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VALEI-ME SÃO JOSÉ DE ANCHIETA

Não é muito difícil imaginar os motivos que levaram São José de Anchieta a escolher a cidade
que hoje leva seu nome para ser seu último refúgio no Brasil. Dotada de uma natureza
exuberante com lindas praias, rios, montanhas, lagoas e terras férteis foi onde também os
frutos de sua forma de catequizar através do Teatro, da Educação e da Literatura mais
prosperaram, tendo tornado essas terras o berço das Artes Dramáticas e Literárias e seu
legado vigora em todo país através de seus livros, cartas, autos e sermões, mas parece ainda
não ter encontrado o devido reconhecimento onde escolheu como ultima morada.

É muito comum vermos em cidades que foram berços de filhos ilustres sua memória sendo
exaltada, usada como referência à identidade local, como motivo de orgulho. Autor de uma
obra extensa, não tem nenhuma delas expressada em Anchieta que ainda sendo uma das mais
ricas cidades do Espírito Santo, mesmo após a paralisação da Samarco, não conta se quer com
um teatro para honrar a memória de seu ilustre morador. O poder público municipal parece
alheio a esse legado que poderia se tornar um dos maiores geradores de renda, empregos e
receita para o município ao exemplo como é, por exemplo, Juazeiro do Norte, onde milhares
de pessoas vão todos os anos mostrar sua devoção ao Padre Cícero.

São José de Anchieta deveria estar presente todos os dias na vida da cidade, não apenas em
seu santuário, mas também nas praças, nas ruas, através de seus escritos, através de seus
autos, ser evidenciado na arquitetura e na arte urbana e o principal atrativo turístico
satisfazendo a necessidade que muitos moradores tem por empregos e renda. O primeiro
santo que podemos dizer capixaba tem como principal obstáculo a resistência que temos a nos
reconhecer e a reconhecer o que é nosso como algo valoroso e rico. Que o espírito anchietano
ilumine nossos homens públicos.

Valei-me São José de Anchieta!

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