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00092.

000420/2013

DENÚNCIA DE PADRE ANTÔNIO

HENRIQUE PEREIRA NETO

CONTRA O ESCRAVOCRATA

WOLFGANG SAUER, QUE AGORA

POSA DE SANTARRÃO COM O

LANÇAMENTO DE SUA

NARCISÍSTICA E MENTIROSA

AUTO-BIOGRAFIA !!!

COMISSÃO DA VERDADE:

SOCORRO!!!
discriminacaoracial: Mensagem: Re: Neonazis no Brasil - Ação imediata contra o p... ragma i

R©. Neonazis no 3rasil - Açao imediata contra o pericjo Lista de tópicos < Tópico anterior i próximo tópico >
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Rhs. maudei um comentário pro Santayana do ,TB, vamos ver se eles publicam
asé
romao

" Prezado Mauro Santayana,

daqui da Aiemanha podemos perceber há muito tempo o ressurgimento da hidra neonazista no Brasí. Ataques a
jornalistas negros já aconteem hâ anos na Internete, sem que a grande imprensa brasileira tenha dado a devida
atenção, (O caso da Afropress de São Paulo, por exemplo).

Já no Brasil no período da ditadura, podia-se se perceber os ideiais de Hitler sendo consagrados nas alianças dos
ditadores do Cone Sul, que além dde utilizarem serviços de fascistas e nazistas como Dan Mitrione e Klaus
Barbie acobertavam fugitivos como Joseph Mengele, além de inspirarem em suas operações genocidas em
nomes com “Condof, a esquadra assassina alemã que varreu Guernica do Mapa.

Nazismo no Brasil perdura desde as antigas milícias do presidente da Volskwagen e financiador da OBAN,
Wolfgang Sauer, até as milícias atuais que se espalham pelo país.

Tem que se cortar dentro da lei estas cabeças fora. tem razão.

Você não acha entretanto, um certo exagero e pouca responsabilidade jornalística, comparar essa hidra nazista
com as reivindicações dos índios e negros brasileiros?

Ou estariam os Índios e os negros pretendendo criar novas repúblicas e separar o país? Que região seria? Onde
está o Hitler deles? Ou eles não seriam tão brasileiros quanto os filhos dos tão responsáveis portugueses?

Marcos romao

Jornalista (Hamburgo)

"A Suástica é contagiosa em uma dada situacao política de crise.


Se nao se corta imediatamente a cabcca da serpente, logo-logo ela se toma
um terror terrível e incontrolável!"- Ras Adauto Berlin

Ação imediata contra o perigo

Por Mauro Santayana

À Polícia Federal e as autoridades estaduais começam a desmantelar o movimento neonazista que se articula no Sul do país.
Não se trata de uma manifestação de enfermidade mental, apenas. Além das várias demonstrações de brutalidade de jovens
tatuados com a suástica, contra negros e mestiças, são cometidos assassinatos, como ocorreu recentemente em um subúrbio
de Curitiba. Membros desses movimentas planejavam atentados contra sinagogas, e assassinatos de judeus e negros. O
governador Roberto Requião, diante do fato, tomou medidas imediatas, determinando à polícia que identifique os grupos
neonazistas e encaminhe os seus responsáveis à Justiça.
O problema não é novo, e remonta aos anos 30, quando os nazistas se organizaram de tal forma, na região, que mantinham
mais de mil escolas e várias estações de rádio. Um gauleiter do Partido Nazista exercia abertamente as suas funções de
delegado de Hitler. Poucos lustros depois da derrota do nazismo, voltaram a rearticular-se. Ampliaram agora sua ação,
fomentando o separatismo do Sul, sob o pretexto da presumida superioridade da raça branca, que é maioria na região. Entre
muitos descendentes de alemães e poloneses remanesce o antissemitismo como manifestação atávica de ódio. Entre os
italianos, há ainda os saudosistas do fascismo, que se correspondem com os neofascistas da legga Lombarda. Os projetos de
separatismo sáo mais graves do que muitos imaginam. Eles se baseiam no antigo projeto de Hitler, de construir, no Sul do
Continente, e a partir do Paraná, uma Germânia Austral, que englobaria também a Argentina, parte do Paraguai e da Bolívia,
e o Chile
Sempre que há notícias desses movimentos, costumamos balançar os ombros, uns, e sorrir, outros. Não podemos imaginar
que eles possam crescer e ameaçar a unidade nacional. É melhor não menosprezá-los. Temos que os localizar, identificar
seus líderes, impedir sua articulação, neutralizá-los, enquanto é tempo. Estamos cometendo o erro de transformar a
sociedade brasileira em um arquipélago de falsas etnias. Asseguramos aos índios direitos que são negados aos outros
brasileiros, entre eles, o do acesso à terra necessária à sobrevivência. Reconhecemos a algumas povoações, sob o pretexte de
que são remanescentes dos antigos quilombos, propriedade sobre áreas muito mais amplas daquelas que realmente ocupam

http://br.groups.yahoo.eom/group/discriminacaoracial/message/51153 03/03/2013
VU11UU V/ p... 1 CIÍ4111U W uv, z.

e nelas trabalham.
A qualquer momento, sob o pretexto de que, em algumas áreas do Sul, os descendentes de europeus constituem maioria,
poderá ser criado grave problema político, com o apoio também econômico dos movimentos neonazistas europeus. O que
parece absurdo hoje pode ocorrer amanhã, como mostra a História. Foi para proteger os alemães residentes na Tcheco-
Eslováquia que os alemães avançaram para o Leste e, com a covarde aquiescência da Inglaterra, da França e da Itália,
ocuparam a Boêmia, abrindo caminho para a invasão da Polônia. Quando os aliados se deram conta do erro cometido com o
Acordo de Munique, os alemães já haviam acumulado forças para ocupar toda a Europa e mantê-la sob seu domínio.
Se o passo de Hitler tivesse sido fechado logo no início, o mundo teria evitado a morte, de dezenas de milhões de pessoas, e
não herdaríamos questões políticas tão embaraçosas, como a intolerável situação da Palestina. O racismo antissemita nada
tem a ver com ajusta oposição da consciência do mundo ao que ocorre na área, em que um Estado estrangeiro foi imposto
contra a vontade dos que habitavam conlinuadamente o território desde os tempos bíblicos. Falar em “raça” é contrariar
verdade científica irrefutável. Se admitíssemos essa teoria veterinária, que nada tem como os homens, a “raça” superior seria
a negra, posto que foi na África que se iniciou a nossa espécie.
Nossa extensão continental e a unidade política, que conseguimos com grandes sacrifícios dos primeiros povoadores e com a
inteligência estratégica dos portugueses, se vê ameaçada quando o país consolida a sua presença no mundo e na História.
Não há como contemporizar com esses grupos. O governo já pensa em criar um grupo especial de trabalho para monitorar o
problema e superintender as atividades políticas e policiais na exigida repressão. Dentro da lei, sem os excessos que são
condenáveis em qualquer circunstância, as forças do Estado irão vigiá-los e levá-los aos tribunais. Eles devem ser localizados
onde se encontrem, no aparelho do Estado e na sociedade. Não há tempo a perder. Como sabemos, a loucura é também
contagiosa.
http://www.jblog.com.br/politica.php9itemHfo 12951
Clipping: Ras Adauto

Marcos Romão
Soziologe&Freier Joumalist (DJU-Hamburg)
Interkulturelles Komunikationszentrum Quilombo Brasil
Rádioweb Mamaterra
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http://br.groups.yahoo.com/group/discriminacaoracial/message/51153 03/03/2013
discriminacaoracial: Mensagem: Re: jcoreatitude] Nazismo, Moradores de Kua e ü... ragma j. 1

Re: [coreatitude] Nazismo, Moradores de Rua e Bandeiras


Denise, tenho acompanhado com muita preocupaeao estes fatos que voce.s
me relatam, goslaria inclusive dc colocar em minha página um aviso
sobre esta rede nazista, acontece que aqui na Alemanha , sómente
jornalistas autorizados! o meu caso) podem acessar estas páginas a
título de investigação, pois o simples fato do cidadao comum acessar
esta páginas, pode ser considerado crime,. Precisamos ver dc onde vem
esta página, para no caso acessar o governo local, caso no país de
onde venha seja considerado crime a disseminação de idéias nazistas,
ou pedir a lnterpol que bloqueie o seu acesso para a Europa No
Brasil, eu nao sei como é que é.
Fiquemos atentos, pois sao extremamente perigosos, e enganam inclusive
brasileiros incautos aqui na Alemanha, que assustados com a propaganda
cie que os ídios e as negros estão tomando o poder no Brasil, tomam- se
presas fáceis das cantilenas nazistas.
Nunca devemos esquecer que a ORAN foi em parte idéia, e em boa parte
foi finaciada pela Volkswagen na época comandada por Wolfgang Sauer.
E quando eu comento que vivo em um subúrbio de Sao paulo, pouca gente
acredita....
marcos romão
Sozialwissenschaftler/Freier Joumalíst D,í U /Ver.di
romao@... |
www.mamaterra.de
Tel/Fax * '49 40 2209621
Celular **49(0) 1728752291

http://br.dir.groups.yaiioo.com/group/discrirninacaoraciat/message/12686 03/03/2013
discriminacaoracial: Mensagem: Nazismo. Moradores de Rua e Bandeiras r agmu j.

Nazismo, Moradores de Rua e Bandeiras Lista de tópicos < Tópico anterior | Próximo tópico >
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Prezados e prezadas,
A cerca de dois ou três dias atras, quando vi o jornal local SPTV pela TV Globo, me surpreendí com a apresentação de unia carta, intitulada "da uma
esmola, tio”, na qual ao final se inseria um símbolo que me pareceu a Cruz Celta. Me surpreendeu também a edição da matéria para o Jornal
Nacional, que suprimiu a imagem da carta, bem como uma entrevista com o dr. liedio.
Atualmente esta carta se encontra em jioder do Ministério Publico do Estado de São Paulo (novamente para investigações),
Esta mesma carta se encontra na internet, para ser distribuída através de folhetos de campanha do site do "Ativismo Nacional Socialista", no
endereço ja denunciado pelos pares, mas que contínua no ar, com orientações detalhadas sobre os que queiram sc envolver nas atividades
propostas: http://libreopinion.com/members/sul88/cartazes_folhetos.htm
Neste endereço encontramos inclusive um link para a Editora Revisão (aquela que foi condenada pela edição de livros contra os judeus).
Dado histórico, fomos detentores neste pais do maior numero de associados ao partido nazista fora da Alemanha, nos tempos de glória daquele. E
por onde andarão estas pessoas?
Em relação a este endereço na net ("ativismo social nacionalista") esta situação se arrasta por tanto tempo que estou esperando para ver o resultado
(quantas prisões, quantos implicados, etc, etc, etc). Porque ja deu tempo de sobra para investigar estas atividades ilegais, que ja podem estar se
traduzindo em assassinato nas ruas.
Por pertinente, encaminho em auexo um trabalho de Karina Carvalho, amiga minha que gentilmente nos cedeu um mapeamento dos
simbolos/bandeiras utilizadas por movimentos neo-nazi (A Cruz Celta se encontra entre eles).
É importante conhece-los, para melhor identifica-los.
Abraços fraternos,
Dcnise Carvalho

http://br.dir.gfoups.yahoo.com/group/discriininacaoracial/message/12685 03/03/2013
Tribuna da imprensa online

Encontro de Lula com militares


reútte inimigos mortais do passado

Houve um tempo em que as estruturas da República seriam abaladas


apenas com a notícia de um encontro de um líder oposicionista como o
presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva com o pessoa! da Escola Superior de
Guerra (ESG). ~ro 7>0
A
Lula não chegou a pegar em armas nem a participar de algum grupo
guerrilheiro. Também não foi torturado. Mas teve muitos problemas com o fei>\i>a
governo militar. Em 19 de abril de 1979, depois de comandar uma greve de
mais de 80 dias em fábricas de automóveis, Lula e 17 dirigentes sindicais do 7>t
ABC paulista foram presos com base na extinta Lei e Segurança Nacional.
Ficaram no Departamento de Ordem Política e Social (Dops) por 31 dias. sx ub n >

Dois dias antes da prisão, o então ministro do Trabalho, Murilo Macedo,


decretara intervenção no sindicato (a segunda), afastando Lula da
presidência e cassando o mandato de toda a diretoria.

O Dops, onde Lula ficou preso, fora o órgão responsável pelos maiores
horrores da ditadura. No dia 20 de maio a prisão preventiva dos
sindicalistas acabou revogada, julgado pelo Conselho Permanente de Justiça
da 2a Auditoria Militar de São Paulo em novembro de 1981, Lula foi
condenado a três anos e seis meses de prisão.

Posteriormente, o Superior Tribunal Militar (STM) anulou o processo. Um


dos principais fiadores do diálogo do PT com os militares hoje é o deputado
José Genoíno, candidato ao governo de São Paulo. Em abril de 1972, o
então militante do PC do B, José Genoíno Neto, era aprisionado na região do
Araguaia, hoje Estado do Tocantins.

Participara da formação de uma guerrilha que pretendia tomar o poder pela


luta armada. Genoíno teve sorte, porque foi preso logo no início do conflito,
quando o regime militar ainda não havia decidido eliminar os guerrilheiros.
Ao todo, morreram 59 militantes e 19 camponeses que aderiram à luta
armada. Durante os cinco anos em que ficou preso, Genoíno foi torturado e
espancado. Três décadas depois do episódio, ele considera um erro ter
optado pela luta armada.

O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP), também esteve


preso pelo governo militar. Foi trocado pelo embaixador norte-americano
Charles Burke Elbrick, seqüestrado numa ação conjunta da Ação Libertadora
Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8). Dirceu
seria solto, porque o Supremo Tribunal Federal (STF) o havia beneficiado
com habeas-corpus. Mas o Ato Institucional n° 5, editado em 13 de
dezembro de 1968, impediu sua libertação.

Ele diz que até a troca pelo embaixador norte-americano, passou todos os
dias arquitetando um plano para sua fuga. Com o AI-5, Dirceu teve a sua
nacionalidade cassada, além de ser banido do País. Outro que amargou as
prisões do regime militar foi Hamilton Pereira, da direção do PT, hoje
responsável pela parte cultural do programa de Lula. Hamilton, também
conhecido por Pedro Tierra, alcunha do poeta, militou na ALN e só deixou a
prisão com a anistia, em 1979.

A respeito do AI-5, escreveu um poema: "A noite desceu. Que noite!/ Já


não enxergo meus irmãos./ E nem tampouco os rumores/ que outrora me
perturbavam./ A noite desceu./ Nas casas,/' nas ruas onde se combate,/ nos
campos desfalecidos,/ a noite espalhou o medo/ e a total incompreensão./ A
noite caiu./ Tremenda, sem esperança.

Também passaram pelas prisões militares parceiros do PT, como Renato


Rabello, hoje presidente do PC do B, e os deputados Aldo Arantes (GO) e
http.7/\ vww. íribu na .inf.br/noticia. asp?noticia^pol itica02 04/09/02
liviero

Luca

LULA!

Storia dell’uomo che vuole

cambiare il Brasile (e il mondo)

Prefazione di Cláudio Fava


Oliviero Dottorini - Luca Telese
<? jmjw.

scontro si fa aspro e inizia znpreoccupare il Governo e i verti-


ci industriali, che per ora-giocano di spada (aumentando il
numero dei licenziamentijf ma anche di fioretto.
Sentite questa. Sentit/ come ce la racconta Frei Betto in
Lula, il saggio di Mari<VJ. Cereghino e Giancarlo Summa. È il Gli scioperi e la tentazione
Natale dei ’78, Lula sí ritrova in casa uno stereo. È il regalo di «mettersi in proprio»
dei direttori delia Vofltswagen, la piü grande azienda delTABC
paulista. «Che significa questo?», chiede Lula per telefono.
«Un regalo da parte di alcuni amici», rispondono all’impresa.
E Lula: «Potete riprenderveío, perché non lo considero un Ci fu un tempo, tra il 77 e il 78, in cui venivo coccola-
regalo». «Non esageri, Lula, è solo un regalo», insiste la ditta. to da tutta la sinistra brasiliana, da tutti i settori con-
«Molto bene, se proprio volete farmi un regalo, riportate lo servatori. Registrai tutti ipossibili programmi Tv: tutti
, stereo alia sede dello sciopero. Ne faremo un prêmio per la mi vedevano come un nuovo Cristo. Ma quando pro-
ponemmo di costruire il Partito dei Lavoratori, allora
) lotteria, servirá per raccogliere i fondi necessari alia nostra tutto fini, cominciai a essere boicottato perché volevo
lotta». Silenzio. Il giomo dopo Lula richiama: «Se non venite prendere il loro posto.
; a riprenderveío porterò questo stereo di fronte alie porte delia Lula Lula sem censura, 1981
\ Volkswagen e vi denuncerò per tentativo di corruzione». Poco
dopo i fattorini sono a casa di Lula a riprendersi il pacco-
\ regalo. Limmagine è di quelle che segnano lo spartiacque di una
1 Piccole soddisfazioni, che danno idea delia tempra dei per- carriera política. 1978: alia paralisi degli scioperi il Governo
I sonaggio, ma che non aiutano a rasserenare il clima. Anzi. risponde inviando al Congresso Nazionale, il Parlamento bra-
siliano, un decreto legge che vieta alie «categorie essenziali»
di scendere in sciopero: 1’esecutivo ha scelto di usare il pugno
di ferro. È allora che il leader dei metalmeccanici decide di
andare a Brasília per sollecitare 1’appoggio dei parlamentari
alia causa dei lavoratori. La richiesta è semplice: votate con-
tro il decreto dei Governo. Ma, ecco, c'è uno scatto che raccon-
ta quel viaggio e quei colloqui in tutta la loro tragica inutilità.
Sono tutti in piedi, alcuni appoggiati alia libreria: Lula, baffi
alia Pancho Villa, è accompagnato da una delegazione di sin-
dacalisti, tutti nei loro cravattoni regimental. Hanno la delu-
sione e la rabbia dipinte in volto mentre ascoltano il senatore
Paulo Brossard che, fasciato nel suo vestito chiaro, sta al cen-
tro e allarga le braccia per dire loro che no, non andrà contro
la volontà dei Governo. Frei Betto ci fomisce anche il sonoro
di queirimmagine in bianco e nero e racconta di un parla-
mentare che risponde senza giri di parole: «Non ho bisogno
dei vostri voti, non sono delle vostre parti e non sono stato
eletto con voti operai». La stessa scena si ripete con tutti gli
altri. La verità, commenta Lula, «è che non esisteva alcuna
relazione tra la società e il Congresso, soprattutto dopo che
era stato trasferito a Brasília. Era una realtà molto distante

52 53
Volks na Amazônia: destruição

Por Lúcio Flúvio Pinto | Cartas da Amazônia - ter, 26 defev de 20J3

Em 1973 Wolfgang Sauer foi chamado para conversar com os executivos alemães da
Volkswagen na sede alemã da empresa. Voltou como o chefe da maior fábrica de
automóveis em funcionamento do hemisfério sul, instalada em São Paulo. O alemão de
Stuttgart estava há 12 anos no Brasil. Chegou no ano traumático de 1961, marcado pela
crise de poder desencadeada pela renúncia do presidente Jânio Quadros (o mais votado
até então) e a reação militar à posse do vice-presidente, João Goulart.

Depois de 10 anos de peregrinação entre Portugal e a Venezuela. Sauer seria o diretor


comerciai da multinacional alemã Bosch. O novo posto era um salto: de fabricante de
autopeças se tomaria montador de automóveis. A ambição de Sauer, porém, era muito
maior: queria ser um dia presidente mundial da Volkswagen.

Ele divisou a oportunidade ainda em 1973. quando foi a Brasília conversar, a convite do
então ministro do interior, Rangel Reis. O ministro lhe disse que o governo federal
queria mudar a diretriz da ocupação da Amazônia. Desde o início da construção da
Transamazônica, três anos antes, a ênfase era na colonização. Lavradores nordestinos,
atingidos pela grande seca de 1970. eram levados para as margens da grande rodovia de
penetração e assentados em lotes de 100 hectares.

Essa política, de objetivos sociais, não atendia mais à prioridade definida pelo terceiro
governo militar desde o golpe de estado de 1964: tomar a Amazônia uma fonte de
divisas para o país. Para isso, seria preciso atrair grandes investidores privados,
nacionais e estrangeiros, para acelerar a ocupação territorial e a produção de
mercadorias de aceitação e competitividade nacional e internacional. O empresário
passaria a ser o parceiro preferencial do governo, não mais os colonos.

Não passou pela cabeça de Sauer instalar uma filiação da Volks na selva amazônica. O
que ele concebeu na hora foi um grande projeto de criação de gado e beneficiamento de
carne, Com tecnologia de ponta e capital intensivo, o empreendimento podia alcançar
escala econômica suficiente para vencer as distâncias dos grandes centros consumidores
e superar as desvantagens de uma zona pioneira.

Conseguiu convencer os dirigentes alemães da Volks a embarcar numa aventura


inteiramente nova em seus mais de 40 anos de história de sucesso: ao invés de continuar
a lidar com veículos automotores, a Volks iria tratar de boi na jungle selvagem. Se os
êxitos se repetissem, Wolfgang Sauer teria credenciais para se apresentar como
pretendente ao topo da direção de uma das maiores multinacionais.

Tudo deu errado, como ele admite em seu recente livro de memórias, nada
modestamente intitulado O homem Volkswagen - 50 anos de Brasil (Geração Editorial.
São Paulo, 2012, 527 páginas). Mas parecia que tudo daria certo. A Volks comprou tuna
área de quase 140 mil hectares no sul do Pará. a pouca distância dos limites com Mato
Grosso e o atual Tocantins. Laudos de dois institutos alemães atestavam a qualidade do
solo e a aptidão para a pecuária.
Sauer reuniu sócios poderosos na indústria e na atividade financeira, brasileiros e
estrangeiros - quase todos céticos sobre a iniciativa, mas confiantes no aval do
executivo. Implantou a fazenda e, em seguida, o frigorífico. Colocou 60 mil cabeças de
gado nos pastos, com exemplares dc Nelbre cruzados com outras raças europeias.

Quando o caminho já estava aberto e a produção em série, começaram as reações.


Primeiro na Alemanha, por parte dc ecologistas, com o forte apoio do Partido Verde.
Depois em outras paragens do mundo e também no Brasil. A Volks estava destruindo a
natureza e eliminando o oxigênio do planeta, impedindo a Amazônia de funcionar como
pulmão do mundo. Toda a humanidade seria vítima dessa devastação.

Quando políticos e militantes alemães ameaçaram boicotar os carros da Volks, a direção


da empresa se alarmou. Sauer foi chamado e recebeu a ordem de passar em frente o
projeto amazônico. Tudo tão às pressas e sem uma checagem nos argumentos dos
críticos que o comprador escolhido deu um tombo na poderosa indústria alemã: pagou
apenas a primeira parcela da venda, retirou o gado e sumiu.

A Volks teve que encontrar outro dono. A partir de então a Fazenda Vale do Rio
Cristalino se desfez. Por incompreensão ou má fé dos que a combateram. Talvez as duas
coisas juntas. Mais um dos grandes projetos de ocupação e modernização da Amazônia,
para colocá-la no mercado mundial, fracassou. Como, anles, a plantação de borracha de
Henry Ford e de arroz de Daniel Ludwig.

Mas a história não é bem essa, ou não é só essa que Sauer conta. Ele não faz a menor
referência à autuação que a fazenda sofreu do IBDF (Instituto Brasileiro do
Desenvolvimento Florestal), antecessor do Ibama, três anos após o início do projeto. A
Volks desmatou em 1976 sem pedir licença ao instituto, que só descobriu o fato quando
uma imagem feita pelo satélite Skylab identificou uma queimada, a maior até então
registrada documentalmente pelo homem. Espantados pela extensão do incêndio, os
cientistas da Nasa enviaram a imagem para seus colegas do Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais), de São Paulo. A fotografia do satélite engendrou escândalo de
dimensões internacionais.

A Volks se defendeu alegando que a Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da


Amazônia), ao aprovar seu projeto agropecuário, autorizara também a execução do que
estava previsto, o que exigia o desmatamento. Logo, estava legal.

Mas o IBDF sustentou que a empresa precisava de uma autorização específica para
fazer a derrubada. Sem essa licença, tinha que ser multada. A multa, incidindo sobre
cada árvore queimada ou derrubada, chegava a valor superior ao do próprio
empreendimento. Estabeleceu-se intensa celeuma. Ao final, a multa foi mantida, mas
não foi aplicada. A Volks já estava saindo da área e retomando apenas ao que sabe
fazer: veículos automotores.

Foi mesmo só incompreensão a causa desse final desastroso? Claro que não. A resposta
estava na forma dc encarar a região na qual a poderosa multinacional pretendia se
estabelecer. Ao invés de investir contra a floresta, que dominava a paisagem, como o
próprio Sauer admite nas suas memórias, devia se posicionar a favor da floresta.
Assim, não teria provocado o desastre ambiental de que foi acusada, com toda razão. É
o que hoje faria um empreendedor consciente. Mas não naquela época, cm que a palavra
de ordem era desenvolvimento e não ecologia, se defende Sauer.

Não é a sua figura de visionário, além e acima do seu tempo, a imagem que o livro
projeta, com sua capa made hy Hans Donner, o mago do design da TV Globo, e o
prefácio de Delfim Netto, o sacerdote tecnocrata do desenvolvimento daqueles idos?
Talvez Wolfgang Sauer tenha sido visionário no polo industrial paulista, o maior do
continente. Na selva amazônica ele foi um devastador.
^A-Uc RibcrfATÃ /
*
Artigo publicado na Revista do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da PUC - Rio: “O Social em
Questão” n° 13, no primeiro semestre de 2005.

Entre tecnologia e escravidão:

a aventura da Volkswagen na Amazônia

Benjamin BucleíA,

Resumo
Este artigo relata a aventura da Volkswagen na Amazônia brasileira. Trata-se de apresentar, com o
máximo de objetividade, os fatos relativos à existência de trabalhadores escravos em uma das mais
modernas fazendas do Sul do Pará. no município de Santana do Araguaia. Tentamos esclarecer o
caso famoso da Companhia Vale do Rio Cristalino a partir de uma coleta de dados na Agência de
Desenvolvimento da Amazônia (ADA. ex-Sudam) e na Comissão Pastoral da Terra em Belém; de
entrevistas realizadas em Belém em junho de 2005 e dos arquivos disponíveis no Grupo de Pesquisa
sobre o Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC) da UFRJ.

Palavras-chave
1. Trabalho escravo; 2. Pará; 3. Volkswagen.

Abstract
This article describes the adventure of Volkswagen in the Brazilian Amazonic regiam The purpose
of this work is to present, in a very objective way, the facts related to the existance of slave work at
one of the rnost modem rural properties located in the Pará Estate Southern area, within the Santana
do Araguaia county. We try to describe the famous case of the Companhia Vale do Rio Cristalino
bascd on data collected at the Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA, ex-Sudam) and at
the Comissão Pastoral da Terra .archives, both located in the Estate capital, Belém: on interviews
undertaken in the same city during the month of July, 2005; and at the archives kept bv the
Research Group on Contemporary Slave Work (GPTEC) at UFRJ.

Keywords
1. Slave work; 2. Pará; 3. Volkswagen.

Introdução
Antes de tudo, é necessário explicar porque os fatos ocorridos na Companhia Vale do Rio
Cristalino (CVRC) merecem ser estudados e publicados após transcorridos vinte anos dos
acontecimentos. Vários elementos fazem da história da CVRC um caso emblemático de uma
problemática mais ampla, ligada a batalhas ideológicas da maior importância para entender o Brasil
contemporâneo e. mais especificamente, a persistência de formas de escravidão na região
amazônica.
Primeiro, o empreendimento foi possível graças à aliança entre os poderes públicos
(federais, estaduais e municipais) e empresas privadas na realização de um investimento fora do
comum em uma região considerada vazia e com grande potencial de desenvolvimento econômico.
Este tipo de “parceria”, característica das políticas setoriais aplicadas nas regiões pobres do Brasil,
já mostrou seus limites, em particular devidos às cooptações entre interesses pessoais e coletivos.
Todavia, observa-se ainda hoje a mesma proximidade entre representantes do país e capital privado,
em particular no setor do agronegócio. O exemplo do grupo Maggi, gigante sojeiro do Mato Grosso
pertencendo ao governador do mesmo Estado, é representativo.
Segundo, a história da CVRC é intimamente ligada ao processo de globalização, também
característico da nossa época. A Volkswagen, empresa estrangeira, investiu no Brasil recursos
financeiros e humanos, mobilizou conhecimentos tecnológicos avançados cm cooperação com as
autoridades públicas e outros agentes privados brasileiros, ü que mais chama a atenção a respeito
do aspecto “globalizado” desta história é também a maneira como aconteceu a denúncia e a
revelação pública da existência dc trabalhadores escravos na fazenda. Foi através de uma intensa
cooperação entre atores sociais que, apesar de serem geograficamente distantes uns dos outros,
tinham o mesmo desejo de denunciar formas de exploração dos trabalhadores julgadas indignas do
final do século XX. Agentes da Pastoral da Terra, autoridades religiosas brasileiras, políticos
brasileiros, sindicatos de São Paulo, sindicatos rurais, partidos políticos e jornalistas da Alemanha e
ONGs internacionais articularam-se eficientemente no processo de denúncia.

Terceiro, os fatos mostram a forma clássica de dominação, característica da região


amazônica. A natureza excepcional da fazenda não impediu a reprodução do modelo arcaico de
trabalho (a peonagem) e os abusos, infelizmente tão comuns, ligados a este sendo considerados
como uma forma moderna de trabalho escravo. Além disso, este modelo ainda persiste. Como
ressaltou o atual diretor do Incra em Belém: “entre 1980, 1990 e 2000. as características do trabalho
escravo são absolutamente as mesmas”. É verdade que a história da CVRC coloca em cena figuras e
atores sociais que não desapareceram: proprietários, empreiteiros, “gatos”, pistoleiros, jagunços,
capatazes, “vigaristas” e outros fiscais, agindo dentro de um sistema de distribuição de favores
infonnalmente caucionado pelas autoridades públicas, desrespeitoso dos direitos humanos, e mais
especificamente dos direitos dos trabalhadores. Sobretudo, esta história é aquela dos que sofrem
deste sistema, que pagam, às vezes com a própria vida, o preço do enriquecimento de uma minoria
impune Para alguns, são “cabras safados e vagabundos que pegam o dinheiro, caem na mata e
ninguém acha mais eles” (GPTEC, V6 6Ü.1, 225). Para outros, são “homens de mãos calosas,
ignorantes, envelhecidos pelo trabalho e desconforto” (GPTEC. V6 47.11, 10). Para o sociólogo,
eles formam uma categoria social que deve ser entendida dentro da complexidade da sociedade para
melhor servir os ideais de justiça e liberdade.
Estes elementos fazem da história da CVRC um caso particularmente interessante, cujo
grande número de documentos e arquivos disponíveis permite um estudo particularmente rico, onde
as dinâmicas sociológicas aparecem sem dúvida com mais clareza do que em casos menos
midiatizados ou comentados. Este artigo não vai além da apresentação dos fatos, e constitui, neste
sentido, o primeiro passo para uma análise aprofundada das ligações entre as formas modernas de
escravidão c a promoção do conceito de “desenvolvimento” no espaço socio-político brasileiro.

Um projeto ambicioso
Em 1973, a Volkswagen, empresa internacional até então especializada na produção de
veículos automotores e, no que diz respeito, no Brasil, famosa pelo conhecido e apreciado “fusca”,
comprou quase 140.000 hectares de terra (equivalente a 140.000 campos de futebol) no município
de Santana do Araguaia, no Sul do Estado do Pará. A empresa explicou este investimento pela razão
de que o futuro do Brasil estaria no desenvolvimento agrário, idéia compartilhada pelas autoridades
militares da época e pelo então presidente da Volkswagen, Wolfgang Sauer, refletida pelas
declarações do diretor da fazenda, Friedrich Brügger, a respeito do desenvolvimento do
agronegócio: “É a única opção possível, O país dispõe de espaços e de condições naturais únicas.
Basta jogar um pedaço de pau para que ele cresça imediatamente” (GPTEC, V6 9.4). Os
documentos relativos à comunicação da empresa, apresentam três razões para explicar o
investimento: o entusiasmo do presidente, fervoroso apaixonado pela exploração agrícola; a vontade
de reforçar a imagem da empresa enquanto multinacional engajada na marcha de um pais rumo ao
progresso e a perspectiva de um bom negócio (GPTEC, V6 9.2).
Naturalmente, as razões atrás desta perspectiva de lucro eram estreitamente ligadas aos
incentivos fiscais concedidos pelo governo para promover o desenvolvimento regional, isto através
da Superintendência da Amazônia (Sudam), apoiada pelo Banco da Amazônia (Basa) para
coordenar as políticas de colonização da fronteira em expansão. Criada em 1966, a SUDAM era
parte do plano estratégico traçado pelos militares para promover o desenvolvimento da Amazônia,
supostamente para diminuir as desigualdades regionais e integrar a região ao restante do país. A
partir de 1970, com o lançamento do Plano de Integração Nacional (PIN) pelo governo Médici, a
Sudam jogou o papel central na implementação de políticas de incentivo fiscal destinadas a
“integrar” a Amazônia para não “entregá-la” aos estrangeiros. Esta política era guiada pela idéia de
que era necessário, em nome da segurança nacional, ocupar e povoar os imensos espaços
amazônicos considerados como vazios. Confonne José de Souza Martins,

As novas atividades econômicas instauraram o grande latifúndio moderno, vinculado a poderosos


conglomerados econômicos nacionais e estrangeiros. Para lograr esse resultado, o governo federal
concedeu às grandes empresas, nacionais e multinacionais, incentivos fiscais, isto é, a possibilidade
de um desconto de 50% do imposto de renda devido pelos seus empreendimentos situados nas áreas
mais desenvolvidas do país. A condição era a de que esse dinheiro fosse depositado no Banco da
Amazônia, um banco federal, e, após aprovação de um projeto de investimento pelas autoridades
governamentais, fosse constituir 75% do capital de uma nova empresa, agropecuária ou industrial,
na região amazônica. Tratava-se de uma doação e não de um empréstimo (Martins, 1994, 3).

Além dísso. o valor disponibilizado pela Sudam era definido segundo a área nua, isto é
desmatada, até 50% da superfície total da área. Consequentemente, a derrubada era um instrumento
de valorização da área.
Foi neste contexto que a Volkswagen elaborou um projeto de empreendimento agropecuário
tia região sul do Estado do Pará, região ideal

...por sua localização - proximidade da Belém-Brasílía -, e pela qualidade das terras. Os municípios
do Sul do Pará, Conceição do Araguaia e Santana do Araguaia, atraíram muitas empresas e, entre
1966 e 1975, a maior parle dos projetos aprovados até então para a Amazônia pela Sudam foram
para esta região (íanni. citado In: Figueira, 2004, 106).

Assim, 55% dos projetos financiados pela Sudam encontravam-se nestes dois municípios.
Lugar da frente de expansão do latifúndio.
O projeto da Volkswagen foi'aprovado pela Sudam em 1974, o que lhe permitiu, graças aos
incentivos fiscais concedidos pelo governo, “suprir até 75% das necessidades de capital do projeto
amazônico (...) sem ter nunca que devolver o dinheiro dessa renúncia fiscal da nação brasileira
(Pinto, 2001, 113). O investimento global foi orçado na época a Cr$ 189.622.156, equivalente a RS
364.227.271,63 (1), esperando um lucro de Cr$ 18.357.453,00. equivalente a RS 35.261.095,86
(Sudam, 1974, 3), baseado sobre a produção de

bois erados destinados à venda para abate, a produção de reprodutores e matrizes puros de origem
para incorporação aos rebanhos da fazenda e venda e a engordação de bois magros adquiridos, para
posterior venda como bois engordados para abate (Sudam, 1974, 9).

Aprovado o dia 20 de dezerhbro de 1974, o projeto da Companhia Vale do Rio Cristalino


começou a implementar as atividades agropecuárias previstas, com a ajuda financeira da Sudam.
Sem entrar nos detalhes técnicos das atividades da fazenda, vale a pena ressaltar o seu alto
grau de organização. Foi prevista a construção de 48 kilometros de estradas externas para permitir o
acesso à fazenda, o trânsito no interior e o escoamento da produção. Além disso, uma área de 200
hectares foi ocupada com culturas de subsistência, especialmente arroz, milho, feijão, hortaliças e
árvores frutíferas, servindo também para a criação de suínos e aves. tudo enfim destinado à
produção de alimentos para o pessoal ocupado na fazenda. Também, desde o projeto inicial, a
Volkswagen se orgulhava de assegurar condições de vida e remunerações excepcionais en relação
ao padrão da região. O projeto inicial previa o fornecimento de diversos serviços:

Às famílias residentes na fazenda, a Companhia proporcionará assistência médica, odontológica


educacional, alimentar, espiritual e recreativa. O espírito comunitário será inicialmente desenvolvido
mediante conscientização dos habitantes e posteriormente mantido no mais alto grau, de modo que a
sociedade tenda para evolução gradativa, predispondo o homem ao trabalho, na certeza da
importância que eles têm para o cxito empresarial, conforme se expõe abaixo:
Assistência social: O trabalhador para ser eficiente e apto a produtividade precisa, igualmente, ser
bem nutrido, saudável e forte e —como ser humano— cercado, juntamente com sua família, de
certas condições de dignidade por modestas que sejam: salário capaz de cobrir as necessidades de
alimentos, em qualidade e quantidade, casa com móveis e ustensílios, roupas e remédios, a que se
juntam auxílto doenças para os filhos, entre outros.
É pois para esse homem de trabalho na fazenda, como empreendimento sociológico, que se voltarão
também as vistas da Companhia Vale do Rio Cristalino, na certeza de que o homem consciente de
seu valor e responsável é a mais importante chave do êxito empresarial [Grifo nosso],
O homem não será encarado como ser singular, mas sim como indivíduo comunitário, ser
socializado, que sente, pensa e age, de acordo com os padrões, com as tradições de seu grupo,
ajustando-se às situações sociais que, a cada passo, se formam em torno a ele. Mas para isso é
necessário, antes de mais nada, que ele possua consciência de seu valor para a comunidade.
Assim, perseguindo o mais altruísta dos objetivos sociais de aperfeiçoamento de seus recursos
humanos, a Companhia Vale do Rio Cristalino, independentemente de custos que venham onerar o
projeto, estabelece o seguinte plano de assistência social:
a) Contratação de uma Assistência Social. (...)
b) Criação dc Estrutura Física, onde se possa desenvolver toda a atividade de recreação e diversões
próprias para momentos de lazer (...).
c) Promoção de assistência médica, mantendo ambulatórios e hospital com serviço médico e
enfermagem.(..,)
d) Desenvolvimento de programa de educação integral, abrangendo: educação intelectual (...);
educação física (...); educação Moral e Cívica: visando a conscientização dos habitantes quanto aos
deveres e modos de proceder dos homens entre si, o respeito às autoridades constituídas e as leis do
País, despertando o espírito de nacionalidade e de patriotismo, devendo se proceder festas cívicas
nas datas nacionais mais relevantes: educação espiritual (...).
É pois para esse empreendimento sociológico que se volverá ainda o esforço da Companhia Vale do
Rio Cristalino em sua fazenda, na preocupação de educar e preparar homens e mulheres, sãos de
corpo e de mente, capazes e aptos, em todos os sentidos, para produzir. Visto que, melhor preparado
de corpo e de alma poderão eles enfrentar mais decisivamente os óbices de uma natureza até certo
ponto hostil, domando-a, pondo-a mais eficazmente a seu serviço da comunidade empresarial.
Assim, a Assistência Social aos habitantes da fazenda visará, em última instância, formar o homem
são de saúde, moral, intelectual e político, para que este, por sua vez, conhecendo-se e melhorando-
se, conforme o preceito socrático, possa se constituir a mais importante peça do mecanismo do
progresso global da empresa (SUDAM, 1974, 67-70).

Assim, a fazenda oferecia serviços e condições de vida excepcionais para seus funcionários.
Seguindo o modelo da empresa Volkswagen de São Bernardo (SP), foram montados 12 retiros
(pequenas aglomerações, dentro do projeto, cada uma ligada a 3.000 hectares de terra) com casas
para as famílias e alojamentos coletivos para os solteiros. A fazenda foi equipada com gerador de
energia elétrica, hortas, piscina, country club, escola do primeiro grau (reconhecida pelo Governo
do Estado do Pará e pelo MEC), armazéns, etc. (GPTEC, V6 47.1). O projeto contava também com
a ajuda técnica da Escola Politécnica Federal de Zurick, da Universidade de Hanover e da
Universidade de Geórgia, dos Estados Unidos. Além disso, o funcionamento do trabalho seguia
rigorosamente um programa de controle da qualidade (CCQ) no qual todos os funcionários tinham
tarefas bem definidas e com uma organização do trabalho estreitamente fiscalizada. Havia também
“um regulamento rígido de controle social onde eram vedadas as bebidas alcoólicas e a utilização
de armas por parte dos funcionários subalternos” (GPTEC, V8 8.1).
Em termos econômicos, o projeto foi planejado a longo prazo. O plano de desenvolvimento
previu a construção de um frigorífico, denominado Atlas, para processar a came extraída da
fazenda. Localizado próximo a Campo Alegre, este empreendimento foi inicialmente recusado pela
Sudam, que não aceitou que a Volkswagen possuísse 49% do capital. Finalmente, depois de terem
sido incluídos parceiros brasileiros como Bradesco, Cetenco ou Banco de Crédito Nacional, o
projeto foi aprovado em 1978. O frigorífico Altas previa empregar 700 pessoas e fazer da região
uma das primeiras fornecedoras de carne processada no país (GPTEC, V8 31.8). Infelizmente, as
condições técnicas limitaram o pleno funcionamento do frigorífico, visto que a energia elétrica,
micialmente prevista para ser trazida de Tucurui, nunca chegou, sendo então usados fornos de
madeira.
Parece então que todos os elementos estavam reunidos para assegurar o sucesso deste
empreendimento extraordinário: um: capital financeiro e humano suficiente para realizar um projeto
planejado e apoio completo das autoridades competentes. Aliás, as autoridades públicas sempre
consideraram a CVRC como bem sucedida. Em 1986, um documento da Sudam considera que:

...o projeto vem se implantando normalmente, estando até a presente fiscalização com o
equivalente de 80,25% das metas executadas, no que se refere à formação de pastagens,
100% de pastagens melhoradas, 42,89% de fenação/silagem, 99,58% de infraestrutura,
86,95% de instalações pecuárias, 98,25% de edificações, 76,35% de veículos, máquinas,
aparelhos e equipamentos e 74% referente à aquisição de animais (Sudam, Processo No
659/86).

Ainda no momento de autorizar a venda da fazenda, a Sudam considerou que:

...esse empreendimento vê-se coroado de pleno êxito, eis que é hoje uma fazenda modelo,
com os mais aperfeiçoados padrões técnicos, possuindo instalações pecuárias, de pesquisas e
sociais, exemplares, que marcam o pioneirismo no desenvolvimento da região (Sudam,
Proposição 31), ;r
};

além de ressaltar a “melhoria da condição social de seu pessoal e conseqiiente aumento do


bem-estar social na região” (Sudam, Proposição 31). (2) No entanto, a Volkswagen acabou
vendendo a sua fazenda modelo.
No início dos anos 1980, começaram a surgir testemunhos da outra realidade da Vale do Rio
Cristalino. Pouco a pouco, apareceu o incrível paradoxo da convivência das mais modernas
tecnologias agrícolas e de gestão do trabalho com formas arcaicas de exploração da mão de obra.
Uma das empresas mais estimada no país, dispondo do total apoio das autoridades públicas
brasileiras, envolvida em um empreendimento lucrativo e cheio de promessas, “numa zona já
consagrada, como vocacionalmente ditada para implantação de um grande centro criatório”
(Sudam, 1974, 2), não conseguiu evitar a exploração bárbara dos peões, aqueles empregados sob
coerção para executar trabalhos de baixa qualificação.

O preço da ambiçào
Na verdade, histórias de peões fugindo da fazenda e casos de conflitos de terra escutavam-se
há mais tempo. A Comissão Pastoral da Terra (CPI), presente na região desde 1977, se tomou
rapidamente o espaço onde se concentravam todas as denúncias. Por exemplo, documentos da
Fetagri de 1977 já relatam abusos e denúncias. Também, uma carta recebida em 1978 revela que “o
Chicô [um dos empreiteiros da fazenda] não paga. Ninguém recebe quando trabalha para ele”
(GPTEC, V6 3).
A partir de 1980. a CPT começou a anotar e registrar todos os casos de violência ligados à
exploração da terra e procurou lutar pela defesa dos trabalhadores. Mas era uma luta extremamente
desigual: o isolamento geográfico da região (localizada a 1.000 quilômetros de Brasília e de
Belém), ligado à repressão generalizada do governo militar, tornava impossível contar com alguma
autoridade pública. Além disso, a imprensa brasileira não publicava quase nada relacionado a esses
problemas.
No entanto, as denúncias se multiplicavam. A partir de 1983, enquanto a CPT continua
recebendo pessoas e famílias relatando violências acontecendo na VCRC, a situação muda. De
acordo com os registros de Pe. Ricardo Rezende Figueira, neste ano o jornal O Globo, do Rio de
Janeiro, finalmente publicou uma notícia pequena sobre essas denúncias de trabalho escravo na
fazenda da Volkswagen. Esta notícia foi vista pela imprensa internacional, que começou a solicitar
informações mais detalhadas sobre estes acontecimentos. Este foi o ponto inicial de uma série de
ações articuladas entre o nível local (a CPT, o Sindicato de Trabalhadores Rurais, a diocese),
estadual (audiências com o governador), federal (intervenção de deputados federais) e internacional
(imprensa, ONGs. sindicatos e partidos políticos).
A articulação entre a imprensa internacional (não apenas a alemã), os sindicatos dc São
Paulo, os sindicatos alemães e membros de Amnesty Internacional teve o efeito de divulgar um
outro aspecto do empreendimento da Volkswagen. Em maio/junho de 1983, as primeiras denúncias
sérias são divulgadas na impresSá e comunicadas às autoridades públicas. O esquema do sistema de
trabalho da fazenda vai mostrando, pouco a pouco, a sua triste realidade. Além dos funcionários
oficiais da Volkswagen, cujas condições de trabalho são efetivamente boas, existem seis
empreiteiras (3) que usam mão-de-obra sem qualificação para derrubar a floresta. Elas empregam
mais ou menos 500 trabalhadores, fora da época da derrubada, momento em que mais de 1.000
trabalhadores são empregados. Os dois principais “gatos” são o Chicô (Francisco Andrade Chagas)
e o Abílio (Abílio Dias de Araújo), conhecidos como prepotentes e violentos (4).
Rapidamente, numerosos depoimentos foram acumulados, que revelam casos de abuso de
poder e torturas. Trata-se de “peões amarrados numa árvore”, de “violência à mulher”, de
“lavradores espancados” (GPTEC. V6 40.1), de “homens torturados, tiros, violência sexual, gente
que morre por não ser atendido, fraude nos preços dos produtos, roubos” (GPTEC, V6 21.1). São
trabalhadores “detidos, coagidos e pressionados pelos encarregados como verdadeiros escravos,
sem direito de sair da fazenda” (GPTEC, V7 221) que preferem se calar quando conseguiram fugir:
“Já que consegui sair livre com vida, é melhor esquecer o que passou” (GPTEC, V6 34.1).
As condições de trabalho se revelam extremamente precárias. Aqui segue um depoimento entre
muitos outros:

Meu nome é Manuel. Sou natural de Couto Magalhães, Estado de Goiás. Sou solteiro. Tenho 22
anos. Em abril de 1981, vim trabalhar na fazenda Vale do Rio Cristalino, da Volkswagen. No
serviço de derrubada. O empreiteiro [o “gato”] de nome Walte prometeu pagar 7.000,00 o alqueire.
Chegando lá começamos a trabalhar. A água que tinha para beber era de um poço, água muito suja,
com mosquito em cima. Logo todos pegamos a maleita, a febre. Como não estava rae sentindo bem,
na metade da derrubada resolvi vinTembora. Eu e mais 16 companheiros fomos procurar o
pagamento. Eles não quiseram pagar. Quando a gente tava na estrada apareceu o Walte e o seu
cunhado de nome Chicô armados e obrigaram nós a voltar para continuar a trabalhar. Depois disso é
que a coisa ficou preta mesmo para o nosso lado. Tinha vez da gente ser obrigado a entrar para fazer
demibada direto de terreno que no dia anterior tinha sido queimado. E a gente trabalhando naquele
lugar quente ainda, e com malária em cima. Fui obrigado a trabalhar todos os dias, mesmo domingo,
não tinha descanso. Só no mês de setembro de 1981 é que eu mais seis companheiros conseguimos
vim embora. Viemos sem receber nada pelo nosso serviço. E muito doente. Eu tava só um restinho.
Conceição do Araguaia, 06 de julho de 1983 (GPTEC, V6 38).

A gestão do trabalho aparece semelhante aos outros casos desse tipo: “Os preços altíssimos
das mercadorias, o roubo nas contas, o roubo na medição, fazem com que o peão nunca tenha saldo
e nunca possa sair” (GPTEC, V6 40.1). Os trabalhadores ficam presos na sua condição de peão,
privados de seus direitos elementares: “a provação veio, a escravidão chegou para eles que ficaram
sem direito até do pão, até as cartas e pouco dinheiro que mandaram nunca chegou” (GPTEC, V7
17.3).

Para o peão, a pior catástrofe é cair doente, o que acarreta sua imediata expulsão do canteiro de
obras. Solteiro ou não, o peão é um homem solitário condenado a uma vida errante. No fundo de sua
cabana, as valises, algumas cobertas e nada mais (GPTEC, V6 9.3).

Encontramos aqui um tipo de relação de trabalho, o “aviamento” (5), baseado ein práticas
que datam dos tempos da colônia e que vêm da região Nordestina (Palmeira, 1977 e Garcia, 1989):
cadeias de comerciantes, hierarquizadas, davam bens de consumo e algumas ferramentas para os
trabalhadores, cobrando assim, com o adiantamento desses bens, o salário que ia ser recebido na
coleta do látex. A diferença, em mais ou em menos, se tomava em dinheiro ou em dívida. As
condições sociais do “aviador” e do trabalhador faziam com que se criasse uma dependência
econômica total do segundo em relação ao primeiro. Isso se traduzia em uma situação de
escravidão, freqüentemente apoiada por uma polícia privada e às vezes pela polícia oficial. Este tipo
de relação não caracteriza o Brasil em geral mas deixou marcas profundas no sistema social
brasileiro, em particular no sistema político.
Como ressalta Christian Gefffay, é impossível entender as características sociais atuais do
país “sem tomar Conta dessa relação e do seu destino” (Geffray, 1996, 153). Isto parece ainda mais
pertinente no que diz respeito à região amazônica que, com os vários programas de distribuição de
terras e de subsídios fiscais, se tomou um lugar de imigração intensa, onde o fracasso do processo
agrícola reforçou a competição para o acesso a posições de intermediário. (6)
Em julho de 1983, uma expedição, liderada pelo então deputado federal Expedito Soares,
visitou a fazenda, a convite da Volkswagen. O relatório desta confirma os fatos:

Quando chegamos à fazenda o Sr Brügger e outros responsáveis pelo projeto e também pela
empresa Volkswagen, nos relatavam o quanto a Volkswagen no Pará cumpre seus encargos sociais.
Mas é preciso deixar claro que a empresa não paga a contribuição sindical, o imposto sindical que é
recolhido anualmente do trabalhador, sindicalizado ou não, ao Sindicato Rural. (...) Em nosso último
dia de visita à Companhia Cristalino nos encontramos com um trabalhador de nome Eliscu, que
caminhava mancando, com um chinelo num pé e uma botina no outro. O Sr Eliseu se aproximou de
nós com lágrimas nos olhos e nos explicou que fora demitido da fazenda, sem que lhe fosse pago
qualquer direito trabalhista, e que trabalhara na fazenda durante sete anos. (...) Estávamos com a
direção da empresa quando esse trabalhador nos procurou e discutimos esse episódio acompanhados
pelo padre Ricardo Rezende, que afirmou ao Sr Brügger: “existe o problema, vocês devem estar
escondendo alguma coisa”. E a resposta do Sr Brügger foi a seguinte: “Isso não é problema meu”
(...). Observamos que o Chicô, o Abilão e outros empreiteiros se utilizam de uma artimanha já muito
conhecida na região. Levam o trabalhador da pequena cidade para a fazenda, propõem para ele um
abono de cinco, sete e às vezes de vinte mil cruzeiros com uma proposta de trabalho. O trabalhador
aceita aquele dinheiro e segue para a empreitada. Só que nunca mais recebe nada e não tem
condições de sair. O armazém “come” todo o salário, e por meses a fio o trabalhador permanece
naquele mato, sendo humilhado, perseguido e sem condições de sair, inclusive, sendo morto, como
já aconteceu com diversos trabalhadores(...) Se alguém tentasse passar pela guarita, onde ficam o
chefe da segurança, Sr. Adão e seus fiscais, ele era preso, amarrado e entregue para a polícia (...)
eles levam um sermão e a gente traz de volta (GPTEC, V6 47.1).

Enquanto numerosas denúncias convergentes se acumulavam, o inquérito policial chegou às


mesmas conclusões: “a Secretaria de Segurança Pública já terminou o inquérito cuja conclusão é
que realmente ficou constatada a existência de trabalho escravo na fazenda”, O Liberal, 7/09/1983
(GPTEC, V6 53).
Frente a esta acumulação dé denúncias e fatos, a postura da Volkswagen sempre foi de negar
a sua responsabilidade, e às vezes, a existência mesmo de trabalho escravo na sua fazenda. Ao
jornal alemão Die Welt de 13/05/1983, a empresa declarou:

...não há tortura na fazenda dá Volkswagen (...) As empresas estrangeiras são alvo de denúncias (...)
especialmente durante os dois últimos anos, quando o Brasil se encontrou em uma crise econômica
muito grave e que a empresa despediu 15% dos trabalhadores [40.000 homens] (...) A maioria dos
600 trabalhadores são contratados por empreiteiros. A Volkswagen não tem responsabilidade pelas
condições de trabalho desses homens (GPTEC, V6 59.4).

Em uma carta do 7/09/1983, a empresa declara:

Em todas as fazendas dessa região os empreiteiros fazem o trabalho da derrubada. Os empreiteiros


são empresas registradas e o Ministério do Trabalho os fiscaliza. Eles trabalham também na região
da Fazenda da Volks. Para evitar futuras queixas e para ter informações no nosso terreno, a
Volkswagen do Brasil vai vigiar rigorosamente esses empreiteiros. Nós garantimos condições de
trabalho justas e exemplares na Fazenda Vale do Rio Cristalino. As condições de vida e o nível de
vida é mais alto que a média da região (...) O projeto agro-pecuário da Volkswagen é um modelo no
Brasil, e é exemplar (GPTEC V6 59.3).

Ainda em uma carta datada de 1983, a empresa declarou:

As acusações são simplesmente falsas (...) Volkswagen do Brasil é uma força. Uma força que ajuda
os brasileiros a desenvolver seu país e a combater a pobreza e a fome (...) No setor social, a
Volkswagen do Brasil é exemplo não só para o Brasil, mas para toda a América Latina (...) A
Volkswagen não tem a profissão de filantropia e não se preocupa com isso (GPTEC, V6 8.1).
Mais do que pessoas ou empresas, preferimos apontar a responsabilidade de um sistema,
ligado a várias dinâmicas históricas, políticas e econômicas, que sc encontra questionado através da
história aqui relatada. Primeiro, não é o papel do pesquisador julgar alguns fatos. Existe, para isso, a
justiça. Segundo, o nosso objetivo se limita a revelar alguns pontos característicos de um processo
que resulta na existência de trabalhadores escravos, o que parece agora possível.

Conclusão
A aventura da Volkswagen na frente pioneira da Amazônia mostra alguns elementos que
parecem fundamentais para entender em profundidade o fenômeno de escravidão moderna.
Esperamos que futuras análises destes elementos possam permitir o avanço na luta contra essas
práticas inaceitáveis em um pais democrático.
A história contada neste presente artigo revela categorias de atores sociais bem definidas:
investidores privados, instituições públicas, profissionais e técnicos agrícolas, empreiteiros,
pistoleiros e fiscais, peões, militantes da Igreja, jornalistas, políticos, ONGs. O que interessa aqui é
enfocar sobre as dinâmicas existentes entre esses diferentes atores. Existem claraménte grupos de
atores com interesses compartilhados. De um lado, as empresas privadas, aliadas com as
autoridades públicas na busca de lucro financeiro, às \ezes escondido atrás da justificação
desenvolvimentista. Por outro lado. os funcionários fixos da fazenda, que vendem seus serviços por
uma remuneração considerada justa e têm, neste sentido, interesse comum para manter sua fonte de
renda. Nesta perspectiva, encontramos um problema para saber onde enfiam os que não têm outros
capitais a vender além da sua força de trabalho, os peões. A história da Volkswagen mostra que eles
fazem parte também de uma categoria de atores que compartilham interesses, mas são interesses
que escapam da esfera econômica. Trata-se do conjunto de atores articulados para promover uma
concepção ética do trabalho e lutar contra os abusos dos dominantes sobre os que não têm recursos
suficiente para contrabalançar o processo exploratório desequilibrado.
Esta distinção levanta várias perguntas: Quais são os pressupostos institucionais que
permitem a integração da segunda categoria (os assalariados oficiais) no processo de investimento
capitalístico? Este último seria rentável se o direito do trabalho fosse respeitado? Qual foi
exatamente o papel das autoridades públicas nesta história? Subordinadas pelo capital privado?
Promotoras do processo? Cientes da exploração abusiva dos trabalhadores, considerando esta como
o preço a pagar para o “desenvolvimento”? O aparelho público foi de fato abusivamente usado para
satisfazer os interesses privados dos dominantes ou trata-se de um efeito secundário inevitável
devido a alguma falha no próprio sistema?
Além disso, observam-se dinâmicas sociais que parecem determinantes para explicar o
processo. Existe uma luta ideológica entre duas visões do desenvolvimento. Trata-se de uma batalha
altamente política entre um modelo de desenvolvimento capitalista liberal, dentro do qual os meios
de produção devem sei criados através da exploração não-capitalística da mão de obra (Martins,
1994, 9-10), e um modelo de desenvolvimento social, que coloca em primeiro lugar as condições de
vida das pessoas humanas e considera necessário um controle coletivo sobre a produção
capitalística. Cada campo usa os recursos disponíveis para defender sua posição. O caso da
Volkswagen c particularmente interessante do ponto de vista da escala internacional, hoje chamada
de “globalização”. De um lado, permite compartilhar os benefícios da tecnologia e da modernidade
no quadro de investimentos importantes. Do outro, foi pela circulação de informações e recursos em
escala internacional que a denúncia foi possível, o que mostra que a “globalização" não vale só para
os fluxos financeiros. O atual movimento de fortalecimento de uma “sociedade civil internacional”
reflete este ponto.
Enfim, não podemos esquecer o componente geopolítico revelado aqui. A região Amazônica
aparece mais uma vez como um espaço geográfico vazio cujos recursos devem ser explorados e
protegidos da “cobiça internacional” através da sua colonização. Esta visão, extremamente redutora,
parece infelizmente ainda muito comum nas elites brasileiras. Ela revela a dominação da região
norte do Brasil pela região sul, aonde o caso da Volkswagen não deve apagar os numerosos casos
comparáveis onde empresas nacionais brasileiras estejam envolvidas; c a dominação do sul do
planeta pelo norte, sendo o poder de uma empresa alemã na escala nacional brasileira uma
consequência direta desta dominação. Este ponto chama a atenção sobre o atual boom do
agronegócio na Amazônia, onde se encontra a mesma aliança entre capitais privados nacionais e
internacionais e o aparelho público brasileiro para servir os interesses do “desenvolvimento” da
região amazônica e do país em geral
Para concluir neste sentido, mantendo-nos no campo dos registros de testemunhos,
reproduzimos aqui uma declaração do diretor da fazenda, Sr. Brügger. datada de 1985:

O senhor não deve esquecer que estes empreiteiros, embora sejam tão execrados em vários lugares,
no fundo também são empresários. Eles são o primeiro degrau nessa zona de desenvolvimento
(GPTEC V8 7.1).

Essa declaração sugere a seguinte pergunta: em que medida o trabalho escravo não é a
consequência direta de uma certa concepção de desenvolvimento que ainda prevalece nas políticas
públicas?

Notas
(1) Segundo o índice TGP-DI da Fundação Getúlio Vargas (1 cruzeiro de janeiro de 1974 sendo equivalente a
1,92 RS era agosto de 2005).

(http://www.fee.rs.gov.br/sitefee/pt/c0ntent/servicos/pg_atualizacao_valores.php)

(2) À Proposição 31 da Sudam, de 1987, aprovou a venda da fazenda ao Grupo Empresarial Matsubara. No
entanto, a Mistubara não pagou. Completamente deteriorada, a fazenda foi então recuperada pela
Volkswagen, sendo novamente vendida depois que a empresa cumprisse a determinação judicial de pagar a
três dos trabalhadores que haviam de lá escapado em 1983.

(3) Dirigidas pelos “gatos”. Segundo Figueira, o “gato” “é um empreteiro que está a serviço da fazenda.
Pode ser o empreteiro principal que coordena o trabalho de empreteiros menores e subempreteiros,
distribuindo-os nos lotes c definindo suas atividades. Constituído como firma empreteira, tem contrato de
trabalho assinado com a empresa, pelo qual se compromete a entregar determinadas tarefas executadas em
um prazo máximo previsto. A empresa contratante se compromete, às vezes, a adiantar uma parte do valor
do contrato no início do trabalho e pode, a seu critério, efetuar novos pagamentos no transcorrer do serviço.
A totalidade do valor estipulado no contrato só será paga quando a tarefa for concluída” (Figueira, 2003,
246).

(4) O Chicô declarou em 1981: “andam dizendo que sou culpado disso, mas é bom não mexerem comigo,
pois sou um homem rico e posso dá dinheiro para qualquer um meter a faca em outro e depois passar para o
outro lado do Araguaia” (GPTEC, V6 50).
(5) Sobre o “aviamento”, ver: Reis (3953): Santos (1980); Wemstein (1983): Geffray (1995, Í996) e Léna
(1996).

(6) É importante ressaltar aqui que a “escravidão por dívida”, mesmo sendo característica da região
amazônica, é um fenômeno internacional. Existia no México, como lembra Marx em O Capital, também em
São Paulo em meados do século XIX e, segundo os trabalhos da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), há países onde a incidência é incomparavelmente maior do que no Brasil.

Referências bibliográficas

Documentos do arquivo do Grupo de Pesquisa sobre o Trabalho Contemporâneo


GPTEC, V63
GPTEC, V6 8.1
GPTEC, V6 9.2
GPTEC, V6 9.3
GPTEC, V6 9.4
GPTEC, Vó 21.1
GPTEC, V6 34.1
GPTEC, V6 38
GPTEC. V6 40.1
GPTEC. V6 47,1
GPTEC, V6 47.lí
GPTEC. V6 53
GPTEC, V6 59.3
GPTEC, V6 59.4
GPTEC, V6 60.1
GPTEC, V7 17.3
GPTEC, V7221
GPTEC, V8 7.1
GPTEC, V8 8.1
GPTEC, VS 31.8

FIGUEIRA, Ricardo Rezende. Pisando fora da própria sombra. A escravidão por divida no Brasil
contemporâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

GARCIA, Afrãnio Jr. Libres et assujettis. Matché du travail et modes de domination au Nordeste. Paris:
Maison des Sciences de 1’Homme, 1989.

GEFFRAY, Christian. Chroniques de la servitnde en Amazonie brésilienne. Essai sur Fexploitation


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_ “Le modèle de 1’exploitation patemaliste”, In: Lusotopie, L’oppression patemaliste au Brésil. Paris:
Karthala, 1996.

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LÉNA, Philippe. “Les rapports de dépendance personnelle au Brésil. Permanence et transformation”, In:
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MARTINS, José de Souza. “A reprodução do capital na frente pioneira e o renascimento da escravidão no


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“A Igreja face à política agrária do Estado”, ln: PAIVA, Vanilda (Org.). Igreja e questão agrária. São
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Palmeira, Moacir (Org.). Projeto emprego e mudança sócio econômica no Nordeste. Rio de Janeiro: Museu
Nacional, 1977. 12 volumes.

PINTO, Lucio Flávío. “O mito da proteção: a Amazônia”, In: DTNCAO, Maria Angela. “O Brasil não é
mais aquele... Mudanças sociais após redemocratização”. São Paulo: Cortez, 2001.

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Brasil: Ministério da Agricultura, 1953.

Santos, Roberto. História Econômica da Amazônia (1800-1920). São Paulo: T.A. Queiroz, 1980.

SUDAM, Estudo de viabilidade, 1974.

SUDAM, Processo No 659/86,

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Weinstein, Barbara. The Amazon rubberboom, 1850-1920. Stanford: Stanford University Press, 1983.

Benjamin Buclet é Doutor em Socioeconomia do Desenvolvimento pela Ecole des Hautes Etudes en
Sciences Sociales (EHESS) e membro do Grupo de Pesquisa sobre o Trabalho Escravo Contemporâneo da
UFRJ, programa de trabalho 2005.
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V DEMOCRÁTICA FEMININA GAÚCHA (ADFG)
Pô ivro A L LI f i I s* E
H. G. SUL
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ruu )jic;m do OI i v<‘i ra , J 250

1’oj'to AI eg re , (.»> -ir af;orito de l


X Direção da
Volkswagen do Brasil S.A.
Caixa Postal, 3026
01000 São PaulO-SP

O incêndio atoado pola Vo.lkrjVQ^cn na Amazo nia


foi classificado por Burle Marx corno "o maior na história ' do planeta".
Causaram espanto as fotos registradas pelo Skylab o causa Indi^naçao a
todos rpianto se preocupam com o meio ambiente e com o futuro da humani-
dade .
Custa n crer que uma empresa desta categoria
adote para suas at i vj d ades ‘no es tronco i ro il i re tri zes tão .diversas daque-
las vigentes ern seu pxopriu pais, Nno emprega a Volkswagen na Alemanha
recursos financeiros significativos para a proteção ambiental ?
|;i • Como podem VV.SS. lançar mão, aqui no Brasil,
da técnica maio primitiva e destrui dora para liquidar uma floresta?
0 ■artigo 27 do nosso GÓd i go Í- J ores1.nl é bastante claro a este respeito
o as peculiaridades regionais nela ros :>a i vadas não Justificam, no caso,
o emprego desta tacnicamesmo «jue seja pc.ii.itido o re talhau.un to da Ama-
zônia em verdadeiras capitanias, pu fs a 1 gum t.eui o direito de nrrazar o
patrimônio natural de outro. Certos limites jamais deveríam ser ultrapas-
sados, •sobretudo pelos que pertencem ao grupo de nações classificadas
como "desenvolvidas", material e cal tur.u 1 monto »
• Ou será que interpretamos mal a definição de
Desenvolvimento - qee açiu fi c nr-i o tf »-t ii:
poderio cconomico inaior para desrespeitar os valores‘de outros que nac
alcàjiçaram ainda o mesmo estagio deste processo evolutivo?
Para nós, desenvolvimento e um vasto processo
de humanização da Vida e dos trabalhos humanos, com Uma profunda amplia-
ção dos horizontes culturais. E a. cultura transcende da civilização por
; que, envolvo todo um conjunto de valores que constituem o patriraonio filo *■
sofico-otico de ura povo.
Nosso planeta ó pequeno e e finito. A ganância
I e a inconsciência ecológica ja levaram o Homem a destz-uir grande parte
de seus recursos naturais - capital que não lhe pertence e do qual terão
de;viver nossos filhos.
; |H Oxalá, governantes, políticos e empresários dis-
so se conscientizem.
• i: ! j|í liecoiuund.nnos as pessoa» responsáveis pel as gran-
des decisões dentro de sua empresa a leitura de um dos atuais lies t-sellorj
idgi Alemanha Ocidental: "Ei n Plane t wird gtpluendert - Die Schrockensbilam
unserer Politik" - Hcrbert Gr-ul , S.Fischer Verlag GMBH, Frankfurt am Main,
1775.
! !, , Tomamos a liberdade de enviar copia dor. a a carta
a autoridades brraaileiraa e ox-gãor. da imprensa aleina, bein como uma tradu*
ção da mesma a matriz de VV . SS na Alemanha.
Anexamos ainda algum material das atividades da
ADFG.
Sendo o quo queríamos corouni car-lhes fioiamo-nos
atenciosamente

'R;
y-üíx&i o"
Vanda X,fí«ibv I 1 k a P . Í! o;> r? Mn/*d'i Boimer ■v
V
AN G 1 a ij ti n
**t ' o v
V. », r,*-, t.r/i. ^ n f,/A * u f* »• r- o

) 8 ôc h |j c> s l o d (.• ] 9 7 6 .

>.
Açao Dcmücralícrpi rtminin-i G.mrlia
Rua Lucas de Oliveira, ) 2 50
Porto_ .Alegrc - RS

Prezadas Senhoras,

Recebí sua carta de 6 de agosto clc 1776, que passo a responder:

A versão, que a Volk .va agen produziu na Amazônia o maior incêndio


em toda a história do Planeta, ganhou ímpetos nos meados do ano pas-
sado. Cheio que apareceu pola primeira vez na imprensa norte-ame-
ricana e daí ern diante foi darido voltas pelo mundo. E o que c mais
curioso - e, para nós, altamerite frustrante - e que aparentemente
ninguém procurou verificar ser iarnente a veracidade dessa informação.

, Vejarnos, pois, os fatos:


I
1. A Companhia Vale do Rio Cristalino, subsidiária da Volkswagen,
possui, no município de 5ant*Ana do Araguaia, no sul do Estado
do Pará, urna gleba de 140. 000 hectares. Isto corresponde á
uma area de aproximadamente 1.400 quilômetros quadrados ou
um quadrilátero de 3 5 km por 40 km.

2. No decorrer dos pioximos anos, a metade dessa area (70.000


hectares) s era t r a n sfo r ma da em pastos, que abriga r ao cerca dc
1 10.000 cabeças de gado. A metade restante será mantida em
seu estado natural (reserva florestal) para a manutenção do
equilíbrio ecológico da região. E?tte detalhe prende-se, aliás,
a uma irnposiçao legal, severamente fiscalizada pelo 1BDF.

• 3. Até o presente foram desmaiados 9. 180 hectares, correspon-


dentes a uma área de aproximadamente 9 por 10 quilômetros.

Corno se sabe, a formação de pastagens obedece às seguintes


etapas:

a) derrubada das árvores de menor valor comercial e a reti-


rada e estocagem das mesmas;
b) limpeza da vi-getaça o d <; pequi-no porte, a l r .1 v <• 0 cie quei-
mada;

c) serncadura de capirn e ori!. o r c i ado cem leguminosaa.

Por cún0guinte, f. ar que iin.vin:. exr 1 us i vam>:nte arbustos, cr-*


vas daninhas e outro!» tipos de mato, jamais arvores, mesmo
porque, alein da aber rnç.10 ecologica, isto seria urn .absurdo
e C onômi c o .

4. Arvores de madeiras nobres, tais corno pau-brasil, jaloba, ce-


dro, ipê e semelhantes, nao foram sequer derrubadas, sendo
preservadas para eventual utilização posterior.

5. A SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia),


orgão subordinado ao Ministério do Jntcrior, aprovou, ale boje,
335 projetos agrupe tia 1 iur, r.aquel.t r çg bm que, a partir de rua
i rnpl a n t a ç a o definitiva sustentarão urn rebanho de 5 milhões de
cabeças, instalarias em area util de aproximadamente 4 milhões
de hectares e gerando 17; mil empregos diretos.

Todos" estes projetos, dos' quais o da Cia. Vale do Rio Cristali-


no e apenas urn_ (com somente 1, 75% da área cujo desmatamen-
to foi autorizado oficiais nente pelo Governo Pcderal), utiliza rn-
se exatamente dos mesmos métodos dc desbravamento: derru-
bada da metade da floresta e queimada da relva.

6. Por fim, permita-me acrescentar que a Volkswagen, através da


. Cia. Vale do Rio Cr istalino, esta planejando a inclusão dc uma
industria madeireira, um frigorífico e fábrica de. industrializa-
çao de carne no seu pirojeto, alem dc benfeitorias sociais, como
escolas, hospital e esta çao experimental agrícola. Assim sen-
do, dentro dc alguns anos, os br a s il e i r o s daquela região, passa -
r ao a participar do progresso e do de *.< nvolv i mento do pais.

•Lsta, ern resumo, e a verdade sobre a I ru i ç .1 o da selva amazô-


nica" que teria sido promovida pela Volkswagen.

As informações que acabo de prestar rião sao secretas nem reserva-


das; estão ao alcance de qualquer um que as queira possuir, bastan-
do sornente solicita-lac ao Ministério do Interior (Brasália) ou à
SUDAJvl (Belérn). Vossas Senhorias o fizeram ?

Aparentemente nao. Assim corno o Sr. Burle Marx, escolheram O


caminho mais côrnodo da difamação gratuita, fazendo coro com a
imprensa sensacionalista e engrossando o rol daqueles que, de al-
gum tempo para cá, procurárn sistematicamente, denegrir o nome
da maior empresa industrial privada do país. O Sr. Burle Marx,
? <* j‘b*

C .11 i n h O S a n 1 e ri l e c i I a f] o j > o r V . b a s . , foi ç ;■ f 1 <i n:c; iflo, por nossa e a r -


t3 de 8 dc julho do c. ur r e n t o ; s no, sohrc '> que rcíihncnW: sucedeu ris
gleba da Cia. Vale do H io (.. r > ;< l a 1 i rio; .itc hoje aquele senhor uao
teve a liiur.i, nem a eleganc m, de desn < i.ti, a di olara^.io falsa
que fez.

Na o sei se V.S as. íruin de m,i fe ou r.iinslcsnuntc assumiram o


papel de "inoc <■ r,l < .o que, j >u r l< íis meio:;, jaoi ur.nn
cnlrâvâ r o d c s e n v o I v i / .o e n l o da iniciativa j >; i v a d a n rj 13 r a' s i 1 ■ t > f a t o
porem, de V.Sas. terem epa 1 nado, a os quatro ventos, acusações
,j
H insubstanciadas contra a Voll-, swagen do Brasil, é dc extrema gra-
vioade c - la nr c nl o p r o f u n d a rn e n t e d i z. c -1 o - poderá gerar conse-
quências extremamente desagradáveis . ^/'ÍéÍAÇA *

Rogo-lhes que rr.e informe-rn os nomes c nvlurcijos das autoridades


e jornalistas aos quais foram enviadas cópias da sua correspondên-
cia supra mencionada.

!:i'
;;i!
\

ROEgRTO BURLE MAriX

Rio d c Janoiro , 04 do novembro do 157 o

Woiígang Sauer
Vo 1 kswagon do lir a3 i1 -> • A.
Caixa Postal 30C26
01.000 SÃO PAULO - S. •' •

Senhor Sauer,
Voado recebido copia-dc V. carta do 13.0-.7Ó
endereçada a Açuo Democrática z caiar a a Oaucaa , pude c ona t atar
(juo alca do continuar ac .justificando do maneira absurda, corão
for na carta qu& a mir. dirigiu, V.S.a ainda reclaraa uma reapo^ta
dc minha parte, desmentindo as afíruaçoeo quo fiz.
Em primeiro lugar quero deixar bem claro que
jamais farol cal desmentido. Verifique! quo V.S.1"1 tampouco nega
que cometeu ínceadio do 9.130 hectares do matas o quo, netuo
aacia, protaude que eu doeminta uma coisa quo V.S,“ admite itr
verdade.
Esta queimada gigante foi observada pelo ' r'
Skylab o causou intranquilidade também no exterior.
Ea segundo lugar, maio ao interessa ocupar meu
tempo contanto convencer, conscion tirar ou alertar ao auto ri. aadec,
polo só elas «ao capares do mudar leio monstruosas como o.tss,
que porniton, a grupos, realizar cm nome do suas idéias coere
pr ogres o o, genocídios quo em outros países seriam punidos cor.. . a

cadeia, do que me apressar a responder a V. S.f* que do antemão


afirma quo nos proximoa anoa queimara úraa maio de 6 vazus maior do
queaquola que jã queimou. Em seguida V.S.a diz quo o fogo usado
na ocasíao atingiu exclusiva mente arbustos, ervas daninhas p'
outros tinos da mato, jamais Srvoroo. ■ '

üao acredito em fogo amestrado. Alca de "ervas
daninhas" deveu lor sido queimadas cgabora, araras "barulhentas",
«.atua imundos , onças 'ferozes", cobrua"paçonhentao" , sem duvida

R U * CamiJOOG JUNIOR. 00 -MIO O Li J A N L S M O

/
u* • . .

RObLííT o Li U K L L: f'Am.uk
.. -.v-■v•'■*' "• v-!'' ’
«u «r v o r ci s d 0 ;r*Qyt portu o. tal ycr .... õ trotírao alj-u;;, ir. dio **fifc^***j cr'^,t>
i» i. í J o q U ti O o «. * e/ Vi o* C. O «1 w O \* II V O w 1 4* w 1# i- u lfl «1-0 i.»u U C 1. G wj ... wV
a
V. S. forra oLjuto a a a-dwi ruguo u Êialuabruaorro doj ale ..ee iC4U>
Crua, Maríiu. o iiu.-abo 11, que. e- . .;yc raa ua Artazoei u ao -.eee.e X ( X
a qua ja e.a IcJiO !lart iua , ruvo. ..Jo , áüoaiiciou o 13a-....o»- í/a’ ~‘v£
precios-íi nioro.
Entenda V.S.4* cot; 5 t&inua obri;;a«;oo «««o U
contra tutio aquilo <;uc c on a i u«~ r a r u»4 crirúc ocolo;.;:co vt t
J
ditíCordo w» ú uiu •' iO'«>.u l«.« «v v* á p ví c iá £ C o a c. o r r u %.> «». *. ^ ^
o c u Im ^ 1 o bu i r* «11 c ”»«.. i'* c*«- a u c «i. n L. ò «<o 11.. r.«««o 110 > cía «. I o i. u , v* ♦** i! u n .5 c <-c
C U u O T3. a 1 1# » '.l.ftUHU ' C OfiiU -C: a ê a d W rHVt Sjifá
J u U C O«• w •. «• O fcí ^ u, L í| u o
áúc por í&tío óculo cb-orvc.: co*• ;*otn&evito poiu, ao quu v»i£ C.0'ys> toi
V• ciap r o ci a foi l«u 11 a u a • laupcuco o i j;i p o r t a o ;;i o r« c ir**«: %-• d a mu* /to..
o íts a iroageo du V. •iapru^.S ioi prejudicada ou rrau. I*a ví ... O
i.rportaato a que o .. acfll r.l : ’. o da natureza c irrovcíü. v., i.
ü0:1. ;r.-;.l S.fu o joauato * «aparo que V. 3 . ** -eji t->‘'
rfíflVJ proibido do levar a ...-bo vousov plano » da queia-v.— mÚLscRjf -
vaiuudurf ., o q :a„ acredita, 6cri _ul'..or paira iodos.

Siucoramoa to,

'•p • ' '-/


//r i/(.

.RUA C A R r. ::■ o *_# n i o r , oo — rio d e janeiro


UM' 8 UM* 9

§ji3 Kf Philip M. Fearnside, do Instituto Nacional de j Como se sabe, a formação de pastagens obedece às se-
Pesquisa da Amazônia, mostra que os Estados do Pará, guntes etapas: derrubada das árvores de menor valor comercial,
Maranhão, Goiás, Rondônia e Mato Grosso estariam des- retirada e estocagem das mesmas; limpeza da vegetação de peque- todas"No momento,
as receitas mais de^
dos Bad fe- 1
As vendas ,j
maiados completamente em 1990, G Acre, antes do ano no porte, através da queimada; semeadura de capim consorciado
2,000, Roraima e Amazonas pouco depois. Apenas o com leguminosas. Por conseguinte, são queimados exclusivamente médio de ongedesenvoWidas, de remedios a|
Amapá sobrevivería até o século 22. arbustos, ervas daninhas e outros tipos de mato, jamais árvores. . anuais, nas nações oe QS de florestas co- <
"As formas de devastação da floresta são várias. “A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, ór- partir de recursos geneti de dò,ares, ,
Num extremo temos os projetos gigantes: corporações gão subordinado ao Ministério do Interior, aprovou até hoje 335 m 3 Am aZ
brasileiras ou multinacionais, ou mesmo pessoas influen- projetos agropecuários naquela região. A partir de sua implanta- ° 3
H d°oTrONU Ontantas
uso medicinal de produ-
tes, vão à Amazônia para multiplicar seu capital. Entre ção definitiva, sustentarão um rebanho de.5 milhões de cabeças, O. segundo dados o
J químicosderivadosde^ant^esp^ # 25% ao
especialmente as
elas, gigantes como Anderson Clayton, Goodyear, Vol- instaladas em área útil de aproximadamente 4 milhões de hectares
kswagen, Noxdorf Computer, Nestlé, Liquigás, Borden, A ONÇA e gerando 17 mü empregos diretos. Todos estes projetos, dos | drogas
ant,ca
"^r; de p|antas cultivadas-com seus ■
Kennecot Copper e o multibilionário americano Daniel quais o da Cia. Vale do Rio Cristalino é apenas um (com somente j ano. O cruzamento de P 0 rendimento i
Ludwig, ou mesmo cooperativas agrícolas do sul do 1,75% da área cujo desmatamento foi autorizado oficialmente pe- i Alime t o trigo, a cevada -
País. Mas esta é uma pequena fração da lista, que con- lo Governo Federal), utilizam-se exatamente dos niesmos méto- d das safras, " _nm0 ntlnca dos recursos ge-
tém centenas de nomes. Estas empresas montam proje- dos de desbravamento: derrubada da metade da floresta e queima-
tos enormes - fazendas de criação de gado, usinas de pa da da relva. j ísSSÍES-»».*,
pel, monoculturas de uma só espécie, imensas plantações “Esta, em resumo, é a verdade sobre a “destruição da selva
de arroz, cana-de-açúcar, serrarias e operações de mine- amazônica” que teria sido promovida pela Volkswagen i—•**"*•„ „„
ração 1 Professor C^Jo"g7érr do piré - 1983.
.! arual da SBPC em Betem
Extraído do artigo Quem está destruindo a Floresta Tro- Wolfgung Sauer, presidente da Volkswagen do Brasil, numa carta
pical Amazônica, de José Lutzenberger - 1984. escrita em 1976, em resposta ao indignado protesto enviado pela
ADFG contra queimada gigante realizada na .Amazônia.
vansus .

I l
u '6?s § o- efeito das compressas de ervas frescas, que
-A Companhia Va^ do RmCn^ahno^do Anúsirio publicado np Brasil em 1949. algumas vezes vimes os médicos indígenas empregarem
“No Brasil existem diversas espécies de nozes e castanhas: 2 nas úlceras malígnaSr foi tão rápido e eficaz, que atingiu
NO decorrer dos próximos ,n ‘ - rca« 110 mil ca-J castanha do Pará, a castanha do caju, o pinhão, o coco da Bahia, 0 . . yenfiquei que gigan- as raias do maravilhoso. Em oito dias cicatrízaram-se as
i Uniformada em pastos, que abngarao | amendoim e muitas outras espécies, No Nordeste existe o pequi, iitóo de 9,130. ht<*>s™* * 'e causou muanqOilida- úlceras do pé de um negro escravo, da minha comitiva,
1 bsçs de gado”. walkswaoen do Brasil, numa que é uma espécie de amêndoa; no Pará e no Ajnazonas econtnim- , f„í observada pelo satél.te y nos prôx.m® que se achava inválido, há meses, e haviam resistido a
' ***** e resposta ao indignaac protesto se diversas variedades de cocos, cujo valor, atestado pelos habitan- muitos medicamentos. Durante esse tempo, as úlceras
S| <*» T’//; 0Z queimada gigante realizada na j tes dessas regiões. e. no entanto, íotidmenie ignorado pelos ho- foram prensadas com papas feitas de uma planta fresca,
enviado peta ADt G contra q mens da ciência. machucada, Julocroton phagedenicus, arbusto perten-
' Amazônia- i ‘As vezes nos referimos às nozes como substitutos da carne, ^oívas 35 e
cente à família das Euforbiáceas. Com os mesmos vanta-
ESSSiSis mas eias merecem prioridade sobre a carne, visto como formaram «tronca * AWm de W josos resultados vimos trataram cordilomas com cataplas-
parte do regime origínalinente dado ao homem. Em igualdade de Não acredito em fogo também araras san. ma de Eupborbia cotinifolia. Também vimos cicatriza-
peso, seu valor calórico ultrapassa de duas a quatro vezes 0 da car- mnhas" devem ter -f j ferozes", cobras "peço- rem velhas úlceras do pé, num rapaz dosnts de discrasia
ne. As diversas espécies de nozes e castanhas são ótima fonte de llrentas", tatus '5™ndos '“nÇde yandB porte e talvez, ate verminosa, por meio de compressas de ficres esmagadas
Ü 3 :>;tde 1950. 3 área pastoril criada pelo homem ni Amé- proteína de alto valor biológico. Ricas também em gorduras a mi- qhentas", Ç ££r0faiba que o:-"arbustos e da planta aquática — Pistía occidenta/is.
rica Centrai mais do que duplicou - uma expansão que ocorreu nerais, principalmente cálcio, fósforo e ferro, são poSres era bí mesmo aiqurr L,dcs por V. Sa. forem ob,e
quase inteiramente às custas das florestas nativas, das quais dois drotos de carbono. Têm valor especial no regime vegetariano e :rostipos>^;"™ne”tP"e alemãs ilustres, "As cataplasmas do algodão americano, Gossypium
terços já desapareceram. Virtualmenle toda carne é despachada convém aos diabéticos e cutios doentes que têm de restringir os to de admiraçao e des Amazôniadenuncrou
narevoltado, no século o^ vitifolium, curam úlceras malignas crônicas, coma mais
para os Estados Unidos, onde, de acordo ccm o Conselho dos Im- carboidratos. ^ruuseHumbolí surpreendente rapidez. Os índios do rio Doce machucam
; |w
portadores de Carne da América, é absorvida, em sua maior par- “A castanha do Pará é um dos alimentos de primeira quali- x'\X e que jà em io a erva TiHandsia recurvata e empregam nas fraturas ós-
te. peio comércio de ham burgers e cachorro-quente gjj gp dade nesta ciasse das nozes. É rena que. como alimento, não me- maslacm de tão preciosa flora as «r/orac* seas das extremidades
reça mais atenção dos pocetes competentes. É produto genuina- 'dista Roberto
Paisagista Roberto Bur
B' «' - Walfgang Sauer
J W mente brasileiro, cuja produção, ?;n sua maior parte, devia ser 7cas do pres,dente *èADFG.
consumida pelo nosso povo”. 76. Burle Marx enviou cop (Kart Frietírich Phiiipp vor Martins — Natureza, doenças,
I UNE?. órgão pura proteção ao ambiente das Nações Unidas - Do Extraído de Nutrição e Vigor dr. Antônio A., de Miranda, c O
í aumento para c. Encontro dos Especialistas em Florestas Tropicais Conselheiro Médico do Lar, dr. Humberto O, Swartout - Casa medicina e remédios dos índios brasileiros— 1844. Com-
-Ntríròbi, 19S0. FubLcadora Brasileira ~ 1949. panhia Editora Nacional)
1

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{ / Al.Wcc/V/c^o Gancha àc ifh-oicçftc ao Ambiente llühiwl
fs i v I CAIXA rOSTAX. 100^ - $rt).iJ*íü !*,0ír»’C) Al«i,üRV./US - ííU/'r$iL
H\J, >rr<k>

3'o.rto Alegro, 13 • 9 «> 7 6

'A Senhor
'■'/olf/par.;; Sauor - íc < rc >4
~ VOLKS ,/AG3Ȓ DO BrfASIL SA
( Caixa postal 5026
'vi: 01000 São Paulo - 3P

V
\ Prezado Senhor Sauor,
r - i.
V
Estamos do posse de sua carta de 18»ü«76 & AD.PG, Ação
Democrática Feminina. únáchaa Ccno a eidy Torto e .cais militante .
entidade comunitária ac luta ambientai brasileira sentino-nos direta»
monto afetados por «este • assunto. -

Sua carta apenas confiam?, o que ccnhccervoc cor informação íj


de imprensa e peles suas entrevistas pessoais:
Uma gran.do firma alor.a, a Vçlksr/p.^en, participa no Brasil da. na is
absurda or^ia de destruição cw já teve iupar neste continente. Suas
atenuações de quo tu'’o isto 4 perioitnmontr le.^a.l , avrovndo e apoiado
palá Str;A’f c- («ver-mente ficcrlizcdo" (?) paio IBBP on nrua alterara
este ís.io. Oa enfriaw^s dc-nr^o drraos há r.acr vara ser.do combatidos
per todo 3 oa eetflogoo e cortam ente mudarão sn breve. Itanibén na.
Alosiarúia ivS ectflo.~cc que conhecem a Amezdnia. e que poderíam t8-lo
assessorado, masr.o antes -da- aquisição, c.u terreno* queremos apenas
.sancionar o Dr».ü“.rnld bioii do 1 -/d ;;:to :•«>: J?l«íu;k.

Em vez tíe t-nui:- v-•.—-erm.n /remi ro. sua


serve-ae ?,q.uf de má iodos do 'rapina por todos condem dos, irfslisner-.te
ainda comuns entre nós. Bn .«nr, r-«ri» i-neor. ire-mor. ntd a lin/qua•■■em de
nosso naio primitivo caboclo; “c outros ti- oa de nato". Conhecemos
suas definições de pr-e;;rnS30, mee choca nrof undnraor.te crendo
verifinrrr.oo o ar.volvi:.s:;tc ;vc u;;.,« p.rund-o çi.ipresa alemã na reais
primitiva exploração exaustiva, ccn rror.vasubvenções do Estado
brasileiro, isto tf, cora o dinheiro do noaco .5.::;■-onto ou d.p nops»
inflação .A opinião páblicn r.letvi na o rocio aceitar pecif inanonte oa fc<? fato.
í!1 i'
Uma vo» quo sua carta h-j seiihoTOfi d» A''r’0 ar, ameaça, do
t: f: "coiiscqvionci ao r;./1-r n o n to rracíáveir.íu, a ASADA.'», quoremoo
participar destas conr.equôncias. f\
/ í/9 /
. kL u t z / n b c r ~ o r
s/ í. prcsíd.onie;

G tf pico: Bireção Cc-r-.l 7ol>.n í/auçonv/crh, h'clfhur,;;


0oinião rt-5.iij i ca
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57768 Quinta-feira 30 DIÁRIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2003
INDICAÇÃO N° 1.023, DE 2003 4. O desmembramento da representa-
(Do Sr. Gonzaga Patriota e Outros) ção diplomática cumulativa do Brasil junto à
Ordem de Malta e à Santa Sé, sem qual-
Sugere ao Excelentíssimo Senhor quer ônus ao Erário, mediante a nomeação
Presidente da República dentre outras, a do Professor Doutor Vittorio Emmanuel Pa-
indicação do nome do Engenheiro Marcelo reto para Embaixador do Brasil junto à
Soares Da Silva para ocupar as funções de Ordem em razão do seu profundo conheci-
Embaixador da Ordem de Malta no Brasil mento da instituição, do seu duplo domicílio,
além de suas significativas qualidades mo-
Despacho: Publique-se. Encami- rais, intelectuais e técnicas (técnico perma-
nhe-se nente da Comunidade Européia).
Excelentíssimo Senhor Presidente da República:
Desejoso em contribuir para o aperfeiçoamento Sala das Sessões, 10 de outubro de 2003 -
das relações entre o Brasil e a Soberana Ordem Mili- Deputado Gonzaga Patriota.
tar de Malta; Brasília, 22 de julho de 2003
Convencido de que o aperfeiçoamento dessas
relações resultará em reais benefícios à população Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
brasileira: Nós parlamentares do Congresso Nacional ao
Convencido de que é imprescindível “sair pelo fim assinados,
mundo buscando as soluções para nossos proble Desejosos em contribuir para o aperfeiçoamen-
mas“, também mediante parcerias internacionais; to das relações entre o Brasil e a Soberana Ordem Mi-
Convencido de que a cooperação entre o Go- litar de Malta;
verno e a Igreja, na maior nação católica do mundo, Convencidos de que o aperfeiçoamento dessas
possibilitará a abertura de novas e eficazes vias de relações resultará em reais benefícios à população
concretização das grandes esperanças que o povo brasileira;
depositou nas mãos de Vossa Excelência; Convencidos de que é imprescindível “sair pelo
Reconhecendo a vasta experiência humanitária mundo buscando as soluções para nossos proble-
da Soberana Ordem Militar de Mafta em todo mundo, mas’’, também mediante parcerias internacionais,
há mais de 900 anos; Convencidos de que a cooperação entre o Go-
Convicto de que o atual Governo busca soluções verno e a Igreja, na maior nação católica do mundo,
urgentes de alto impacto social e baixo custo ao Erário possibilitará a abertura de novas e eficazes vias de
para a construção de urra nação mais justa e fraterna; concretização das grandes esperanças que o povo
depositou nas mãos de Vossa Excelência;
Considerando que existe situação pessoal in-
compatível com as diretrizes fixadas pelo atual Go- Reconhecendo a vasta experiência humanitária
verno, no âmbito das relações entre o Brasil e a Sobe- da Soberana Ordem Militar de Malta em todo mundo,
rana Ordem Militar de Malta, há mais de 900 anos;
Convictos de que o atual Governo busca soluções
Proponho, por meio Desta Indicação, o Seguinte: urgentes de alto impacto social e baixo custo ao Erário
para a construção de uma nação mais justa e fraterra;
1. A criação do Grupo de Trabalho de Considerando que existe situação pessoal in-
Cooperação e Integração Brasil - Ordem de
compatível com as diretrizes fixadas pelo atuai Go-
Malta, conforme minuta de decreto anexa.
verno, no âmbito das relações entre o Brasil e a Sobe-
2. A declaração de que o atual Embai- rana Ordem Militar de Malta,
xador da Soberana Ordem de Malta no Bra-
sil, Sr. Wotfgang Sauer, cidadão naturaliza- PROPOMOS
do brasileiro, “é pessoa não aceitável” ao
Estado, nos termos do Artigo 9o da Conven- 1. A criação do Grupo de Trabalho de
ção de Viena, como também todos os mem- Cooperação e Integração Brasil - Ordem de
bros do pessoal diplomático de sua missão. Malta, conforme minuta de decreto anexa.
3. O nome do Engenheiro Marcelo So- 2. A declaração de que o atual Embai-
ares da Siiva para novo Embaixador da xador da Soberana Ordem de Malta no Bra-
Ordem de Malta no Brasil, a ser apresenta- sil, Sr. Wolfgang Sauer, cidadão naturaliza-
do às autoridades competentes da Ordem, do brasileiro, “é pessoa não aceitável' ao
por suas altas qualidades morais, intelectua- Estado, nos termos do Artigo 9o da Conven-
is, técnicas e por seu ótimo relacionamento ção de Viena, como também todos os mem-
com a hierarquia da Igreja Católica. bros do pessoal diplomático de sua missão.

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Outubro de 2003 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 30 57769
3, O nome do Engenheiro Marcelo So- § 1° Os órgãos da Administração Pública indica-
ares da Silva para novo Embaixador da rão um representante a ser nomeado pelo Presidente
Ordem de Malta no Brasil, a ser apresenta- da Republica.
do às autoridades competentes da Ordem, § 2a As reuniões do Grupo de Trabalho serão
por suas altas qualidades mc rais. intelectua- coordenadas pelo representante da Assessoria
is. técnicas e por seu ótimo relacionamento Especial do Presidente da República.
com a hierarquia da Igreja Católica.
§ 3o A Secretariâ-Geral da Presidência da Repú-
4. O desmembramento da representa- blica prestará apoio técnico e administrativo para o
ção diplomática cumulativa do Brasil junto à
funcionamento do Grupo de Trabalho,
Ordem de Malta e à Santa Sé, sem qual-
quer ônus ao Erário, mediante a nomeação 'Alt: 3o Os resultados dos trabalhos desenvolvi-
do Professor Doutor Vittorio Emmanuel Pa- dos serão apresentados no prazo máximo de 120
reto para Embaixador do Brasil junto à dias às Presidências envolvidas.
Ordem em razão do seu profundo conheci- Este decreto entrará em vigor na data de sua
mento da instituição, do seu duplo domicílio, publicação
além de suas significativas qualidades mo- Brasília, de julho de 2003,182° da Independên-
rais, intelectuais e técnicas (técnico perma- cia e 115° da República - Luiz Inácio Luta da Silva.
nente da Comunidade Européia).
Altezza Eminentíssima,
Respeitosamente, - Gonzaga Patriota - Vit- Ecc.Mo Signore Gran-Cancelliere
torio Emanuel Pareto. e Nobile Sovrano Consiglío
GRUPO DE TRABALHO DE COOPERAÇÃO Presenfiamo a Vostra Altezza Eminentíssima e
E INTEGRAÇÃO BRASIL - alie Vostre Eccellenze le copie delia Proposta Parla-
SOBERANA ORDEM DE MALTA mentara che sarà consegnata all Ecc.mo Signore Presi-
dente delia Repubbliea e che tratta delTampIiaimento
Dispõe sobre sua criação. deite reíazioni fra TOrdine di Malta ed II Brasile.
La Chiesa, sebbene non appartenga al mondo,
Presidência ds República. é presente nellesocietà úrriane. Per questa presenza,
DECRETO DE DE JULHO DE 2003 essa devé agire como il lievito nel pane, contribuendo
effettivamente affinchè le società si organizzino se-
O Presidente da República, no uso da atribuição cando i valori e le esigenze dei Regno di Dío
que lhe confere o artigo 84, incisos IV, VI, alínea a e
VII da Constituição, (Direttrici Generalí dell‘Azkme Evangelizzatrice
delia Chiesa in Brasile).
Decreta:
In Brasile, ii Sovrano Ordine di Malta, come ordine
Ari 1Q Fica criado o Grupo de Trabalho de Coope- laico, deve essere artche íl lievito ndla costruzbne di
ração e Integração Brasil - Soberana Ordem de Malta una nazione piu cristiana e fraterna aiutando i poveri ed i
com a finalidade de formular e propor políticas de coope-
ração e integração enlre o Brasil e a Soberana Ordem malati in una comunfone armoniosa con fepiscopato.
Militar de Malta (Associação de Brasília e Brasil Setentri- In questo modo, aseoRando H ela mora di quast due
onal), mormente nos campos humanitário e militar. terzi dei rappresentanti dei popolo brasiliano ed al perce
Art. 2o O Grupo de Trabalho é composto por re- pire Ia necessiià dS rinnovamento deila rappresentanza
presentantes dos seguintes órgãos e entidades: diponriatica ddFOrdem in Brasle, starro d accordo con ia
Proposta Parlamentara al tempo in cui speriamo di vede-
I - Assessoria Especial do Presidente re le indicazioni segnalate nel documento airEcc.mo Sig-
da República nore Presidente deite Repubbliea accotte previaménte,
II - Ministério das Relações Exteriores; dal Gràn-Magistero, in c» diè considerará gíusto.
III - Ministério da Assistência Social; Che Ia Sede delia Sapienza sia ispiratrice delie
IV - Ministério da Saúde; ímportanti decisióni che Vostra Altezza Eminentíssi-
V - Escola Superior de Guerra; ma e ie Vostre Eccellenze consWereranno vaiide a
VI - Ordinariado Militar, questo propósito.
VII - Associação de Brasília e Brasil Cón Ia nostra benedízione.
Setentrional, designado por seu Presidente; Brasília, 26 de agosto de 2003. - D. Geraldo
VIII - CNBB designado por seu Presi- Majella Cardinatc Agnelo - D. Geraldo do Espírito
dente. Santo Ávila.
57770 Quinta-feira 30 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2003

Relatório de Verificação de Apoiamento

INDICAÇÃO N° 1.023/03

Proposição: 1NC-1023/2003
Autor da Proposição: GONZAGA PATRIOTA
Data de Apresentação: 15/10/2003
Ementa: Sugere ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República
dentre outras, a indicação do nome do Engenheiro MARCELO
SOARES DA SILVA para ocupar as funções de Embaixador da
Ordem de Maita no Brasil,

Possui Assinaturas Suficientes: SIM


Totais de Assinaturas: Confirmadas 319 f( 3 [
Não Conferem
Fora do Exercício
Repetidas 23
Ilegíveis
Retiradas
TOTAL 345
MÍNiMQ
FALTAM

Assinaturas Confirmadas

N° Nome do Parlamentar Partido UF

1 Adão Pretto PT RS
2 Adauto Pereira PFL PB
3 Agnaldo Muniz PPS RO
4 Alberto Fraga PMDB DF
5 Alceste Almeida PMDB RR
6 Alceu Collares PDT RS
7 Alex Cariziam PTB PR
8 Alexandre Cardoso PSB RJ
9 Alexandre Santos PP RJ
10 Alice Portugal PCdoB BA
11 Aimerinda de Carvalho PMDB RJ
12 Almir Sá PL RR
13 Álvaro Dias PDT RN
14 André Luiz PMDB RJ
15 André Zacharow PDT PR
Outubro de 2003 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 30 57771
16 Angela Guadagnin PT SP
17 Aníbal Gomes PMDB CE
18 Ann Pontes PMDB PA
19 Anselmo PT RO
20 Antonio Cambraia PSDB CE
21 Antônio Carlos Biffi PT MS
22 Antonio Carlos Biscaia PT RJ
23 Antônio Carlos Magalhães Neto PFL BA
24 Antonio Carlos Mendes Thame PSDB SP
25 Antonio Carlos Pannunzio PSDB SP
26 Antonio Cruz PTB MS
27 Antonio Joaquim PP MA
28 Antonio Nogueira PT AP
29 Ariosto Holanda PSDB CE
30 Armando Monteiro PTB PE
31 Arnaldo Faria de Sá PTB SP
32 Amon Bezerra PTB CE
33 Aroldo Cedraz PFL BA
34 Asdrubal Bentes PMDB PA
35 Assis Miguel do Couto PT PR
36 Athos Avelino PPS MG
37 Átila Lira PSDB PI
38 Augusto Nardes PP RS
39 B. Sá PPS PI
40 Barbosa Neto PSB GO
41 Benedito de Lira PP AL
42 Benjamin Maranhão PMDB PB
43 Bernardo Ariston PMDB RJ
44 Beto Albuquerque PSB RS
45 Bismarck Maia PSDB CE
46 Bonifácio de Andrada PSDB MG
47 Basco Costa PSDB SE
46 Cabo Júlio PSC MG
49 Carlos Alberto Leréia PSDB GO
50 Carlos Dunga PTB PB
51 Carlos Eduardo Cadoca PMDB PE
52 Carlos Nader PFL RJ
53 Carlos Sampaio PSDB SP
54 Carlos Souza PL AM
55 Carios Willian PSC MG
56 Cetcita Pinheiro PFL MT
57 Celso Russomanno PP SP
58 César Bandeira PFL MA
59 Cezar Schirmer PMDB RS
60 Chico da Princesa PL PR
57772 Quinta-feira 30 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2003

61 Ciro Nogueira PFL PI


62 Cláudio Cajado PFL BA
63 Cláudio Magrão PPS SP
64 Cleuber Carneiro PFL MG
65 Colbert Martins PPS BA
66 Colombo PT PR
67 Confúcio Moura PMDB RO
68 Corauci Sobrinho PFL SP
69 Corioláno Sales PFL BA
70 Coronel Alves PL AP
71 Costa Ferreira PSC MA
72 Daniel Almeida PCdoB BA
73 Darci Coelho PFL TO
74 Darcísio Perondi PMDB RS
75 Davi Alcolumbre PDT AP
76 Deley PV RJ
77 Delfim Netto PP SP
78 Dilceu Sperafico PP PR
79 Dr. Benedito Dias PP AP
80 Dr. Evilásio PSB SP
81 Dr. Francisco Gonçalves PTB MG
82 Dr. Heleno PP RJ
83 Dr. Hélio PDT SP
84 Dr. Ribamar Alves PSB MA
85 Edison Andrino PMDB SC
86 Edmar Moreira PL MG
87 Edson Duarte PV BA
88 Edson Ezeojuiei PMDB RJ
89 Eduardo Barbosa PSDB MG
90 Eduardo Campos PSB PE
91 Eduardo Gomes PSDB TO
92 Eduardo Paes PSDB RJ
93 Eduardo Sciarra PFL PR
94 Eduardo Vaiverde PT RO
95 Elaine Costa PTB RJ
96 Elimar Máximo Damasceno PRONA SP
PMDB RS
97 Eiiseu Padilha
PFL MG
98 Eiiseu Resende
PDT RS
99 Emo Bacci
Outubro de 2003 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 30 57773
100 Enio Tático PTB GO
101 Enivaldo Ribeiro PP PB
102 Énco Ribeiro PP RS
103 Eunício Oliveira PMDB CE
104 Féltx Mendonça PFL BA
106 Fernando de Fabinho PFL BA
106 Fernando Diniz PMDS MG
107 Fernando Ferro PT PE
108 Fernando Gabeira PT RJ
109 Fernando Gonçalves PTB RJ
110 Feu Rosa PP ES
111 Francisco Appio PP RS
112 Francisco Domelles PP RJ
113 Francisco Garcia PP AM
114 Francisco Rodrigues PFL RR
115 Francisco Turra PP RS
116 Gastão Vieira PMDB MA
117 Geraldo Resende PPS MS
118 GôraldO Thadeu PPS MG
119 Giacobo PL PR
120 Gilberto Kassab PFL SP
121 Gilberto Nascimento PMDB SP
122 Gilmar Machado PT MG
123 Givaldo Carimbão PSB AL
124 Gonzaga Mota PSDB CE
125 Gonzaga Patriota PSB PE
126 Gustavo Fruet PMDB PR
127 Hamilton Casara PSDB RO
128 Helehildo Ribeiro PSDB AL
120 Henrique Fontana PT RS
130 Hercòlahd Anghinetti PP MG
131 Hermes Parcianello PMDB PR
132 íldeu Araújo PRONA SP
133 Inácio Arruda PCdoB CE
134 inaldò Leitão PL PB
135 Isaías Silvestre PSB MG
136 ItamarSerpa PSDB RJ
137 Ivan Ranzolin PP SC
138 Ivo José PT MG
13S Jaime Martins PL MG
140 Jair Bolsoharo PTB RJ
141 Jamii Murad PCdoB SP
142 Janete Capiberibe PSB AP
143 João Alfredo PT CE
57774 Quinta-feira 30 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2003
144 João Almeida PSDB BA
145 João Caldas PL AL
146 João Campos PSDB GO
147 João Carlos Bacela* PFL BA
148 João Castelo PSDB MA
149 João Fontes PT SE
150 João Leão PL BA
151 João Magalhães PMDB MG
152 João Matos PMDB SC
153 João Mendes de Jesus PSL RJ
154 João Pizzolatti PP SC
155 João Tota PL AC
156 Joaquim Francisco PTB PE
157 Jonival Lucas Junior PTB BA
158 Jorge"1Alberto PMDB SE
159 José Borba PMDB PR
160 José Carlos Aleluia PFL BA
161 José Carlos Araújo PFL BA
162 José Carlos Elias PTB ES
163 José Chaves PTB PE
164 José Ivo Sartori PMDB RS
165 José Linhares PP CE
166 José Mendonça Bezerra PFL PE
167 José Militão PTB MG
168 José Múcio Monteiro PTB PE
169 José Pimente! PT CE
170 José Priante PMDB PA
171 José Rajão
172 José Roberto Arruda PFL DF
173 José Rocha PFL BA
174 Josué Bengtson PTB PA
175 Jovino Cândido PV SP
176 Júlio César PFL PI
177 Júlio Delgado PPS MG
178 Lael Varei Ia PFL MG
179 Laura Carneiro PFL RJ
PSB RN
180 Lavoisier Maia
PSDB CE
181 Léo Alcântara
182 Leonardo Mattos PV MG
PMDB RJ
183 Leonardo Piccíani
PP GO
184 Leonardo Vilela
PPS CE
185 Leônidas Cristino
PL MG
186 Lincoln Portela
PT PB
187 Lúcia Braga
Outubro de 2003 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 30 57775
188 Luciano Castro PL RR
189 Luis Carlos Heinze PP RS
190 Luiz Alberto PT BA
191 Luiz Bittencourt PMDB GO
192 Luiz Carreira PFL BA
193 Luiz Couto PT PB
194 Luiz Piauhylino PTB PE
195 Luiza Erundina PSB SP
196 Machado PFL SE
197 Manato PDT ES
198 Manoa! Salviano PSDB CE
199 Marcelino Fraga PMDB ES
200 Marçello Siqueira PMDB MG
201 Marcelo Castro PMDB Pi
202 Marcelo Guimarães Filho PFL BA
203 Marcelo Ortiz PV SP
204 Márcio Reinaido Moreira PP MG
205 Marcondes Gadelha PTB PB
206 Marcus Vicente PTB ES
207 Maria Hèlena PPS RR
208 Marinha Raupp PMDB RO
209 Mário Assad Júnior PL MG
210 Mário Heringer PDT MG
211 Mário Negromonte PP BA
212 Maurício Quintella Lessa PSB AL
213 Maurício Rabelo PL TO
214 Maurício Rands PT PE
215 Mauro Benevides PMDB CE
216 Mauro Lopes PMDB MG
217 Medeiros PL SP
218 Mendes Ribeiro Filho PMDB RS
219 Michei Temer PMDB SP
220 Miguel Arraes PSB PE
221 Miguel de Souza PL RO
222 Milton Barbosa PFL BA
223 Milton Cardias PTB RS
224 Milton Monti PL SP
225 Moacir Micheletto PMDB PR
226 Moraes Souza PMDB PI
227 Moroni Torgan PFL CE
228 Mussa Demes PFL Pi
229 Neiva Moreira PDT MA
230 Nelson Marquezelli PTB SP
231 Nelson Meurer PP PR
57776 Quinta-feira 30 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2003
232 Nelson Pellegrino PT BA
233 Nelson Trad PMDB MS
234 Ney L opes PFL RN
235 Nicias Ribeiro PSDB PA
236 Nilson Mourão PT AC
237 Nilton Baiano PP ES
238 Nilton Capixaba PTB RO
239 Odair PT MG
240 Osmânio Pereira PTB MG
241 Osório Adriano
242 Osvaldo Biolchi PMDB RS
243 Osvaldo Coelho PFL PE
244 Osvaldo Reis PMDB TO
245 Paes Landim PFL PI
246 Pastor Francisco Olímpio PSB PE
247 Pastor Pedro Ribeiro PMDB CE
248 Pastor Reinaldo PTB RS
249 Pauderney Avelino PFL AM
250 Paulo Afonso PMDB SC
251 Paulo Baltazar PSB RJ
252 Paulo Bauer PFL SC
253 Paulo Kobayashi PSDB SP
254 Paulo Magalhães PFL BA
255 Paulo Marinho PL MA
256 Paulo Rocha PT PA
257 Pedro Chaves PMDB GO
258 Pedro Fernandes PTB MA
259 Pedro Irujo PL BA
260 Pedro Novais PMDB MA
261 Philemon Rodrigues PTB PB
262 Pompeo de Mattos PDT RS
263 Professor (rapuan Teixeira PRONA SP
264 Professora Raquel Teixeira PSDB GO
265 Rafael; Guerra PSDB MG
266 Reinaldo Betão PL RJ
267 Renato Casagrande PSB ES
268 Renildo Calheiros PCdoB PE
pp PR
269 Ricardo Barros
270 Ricardo Rique PL PB
PP GO
271 Roberto Balestra
272 Roberto Brant PFL MG
PTB PE
273 Roberto Magalhães
274 Roberto Pessoa PL CE
PPS MT
275 Rogério Silva
Outubro de 2003 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 30 57777
276 Rogério Teófilo PPS AL
277 Romel Anizio PP MG
278 Romeu Queiroz PTB MG
279 Ronrmel Feijó PTB CE
280 Ronaldo Catado PFL GO
281 Ronaldo Vasconcellos PTB MG
282 Ronivon Santiago PP AC
283 Rose de Freitas PMDB ES
284 Rubinelli PT SP
285 Sandes Júnior PP GO
286 Sandra Rosado PMDB RN
287 Sandro Mabel PL GO
288 Saraiva Felipe PMDB MG
289 Samey Filho PV MA
29G Sebastião Madeira PSDB MA
291 Serafim Venzon PSDB SC
292 Sérgio Miranda PCdoB MG
293 Severiano Alves PDT BA
294 Seyerino Cavalcanti PP PE
295 Silas Brasileiro PMDB MG
296 Simão Sessim PP RJ
297 Takayama PMDB PR
298 Telma de Souza PT SP
299 Valdenor Guedes PSC AP
300 Vanderiei Assis PRONA SP
301 Vanessa Grazziotin PCdoB AM
3Ç2 Vicente Arruda PSDB CE
303 Vicantinho PT SP
304 Vignatti PT SC
305 Virgílio Guimarães PT MG
306 Wagner Lago PP MA
307 Waller Pinheiro PT BA
308 Wasny de Roure PT DF
309 Wélinton Fagundes PL MT
310 Wellington Roberto PL PB
311 Wilson Santiago PMDB PB
312 Wilson Santos PSDB MT
313 Wladimtr Costa PMDB PA
314ZéGerardo PMDB CE
315 Zé Lima PP PA
PFL BA
316 Zelinda Novaes
317 Zequinha Marinho PSC PA
PT AC
318 Zico Bronzeado
PP SC
319Zonta
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