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DIREITO DO TRABALHO
Resposta:
Sendo assim, o vigilante, de forma específica, é regido pela Lei 7.102/1983.A Polícia
Federal, por intermédio da portaria n.3233/2012-DG/DPF, de 10 de dezembro de
2012, estabelece requisitos, direitos e deveres para o exercício da profissão de
vigilante. Já o vigia, que normalmente realiza atividades de fiscalização dos locais,
não é regido pela referida Lei 7.102/1983, não se exigindo, assim, os requisitos nela
determinados.
Portanto, para trabalhar como vigia não é preciso fazer um curso de formação,
geralmente o profissional que ocupa essa função, não tem qualificação na área de
segurança. A figura do vigia não está contemplada na legislação de segurança
privada. Apesar de que, em alguns casos, ele realiza função semelhante ao do
vigilante, este profissional não pode utilizar armamento e não é controlado pela
Polícia Federal. Ou seja, o vigia não realiza os cursos de formação e reciclagem
obrigatórios para o vigilante.
Por não poder manusear arma de fogo, são responsáveis basicamente pela
manutenção da ordem e segurança dos locais, priorizando a proteção do
patrimônio, através da ronda local. Eles não têm a profissão regulamentada, não
tem fiscalização e cursos específicos que orientem a sua formação.
No dia 15 de julho de 2016, o TST entendeu que a atividade de vigia e vigilante não
são equiparadas, e, portanto, não se aplica o adicional de 30% previsto à vigilantes,
aos vigias (RR-480-86.2015.5.06.0251).
Isto porque, apesar de existir risco de vida no exercício das funções de vigia, é certo
que a atividade do vigilante exige não apenas maior especialização, como também
requisitos previstos em lei própria, lei nº 7.102/1983, que dispõe sobre a segurança
para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e
funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de
transporte de valores, e dá outras providências.
Em síntese, o profissional que atua enquanto vigia, por não preencher os requisitos
previstos no art. 193 da CLT e no Anexo 3 da NR-16, específicos dos vigilantes, não
tem direito a receber o respectivo adicional de periculosidade, tendo em vista que
sua ocupação não se enquadra como perigosa nos termos da legislação pertinente.
A ele cabe apenas o direito ao adicional noturno, caso trabalhe em período noturno.
Mas, vale ressaltar que o que gera o direito ao adicional de periculosidade não é
exatamente o nome do cargo registrado na CTPS, mas a função efetivamente
exercida pelo empregado.
Assim, mesmo que o empregado seja registrado como vigia, mas exerça a função
de vigilante ou esteja enquadrado nas hipóteses previstas na Portaria MTE
1.885/2013, este terá direito ao adicional de periculosidade.
3. VIGIA: REGULAMENTAÇÃO
Como visto acima, o vigia não tem a profissão regulamentada por lei. Não tem
exigência legal de um curso de formação para atuar na área. Aos vigias são
assegurados todos os direitos previstos e garantidos pela Constituição Federa de
88l e CLT. A profissão também não tem um salário base, ele varia de acordo com o
local de trabalho e o empregador. A profissão é registrada no Código Brasileiro de
Ocupações, CBO, com o número CBO 517420-Vigia.
4. VIGILANTE: DIREITOS
O vigia ou vigilante que, após cumprir sua jornada normal noturna de trabalho,
continuar a prestar seus serviços em horário extraordinário diurno, terá assegurado
o direito de receber o adicional inclusive sobre as horas diurnas, além das horas
extras. Este é o entendimento jurisprudencial em relação ao sentido do § 5º do art.
73 da CLT, consubstanciado na Súmula 60 do TST.
6. FONTES:
- GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa."Qual a diferença entre vigia e vigilante?",
IN site Gen Jurídico. Disponível em:
http://genjuridico.com.br/2014/09/02/qual-a-diferenca-entre-vigia-e-vigilante/;
Acesso em 11.09.2020, 00:26
- SEM AUTOR. "Vigia não é vigilante: entenda cada função", IN site Globaseg.
Disponível em: https://www.globalsegmg.com.br/vigia-nao-e-vigilante/.
Acesso em 11.09.2020, 00:26
- SEM AUTOR. "Vigilante tem direito a adicional de periculosidade?", IN Blog
Segurança do Trabalho. Disponível em:
https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/vigilante-tem-direito-a-adicional-
de-periculosidade/. Acesso em 11.09.2020, 00:26
- CARVALHO, Bruno Henrique Vaz. “Vigia x Vigilante e o Adicional de
Periculosidade. Quem tem direito?”, IN site Jusbrasil. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/74724/vigia-x-vigilante-e-o-adicional-de-
periculosidade-quem-tem-direito-1. Acesso em 11.09.2020, 00:26
- FERNANDES, Thais Yoshioka Nitta. " Vigia, vigilante e o adicional de
periculosidade previsto na lei nº 12.740/2.012", IN site Mais sociedade de
advogados. Disponível em: http://lfmaia.com.br/pt_br/artigos/vigia-vigilante-e-
o-adicional-de-periculosidade-previsto-na-lei-no-12-740-2-012. Acesso em
11.09.2020, 00:26
- MARCONDES, Sérgio. “Vigia: Profissão, significado, função, atribuições,
direitos e deveres”, IN site Gestão de segurança privada. Disponível em:
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/vigia-profissao-significado-funcao/.
Acesso em 11.09.2020, 00:26
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direitos e deveres”, IN site Gestão de segurança privada. Disponível em:
https://gestaodesegurancaprivada.com.br/profissao-de-vigilante/. Acesso em
11.09.2020, 00:26
- CESCONETTO, Gizelle, "Direito do Trabalho: Vigias ou Vigilantes", IN site
Notícias Concursos. Disponível em: https://noticiasconcursos.com.br/direitos-
trabalhador/direito-do-trabalho-vigias-ou-vigilantes/. Acesso em 11.09.2020,
00:26.