Jucutuquara e


também na Avenida, todas do bairro de Jucutuquara, gastamos com
partes dos passeios, reparos no leito da rua, aequisição de terrenos a
victorino Bandeira e Corinha M adeira para alargamento da rua
14:472$ 145 e mais 68:597$970 com drenagem ao longo da Avenida
15 de Novembro e ruas transversaes.
Sei viço de relevância foi o do canal de drenagem, na extensão
de 776 metros até 1925. Em 1926 foram feitas ligeiras modifica­
ções. O trecho de 341 metros e 40 centímetros é formado de dous
muros de arrimo para supportar emprego de terra pois quasi todo o pro-
ESTADO DO E . SANTO 287

seguimento ela valia foi elevado em suas margens, que eram formados
do antigo leito do corrego eanalisado.
Sobre o canal, em todos os cruzamentos de ruas, temos ponti-
Ihões com 6 metros de largura construídos de cimento armado e calcu­
lados para o rolo compressor de 12 tonclladas.
Com o total de taes serviços dispendemos cm 1925 a quantia
global dc 126:657$363 que sommada a anterior e as feitas cm 1926,
se eleva a 226:647$282.

P ra ia Comprida

Depois dc reconstruída e macadamisada, para d. :• accesso ao


.bairro, toda a estrada da praia, fiz o serviço de canalisaçâo da agua
potável, preparando alguns trechos dc ruas, devidamente calçados e
drenados, macadamisei 240 metros de comprimeito da Avenida Ordem
c Progresso e ruas transversacs, gastando nestes e nos demais servi­
ços effectuados no bairro da Praia Comprida, sem incluir a estrada
134:283$710 em 1925.
A Avenida tem 30 metros de largura, tendo sido grande a arca
a macadamisar, apezar de dotada de largos passeios de 4 metros e de
um refugio central de 5 metros.
As despezas com arruamentos. desapropriações, aterros, drena­
gens de ruas transversacs á avenida principal, acima referidas e mais
as feitas em 1926, se elevam a quantia de 684:434$948, incluindo as
desapropriações de terrenos dos herdeiros do Barão de Monjardim.

CASAS D E M OBADIA

Tive sempre, como um dos problemas a resolver em Victoria, o


das habitações já iniciado no governo Nestor Gomes.
De um lado, facilitavamos, especialmente aos funccionarios a
possibilidade de adquirir casas de moradia e, de outro, poderiamos sem
•difficuldades, deslocar, dos prédios a demolir, os respectivos habitan­
tes.
No bairro Mulundú construi 25 casas, com a despesa dc
295:3!8$09ó. Taes prédios foram vendidos, em prstaçoes, de ac-
cordo com a lei.
Em Jucutuquara, prosegui a construcção de casas, iniciada
pelo meu iIlustre antecessor, em numero de 90 formando 3 grupos, á
margem esquerda da Avenida. Dei, ainda, inicio a 4 grupos de 2 ca­
sas, maiores e melhores, que aquellas, na margem esquerda da Avenida.
288 MENSAGBM

Importaram as construcçoes cm 250:000$000 no anno dc PC4


cm 1925 cm 1.220:589$897 e em 1926 em 57:440$619.

Casas para operários na B h a San ta M aria

e cm Santo Anfconáo

Iniciamos nestes dois logares, em 1924, uma serie de casas para


operários, havendo, ainda naquelle anno concluído 7 na Ilha Santa
M aria.
Em 1925 terminamos a constrncção de fípredios em Santo An-
tonio e de mais 14 na Ilha de Santa M aria.
Com taes serviços dispendemos em l c>25 a quamia de
6 3 :938$600.
As casas da ilha Santa M aria tiveram de ser demolidas. ,>os-
teriormente, pela Companhia concessionária dos mangues de Juctilu-
quara, que construiu outras, em egual numero, em Maruhype.

Casas diversas

Construi, também para vendas em prestações, c permulas por


casas a serem demolidas, um grupo de prédios a rua S . Francisco com
o dispèndio de 8 1 :739$600, e mais 12:810$610 pela que dei na mesma
rua em substituição, aos herdeiros do professor José Nunes.
Gas.tei ainda 14:739$S39 com a constrncção de uma pequena
casa na ladeira dè São Bento, 57:996$915 em 1925 com o prédio de 2
pavimentos na rua do Oriente, junto a sede dos Serviços de Melhora­
mentos, uma casa para as irmãs Queiroz, na Avenida Capichaba, em
substituição de outra, no mesmo local, que fora attingida pelo serviço
de abertura da Avenida.
Na rua do Egypto construimos um prédio lambem para com­
pensação de outro demolido para alargamento da rua, trabalho que
custou 24:922$596 e, afinai, ainda para permuta, construimos uma
pequena casa na ultima rua da Chacara Muniz Freire.

Concerto de Casas c construcçoes diversas:

Sob o titulo “ Concertos de casas”, podemos apontar os diffc-


rentes serviços feitos nas innumeras casas do Estado, não só no bairro
de Jucutuquara, como também na Avenida dos Funccionarios, na P ra­
ça do Quartel, na Chacara Mulundum, etc. Dada a falta de habita-
B airro M uniz F reire — A bertura de ruas — Aspecto dos serviços

Bairro da Chacara Muniz Freire — Abertura de rua — 1920


B airro Muni/. F iv irr ('onslnu\'ò(»N n o v a * nos rua* íi Iht Iüs 192S
A bertura «Ic» ruas ao bairro Mnniz Freire
Cusns para fumwioiuirins imii -JiHMitu(|iuu*n. om cm istnu^üo
Casas construída s pelo governo para fu n c c in iia rio N .

em .Jueutmpuira — 1Í)ÜT

C asas co n stru íd a s pelo go v ern o para tu n eeion u rios,


em J u cu tu q u a ra — 1 9 -7
u j 4 . [ M i r a f o n c c t o n a r t o s c r n * /i/e .v tt s fii/a m . ertrt&t» c m c o * :s t r a c e o a

A sp e c to dc ensns c o n s t r u í d a s para fiimV ar.a rios i|.*poi\ «li*


concluídas, i*iii •hlíMltiUjunn

Aspecto de casas construídas pelo governo <m .Jucutuqunra


a »'/.•»»» €*( / rii-crricrts <ri/A r i / t trta'/cir-t c-.\ -

Casas para fim ccionarios, construídas ao lado do Quartel do Policia

Casas para fimccionarios ao lado do Quartel de Policia


R ua D cocloeiano O liveira. aborta polo governo e casas que*
construiu para funcoionarios — 1927

Casas para funecionarios no bairro do "Mulundú” — 1927


ESTADO DO E . SANTO 289*

ções em Victoria, para se efleciivar as demolições destinadas a abertu­


ra de ruas na cidade, foi necessário occupar, temporariamente, as que vi­
nham de ser concluídas e os íunccionarios e demais interessados que
requereram, mais tarde, taes casas, pediam igualmente que antes de
lhe serem ellas entregues fosse feita, como é justo, a respectiva limpeza,,
reparos, etc. Desse modo dispendeu-se 56:926$ 109, em 1925.

EDIFÍCIOS PÚBLICOS
Mercado da, Avenida Capichaba

Comecei e terminei as obras do novo mercado, que veio satis­


fazer os justos anseios da população de Victoria. O antigo já não
preenchia as necessidades da Capital. Depois de entregue a o publico
e accommodados os locatários, fez-se pequenos serviços de adaptação
ás necessidades de cada um.
Com os serviços finaes foi empregada em 1924 a importância
de 14:556Ç279, em 1925*485:505$586 e 404:763$041, inclusive as des-
pezas de aterro e preparo de terrenos.

Grupo Escolar

E ’ outra obra, a juntar-se a aquellas que vêm preencher lacu­


nas existentes numa Capital, com o gráo dc progresso que apresenta
Victoria. Os serviços e respectivas obras que se fizeram durante o
anno de 1925 montaram a 337:768$949 e em 1926 para o acabamento*
a 2óí :291$8/6, inclusive o valor dos terrenos.

Séde da Cominissão de Melhoramentos

Com o prédio acima, em que funccionou esta commissão


na Avenida Capichaba, gastou-se a quantia de 20:611$960 em 1924 e
mais a de 2 3 6 :2S3$262 em 1925, representando, pois, o custo total de
256 :S95$222.

Archivo e Bibliotheca Publica

Diante da premente necessidade de um edifício em que pudes­


se ser installado o Archivo Publico, que, por falta de acconiodação, es­
teve desorganisado, mandei fazer um prédio para esse fim, tendo o ter­
reno custado 30:000$000. Em 1925 dispendemos com a construcção do-
prédio 90:175$800. Com os trabalhos e pagamentos finaes da cons­
trucção, em 1926, gastararn-se 124:247§067.
290 MENSAGEM

Mercado da Viila Rubim

No intuito de servir a esse*populoso bairro e distante do m er­


cado da Avenida Capichaba, mandei fazer um prédio para esse fim .
Inclusive o custo dos terrenos adquiridos para o prédio e as duas ruas
lateraes, seu preparo etc. gastamos em 1927 a somma de 84:672$292.
Em 1926, 11:109$675 e em 1928, para a conclusão, 96:000$000.

Penitenciaria do Estado

Os cubículos dessa prisão eram feitos de taboas, sem a segu­


rança necessária. Foi preciso executar obras de reforma, divisões
dos compartimentos das prisões, forros e tudo mais de cimento arm a­
do. Com isso gastou-se em 1924 a somma de 13:081$800 e em 1925,
8 4 :932$493.
Com a continuação dos serviços de reform a desse proprio esta­
dual e a construcção de casas para os respectivos funccionarios, dispen-
deu-se a importância de 33:725$955 em 1926. Em 1927 foi construído
v m pavilhão especial para mulheres.

Palacio do Governo

Além de obras já referidas neste relatorio, foram executados


durante o anno de 1927, pela Commissão de Serviços de Melhoramen­
tos de Victoria em diversas reformas internas que se faziam necessá­
rias, em vista do máu estado em que se achavam o assoalho e o telhado
do alpendre da área interna etc. Cem isto e o revestimento das pare­
des etc., gastou-se a quantia de 68:135$069.

Prédio do Estado na Avenida da Republica


para a Repartição dos Correios

Possuia o Estado um prédio nessa Avenida e sentia-se em dif-


ficuldades para remover a Administração dos Correios de um outro já
adquirido pelo Governo e que devia ser demolido, em virtude do tra­
çado da Avenida Capichaba. Como o prédio acima não tivesse as di­
mensões, nem as demais condições necessárias para os Correios, tive de
mandar adaptal-o, com o que dispendi até 1925 a quantia de
80:832$570.
Também a Repartição dos Telegraphos, no Estado, foi forçada
a desoccupar a casa em que se achava, tendo o Governo agido no sen­
E S TA D O DO E . SAN TO 291

tido de facilitar a nova installaçào desse serviço publico; despezas es­


tas pagas pelo respectivo proprietário do prédio.

Prédio do Morro Santa Clara

O Governo passado alli construiu para residência presidencial,


um prédio, transform ado depois, com a construcçáo de dous pavilhões
lateraes.
E stando a cahir um dos pavilhões da Santa Casa de Misericór­
dia, que servia como sede do Orphanato Santa Luiza, abrigando cer­
ca de 80 creanças pobres e desvalidas, resolví completar um dos pavi­
lhões e ceder o edificio principal com o pavilhão condindo para o refe­
rido O rphanato. Gastou-se com essa terminação e adaptações a quan­
tia de 158:243$219.
E sta cessão foi a titulo precário.

Santa Casa de Misericórdia

Foram grandes os serviços feitos pelo governo para a Santa


Casa de M isericórdia. O pavilhão onde se achava o Orphanato, ame­
açava ruinas pelo que ordenei a respectiva reconstrucção. Esses tra ­
balhos foram feitos de accordo com o Provedor e as Irm ãs de Carida­
de, que dirigem a instituição. Em 1925 dispendeu-se a quantia de
7 6 :468$780 e em 1926 a de 24:567$129.

Ampliação do prédio da Delegacia de Policia

O edificio da Delegacia Geral de Policia desta Capital não com­


portava mais os seus serviços, exigindo ampliação. Fizeram-se algu­
mas desapropriações de prédios contíguos, no valor de 45:000$000;
construiu-se um novo prédio em prolongamento ao existente, no va­
lor de 7 1 :846$021; fez-se uma pequena garage, limpeza, reform a e
pintura do prédio velho, no valor de 10:474$252, resultando um dispen-
dto total, em 1925 de 127:320$275.

Garage da Ilha do Santa Maria

Alguns barracões feitos para alojar operários na Ilha de San­


ta M aria, foram aproveitados para garage dos caminhões da Commis-
sâo de M elhoramentos. Fizeram-se para isto, ampliações e adap­
tações .
292 M E N S A G E M

Hospital do Isolamento

Não possuia o Estado um edifício para o isolamento de do­


entes atacados de moléstias contagiosas. Tinha-se na Ilha do Prínci­
pe um velho barracão que já serviu para esse fim ; enccpitrava-se po­
rém, quasi cm ruinas, não se prestando mais para isolamento, por se
.achar, além disso, bastante povoada a Ilha.

Tendo havido nesta Capital um surto da epidemia de varíola,


foi necessário concertar e ampliar apressadamente esse velho barra­
cão, assim como pedir ao Governo Federal, embora a titulo precário,
as ruinas de um edifício na Ilha da Polvora. para alli se fazer o Iso­
lamento .
Em 30 dias, com grande esforço do pessoal da Commissão dos
Serviços de Melhoramentos, conseguio-se apparelhar o velho barracão
da Ilha do Príncipe para 16 leitos, com todas as dependencias neces­
sárias .
Gastou-se com os reparos do barracão da Ilha do Príncipe
-30:544$914, e com o pavilhão da Ilha da Polvora, 96:629$794* Este
ultimo, ficou um edifício muito adequado ao fim a que se destina e é cia
propriedade do Governo Federal. P ara o completo acabamento dis-
pendemos approximadamente 30:000$000.

A premencia do mesmo motivo, determinou a construcção de um


instituto vaccinogenico em Maruhype, que custou a somma de
25:803$794, e para o mesmo serviço uma garage, que custou
8 :243$300.

Montagem do britador de Caratoyra

e reparos no bate-estacas

Por conveniência dos serviços fez-se a montagem de um brita­


dor de pedras em Caratoyra, afim de melhor attender aos serviços da
estrada de Santo Antonio.
A respectiva montagem, compreendendo todo o serviço indis­
pensável a uma instaliação completa, importou em 1926, na quantia de
19:073$525, e com a remodelação que se fez no bate-estacas, adquiri-
V ista de JueiitiKjuara antes <la abertura de ruas e praças — 1924

Jucutuquara antes da abertura de ru as c praças


J u e u tu q u a ra — A v en id a 15 de novem bro e casas
con stru íd as pelo E stado — 1026

A v e n id a 15 de N ovem b ro em Ju eu tu q u a ra depois de
aberta e. já construída — 1026
'■iijilie n ia c »t U s i v . s y - /

Avenida 15 de Novembro, em .Jueiilminara, vendo-se nos


fundos r isa s a serem demolidas

Inicio da ennslrueeão de rasas para funeeionarios, em .Tueiituquara


Grupo clc casas para funceionarios no bairro do IMiilimclií. em conclusão

A sp ecto da rua A ugusto ('alm oii. cm Jucutuqu ara.


construída para funccionarios
HSTAIH) DO 1C. SANTO 293

do para attender a servidos do h.stado, gastou-se a importância de


5 :312$90ü.
lambem íoi necessário adquirir e completar uma olaria que,
com a compra de 5 mil ms2 de terrenos, custou 86:50Q$000.
Forneceu cila mais de 350.000 tijolos no momento de grande es­
cassez deste m aterial.

Serraria adquirida do Sr. André Carloni

P ara os diversos trabalhos de moldagem de cimento armado,


serviços de esquadrias etc íoi adquirida uma pequena serraria, exis­
tente na Ilha do Príncipe que vai prestando as Obras do Porto inesti­
máveis serviços. Custou 39:6009000. tendo sido posterior mente, ar­
rendadas as maehinas a Societé de Constructiun de Port du Bahia, por
?69$000 mensaes.

Desapropriações de terrenos necessários e de prédios

para alguns sorviços ainda a executar

P ara serviços na rua Domingos Martins, na estação Conver-


lidora, na fonte da Capichaba, nos fundos do Quartel do Regimento
Policial, fizeram-se desapropriações no valor de 166:6569500.

Estradas da Capital

Podemos assim resumir os dispendios em estradas diversas:


Foram feitas pela Commissão, obras de construcção, em bôa parte, de
reconstrucção, melhoramento e alargamento das estradas para Santo
Antonio, P raia Comprida, Jucutuquara, e Maruhype, e de Maruhype
a Bomba e d’ahi, passando por Barro Vermelho e Praia Comprida,
pelo extremo Norte, formando uma linha em contorno de estradas de
rodagem .

Estrada da Praia Comprida

Dispendeu-se em 192-1, no trecho do Cruzamento ate a Aveni­


da Ordem e Progresso e dahi por diante, a somma de 179:707$250 em
1925 161:179$241 em 1926cem 1927 37:3089620.

Estrada de Santo Antonio

Alargou-se o trecho da Avenida Ciclo Nunes á Yilla Rubim


294 M E N S A G E M

p ara 16 m s. em um a extensão de 600 m s. e dahi por diante para 12 ms


de largura, com 2000 ms. de comprimento. Dispendeu-se 112:461 $842,
em 1924, 63S:562$895 em 1925 e 16:839$085 em 1926. A parte mais
larga é a que vai, em parte, d ar passagem a estrada de ferro de accesso
ao P o rto .
Estrada do Jucuiuquara a Maruliypo

e Praia Comprida

J á havia a estrada de M aruhype á Bomba e á Serra, mas incom­


pleta, sendo necessário d ar fran ca passagem aos habitantes de F ra-
dinhos e da zona contígua, extraordinariam ente povoada.
Começada a Avenida 15 de Novembro (A venida de Jucutu-
quara) era preciso, em seguimento, alargar o pequeno caminho exis­
tente. Fez-se uma estrada com 9 m s. de largura e com 1575 m s. de
comprimento, custando até a encruzilhada dc M aruhype 48:429$100..
E m 1926 gastou-se 8:574$555.
Foi, após, prolongada em direcção á P raia Comprida, com a
extensão de 3050 m s. e 6 m etros de la rg u ra . Com esta segunda par­
te gastou-se até 31 de Dezembro de 1925, inclusive algumas pequenas
desapropriações, a quantia de 66:137$107. E m 1926 gastou-se
6 5 :238$664.
Variante no Porto de São João

Neste trecho da E strad a da P ra ia dispendeu-se em 1924


23:702$000, em 1925, 8:276$000 e em 1926, 41;078$490. U m a das
m argens desse trecho foi feita de cimento arm ado.
Ponte da Passagem

Teve inicio o trabalho projectado para o fechamento parcial do


canal que separa a Ilha do Continente, ficando apenas aberto um vão-
de 10 metros, onde será construído um pontilhão. Os serviços feitos,
até agora, foram de enrocamcnto de pedra iogada, com a despesa de
3 7 :114$860.
N ão foi possivel concluir o trabalho.

FAVORES A EMPRESAS PARTICULARES

D entre os favores concedidos para a construcção de prédios de


interesse para a Capital, destacam-se os que se seguem:
ESTADO 1)0 E. SANTO 295

Majesfcic-Hotel

Dado o grande empenho que eu tinha cm facilitar a construeção


dc um ou mais hotéis em Victoria, auxiliei a do Majestic-Hotol com
a sua instaliação de agua e esgoto c os terrenos das casas n . 1. 3 e 5,
que foram demolidas na rua Dyonisio Resende.
Por um lado facilitei ao hotel uma pequena area a mais para a
sua ampliação e, por outro, alarguei a rua Dyonisio Resende, neste
.trecho.
Com todas estas despezas, gastou-se a quantia de 99:000$Ü00,
da qual, grande parte deve ser levada cm conta da abertura da rua
Dyonisio Resende, no valor de cerca de 32 :ÜÜÜ$0Ü0 e o restante para
auxiliar o hotel com os serviços de agua e esgoto.
Tlieatro*•

E ra conhecido o nosos velho Tlieatro de madeira, criticado por


toda a parte, mas representando grande esforço do ex-presidente Dr.
Moniz Freire e prestando á nossa população bons serviços.
Competia agora ao Governo, em face dos compromissos assu­
midos com a Prefeitura, fazer um edificio para esse fim; mas, atten-
dendo ao grande dispendio que tal obra exigiría, preferi obter da Pre­
feitura a dispensa desse compromisso, em troca de outros favores que
lhe fiz e auxiliar a iniciativa particular, que, para isso, se mostrou so­
licita.
A Prefeitura concedeu isenção de imposto predial e o Gover­
no doou o terreno necessário para a edificação do theatro, auxiliando
a construeção com um emprestimo de 280:000$000, a juros de 9 %
e praso de 5 annos ao concessionário, S r. André Carloni, que levou a
•effeito a obra iniciada, de modo a dotar a cidade de um theatro moder­
no, maior que o antigo Melpomene. A construeção é de cimento arma­
do e foi feita em condições dc solidez e segurança, com os requisitos
exigidos para o fim a que se destina.
DIBECTORIA DE AGUA E ESGOTO

Ao assumir o Governo, encontrei os serviços de Agua e Esgo­


tos da Capital e arrabaldes incluídos no arrendamento feito á Compa­
nhia Serviços Reunidos S. A ., que tinha também a seu cargo cs tra­
balhos de viação, luz, esgotos, electricidade e telephones.
Logo no inicio de minha administração, em Novembro de 1924.
MENSAGEMf
296

procurei excluir tacs serviços cios bens arrendados, com a reform a que
procedi no contracto com aquella Companha.
D essa data a esta parte, ficaram ellcs a cargo do Governo, a
principio formando a 3 / Divisão da Commissão Serviços de Melhora­
mentos de Victoria, passando, afinal, a constituir a Directoria de Agua
e Esgotos da Secretaria da Agricultura, Terras e Obras, creada pela
lei n. 1.634 de 24 de Agosto de 1927.
Ainda está, por certo, na memória de todos quantos sao servi­
dos pelo abastecimento d'agua de Victoria, a situação precaria em que
nos achavamos em 1924 quando assumi o governo do Estado. Além de
grande falta d’agua, insufficiente para as principaes necessidades, não
era possível ter confiança no abastecimento mesmo escasso, pois existia
uma unica linha submarina no Guayamú e essa já cm péssimo estado.
Por outro lado, a linha adduetora apresentava defeitos de c«n-
strucçâo importantes que lhe diminuíam a capacidade de abastecimento
e impossibilitavam a conserva em trechos como os do Brejo Gi ande e
do Itanguá, dentro do brejo e do mangue. Nas minhas mensagens,
fui sempre minucioso nas apreciações sobre as condições pi ecai i.is do
serviço de addução d’agua, do mesmo modo que sobre a sua distribui­
ção pela cidade e sobre o serviço de esgotos.
O projecto geral de trabalhos, comprehendendo a reform a in­
tegral da linha adduetora construída em 1911, que apresentava um
grande numero de defeitos de construcção, como extensos trechos den­
tro de brejaes, ou de terrenos alagadiços, grandes siphões no continen­
te, dentro da Ilha de Victoria, concorria de um lado para tornar diffi-
cil sua manutenção e conserva e de outro para augmentaar a perda de
carga da linha e com isso diminuir o seu volume de adducção. Essa
reform a já hoje concluída consistiu na construcção de novos trechos
dessa linha em extensão maior de cinco kilometros.
Levamos ainda a effeito a captação de novos mananciaes e a
construcção de uma nova linha adduetora de agua. Os mananciaes
escolhidos foram os corregos Panellas e Bubú, com apreciável bacia
hydrographica e apresentando descarga minima na estiagem, conforme
as observações feitas, a partir de 1924, de 85 litros por segundo. A
linha adduetora foi projectada, com encanamentos de aço Mannes-
mann, de 25 cms. de diâmetro c com extensão de 19 kms. Além dis­
so projectou-se, como medida de previsão futura, um reservatório de
armazenamento das sobras nas cheias desses dois mananciaes, ultima-
E STA D O DO E . SAN TO 297

mente referidos e também das do Pau Amarcllo, a serem trazidas para


o açude projectado, que as distribuirá nas épocas de estiagem. A
barragem para o açude deverá ser construída, poucos metros a jusante
da pequena represa de captação projcctada, para a nova linha addueto-
ra, e deverá ter altura de lamina d’agua de 10 ms. approximadamente.
A capacidade de armazenamento do açude assim formado será de cer­
ca de 509.003m3-, permittindo fazer face mesmo nas épocas de estia­
gem, a um fornecimento de cerca de 12.0Q0ms3. diários, sufficientes
para uma população de 80 000 habitantes, tomando-se uma quota basica
diaria de 150 litros por habitante, quantidade suíficientc. uma vez que
seja o consumo fiscalizado.
N aturalm ente a effectivação desse ultimo projecto, (jue exigi­
rá a construcção de uma 3.a e nova linha adduclora, não será para já,
pois o abastecimento que temos foi calculado para 40.000 habitantes e
com a quota diaria de 200 litros, emquanto que a nossa população actual
servida pelo abastecimento orça por 30 mil habitantes, inclusive a rra ­
baldes e municípios visinhos abastecidos pelo mananciaes, já captados.
Succede mais que o plano geral estabelecido pelo meu Governo,
compreliendia a ampliação da rêde de distribuição, que não servia a
muitos arrabaldes da Capital; como Santo Antonio, Caratoyra, Jucu-
tuquara, P raia Comprida e Barro Vermelho a revisão e substituição de
grande parte da rêde existente e cm máu estado, e o mesmo serviço com
relação aos esgotos.
A parte mais importante desses projectos e que interessava de
perto a actual situação de nossa Capital foi realisada. notando-sc que,
com relação ao abastecimento d’agua, já o estava, quando, cm 1926,
vos dirigi minha mensagem, e os seus eífeitos já são, desde essa época
conhecidos.
Infeüzmente tivemos alguns accidentes, quanto ao abastecimen­
to d’agua, devido ao trecho submarino da linha adduetora, que, a des­
peito de todos os cuidados, só poderá ser considerado um serviço de­
finitivo, depois de concluída a ponte de ligação, em cujo extremo, já
se acham os canos da nova linha adduetora, no Continente e na Ilha
de Victoria.
Temos, é verdade, duas linhas submarinas, uma para a addu­
etora velha, em Itacibá, e outra para a nova, nas visinhanças do local
da ponte, de modo que, em caso de accidente numa dellas, a outra pode­
rá abastecer a cidade, até ser o accidente reparado; mas a antiga ad-
M E N S A G E M
298

ductora, por si, não abastece sufficicntemente a Capital. Dahi o mo­


tivo das justas reclamações quando um accidente em qualquer dellas
impede seu f unccionamento.
Em 1927 foi continuado esse program m a geral, c muito breve
poderá ser inaugurada a nova travessia da bahia por uma das linhas
adductoras pela ponte de V ictoria ao Continente, para nos deixar ao
abrigo dos accidentes tão lamentáveis a que estamos sempre sugeitos
com a linha subm arina.
Nas minhas mensagens detalhei convenientemente, os serviços
effectuados em 1924, 1925 e 1926.
— SERVIÇO DE AGUA —
C aptação d o Rio Bubú,

Ainda não foi concluida a captação do Bubú por desnecessária.


C aptação do P an ellas

Conforme já tive occasião de dizer, na linha adduetora de Panei-


las registraram -se alguns accidentes.
Com a conservação deste trecho dispendemos rs. 55:735$360
cm pequenos pilares para a linha supportar os encanamentos em alguns
logares e uma collocação de canos, na Ponte de Victoria, gastamos
em 1927 4:927$734.
Com as desapropriações e indemnisações de terrenos que con­
tinuamos a adquirir nas bacias de Panellas e Bubú dispendeu-se em
1927 56:350$000, em desapropriações e 1:000$000 em indemnisações.
Em 31 de dezembro de 1927 se achavam no cartorio dos Feitos
da F azen d a aguardando liquidação, aju stes feitos, rep resentando a
somma de 16:490$000.
Ainda em 1927 pequenas despezas na barragem do rio Panellas
importaram em 1 :387$700.
E strad a de Sam am baia
■ »
P a ra evitar a passagem de pedestres e tropas em logares onde
-íosse facil a polluição das aguas do Panellas foi construída a estrada
denominada Samambaia em substituição a uma existente na dita bacia.
Despezas effectuadas em 1927, 13:888$000.
M od ificação da lin h a add uetora

do “ P au A m arello”

Com a construcçao de relorm a da linha adduetora do P au Ama-


ESTADO DO E . SANTO 299

rcllo gastei com a construcção de pilares no Itanguá e retiradas dc tu­


bos nos trechos modificados, 7:876$232.
Construcção do casas para guardas

d a lin ha adductora

Com os seus serviços dispendi cm 1927, 4:108$676.


T.inlm. tolophonica
Acha-se inteiramente concluída tendo sido gastos, 16:319$900.
Gobortura do R eservatório de Santa Clara

Ficou inteiramente construído tendo se gasto. 37:539$697.


A bastecim ento da Chacara M oniz Freire

P a ra abastecer os prédios das duas ruas de cotas mais eleva­


das no referido bairro foi construido um pequeno reservatório e ins-
tallada uma bomba com o respectivo motor eléctrico, achando-se este
serviço prompto para o seu íunccionamento.
A bastecim ento da V illa Rubim e

Morro de S . A nton io

Com a construcção dos serviços iniciados para esse fim, dispen-


deram-se, 45:223$400.
Nestes bairros acima, o abastecimento de agua é feito por meio
de elevação mechanica.
A bastecim ento de Jucutuquara

D cspezas effectu ad as em 192/ com tal serviço 2:055^500.


Abastecimento de Cariacica
Despezas effectuadas em 1927, 1:127$600.
A ugm ento de redes de distribuição

O desenvolvimento da cidade continuou a exigir despezas nes­


te sentido que foram as seguintes:
Ladeira do C h a fa riz ............................ . c._. 479$600
Ladeira São F r a n c is c o ........................... 1:974$200
P raia C o m p rid a...................................... 24:169$275
B arro V erm elh o..................................... 3:506$9G0
P raia do S u á .......................................... l:71/$600

3 1 :847$575
300 MENSAGEM

E eform a do rôdo do distribuição

Proscguindo o programma de reform a da rede dc distribuição


desde junho de 1927 a Dezembro dispendemos a quantia de
44:731$787

M anutenção o conservação doa serviços de agua

Com este titulo e na linha adduetora do Panellas e.Pau Amarei-


lo, nos canos submarinos e conservação das represas “ Pau Amarello”
•e “ Panellas”, conservação geral da rede distribuidora de agua gasta­
ram-se 175:350$91S.

Diverao3 serviços

Com pequenos serviços de desligações de agua, sondagens para


cadastro de consumo de agua de Victoria, collocaç.ão de registro de
incêndio, derivações e installações de hydrometros, dispendeu-se em
1927, 10:547$675.

— SERVIÇOS D E ESGOTOS —

Augm onto de rede

P ara attender ao desenvolvimento da cidade o serviço da rede


•de esgoto orçou por 21:187$575 sendo:
Ju cu tu q u ara............................................ 10:464$770
Chacara do M o n iz ................................ 8:273$050
Rua Nestor Gomes (Lad. do Chafariz) 1 :277$650
” transversal a rua do Norte .. .. 909$1Q0
” São João (Viila R u b im ) ............. 263$000

d efo rm a de rede do esgotos

As despezas effectuadas em 1927 para a reforma de esgoto fo­


ram apenas de 1 :538$450.

M anutenção e conservação do .serviço

do esgoto • ‘~ ‘ o

Dispendeu-se em 1927, 34:294$450..


cr'r re rr o fo tie /tt/o p o r o o re fo rm e * t/e rr^ tz /e
v/«Í///Aa ..m r » t * C ft/ ífr/ e f rS e ¥ íe / e > r/ e r..

Canos dc ferro fundido paru reforma da ride distribuidora dr ajruu d»


Viftoria 1!*-•">

D eposito dc matéria es para os serviços de a^ua e esgotos da capita!


M odificação da linha adductorn de Pau A m ardlo

Lançam ento ao mar da linha adductora, no trecho entre


Itaeibã c Caratohvra
L ançam ento da linha subm arina ela nova adduetora

Modificação do traçado da linha addnctora do Pau Amarcllo


dentro da Ilha de Vietoria. em Caratoyra — 1925
ílo tA ffe a c â c t/g £rt*caefp e to A rA a
c< /s/ò cfb r'a /-Z rtfs!fr/.i rcZ/fi /? < -/.
r<mir cfoj ArJf.'i J* <•
co//o c j c Óo (/<? .V .ív s i/c ./
£ a r . J i e h / A i & / .?s

d istrilu iio ã o
M odificação do troçado da linha addurtora do Pau Amarei lo
da ranos eu» llacihá

Ytioièr* Aifr'f*rfr õírT/^ * ’>


t/J u c fo r v * i\’ P a u A m a .
<rí» ;
!-

Linlia adductora do Pau Amarcllo. atravessando 0 mangue em Itanguá


r u c c o o a a t i r i f i ú u t / i ^ t / C / V ^ a era
i'//tr& t-/,v //aoatrry £//o c/ £u'

Add u cto n i <1«> — |nvji:im «In l i T m m psir«i íiiih-ih •»


i l o * rí»!!»»*.

C e n s fr u e e ò a a a / . r A u j / v ^ v .,vj
V fA /ía * t/a £ j/a c o c o 'c ( . o r t o r - c o <»<.' / n fto
tv e v /

T r a n s p o r l r «li’ 1111 > t p i i r • <i iiovü Üiiliii *1<* «içu<i


A specto dos serviços de con.sfrneeão da linha adduetora do Panellas

Linha adduetora do Pau Amarello, atravessando terrenos de


D . Constança Novaes, em Itacibá
Oonstrueção da nova linhsi add udora <lo Pnncllas

Estaleiro para o preparo do trecho submarino das linhas adduetoras de agua de


Victoria — 1925
Construcçfio da barragem do correio Panollas, aspecto do serviço

<3/Jc//ah. Cor/cno/xvfrcr Orane/c


a r a y o c a /ín /u r crt/Ji/eA fro //y t/c
o a í-ro f/a /ín /to ftit*on;e/r/ca.

Aspecto dos serviços de eonstrucçâo da linha addnctora do Panollas


* .1
* . *1
& 6 ir f o r v c r n c f a a i& arm oi/fi
cro / ? e x e j-v a / .-, w ã

Aspecto dos serviços de cobertura em cimento armado do


reservatório <le Santa Clara

Aspecto da construcçao da cobertura da Caixa d'Água de Yictoria


Reservatório de Santa ('Iara com a sua cobertura cm ronstrucção

Reservatório construído para o abastecimento de Santo Antonio e


Villa Rubim — 1026
( 'o nxlnn*c;;'u» «|;t l»;irr;i«r«*»n 1 1«» n u T r i n » K m i l i t i l m v p a r a •» ; i i * * * i i t n * n t o
<!«• sijjrii;* «iu - a i T a l m l i l i * " • ) m - u i t u j u ; i r ; i . S u á «• P r a i a (O m p ri.Ia

. \ l > a s h ,i*inn, Mln «]•* a« rt:a t*m •) u c i i t n c p i a m - ( 'n p tn rã o »lus

l*%m< l i n h o s — 1P2I
trae/sa *>a « a / r o t J o p s r e r C*rn/>* .✓ .
/ / \ n / A rst rr . r n .. ....

V ariante, em construcção, de um trecho da estrada para P raia Comprida

E strada da Praia Comprida antes de seu alargam ento e


macadamisaçâo — 1924
'Ircelio da estrada d'* rodagem para a Praia Comprida, em construcção

Alargamento o macadamisn^ão da estrada da Praia Comprida — 192.^


Obras (le alargamento da estrada de Santo Antonio
Avenida Onlein <• rm u dcljula — 1í>27
Estrada de Maruhype a Praia Coirprida Yirtoria
f
T r fc /io -ía o A i y i . í / u c • w b i/ r r r t / > f» ro Í J '« / d vo

~ l f A -f-A Í <•«•! v H

\sp;>cto <la estrada da Praia Comprida, dando volta n<» lojrar Bomba
E s t r a d a s d e ro d a g e m i*m Y i c t o r i u P *2 7

i pk .

Estrada da Praia Comprida — Trecho chamado res?'a do r.o:.ião.


alargado, e em parte pavimentado em cimento armado
<>

a r r a b a l d e «Ia Traia Comprida cm 1927

A speet.i do bairro Traia Com prida cm 1928


R e m o d e l a ç ã o «Ia e s t r a d a d e S a n t o A n t o n i a

Vistu de um trecho concluído dn estrada de Santo Antonio


A b e r t u r a «la Avc*ni«la (Moto N u n e s

Aspecto da A venida CMeto N unes. antes de iniciados os serviços


E strada de Santo A ntonio — drenos para aguas pluviaos

Reeonstrueção e alargamento da estrada de ttai.to Antonio


A largam en to «_• ivm n sl rueeao *la ostnulu dc Santo A nloniu — ]!J2o
7 c * t* fr 4 * *f* r » ™ u r o t/r o r r /m o a * a /r -o < /a , / f S * n /< ? s lr r /o w a

A sp ec to tio ala rg a m en to c rem odelação da estrada de Santo A n í oiiifi.

eonstrueeão de um muro de arrim o

- , - ' » é V«A.-Jtcí-fl^t-rá '


t

Estrada de Santo Antonio — Trecho da Villa Kubim


‘a r t n J a n t a

H econstrucção da estrada do arrabalde S a n to À n to n io

E stra d a de San to A nton io, vcm lo-so a estrada a n tig a e


os trabalhos de construeção da nova
E S TA D O DO E . SA N TO 301

Despesas» g e r a e s com os serv iço s de a g u a e esg o to s

A dm inistração:

Folha cio pessoal do escriptui io por a n n o ............... 114:720$986


Folha dos encarregados das turm as de agua, esgotos
e serventes .............................................................. 13:059$500
Porcentagem ao chefe da Secçào de agua e esgotos e
aos encarergados s| economias f j nos serviços .. 2:916ÇS79

130 :697$365

Tflafceriaes para escriptorio, estampilhas, passes, etc.

Dcspezas effectuadas em 1927 ...................... ó :620$900

Serviços de inspecção de agua e esgotos


Serviços feitos para repartições e
secretarias do Estado

Despezas effectuadas cm 1927:

S . M . V . 1-ft D iv isão............................ 521$800


S . M . V . 2* ” ............................ 13:268$700
S . M . V . 4-ft ” ............................ 2:530$225
P re fe itu ra Municipal .............................. 3 :282$580
D irectoria de V iação e Obras Publicas 6 :360$100
S ecretaria da P re sid ê n c ia ....................... 1 :060$40Ü
Secretaria do I n t e r i o r ............................ 2 1 :832$910
Secretaria da In s tru c ç ã o ........................ 1 :178$705
'Secretaria da F a z e n d a ........................... 555$800

50:591$120
Diversos serviços

Despezas effectuadas em 1927:


T ransportes e fornecimento de materiaes para ope­
rários do E s t a d o .................................................. 3:579$000
F erram entas para diversos se rv iç o s............................... 6:501$900
A rrum ação de materiaes no A lm o x a rifa d o ................. 2:3S7$250

12:459$150
302 MENSAGEM

Resumo das despesas effecfcuada3 em 1827 com os serviços


da Direciona do Agua o Esgoto

A g u a ................. 474:32u$294
Esgotos............. 59:4573725.
Despezas Geraes 206:548$535

740:332$554
InstallaçÕes particulares de agua o esgoto

Continuou-sc a fazer installações particulares de agua e esgo­


tos, serviços estes que não figuram na relação das despezas porque são
orçadas e pagas adeantadamente, dando margem a um pequeno lucro-
para o Governo.
O seu movimento durante o anno findo montou no total de
9 5 :612$111.
No anno de 1927 foram feitas 275 novas ligações de agua.
Eeceita dos serviços do agua e esgotos
D urante os quatro últimos annos a arrecadação da taxa sanita-
ria foi a seguinte:
Em 1924 (tres mezes) ................................................. 5 1 :994$000
Em 1925 ............................................................................ 274:161$820
Em 1926 ........................................................................... 2 9 5 :9S3?300
Em 1927 .......................................................................... 336:826$500

958:9353620
Foi recolhida também em 1927 a importância de 16:056$800!
<le cauções que sommada a das existentes perfaz um total de
73:161$300.
A lm oxariíad o

Conforme o balanço feito no Almoxarifado em 15 de Feverei­


ro p. passado o stock de materiaes a cargo da Directoria importa na
quantia de 934:335$320.
Dentre os quadros diversos está incluído um que resume
todo movimento da Directoria até 31— 12— 1927, com as discrimina­
ções e respectivas despesas dos serviços executados.
Segue a relação completa e detalhada dos principaes serviços
executados pela Directoria de Agua e Esgotos até 31 de Dezembro ■
de 1927, com as respectivas despezas.
--------
ESTAD O DO E . SANTO 303

OBRAS DO PORTO DE VICTORIA

Embora não concluídas, tenho, comtudo, a felicidade de poder


•deixar, em franco andamento, os serviços das obras do porto de Victo­
ria, para os quaes volvi a atlcnção desde o inicio do minha adminis­
tração .
Ao traçar o meu programma de governo, entre as obras que
prometti executar, se encontrava esta que de ha muito constituía uma
das maiores aspirações d o p o v o espiritosantense.
Uni dos meus primeiros aclos foi entender-me a respeito com o
Srs- Presidente da Republica e Ministros da Yiação c Fazenda, por
intermédio do Coronel Nestor Gomes, por mim designado para tão im­
portante tarefa e do actual Ministro do Supremo Tribunal Federal,
D r. H eitor de Souza, então deputado federal por este Estado.
A situação natural do porto cie Victoria, quanto a segurança
do seu ancoradouro e á tranquillidade de suas aguas, protegidas pela
-conformação favoravel do littoral, desde a barra até a bacia de seu
ancoradouro, c, quanto ao largo futuro que lhe é reservado, cm conse­
quência da posição geographica que desfrueta como escoadouro na­
tural de grande parle do nosso paiz, justifica a preoccupação que ti­
veram os Governos, desde tempos bastante remotos, de melhorar suas
condições naturaes e o dotarem de obras que permittissem a entrada
franca, a carga e descarga rapida dos navios. Datam clc 1881 os pri­
meiros estudos do porto de Victoria.
Em 1892 o Governo Federal deu em concessão pelo prazo de
50 annos a construcção das obras de Melhoramentos do Porto e sua
-exploração, á Companhia Brasileira Torrens. E sta elaborou u.m pla­
n o de trabalhos que não poude scr cumprido.
Em 1902, aproveitando a circumstancia de ter sido o porto de
Argollas escolhido para ponto terminal da E. F. Victoria a Minas, o en­
genheiro Alfredo Lisboa projectou o caes de atracação no continente.
Approvado tal projecto e alteradas pela União varias condições contra-
•ctuaes, foi, entretanto, pela interferencia do Estado, sustada a conti­
nuação das obras no continente e o decreto n . 5.951, de i8 de M arço
de 1906, auctorizou a transferencia da concessão da Companhia B ra­
sileira Torrens á Companhia Porto de Victoria.
Novos estudos foram, então, elaborados sob a direcção do dis-
304 MENSAGEM

tincto profissional Emilio Schnoor, sendo o plano de obras, approvado-


pelo decreto n. 7.994, de 12 de Maio de 1910.
A discriminação de taes trabalhos, cujo conjuncto foi orçado
cm 1 2 .178:166$573 ou, ao cambio de 15, em £ 761.135,8,3, se acha
feita minuciosamente em m inha mensagem de 1927.
A Companhia P orto dc Victoria, em sua concessão tinha direi­
to á garantia de juros de 6% ao anno sobre o capital empregado nas
obras durante sua construcção, o Governo Federal garantia também
um renda bruta de 6/60 do capital empregado nas obras, uma vez pos­
to em trafego o primeiro trecho dc caes. Essa garantia era dada pelo
imposto de 2% ouro sobre a importação do porto de V ictoria. A re­
ferida Companhia deu inicio ás obras do porto em 12 de Janeiro de
1911 e veio a suspendel-as em Agosto de 1914, em face da crise fi­
nanceira por ella soffrida, em consequência da guerra europeu, suspen­
são que foi approvada pelo Governo da U nião.
Durante longos annos perdurou tal situação, até que por inicia­
tiva do Governo Nestor Gomes, foi decretado pelo Congresso Federal
e sanccionado pelo Exm o. S r. Presidente da Republica a resolução
autorizando o Governo da União a encampar a antiga concessão da
Companhia Porto de Victoria e a contractar a execução e exploração
do porto com o Estado do Espirito Santo. Já em meu Governo fui
autorizado a firm ar entre este Estado e a União o contracto da conces­
são para execução e explorar taes obras que nos foram entregues a 7
de Setembro de 1925.
Consistiam nos seguintes os serviços anteriormente executados
pela Com panhia P o rto de V ic to ria :
Enrocamento nas fundações................................................ 10.004,500 m3.
Blocos construídos.................................................................. 18.879,914 m3.
Blocos assentados................................................................... 13.4S5.201 ui3.
Alvenaria ordinaria................................................................ 012,500 m3.
Cantaria de l.° classe em stock........................................... 349,320 in3.
Cantaria de 2.“ classe existente......................................... 521.895 i»3.
Cantaria de 2.Q classe assentada.............................1 .. .. 379.940 m3.
Enrocamento por traz da muralha....................................... 19.510,870 m3.
Molhe para ligação................................................................. 3.189.600 m3.
Concreto in s itn para fundações............................................ 7.679,960 m3.
Dragagem especial com bomba de sucção............................. 624,000 m3.
Nivelamento de rocha............................................................. 523.000 m3.
Concreto entre blocos............................................................. *281,520 m3.
Apparelhamento da superfície de concreto......................... 444,000 m3.
ESTADO DO E . SAN TO "05

Concreto paraamarraçãorins Imllnrds.................................. õlMj.-íTO h:


Bollards..................................................................................... •-
A rganéos.................................................................................. 11
Aterro <le areia porliatelão defundo la ls o ..................... 7.7M,«'tO(> nio.
Aterro do ar<*in pm* ol<*vuçâ»>............................................. :!1.1 #0,1100 m.l.
Dragagem supp!oii;**ntar atr 4.Õ0 ms................................. 1<.7.»M.uní) m «.
Dragagem supplementar alé H.âO ms................................. 1.)..>21,000 m-J.
Dragagem no Hnneo da V ietoria........................................ .>(i2.(54S.:ioo m
Dragagem no Banco da Hurra............................................. .04(i.7OO n: *•.
Dique de concentração de vazão................. *...................... 1 . 2 1 2 200 u.

Cumpre considerar que, relativamente aos blocos construídos «•


as cantarias de l.fl e 2.u classes, o Kstado ainda terá de pagar 30' # de
seu valor, por isso que O Governo Federal reunia «1 w a < ompanhm
Obras do P orto de Vietoria. da quantia correspondente as respectivas
tomadas de contas e taes materiaes só entram nellas por 70' t de seu
cu sto .
Os estudos diversos, o projecto das obras e respectivos ornamen­
tos foram apresentados ao (inverno da Cnião dentro do prazo da pr >-
rogação pedida para o projecto das obras da l.a sccçao do caes e com
antecipação de seis mezes. sobre o prazo contraetual, com reloieucin .i
ponte de ligação.
No projecto apresentado pelo Governo du Kstado, lotam uv li-
íiçadas a posição e as condições da ponte de ligaçao, que ja haviam sido
objecto de modificações por parte da Companhia do Porto de \ ictoria,
na revisão de estudos, projectos e orçamentos por cila apresentados ao
Governo da União, após o decreto de 12 de Maio de 1910; modificações
que receberam sua approvação em 10 de Junho de 1914 pelo decreto n.
10.928. Nesta revisão a Companhia escolheu para local da ponte, a
linha ligando o extremo do caes do Porto na Avenida Schmidt á ilha do
Príncipe, contornando esta pelo seu extremo liste. e. deste ponto, ao
continente, nas visinhanças da estação da K. b . \ ictoria a M inas.
Sua largura era de 5 melros, comportando um leito commum para li­
nha ferrea e estrada de rodagem, e seu estrado ficava seis metros aci­
ma da maré media, ou /,20 ms. acima da maré minima. Segundo o
plano apresentado pelo Kstado, e em vias de acabamento, o local es­
colhido para a ponte metallica projectada foi o da ilha que liga
os terrenos da firm a A . Prado & Cia., ao extrem o oeste da Ilha do
Príncipe, contorna esta por seu lado oeste e atravessa o canal entre cila
e Vietoria na Villa Rubim para dahi, acompanhar a Avenida Cleto
306 MENSAGEM

Nunes, contornar o m orro da Santa Casa de Misericórdia, pelos fun­


dos dos armazéns de café existentes no caes Schmidt c sahir na do
caes do porto. A largura do projecto apresentado é de 8,40 ms. de
eixo a eixo de vigas principaes, destinada á linha ferrea de bitola de 1
m etro c â estrada de rodagem delia independente, e mais dois passeios
para pedestres de 1,50 ms. de largura, de cada lado das vigas princi­
paes e em balanço sobre ellas.
O comprimento total da ponte mctallica, propriamente dita, é de
330 metros sobre o canal ao sul da ilha do Principe, composta de 5
vãos de 66 metros cada um, de eixo a eixo, de pilares, e, mais 66 ms.
num único vão sobre o canal ao norte dessa ilha, canal este que ficou
estreitado pelos enrocamentos, caes de saneamento e aterros ahi pro-
jectados.
Os pilares da ponte sobre u canal sul foram formados de
caixões metallicos que, uma vez cravados no fundo resistente pelo sys-
tema de ar comprimido, foram cheios de concreto macisso, para form a­
rem o pilar propriamente dito. No canal norte os dois encontros fo­
ram construídos com o auxilio de duas enseccadeiras de madeira, que
uma vez assentes no fundo e feita a necessária exeavação a ser ahi leva­
da até a rocha, foram cheias de concreto immerso, que form ou a funda­
ção, sobre a qual se apoiou a construcção da alvenaria dos encontros
propriamente d ito s.
O projecto e orçamento da ponte de ligação com Iodas as obras
e trabalhos connexos foram approvados pelo Governo da União pelo
decreto n . 17.289 de 22 de Abril de 1926, sendo seu montante total de
5 .5 9 5 :652$123, divididos discriminadamente nas seguintes parccllas:

Trabalhos connexos ................................................. 1 .6 0 0 :564$740


Pilares e encontros (in fra -e s tru e tu ra ).................. 1 .2 9 0 :517$883
Superstructura metallica sua montagem e pintura 2.484:569$500
D esapropriações......................................................... 220:000$000 1

1 oi feita, depois de approvado esse orçamento, a modificação


cio projecto das fundações dos encontros do canal norte com augmento
delles. O projecto organizado para o porto propriamente, é, em linhas
geraes, o que já havia sido organizado pela antiga companhia Porto
de Victoi ia, e que, comprehende, além das obras acima ennumeradas,
o piojecto da terceira secção do caes, em prolongamento ás duas pri­
meiras e que se estende até o Forte de São João. conforme previu o
E S TA D O DO E . SA N TO .'0 7

contracto enirc o Estado «■«» C,n\rrn»» d:i C niàu .D o program m a gera!


das obras a serem súccessivamente executadas á medida <itic fôr sendo
reclamada sua necessidade, apenas iniciei a prim eira secção do caes,
para as quaes foi organizado projecto detalhado e orçamento minucio
so para a devida approvação do Governo da 1 'nião Consistiu tal pro­
jecto nos seguintes serviços:
a) — construcção da m uralha de caes de tf ,50 m s. de aguas mi
nimas, com 130 ms. de extensão (o necessário para concluir a !.' se-
cç.ão), construcção dc 35 metros de caes de assentamento do lado do
porto Shmidt e conclusão do trecho da m uralha de 4.50 ms. e de tf,50
ms. já cm grande parte levados a eííeito pela antiga ( 'nmpanhia 1’orto
de V ictoria;
h J — revisão da dragagem no canal de accesso, dragagem deu
tro do ancoradouro e desmonte de rocha submarina, num volume total
de 27.000 m 3 ;
c) — Construcção de tres armazéns, calçamentos, linhas fér­
reas, esgotos de aguas pluviaes, iiluminação, abastecimento e distribui
ção dagua, acquisiçâo e montagem <1<» a])parclhamenio mecânico do
porto, etc.
O total do orçamento apresentado, c inteiram ente revisto se
eieva á quantia de 1 3 .74O:702$200. que podemos especificar detalha­
damente como segue:

Caes c accessorios....................................... 2.013:1 04*200


A terro........................................................... 827:400*000
D ragagem ................................................... 1.407:000*000
Extracção dc* rocha su b m a rin a.............. 3.078:000*000
Balizamento do p o r to .............................. 110 :000S000
Armazéns, alpendres, edifícios.................. 2.f>f>l -.340*000
Appavelbamcnto mecânico do porto.. . 1..11.1:000*000
Vias ferreas................................................ 194:620*000
Material de tracçíio e transportes .. .. 300:000*000
Installação de força e l u z ........................ 197:300*000
Canalização de agua p o tá v e l................... 38:700*000
Canalisação de aguas plu v iaes.................. 341:210*000
Fechamento do recinto.............................. 65.40U*000
Calçamento a parallelepipedos.............. 739:400*000
Córtc no morro da Santa Casa.............. 39:100*000
Desapropriações.......................................... 520:000*000

Das parcellas acima enumeradas deverá ser deduzida a quantia


relativa a 70% do valor dos blocos existentes cm stock, já pagos pelo
30 8 MENSAGEM

Governo da União, com volume de 4 .8 2 9 m3., ou seja a soninia de


3 3 8 :072$000.
Conclue-se que o conjuncto das obras da ponte e do porto mon­
ta, segundo esse orçamento, a cerca de 19.300 contos de réis, além
das naturaes despedas com fiscalisação e direcção dos serviços por
parte do Estado, que podem ser consideradas de cerca de 3% do total
acima, ou sejam 580:000$000. Resalta que o total para os serviços da
•conclusão das obras da l.“ secção e as da ponte de ligação será de
19.880 contos de réis, sem se computar o encarecimento nos trabalhos
da ponte de ligação, devido á baixa do cambio brasileiro e as altera­
ções necesarias de alguns projectos.
Como é natural cm obras dessa natureza, houve após a approva
ção cios projectos e orçamentos acima, modificações que o correr da
construcção exigiu e que obrigaram a revisão de projectos, organiza­
ção de outros, com respectivos orçamentos, alguns ainda não approva-
dos e que se elevam áquellc to tal.
Como se viu, desde 1881, nosso porto tem sido objecto de cogi­
tação dos Governos, não levada a cffeito porque o seu movimento nun­
ca permittiu a realização dos capitaes necessários á effectivação de
suas obras. Hoje a situação, comquanto bastante melhorada, ainda
não oííercce elementos seguros de remuneração immediata para o
elevado capital que deve ser empregado em todas as obras. Sendo
assim, só mesmo o Governo póde enfrental-a, empregando em sua exe­
cução saldos orçamentários, para só recorrer a empréstimo para uma
paite de seu orçamento, da qual seja possível a necessária rem unera­
ção, em face do movimento provável do porto, após a inauguração de
seus melhoramentos, que concorrerão para o barateamento do frete de
meicadorias destinadas a Victoria, por uma rapida baldeação destas
no porto; diminuirão de modo apreciável os preços de carga e descar­
ga de mercadoi ias, facilitando um resultado melhor aos produetores e
commerciantes nelle interessados. A ponte, por outro lado, virá pôr
nessa capital em franca ligação com o interior do Estado, pelas estra­
das de ferro e de rodagem.
P ara podermos apreciar o valor economico do porto de Victoria,
já • onio factor de barateamento do custo da carga e descarga de mer­
cadorias exportadas c* importadas por Victoria, já como fonte de ren­
da para o Estado, mister se faz conhecer o seu movimento. Infclizmen-
te não temos os dados completos desse movimento, entretanto, temos
I

ODSIH» 2)0 P O R C O » C V I C C Q M H

l•

Porto d<* Vietoria - riocijuo tninxwrsjil ao faos — ;»ro,jt*rln


* oaana oa ooazo s t vttcóntn

P o r t o de V ie to r ia — projecto de casa ílc guardas e


j>a vi lhões sanitários

Porto de Victoria — Vista antes do aterro atraz da muralha do caes


" íg a t r a jt -»-.v S G tr s - > < » c .’ r f 'o

Porto de Yiotorin — Vista anterior no aferro, afrnz da muralha do enes


•t.r

P o rto ili* Y ictorin — T reclio fe c h a d o com cnroca m ento


$
I

P o r to de V ieto ria — ('on stru eçíio do enrocam cn to para


p roteger o aterro posterior á m uralha do caos

A sp ec to do ca es do porto d ep o is dos trab alh os de aterro


í-sfa/etro a s s s - a c a c c i c c n c r g f o a *'r~ a g /o j » a s o a s o /w o .- c ív

P orto de V ietoria — Oonstrmtção de arm azéns


Funda<*õc»s d os nrm az?ns do oaos do P o r to
P o r to de V ictoria — A sp ecto da construcção de arm azéns

A rm azéns do Cfaes do Porto em constrneeão


P o r to de V icto ria — S erv iço s de drenagem

Porto de Victoria — Constrncção dos armazéns


Porto de V ictoria — Aspecto da constrncção dos armazéns
Porto tle Victoria — (Vnistruceao tios armazéns c
montagem do l.° guindaste
Fundações dos armazéns do caes do Porto

Porto de V icto rn — Ooiistrueção de um armazém


Porto de Vietoria — Aspecto interior da construcção
dos armazéns — 1928

r
S efe to m b a p o c o o oers/ço cte o te/ro g em e/o coes

Aspecto do material rodante adquirido para o porto de Vietoria


Pkotograplúa apanhada no Palacio do Governo quando em visita
o Presidente Sodré
E S T A D O DQ E . S A N T O 309

•elementos referentes aos principaes produetos que exportam os, o café


•e a m adeira e alguns algarism os sobre o movimento geral do porto..
E is as estatísticas que pudemos obter ate o p resen te:

Saccas de Café exportadas pelo porto de Victoria

ANNOS LONGOCURSO CABOTAGEM TOTAES TOMELAõtfTl VALOR 0FFIC1AL

1
1
1913 484.589 9.303 493.892 ^ 29.613 ^ Não temos
•• M

1914 453.592 36.982 490.912 29.454


M M

1915 689.171 41.741 730.012 43.854


M

1916 555.014 30.9*22 585.936 35.156


%• ••

1917 529.965 92.035 622.000 37.320


1918 337.018 226.069 563.087 42.065
701.462 42.087 »* »»
1919 603.022 98.440
1920 838.254 126.164 964.418 57.865 40 :S64:104$000
1921 847.075 163.132 1.010.207 60.612 45.635:336$080
1922 671.335 102.016 773.351 46.401 73.691:2908290
1923 648.321 96.678 744.999 44.700 94.285:2848142
1924 746.024 70.064 816.088 48.965 187.734:3998920
1925 879.274 108.236 9S8.236 59.294 181.524:3038177

Madeira exportada

A N PTO S LONGOCURSO CABOTAGEM T. em Toneladas VALOR 0FFICIAL

1920............................... 14.073 11.763 25.786 1.938:1148840

1921............................... 16.517 11.981 28.298 2.765:9848120

1922............................... 4.554 7.537 12.091 1.502:8808920

1923............................... 3.210 11.883 15.093 2.597:6068310

1924 ............................. 7.786 6.089 13.875 1.889:759$185

1925............................... 3.130 4.635 7.765 2.556:8948914


310 MENSAGBM

Movimento marítimo

EMBARCAÇÕES HACI0MAES EMBARG ESTRAN6EIR0S T OT A ES


ANNOS
Numero T. do registro Numero T. de registro Numero T. de registro

1913... 737 471.031 128 326.943 901 797.974


1914... 665 402.532 104 274.209 769 676.741
1915... 695 390.160 45 107.856 740 498.016
1916... 744 439.648 34 76.605 77S 516.253
1917... 762 423.946 31 70.040 793 493.986
1918... 700 379.052 11 23.577 711 402.629
1919... 701 378.287 36 96.057 737 474.344
1920... 391 184.589 49 135.023 440 319.612
1921... 422 265.692 52 143.383 474 409.085
1922... 619 360.281 76 228.640 695 578.921
1923... 828 380.533 79 241.711 902 622.244
1924... 822 464.286 106 306.792 928 771.078
1925... 970 521.665 157 483.699 1.127 1.005.364
1926... 917 542.007 164 499.132 1.081 1.041.139

Conform e os dados fornecidos pela A lfandega de Y ictoria. nos­


so movimento total de mercadorias — exportação e im portação — Foi.
nos últimos annos, o seguinte:
1923........................................................ 79.049 toneladas
1924 ...................................................... 104.133
1925 .......................................................... 145.000
1926 ...................................................... 123.000 ”

Além dos dados acima, os seguintes são também interessantes:

Taxa animal de 2 %ouro sobre a importação

ANNOS Importância em Moeda Ouro

1909 34 .556$507
1910 51:547§431
1911 105:831^660
1912 126:769$187
1913 70:392$067
1914 29 :948$01S
E STAD O 1)0 B . SA N TO 311

a t.< a o s | Importância em Moeda Ouro

_ 1
1915............................................................................... 10 :Q55$699
1916............................................................................... 8 :360$040
1917............................................................................... 5 :4558699
1918............................................................................... 2 :685$736
1919............................................................................... 4:7818601
1920............................................................................... 16:1008623
1921............................................................................... 15 .*3968868
1922............................................................................... 3 0 :510$016
1923............................................................................... 14:6928370
1924............................................................................... 31:8938820
1925............................................................................... 73 -.3488069

A analyse dos quadros acima deixa ver o movimento crescen­


te da exportação pelo porto de Yictoria, devido sobretudo ao augmen-
to da producção que por elle escoa. E 7 frisante o augmento do numero
e tonelagem dos navios que elle recebe annualmente.
O quadro do imposto de 2 % ouro, entretanto, não teve a alta
que deveria ter tido como se podia deprehender do movimento de ex­
portação. E ’ positivo, comtudo, que a exportação augmentou tam ­
bém e temos a prova pelos dados dos annos de 1923 a 1926, em que in­
dicamos o movimento total do porto.
E ’ de se suppor que tal diminuição de importação estrangeira
em relação ao desenvolvimento do commercio local seja devida ã g ran ­
de baixa do nosso cambio, t o r n a n d o o material estrangeiro sobremodo
caro, mas para compensar tal diminuição, houve grande augmento da
im portação pela cabotagem .
O que é fo ra de duvida, entretanto, em face dos numeros aci­
ma, é que o movimento medio de mercadorias exportadas e im portadas
por V ictoria é, desde 1920, superior a 100.000 toneladas annuaes, e
que em vista do desenvolvimento vertiginoso de que vem sendo thea-
tro a nossa capital e seu hintcrland, é licito tomarmos desde já um mo­
vimento provável de 120.000 toneladas annuaes, pois é esta a media
-do movimento dos tres últimos annos.
Si adm ittirm os, como é usual, uma receita bruta de 10$000 por
tonelada de m ercadoria que tran sitar por nosso porto, chegaremos á
receita bruta de 1.200:000$000 approxiniadamente para o porto dc
V ictoria, e considerando 50 % sobre esse total como despesa de cus­
312 MENSAGEM

teio dos serviços de conserva das installações, teremos 6 0 0 :000$000


para renda liquida, que accrescida da tax a de 2% ouro, na im portância
provável de 40:000$000 convertida sni papel ao cambio de 4$500 por
1$000 ouro, se elevará a cerca de 7S0:000$000, tudo conform e seu mo­
vimento medio nos tres últimos a n n o s.
Além dessa somma ha a considerar a receita proveniente da
ponte de ligação, que .em face das taxas previstas, no contracto dc con­
cessão do porto, e, do movimento provável sobre ella, de 60 .0 0 0 tonela­
das annuaes, nos pode dar, approxim adam ente, a quantia de 96 contos
de réis, donde a renda liquida provável total do noso porto será de
87ó:0u0$000, que rem unera com 7,5/1 de ju ro s e 1 [ < de am ortização
um capitai eífectivo de cerca de 1 0 .0 0 0 :000$000.
As obras do porto tiveram em meu governo a execução mais
rapida que lhes foi possível dar, dentro dos recursos orçam entários.
Contractám os com a Société de Construction du P o rt de Ra-
hia, após uma concurencia adm inistrativa limitada entre as firm as:
Companhia de Construcções Civis e H ydraulicas, Sociedade Albertan,
Companhia C onstructora de Cimento Arm ado e a Sociedade H ollan-
deza de Obras Publicas, os trabalhos de nosso porto que exigem, por si
um apparelhamento especial, que não convinha ao Estado adquirir.
Aquella Sociedade ficou assim com os serviços de dragagem ,
aterro do caes, derocamento submarino, in frastru etu ra da ponte de li­
gação, prolongamento do caes e outros, cujo m ontante em face do con­
tracto lavrado é de 7.000 contos de réis, tendo preferencia em condi­
ções eguaes para os demais serviços do porto.
Mais adeante vos exporei qual o m ontante dos serviços (pie já
foram executados por aquella Sociedade e por adm inistração do Go­
verno .
Além desse contracto, outros foram lavrados, em resultado das
eoncurrencias publicas abertas para fornecimento da superstruetura
metallica das pontes de ligação, do apparelhamento mecânico do porto
e das coberturas dos armazéns. Em linhas axaixo farei referencia mi­
nuciosa a cada um desses contractos.
Vejamos quaes os trabalhos e respectivas despesas feitas com o
porto de Victoria, no decurso do exercício corrente.
O andamento das diversas obras já iniciadas se resume no que
se segue, especificadamente :
E S TA D O DO E. SA N TO 313-

PONTE DE LiGAÇÃO e n t r e v ic t o r ia e o c o n t in e n t e

Trabalhos connexos

Sob este titulo, conforme o proprio nome o indica, comprehen-


demos os trabalhos especialmente feitos para a construcçào da ponte e
todos os demais effectnados entre \ ictoria e o continente, a partir da
ru a Cleto N unes c a term inar nos terrenos dos S rs. A . P rado & C ia.,
como sejam caes de saneamento na ilha do Príncipe e Victoria. respe­
ctivos aterros form ando explanadas que, na ilha do Príncipe, lado sul,
foram utilisadas para montagem dos fluetuantes de transporte da pon­
te e caixões metallicos empregados na construcçào dos pilares, e no lado
norte constituem arcas que poderão ser aproveitadas para atracação de
pequenas embarcações. Todas esas explanadas quer na ilha do P rin-
cipe quer em V ictoria poderão ser vendidas em lotes. Acham-se incluí­
dos neste titulo todos os aterros de accesso aos encontros e respectivos
m uros de protecção. Montou a despesa a 9 0 /.5 l8 $ 2 4 4 .

Infraestracfcura

P a ra ser concluída a construcçào resta apenas fazer a balaus-


trad a nos encontros.
P arte do pagamento relativo ao fornecimento de caixões metal­
licos não foi ainda realizado em razão de pequena duvicla sobre o peso,
entre o Governo e os fornecedores.

Superstructura

a ) — Fornecimento metallico. O fornecimento dessa superstru-


ctu ra foi contracíado com a fabrica M aschinenfabrick A ugsburg
N urnberg, e sua construcçào fiscalisada e acompanhada na Europa pelo
D iretor da Commissão de Serviços dc Melhoramentos de V ictoria, D r.
M oacyr Ávidos; fiscalisação esta que obedeceu ás condições estipula­
das para a qualidade do material e a natureza do serviço, constantes das
especificações que serviram dc base á concurrencia feita para tal fo r­
necim ento. O preço desse fornecimento c de $97.35 por tonelada de
m aterial metallico (aço doce), e a ser pago pelo peso reai da ponte ve­
rificado na fabrica fornecedora e que não poderá exceder da tolerân­
cia de 3% do peso da mesma calculado pelo desenho de execução ap-
provado na fabrica pelo representante do Governo. O peso constan­
te dos desenhos dc execução foi de 2.804 toneladas, mais 48 toneladas*
314 MENSAGEM

da balaustrada, ao preço de $ 143. O peso real da ponte, verificado


11a fabrica fornecedora, é de 2.740,508 toneladas, não excedendo, por­
tanto a tolerância de 3% do peso da mesma, calculado pelo desenho de
•execução, que foi de 2 .8 0 4 toneladas. O peso total da balaustrada
fornecido é de 46,760 toneladas. O peso total do fornecim ento é dc
2.787,268 toneladas.
As despesas do fiscal foram pagas pela fabrica fornecedora,
que para isso contribuiu com $9.929,70.
A pesagem do prim eiro vão e a inspecção deste e do segundo,
após sua conclusão e montagem provisória na fabrica, bem como o re­
cebimento do material necessário a toda a obra foi feito pelo D irector
d a Commissão de Serviços de M elhoramentos de V ictoria e a pesagem
dos demais vãos na Europa, como a fiscalização de confecção do ser­
viço na fabrica, pelo Bureu V eritas, que para tal fim foi designado na
'(Europa, pelo D r. M oacyr Ávidos a expensas da quota acima referida
e destinada á fiscalisação do serviço.
A primeira prestação do fornecimento da ponte na im portân­
cia de 1 .1 9 7 :225SOOO foi satisfeita no prazo m arcado.
A segunda deveria ser paga a 15 de Junho de 1928. Em vir­
tude, porém, de combinações entre o Governo e a fabrica foi aquella
prestação, que seria a ultima, desdobrada em tr e s : um a na im portân­
cia de oOOlOuuíbOCO já foi paga a 15 de Junho. As duas restantes em
•cerca de 700:000$000 serão venciveis em Dezembro de 1928 e Junho
de 1929.
k) M ontagem. A montagem da ponte foi feita por adm inis­
tração, dirigida e orientada pela fabrica fornecedora, que para tal fim
enviou um engenheiro e sete contra-m estres, que iniciaram o serviço
em Victoria, desde o dia l.° de Março de 1927. E sta terá uma g ra ti­
ficação de 20 contos de réis por sua adm inistração e ficará responsá­
vel pela obra durante um anno, depois de inaugurada e experim entada
P ara evitar grande empate de capital nas installações necessá­
rias a montagem da ponte, foi ajustado, pelo fiscal do Governo na E u ­
ropa, o aluguel do apparelhamento mechanico, devendo, ultimados os
serviços, ser devolvidos á fabrica fornecedora, n ocaso do Estado não
desejar adquirir os ditos materiaes em parte ou no to ta l.
O apparelhamento para a montagem foi fornecido pela fabri­
ca, mediante o aluguel mensal de 2 a 5 % , de accordo com a deprecia­
ção do m aterial.
E STAD O DO E . S A N TO 315

O contracto concedeu ao Governo a faculdade de ficar com o


m aterial que entendesse, satisfazendo apenas a differença entre o custo
e o aluguel já pago. P ara evitar qualquer duvida sobre tal preço,
houve entendim ento entre o Governo e a empreza, desde o começo da
m ontagem .
O Governo do Estado utilisou-se do direito que lhe assistia,,
para ad quirir o material sujeito a 5% •
A vantagem advinda de tal negocio é de fácil verificação, j a
havia o decurso de 18 inezes e portanto o pagamento do aluguel de
90% . E ra , assim, de muito maior proveito pagar os 10* í restantes e
ficar com o m aterial, do que devoivel-o, ficando obrigado ás despesas de
frete, embalagem, et. e mesmo ao pagamento do aluguel até a chegada
do m aterial na Allem anha.
Succede ainda que o valor do material era, effectivamente, su­
perior a 1 0 % .
Obedecendo ao mesmo critério, com restricções, o Governo es­
colheu a parte mais conveniente ao Estado do material sujeito a 2 e
3 1 /2 % 'de aluguel e dos quaes já pagamos 36 e 6 3 % . Addicionadas.
áquella porcentagem as despesas de frete e embalagem, teria de
dispender o Estado mais de 50G do custo do material, que assim devia
ser adquirido.
O atrazo da construcção dos encontros da ponte do canal norte,,
determinou alteração do local da montagem, para um dos vãos.
E ntrou, pois, o Estado em accordo com a fabrica no sentido de
ser ella considerada despesa extra montagem, para os effeitos do con­
tracto, a effectuada a mais com aquella alteração.
P o r conveniência do serviço, ficou sob a adm inistração da fa­
brica com a percepção de 15% contados sobre seu custo a montagem
dos 4 pontões metalücos- que serviram para o transporte das pontes e
dos tres últimos caixões metallicos utilisados na construcção dos pila­
res. Neste titulo não estão incluídas as despesas constantes da mon­
tagem dos caixões metalücos que foram debitadas á infra-estruetura.
da ponte.
O fornecimento dos pontões no valor de £ 1.607 — 15— 6 já
foi pago, sendo debitada á montagem somente a porcentagem dc 12%
de seu custo e figurando no titulo de embarcações com esta deprecia­
ção, porquanto o Governo poderá aproveital-os para outros serviços,,
inclusive para a exploração do porto.
31(> M E N S A G E M

Além cio m aterial fornecido pela fabrica p ara a montagem, fc:


,o Governo aequisição de outros m ateriaes cobrando o aluguel de I ( .
.para os m ateriaes pçquenos como fios, zinco, m aterial electrico, etc. e
30% de custo da m adeira fornecida para a construcção das pontes pro­
visórias sobre as quaes foram arm adas as pontes metallicas. Ta!
.madeira com a depreciação de 30% fig u ra no stoclc do alm oxarifado e
poderá ser aproveitada para outros serviços.
; Temos tido a preocctipaçao de discrim inar cuidadosamente os
'lançarçientos referentes aos serviços por adm inistração feitos pela f a ­
brica,-porquanto, de accordo com o contracto ficou fixado para a m on­
tagem um limite máximo acima do qual as despezas correríam exelu-
•sivamènte por-conta da-fabrica e um limite minimo abaixo do qual te-
ria direito á fabrica a 50% pela economia realisada.
O limite máximo calculado na base de $ 55,20 por tonelada mon­
tada, ao cambio de 6$500 por dollar, attinge a im portância dc
1 .000:091$758 correspondente á montagem de 2.787,268 toneladas,
relativa ao peso real da parte m etallica.
O limite minimo foi pelo proprio contracto estipulado em
750:000$000.
P a ra a montagem do 5.° vão da ponte não foi possível adoptar
o mesmo processo usado nos demais, em razão da quantidade de rochas
subm arinas existentes no local que não davam calado aos pontões em­
pregados nos transportes.
Foi construída, pois, uma ponte provisória de m adeira na ilha
do Príncipe, lado norte. E como não se achasse tal obrigação in-
cluida no contracto, o Governo se comprometteu a dar 15% á fabri­
ca sobre a mão de o b ra .
Io d a s as despezas até hoje realizadas para a montagem da pon­
te, de accordo com o contracto e as extra-contracto, m ontam a
882.548$696.
c) “ E strado da ponte metallica — Dos 6 vãos já concluídos
5 estão com o estrado respectivo de cimento arm ado e um conserva ain­
da o estrado piovisorio de m adeira. Desses vãos 3 se acham pagos.
P a ia não dem orar o transito publico e assim conseguir a passagem
provisória, teve o Governo de fazer um estrado de madeira que não im­
pedirá a construcção definitiva nem causará a interrupção do trafego..
O custo dos 3 vãos do estrado, já pagos, m onta a 144:623$700. *
Ponte de V ictoria — Colloeação de sua pedra fundam ental por S . E x a . o S r.
D r. W ashington L uis na presença do Presidente do Estado
e a ltas a u to rid ad es — 1926

S. Exa. o Sr. Dr. Washington Luis, então já eleito á Presidem


da Republica, em 1926
P o n to do Y ie to rin — ( ír a p h im m o stra n d o os d iv e r so s tra ç a d o s que
f o r a m o b j e c t o d o e s t u d o p a r a f i x a r o lo ca ! d a P o n t e

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P^trri
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P onte do V ictoria — Traçado escolhido para a ponte


Ponto do V ic lo ria — P r o j e c t o «I •* m u p i l a r

P onte de V ictoria — Keeçuo transversal


ponto do Victoria — SnndnjrtMis «renloírioas tio canal Mil

Ponte de Victoria — Projecto tios pilares

Ponte de V ictoria — Projecto da ponte entre a ilha do


Príncipe e Victoria

»
Trecho da Ilha do Príncipe onde passou a estrada de ligação de Vietoria ao
( ‘ontinente

Aspecto da Ilha do Príncipe no trecho aberto para a ligação de Vietoria ao


Continente
Ponte de Victoria — Aspecto do local da Ponte ligando Victoria a Ilha do
do Príncipe antes de sua eoiistruoção
Ponte de Yictorin — Vista do local da ponte do canal norte.

antes dc iniciados os serviços

Ponte de Victoria — Inicio da construeçào do encontro


sul do canal sul
P o n t o «Ir Y i e l o r i a V i s t a d o loca l d a p o n t o s o b r o o c a n a l su l
no in ic io d o s se rv iç o s

P o n t e d e V ie to ria — Inicio das o b ra s do e n c o n tro n o rte d a


P o n to so b re o b ra ço sul
Ponte de V ietoria — Preparo da explanada para montagem d e e a i x õ e s
C e r e o (Ir s a n e a m e n t o d o p i l a r d a p o n t e m e tallie a , librando Y i e t o r i a ao C oníi-

nente. n a p a r t e s u l da Il h a d o P r í n c i p e

Oonstrueção de um dos fluetunntes sobre os (pines eram montados os vãos


da ponte mctallica cpie lijra Vicforia ao Continente
?

K n c n n t r n «la P o n t o n u ( 'n iit in c u to , c o n c l u í d o — 1?*—7

Ponto do V ic to ria : lín ro ca m e n to s protectores do a te rro do acersso á p o n te no


can a l n o rte
T i e c h o <!« I l h a «Io J V i n c i p v m o s t r a n d o a a h e r t u r a d a e s t r a d a d e l id a r ã o d e
V ie to ria ao C o n tin e n te — 1926

P o n t e cio V i e t o r i a — E n c o n t r o S u l d a I l h a d o P r í n c i p e em e o n s t ru e e fio — 1926-


P o n t e <le V i e t n r i a — M o n t a g e m »!•* u m ra ix ft n m e t a llie o

■' d o ó ' r - r S 'd e n /c c /o £ s t o d o d s oüro±

Visita do Exmo. Pivaidente tio K^tailo á* <»l»ras da IVnit*» •K* Vietoria


P o n t e cie V i e t o r i n — A b e r t u r a «Ia e s t r a d a d e l i g a ç ã o na
ilha do Príncipe

Ponte de Vietorin — Abertura da estrada de ligação nu


Ilha do Prineipe
Ponte de ViHnri.i M»*Mt;nr' in «I- mn enixãn metalüeo para
e m iN l n ir e ã o d o s p ila r e s
Ponte de Vietoria — Construeeâo do encontro norte da
ponte sobre o «anal sul

Ponte de Victoria — Explanada na ilha do Príncipe para


montagem dos caixões metallieos e fluctuantes
e deposito de materiaes
Ponto do Vietoriji — Aspecto do canal Sul da Ilha do Príncipe
vendo-se o prim eiro pilar em oonstruooão

Ponto do Vietoria — Oolloeacjão no local do um caixão mcialüco


paira con^truoirão do primeiro pilar
Aspecto interior tlc um tios caixões mctallicos da ponte de Victoria
P on te de V ieto ria — A sp eelo da eonstruoção dos pilares

r i
P ila r de encontro da ponte m etalliea lidando V ictoria ao C ontinente — nu
parte norte da Ilha do P rín cip e

Ponte de Vietorin Cravaeão ao a r comprimido do caixão p ara construcção


do primeiro pilar da Ponte — 1927
Encontro da ponte inetnllien lidando Yictoria ao Continente

P ila r n.° 2 da parte sul da ponte metalliea. lidando V ietoria ao C ontinente


Ponte de Victorin — Ensecndeira para eonstrueção dos encontros
sobre o canal norte
*T

Ponto de V ictoria — Vista cio canal Sul polo eixo da ponte


tom ada tio encontro norte
Ponte de Vietoria Montagem cie um vão sobre a provisória
Ponto do Yictorin — Obras da provisória para mnnta«reni dos vão <4

Ponto de Yietoria - Preparativo-* para o transporto do um vao


para o< sons apoios definitivos
I ontc* de V iotoria — P reparativos para o transporte de mna
ponte provisória de m ontagem para seu s apoios d efin itiv o s

Ponte de Victoria — Montada sobre a provisória


»

Ponte de Yivtoria — Transporte de 11111 vào metallien


para seus apoios definitivos

P onte de Yictoria — Transporte de um dos vãos


\

Ponte de V ietoria — T ransporte de um vuo m ontado para


seus apoios d efin itiv o s

Ponte de Vietoria — Aspecto da constrneção tendo o


primeiro vão collocado
A specto do avamgunento do aterro de aceexso da Ilha de Vietoria á Ponte
ligando-a á Ilha do P ríncipe

Ponte de Vietoria — Ponte ligando Vietoria á ilha do Príncipe — A draga


recalca a areia para um dos aterros de acccsso
Vaaurt-incifiC o/nsraoaOrc foyuc/raa. • r
. V

»'* , * . •* i

V ista da ponte de Victoria á ilha «lo Príncipe assentada sobre seus apoios

Aspeeto da ponte de Victoria. vendo-se dois vãos montados


Consírncção dos pilares da ponto motnllioa, lijrnmlo \ ietoria no t ontinontu

Ponto do T id o ria — Aspecto do andamento das obras


Os dois primeiros vãos da ponte motalliea, ligando Yietoria ao Continente

P o n te de V ictoria — Conxtrueção da provisória para m ontagem do ultim o


vão da ponte de Viotoria
Ponti» ih» Yietoria — Aspi'i'to tia ronstrucrâo

___
p e ' a e - i a ,t\t au.*?’-* j ;r *
■ a / i . i o '. o c/»* 1‘ * « v . )

Ponte (le Victoria — Aspecto da eonstrucção vcmlo-se adeantada


a provisória para montagem do ultimo vâo
O d r . Ilild eb ran d o de A raújo U ócs. Inspector de Portos e Cattaes na pre­
sença do Presidente do Estado e altas autoridades erava o
ultim o rebite da Ponte de Vietoria

Vista interna da ponte metalliea. pavimentada, li<rando Vietoria ao Continente


E STAD O DO E . SAN TO 317

d) P in tu ra. E sta concluída a pintura de todos os vãos e


paga a de 4, com o dispendio de 6 4 :866$400.
Sob a rubrica “ Supcrstructura” dispendeu o Governo .. ..
2 . 289 :263^ 796 .
Resta, dos serviços concluídos, o Governo pagar a prestação
•correspondente ao fornecimento metallico, um terço do total dos alu­
gueis do apparelhamento mecânico fornecido pela fabrica, o estrado
•de 3 vãos e o custo da pintura de 2 vãos; tudo na importância approxi-
tnada de 9 0 0 :000$000, sem a inclusão do revestimento de asphalto do
estrado d a ponte, fornecimento e assentamento dos trilhos.

Indoxnnizações o desapropriações

Estão incluídas neste titulo as despezas que interessam a ponte


metallica e referentes a indemnizações e desapropriações com terrenos
na ilha do Príncipe, no continente e na ilha de Victoria.
Com a firm a A . Prado & Cia., para a permissão da constru-
•cção do encontro do continente e passagem do aterro de accesso ao en­
contro, fez o Governo um contracto em que permutou uma area de
2.29S,275 m2. de sua propriedade, na ilha do Príncipe, por uma outra
de 2.440,20 m2 daquella firm a.
Pagou ainda o Governo a importância de 40 :OGOSOOO de indem-
iiização pela separação dos seus armazéns e 3 :795$000 com as despe­
das de cartorio, obrigando-se também á construcção de uma estrada sob
a ponte, em frente ao encontro, na qual dispendeu até hoje 6:392$533.
Assumiu tambem além de outors compromissos o de repor nos terrenos
•de A. P rado & Cia. todo aterro retirado deiles para a estrada de ac­
cesso ao encontro.
Segue-se a lista das indemnizações e desapropriações que in­
teressam ao serviço da ponte:

José Bernardino Santos...................................... 900$000


Manoel Gomes Coutinho.................................... 500$000
João Siqueira..................................................... 450$000
Manoel Francisco Gaia....................................... l :700$000
Adolpho Ramiuglú.............................................. 3:300$000
Sylvino Gaia........................................................ 1:500$000
E uln lia P into F on seca................................................ 2500000
A rtim isia S a n to s.......................................................... 5040500
Carlos S a n t o s ............................................................... 3:000$000
318 MENSAGEM

Joaquim Marccllino A lves..................................... 60Q&0ÜÜ


Manoel Vieira.......................................................... 1:71 (>$000
José Falcão............................................................... 2 :200$000
Ernestina M. Conceição........................................ 1:8208000
Luiz Vieira D a n ta s................................................ 1 :200$000
Maria R. Conceição.............................................. 4728000
Antonio Alves B ival.............................................. 781$Ü00
Alcides Bandeira..................................................... 5008000
Julicta M. Conceição............................................. 1:0008000
José Rosa Santos.............„ .................................. 5038000
Antonio Pinto Almeida.......................................... 35:0008000
Anna Maria C onceição........................................ 7008000
A mesma.................................................................... 1 .*3008000
Antonio Silva Cabral.. ....................................... 800$000
Reynaldo Pinto Faria............................................ 2828500
Manoel Rosa Santos.............................................. 1208000
Waldemiro A lves..................................................... 3808000
Manoel Ferreira L o p es.......................................... 3:931 §000
Manoel Almeida...................................................... 10:4248800
Miguel F r e ita s ....................................................... 3:0008000
Sebastião Guedes..................................................... 3:6008000
Alvino Alves............................................................ 4:5008000
O m esm o.................................................................. 8 :8008000
Marinlio G . F . Sobrinho...................................... 4:5008000
Manoel R o s a .......................................................... 1:8108000
Alfredo José C r u z ................................................. 70:0008000
Julio Feitosa............................................................ 1 :500§000
Firmino Leopoldo Araújo..................................... 2508000
Raphael Santos A lv e s ........................................... 1 :500§000
Prado & Cia., inclusive despesas........................ 43:7958000
Estrada para A . Prado & Cia.............................. 7:5638921
Duas casas na Ilha do Principe.......................... 1:0008000

Com os serviços de indem nizaçoes e desapropriações que in te­


ressam á ponte dispendem os a quantia de 2 2 7 :6 5 3 $ 7 2 1 .
A s despesas totaes com o s serviços da ponte a ttin g e a im por­
tância de 5 .2 2 7 :7 5 2 ^ 0 2 3 .
P a ia a conclusão dos trabalhos relativos á ponte, inclusive o s
• serviços con n exos, terem os de dispender ainda m ais de mil c o n to s.

PRIMEIRA SECÇÃO DO CAES

Embora não tivesse sido possível concluir a primeira secção do


caes, ficam, entretanto, os trabalhos bem adeantados.
ESTADO DO E. SANTO 319

Dentre elles devemos salientar a terminação da dragagem do


.canal, grande parte do aterro do caes, a accjuisição do apparelhamcnto
mechanico, cobei tura melallica e ponte rolantes para os armazéns e bem
assim os armazéns em vias de conclusão.

Claes e accessorios

Sob este titulo estão incluídas as despezas abaixo descrimi-


n adas:

a) Caes de saneam ento..................................................... lóo


b) Conclusão do caes de 4 .5 0 ............................................... í;:: -JMsinO
c) Conclusão do caes de 8 ,5 0 ................................................ (i:!:!! 10^250
d ) Conclusão do enroeamento dc alivio no trecho de
caes existente.......................................................... 34 :g<w$ ü0()

D ispcndeu-se com enes e accessorios a quantia de 200:49í)$750

A te r r o

Comprehende este tituio apenas o aterro feito nos terrenos ac-


crescidos na rua do Commercio, porquanto os aterros feitos na ilha do
Príncipe, Victoria e continente, nas proximidades dos encontros, já se
acham incluídos na parte relativa ás despezas da ponte.

a) A terro ....................................................................................... 600:412.!;910


b) Enroeamento de protecção ao aterro.......................... 55:7348894

Foram gastos, pois, com o presente titulo.............. 656:147$834

Bragagem do porto no canal

Infelizmente, a Socicte de Construction du Port de Bahia não


atacou com a intensidade desejada o serviço de desmonte do grande
volume de rochas submarinas existente no ancoradouro, de modo que
despesa alguma fez o Estado com tal serviço.
O slrabalhos foram os seguintes:

a) Dragagem no porto.................................................. 292:3168120


b) Dragagem no canal.................................................... 924:6688408

Dispenderam-so. pois, neste t i t u l o ..................... 1.217:4848528


320 M E N S A G E M

V ias ferreas

Neste titulo estão incluídos o fornecimento e o assentamento


das linhas para guindastes, trens e as despezas com as linhas para
trens e guindastes na faixa do caes. Apezar de ainda não existir o as­
sentamento de linhas para trens, figura, entretanto, o fornecimento de
302.237 kgs., 20 desvios completos e 1.030 metros de trilhos para a
linha de guindastes.
a) Linha dos trens na faixa do ca es................................. 137:332$38Ü
b) Linha dos guindastes...................................................... 33:170*740

Foi dispendida, sob este titulo, a iraportanria de 1 7 0 :0 0 3 * 1 2 0

Material de fcracção e transporte

a) 2 locomotivas Borsig................................................. *0:000*000


b) 10 wagons de bascula de 10 tons............................. 60:000*000

Gasturam-se com o titulo acima............................... 140:000*000

Este material está sendo aproveitado pelo Governo no serviço


da Estrada de Ferro Itapemirim, por empréstimo.

Armazéns

Encontra-se em estado de grande adeantamento o serviço da


construcção dos armazéns, achando-se já aqui em Victoria todo o ma­
terial metallico, cobertura e pontes rolantes, já tendo sido paga pelo
Governo a parte relativa aos armazéns ns. 1 e 2, despesas estas in­
cluídas na discriminação abaixo:
Armazém I .......................................................................... 016:018*460
Armazém I I .................................................................... 526:105*690
Armazém I I I ...................................................................... 251:114*000

Dispendcram-sc. pois, neste titu lo ............................... 1.293:328*150

Apparelhamento mecânico

Além da ponte metallica foi aberta a concurrencia para forneci­


mento do apparelhamento mecânico do porto e fornecimento das es*
trueturas metallicas para a cobertura dos armazéns. Em resultado
ESTADO HO E . SANTO 321

dessas concurrencias foi eontractado o fornecimento de 8 guindastes e 8


pontes rolantes e b e m assim estruetura mctallica para a c o b e r t u r a de
dois armazéns com a firm a Fricd Krupp, der Grusonwerke e de Rliei-
nhausen pela importância total approxiniada de $ 88-180 para os guin­
dastes e pontes rolantes e de $22.994,40 para o das coberturas dos a r­
mazéns. O fornecimento de niateriaes e os desenhos de execução de
taes machinismos e estrueturas foram também fiscalisados na Furopa e
approváclos pelo mesmo fiscal do Governo, encarregado do, serviço da
fiscalisação da ponte, sem augmento da quota que já havia sido desig­
nada para o trabalho da ponte; cabendo portanto notar que as impor­
tâncias de $ 919 e $ 3.527 recolhidas ao Thesouro para a fiscalisação
dos guindastes c pontes rolantes e para a cobertura dos armazéns, re­
verteram em proveito do Estado.
A montagem desse material foi tambcrti contractada com a la-
brica fornecedora e ajustada pela quantia global de 24 contos de réis,
quanto á cobertura dos dois armazéns e de 54 contos de réis, quanto
aos guindastes e pontes rolantes.
Os guindastes contractados tinham a seguinte capacidade:

4 guindastes de 1.500 kgs.


2 guindastes de 3.000 kgs.
2 guindastes de 5 .0 0 0 kgs.

Depois de lavrado o contracto, por accordo foi modificado o nu­


mero de estruetura metallica para 3 armazéns e o numero de guindas­
tes para 9, sendo substituído uni de 5.000 kgs. por 2 de 1.500 kgs.,
pagando o Governo o excesso de custo destes dois sobre o daquclle.
Todos os 9 guindastes se encontram em Victoria, já concluídos
e quasi todos pagos, faltando apenas o pagamento de 2 de 1. .“?00 e de
um de 5.000 kgs. no valor total de 227.766$000.

a) 2 guindastes a vapor (um <Ie 5 outro de 10 to n s.) . . 100:0005000


b) 4 guindastes eléctricos de portal inteiro para 1.500 kgs 203:8275200
c) 2 guindastes eléctricos de portal inteiro para 3.000 kgs. 1 6 0 :797$600
d ) 2 caçambas de garra de 1 1 /4 m3. para carvão . . . . . 8:0005000
e ) Lança para o guindaste a vapor de 10 ton s....................... 4:5879000
f ) Por conta dc mais dois guindastes eléctricos de 1.500 kgs. 50:1905000

D ispcndem cs com este tit u lo .. . . 5 9 6 :401$SOO


322 M E N S A G E M

Canalisação do aguas pluviaca

Já podemos considerar concluído o prolongamento do dreno da


Avenida da Republica, na parte aterrada da arca do caes, não tendo
sido paga senão parcella muito pequena.
a) Dreno da Avenida da R epublica............................................... 10:1028900
b) Dreno da rua M isael P en n a ......................................................... 25:0378348

A ttin giu a despesa total a .......................................................... 35:1408248

Córte no morro da Santa Casa

A pasagem da linha ferrea no morro da Santa Casa obrigou o


Governo a fazer outras despezas além da abertura dos cortes, como se­
jam a construcção de uma nova rampa de accesso da Avenida José
Carlos á parte central da Santa Casa, em substituição á que ficou pre­
judicada com o corte, a reconstrucção do necrotério demolido em parte
para permittir a passagem referida, e a construcção de uma eosinha
como indemnização de terreno occupado. Todas estas despezas estão
incluídas no titulo referente a indemnizações e desapropriações.
Tal serviço determinou ainda ajuste sobre indemnizações a Oli­
veira Santos & Filhos para a permula dos seus terrenos, necessários á
passagem da linha ferrea, por outros no porto dos P ad res.
Com o corte no morro da Santa Casa foi dispendida a quantia
de 36:479$443.
Desapropriações e indem nisações

Damos minuciosamente a relação das principaes despezas cf-


fectuadas com este titulo na lista a seguir:
Bispado do Espirito San to..................................................................... 8 0 :000$000
Antonio José da Silva Monarchn, por compra de uma casa
de sobrado situada á rua do Commcrcio n . 7 ...................... 110:000$Q00
Dispendidos com a aequisição dos prédios ns. 1 o 3 da A veni­
da Schmidt e do domínio util dos respectivos terrenos dc
marinha, inclusive despesas de docum entos............................ 205:1073710
Cosinha da Santa Casa.......................................................................... 50:6008100
Necrotério................................................................... 22:6008000
Concerto da casa da Avenida S c h m id t....................................... 7008000
João N ery .....................................................................
3 .-0003000
Rampa da Santa Casa................................................................ 72:7698642
Empresa Funerária............................................. 10:0008000

Na primeira sccção do caes gastamos......... 554:777s452


ESTADO 1)0 E . SANTO 323.

Serviços diversos

Sob este titulo dispendemos 5:923$ 100. A despeza total com :i


primeira sccção do caos attinge a 4.90(>:085$425.

DESPESAS (? ERA ES

Neste titulo vào incluídas despe/.as que interessam ;i ponte e


á primeira secção do caes.

Estudos

ILstâo incluidas neste titulo as despe/.as necessárias aos pro­


jectos, consistindo em triangulação, levantamentos, sondagens hydro-
graphicas desde a ilha do Príncipe inclusive até a barra, estudos com­
pletos com sondagens geológicas nos 3 logares que foram objecto da
construcção da ponte e bem assim para a constrticçao dos armazéns.
A despeza foi dc 274 :049$Q40.

A dm inistração

Com este titulo dispendemos 476:090$318.

Em barcações e macliinism os

Foram os seguintes os machinismos e embarcações adquiridos


pelo E s ta d o p a r a o serviço do p o rto :

a) 3 pranchas de 2 toneladas........................................................ 2 8 :500&000

b) 1 saveiro de 100 toneladas......................................................... 32:000*000

c) 1 fluetuante para so n d a g e n s................................................... 0 :000*000


d ) 3 pranchas de 3.15 e 23 toneladas......................................... 30:000*000

e) 2 guindastes G oliath.................................................................... 250:0008000


3 0 :000$000
f ) 1 flu etu an te....................................................................................
g ) Lancha C yrene c um bote........................................................ 23:2008000

b ) 5 compressores de a r .................................................................... 1 0 6 :317*n07


i) 4 fluetuantes metallicos, que serviram para o transporte
da ponte, com 88 dc seu custo ...................................... 1 0 5 :023$008

Dispendemos, pois, a quantia de 6 1 4 :040$915


324 MENSAGEM

Dcnpnnnn com embarcações c macliinismos,

inclusive conservação

Neste titulo estão incluídos reparos diversos, como por exemplo,


reforma completa da lancha Nizia, dos guindastes Goliath, seguro do
Goliath fluctuante, reparo da linha ferrea em Argollas, para o Goliath
terrestre, assim como todas as despezas com a lancha Cyrene.
Importaram taes despezas em 189:569$608.
Quota do fiscalisação federal

Dispendemos com este titulo 45:000$000.


Serviços médicos

Dispendemos 20:000$000.

Levantamento dc terrenos de marinha

Foram feitos levantamentos e desenhadas as respectivas plan­


tas de todos os terrenos de marinha convergentes para o porto de Vi-
cloria, desde a ilha das Caieiras até a barra.
Dispenderam-se em tal serviço 112:788$145.
Serviços diversos

Neste titulo gastamos a quantia de 38:980$643. Aqui está in­


cluída a despeza da remoção de grande quantidade de material descar­
regado no caes e outras despezas,
Nas despezas geraes que interessam á ponte e á primeira secção
do caes dispendemos 1.770:518$669.
Resumo do todas as despesas

Ponte de ligação entre Yictoria e o continente........................... 5 .2 2 7 :752$023


l.° secção do caes................................................................................... 4 .9 0 6 :685$425
Despesas geraes...................................................................................... 1 .7 7 0 :518$000

Total g e ra l................................................. 1 1 .9 0 4 :956$I17

Em stock no almoxarlfado existem materiaes no valor de


oól :800$000, sem contai* o material do apparelhamento fornecido pela
fabrica para a montagem da ponte.
ESTADO DO E . SANTO 325

fornada do cont-&3 ao Governo do Estudo, como concessionário


dos molhoramontoa das Obras do Porto de Victoria
polo Governo Federal

P ara ef feito dc encampação por parte do Governo Federal e


exploração futura do porto, seria de grande vantagem que o Estado
conseguisse da Unão o reconhecimento de todas as importâncias dis-
pendidas porquanto a renda do porto, de accordo com as clausulas do
contracto, não podem exeder a 10/í do capital reconhecido.
O capital reconhecido até hoje é de 4 .9 2 8 :250$5 71, muito in­
ferior ao dispendido pelo Estado em taes serviços. Justifica se, en­
tretanto, a diffcrença por que o Estado este anuo, de accordo com as
instrucçõcs do S r. Inspector de Portos, Rios e Canaes, só apresentou
as despezas feitas com serviços concluídos até 31 de Dezembro dc
1927, (A s tomadas de contas são annuaes). Obedecendo, pois, a este
critério, todas as despezas feitas com montagem, estrado c pintura da
ponte não foram apresentadas, assim como também na parte relativa
á primeira secção do caes não foram apresentadas as despezas feitas
com os armazéns, inclusive as coberturas metallicas e pontes rolantes
para os mesmos, os 9 guindastes eléctricos que já se acham em Victo­
ria, etc.
Também muitas importâncias deixaram de ser reconhecidas,
apezar do serviço, porque taes serviços não constam de orçamentos ap-
provados ou os projectos já approvados tiveram necessidade de ser al­
terados como aconteceu com os pilares da ponte, cujos caixões no pro­
jecto approvado eram de cimento armado e os utilisados na constru-
cção por conveniência foram metallicos. Accresce ainda que com essa
alteração resolveu o Governo modificar, melhorando, o traço do on-
creto de enchimento dos caixões.
Na tomada de contas de 1927, cujos trabalhos estão sendo ulti­
mados, grande parcella das despezas feitas com os pilares deixou de
ser reconhecida, não só porque a profundidade dos mesmos foi altera­
da pela necessidade de attingir terreno firme (rocha), como também
pelas alterações que já mencionámos acima.
Sendo de grande importância economica para o Estado o capi­
tal reconhecido, o Governo já elaborou o novo orçamento da ponte, com
326 MENSAGEM

as alterações feitas, de modo a garantir as despezas feitas, sul miei ten­


do-o á approvação do Governo Federal.
Apezar de approvado pela União o projecto dos encontros do
canal norte, modificando o primitivo, foi no emtanto mantido o custo
deste ultimo. Por esse motivo, a Commissão de Tomada de Contas
reconheceu uma parcella muito inferior á dispendida.
Todas as alterações feitas ultimamente e os serviços não figu­
rados nos orçamentos já approvados, têm sido submettidos á approva­
ção do Ministro da Viação, acompanhados de orçamentos e projectos.
Alguns delles já foram approvados.

E ST E A D A D E PERRO RIO D G C E --S . MATKETJS


E PONTE SORRE O EÍO DOCE

— 5.n DIVISÃO - S . M . V IC TO R IA ” —

Desde meado de 1925 encarreguei a “ Commissão de Melhora­


mentos de Victoria” do estudo do projecto da construcçâo de uma es­
trada de penetração para o Norte do Estado e de uma ponte sobre o
Rio Doce, que permittisse a ligação dáquella estrada com a E . F . Vi-
ctoria a Minas. Tive por principal objectivo favorecer por esse modo
uma riquíssima zona do Espirito Santo cujo desenvolvimento, a falta
de transporte tem trazido até hoje entorpecido e embaraçado, isolada
como se achava dos centros de consumo pela barreira que é o Rio Doce,
com sua grande largura, seu formidável volume d'agua, a par de uma
profundidade inconstante e de um leito extremamente movei, nas gran­
des enchentes ameaçadoras, para pequena navegação de canôas.
Diveisos locaes foram objecto de cogitação para a construcçâo.
At tendendo-se, entretanto, a que devíamos com a ponte visar
sobretudo a ligação ferroviária, sua posição deveria obedecer ás conve­
niências do traçado da estrada, motivo pelo qual ficou determinado que
das imrriediações cia cidade de Collatina partiría a estrada cujo t raçado,
acompanhando o Rio Panças, atravessa os rios S. José, Barra Sec-
ca e Muniz Freire para receber, pouco acima de Nova Venecia, a es­
trada de S. Matheus que lhe será de futuro tributaria.
Esse traçado além da vantagem de atravessar uma formidável
rigiao despovoada do Norte do Estado, apresentava facilidade de ctisio
para sua execução, tendo sido, portanto, naturalmente, adoptado. A
ponte, por sua vez comquanto houvesse outros locaes que se diminuís-
E STAD O J)t) E . SANTO 327

se o custo, tese seu local definitivo escolhido em Collatina para alten ­


der ao centro urbano e commercial ali existente.
O reconhecimento da E. F. Rio D oce-S. Mathcus foi executa­
do pelo illustre engenheiro Ceciliano Almeida, os estudos da ponte c a
exploi ação da estrada de ferro foram ef fectisados pela Commissão de
Melhoramentos de Yictoria.

Ponfce sobre o R io D oce

Começou-se esse* serviço por administração e com o projecto de


uma ponte de 2(> vãos de 25 metros, de superestruetura metallica e pi-
iaies de conoeto arm ado com fundaçao de estacas <U madeira. Km
1926 c primeiro mez de 1927 foram cravadas as estacas dos 4 pri­
meiros pilares e construiram-se 130 metros de ponte provisória.
Procedendo a vários estudos sobre a ponte quanto á sua funda­
ção chegou-se a conclusão da vantagem em substituir a estacaria de
madeira por concreto armado, vantagens essas não só quanto á dura­
ção indefinida do cimento armado, como quanto a maior rapidez, para
a conclusão dos trabalhos.
Nestas condições contractei com a firma Christiani & Nielsen a
construcção da infra estruetura da ponte, pela quantia de 1.464:000$.
conforme contracto lavrado a 2o de Março de 1927.
Iniciado o serviço em Abril de 1927 ficou concluída toda in-
fraestruetura, em Março de 192S.
Tendo ainda o Governo todo o interesse em concluir o serviço o
mais cedo possivel, contractou com a mesma firma, por 90 contes, um
viadueto de accesso á ponte, no lado de Collatina. cm substituição ao
aterro ahi projectado, e que exigiría longo tempo para ser concluido.
dadas as difficuldades locaes.
Estudado e resolvido o typo de vigamento a ser adoptado, cm
Abril de 1927 foi aberta uma concurrencia administrativa, pelo prazo
-de 90 (noventa) dias. para o fornecimento e montagem da superestru­
etura metallica.
Foi acceita como mais vantajosa a proposta de Soares de Sam­
paio & Cia., Ltda. com quem foram contractados. o fornecimento, que
é da fabrica Dylc & Bacalan. na Bélgica, e a montagem respectiva.
Em Outubro foram iniciados os serviços preparatórios da mon­
tagem e, em Abril já havia sido expedido todo o material da Europa e
328 MENSAGEM

começada a montagem propriamente no local da obra. Klla está sendo


dirigida pelo conhecido e provecto profissional Dr. Oscar Machado da
Costa, qite também idealisou o engenhoso processo para effeclival-a
com rapidez.
O fornecimento foi contractado por 2.588.370 francos belgas
e a montagem por 332:000$000, sonima esta que será um pouco exce­
dida, devido a serviços extraordinários que mandei fazer para con­
cluir a montagem da ponte com rapidez. Tinha ella 6S6 ms. lineares e
augmentada com o viadueto acima referido de 70 ms. ficará com o
comprimento total de 756 ms.

Estrada de Ferro XsTorte do B io Doce

Mandei fazer o estudo comparativo do traçado dessa estrada


descendo o rio Doce até a barra do Panças e subindo este. com o que
segue o corrego Transylvania. afim de resolver definitivamente sobre
o melhor delles.

Concluídos taes estudos verificou-se que era mais conveniente


o proseguimento do traçado pelo valle dc Transylvania já iniciado, não
só para aproveitar o serviço feito, como porque o outro traçado em­
bora offerecendo vantagem quanto ao futuro trafego, só seria ella
apreciável num futuro muito distante, emquanto que o custo é mais ele­
vado que o primeiro e alonga em 7 km s. a distancia real.
Picaram concluídos 6 kms. de leito dessa estrada, que apresen­
ta um apreciável movimento de terras no 17 km- e no 2.° kms. seguinte!

Quadro demonstrativo dos serviços e despesas realisados em 1920

até 31 de Março de 1928, pela 5." D ivisão dos S. M . V.

Durante esse periodo dispendeu-se com os serviços a cargo da 5."


Divisão a quantia de rs. 3 .2 2 3 :243$523, que poderá ser reduzida, si deduzir­
mos o valor aproveitável da installaçno, cujo material se acha cm bom es­
tado de conservação e funeeionam ento, embora se acereseente, na somma. o
stock existente no A lm oxarifado.

Essa despesa 0. assim discrim inada:


ESTADO IX ) E. SAN TO 329

DIVERSAS DESPESAS
A nno do 1925 . . .
............................ 19:268:5350
Atino d»* 1926 . . .
............................ 3 1 :822$510
Anno dt' 1927 . . .
............. 2 7 :0058300
A Ir .Marro de 1928
............................... 6 :950820U 85 :04«$360

II — PONTE SOBRE O RIO DOCE

Anno do 1925 . .
34 :0H()S2S06H
Anno do 1926 . .
3 l.N.-1308366
Anno de 1927 . . . 1 .725 :675s7(J7
A té Marro d e 1928 1 'M ;9708225 2 2 i;5:*.p>6$366

III — K. !•’ . NORTE IW RfO n o ( ’ E


A nno de 1925 . . , 113 :106s780
A nno de 1926 . . .
372:720.8605
A nno d e 1927 . . .
300:281.8212
A té .Março de 1928 80:2328140 872:3408797

3.223:2438523
Resum idam ente a classificação das print*ipaes drspexas por seus di_
versos litulos *’• a segu inte:

I — D IV E R SO S

A lm o m rifado :

O stOek de Oalanço procedido a 31 de .Março ncousa um total «1<* rs


67:1048200.

( ’om hem feitorias no A lm oxarifado dispendeii-si* 2:9118180. como-


segu e:
A nn o de 1926 . . . 2:2858880
Anno de 1927 . . . 6258300
A té Março de 1928
------------- 2:9118180-

A s s iste n c ia m ed ica aos o p e r á r io s :

Com este serviço dispendeu-se 55:1158756. como segue:


A nn o de 1925 ............................................................ » ;;í4;,$ti00
A nno de 1926 ............................................................ 20:8048281
A nno de 1927 ............................................................ 20:500$175
■Ate Março de 1928 ................................................... 4 ;4 (í 7 í ;5qq
5o :11ü$ í oí>
330 MENSAGEM

D e s p e s a s G e m e s •,

Com estas despesas dispendeu-sc 2 7 :019$424:

Anno de 1925 . . . 9 :924$550


Atmo de 1926 . . . 8:7320349
Anno de 1927 . . . 5:8790825
A té Março do 1928 2:482$700 27:0190424

Total 85:046086o

I I — PONTE SOBRE O RIO DOCE

Com os estudos, projecto, construcção c fiscalLsação da ponte sobre o


Rio Doce, incluindo machinismos, officinas e locomovei para o serviço da
construcção e o cedido á Prefeitura M unicipal por empréstimo, material e.ss«*
todo em perfeito estudo, dispendemos, exclusive fornecimento o montagem da
superestruetura, até 31 de Março de 2 .2 6 5 :856$366 — como segue:

Anno de 1925 .......................................................... 16:8390000


Anno de 1926 .......................................................... 3 8 :249$396
Anno de 1927 .......................................................... 2 8 :755Ç000
A té 31 de Mareo de 1928 ...................................... 4 :412$000 8 8 :055$39fi

E s tu d o s :

Anno de 1925 . . . 1 1 :972$568


Anno de 1926 . . . 2 1 :259$396
Anno de 1927 . . .
A té Março de 1928 3 3 :231$964

B arracões:

Com barracões para installação dos


d iveisos serviços, 13:3050737, como segue:

Anno de 1925
5 :2680500
A nno de 1926 8:0370237
A nn o de 1927
13:3050737
ESTAD O DO E . SAN TO 331

C a sa d c M a e h i n a s :

Com instai lação dc machinas, butC-


estacas, locomovei, etc., sua aequisição, custeio
e conservação, dispendeu-se:

A nno de 1925 ............................................................


A nno de 1 9 2 6 ............................................................. 101 :706$536
A nno de 1927, inclusive locomovei emprestado
á P r e fe itu r a ........................................................ 1 1 3 :866$825
A té Março de 1 9 2 8 .................................................... ------------- 215 :573$36I

T r a n s p o r te s :

Com transportes de materiaes, e tc .,


dispendem os 13:388$520, como segue:

A nno de 1925 . . .
A nno de 1926 . . . 7 :665$395
A nno dc 1927 . . . 5 :723$125
A té Março de 1928 ------------- 13:388^520

V i g ia d e m a t e r i a l :

A nno de 1925 ............................................................


A nno de 1926 ............................................................ 1.387$884
Anno de 1927 ................................................... .. *• l.707$0Q 0
A té Março de 1928 ................................................... 180$Ü00 3 :274$SS4

E x tr a c q ã o d c p e d r a s :

A nn o de 1925 ............................................................
A nno de 1926 ............................................................ 12:716$635
A nno de 1927 ............................................................ 11:119$750
A té Março de 1928 ................................................... 2 3 :836tf3b5 3 6 6 :829y862

C o n s tn c c ç ã o :

Com trabalhos da iufraestruetura


da ponte propriam ente dita, dispendeu-se, res-
pectivam ente, por empreitada e adm inistra­
ção:
m

332. M E.N SA Q B M

Em preitada A dm inistração Total

Airno de 1025 :

A nno de 1926:
127:1070887 1 2 7 :1Q7$887
A nno de 1027:
1.487:8610200 2 9 :075$007 1 .5 1 6 :936$207
A té Março dc 1028:
1 1 3 :000$000 2 0 :392080o 133:392$800 1.777 : 1805891

V ia d u c f o c a i e r r o d c a c c e s s o á p o n t e :

Com este serviço dispendeinos:

Empreitada Administração Total


Anno de 1025:

A nno dc 1926:

A nno de 1927:
*45:750§’0 00 1 :B17$800 47 .*5675800
A té Março de 1928:
45:000-5000 4:389$800 49:3895800 06:9575600

t ilo n ia g c m d a s u p e r - e s t r a c t v r a m e t a l l i c a :

Com este serviço dispendemos até


Março de 1928, a q u a n tid a d e ............................ 7955625

T O T A L ......................... 2 .2 6 5 :8f>65306

III — E . P . NORTE DO RIO DO CE

Com os trabalhos da estrada a cargo desta Divisão, dispendeu-si» até


31 de Março findo, a quantia de 872:3403797, como passamos a resum ir:

A d m in is tr a ç ã o :

A nno de 1925 . . . 1 4 :850$000


A nno de 1926 . . . 6:4015850
Anno de 1927 . . . -• . 16:152$000
A té Março de 1928 5 :375$000 12:77S$85Q
E. F . Rio D oc e — S . Ma th eus — 0 P r e s i d e n t e da ( ' a m a m de Cnllnfinu
crava a 1." picareta para abertura da estrada — lU2(i

Cravarão da primeira estaca da locação da E. F. Rio Doce a S. 3íat!ieu<


B . F . Rio Doce — S . M ntheus — A specto da derrubada
para eonstrueeão — 15)25

Primeiro eoite da B. F. Rio Doce — S. Matheus, com cerca de 13.000 m.R


vendo-se diversas boeeas de utaquo do serviço — 1026
K. 1°. ü i u l)oi'0 — S . MatluMis — a s p e c t o tia c.n; .tnu*ijf;u
ilt* s u 1." k i l o n i o i r o — l!>2ii
l í . F . Rio Doer — SSiio M atlicus — aspecto do kilom etro

Aspecto da construcç3o da E. F. Rio Docc — S. Matheus — 1926


E . P . Rio Doce—S .1Mathc-us — Aspecto da construção
K. P . Rio D oce— São M atheus — A specto da eonstrucção do 4.° km.
■*«i

E . F . R Ij Doei» a S . Mntheux — vista ilt» um


aterro com um honro cm a»c*>
O t s / J j í r s t u u a efo tu cr’ - f ‘ b t f e u i t / p

K. F . Rio I)oi*o — ÍS. M iithcus — do l.° kilom etro


jio local «Io locc — lí)‘27
1’onl.’ lio Kio Doce — Visitn do Presidente do Estado a Collntina
p«ir« laneaniento da pedra Fundamental da ponte

Ponte do Rio D oee — O s r . P resid en te <1o Tístado


lançando a pedra Fundamental
O s r , P resid en te do lista d o o dom ais autorid ades assigm un a acta
sohn* o lançam ento da pedra fundam ental da
ponte sobre o Rio Doer

Ponte do Rio Doec — Inicio das obras da provisória


Aspoeto da eonstrueção do Pilar n. 12 «Ia Ponto sobro o Rio Douo

Ponto tio Rio Doce — estaleiro da m ontagem da Ponte,


em C ollanita — 102#
jiy*w a f o g e m , ’D ,n o a a u ro '

P o n te do Rio D oce; V ista tio fren te do DinOKauro

Ponte do Rio Doce — O Dinosauro pegando a l . a viga


para a montagem ela ponte — 1928
P on te i Io Rio Doce — Visita «l<* S . Rx*l. »» S.*. ' *' * •‘ * !• :hIo para a
cerimônia «l«i lanrniiirülo •I:i pedra fundamental !!*-(>

.-■/o <íc m a c ftie o , vendo


J. f a a f a ç o * d v a p o r , c o m

c r fe //a c /e S o o o Á y s .p a r a
eyocos c/e tonerçfa.

Ponte do Rio Doce — Cravarão clc estacas para a const rueeão dos pilares
r ' •
í ' 'pifar J>? l o _ sltyido‘&£ o l
/ o r r fia fJ J .y a jv .) V c t iv a c i

Ponto do Kio I>01*1* — ( 'oiM m oção th* um pilar

Ponto rln Rio D oop — Aspecto do serviço cm andamento


6 IctttJ i/a
'o < /* C o tia fin a

Ponto do Rio Doce — Aspecto da construcçuo


I

P o u t r Rio !)')«•(• iOslji li*iro p a r a <M»tilW(;iin di* e s t a c a s


d»* c i m e n t o a r m a d o

Ponto do Rio Doce — Aspecto da constrncipio


/o, o c u j * u . " ' /u '.7 r e j

I>o n t *• do Kio Doce —• Aspecto da c o n str u e c ã o

P o n te d o R io D o c e — O b ras em a n d a m e n to
tttf» — — — r— •**«» »*t.rr~*f ** o
. ~W r />MMM «yw* v * "

Ponte do Rio Doce — Aspecto da construeeao

Ponte do Rio Doce — Aspecto da eonstrncção


P o n to P io D oce A sp ecto d a s obras cm a n d a m en to

Ponte do Rio Doce — Aspecto da construcçüo


Aspectos de um pilar da ponte sobre o rio Doce. em Collatina, vendo-se
destroços trazidos pela enchente

Ponte do Rio Doce — Aspecto da construcção — 1927


P onte do Rio Doce — C onstrueção do accesso á ponte,
eiu cim ento armado

P on te do Rio D oce — O “ D inosauro” carregando a


primeira viga sobre o viadueto
P on te do R io Doce — Outra vista do Dinosauro m ontando uma viga da ponte

Apparelho de montagem das vigas metallicas da ponte sobre o Rio Doce


Q n m c ir -o c /a p o n fr . p r o x /r n a
• o s & si/G a p o i o s c / c f in ih x o a .

Collocação da 1." viga m etallica .sobre o Rio Ooce

Ponte do Rio Doce — Collocação de uma viga do l.° vão da ponte — 192$
P on te do Rio Doce — O D inosauro collocando as vigas do
2.° vão da ponte — 1028

Aspecto da ponte do Rio Doce com os pilares


todos conclui dos c dois vãos montados
Ponte do Rio Doee — Vista rio viaducto do aoccsso íi ponte
r c n c r a - s c o c *£ * c to s ,m
J õ m o r /fò o õ x .

fl*'-
r

N
Vista do Collatina o das obras da Ponte do Rio Doce
E STA D O DO E . SANTO 333

E s tu d o c L ocu ção:

A nn o do 1925 ............................................................ 5 4 :031$650


A n n o de 1 9 2 6 ............................................................ 86:782$611
A nn o dc 1927 ............. 42:4280635
A té Março de 1928 .................................................... 2:8500600 186:0430496

I n s ta l l a ç ã o d c s e r v i ç o s B a r r a c õ e s :

A nno de 1925 ...................................... 2 :754$630


A nno de 1927 ................................... 12:7860855
A nno dc 1927 ................................... 4:2390100
A té Março de 1928 ........................... 1 9 :7800585

C o n s ir u c ç ã o d a E s t r a d a d e F e r r o :

Com os trabalhos de construcção fe i­


tos quer por adm inistração, quer por em prei­
tada, dispendeu-se a quantia dc r s ..............
•369:3540797, assiin discrim inada:

A dm inistração Em preitada Total

A nno dc 1925:

A nno de 1926:
53:8930365 35:2870890 8 9 :180$255
A nno dc 1927:
22:8150300 1 8 6 :9030102 209 :7180402
A té Março dc 1928:
70:4560140 70:4560140 3 6 9 :354$797

T r a n s p o r te s :

Com os transportes de pessoal e m ate­


rial dispendem os rs. 14:2110870, como segue:

A nno de 1925 ...........................................................


A nno de 1926 ........................................................... 11:3500495
A nno do 1927 ........................................................... 2:8100975
A té Março de 1928 .................................................... 500400 14:2110870
334 M B N S A G E M

C o n serva çã o d a E s tr a d a d o P a n ç a s :

A nno dc 1925 ............................................................ 2 :900$000


A nno dc 1926 ............................................................. 13:7570949
A nn o dc 1927 ............................................................. 3:0570000
A té M arço dc 1928 ................................................... .................. 19:714*949'

C o n s ir u c ç õ e s d a s e s tr a d a s d c r o d a g e m Pan­
ç a s , N o v a V e n e c ia c P a n ç a s , N . 8 . d a P e ­
n h a , V a rg e m G ra n d e c A ld c a m e n to :

A nno de 1925 . . . 24 :770050o


A nno de 1926 . . . 147 :460065o
A nno do 1927 . . . 7 :555$!00
A té Março dc 1928 179:7868250

A c q u is iç ã o d e c a m in h ã o e a n i m a e s :

P ela acquisição deste, dispendemos


a quantia dc rs. 18:800$000, como segue:

A nno de 1 9 2 5 ............................................................. 13 :800£000


A nno de 1926 ............................................................ 5 :000$000
A nno de 1927 ............................................................ ..................
A té Março de 1928 ................................................... .................. 18:8003000

A c q u i s iç ã o d e t e r r e n o s c h e m f c ito r ia s (Indem -
n isa ç õ e s):

Com a acquisição de terrenos e bem-


feitorias, dispendeu-se rs. 21:8208000, como
segue:

Anno de 1925 ............................................................ ..................


Anno de 1926 ............................................................ ..................
A nno de 1 9 2 7 .. ....................................................... 20:3208000
A té Março de 1928 ................................................... -1 .-5003000 2 1 :820*000

SOMMA 8 7 2 :340$797
ESTAD O DO E . SANTO 335

CONTRACTOS

Fabrica de Cimento Monte Libano

Depois de algum tempo em funccionamcnto, a titulo de experi­


ência, por parte do Banco do Espirito Santo, acha-se cila dc novo pa­
rada- O Banco reduzio a cimento o clinkcr que alli estava, garantindo
o credito do Estado, segundo expliquei cm minha ultima mensagem,
tendo fabricado mais algum cimento, entretanto, não obstante a quali­
dade superior do produeto obtido, desistio da exploração permanen­
te. Pela sua natureza, esse gencro de industria não offercce remune­
ração, si não em larga escala e com ínfimas despezas de transporte, po­
rem a fabrica não comporta uma grande producção nem as condições
de transporte são favoráveis. P ara se modificar essa situação seria
necessário o emprego de grandes capitaes, o que não convem ao Ban­
co nem ao E stado.

Serraria de Cachoeiro de Itapemirim

Segundo vos informei cm minha ultima mensagem, a 21 de


Março de 1927 assignei o seu contracto de venda em prestações c vai
sendo esse contracto cumprido.

Usina Paineiras

Segundo vos informei em minha ultima mensagem, a firma


Mello Mattos & Maciel atravessava uma quadra de difficuldades e para
impedir as complicações que resultariam para o Estado e para o Banco
■do Espirito Santo, bem como consequentes prejuisos, no caso de fallen-
cia daquella firma, resolvi rescindir o contracto respectivo, pagando-lhe
o material de almoxarifado, moveis, semoventes, medicamentos, mer­
cadorias, lavouras, créditos de colonos etc. mediante avaliação, sac-
cando contra o Banco do Espirito Santo para credito da dita firma,
que assim ficou com seu debito muito reduzido, em conta com esse
banco. Ao Banco vendi pelo mesmo preço os créditos de colonos, la­
vouras, mercadorias etc., ficando para o Estado moveis, semoventes,
machinas agrícolas c utensílios necessários á movimentação da usina
m e n s a g e m
3.36

A importância correspondente ficou em debito do Estado com o bun


co, para ser liquidada com o produeto liquido da usina, ficando em
idêntica situação o credito do Banco. Ficou a cargo do Banco o fi­
nanciamento e a administração da usina, sem compromisso para o Go­
verno, de supprir fundos.
Do lucro liquido, que se fôr apurando, o Governo terá 30 %
para amortisação do debito contraindo, o Banco terá 30% para amor-
tisação do seu credito, serão reservados 20% para ampliação das la­
vouras e 20% para reparos, conservação etc, constituindo fundo de
reserva.
O Banco tem augmentado muito as lavouras e-conta ter uma
safra grande e rendosa em 1929, capaz de deixar quasi desempata­
da a somma que alli foi empregada, em virtude da combinação acima
referida que foi ajustada a titulo precário, mediante correspondência
epistolar.

Contracto Tr&jano de M edeiros

Continua arrendada sem dar incommodos ao Governo, dando


se podendo prever sobre o fiel cumprimento das obrigações por elle
assumidas.

Até este momento só prejuízos tem tido o Estado com esse con­
tracto. Todavia, confio na idoneidade do contractante e se as dependên­
cias diversas de tal negocio o favorecerem, elle tudo fa rá por desenvol­
ver aquella industria e cumprir seu contracto.

F ab rica de tecid os em Cachoeiro do Itapem irim

Continua com pouco movimento o seu serviço de serraria, nada


embora uma renda pequena, que não deixa margem para a amortisação
do capital nella empregado.

Contracto de navegação interior com o

I?r. João dos Santos N eves

O contractante tem muito se esforçado pela desobstrucção da


rio B arra Secca, para poder exportar madeira e assim promover a
ESTAD O DO E . SAN TO 337

«cquisição de recursos com que poderá cumprir seu contracto. Não


obstante seu ingente trabalho, não consegui o ainda vencer as difíicul-
dades encontradas e não nic consta tenha cile conseguido capitaes suí-
ficientes para a realisaçâo de seu grandioso plano.

S erviços R eu n id os de V ictoria

Lomo vos informei, foi em Janeiro de 1920 a direcção desses


serviços entregue ao grande engenheiro D r. Flavio Ribeiro de Castro.
Os serviços todos que o constituem tiveram grande desenvolvimento,
porém as suas partes componentes exigiam grandes e avultados dis-
pendios com reform as, ampliações e renovações, ao passo que isso não
evitou uma quadra penosa de interrupções. Só nos exercícios de 924 a
927 tive necessidade de empregar em taes serviços a avtiltada quantia
de 6.920:545S010 réis, além de toda a renda por elles produzida. Ape-
zar de todo esse enorme capital que eu fui obrigado a empregar, era
ainda muito grande o dispendio provável a fazer, para completar as
ampliações c renovações necessárias.
De modo semelhante a installação'eléctrica de Cachoeiro do I ta-
pemirim, embora entregue a uma administração idônea, não inspira­
va ao Governo a confiança de ficar ao abrigo de despesas grandes e
forçadas, além de pouco esperar dc sua quota de arrendam ento. Lá,
como aqui, tem as inslallações mais de 15 annos de uso, sem renda
apreciável para o Thezouro do Estado, ao passo que só nos annos de
924, 925 e 926 os supprimentos em dinheiro para os chamados uServi­
ços Reunidos do Itapemirim” ascenderam a 358:973$263 réis.
Contrario como sou á exploração de qualquer industria por par­
te do Governo, exccpto as de transportes, quando», foi isso inevitável,
aproveitei a opportunidade que se apresentou, de passar por venda, a
uma empreza particular tacs serviços, uma vez verificada a sua idonei­
dade adm inistrativa e financeira. Orientei-me quanto ao contracto
respectivo e tabella de preços por outros serviços congenercs em nos­
so paiz, preferindo exigir mais quanto aos transportes urbanos do que
quanto ao consumo de energia electrica, sob suas múltiplas form as.
Vendi as duas installações pelo preço global de dose mil contos
(12.000:000$000) que cobria todos os dispendios feitos pelo Estado-
com ambas. Essa venda foi á vista, ficando em deposito urna reserva
de 300:000$000 para o Governo levantar depois que estiver habilitado-
33 8 M E N S A G E M

a dar certos titulos de propriedade ainda não regularisados, tendo fica­


do um saldo do alm oxarifado a apurar, do qual se tem já recebido
quantia approxim ada igual á desse deposito, de sorte que se pode con­
siderar a importância total da venda como paga.
Tem a empreza compradora “ Companhia Central Brasileira de
Energia Eléctrica'’ procurado ampliar e melhorar os serviços, empre­
gando o capital necessário e tenho de todos os interessados ouvido boas
referencias quanto a melhora de tudo e bôa execução dos trabalhos.

U sin a E léctrica do R ibeirão C alçado

Em seus últimos mezes de Governo o meu digno antecessor h a­


via resolvido construir uma usina de electricidade no município de Cal­
çado, para servir á uma vasta zona do Estado, abrangendo os municí­
pios de Calçado, S . Pedro e Ponte do Itabapoana. H avia elle encom-
mendado o material electrico e hydraulico, o qual paguei quasi todo.
Felizmente um capitalista daqueila zona, Sr. João F erreira Soares, re ­
solveu chamar a si a exploração dessa industria e vendendo-lhe o Go­
verno o m aterial adquirido, embora com pagamento a prazo, ficou o
Estado exonerado desse novo encargo. O comprador conseguiu exe­
cutar as obras e está fazendo a exploração industrial, sem favor algum
do Governo. Ultimamente, requereu elle a dispensa do imposto de
transm issão de propriedade para elle poder ter em seu proprio nome os
serviços separados, que antes funccionaram com diversos proprietários,
porém defficientes e pouco satisfatórios. Comquanto me pareça razoá­
vel e justo esse pequeno auxilio não tenho autorização legislativa para
fazel-o, deixando a vosso estudo a solução conveniente.

C om panhia T erritorial

Como é de vosso conhecimento, é o Governo grande accionista


desta Companhia, tendo grandes interesses presos ao seu progresso.
Tendo eu confiado a sua direcção ã grande operosidade, dedica­
ção e competência do S r. D r . Attilio Vivacqua, no cargo de dircctor
gerente, auxiliado com efficiencia pelo S r. Coronel Ildefonso Brito,
no de director secretario, desde os primeiros dias de minha adm inistra­
ção, é sinceramente desvanecido, que junto transcrevo o officio relato-
E S TA D O DO E . SAN TO 339

rio daquellc digno dircctor, que cm poucas j)alavras traduz o exilo


completo da sua administração.
“ Collatina. 31 de Maio de 1928. — Exmo. S r. Presidente do
Estado- — Tenho a honra de passar ás mãos de V. Exa. os dados an-
nexos referentes á Companhia Territorial, cuja direcção, graças á hon­
rosa confiança de V . E x a ., nos foi conferida. Pelo quadro ora en­
viado verifica-se que, dentro da orientação traçada pelo governo ac-
tual, foram expedidos, de Agosto de 1924 a Maio de 1928, titulos cor­
respondentes a «82.068 hectares c 5.753 centiarcs, no valor de
3.996:ò4ó$700, c que existem medidos dependentes de cscripturas.
6 .2 2 8 hectares e 7 centiarcs, no valor approximado de 313:350$0ÜO.
As vendas representam ncgocios a prazo e á vista, e o seu beneficio
para a colonização se traduz no algarismo, bastante significativo, do
numero de famílias a que essas vendas correspondem, o qual é de 1.1 29
\ actividadc agrícola da região exprime-se no indice, também anima­
dor, attestado pela existência de 2.350.000 cafeeiros. Collaborando a
obra benemerita do desenvolvimento rodoviário do Estado, a Compa­
nhia, de accordo com a inspiração de V. Exa. construiu 411 kilometros
de caminhos coloniaes, destinados a ligar as principaes zonas do seu ex­
tenso patrimônio. Os levantamentos hydrographicos, cuja copia forne­
cemos á Secretaria de Agricultura, para confecção do mappa do Espi­
rito Santo, attingiram a um total de 836 kilometros.
E ’-nos grato assignalarmos que o compromisso da Companhia
para com o Estado e o Banco do Espirito Santo, verificado no inicio-
de nossa gestão no valor de 1 .9 5 8 :762$109. proveniente de compras
de terrenos e da Serraria de Barbados, e de indemnisação a Chagas
Lino & Cia. consequente á rescisão do contracto de arrendamento de
m attas, se acha reduzido a 108:800$099, da conta do Estado, c cujo
resgate esperamos fazer durante o periodo do nosso mandato.
Com a mais viva sinceridade, reiteramos a V . E xa. os nossos
agradecimentos pelas provas de confiança com que nos tem d is—
tinguido.
Com elevado apreço e a mais distincta consideração, subscre­
vemos-nos, apresentando a V . E xa. as nossas respeitosas saudações.
— Companhia Territorial Attilio Vivacqua, Dircctor-Gerentc. — //-
defonso Brito, Director-Secretario”.
340 MENSAGEM

Vendas effectuadas pela “ Companhia Territorial", constantes de titiüos


expedidos a prazo e a vista

SE M EST R E S A reas vendid as Preoos das vendas

•Segundo de 1923 .............................. 10.620.300 5 8 :620$000


Prim eiro dc 1924 ............................... 3.525,000 2 4 :543$000
•Segundo de 1924 .............................. 54.477,841 3 0 5 :128$400
Prim eiro de 1925 ............................... 133.737,859 661 :414$100
Segundo de 1925 .............................. 101.756,430 575:4038200
Prim eiro de 1926 .............................. 166.102,595 6 5 7 :850$000
•Segundo de 1926 .............................. 167.239,328 7 8 1 :831$000
Prim eiro de 1927 ............................... 93.963,195 4 6 9 :390$00()
-Segundo de 1927 .............................. 72.181,530 386.280$000
Primeiro de 1928 até 3 0 /V ............. 31.226,975 1 5 9 :350$000

1
T o t a l ...................... Metros 834.831.053 4.07!) :809$700

AREAS

Terrenos contractados e medidos, | Preço sujeito a m odifica-


dependentes de escriptura. . . 62.287,000 I c ão. . 313:3508000

TOTAL GERAL 997.118.053 M 2. 4.303:1598000

Numero de fam ilias correspondente ás áreas a c i ma . . . . 1.129

Numero de caféeiros em terrenos da Companhia............. 2 .3 5 0 .0 0 0

Extensão das estradas construídas pela Companhia . . 411 kilometros

Levantamentos hydrographieos 836 kilometros


E S TA D O DO E . S A N TO 341

P or essa exposição se verifica que dentro de 4 ou 5 annos pró­


ximos, só o imposto sobre a exportação do café produzido nos terre­
nos vendidos pela Companhia Territorial, que não representam alli a
vigésima parte dos terrenos devolutos disponíveis e excellentes, cobre
todas as despezas de juros e amortizações do capital que acabo de em­
pregar na construcção da ponte do rio Doce.

Petroleo

Como é de vosso conhecimento, o Governo se comprometteu a


auxiliar as sondagens que pretendiam fazer os S rs. Yivacqna, Irm ãos
& C ia., e John William Richardson, com um a quantia igual a que elles
dispendessem até o limite de 400:000$000, para essa exploração. Elles
mandaram vir um geologo e têm feito estudo em varias zonas, entre­
tanto, tendo o preço do dollar se elevado de 6$500 a 8$300, tornou-se
muito alta a somma a dispender com machinismo e isso impediu que
se fizesse a compra do material necessário.
Presentemente o Governo espera obter por empréstimo do Go­
verno hederal, ou por outra forma, a sonda com os respectivos accesso-
rios, de modo a não ter a despeza enorme que isso representa.

C ontractos diversos, com R au iin o C osta pana serraria, e

ou tros referid o s em m ensagens an teriores

N ão têm soffrido alteração.

C ontracto com E lp id io T a n d e r lc y e H crculano L eal, para

m on tagem de serraria e exp ortação de m adeiras

Tendo elles cumprido uma parte do contracto e desanimado


quanto á serraria e exportação de madeira, em face das difficuldades
de accesso ao porto dc Riacho, transform ei esse contracto em outro so­
mente de colonisação, nos termos da lei de terras n . 1.148.

Foi, o que acabo de expor, com bastantes detalhes nesta mensa­


gem relatorio, tudo que me pareceu conveniente e opportuno fazer, den­
tro.das possibilidades financeiras do Estado, a bem do seu progresso e
desenvolvimento.
M E N S A G E M
342

E m p reg u ei o m eu m elhor esfo rço em zelar pela boa a rre c a d a ­


ção das re n d as e su a rig o ro sa applicação. Q u an to ás relações do G o­
verno com o publico, fu n ccio n ario s e to d as as ciasses da a d m in istra ­
ção, em g eral, usei sem pre d a m a io r c o rd u ra , tive sem pre a m aio r sere­
nidade e a e x tre m a preoccupação de ser ju s to em todos os m eus actos.
D eix arei, d en tro em poucos dias, o alto posto que me foi c o n fia ­
do, com a tranquillidade de quem p ro cu ro u sem pre co rresponder á s a t-
tribuições desse alto c a rg o .
A ’ vossa com petência e reconhecido am o r ao E sta d o e á N ação
fica a continuação, ju n to ao m eu d ig n o successor, da o b ra de co o p e ra­
ção pelo bem g eral que com m igo realisastes, com ta n ta elevação.

V icto ria, 15 de Ju n h o de 1928 .


E I Ò E , A T A

3(i — lin h a 36 — leia se d c *2-1 a 30 <lc t f o v m i b r o d c 1926


n
37 — " 26 — leia-se d e 12 (lr D e z e m b r o d e 1926
»» 40 — 29 -— leia-se O m eu G overno soube d i s p e n s a r ...
11
105 i i
8 — le ia -se 775 f r a n c o s
»» 13 — leia-se
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106 —- ( a 325 r m )
»» ••
108 — 9 — le ia-se consultar aos portadores
»• 110 — •• 32 — !< ia se considerai-o c o m p h l o c d e s v a n e c e r m e de..
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113 — i*
4 — leia-se 13-1.032:000$000
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114 — •• IS — leia-se (». 310:205^000
i* •• 16 le ia-se Xa reunião
135 — —

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136 — •• 12 — leia se D< 21 d e D r : t m b r o d e 1917
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le ia .se
139 — 32 — D ividido
»• 142 — ” 16 — leia se Fisculisaçro do (.rporiarão
n *♦ 10 leia-se
152 — — Ha f f r i d o s c m c o itsn jn en cia d o s actos
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152 — 28 — leia-se A bsorvevdo-lhc
•> 153 —
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27 — leia-se qui rccom m andera
■1 154 — •• 20 — leia-se suffisanle
»> 154 — »• 25 — le ia-se consultaiiou — leia-se: e t p o u r
«» 155 — ii
10 — le ia -se pour
•»
157 — )>
23 — leia-se c n 1915 — 1916
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163 — 20 — leia-se pas
ii
163 — 28 — leia-se sernirnf
«» ••
163 — 43 — leia-se <h m a n d e r la derolution
•1
191 — 26 — leia-se c o m os d o s e ( j u u d o c t e r c e i r o a n n o s
•I i*
197 — 17 — leia-Si» raças fin a s
•<
214 —
••
14 — le ia -se comprehenãem
«»
21S —
ii
29 — leia-se atravessado
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220 —
••
25 — leia-se aos e s ta d o s
*1 ii
225 _____ 26 — leia-se d i v i d i d o e m 11 v ã o s
11 242 _____
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16 — leia-se acha-se a E s t r a d a

243
ii
2 — le ia -se com a c o b e rtu ra , reboco c
1» V
243 — 32 — le ia -se forçados
%. **
245 — 26 — leia-se quan to a conservação d o . . .
4*
255 —
»
3 — leia-se co m o solução
..
275 —
11 33 — leia-se correu nos a n n o s . . .
11 281 —
11 4 — leia-se de calçam en to. . .
11 283 —
•• ;* o
— le ia -se Em 1924 d i s p c n d c u - s c . . .
11 284 —
11 17 — leia-se Constou do r e c u o . . .
11 290 —
11 20 — leia-se M elhoram entos de 1 i c t o r i u , d i v a ms a s . . .
11 304 —
11 17 — leia-se d ec re ta d a pelo G o vern o F e d e r a l c sanccio
n a d a . ..
11 304 —
11 23 __ le ia -s e :
11 307 —
11
9 — le in .s e
11 326 —
- 11 36 — leia-se
333 — Transposição elas linhas 18 o 25 da p a g . 3 36.
337 — linha 26 — leia-se: q u a n d o f ô r i s s o i n e v i t á v e l
DEMOKSTUAÇXO DAS D1CS1MCSAS PEITAS COM OS SERVIÇOS DB AllKIl. A DSZBMIIRO DK 1926 COto OURAS NOVAS K KKCOXHTKI VÇÔKS
. ' ANNEXO N Í 3

BALANÇO GERAL PROCEDIDO PELO SNR. APRIGIO FREIRE. GERENTE DA E. F. ITAPIMIR1M


EM 31 DE DEZEMBRO DE P»j 7

A C T IV O P A S S IV O

V ia p e n n a n e n t e .................................................... T h c M in m d o E s t a d o .* p a t r im ô n i o .................................... 3 . 9 5 0 : 2 l0 $ 5 5 íi

O b r a s d ' a r t e ................................... ..... .. 4 8 :4 3 1 S 4 2 4 ObrigaçiM* íi |in>iar.................... *................................ 12 IHHJSllUO


E sta ç õ e s q P a r a d a s ............................................ 1 6 :9 2 8 3 0 0 (1 D e s c o n t o s D i v e r s o s .................................................... .. ,. 5 :1 9 0 3 0 2 7

M o v e is •& U t e n s í l i o s .......................................... 2 2 :9 2 1 $ 0 0 0 í ’o n t a < C o r m i t r * ................................................................................ 1 1 3 :9 t> o $ 4 9 2

M a t e ria l R o d a u t e .............................................. 6 9 0 :< K » 0 $ 0 0 0 D e p O s u o s . ...............................- f


C a n ç õ e s ..................................................................... 3 6 0 3 0 0 0 F o lh a » u P a j r n r .................................... ..... .. 2 2 7 .*.« 1 $ 3 0 1

V c h ie u lo s .. ........................................................... 2 3 : 3 2 7 $ < X I0 T h e s o n ro d o K s f a d o v s u p p r n u e in o . '**"*. "****■ < • 7 5 V 1 7 2 S 0 O '»

8 4 8 S 0 IH I R e n d a A lh e ia . . . ........................................................ 1

R e s p o u s a v e i s ............................................................ 1 :2 1 1 $ 4 1 9

1 5 : 4 . '» 9 S 8 3 1

C o n ta s C o r r e n t e s ............................................... 1 .0 3 1 -.2 3 1 3 7 3 0

P h a r m a c i a .................................................................. r> - . 8 6 0 3 5 0 0

A h u o x a r i í a d o .......................................................... 1 5 2 :8 0 7 3 2 7 8

1 :3 0 0 $ 0 0 ll

9 3 :2 1 7 ^ K H »
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If t e s o u r o it o E s t a d o c p re j u íz o » .. 0 1 8 : - M K » ? 0 . 'i 2
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D e sp e s a s c o m re p a ra ç ã o c e o n -

strn e ç ã o d e m n t c r in l ro d a u te 7 5 :8 3 1 $ 8 Ü S 1 0 9 ^ 2 2 3 0 7 7

O b ra s n o v a s t re c o n st ro c ç õ e s:

S e r v iç o s e x e c u ta d o s p o r S o a b ra

& X o b re , e m 1 9 2 6 ........................... 0 0 :0 O O $ Ü L H )

S e r v iç o s

Id c ia . id e rn .
c o n c lu íd o s

e ste
e m 1 9 2 6 ..

a n u o ....................
9 0 :8 7 1 3 0 9 1

4 9 1 :3 7 1 $ 1 0 ò
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S e r v iç o s em a n d n m c n to . e sta n ­

d o iu r lt ü d o n e sta p m v e lln a s

m e d iç õ e s d e S c a b ra íi X o b re ,

d e m a io d e 1 9 2 6 a F e v e r e ir o

d e 1 5 2 7 .................................................... 1 .0 1 7 :4 7 9 5 2 3 9

7 . 0 8 6 :3 7 9 $ 4 9 4 7 . 0 8 6 :3 7 f $ 4 íM

D E M O N S T R A Ç Ã O D A O O N T A L U C R O S & P E R D A S E M 3 1 D 2 D E Z E M B R O D E 1 9 2 7

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D E B IT O C R E D I T O

T ra c ç â p e M a t e r ia l R o d a u t e ........................................... 1 1 0 :5 9 3 3 3 0 0 R e n d a P r ó p r i a ............................................................................

S e e ç õ e s .................................................................................................. 5 4 6 3 3 0 0 F ra c ç n o e A b a t i m e n t o s ........................................................

2 9 0 :1 G 3 $ 2 6 2 J u r o s e D e s c o n t o s ...................................................................

5 0 3 :1 6 3 $ 2 6 2

1 5 :7 8 0 $ 5 (K I

I n d e m n i z a ç õ e s ................................................................................. 4 :2 G 5 $ 7 0 0 G o v e rn o d o E s t a d o e / p r e j u í z o s ................................

D e sp e sa » G e r n e s ........................................... ............................... 3 9 :1 3 2 3 5 2 5

R e p a ra ç ã o e C o n s . M a t e r ia l R o d a u t e ................... 8 3 :3 5 7 $ S 1 0

C o m b u s t í v e i s ...................................................................................... 1 0 3 :5 5 7 3 7 0 0

1 .1 0 0 :8 2 9 3 5 2 5 1 .1 0 6 3 8 2 9 3 5 2 3

C a e h n e ir o d e It o p e m ir im , 31 d e J a n e ir o d e 1 9 2 3 .

(a ) A X T O N IO B O C H A ( a ) A P R I G IO F R E I R E .

G e re n te d a E . d e F . It a p e m ir im
ANNÍ X fi Ní 3
BALANÇO GERAL PROCEDIDO PE L O SNR. A PRIG K ) FR E IR E . G ER EN TE DA E. I«\ I I API MI RI M
EM 31 DE DEZEMBRO 1>E 1wjt

A C T I V O P A S S I V n

V i n p c r m a u o n l e . . .................... ....................... 3 . M l : ( ) 1 3 $ I2 S T b o lo r im d o E s t a d o • p a t r i t n o n i n ............................ 3

< » h r u s d * a r t e ................................ ..... ............................... - » s : | :{ 1 5 ? i: t 1 O b r ig a ç õ e s a p a u a r . 1 2 t H IU S t iU U


IC s t n ç õ e s o P a r a d a s ............................................... .. ............. ... , . l( i:9 2 t Í$ t H > l) D e s c o n t o s D i v c r - n - . • l* » l$ i» 2 7
.M o v e is (Jc P t O n s iP o s . . .. 2 2 d « 2 1 $ íH J O C o u t a s C o r r e n t e - . , 1 ::: 'i i n i S 4 ! i 2
M n t o r in l R o d a n t e . . . . l ü l l i .- ( M K l$ f U lil D e p o s it o * . M « ;$ â s> ti

C a u ç õ e s » .................................................................................. :| {J U $ 0 0 () F o l h a s a P llj ía r . . . • • • • 2 2 7 :3 l.l$ 3 0 1

V o h io u lw » .................................................................... . ., ..................... 2 3 • 3 2 7 $ ! * i) ( t T lie s o lt r o d o Iv t . iiJ u r • iip p r t im - j d o . 2 7 * » 'i I7 2 $ o n 7


R e c e it a s a C o b r a r ................................................ s iís s o n o U e iid u A l J i e i a . . . 1 'r . t i s p t f
R e s p o n s á v e i s ........................................................................ 1 - . 2 1 1 $ 1 1 !»

C a i x a ..................................................... lã :-i: .!) $ s :il

C o n t a s C o r r e n t e s ........................................ . . . 1 ,0 3 1 :2 3 1 $ 7 3 U I

P h a r m a c i a ............................ ;*» : S ü O $ ã ( N J

A l m o x n r i f u d u .......................................................... lõ 2 : K 0 7 $ 2 7 s
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Im m o v e i x ...........................- ............................................ 1 d N IU S D O II

A r m a z é m ............................................................................... !» : S : 2 I7 $ 0 0 I1

T h c s o u r o d o E s t a d o c p r e j u íz o s .. t » i> h ;o s i» : *2

D e s p e s a s ••oni r e p a r a ç ã o e o o n -

s t r u o o â o d o m a t e r ia l r o d a n t e 7 ."> : 8 ;t l$ h íW 1 « ;: • ô 2 2 S ’ ;

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S e r v i ç o s e x e c u t a d o s p o r S e a b r n
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S e r v iç o s c o n c lu íd o s e m 1 !*2 G .. l '6 : R 7 1 $ n * i l

1 !1 : 3 7 1 $ 1 t W L

S e r v iç o s e m a n d n iu e n t o . o s t a n -

d o in c lu íd o n e s t a p iir c e lln a s

m e d iç õ e s d o S o n b r a & N o b r o .

d o m a io d o 1 9 2 G a F e v e r e ir o

1 . 0 1 7 :1 7 !)§ 2 3 5 )

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D E M O N S T R A Ç Ã O D A O O N T A L U C R O S & P E R D A S E M 3 1 D E D E Z E M B R O D E 1 9 2 7

D E B I T O C R E D I T O

T r u c ç ã o c- M a t e r ia l R o d a n t e ............................................. 1 7 " K t)0 $ th » 3


S e c ç õ e s ............................................................................................................... F r a c ç ã o r A b a t im e n t o s ..............................

T r n f e g o e / u io v im e n t o .................................................................. 2 9 0 :1 G 3 $ 2 G 2

V ia - P o r m a n o n t e e / e u s t e i o ....................................................... 5 0 3 :1 G 3 $ 2 G 2 C o m m i x s ò o s ..............................

R e c e it a s t r r n t i s ......................................................................................... 1 5 : 7 8 0 $ 5 0 0 P h n r m a e i n ..............................................

( io v e v n o d o E s t a d o e 'p r e j u í z o s ., G IS : IG 0 $ d . Y J
D e s p e s a s t i e r n p * ..................................................................................

3 3 :3 5 7 § 8 1 0

C o m b u s t í v e i s .......................................................................................... 1 0 3 :5 5 7 $ 7 0 0

1 . 1 0 G :8 2 9 $ 5 2 5
1 . 1 0 f ij íS 2 ü S 5 2 r .

C a i-lio e ir o d o It a p e m ir im , 3 1 d e .T n n e ir o d o 1 9 2 S .

(a) ANTONIO ROCHA ( n ) A I M í I t í I O F K E l l í K

./ G e r e n t e d a K . d o F . Ic ip o m ir im

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A s s i m s e r e s u m e o m a t e r i a l ro dante q u e p o s s u e a e s t r a d a d e f e r r o d e I t a p e m i r i m , e s t a n d o n a r e l a ç A o a d a i x o
SEPARADO O Q U E FOI ADQUIRIDO A FIRMA M E L L O M A T T O S E REFORMADO DEPOIS E O QUE ADQUIRI A P Ô S A S O P A R A Ç A O DA
E . l '. D O S E U C O N T R A C T O DE A R R E N D A M E N T O .
E s s a r e l a ç A o c o n t e m o q u e e x i s t i a e m 3 1 / 1 2 / 9 2 7 . &
NOTA: — D o s 2 0 W a a o n s n m c r ie n n o s m e u tiliz e i d e u m p a r a c o n s t r u i r u m c a r r o d e 2.“ c l a s s e p a r a p a s s a g e i r o s , a s s im
c o m o la m b e m nr«e u tiliz e i d c 2 d o s H d a C i a . M ogyana p ã r a r .c o n s tr u ir u m c a r r o c o llc c to r e C o r r e io c u m o u tr o
p a r a a n i m a e s , c u j a s c o n s l r u c c õ c s fo ra m f e i t a s n a s o f l i e i n a s d u E s tra d a .
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