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e Redação:
Secretaria


Palàcio*Tiradentes
da Misericórdia
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22-7610, ramal-36
Telefonei

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RIO JANEIRO

BRASIL

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nômero constituem
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Todos

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<6 podendo
«copyriflht." POLÍTICA,
de CULTUfiA

ou traduzidos para fd*


todo ou cm parte,
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da Dteeçío.
expiessa
mediante aotocixaçâo
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ci$ 3,00
todo o Brasil
avulsa, em
Preço de penda

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"REVISTA
CULTURA
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Não aceitamos quantia
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Sumário
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de São Pauto* do prbsíübnTE Gbtúuo .


Discurso na Associação Comercial

Vargas flli

15
de nova política do brasil ..
Excerpto do Vdf. X, a

— especial de Cultura Política


Literário Noticiário critico
Movimento *v*
'V,t !x •'•'ti- - J-^^2!í *k ' t '*•
«T:- ^ *' > v. i <,•

política do brasu. 3#
Excerpto do Vól, X, de a nova
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PeaiarVemdha. Umberto
e a Escola Militar da/ .de
Bttdkkt da Cunha

Peregrino »..* I

nova política do brasil 47,


Excerpto do VoL X, de A

?
autobiografia, de WttSÓN Lousaoa
Matéria t

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política do brasil 85
Excerpto do VoL X, dt a nova

bastardo», Burro Bsoca &


Livros de
* ¦ '"I
*» 4 * i 'i

PWiTICA DO WASn, o
do X de A MOVA
JS^pte

de Basíuo de MagalhAbs #
Folclore do Rio SSo-^áiclsco,

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de nova política do brasil 3®
Excerpto do VoL X, a ;

Lima 75
Museus de He^man
Regionais,

política do BMsn. 83
Excerpto do Vól. X, de A nova
^

da habitação tural\ dfe JVdolfo Pôrto


O
problema

no brasil .
do Vól• X, dt a nova polííica
Excerpto

dt D. Pedro I, de Hiuo Viana /wi


Inteireza,

v;
Vol. X, de a nov^.^wÉ|^Í^|d brasil v
iDXCCf do
pio

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'acifrcaçâo
de Dilkb Salgado • •
dos crichanÁs, ¦L. '•
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sertanejo, de Costa Mwo


í/m problema

X, de nova KHÍtica do brasil 4,


Excerpto do VoL A

Inglaterra, de Álvaro Salgado


radiodifusão educativa na
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A NOVA POLÍTICA
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Política

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Discurso na Associação Comercial

dc São Paulo

OE TÚLIO VABQA3

Foi o seguinte o discarão Presi-


pronunciado pelo

Vargas a 7 do coerente, na sessão solene


dente Getúlio

comemorativa do cinqüentenário da Associação Co»

merdat do Estado de Sio Pauto:

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Senhores: M >; M:,'


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vossa satisfação legitima de homens


Compreendo a

nas comemorações do cinqüentenário da


de negócio,

'
"Efetivamente, :• : ¦
*:0
Associação Comercial de São Paulo.

desde aqutle distante ano de 1894, com a República

recém-iastaurada e tôdas as dêsse


perturbações período

de consolidação do regime, tendes longo


percorrido

acompanhando de o da d-
caminho,
perto progresso

dade e do Estado.
í •• ir . % *, 1 . 'í . v/ ' . . • r.i'X.. -<^ó5 H^^'ISrmSEvmmà
* / ^

século de trabalho associação


O meio da voèsa

reflete, com vigor de traços, o admirável desenvolvi-

Paulo, a sua expansão excepcional é,


mento de São

a de esforços comuns t
conseqüentemente,
'4 pujança

..

Eu vos felicito êsae triunfo. Haveis


persistentes. por

labutado com afinco, mantendo o ritmo criador


" -k r -
Mm
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•' .M vossa mi
*? econômica, estendendo e aprofundando a eki
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de ação coastrutiv*. ,
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Desejo aproveitar esta data, tão
jubilosa para
I

São Paulo, V
arande e ativa colmeia de para^tàÉiNÉfrr

II

|
V
|
CULTURA POLÍTICA

a nossa atual conjuntura


considerações sôbre
algumas

relativamente ao
se apresentam
c as
perspectivas que

laços do comércio internacional.


reatamento dos

independente de
O fim da qualquer
guerra que.

êxitos dos
pelos gloriosos
profecia, parece próximo,

esgotamento do inimigo, vai


exércitos aliados,
pelo

de intercâmbio, ora redu-


restabelecer os movimentos

verdade, 400
minimas. Na
zidos a quase
proporções

de fazer
europeus se acham impossibilitados
milhões de

menos uma
e, na Asia,
suas trocas habituais pelo
as

reduzida ao mi-
está, também,
equivalente
quantidade

nimo de suas
possibilidades*

seguros, correspon-
estamos
retôrno da
Ao paz,

as na-
completa dos que
reforma princípios
derá uma

não
voga e constituíram
em
totalitárias puseram
ções

de igual ou
— vários outros
motivo entre
pequeno

da segunda
— a deflagração guerra
maior relêvo para

o fazem dolorosa-
lembramos, e
Como nos
mundial.

autárqui*
foram as
pretensões
mente numerosos povos,

o trouxe
sem comprar que
de vender
e a intenção
cas

o
comerciais, com
às balanças
o desequilíbrio
primeiro

dos dumpings.
monetárias,
das desordens
seu corolário

e ou-
das moedas bloqueadas
dos contingentamentos,

militar fôra
Antes da
medidas restritivas. guerra
trás

ela a
e com
econômica
deflagrada a
realmente guerra

o choque bélico.
sobreveio e
anarquia precipitou
que

seguir é
o Brasil
precisa
A portanto, que
política,

sejam- diri-
não
das trocas, sempre que
a da expansão

nos coloca-
internacionais, que
monopólios
gidas pelos

na si-
os tolerassem,
às nações
riam, bem como que

financeiros
dos interêsses
de meros servidores
tuação

certas atividades
novas,
Como as
plantas
privados.

con-
carecem de ser
nacionais protegidas
econômicas

Esta
vendavais e as
de sol, os pragas.
tra os excessos

o fo-
as facilidades
exclue, para
não porém,
proteção

e sa-
arejam
correntes
de tôdas as que
mento grandes

reuniões internacionais
Nas
a vida econômica.
neiam

a defesa dêsses
princípios
temos comparecido
a
que
DISCURSO NA ASSOCIAÇAO COMERCIAL DE SAO PAULO 9

tem sido intransigente da nossa E assim con-


parte.

tinuaremos a Muito nos agrada declarar,


proceder.

nestas circunstâncias, em linhas essa


que gerais polí-

tica coincide com a das Nações Aliadas.


plenamente

em 1936, o Tratado de Comércio


Já proposto pe-

los Estados Unidos, e nós aceito sem restrições,


por

objetivava salvaguardar a liberdade de


principalmente

comércio entre os democráticos, ameaçada


países pe-

los expedientes em
perigosos postos prática pelos que

hoje combatemos de armas na mão. Não


podemos

admitir a hipótese, isso mesmo, de terminada


por que

a e depois de tantos sacrifícios venham a


guerra per-

sistir nas relações entre os os mesmos


povos processos

condenáveis de dominação econômica. O deve-


que

mos esperar, e certamente ocorrerá, é se restabe-


que

leça livremente o intercâmbio e se ofereçam a tõdas as

nações idênticas de em
possibilidades prosperar paz.

Quais os dispositivos de comércio, mecanismo fi-

nanceiro e sistematização das relações de troca, não o

ainda saber. Mas as linhas mestras


podemos perma~

necem e, mais do isto, à frente das


que permanecem
%

Nações Aliadas as mesmas fortes


personalidades que

, iniciaram a luta contra o nazi-fascismo comercial.

Tudo nos dá a segurança de não será destruído


que

apenas o totalitarismo Também as suas fôr-


político.

econômicas não sobreviver. em Bret»


ças poderão Já

ton Woods esboçaram-se as normas de convivência

sadia entre os e as comunidades econômicas na-


povos

"viver

cionais. A excelente máxima de e deixar vi-

ver'' terá de aos ajustes e convênios futuros.


presidir

E, nem vale a em desorganização caó-


pena pensar que

tica, de revoluções e mergulhará o mundo


perturbações,

de novo se não fôr ouvida a voz da razão e não nos

convencermos de não é a hegemonia de


que possível

, nenhum ou raça, isoladamente, contra os demáis.


povo

O do Brasil está e continuará empenhado


govêrno

em aos homens de negócio, à indústria


proporcionar

e à lavoura, largas oportunidades trabalhar de


para
Cultura política

tempo a
fortalecendo ao mesmo
yiangira
proveitosa,

disposições e com
econômica E nessas
estrutura
geral.

capitais e
a entrada no de
fsse objetivo facilitará pais

incorporar-se è comu-
humanos
que queiram

de umá rápida e com-


nidade nacional em condições

européia, constituída
integração. A imigração
pleta

sãos, trazer-no»
dc contingentes poderá
politicamente

dc operários industriais
um novo refôrço dc técnicos,

da mesma forma
c dc agricultores experimentados* que

em inversões repro-
os capitais estrangeiros, aplicados

contribuir de-
dutivas e remuneradoras, para
poderão

multiplicando as a ti vi*
senvolver as nossas riquezas,

do de vida»
favorecendo a elevação
dades c padrão

representam fatores de
Uns e outros progresso que

e dis-
acolher com simpatia sem
devemos prevenções

igual dos nacionalismo»


criminadoras. Afastados
por

do da mono*
agressivos e exclusivistas e
primitivismo
•>

e de exportação de matérias
cultura primas, precisamos

a nossa industrialização
completar e aperfeiçoar para

os da concorrên-
enfrentarmos vantajosamente
preços

As tarifas alfandegárias
cia internacional. proibitivas

devem ser usadas com


são armas defensivas pru-
que

ofensiva da em
dência; a verdadeira produção pais

ao médio da
o seu custo baixo» nunca superior
novo é

mundial.
produção

da levaram-
inevitáveis guerra
As contingências

a amplia-
lucros altos e a descuidar
nos ao hábito dos

a conti-
mercados e os para garantir
dos processos
ção


Impõe-se
da massa consumidora.
nuação da existência

de rea-
tempo, os métodos
sem de
perda
procurarmos,

se
à situação que
às novas circunstâncias,

— barato e melhor
no após~guerra: produzir
criará

dos mefca-
de absorção
aumentar a capacidade
para

o assêrto,
Exemplificando
internos ou externos.
dos,

deixar de
Paulo, não
de São posso
no caso
particular

evidente impor-
de
setores de
aludir a dois produção

ocasião de
indústrias tive
ás já
táncia. No referente

útil e opor-
dizendo o parecia
abordar a assunto, que
COMERCIAL DB SÃO PAULO íf 1
DISCURSO NA ASSOCIAÇAQ

Jf ? " t ' f •, * :X' ''


ÇL ¦ MÁ V:*J|

tuno e acentuando a necessidade do reequipamento


ge-

ral o fim de fazermos face à concorrência do após»


com

cabe idêntico re~


agora, nesta oportunidade»
guerra;

respeito à lavoura. O café é o nosso


no diz
paro que

e ser cultivado se-


exportável
principal produto precisa
I

de maior rendimento, tanto em


quan-
gundo processos

tidade nas áreas adequadas como em


qualidade, para

mais remuneradores e mercados mais


obtermos
preços

comercial o dela
amplos. A defesa que
já produziu

isto é. o equilíbrio estatístico. Che-


esperar,
podíamos

o momento de colocar o ao nível


produto quaUta-
gou

melhores Novos cafezais


tivo dos planta-
produtores:

à técnica, colheitas em condições


dos em obediência

finos, apropriado dos


de cafés tratamento
produzir

mantermos a
frutos são fatores indispensáveis
para

semelhantes ás de épo-
atual e evitarmos crises
posição

essas crises não são


. cas Mesmo
passadas. porque

naturais* Decorrem em
inelutáveis como os fenômenos

agentes da
da conduta dos pro-
parte próprios
grande

delicadas sobreveem comu~


Situações assim
dução.

dos desequilíbrios criados


mente em conseqüência pe-

consideraçõés da itica comer-


los contra tôdas as
que,

de à
desmandam em expedientes
ciai, se ganância,

caça de lucros exorbitantes.

a
mesmo, a emergência da
Agora guerra permitiu

certo ao
elementos aventureiros, não por
pertencentes

mrnÊrHr» dificuldades ao
tradicional e honesto, criarem

à vida das
interno e conseqüentemente
abastecimento

diversas modalidades»
A especulação, sob
populações.

sõbresa econo-l
maléficos efeitos
começa a
produzir

de alimen-
coletiva t atinge até os
mia próprios gêneros

o seu custo nosl


realmente, entre
tação; a diferença,

nbs mercados consumi


de e os
centros preços
produção

espantosa. O
midores é, em muitos casos, govêmoj

reclamos das camadas


em consideração os

medidas drésq
terá de adotar
numerosas da
populaçãp,

responsáveis sua
ticas e exigir das autoridades pela

As iàcom*»
o máximo de ttítttfâ* por
execuçlo que
'• i

POLÍTICA
, T^Vv CULTURA
",^V
1 "** -4
^
V>V j ^ V :-V: ,

as ins-
não agirem segundo
ou cumplicidade
preensâo

se
lugar a outras
superiores terão de ceder que
trações

comum e tenham
solicitas bem-estar
mostrem mais pelo

a correção dessas
deveres. Para
noção clara dos seus

ora adotadas,
boa execução das
faltas e providências

do vosso
eficiente e
muito espero da ação patriótica

Fernando Costa.
interventor, senhor
operoso e digno

antiga e
no seio desta
Falando a comerciantes,

devo usar
de classe, creio
associação que
prestigiosa

dia estou mais conven-


franqueza. Cada
da melhor

expansão dos ne-


nas lutas futuras
cido de pela
que,

se salvar
vão acreditar
será esfôrço que possa
gócios,

há ma#-
das outras. Quando
uma classe em detrimento

o seu
os
especulação, preços perdem
nobras de quando

todo o corpo
através dos açambarcadores,
significado

em simples
sofre, transformando
econômico do
pais

inflação, a
individual. A
o lucro
aparência próprio

são males decor<-


os sucedâneos
do consumo,
queda

fôrça das cir-


Mudados
dessas manobras. por
rentes

ou ra-
difícil
hábitos dos consumidores,
cunstâncias os

recuperá-los.
ramente será
possível

a vossa as-
isto, seria recomendável que
Por tudo

come-
organizações de
e as outras produtores
yviaçãA

estabelecer entendimen-
a estudar e
desde
çassem, já,

neces-
ao Govêrno
de cooperação, sugerindo quanto
tos

volume da
aumentar o
os negócios,
sanear
sitem
para

as mercadorias,
trocas, e diversificar
e das
produção

industriais.
e os
culturas agrárias produtos
fui

Senhores:

Paulo, cons-
de São que
Associação Comercial
A

con~
de labor
sólido núcleo pertinaz»
sempre um
tituiu

nomes de re-
e dirigentes
os seus membros
tando entre

com esta
e na sociedade paulistas,
lêvo na economia

se co-
de atividade e
prestígio
demonstração pública

e no lugar
do momento
das imposições
loca á altura

do
dos agentes
â vanguarda primordiais
lhe cabe
que

ilustre Presi~
discurso do seu
O
do
pais.
progresso
•;. -\s»* /' - ' *! *' P1 ""
v." v.^ «?.&4vV« '.
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06 SAO PAULO
DISCURSO NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL
¦¦¦¦¦¦I BEB^3SSJ5 W$&m
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-
. 1
' ' *¦. : i:«..' ^P<d? .vt'.. -' . • m{7.yfla

Brasílio Machado Neto, além de evocar


dente, Dr.

tradições e os vultos beneméritos


eloqüentemente as

reafirma em boa hora os louváveis e


da Casa, patrió-

de cooperação da classe com o


ticos poder
propósitos

resultar vantagens o
da só P*ra
qual podem
público,

bem
geral.

de futuro, corres-
Acedito e espero
que possais,

tarefas impostas
às importantes pela própria
ponder

entre a e o consumo.
função de mediadores
produç&o

inteligência, a vossa
de operosidade e
A vossa reputação

no as-
o vosso êxito
capacidade comprovada, passado

das a ti-
no concêrto
excepcional
seguram-vos posição

vidades do
pais*
gerais

esforços, uni-
multiplicai os
Persisti, permanecei

— i
causa de todos nós
firmes a serviço de que
dos e

do Brasil.
o engrandedmento

y
rísS»
#

apreensões decorrentes da
as sérias
Man
grado

alimentar te-
mondo, não devemos
atnyl situação do

Sabemos a
ao futuro. que
mores c receios
quanto

sacrifícios e enfrentá-los
é vuaa escola de para
guerra

A fase de re-
coragem e tenacidade.
não nos faltam

exércitos não
ao choque dos
organização sobrevirá
que

nos
Antecipadamente
encontrará desprecavidos.
nos

Iden^
fazer face aos seus
problemas.
preparamos para

Nações Aliadas, con-


o das
com
programa

ATLÂNTICO, cumpri-
na CARTA DO
substanciado

de solidarie-
os nossos compromissos
remos até o fim

militar e eco*
na luta
estreita cooperação
dade e
^

vitória e de
a
certos de concorremos para
nômica,

de acontecimentos
em futuro
compartilharmos, próximo,

da nossa atuação*
aumentar o relevo
capazes de
felizes,

Política do
A Nova
VARGAS r*
GETÚLIO

Brasil, vol. X.
do
literário
Movimento

de 1944
Outubro

' || ,11

CULTURA POLÍTICA
especial de
critico
Noticiário

— O
— X
"A VOLUME
DO BRASIL"
NOVA POLÍTICA

10 de Np-
— no dia
Precisamente
NA GUERRA
BRASIL

da obra do
o volume décimo
ao grande
vembro, foi entregue público
"A
Brasil . Êssevoj
Nova Política do
Getúlio Vargas
Presidente

O Brasd
traz smbfatuto
de trezentas por
com mais páginas,
lume,

Nação Bra-
do Chefe da
discursos e entrevistas
na reunindo
guerra",
<-
Maio de 1944
1943 a 24 de
de Maio de
de 1.°
sileira, no
período
e adnd-
e fecunda atividade política
de intensa
um ano,
portanto,

Academia Brasileira
recepção na
— o discurso de
nistrativa inclusive

de Letras.

s«n
se mostra expressivo,
Gettilio Vargas
sempre, o Sr.
Como

A verdadeira
de efeitos verbais.
de adjetivos ou
procura

—' em dizer
consiste
— La Rochefoucauld
sentenciava
eloqüência

Assima com-
só dizer o é
é e em que preciso".
tudo o
que preciso
"A
Política do Brasd ,
autor de Nova justo
certamente, o
preende,
' traduzir my»
empenhado em
luminoso nas conclusões,
nos conceitos,

anu-
vocábulos. Mentalidâde
menor número de
de idéias no
número

a idéia
amor às abstrações
oposição ao nosso
retórica, bem em

aos debates teóricos*


pura»

Maio de 1943 sobre


discurso de 1.° de
inieia-se com o
O volume

a trabalbistado
brasileiro e
do trabalhador política
o
patriotismo *T>a*

de uma
a necessidade
em o Presidente proclama
Governo, que

na retaguarda, da
a equivalência* guerra
da como
produção",

depois# as orações
de frente. Vêm* proferidas
se trava na
que

ao Brasil a
Presidente do Paraguai
da visita do
ocasião
por

e o Paraguai Volt»
vitais entre o Brasil
de interesses
OTmiinVS/>
^
-- A alta e
construtiva dos brasileiros
e a capacidade
Redonda

o Brasil e o Para-
firmados entre
dos acordos
nobre significação

"A
• Borracha", segue-se a circular
Campanha da
Sob o titulo
guai.

— F. 2
138.687
CULTURA POLÍTICA

a empenhar
Prefeitos, concitando-os
Presidente aos
enviada pelo
"Mês
da Borracha ,
do Nacional
o êxito
dedsivos esforços para

manifesto ao
ainda no livro um povo
figura
a do
propósito qual

o Brasil assumiu perante


Aostrando os compromissos que
brasileiro,

leal e
de uma cooperação
mundo e a necessidade
o
e

Em visita à
da Borracha. próspera
favor da Campanha
em

oferecido num
lhe é
niAaA» agradece o banquete
de Campos, que

um centro de
a terra fluminense
em considera
admirável discurso, que
11ea
as orações
contínuo# Seguem*se
e de
trabalho organizado progresso

visita do Presidente da
durante a
de congratulação, pronunciadas

orienta a
o espirito americanista que
ao Brasil, salientando
Bolívia

— históricos e contrastes geográficos,


Fatos
conduta dos dois
povos

- O con-
afinidades brasileiro-bolivianas
determinantes das

armadas, a
com as classes
de Estado boliviano
do Chefe

culturais, enfim, o
as instituições
o meio universitário,
imprensa,

sôbre as come-
oração do Presidente
brasileiro. Importante
povo

do Brasil na
Nacional e a entrada
da Independência

enfrentar os
o do
em destaque país para
preparo
guerra, pondo

dentro das dire-


articulado e caminhando
tudo

a Discursos^do
completa mobilização para guerra.
trizes de,uma

no almoço
do Sul: Improviso
visita ao Rio Grande
Presidente na sua

exaltando o
Pastoril de Uruguaiapa,
Sociedade
oferecido pela

^ Outro ini"
dessa localidade
dos fazendeiros
esforço
progressista

o
a cooperação de Uruguaiana para progresso
oroviso» destacando

de Bage
Trigésima Exposiçâo-Feira
— Improvisos na
do Batido

local
Municipalidade
o banquete oferecido
e agradecendo pela

classes conservadoras
das
sóbre o espírito
Improviso progressista

do Presidente
— minuciosa da conferência
Pelotas Exposição
de

do' Sul, no
do Rio Grande
tw as classes conservadoras
Vargas

da enérgia
Alegre, sôbre o
de Pôrto problema
Palácio do Comércio

Estado# Dis*
industrial do referido
elétrica e do desenvolvimento

em relêvo o
Arsenal de Guerra,
inauguração do pondo
curso na

seus soldados#
do Brasil
e do Governo pelos
integfrwe do
povo

Fazenda* o Presidente
Ministério da
a nova sede do
Inaugurando

civil e dos sa*


do funcionalismo
aumento dos vencimentos
o

da economia de para
assinalando a paz
lários do operariado, passagem

acudir às
de tpdos em
jguerra e a exemplar disposição
a economia de

do Instituto
Discurso às novas
do momento. professoras

modelar de
Distrito Federal, psicológia
de Educação do página

da menta-
de conformação
a escola como centro

definitiva das
se realiza a modelagem
de um onde
lidade povo,

visita a São Paulo


ocasião da
alunas. Orações por
proferidas

vitais do
e as necessidades pais
econômica do Govêrno
A política

— lavoura de São
intelectual A
— ao trabalhador

os entre-'
do Brasil, observando
econômico
Paulo e o desenvolvimento

fontes de riqueza.
de novas
concorrência e a
choques dá procura

Letras* estam*
Brasileira de já
de recepção na Acadêmia
Discurso
UTERASUjCÍ ^
MOVIMENTO

- aa ' '
|t :* , gP^pÉ^Ws f* •' - uáS É? W

ocasião de
o tivemos
e sõbre qual
n_j|i "in-separata"

literário entronca-se,
do melhor cunho
lúcida e
aqui Essa
falar página

do Prudente,
político

inclusão no
sua presentevolume
oportuna
JSanto,
no dia 31 de
classes armadas
com as
de confraternização

livremente
das obrigações,
o cumprimento
de 1943. salientando

na_ visita
aliados. Orações pronunciadas
os nossos
perante
— das
todo A reorganização
como um
— Brasil visto
Paraná O
ao
— O mate e o
do Estado
do crédito
«natipa* o restabelecimento
e

Terra da
uma nova
fará do Parana
— A
ninho gente paranaense

e os motivos
nacionais que
— dos territórios
A criação
Promissão

unidade territorial, poli-,


constitui uma
- O Brasil
a determinavam

dasnovas
- administrativo
O
língua e de religião programa
tica, de

educar. Discurso
e
em sanear, povoar
criadas resume-se
v„;AaA*«

- A
A. B. 1. oricnt^o *>
na aéde da
ara
jornalista,
Vargas contribui para
- O Preaidente
« da ImpreMa "
Govêrno
*

velha aspiração profissional»


realidade uma
transformar

nas comemorações
do Pacaembu,
Paulo, no estádio
curso» em São

mostra-se reconhe-
- O Presidente
de 1944
Dia do Trabalho
do

riqueza e do
obreiros da Pro9^^®
dos
cido ao devotamento
de
uma larga
poütfcn
a hora de
— E' chegada promovermos
país

institutos de
previdência
recursos acumulados pelos
dos

social 1

saudação do General
a
improviso agradecendo
o
Finalmente,

do Corpo Expe-
dos exercícios
ocasião
de Morais, por
Mascarenhas

saudação aos sol-


e a
de Geridnó,
no Campo
Brasileiro
dicionário

1944, ao Pavilhão
24 de Maio de
no desfile de
da F.E.B.,
dados

Branco. Nas duas


Avenida Rio
obelisco, na
ao
levantado próximo

basilares sobre
idéias
resume admiràvelmente,
o Presidente
orações,

e a confi-
Corpo Expedicionário
do
e o
a preparação patriotismo

a hora
é chegada
vão defendê-lo:
Brasil nos soldados que
ança do

ofen-
em povos pacíficos,
a Pátria nesta justa que
de honrar guerra

Tela
os agressores. primeira
reagem contra
na sua dignidade,
didos

e só em
às artes da
história, votados paz
séculos de
vez, em
quatro
O nosso
noutro continente.
vamos lutar
fazendo a
revide guerra,

atravessará
feitos memoráveis,
de louros em
se cobriu
Exército,
que
O Exército
tenaz e
um inimigo perigoso.
os mares, defrontar
para

Flonano e Car-
e Sampaio, de
de Porto Alegre
Caxias e Osório,
de

tradicional nos
e sua bravura
suas novas armas
neiro, provará

às nossas
O espírito americanista que preside
campos da Europa.

o da lirçer-
valores humanos, é
restauração dos
é o da
determinações

dade e da
, justiça".

"A
Brasil", as «firetrizes
Política do
volume de Nova
No décimo

astema de coerência,
se afirmam, num
Estado Nacional perfeito
do

O Presidente Vargas
o futuro do nosso país.
nesta hora decisiva
para

vencendo as dificul-
—¦ como vem o Govêrno
ao brasileiro
txp&t
povo

4
POLÍTICA
1S CULTURA „
N

a empenhar
Prefeitos, condtando-os
Presidente aos
enviada pelo
"Mês
da Borracha ,
do Nacional
o êxito
dedsivos esforços para

manifesto ao
ainda no livro um povo
do figura
a qual
propósito

o Brasil assumiu
os compromissos perante
Aostrando que
brasileiro,

leal e
de uma cooperação
o mundo e a necessidade
a Amfrfry e

Em visita à
Campanha da Borracha. próspera
em favor da
dffid1***

é oferecido num
banquete lhe
agradece o
de Campos, que
tíáaàt

um centro de
a terra fluminense
em considera
admirável discurso, que

as orações
contínuo* Seguem^se
organizado e de
trabalho progresso

a visita do Presidente da
durante
de congratulação, pronunciadas

orienta a
o espírito americanista
ao Brasil, salientando que
Bolívia

— históricos e contrastes
dois Fatos geográficos,
dos
povos

^ O con*
afinidades brasileiro*bolivianas
determinantes das
como

classes armadas, a
boliviano com as
do Oefr de Estado
taftA

culturais* enfim* o
as instituições
imprensa* o meio universitário*

sôbre as come-
oração do Presidente
brasileiro. Importante
povo

do Brasil na
Nacional e a entrada
morações da Independência

enfrentar os
o do
em destaque país para
preparo
guerra* pondo

dentro das dire*


tudo articulado e caminhando
acontecimentos

Discursos do
a
de,uma completa mobilização guerra.
trizes para

Improviso no almoço
Rio Grande do Sul:
na sua visita ao
Presidente

exaltando^ o
Pastoril de Uruguaiaiia*
oferecido Sociedade
pela

Outro im-
dessa localidade
dos fazendeiros
esforço
progressista

o
a cooperação de Uruguaiana para progresso
destacando
proviso*

de Bage
— Trigésima Exposição-Feira
Improvisos na
do Estado

^
local
Municipalidade
e agradecendo o bancjuá^oferecido pela

das classes conservadoras


Improviso sôbre o espárit^progressista

do Presidente
minuciosa da conferência
de Pelotas Exposição

do Sul* no
do Rio Grande
com as classes conservadoras
Vargas

da energia
Alegre, sôbre o
do Comércio de Porto problema
Palácio

referido Estado* Dis*


industrial do
elétrica e do desenvolvimento

em relêvo o
do Arsenal de Guerra, pondo
corso na inauguração

'
Brasil seus soldados*
e do Governo do
interesse do pelos
povo

Fazenda* o Presidente
Ministério da
a nova sede do
Inaugurando

civil e dos sa*


do funcionalismo
o aumento dos vencimentos

da economia de para
assinalando a paz
lários do operariado, passagem

em acudir às
disposição de <;odos
de e a exemplar
a economia
guerra

novas do Instituto
Discurso às
exigências do momento* professoras

modelar de
Distrito Federai, psicológia
de do página

conformação da menta*
como de
social* monstrando a escola centro

modelagem definitiva das


UAmA* se realiza a
de um onde
povo,

visita a São Paulo


ocasião da
aloaas. Qraçóes por
proferidas

vitais do
e as necessidades país
. A econômica do Govêrno
política

A lavoura de São
trabalhador intelectual
A assistência ao
Jw

Brasil* os entre"
do observando
e o desenvolvimento econômico
Paulo

fontes de riqueza..
a de novas
da concorrência e
choques procura

Letras* estam*
Brasileira de
de recepção na Acadêmia já
Discurso

*.
K:

MOVIMENTO LTTERARIp
V -*";><«ai

ocasião de
o tivemos
e sõbre
In-separata" qual
nada numa edfcão

literário entronca-sc,
e do melhor cunho
lúcida
aaui p—a
página
t0rn^0'®^
do Presidente,
no político
pensamento
perfeitamente»
Discurso
volume.
inclusão no
su* presente
oportuna
portanto,
31 de Dtzvtàro
armadas nodia
com as classes
de confraternização

livremente
das obrigações,
o cumprimento
1943, salientando
de
na visita
aliados. Orações pronunciadas
os nossos
assumidas perante
— das
todo A reorganização
vista como um
— O Brasil
ao Paraná
— O mate e o
crédito do Estado
do
e o restabelecimento
finanças
Terra da
uma nova
fará do Paraná
— A
ninho gente paranaense

e os motivos
nacionais que
- dos territórios
A criação
Promissão

unidade territorial, poli-,


constitui uma
— O Brasil
a determinavam

das novas
- administrativo
religião O
de língua e de programa
tica,

e educar. Discurso
em sanear, povoar
«.nidadg» criadas resume-se
"os

- A <*««««0
A. B. I.
n» séde d.
jornalistas

Vargas contribui paia


- O Presidente
e da Imprensa
Governo
Dis-
velha aspiração profissional.
realidade uma
em
transformar

nas comemorações
do Pacaembu,
Paulo, no estádio
curso, em São

mostra-se reconhe-
- O Presidente
de 1944
Dia do Trabalho
do
do
riqueza e do
obreiros da progresso
dos
cido ao devotamento

de
uma larga
de política
— a hora
E' chegada promovermos
país

institutos de
previdência
recursos acumulados pelos
aplicações dos

social!

a saudação do General
improviso agradecendo
o
Finalmente,

do Corpo Expe-
dos exercícios
ocasião
de Morais, por
Mascarenhas

saudação aos sol-


e a
Campo de Geridnó,
Brasileiro no
dicionário

1944, ao Pavilhão
24 de Maio de
no desfile de
da F.E.B.,
dados

Nas duas
Rio Branco.
obelisco, na Avenida
ao
levantado próximo

basilares sobre
idéias
resume admiràvelmente,
orações, o Presidente

e a confi-
Corpo Expedicionário
do
e o
a preparação patriotismo

a hora
é chegada
vão defendê-lo:
Brasil nos soldados que
anca do

ofen-
em povos pacíficos,
Pátria nesta justa que
honrar a guerra
de

Tela
os agressores. primeira
reagem contra
na sua dignidade,
didos

e só em
às artes da
história, votados pax
séculos de
vez, em
quatro

continente. nosso
lutar noutro
a vamos
revide fazendo guerra,
JD
atravessará
em feitos memoráveis,
cobriu de louros
se
Exército, que

O Exército
tenaz e
um inimigo perigoso.
mares, defrontar
os para

Flonano e Ca*-
e Sampaio, de
de Pôrto Alegre
Caxias e Osório,
de

tradicional nos
e sua bravura
-¦ suas novas armas
neirOf
provará
às nossas
O espírito americanista que preside
campos da Europa.

o da uber-
valores humanos, é
é o da restauração dos
determinações

dade e da
justiça".

"A
do Brasil", as diretrizes
de Nova Política
No dér»"*" volume

sistema de coerência»
se afirmam, num
Estado Nacional perfeito
do

O Presidente Vargas
o futuro do nosso
hora decisiva pai9*
nesta para

vencendo as diticul-
como vem o Govêrno
ao brasileiro
ygpK» povo
CULTURA POLÍTICA
»•

como se aparelha suplantá-las por


criadas e para
dwdr? pela guerra

e se tornem*
prementes que
graves

Machado de Assis em
francês

Casmurro, de
mais ou menos» o Dom
Há cêrcâ de oito anos,

francesa de
em Paris, na tradução
de Assis, foi editado
Machado

de Afrânio
se não nos enganamos, com
Francis Miomandre, prefácio

incrível de agu-
de Maria Bonita, num rasgo
Peixoto, em o autor
que

Machado uma conseqüência


via no estilo reticencioso de
deza crítica,

aparece nova*
maior dos romancistas brasileiros
da Hoje, o
gagueira.

à iniciativa da Atlântica-Editora.
mente vertido o francês,
para graças

Brás Cubas, o
Póstumas de que ge-
livro escolhido foi Memórias

traduziu sob o título:


Chadebec de Lavallade admiràvelmente
neral

Assim, os franceses
de Brás Cubas. pois,
Mémoires d'autre~tombe

essa obra-
inacessível o nosso idioma
aos seja poderão.apreciar
quais

Assis não imprimiu nenhum


Machado de
<ja literatura brasileira.
prima

romances: é um escritor
traço regionalista aos seus profundamente

recanto
e sentido em
capaz de ser compreendido qualquer
universal,

alma humana
interessando-se pela
do Sutilíssimo
globo. psicólogo,

do meio em viveu, como


acima tudo, não se alheou entretanto que
de

social e do
afirmar. Õ ambiente político
muita tem
gente procurado

segundo nos mostrou,


nos seus livros,
Reinado reflete-se
Segundo

reflexo, não
Pereira. Tal
interessante ensaio, Astrogildo porém,
em

Percebe-se a caracte-
lhe imprimir um cunho regionalista.
bastou
para

e sentir não resulta das


mas a maneira de
fiyaçãr» <fo ambiente, pensar

- tradução francesa
do meio. Nesta fidelissima
condições especificas

nosso Machado é universal.


vez verificamos como o
mais uma

da vulgariza-
continuando o seu
A Atlântida-Editora, programa

breve a versão
em francês, anuncia
de escritores brasileiros para
ção

de M. A. de Almeida.
um Sargento de Milícias
das Memórias de

brasileiros
Romances

• •

da Literatura Universal, os
coleção das Cem Obras-Primas
Na

o romance de Ma-
acabam de apresentar
editores Irmãos Pongetti

novela entre os
idéia a inclusão dessa
Vicentina. Foi uma boa
cedo

ljvros biblio-
deverã figurar na referida
de escritores brasileiros
que

havendo razões
é bastante conhecida, pois
teca. A Moreninha

escritor fluminense.
romances do
se editem outros popular
para que

inferior, não
um romancista podendo
Macedo foi, indiscutivelmente,

Faltava-lhe a
com de Alencar.
mesmo resistir a um cotejo José
nem


Guarani o
o autor do
fundamental, caracterizava
qualidade que

e seus tipos são idealizações


. Alencar era
sentimento poeta
poético*

Hugo e Lamar-
George Sand, Victor
comparáveis às de
românticas

arquitetar* com
de um narrador, sabendo
tine. Macedo não
passava

e destinada,
uma história no principalmente,
engenho, gôsto popular
,'t j' ' ' ilk " *'1-- • "* ** 1 '
I .>< *»
•1--
'% ,1^.;¦"•• ¦'• J 1 „\ •. ' '»T : *"'•
; W'SSKr-' j 'I'
¦' -i'#l --.a • •• •»'" iVsifffe' -
5" [fl $*»

L1TERAR PfSpF^W'.'wl
MOVIMENTO

'
v$s
¦' - v frjyfl

A ¦

"jeunes-filles". sentimentáhsmo»
George Ohnet. O
Foi o nosso
às

a mola essen-
o romanesco constituem
e,
o principalmente,
pitoresco
assim com o
essas histórias arquitetadas
novelas, Mas
ciai dc suas

naturalmente, objetívaçao
e comover implicam, a
fim único de divertir

a obra de Macedo
de onde o interêsse
da época; que
dos costumes

exemp o,
No se refere»
nossos olhos. que por
apresenta hoje aos

sempre em am-
romances, decorrendo
os referidos quase
vida social,
"casa-grande'*,
nos oferecem valiosos
de visita ou de
bientes de sala

alguns fia-
hora reeditado, encerra
Vicentina, em boa
documentários.

segundo Im-
burguesia rural no
costumes de nossa
típicos dos
grandes

de 1847.
novela começa em
A ação da julho
pério..

livreiro tanta
inunda o mercado pachuchada
No momento em
que

se dêem ao
traduções# é que
em apressadas preferível
estrangeira

o leitor, alem
Macedo, nos
como os de quais
romances
grande público

do nosso
com maior conhecimento passado.
o espirito, lucra
de recrear

* * *

e Al-
Marques Rebêlo Jwo
Érico Veríssimo,
com
Juntamente
1934
Machado obtevetem parte
Dionélio
o escritor
gaícho
phonsus,
Editora Nacional.
Cia.
Assis, instituído
Machado de pela
do Prêmio

verda-
Os Ratos, constituiu
logrou tal distinção,
romance com
O que
ouvira falar
antes nunca
o brasileiro, que
deira revelação para público

original, das
obra forte e que
de uma
autor. Tratava-se
no nome do

consagram defini-
o leitor e
logo nas páginas,
conquistam, primeiras

nadai
O assunto era
romancista. quase.
vocaçio de
uma
«vãmente
Mas
situaçao econômica.
um indivíduo por precária
apenas perseguido

terríveis obses-
das mais
está um espírito
está tudo: prêsa
nesse nada

atormentado e
desse espirito põe-se
desce aos subsolos
sões. O autor

agudeza. Acrescen-
com extraordinária
as sensações
a reaistrar-lhe

nova e ter-se^
técnica absolutamente
de uma
a isso os efeitos
tem-se
edição
apresentado em'segunda
romance, hoje
idéia do é o
uma que

do Globo.
Livraria
pela

médico
nos informam,
é médico e, segundo
Dionélio Machado

a
ficção as experiencias
na
êle aproveitar
Assim
pode
psiquiatra.
Suas historias
êxito.
vem fazendo com
o aliás, grande
clínica, que
um ver-
mas narradas por
histórias de
são, psicopatas,
geralmente,
edição dos
com a 2.»
Neste momento, juntamente
dadeiro artista. _

de tala-
romance, Desolaçao, que
mãos o seu último
temos em
Ratos,

ver. feportagenl
remos na
prtaima

êsse livro
aparece assinando
Paul, agora
é Elliot que
Quem
de Castroe
Moacir Werneck
em Paris, traduzido por
Aquela rua

com
familiatirado
t O leitor
Livraria do Globo pouco
editado
pela

nao tivesse
talvez ainda
de língua inglêsa
as literaturas

da mesmo a
de outra obra
ignorasse o sucesso
nome e
nesse

reportagem d®
xZZZ » JL „«* Cidade Espanhol», emocionante

V
POLÍTICA
22 CULTUftA
+ ¦

da N078;1^1^"3/
natural
Americano,
na Espanha.
civil
guerra dc
talvez a
aventurosa, semelhante
uma vida
tem tido
Elliot
J^a_
ti assim
depois escrever,
viver,
Procurou para
Harris primeiro
de
ajudante
— de construções,
foi capataz
seus biógrafos
dizem os
aUreas à
inteiramente
uma série de
exercendo profissSes
agrimensor,

donde regressou pouco


no oeste americano,
Tudo isso
literatura.
em Boston, e,
iniciava no
914. Mal se jornalismo,
de
antes da guerra
a frente
seguia para
na conflagração,
entrada dos americanos
com a

de Sinaleiros,
do 37.° Batalhao
como soldado
de batalha,
a amar
Europa, começando
bem na
e Elliot. sentindo-se
armistício,
o
mesmo. Consegue
de ficar ali
obter meios por
a França procura
indo obs€™ar
diário americano,
de um
lugar de correspondente grande

faeia apern* jor-


Elliot não
Ruhr. Ma*
do
da ocupação
os aspectos
e os.
esteticos
se interessou por problemas
nalismo; sempre
^erar
com Eugène Jolas
de 1922,
volta juntamente
vindo a fundar,
por
«tao o ap°geu
Era
Tcansition.
intitulada
revista de vanguarda,
uma
estet£as'
das subversões
a época
de
do modernismo pós-guerra,
'
a
Gide, aP°1if^
André
e dadaista. quando f
cubista
manifestos
Dada c est
em exclamar:
não relutava
dos novos,
dácia demolidora
vanguar-
dêsses movimentos
Na história
après lui le déluge".
tout:
° "t
rcun'*\
um papel,
Tnnsition desempenhou grande
distas,
is
entre os
americanos, quais
notáveis escritores
um de
grupo
páginas

Gcrtrude Stcin#
a complicadíssima

de Elliot
uma apresentação
em palavras,
Eis aí, poucas
pois,
tapuia idéia
Agoia. uma
falar nêle.
nuaca ouviram
«que
Paul
para

do livro. «i

na rue la
a residir
escritor americano passou
1923, o
Em

Cité, nas imediações


na ilha da
de Paris,
ruazinha típica
Huchette",

e começou
o ambiente
Achou agradável
de Notre-Dame.
da catedral
ele
a historia )
Ora, que
com os moradores.
logo a familiariiar-se
ou
como reportagem
ser romance
— tanto
conta e pode
nos que
dessa via
— historia
é a
da
verdadeiro sentido palavra
no
crônica, -
os acontecime
todos
— refletiam, naturalmente,
na se
pública qual
al
anos em
— os dezoito quc
durante
e da Europa
tos da França

Paul trans
Elhot
dotes de escritor.
Possuindo extraordinários
residiu.
"rue de
Huchette" em
de la perarmagem
da
cada hatòante
toma
mais nos
algiws nao
'1 drama. De
w l* de um
em comparsa
romance ou
n
KL Our-
o Phananoux;
f . f padre
Saint-Aulaire;
como o alfaiate
esquecemos

a encantadora
Mme. Durand e
a florista
de castanha;
sin. o^widédor
nao
criatunnhas que p
cento, dessas
cem
Hyacinthe, por
parisiense
com a
o autor identifica
de Paris e
fora que
nem respirar
dem viver
"rue as
o
Huchette , observan
de la
Na
alma da França.
própria Elho
do mundo,
ante as transformações
de seus habitantes
reações
¦«^
francês Senje-ae
destino do
o trágico poro
iSrt
2
tnste reatokde
em
ameaça transformada
de uma
cretização gradativa
Patia e o aurcrd.0
a de
E com ocupação
de 1940.
de maio
nosmeados

I
LITERÁRIO
MOVftfENTO

"'"i i/. - t , í |rf "•'-JT/Í-' ''1

a
escrevera
de suicida
. ser acusada
H«aHnthe "NSo posso
de Hyacmthe Hvacinthe vida em
mas a.
morre,
quem
or impressões
ao au
Elliot Paul.
pequena de
admiráveis
- as nazl-fascismo.
termmam
tôrno dela
podemos
e o ocaso verdadeira
de faris
a libertação
e, com
Ho e tão
tao vcluoutu a
tao humana,
essa obra
Ur mais desafogados
"'ujTnã!
sentkum.
nas suas
só piginas
para
de Blllo.
agudas
as obs^vaçOes
com
meditar.
refletir,
para

Paul.

estrangeiros
Romances

de
obras <om(te£
das
a
Continuando publicação
|

Raquel

rO^Su^^to»
SSSÍ
ZfiZ

Maria Cp
de Otto
com um
prefácio
de Queiroz,

se sabe. ^Hn^g»
como
Êsse romance,

na Sibér^
conhecera
Dostoiewski
autor. de
êdo> Tomou-se
^ d

da col^^aoJJ
cúmplices
fascinada por
cstava terrivelmente
mas j revoltar-se
essa criatura,
amor por matar,
ou

trai , g
e o apaixonado dos
homem, ,
outro dois seres

do seu
o atLce
tamo quanto
jovem
Z òacnticio
S^critóru^mS
faziam sofrer,
o
que escritor

foi compteeadidoNoromance^
não
^
gesto #

Natacha, uffla
que
Vania, apaixonado por
Vez
que

mostrando-sejhsp Vanla
de um „a
ptincipe. s

imJ
de família
questão , cheaando a fuga
grave a auxiliar
cneganao
sobrehumana,
como abnegação quase
tudo orotcfler.
aproteg«_
um «ioda guarda,
depois como
a ficar
e
dos amantes

atoa., com
e morrendo,

rj==5g®È^£.
13=

.^mes™ concentro
mas
por
púbUco; de es-
grande

íacl1® '
e distrai
emociona . Vogüé
de
Melchior
Q Visconde
doau^'
o»'^vras
como
«d.
pirito » obra.
fase.

posram

do mestre. fc

p£*fa«S.

é a

figuras demu^er^aracha
duas

ag ^-'^'de
xj
tala e
o ciúme,
— e nv
o devotamento
a deliciosa
Vfctus M.*fi£5£5
escravizada pela
inteiramente
grega, mats encanw
das
irmã
uma
parece
e acabrunhada pequena,

<Je Dickens.
crianças
CULTURA POLÍTICA
24

certa crítica desfavorável,


concordou com
O Dostoiewski
próprio

verdade é os
o romance. A que personagens
a menosprezar
chegando

verdadeiras e
há nêles sangue, lágrimas
têm de manequins:
nada
"sobre-hUmanidade"
terrificante
antes, um da
ou pouco
humanidade,

romancista russo.
do
grande

* * *

diz Emile Faguet


Sentimentál, Flaubert
Ao escrever Educãção

deixava de ser
o não
— teve em mira três objetivos, que
parece que
"pendant"
Afacfame Bovary,
um pin-
ambição: dar para
demasiada

e excessiva-
do mundo burguês, amorosa
uma mulher honesta
tando

honesta;
honesta, excessivamente
amorosa, mas apesar disso,
mente

homem como
um
Afacfame Bovãty, que,
dar uma réplica a pintando

e, finalmente, dar-nos
Bovary como mulher;
é mesmo o
homem, o que

de 1840 a 185^.
francesa
um da sociedade
de Paris,
um pouco
quadro

êxito, os três
atingiu, com
se o romancista
E o critico
que,

feliz.
indeciso e o efeito
de conjunto foi pouco
objetivos, o resultado

Faguet, empenhando-se
severo, o
talvez demasiado pois próprio
Juízo

mostrar-lhe as
faz mais do
da obra, não que
numa an&lise aplicada

é um ro-
Educação Sentimental
Acaba concluir
por. que
qualidades.

as suas vir-
leva a ver mais
cada releitura nos
mance ser relido;
para

admirar fanàti-
Albert Thibaudet, sem
os seus defeitos.
tudes do
que

superior a Madame
certos aspectos.,
a obra, sob
camente julga-a,

de acôrdo com
da releitura, estamos
às vantagens
Bovaru. Quanto

à
não são apreendidas primeira
cujas belezas
Faguet* Há romances

depois de uma demorada


só a amar
vista, e que passamos
personagens

enfadon o
Frédéric Moreau parecer
O tipo de pode
convivência.

o há nêle
leitor; depois sentimos quanto
inicial com o
num contacto

— sonhador^ e
do intelectual
— na sua timidez
nas suas hesitações,

uma súbita relaçao


em nós mesmos, e
existe, muitas vêzes,
abúlico
que

E a figura
nunca mais desaparecer.
de simpatia se estabelece
para

essa mulher serena,


? nao amará
de Mme. Arnoux Quem
admirável

vir-
de natureza essencialmente
de si mesma,
meiga, segura
bondosa,

sabendo, entretanto,
tôda vida um afeto,
capaz de ocultar
tuosa, por

do coração ?
vivo no fundo
trazê-lo bem

nunca fôra tra-


se não nos enganamos,
romance dei Flaubert,
O

tinha vindo de Por-


aí corria nos
no Brasil; a tradução
duzido que por

idéia de incluir a
tiveram a boa
Agora os Irmãos Pongetti
tugal.

da Literatura
As Cem Obras-Primas
Sentimental na coleção
Educação

Araújo Alves.
fazendo-a traduzir
Universal, por

setembro último nas Cem


felizes surgiram em
Mais duas edições

Pongetti: as
Universal, dos Irmãos
da Literatura
Obras-Primas

Poe, tradução e de
Pym. de Edgar prefácio
Aventuras de Gordon

em tradução revista
de Vids, de Balzac,
Elôi Pontes; e Um comêço
LITERÁRIO 25
MOVIMENTO

foi talvez o único romance deixado


Araújo Alves. O
por primeiro

especialidade era, como se sabe. em matéria


autor do Corvo, cuja
pelo
"short
— de Gordon
a history" o conto. As Aventuras
de ficção,

de escrito com a exuberância ima-


Pym constituem um romance ação,

o fantástico não foi excluido. Ê uma história


de Poe e do
ginativa qual

à atmosfera criada
emociona e impressiona,
que graças principalmente

se desenrolam durante unia longa viagem


autor. Os episódios
pelo

na aventura do Berííto Cereno, de Her*


mares distantes» e como
por

levar o demônio às soltas, no meio da


man Merville, o barco
parece

tripulação.

de Vida début dans la vie) senão


dizer de Um Comêço (Un
Que

romance de Balzac, do.melhor Balzac? No


de se trata de um
que

nós vemos refletida a dôs


fracasso da todos precipitação
personagem

ímpetos nossos anseios*


nossos primeiros
primeiros juvenis»

* * *

então muito no comêço da


Flaubert dizia a Maupassant, jovem,
"—

dê uma voltas e depois venha


carreira literária: Saia rua,
pela

do mestre realista de Madame


relatar o viu/' Era assim a escola
que

falar apenas do viu,


Bovary: o romancista nada deve inventar:
que

literária dentro dêsses


do conhece. Formando sua
que personalidade

tudo, de repro-
Maupassant teve, acima de a
preocupação
princípios,

e romances nada não


duzir verdade. Não há nos seus contos que
a

direta da vida e dog homens* Mesmo as


exprima uma experiência

das alucinações do es*


narrativas fantásticas, como Le Horla,
provêm

da ainda em comêço,
critor, refletem os sintomas que
paralisia geral

da última fase da vida de Mau-


levá-lo à morte, E o estudo
ia para

leitura de seus romances#


é, sem dúvida, muito interessante a
passant

editado Livraria
acaba de ser José
dêste, pela
principalmente que

O autor nêle manifesta,


o título: Forte como a morte.
Olímpio, sob

ânsia desesperada de sobreviver,


hábil transposição literária, a
em

seus últimos anos de existência, já parecia


característica de quando

sentia^se então do*


desenlace Maupassant
ter a do
previsão próximo*

vida s§ complicava de aven-


obsessão do e sua
minado prazer,
pela

dom^juanismo* Precisa*
numa espécie de desbragado
turas
galantes,

o conheceu, escre*
o médico sueco Axel Munthe
mente nessa época

mais interessantes do
vendo o romancista uma das
sobre páginas

de Forte como a
Livro de San Michele. Na
personagem principal

da maturidade de Maupassant,
Morte observamos o drama procurando

O discípulo
do amor, à glorioso
milagre juventude.
apegasse,
pelo

contos e novelas,
cêrca de trezentos pro-
de Flaubert, tendo escrito

mas todos de qualidade, pois


apenas seis romances, primeira
duziu

uma medíocre*
vasta dificilmente encontraremos página
nessa obra tsp

Livraria Olímpio acaba


Forte cotno a Morte, a José
(om
Juntamente

do mesmo auto* e do
do coração coeur),
de lançar Segredos (Notre

na vez.
nos ocuparemos próxima
qual

dP >¦. ' ,< . 4,' •-»

¦
- ¦
:^I:
' ¦ -Js .. »M
H^Hi'

P*' ¦&"* m
& •**?•*

POLÍTICA

CULTURA

ao
Ldturaentregou
a Cia. Editora
LU»,
América
N. coleção

^rSmTdlevVeace^
«b£.°rR^
CT.S5?£

mChT

c0mlLTEÍnestOHminqgway.

lohTst^^Ew^c^weU

4* man*.
te « h.
sem arte,
te
sSS
^Upton ^
extraordinárias quali
V im.nt- negar
lhes
literária- ninguém pode

os
de
Steinbeck. parte
pondo
de romancista.
dades
sabe
um ro™ance,
muito bem
constrói
de suas obras,
^ ^ yfnhas

um caráter
tenha
o enredo
Embora
os tSnS
daTa so-
se
dos
a humanidade pegonagens
e objetivos polêmicos,
regional

decostumes,

^to,0.^0^

-atributos
de romance.
c os melhores
atraente

* * *

danaria
Arg
Na Coteção

ts
cr.32:

a,ui hiSSL
de detetive.
policiais.

era
cuja erudição
<£££

lê-las como para também


no
uffi romance gênero

hav,d» a*
«=>

rcíiíríxrüki»»^

—3 para

zr-#?
pes ÕS° doür

do escrito,
5a -orla
t

cCa^m-ac2Íl=
^

G$rdner. Teatro
Stanley
americano

de fato
ficção; existiu
um tipo de
não é
de Bergérac
Cvrano
em
Nasceu
francesa¦j
da literatura
«a história
nome figura
e «u
no
Rostand
Edmond
como figurou
—e na Gasconha.
não

e d«
de .magmaçao
e era homem
17. r''°w"P
do século
D^ido.
um «*co-"
"tour de
a expressão
segundo
fantastique".
certo

ao seu

principalmente,
uraicanuu -
e irregular,
vida agitada
teve uma é

da
literários
dd^nr^iM
to SãTíS
SeíZtEra
MOVIMENTO LITERÁRIO »

de VEmpire du Soleit,
Histoire comique des Etats
c uma
brilhante"

ao Gulliver de
coisa de satírico, semelhante
onde há uma
qualquer

Swift.

Rostand subiu à cena


de, Bergerac de pela primeira
O Cyrano

Ainé. Apre-
na interpretação de Coquelin
Paris, em 1898,
vez em

Nestor Vítor
livro A Horâ, o nosso
essa no seu patrício
ciando peça
"Cyrano
sua me»
a alma humana em
representa grandeza
considera:

Idade Média, se
cartesiana, É a que
acaçapada) cultura
dieval, pela

um lado,
civilização, simpática
em Versalhes, uma por
domesticou que

ou desdentou, e
e irrisória, açaimou que
outro lado bastarda
mas
por

urso nas feiras


dançando como
a correntes de ouro,
vive agora
prêsa

nobreza de lei
é nobreza velha, a que
Cyrano a
aristocráticas...

andar fazendo
não tem remédio senão
deixou de ser moda e
que

não encontra apli»-


a honra épica
é o heroísmo, que
mascarada...

em mania, em
então, em doença,
no seu tempo e converte-se,
cação

alma nobre .
chorar tôda
chorando e fazendo
irrisão, mas

um admirável tra-
encontrou em
A de Rostand português
peça

aò texto, menos»
Como fidelidade pelo
dutor: Carlos Portocarrero.

Outro tradutor
se desejar.
êje o melhor trabalho podia
realizou que

mais bela
uma correspondência para
talvez dar poética
conseguiria

mais de o ori-
nenhum, seguiria perto
os versos de Rostand; porém,

e des-
de há muito esgotada
tradução, quase
E essa admirável
ginal.
agora, na
acaba de ser reeditada
das modernas,
conhecida gerações

dos Irmãos
da Literatura Universal,
coleção das Cem Obras-Primas

Pongetti.

Poesia

incluída na
acaba de ser
de interêsse
Mais uma obra
grande

os
Olímpio vem
em a Livraria publicando
coleção Rubaiyat, que José

o Ven o
Desta vez, temos
da literatura universal.
maiores
poemas

inglêsas no sé-
figura das letras
Noite, de Emily Brontê,
da grande

talvez ignorasse
brasileiros que,
dos leitores
culo Uma
passado. parte

Uivantes, tmily
dos Ventos
romance O Morro
além do seu famoso

Alias,
série de magníficos poemas.
também uma
houvesse deixado

outra coisa senão


ela nunca foi poeta.
escrevendo romance,
mesmo

das irmãs Lharlotte


com os
seus versos,
Em 1846 juntamente
publicou
Só mais
despercebido.
como era natural,
e Anne. O livro, passou

Brontê e o
a família público
havia desaparecido
tarde, já
quando
nos re e**
os críticos atentaram
obra de Emily e Charlotte,
consagrou a

Inspiradíssimas, cheias
devido valor.
atribuindo-lhes d
ridos
poemas,
do
são as composições poéticas
acentos trágicos e
de perturbadores

o universo mis-
todo
uma vez aí
da Noite. Mais percebemos
Vento

Os biógrafos, por
Estranha criatura!
do coração de Emily.
terioso

o docel dessa exis-


descerrar
não conseguem
mais investiguem,
que

Nenhum caso de
na sombra.
tôda mergulhada
tência excepcional,

exprimiu o êxtase
Entretanto, ela
na vida de Emily.
amor se conhece
CULTURA POLÍTICA
28

lhe teria vindo semelhante


ninguém. Donde
melhor do
que

agora não lograram


os críticos até
? Foi a que
experiência pergunta

comunica uma
Vento ds Noite nòs
A verdade ê aue o
resnonder.

célebre ro-
as impressões causadas
lembrando pelo
fortewnoção.

nosso idioma encar-


Da transposição o
mance da mesma autora. para

excelente tra-
realizou um
o escritor Lúcio Cardoso»
regou-se que

capa e
versos. O volume apresenta
traduzindo livremente os
balho,

de Santa Rosa.
ilustrações

História

Livraria Olímpio,
Brasileiro, da José
Na coleção Documentos

interêsse histórico:
mais um volume de
acaba de aparecer grande

figura de relêvo
de Aloísio de Almeida,
lÀbetol de 1842»
A Revolução

es~
destacando substanciosos
se vem por
da moderna e
que
geração

largamente do-
de uma obra
culturais. Trata-se
tudos em revistas

— há dois anos, no
devia efetuar-se
cumentada, cuja que
publicação

— no de
autor,
Revolução foi retardada propósito
centenário da pelo

definitivo e completo*
nos dar um trabalho tanto possível
quanto

de Otávio Tarquínio
é um historiador da estirpe
Aloísio de Almeida

ao seu aspecto
dos fatos do
mais adstrito ao sentido que
de Sousa,

analisa» es**
de romancear, interpreta,
e episódico* Em lugar
exterior

cenas com vivaci-


de reconstituir certas
Isso não o impede
clareie.


o verificamos,
verdadeiramente sugestivos. que por
dade e relêvo

São Paulo e Minas,


da insurreição em
com vários episódios
exemplo,

o leitor. Procura
maneira a emocionar
minuciosamente» de
descritos

de dados .e informes
a maior contribuição
o historiador oferecer-nos

Reporta-se à
importante acontecimento. preparação
o estudo do
para

salientando a
e nas Províncias,
às repressões na Côrte
da revolta,

de estrate-
de Caxias, cujas
e decisiva qualidades^
ação
pacificadora

Brasil, tão lar-


tudo, à unidade do
visando, acima de
e
gista patriota,

outros suplementares
Aborda ainda pontos
se evidenciaram.
gamente

de uma visita
bela a impressão
exprimindo, numa
do assunto, página,

O livro traz um
em 1842.
mineira de Santa-Luzia,
à histórica cidade

a edição ilustrada.,
Carlos Silveira, sendo
de
prefácio

Literatura médica

da medicina bra-
uma figura brilhante
Cássio de Resende,
O Dr.
"plaquette
Empresa A
, editada
de em pela
sileira, acaba
publicar

Sul-Americano de
ao 1.° Congresso
fêz
Noite, a comunicação que

de 10 a 17 de abril do cor-
em Pôrto-Alegre,
Homeopatia. realizado

do Río-Grande-do-
da Liga Homeopática
ano, sob os auspícios
rente

trabalho, com cêrca de ses-


intitula-se o
Homeopatia e Câncer
.Sul.

não só os enten-
leitura interessantíssima, para
senta e de
páginas

sempre foi
Cássio de Resende
como os leigos»
didos no assunto
para

vasta sua
• médicos, sendo bem
estudioso de
ftin problemas
grande

essencial do cientista,
Possuindo a
blblfograft'' cientifica- qualidade
MOVIMENTO LITERÁRIO »
v '' "•**/ * '>*.$<'*" '
«'*• • •4" .»• í t r a .*»v ¦ *>"'¦ *%. ..V: :~k " " 'V;,t • *' ¦"*
„ J + v* ; j f- , ,%•». ^ : .V Yv*-

o da
de observação, nunca aceitou juízo
a capacidade passivamente

consagradas, deduzir conta


maioria ou as teorias por pró-
preferindo

Abraçando a me-
»ma larga e fecunda experiência clinica.
de
pria

vinte cinco anos de alopática,


depois de e prática
dicina homeopática,

maiores cultores da doutrina hanemaniána,


tornou-se um dos justi-

documentada, sem fanatismo


de maneira racional e
ficando-a,
porém,

os de vista do homeo-
intolerância. E foram, certamente,
e pontos

— constitucional do
com o determinismo
sempre
pata preocupado

— de reflexões e
o levaram, ao cabo acuradas- pesquisas,
doente
que

com tanta clareza e


a teoria ousada e heterodoxa exposta
a formular

simplesmente o
referida monografia. Essa teoria
concisão na pretende

infectuosas. Desde
microbiana das moléstias
seguinte: negar a origem

todo mundo considerou


Pasteur estabeleceu o referido
princípio,
que

espont&nea e ninguém
terra a doutrina da
inteiramente geração
por

— autor» Mas na ciência


assunto observa o
voltou mais a discutir o

Resende, chegando a
isso mesmo. Cássio de
não há dogmas, e.
por

seu
não hesita em manifestar desassombradamente
conclusão oposta»

micróbip com o fim único


Teria a natureza criado o
de vista.
ponto

— Não é crível; tal conclusão


matar o homem? interroga êle.
de

na natureza tem uma utilidade»


da certeza de tudo
aberraria que
"Outro
dos micróbios, e se no
deve ser, conseguinte, o
por papel

aparição, o mais natural


mórbidos êles fazem sua
curso dos
processos

de defesa orgânica. não


aí se apresentem como elementos Já
é
que


— os colibacilos,
aí acrescenta o cientista
se anda dizendo que
por

surgem no intestino
tidos durante tanto tempo como
germes perigosos,

vitamina K, a se atribui
como fabricadores de
do récem-nascido que

? eitt seguida
de evitar e combater as hemorragias
a virtude Justifica

como a origem tantas


de vista, com fatos expressivos,
o referido
ponto

de moléstias in-
obscura de certas epidemias e o aparecimento
vêzes

impossível explicar o
em circunstâncias em se torna
fecciosas que

hipótese revolucionária da
contágio* Daí arquitetar êle a gperãção

da luta travada, em
espontânea das moléstias, como conseqüência

da matéria viva à substância


nosso organismo, a regressão prí-
para

do autor. Antes
mitiva. Utilizemo-nos, das
porém, próprias palavras

a matéria atravessa
atingir a fase final da sua total desintegração,
de

do organismo se fere
É nó interior
fases intermediárias. então
que

e os elementos ainda
combate entre os elementos morrem que
o que

coisa não é senão o con-


vivem, e se constitui a moléstia, outra
que

do indivíduo. Se as
de sintomas nos revelam o sofrimento
junto que

estâò moitas e elimi*


células ainda vivem dominam as células
que que

nocivos delas resul-


emunetórios naturais, os
nam, produtos
pelos

contrário, sobrevém a morte.


restabelece-se a saúde. No caso
tantes,

da desintegração molecular
invisíveis e imponderáveis
Os
produtos

acontece com as bactérias


formam matar o homem, como
não se
para
"surgem

upa fase necessária da


microbiana, mas ai cómo
na teoria

da sua tnvolução o
da matéria durante o paira
simplificação processo

do câncer, mostra ó Sr. Cássio


mineral. Aplicando essa teoria
reino
" ' ' • •' V ' 1* '
Ük' 1 - ,'¦ 'lie " I* . ? 'i • W. íil
PP pri qt#.

política
30 CULTLÜRA

— —
de se atacar o sintoma o ncoplasma
Resende a inutilidade que

organismo não o fundamento da mo-


meio de defesa do se
constitui um

constitucionais do doente.
deve ser nos atributos
léstia, procurado
que

— terapêutico dos cha-


homeopatia dispondo no seu arsenal
Ora, a

— medicina
de constituição é, no do autor, a
mados remédios parecer

êxito na cura do câncer.


apresenta maiores de
que possibilidades

obra Para além do


traz, em apêndice, um capítulo da
O livro

recentemente na Ingla-
microscópio, do Dr Kenneth Smith,
publicada

apoio suas idéias.


terra e na o Dr. Cássio Resende encontrou para
qual

deve ser lido com


o trabalho do médico brasileiro
Numa
palavra:
"parti-pris",

um esforço louvável de
e sem representa
atenção pois

investigação científica.

O leremos em breve
que

da coleção Os Grandes
Da Cia. Editora Leitura: a continuação

- antigos e modernos, 35 contos


Contos do Mundo, com Os Ingleses

a Vida de Miguel
traduzidos melhores escritores brasileiros;
pelos

traduzida Carlos Lacerda; O


Ângelo, de Romain Rolland, que
por

original e utilíssima, de
ler conhecer o Brasil, obra muito
se deve
para

Nelson Werneck Sodré.

e Apóstolo, de Sholen
Da Cia. Editora Nacional: O Nazareno o

Rangel; História
Asch, tradução de Monteiro Lobato e Godofredo

Americanos o
do Brasil, de Afrânio Peixoto; Os Selvagens
perante

Vida do Visconde de Uruguai, de


Direito, de Rodrigo Otávio; A

Soarês de Sousa.

mais um belo volume, ilustrado


Da Livraria Olímpio: por
José

Obras Completas de Dostoiewski: Recordações


Osvaldo Goeldi, das

tradução de Raquel de com


da Casa dos Mortos, Queirós, prefácio

romance de Otávio de Faria, no Ciclo


Brito Broca; Anjo de Pedra,
de

reedição da obra clássica de


Tragédia Burguesa; monumental
da

Lima D. VI no Brasil.
Oliveira
João

Plath e o Brasil no Chile


O restes

"A —
est bon" diz um conhecido
chose malheur pro-
quelque

calamidades nos acarretou,


A ao lado das que
vérbio francês.
guerra,

dos da cul-
deste continente, produtos
fêz com os privados
que povos
"que
abasteceram largamente,
de sempre se procurassem
tura européia,

recíproco de relações intelectuais.


falha num estreitamento
suprir essa

deve corresponder, natural*


no terreno
Ao poético
panamericanismo

Mas êste, só agora,


no terreno cultural.
mente, o
panamericanismo

impulso muito lento, apesar


a tomar impulso, e
com a começa
guerra,

esclarecidos, dotados de
vontade de alguns espíritos profundo
da boa

o e escritor
os se destaca
senso americanista, entre jornalista
quais

objeto desta nota.


chileno Orestes Plath,
31
MOVIMENTO LITERÁRIO

o esfôrço com
brasileiros que
ser desconhecido pelos
Não
pode

de coisas bra-
tem empenhado na divulgação
intelectual se
o referido

como um viajante
Plath esteve no Brasil,
no Chile. Orestes
sileiras

de os
verdadeiro desejo
inteligente, animado penetrar
inquieto e pelo

algum tempo,
civilização. Aqui
da nossa permaneceu
fundamentos

elevado sentido da
estudando, no mais palavra,
vendo, observando,

isso, sem cartaz e sem


artistas, tudo
com intelectuais e
convivendo

escrever e a falar,
seu a
de regresso ao põe-se
Agora, país,
pose.

agosto último, no
Brasil. No dia 5 de
maior simpatia, sobre o
com a

êle uma
Nacional de Santiago, palestra
Museu Histórico pronunciou

"Museus
folclore no Brasil".
e aspectos do
ao tema:
subordinada

ao nosso Museu His^


e documentado, aludiu
Num estudo interessante

museus aos
Museu Central Escolar, profissionais,
tórico Nacional, ao

do Patrimônio His-
de museus e ao Serviço
cursos de conservadores

folclore, chamou a atenção,


Nacional. ao
tórico e Artístico Quando

folclore, destacando a
e cátedras de que
nossas organizações
para

de Música. Com-
na Escola Nacional
o Luis Heitor,
dirige
professor

duzentos livros relacio^


a exposição de mais de
a com
pletou palestra

nados com o tema.

la Marcante Nacional ,
da Revista de
No de março
número

artigo intitulado
Orestes Plath, em
se em Valparaiso,
que publica "Meninos
"Futuros
e com êste subtítulo:
homens do mar brasileiro"

técnicos e marinheiros ,
se convertem em
abandonados pescadores
que

de Marambaia, contando
da Escola Técnica
aprecia a organização

êsse empreendimento.
aos chilenos em consiste grande
que

"Revista

Beneficiencia", de Santiago,
agôsto da de
No número de
"Seleções",

o ilustre
idênticos aos de jorna-
em moldes
publicação
1
com rara habi"
Brasil em , sintetizando,
lista escreve sôbre o
guerra

Tão sim-
feito enfrentar a atual situação.
lidade, o temos
que para

constitui uma
de fazer à nossa
atividade, além jus gratidão,
pática

relevo, indicando, sobre-


digna de ser em
obra de americanismo posta

vizinhos da América
realidade: os
tudo, esta auspiciosa que povos

e estimar-se mutuamente.
começam a conhecer-se a

/
maior inimigo ainda será a divergência
O nosso

lembrar exemplos de outras


interna. Não
preciso

de todos • forma de
nações. Está no consenso que pior

em luta» é
nos achamos
impatriotismo, plena
quando

modo» o esfôrço
impedir ou dificultar,
por qualquer

Não temos tempo


comum vencer a para
para guerra.

de fórmulas ideológicas
desperdiçar na interpretação

de simples fi~
e no exame das conveniências
políticas

«aHHadp No fundo da nossa consciência


eleitoral.

contribuísemos lançar o
sentiríamos remorso se
para*

nos excessos de uma agitação


brasileiro parti"
povo

tranqüilizar os demagó*
dária com o fim de pruridos

leguleios em férias. É singular e


de alguns
gicos

êsses inquietos reformadores


merece reparo irônico
que

sempre conhecidos no cenário


improvisados# político

retardatôrias, se erijam em
suas tendências pro*
pelas

na ocasifio em os
fetas democráticos, exatamente que

adiar
de velha estrutura representativa
preferem
pôvos

e manter os chefes
as convocações & vontade
popular

nos seus
postos.

— Nova Política do
VARGAS A
GETÚLIO

do Brasil, vol. X.

1
Escola Militar
Cunha e a
Euclides da

da Praia- Vermelha

UMBERTO PEREGRINO

Major do Exército

disfarçar o verdadeiro sen-


de 1886, aos curava
fevereiro

incidente. Euclides,
idade, eis Eu- tido do po-
20 anos de

EM
inflexivelmente to-
matri- rém, recusou
cludes da Cunha

Foi reco*
das as acomodações.
na Escola Militar.
culado

de S. e sub*
lhido à fortaleza
João

conselho de disciplina.
metido a
número 308
Cadete

.Uma de 11 de novembro
portaria

a matrícula
308. mandou trancar-lhe
o cadete número
Torna-se

143 do re-
nos termos do artigo

o fim do seu 3.°


Avizinhava-se

vigente, à vista do
pa-
gulamento
ocorreu o
ano de curso
quando
discipl nar. Eu**
recer do conselho

famoso: insubordinou-se
episódio
em Li-
clides ia entrar
processo.
em devia
numa formatura
que
intervenção de seu tio
vrou-o a
ministro da
continência ao
prestar de
da Cunha e
Antônio Pimenta
Tomás Coe-
Guerra, conselheiro

imperador, fi-
seu ao
pai, junto
fazia uma visita
lho. O ministro

encerrado com
cando então o caso

em dia e hora "por


à Praia-Vermelha,
incapa*
a baixa de Euclides

de modo a impedir
escolhidos que

o se verificou
cidade fisica",
que
em franca fermenta-
os cadetes,

dezembro de 1888.
no dia 14 de

republicana, comparecessem
ção

recepção se
à retumbante que pre-
a Escola Mi"
Como era

Lopes Trovão, no seu


a
parava
litar da Praia-Vermelha

Europa. Euclides ne-


regresso da

a fazer a continência co- e


as magras
gou-se Assim registam

e atirou o sabre aos


mandada, pés dos assentamentos de
frias linhas

da autoridade visitante. Es-


Euclides a sua pela
passagem

da Praia-Vermelha.
à enfer* cola Militar
a sua baixa
Seguiu-se

facilidade aquela cali-


o Hos- Lê-se com
maria e transferência para

de algum velho
Cas- redonda,
Militar, no Morro do
grafia
pitai

do velho Exército, 4ei<-


com se sargento
telo, que pro-
providência
POLÍTICA I
CULTURA
36

de
com
e grades
fôlhas de guarnecidas
em algumas papel^
tada
alinhavam-
ferro. Paralelamente
Hoje acham-se guarda-
almaço.
tam-
tantos mezaninos,
do Ar- se outros
de aço
num escaninho
jffg

No centro recor-
no bém
instalado gradeados.
do Exército,
quivo
baluarte da
tava-se o imponente
da Guerra.
do Palácio
subsolo

dês te a tôrre
ao fundo
têm entrada, e
a uma ficha,
Correspondem
da idade,
relógio, encardida
às do
c vêm
um número prontamente

mas têsa e dominante.

nossas mãos.

casarão demo-
Era nesse nobre
estão amarelecidas!
Mas como

1907, ceder
lido em fins de para

a folheá-las
E a começa
gente da Exposi-
lugar às edificações

apenas olhando
sem ler,
devagar»
vivia
de 1908,
Nacional que
está lon- ção
Com
e sentindo. pouco
Alunos, constituído
o Corpo de

emoção transportou-nos
A
ge#
árdega, arro-
uma rapaziada
e diferen- por
mundo distante
àquele
irre-
mas também

do jada, generosa,
foi o mundo jovem
te,
que
Seus contactos
verente e boêmia.
da
Eudides Rodrigues
cadete
a ser,
vinham por
mais assíduos

Cunha.
militar, com
fôrça da organização

frente à in-
do bonde em a
Apeamos do Corpo, quem
o ajudante

em Botafogo, e o serviço
da Passagem, a disciplina
rua cumbem

dêles, o
linha. Ha lá está um
é o fim da Pois
aí interno.
porque

Maria Pego
água, em escaleres major Antônio José
transporte por

numa
sempre apertado
até a Praia-Vermelha,
a remo, Júnior,
"velha
de sêda escarlate,
e banda
destinado aos
mas é professores

de um doira-
em cachos
é rematada
como
Iremos a que
oficiais. pé,
recorda Lôbo
como
do duvidoso",
cadetes. Caminharemos
iam os

nas suas Reminiscências.


Viana
caminho rústico,
de um
através
a cada
cadetes sentiam passo
Os
areias lava-
a de
beirando praia,
de modo
ajudante, que
ação do
a
ima-
hoje mal
das, podemos
que era atribuído.
mau lhe
tudo de

dos aterros
sob a invasão
desforras anô-
ginar surgiam as
Então

mar se ba-
Agora o ou
sucessivos. o cavalo,
nimas: tosavam-lhe

moles de en-
de verde,
lança em contactos ora

pior, pintavam-no

de um cais de
aos com a agravante
contro paredões ora de
piche,

marés se e se
as era branco
clube milionário, o bucéfalo
de
que

verti-
em movimentos Bismarck. >.
denunciam chamava

numa vasilha.
água
cais»
parece

mesmo,
tempo era praia Os
Naquêle
professores

e água avançan-
areia frouxa
com

*
espu- de dar
em línguas acaba
ou recuando, Mas o corneteiro
do

assim, o 2.°
ser fácil, avançar
Devia toque de para
mantes. o

aula. Tromposwky já
a caminhada. tempo de
vencer

Fiscaliza aten-
na sua sala»
o vão está
murando
Por fim surgia,
logo a se-
e
tamente a chamada,
um
e a Babilônia,
entre a Urca
turma com
a
entra a esmagar
com 54 guir
edifício, jane-
majestoso
O
algébrica.
a sua
envidraçadas geometria
frente, iguais,
Ias de
EUCLIDES DA CUNHA E A ESCOLA KtâlTAR

comportava do ten. cel. Brasilio de Amorim


negro não
quadro-

vertigi- Bezerra. Agora êle corre a mão


aquêles desenvolvimentos

direita linha dos botões dou-


nosos, e assim, que pela
proporção

do as expres- rados do colite, coça a barba,


iam
golfando giz

integrações, expede um demorado olhar sôbre


sões diferenciais e as

ia apagando a classe repleta e lhe dirige,


aceleradamente as por

ao de outras fim, uma carinhosa saudação.


dar lugar surto
para

e mais outras".
Possui apenas uma vista, á
pois

Se à aula seguinte outra em combate no


passarmos perdeu-a

1.° ano, teremos frente o Paraguai. Essa aparência, êsse


do
pela

Francisco Carlos da indiscutível sêlo


conselheiro predis*
guerreiro,

sôbre física favor sua autoridade


Luz, em da
prelecionando põe

ou orgânica. ministra, e
experimental na matéria que
química que

vêzes memória lhe foge. abran-


Às a o nome de arte militar,
tem

então, a mastigar as
Põe-se, pa- história
tática, estratégia,
gendo

lavras, as (rases, até consiga


que Mas o
militar, fortificações. prof.

fio das idéias. Se há


retomar o
não vai direito ao
Brasilio Bezerra

de côr na classe, é certo


alunos
a meia
da aula. Consome
assunto

com tons irô-


vê-la interrogá-los
dos fatos
inicial na análise
hora

os esconde um
nicos, sob
quais
do dia.
sociais e
políticos
humilhá-los. As
secreto de
prazer
41—
os senhores le-
se sucedem sublinha- Não sei se
perguntas

do Comércio de
com sorrisos sarcásticos, ram o
das
Jornal

— êle, e ai vai,
de novas dificuldades, hoje" começa
agravados por

fácil, cálida e rica,


o conselheiro escorrega numa alocução
enquanto

da mesa, num com e


o corpo baixo discutindo proficiên-
por graça

volumoso. discursos, as no-


lento e cia os artigos, os
espreguiçar

"Quando
tangen- trazia sempre
o cavanhaque tícias do
jornal que

mento e do tempo re-


às bordas e todo o Só ao meio
ciava consigo.

— a lição
à cátedra, é ainda de aula, enceta
acostava
gulamentar

Mas ainda é
Viana nos descreve dita.
Lôbo
quem pròpriamente

— expositor, a
a nota má estava assegurada. o mesmo envolvente

evi- e acessível, en-


exames orais era sinal um tempo erudito
Nos

matéria, vêzes
de simplificação ou repro- trecortando a
dente por

oportunas doses
êsse bizarro escorrega- árida, com umas
vação

humorismo e malícia.
mento". de

aula do e cheia a
Experimentemos uma sala atenta que
Que

cel. Basílio Bezerra!


2.° ano. No edifício da Adminis- escuta o ten.

ao rés-do-chão, baixo
tração, por
Tomás Alves
o conselheiro

fica uma sala de
da enfermaria,

não alcança êsse milagre


Júnior
semi-circulares. Ingres-
bancadas
de direito mtli-
com as sua? aulas

ao instante em o
samos nela que
bem velho,
tar. Também está já
Sobral vinha de con-
velho bedel

afastado* Além
devera ter $ido
a chamada, uma trôpega
cluir

ninguém liga
disso acredita #
nomes estropida- que
convocação de

sua matéria.
dos. Ouve-se o
pontual pigarrear
POLÍTICA
CULTURA
98

se encaminhavam
Havia os
aulas con- que
é as suas
O fato
que
lentos
o baluarte, e, em pas-
com para
na leitura, çntonações
sistem
de
na abertura
seios ou sentados
sôbre laudas
de laudas
oratórias,
de algum
ao lado
uma barbeta,
literatura jurídica,
uma limosa
de

canhao, entregavam-se
abun- venerando
se vê,
não falta,
a já
que
intermi-
ou conversas
a cismas
latinôrio...
dante e sebento

náveis.
vêzes, ao
melhor é por
O que,

Al- Rapaziadas
fôlha, o conselheiro
mudar de

duas ou três
volve jun*
ves
Júnior
à aventura
Outros lançavam-se
imperturbàvelmen-
tas e continua

— as excur-
e eis
a redondeza
leitura sem pela
te a sua perceber

va-
da Babilônia,
No fim ain- ao morro
do texto. sões
desconexão

à. no meio
oferecimento trilhas sinuosas,
um rando
da dirige

eis as
cardos bravos; pesca-
classe: dos

in-
fa- os encontros
"Se alguma rias a dinamite,
porventura

do La-vem-
decurso no beco
ocorreu no confessáveis
lha ou lacuna

lado do Hospício*
algum ao
ou se pon- um", situado
nossa oração,
de

do seu cará-
ou nome derivava
ficou obscuro e cujo
to doutrinário

eis as serenatas, que


volveremos ter deserto;
controverso, gostosa-

român-
ser serenatas
tanto
a explaná-los". podiam
mente

namoradas, como
dirigidas a
ticas,

no
macabras,
ser serenatas
e ins-
podiam
Exercícios físicos
Batista, ao
S. pé
cemitério João
trução militar

de algum brasileiro
do túmulo

eram regadas
aulas ocupa- neste caso
apenas ilustre, e
Mas não

Al*
e sardinha.
na Praia*Verme- com caninha, pão
vaxn as horas

ao ofício de
e a ins- consagravam
físicos se
Os exercícios
lha. guns

todos
tinham seu arredores,
militar também aprender, pelos
trução

e fru-
leitões,
os cabritos» galinhas
lugar.

depois se-
os
so- tas quais
físicos eram possíveis,
Os exercícios

de animados
a riam a matéria
esta prima
remo e natação,
bretudo
na
realizados gruta*
mas- convescotes
alemão Muller,
cargo do que

artigos che-
desses
flu- A arrecadação
na arte de
sacrava os
jejunos
foi neces-
tal volume
a que
treina- gou
um minucioso
tuar com
casas, nos
sário erguer pequenas
no sêco.
mento
prévio,
a
destinadas
da Escola,
terrenos
militar dividia-se
A instrução

armazená-los.
e
de infantaria
entre os exercícios

? Eram danças
variada eram E os caroços
A nota
de cavalaria.

sala de esgrima,
Vez em na
de improvisadas,
as formaturas que

de Bo- aos sábados, quando


através sempre
/ se faziam quase
quando
com
ruídos Dançava cadete
com saia sôldo.
tafogo, sacudindo,

de
daquele sob os estímulos parati,
ruas cadete,
marciais, as
quietas

e capilé.
marca barbante
cerveja
longínquo bairro...

os ca roços
cade- Excepcionalmente
escolar os
fim do dia
Ao
ti*
nível superior:
assumiam um
mais di-
tes se distribuíam pelos
maravi-
mesa com empadas,

versos destinos*
'
"
Ipfif

A ESCOLA KÚUTAII *
DA CUNHA I í
EUCLIDES
' ¦
*" •• íífSB
. * v\

¦
j

Batistini, Sarah
A Adalgisa Gabi,
e certo
lhas, protocolo.
pastéis
— da
foram
as Escolas de Bernhardt pessoas
êsses se associavam

Militar da
intimidade da Escola
e Naval. O
P41itécnca
Medicina,

freqüenta-
Praia-Vermelha, que (
era
caroço clássico, porém, pura-

com retratos»
foi nos ram e
interno. Pois bem, presentearam
mente

outras oferendas
Praia- autógrafos e pre-
caroços da
extravagantes

uma dança ciosas.


nasceu
Vermelha que

— In-
famosa o maxixe. Monteiro,
nacional o Afonso
Conta
gen.

chamado Reis, da
ventou-6 um aluno memorialista
êsse apaixonado

Reis-maxixe e
ficou sendo da re-
velha Escola, quando
que que,

morreu. Guarani, sob a


Reis-maxixe de O
presentação

Carlos Go-
regência do
próprio

Solidariedade da
mes, os cadetes se ausentaram

em massa, fal-
Praia-Vermelha
boêmia e da
da
Ao lado,
porém,
do dia, toma-
tando às aulas para
dos tempos
os cadetes
aventura,
nas torri-
rem lugar desde cedo

davam a "Pedro
Euclides se práticas
de
do II"»
nhas do teatro
nas suas horas
sérias e elevadas,

em muito se
Outro setor que
vagas.

era o litero-
organiza- os cadetes
aplicavam
É assim grupos,
que

de sociedades e
reu- cientifico, através
secretas,
dos em associações

foram
dias revistas. As sociedades
fundos e nos
ni?m primeiros

noite, sem variados rótulos,


mês, alta que muitas, com que
de cada

de- suas
denunciam as
os beneficiados percebessem, imediatamente

os seus travessei- iFênix Li-


sob Sociedade
tendências:
positavam

com dinheiro. Amor


ros um envelope Recreio Ilustrativo,
terária,

auxiliados os
forma eram Clube
Dessa à Tribuna, Emancipadora,

sem mesada,
cadetes que
pobres, Acadêmico.

com os 3$500
teriam de mantèr-se

o Clube Acadêmico
A Fênix e
a
Mais, todavia,
de sôldo. que

íonga e signi-
vida mais
tiveram
dúvida valiosa,
em si, sem
ajuda
era formada
ficativa. A
primeira
com sacri-
além de
proporcionada su-
do curso
de alunos
sõmente
os fundos
fícios, provinham
pois
o Clube Acadê-
enquanto
cadetes componentes perior,
dos
próprios
com o
surgiu mesmo
mico,
comove- que
secretos,
dêsses grupos
êsse irritante privi-
fito de anular
eram
a forma delicada por que
nos
Também se
acolhia todos.
légio,
aquêles atos
executados genero-
e o Clube
a Fênix
diferençavam
sem ostentação,
sos. Obscuros,

era essencialmente
uma
em
servir que
sem autores, procurando
o outro se
ao que
literária, passo
ou magoar,
constranger que
sem
científicas*
nas
absorvia questões
de senti-
e sensível beleza
pura -
e matemáticas.
didáticas
aquêles
mentos documentavam

1 dirigida
da Praia-Vermelha da Fênix, por
moços A revista

Cardoso» ®
Barreto, Licínio
Dantas

Ação e literatura
Paixão, Ut»
Ivo, Rodolfo
Pedro

¦
estampava colai»"
bano Duarte,
entusiásti-
Também cultivavam

- a títulos
rações subordinadas
o mundo lírico. ||
relações com
cas

my: . ¦
1 '> *' ¦' í5 . A''
.> g ,¦''**
»¦'<!'.? X •*
'*¦ •'
1 '¦
r ; ¦," f v
. /•> -Tji v ,'lfi ¦ r., ',V %

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fe, ra&çfeí 1>-i
f: 'jV'
" ¦ ' '•?gafe
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*
*;
- * " •
' '
• , í . V
. , «
" ¦,
I :tv/. i ¦'! Hi ifflA.r.; I:'4H I! -fc Ú -
fpr
* mm

CULTURA POUTICA

te»
do momento, discutiam-se
D. cos
científica,
atcim: A
poesia

arrojadas c complicadas» que


do teatro no ses
Evoluções
Qtúxote,

decidir, como
do ainda hoje estão
A por
XIX. positividade
técalo

a êsses simples
se verificar
XIX\ O destino
O século pode
témlo,
em
A humanidade
neo-lati- enunciados:
As Unguas
do realismo.

incessante a
A lite* sua marcha para per-
do estilo,
nas, A harmonia

também mo*
O realismo na
americana, fectibilidade progride
ratura

con-
— ralmente, ou seu
tema O célibato progresso
e até êste
arte,

?
siste apenas na ordem
interessar os física
mais devia
que

uma religião e a
os Necessidade de
seminário da
moços de um que

a dar a êsse
vez a melhor solução pro*
Só uma
Escola Militar.

lembra a sua blema.


da Fênix
Revista

alguém escreve
origem: é uma
quando se apresentava
Quando

do Pata-
uma Recordações havia ses-
nela importante»
efeméride

co~
são solene, pelo gen.
guai. presidida

com a afluência do
mandante, que
Clube Aca-
revista do
Na

sociedade ca-
de melhor na
havia
mudavam com-
dêmico os temas

da 3* com-
rioca. O alojamento
eram dos seguintes
pletamente,
dimen-
suas
Nave- por grandes
cóstnics» panhia,
teores: Evolução

eleito» e recebia
sões, era o sítio
aérea, Considerações ge-
gação
com
caprichosa ornamentação
das dên-
sõbre a clasificaçao
rais

flores» folha-
bandeiras» cortinas,
máxima e mínima,
cias. Teoria da

e dourados»
troféus escudos
segundo o método gens,
A aritmética

de música, só de
Duas bandas
vôo i concep-
comteano. Alçando

e a Dra-
a Lira Acadêmica
eli~ alunos,
Teorias da
da mecânica.
fio
no ambiente
mática, espalhavam
de trans-
minação e complementar

seus compassos rivais...


os
diferen-
de coeficientes
formações

de varia-
segundo a mudança Vítor Hugo deu
ciais morte de
A

Mariáno)» me-
vel Cândido reuniões,
(por lugar a uma dessas

da dinâmica cria*-
Equação o
geral morável aliás» que grande
por

de
Lagrande, Concepção
da inspirava apaixona-
francês
por
poeta

e as da
Os nossos na Escola
Libnitz, filólogos das admirações,

lingüísticas. reunião
nossas necessidades Dessa
Praia-Vermelha.

de alu-
- uma comissão
se saiu mesmo
Nessas revistas publicam

à Muni-
críticas nos, pleitear, junto
ainda contos, apreciações para

dado o no-
fôsse
en- cipalidade,
do momento, que
a obras literárias

à rua do Ou-
Aloi- me de Vítor Hugo
romances de
tre as os
quais

O nosso vidor.
Azevedo, e
sio poesias.

as fre- Praia-
como se sabe, mais lidos na
Euclides, Os autores

de
muito» na circulação
qualidade Vermelha, a pela
qüentou julgar

internas,
dos livros das bibliotecas
poeta.».

ordem signifi-
eram» sem esta
o Clube que
Fenix com
Tanto a

Her-
Alexandre
se de- prioridade:
sessões em que
rcnliTivrim que

Branco» Dumas»
culano» C. C.
se liam contos»
clamavam poesias»
Verne,
Macedo, Alencar, Júlio
os aconte-
dmiMUi apreciavam-se

Buchner» Renan*
Comte. Soencer.

cimentos litero-hlosófico-científi-
41
A ESCOLA MILITAR
DA CUNHA B
fmrnnáa

m
"veli-

dentro, ao das
Td- noite a pé
Flammarion, Calvo,
BicM,

as mesas de
nhas espertas sôbre
Lafaiete, Lagran-
xeira de Freitas,

aparelharam, sob
estudo", se
Platão. que
Bertrand,
ge,
de Benjamin
a tutela dominadora

Teatro
vigorosos e no-
Constant, aqueles

tornaram tão
bres espíritos,
que
Filosofia, ciência,
Eis ai. poe-

da Escola Militar
ilustres o nome

música, tudo
dança,
sia,
prosa, tanto
Praia-Vermelha, e
da que
da Praia-
interessou & Escola
isso
destino do Brasil, au-
influíram no

falta, falta
mas ainda
Vermelha, nossa inte-
foram da
tores
que

Escola cul-
Pois a
a arte cênica. republicana.
ração na forma
g

isso uma So-


tivou-a. Tinha de
para Ainda hoje, aproximarmo-nos

cujos espetá-
ciedade Dramática,
dêles, todos homens
que
qualquer
na crônica
culos se inscreveram no
culminantes
ocuparam
posições

tempo, como
do Rio daquele na fide-
social nacional, ê sentir,
cenário

a admi-
triunfais. Só ao
noites que
lidade admirativa que guardam

se seguiu
nistração couradina, que Constant,
mestre Benjamin
antigo

não deu apoio


à do Polidoro, se ape-
intransigência com
gen. na que

e a
escolares, apo-
às representações credo filosófico
a um
gam

entrou em
Dramática fé
Sociedade na sua incorrutível
sentado, e

foram
Alguns elementos
declínio. a fôrça dos
republicana, princi-

Dramático Fa-
ao Clube ideais
atraídos sinceridade dos que
a
pios,

fizeram o apo-
Gávea, e da
miliar da fizeram a magia
dominaram e

Mas a Escola
desse
geu grêmio. Praia-Vermelha.

tempos depois
era incorrigível, e •*
\ fi

teatrinho, recon-
reanimou o seu
ingresso de
do
Explicação

arte dramática, que


ciliou-se com
na Escola Militar
Euclides
das suas
ficar excluída
não
podia

atividades.... da Praia-
magia
Aqui,
pela

chego à explicação
Depois da revista Vermelha,- eu

na Escolâ
de Euclides
da entrada

em der-
dos olhos
Ponho diante Militar.

da
da Escola
radeiro êle foi ter
quadro antes
Ê verdade que
Alfredo Se*
É
Praia-Vermelha. Mas con-
Escola Politécnica.
à
o traça
de lã,
vero, um dos quem
as duas Es-
vém não esquecer que
coisas vividas:
das
com a*emoção —
— e Militar
"Após — Politécnica
re- colas
das nove
a revista

1874 formavam
afins. Até
na eram
— morriam
fere êle depois que
de sepa*
só, e depois
notas mesmo uma
as últimas
da noite
mudez

Militar continuou
radas a Escola
acendiam-se
toque de silêncio,
do

companhia, de tudo engenhei-


recinto da fazer acima
todo o a
por

as ve- nosso ver,


vagalumes, caso, a
laboriosos Em todo
como ros.

de das
as mesas
espertas sôbre identificação profissional
linhas essa

noj
não foi o
duas escolas qu*»
estudo".

à Prai»-
atraiu Euclides
fundo,
é, talvez
humilde
Êsse
quadro
êle ia-
Na Politécnica
Vermelha.
da existência
o significativo

influência do
pai/ que
assim, gressou por
Escola. Foi pela
da velha

fit.
CULTURA POLÍTICA
42

na vi-
o Exército assumindo
Elói Pontes,
imaginara, dí-lo parte
o

"com uma influên-


a da da nacionalidade
invencíveis para
pendores

essa cia como tivera.


e considerava jamais
engenharia"
"com

enormes
carreira perspecti-

Euclides estava, trânsito de Euclides


vas entre nós". O

ser um apaixo- Praia- Vermelhã


longe de
todavia, pela

9
matemáticas. Aprendeu-
nado das

a apreciar
vencendo Isto
de ofício, p6sto, passemos
as dever
por

Euclides Praia-
trânsito de
contes- o pela
repugnâncias abertamente

Algébrico, Vermelha.
no soneto Amor
sadas

se
de 1884, quando con-
justamente os seus
Ê significativo que

exame df ad-
o os
para Escòla, inda
preparava temporâneos de

Politécnica. Nesse so-


missão à nada
melhor categoria,
"páginas de quase

às cruéis
neto refere-se
dizer \ a seu respeito.
sabem

de Bertand", chama
de um livro

O Tasso Fragoso, pro-


que
gen.
de Sara e clasifica-a
a álgebra

"ciência informar-
curei unicamente
para
fria e vã".
como

Euclides, trans-
me sôbre o cadete

há, de ter sido


Não para impressões muito
pois. mitiu-me apenas

dos estudos
não se desprender
dos versos
vagas. Falou-me que

assegurar a
matemáticos, ou da
para lhe mostrava,
Euclides paixão

do curso de enge-
continuidade íreqüentemente
com discutia
que

voltou a Es-
nharia, se para suas lei-
que filosóficas, das
questões

seu trans- de
cola Militar, pai seriam sobretudo
quando turas, que

S. Paulo. desinte-
feriu residência do seu relativo
para ,
geologia

lançou à curso, do
Euclides se matérias do
Não. O que rêsse
pelas

não foi alisa-


Praia-Vermelha cabelo impecávelmente
Escola da seu

(oi o ninguém, tocava.


de Engenharia, do, em
o estudante que

(oi o estu- de
(oi o sonhador, ilustre colega
Rondon, outro
poeta,

aca- tam-
sensível ao na Praia-Vermelha,
dioso prestígio Euclides

foi o e va-
da velha Escola, confina em escassas
dêmico bém se

no movi- referências, mesmo


interessado quando
idealista gas

uma
foi como escreveu,
em marcha» escreve, já
mento republicano

consagrada
especialmente
Benjamin
moço conhecera página
o que

Euclides. Rondon,
à evocaçãò de
A
no Colégio Aquino.
Constant
ho-
eíeito, recorda episódios,
com
— aguda
armas na
carreira das

da velha Escola,
mens e coisas

Pontès tor-
de Elói
observação
mas sôbre Euclides
pròpriamente

seduzir os tem-
nara-se de molde a
nenhuma iníormação
não (ornece

isto com-
líricos", e
peramentos e original.
precisa

explicação da
a preíerência
pleta

Busquei ainda documentar-me


Euclides. De uma por-
de parte,

de Euclides pela
— irresistí- sôbre a
íorte, passagem
tanto imediata,

com o Afonso
Escola Militar
Praia-Verme- gen.
a magia da
vel

Êste é um memorialista
cien- Monteiro.
com o seu academicismo
lha,
"pa-
emer*
emérito. A Praia-Vermelha
e com o seu
tí(ico-l:terário,

e nítida,
do animada
de outra passado
nache" republicano; ge
43
A ESCOLA MILITAR
inF-S DA CUNHA E
E^rr

as amarguras que
minu- tas, os anseios,
suas narrativas
através as

nas notas intimas


vêm a furo que
os nomes, todas
com todos
ciosas,

título Obset-
escrevia sob o
tôdas as circunstâncias.
as datas,

lê-se isto,
rido» Numa delas
Euclidcs vã
disso com
Servira além

estado dc
do seu
e foram bem expressivo
mesma companhia,
na

— espirito:
de turma avisa-
companheiros

"Dominar-me!
Tasso. Pois bem, trabalho
va-me o Êste
gen.

desanda a falar cons-


Afonso Monteiro a minha
de Hércules, que

numerosos outros impõe-


de outros, de o instante
a todo
ciência


Calar-se é —
do seu tempo. às vêzes
cadetes constitui aqui
me,

lhe tocam dias


não esforço durante
pode quando o meu único
que

a
na Praia*-Vermelha. Quanto
seguidos".

apenas dizer
Euclides, sabe que
se atritou
uma feita em
De que
sem relações;
muito arredio,
era
empenhan-
com um colega, quase
de Moreira
contudo, amigo
era,
como se diz
num toutãda,
do-se
faz menção
Também
Guimarães.
significar
na da escola, para
teria o gíria
Euclides
ao cabelo, que
no Obser-
corporal, regista
luta

de alisar constantemente.
sestro

van do:

apontado
Moreira Guimarães, "Dominei-me,
bem foi
e que

e o
de Euclides, que
como amigo dolo-
nesta
isso se desse, que
para
lhe dedicou
também
foi realmente,
eu não começasse
rosa comédia

Não foge,
evocativa.
uma de ca-
página o triste
representando papel

cadete nada
à regra. Do
porém,
padócio".
o se contém
a não ser
revela, que
vio-
os sinais claros da
conversado Ai estão
diálogo,
no seguinte

Euclides ao
de
Escola : lenta inadaptação
da velha
num desvão

da Praia-Ver-
escolar
ambiente
"Então,
Guima-
_ Moreira
torneios literários
Nem os
melha.

te encaminhas pela
rães, aonde
Família'Acadêmica,
da Soeedade

fora ? con-
vida em republicana
nem ebulição

"Escuta, sufi-
eram
como Benjamim,
_ Euclides, que duzida
por

e aplacar
diante absorver
assim cientes
me obscurece, para
tudo se

indomável.
ignoro o temperamento
Confesso: aquêle
dos olhos...

meu na-
além do Rondon,
vai um Fragoso,
pouco Se Tasso
que

estrada em
bem a Gui-
não vejo Moreira
riz; Monteiro,
Afonso

. o con-
me arrasto não encontram que
que marães

"Pois — Praia-Verme-
re- na
a mim, tar de Euclides
quanto
no
não se integrou
— êle
serei lha, é
Euclides jornalista. que
plica
vivia à
uma escolar, parte,
trazer ambiente
hei de sempre
Mas
mesmo,
fechado consigo
dos meus
a defesa retirado,
bengala, para
das
dos caroços, pesca-*
ausente
conceitos"»

do. Pão-de-
"Dominàt-me" das escaladas
rias,

no
dos aprâzamentos
Açúcar,
"La-Vem-Uni
•. • Só o
beco do
falava o cadete, pode-
Se assim

da insubordinação pe-
E episódio
se sentiria.
imaginar como
se
Guerra viria
ministro da
rante o
as revol- %
então
compreendem-se
CULTURA POLÍTICA

rliamnf sôbre Euclides.


a atenção

Império; no desenho
final* A Es** tituição do
Mas (oi um episódio

nome repetiu o 7.
o
cola apenas grau
pôde guardar

Guardou e recor*
do seu herói. tõdas
Com essas aprovações,

no dia 16 de novem-
dou-o depois, o di-
Euclides conquistara
plenas,

intermédio da-
bro de 1889,
por reito ao de alferes-aluno,
galão

oficiais, acabavam
já legislação vigente, e
queles que, como era da

de fazer a República.
valeria a ime-
isto lhe
promoção

ao reverter, com a
como diata, procla-
Deve-se considerar ainda

República* Porém o
mação da que
fatores da inadaptabili~
um dos

interessante observar é
Militar é mais que
de Euclides à Escola
dade

1.° ano êle obteve 8 nos exer-


1.° no
de saúde. No ano
o seu estado

só superado
três vêzes; no cícios grau
baixou à enfermaria práticos,

física experimental e
com o 9 de
uma licença de
2.° duas, e obteve

inorgânica; no 2.° ano


60 dias tratamento. química
para

melhor aprovação foi de arte


sua

Euclides, como se sabe,


pade-
militar, um 8. Isso demonstra
que

de uma dispepsia
ceu desde cedo
conquanto .se não hou-
Euclides,

fácil irritabilidade, o
atroz. A sua
ao ambiente da
vesse adaptado

com às vêzes
mau humor
que
Escola Militar, e alimentasse,

confissão no
amanhecia, segundo
se evidencia na conversa
conforme

deviam vir daí.


Observando,
com Moreira Guimarães,
projetos

farda, era mais aplica-


alheios à

. Aprovações
tinha mais emboca~
do, ou então

matérias estritamen-
dura, as
para
todavia, notar
6 importante,
te militares.

do interesse
Euclides, apesar
que
Espírito militar

dispensava ao
secundário que

ia levando-o com facilidade


curso,
verifica-
Outra desconcertante

Nos exames do 1*°


e boas notas*
trânsito de Eu-
em tôrno do
ção,
as seguintes Iprovà-
ano obteve
Escola da Praia-Ver-
clides
pela

analítica, cál-
em
ções: geometria às vésperas do
melha, é êle,
que

e integral 8;
culo diferencial a
lhe interromperia
incidente
que

física experimental e
em química militar, fôra nomeado
trajetória

desenho 7;
inorgânica 9; em da sua companhia,
sargenteante


8. Ao comandante
em exercidos do
práticos proposta
por

2.° ano teve: 8 na


termo, do pri- desta.

aula, isto i, arte militar,


meira que
a função de sargenteante
Ora,

estratégia», his-
compreendia tática, mi-
supõe umas tantas
qualidades

tória militar, fortificação mando


passa- li tares, é uma função de

noções de ba- fizesse


e direto. Para o capitão
geira permanente, que

7 na segunda aula, Euclides sargenteante, era


lística: que de pre-

confiasse na sua ascen-


de direito internacional ciso
constava que

os outros ca-
da dênda moral sôbre
aplicado às relações
guerra,

o consi-
de direito na- detes da companhia,
noções que
precedendo

enérgico, correto nas ati-


direito militar, derasse
tural e
público;
E A ESCOLA MILITAR
DA CUNHA
p^p-Ttntts

as
eram
de- Praia-VermeDia, grandes
aos
e dedicado
tudcs militares
A in-
disciplinares.
Em suma, transigências
veres dc soldsdo*

foi subs-
cos- de Eudidès
com subordinação
a expressão que
utilizar
outras
igual a tantas
êsse conjunto tancialmente
abranger
tumamos
a
O
lhe mesmo ocorridas. que
era lã
de preciso que
predicados,

as circunstâncias
militãc? agravou foram
espírito
reconhecesse

extrema-
do momento político,

Inda assim, porém,


mente crítico.
Insubordinação

acomoda-
teria sido resolvida pela

atitude impávida
em não fôra a
famosa
A insubordinação ção,

Tomás Coe*- de Euclides.


do ministro
presença

as boas sugestões
não anula todo caso,
lho em
Convenhamos,

de sargen-
nomeação a
criadas adotada,
pela mesmo a solução
que
do comporta»-
teante, em tômo
incapaci*
de Euclides por
baixa
na sua
militar de Euclides,
mento índice de
não é um
dade física",

Além do
de cadete»
experiência uma sai-
Foi
firmeza disciplinar.

rigorosamente político que


caráter era
como ca/naracía
da camarada,
refletir
ato, deve-se
teve o seu
da Escola.
regime
na o
e sobretudo próprio
àquele tempo,
que,

*§S f >. .* • »

*
*
•:
feS f1

9
*
\

- i

vez mais As
vitória está cada perto.
O dia da

tarefas, batendo
Aliadas cumprem admiráveis
Nações

tôdas as frentes. É para


os adversários em precisamente

nos devemos
readaptação econômica
essa fase de que

em se encontra
As condiões de que
progresso
preparar.

de
excelente emprego
o darão oportunidade para
pafa

com sim-
devemos acolher
fapitjiis estrangeiros, que

de açfto e lucros
oferecendo-lhes esfera
própria
patia,

se trans*
sem entretanto,
remuneradores, que
permitir*

sob a forma
da economia nacional
formem árbitros

"cartéis" "dumpings"
das indús-
A salvaguarda
de o»

no futuro e
ser a nossa divisa
trias nacionais deve


incumbe ao Estado assegurar-lhes pro»
alcançá-la
para

cuidar do aperfeiçoa-
amparo e aos industriais
teção e

o custo»
da barateando-lhe
mento técnico
produção*

e èstabelecendo padrões
melhorando-a em
qualidade

os mercados adquiridos.
capazes de manter

— Política do
A Nova
GETÚLIO VARGAS

do Brasil, vol. X.
História e autobiografia

WILSON LOUSADA

Participando ao mesmo tempo Na verdade, suas convic-


porém,

da história e da autobiografia, republicanas não seriam, tal-


ções

como diz muito bem Otávio Tar-


vez, das mais ou ar-
profundas

de Sousa, Minhas Recor-


quinio dentes. Não seriam, exemplo,
por

dações, de Francisco de Paula


fruto de uma tradição ou de uma

Ferreira de Resende, do Su-


juiz
educação. Porque, no delinea-

Tribunal de nos
premo Justiça
mento do seu caráter e da sua

da República, são um
primórdios
cultura, digamos assim, nenhum

documento bastante significativo

indício existir de
parece qualquer
do estado de espirito da nossa an-

trabalho de formação nitidamente


tiga aristocracia latifundiária, du-

republicana. Nem o am-


próprio
rante o segundo reinado, no lento

biente familiar dos Ferreira de


da estrada bra-
preparo política

Resende sugere ao critico


qual-
sileira. conduziu o aos
que país

indicação sôbre os
quer positfrà
acontecimentos de novembro de

fatores teriam concorrido


que para
1889. Sem dúvida, o autor dessas

a ascendência das idéias republi-


memórias largamente
participou

canas, no espírito do futuro


juiz
de tal de maneira indi-
preparo,

do Supremo Tribunal de
reta, talvez, levando-se Justiça,
em conta

sôbre as idéias monárquicas


no seu livro êle não esconde que
que

na época.
convicções antimonárquicas, não predominavam

se sabe se fruto das desilusões Nascido de tuna família tradi-


po-

líticas ou se inte- cional da de Minas-Ge-


provocadas por província

rêsses econômicos duramente ela de bom sangue


rais, tôda por-

atingidos abolição do traba- Ferreira de Resende, em-


pela tuguês,

lho servil. É no entanto, à aristocra~


provável, bora não
pertencendo

as desilusões e os interêsses seculares, me?


cia de brasões
que pelo

ofendidos tenham concorrido, em o berço se viu ligado


nos desde

mais ou menos iguais, latifundiários e se-


partes para aos poderosos

Francisco de Paula Ferreira nhores de numerosa escravaria.


que

Resende, mineiro laborioso e Educou-se, num indo


de portanto,

tenha evoluído do libera- onde a estabilidade social e eco-


pacífico,

republicanismo, atra- ?õmica seria uma verdadeira tra-


Rsmo o
para

vés uma existincia relativa- dição. Uma tradição vinha da


de que

obscura às vízes difícil da terra


mente e própria posse pelos pri-

— F. *
181.«87
POLÍTICA
CULTURA

50

o
ou descia
café subia
tôrno do
se
e
que
desbravadores, dos res-
meiros e
dos partidos
a prestigio
sôbre
exclusivamente o
no círcu
apoiava fôsse
chefes,
pectivos
é
Todavia,
negra» nacional.
escravidão ou
estadual
municipal,
dos
parte do
por em tôrno
Ciso reconhecer que modo,
Do mesmo

nunca
Resende parece bra-
de tôda a economia
Ferreira
café
girava
à
apego
um reinado
existido grande tanto no segundo
ter sileira,

a estru-
de tôda
como base tarde, nos
terra mais primeiros
como

da Daí,
de república.
tura anos
patriarcal
quarenta
ai a.
XV111 e
séculos fôrça
nos a po-
sileira naturalmente, grande

a casa-
transformava
Apêgo dos fazendeiros possuidores
que lítida

numa legí-
Nordeste e numerosos
do vastos latifúndios
de
grande
a si o
com nitidez
autarquia, marcando
tima provendo-se escravos,

ao sôbre o
o necessário meio rural
todo do
mesma de
predomínio
e só
escravos essa
dos senhores, situação que
sustento meio urbano,

êsse ca- com


Certamente, de acôrdo
agregados. veio a modificar-se,

do açú-
da cultura a
específico moderno, partir
ráter um historiador

Freire
Gilberto
assinalado por da escravatura.
car, da abolição

sociológicos#
estudos
em diversos
7 de abril
de
Após a revolução
Oli-
foi acentuado por
também de
com a abdicação
de 1831,
meri-
em Populações
veira Viana

Pedro I, os políticos
d. partidos

BresS, referindo-se
ZiU do
as
disputavam preferências
flu- que
aos mineiros,
em
particularmente resumir-se
eleitorais podiam
É exato que
e o
minenses paulistas» outros,
liberal. Dois
um sói o

do Centro predomi-
nas regiões
e o republicano, pre-
restaurador
a do
como
outras culturas»
navam de
a volta
o
sé" tendendo primeiro
do
a
exemplo, partir
café, por a
e o segundo
I ao trono
d. Pedro
foi tão im-
XIX, mas
culo que
muito
da monarquia,
eco- abolição
de vista
do
ponto
portante, como expres-
significavam
a do açu-
como pouco
ou social,
nômico
A
vontade partir
são da popular.
con-
Entretanto,
no Nordeste.
car
no entanto, quando
1837,
de
salientam pesquisadores à
forme
Feijó renuncia
Diogo Antônio
da cana
a aristocracia
modernos,
o
transforma-se pano-
de riqueza regência,
em ostentação
superou
e os con-
brasileiro,
a rama
social e político
• político,
e em
prestigio a influir

cen^ servadores principiam


regiões
das
sua congênere
lutas eleitorais.
nas
decisivamente
menos certo, porem,
Não é
trais. liberais,
e
conservadores
Entre
aparente
w»- superioridade
que demais
vez os. partidos
uma que
nordestinos,
barões
dos grandes autên-
a constituir
as- não chegavam
com a
XIX,
do século
a vontade do
partir da
ticas expressões
em franco
entrou
do café,
censão diver-
acentuaram-se
eleitorado,
eixo da
pou-
O
declínio. próprio em tôrno

simboii- gências, principalmente


. brasileira,
tica interna
da centralização
ato adicional,
mais do
eleitorais
zando nos
partidos federa-
da monarquia

desde então politica,


fixòu-se
importantes, das
êsse aspecto
etc. Aliás,
e tiva,
mineiras
fluminenses,
em terras
e conserva-
entre liberais
apoiado questões
poderosamente se mo*
paulistas, muito
nada ou pouco
em dores
Aliás,
cafeeira.
economia
pela
-m *$frr>-'h .v T; :w
. >. m*?
p;rr- :y*-

B AlTTpBIOGRAFIA 91
HISTÓRIA

A lançava
das lutas pela do República,
diíicou no decorrer jornal

aos brasileiros um manifesto


do Ao contrário, que
conquista poder.

Francisco de despertou, nas pro*


em certa época principalmente
que

víncias S. Paulo e Minas^Ge-


de Resende re- de
Paula Ferreira

rais, adesões. Che-


vivamente em suas entusiásticas
corda muito

ao último está"
— a época da revolu-
gava~se, portanto,
memória

da república, muito
— essas divergên- precursor
de 1842 gio
ção

embora no terreno
pròpriamente
cias acentuaram-se profunda-

ideológico ou doutrinário essa


denúncias,
mente, ódios
pessoais,

idéia democrática ainda não esti-

tudo concorreu para


vinganças,

vesse arraigada no
profundamente
se hostilizas-
os dois
que partidos
Ao contrário, &
espirito
os lu- popular.
em todos
sem mutuamente,

se descia na escala
proporção que
onde ambos possuíssem
gares
social, encarava-se a república de

chefes apaixonados.
adeptos e

um de vista mi~
ponto quase que
e essa
Não obstante essas
paixões
tológico. Nem os repu-
próprios
anos mais
alguns
hostilidade,

blicanos de com a respon-


partido,
1862, aproximaram-se
tarde, em

sabilidade de mentores intelectuais

modera-
liberais e conservadores

da doutrina
que pregavam, po-
comum de
dos, sob o nome par-
"muito sabam .situá-la com au-
diam ou

embora
tido
progressista,
têntico realismo, ,

conser-
havendo
predominância

Tôda essa agitação


dessa política, que
vadora nas idéias
políticas

vai do da regência aos


Houve, entretantò, período
liga ocasional.

últimos anos do império, entre-


no seio dêsse
cisão par*
posterior

meada de lutas militares entre o


os liberais históricos, que
tido, e

central e algumas
govêrno provín-
sob uma
os
julgavam progressistas

cias rebeladas, transparece nas


favorável,
luz bem pas-
pouco

memórias de Francisco de Paula

liberalismo radical,
a um
saram

Ferreira de Resende, muito em-


o
a descentralização,
advogando

bora sob uma luz regionalista, tal


substituição do
direto, a
sufrágio

como a via um mineiro reservado


trabalho li-
trabalho servil
pelo

e discreto, do fundo da sua d-


corrente de
vre, etc. Essa nova

natal. Mesmo ini-


da dade porque,
em tôrno
agrupou-se
políticos
redação das suas memó"
1866, ciando a
fõlha de
Liberal,
Opinião

1887, após uma existên-


chegou a defi- rias, em
só em 1868
mas

trabalhos e ínfimas
através de cia de
nir-se penosos
positivamente

Ferreira de Resende
em recompensas,
Posteriormente,
um
programa.

memória, ou
valia-se apenas^ da
órgão da imprensa
1869, um outro

alheias, ao recordar
— de narrativas
O Correio Nacional,
da Côrte

ocorridos
eram e fixar acontecimentos
cujos redatores
principais

antes idadç do
muitos anos da
e H. Limpo de
F. Rangel Pestana

A regência,
a sustçn- entendimento. ppr
também
Abreu,
passou

ainda na
exemplo, apanhou^o pri*
dos liberais radi-
tar a doutrina

e na revolução de
meira infância,
Foi, no entanto, désse mesmo
cais.

contasse sòmçnte
1842, embora
veio a nas-
de radicais
que
grupo
idade, as impressões
a dez anos de
o republicano,
cer que,
partido

recebesse não se-


através acaso
de 1870, por
3 de dezembro que
CULTURA POLÍTICA

referem atos ou
se a
riam suficientes que pudesse, que públicos,
para

mais atos e cir-


wa historiar, como testemu- a
dia, pròpriamente

de tan~ cunstâncias da Bossa vida


nba de vista, movimento poli-

na vida brasil tica. O fato tem, entretanto,


tas repercussões

suas observações, a mim, uma explicação


leira. Tòdas as
quanto

interpretações de ho- e muito natural; e é


criticas ou que
plausível

me criei no tempo da re-


meus ou de fatos decorrem nasci e
por-

da meni- nesse tempo o Brasil


tanto de lembranças e
gência; que

atenuadas vivia, assim dizer, muito mais


nice, naturalmente
pelo por

orais ou- do mesmo


tempo, e de narrativas na que
praça pública

irmãos, amigos ou no lar doméstico; ou, em outros


vidas de
pais,

£ verdade o am- têrmos, vivia em uma atmosfera


escravos. que

viveu até início essencialmente o me-


biente em p política, que
que

realizado na nino, em casa muito depressa


do curso
jurídico, que

Paulo, forçosa- aprendia a falar liberdade e


Faculdade de S. pá-

ou tria, ia a escola, ape-


mente deveria sugestioná-lo para
quando

dos . nas sabia soletrar a doutrina


apaixoná-lo
pela política par-

cristã, começava logo a ler e


tidos. A realmente, fi-
sugestão,

cou seu espírito até os der- aprender a constituição


em política

radeiros anos de sua existência. do império."

Por isso mesmo, êle confessa no


Êsse ambiente a se refere o
que

capitulo V de Minhas Recorda'


autor, apesar de verdadeiro, seria

pões: > talvez mais visível nas


províncias;

"De
onde o circulo familiar seria mais
ordinário as nossas
pri-

fechado, naquelas
principalmente
meiras, mais agradáveis e ao

mais da Côrte, de onde


próximas
mesmo tempo mais firmes recor-

irradiavam acontecimentos se
que
não têm
dações' por
quase que
no interior do mas
refletiam país,

objeto aquilo constitui


senão que

muitas vezes, também, nada


que
comum e muito limitado
O circulo

mais simples conseqüên-


eram
que
vida de uma criança e
da que, po-
cias da vida
política provinciana.

de~se dizer, se resume, ao


princí-
Isto não importa em afirmar
que

infantis e nas
nos seus
jogos
pio, mesmo ambiente não
na Côrte o

com as outras crian-


suas relações
os meninos da época.
cercasse

tempo depois nos


e algum
ças, ou
Ao todos êles mais
contrário,

desejos e
seus peque-
pequenos
viam ou sentiam o se
menos que

mais ou menos sa~


nas vaidades
em reuniões nos respec-
passava

tisfeitas.
tivos lares» como recorda
por

«-se (ato de Alencar. Êsses


deu um exemplo
Pois comigo José

con~ fatos, aliás, confirmam as obser-


se não é inteiramente
que,

co- vações de Gilberto Freire sôbre


trário, ser muito
pouco
perece

vem ser as mi- as crianças brasileiras do


mmn; e a pas-
que

«txW a se sado, na sua opinião, eram


constantemente que,

irem se tornando homens em miniaturas, seres


Tipf ou a que
jtrtfp

ou loa- não da verdadeira


cada vez mais confusas participavam

as infância, cuja educação tôda ela


entretanto que
gtafaat; que

são as se encaminhava no sentido de


jMdt nítidas se conservam
HISTORIA E AUTOBIOGRAFIA 33

torná-las adultos antes do tempo. em Histátiã d» doüs Golpes de

Não é de espantar, Estado:


portanto, que

"Ao
as recordações de Ferreira de
tempo da in&pendêatia

Resende, do tempo da inf&ntia,


do Brasil, influência do «pie
por

sejam ante$ referentes a atos


pú- se na Europa e em outros
passava

blicos de natureza ou a
política da América, o liberalismo
países

figuras êle conheceu nas suas vogk,


que era a doutrina em
política

viagens ao Rio-de-Ja-
primeiras o modêlo de instituições, e O fi-

neiro, ainda menino, como Diogo espíritos


de Estado dos
gurino

Antônio Feijó, exemplo. É mais avançados. Poderiam Variar


por

verdade o seu livro é bem tonalidades, ou


que as mas o corte,

mais uma autobiografia, com ob- melhor, feitio liberal


o era
perma-

servações sôbre usos e costumes nente. E a maioria, a corrente

festas, tradições, notas


populares, mais numerosa, se inclinava
pelo

a da instrução liberalismo levado ás últimas con-


propósito pública,

lembranças do meio acadêmico de seqüências: república, o regime


a

S. Paulo, e muito menos um es- democrático, o do


govêrno povo

tudo histórico ou Sem


politico. pelo povo."

dúvida, êsse último aspecto do.


Todavia, leitura de Minhas
pela
livro não é absolutamente despre-

Recordações, livro escrito nos


)ft
zível, muito embora as idéias do

últimos anos do império, convém

autor não fôssem das mais firmes

repetir, não se observa nas atitu-


ou Nascido numa fase
positivas.

des ou nos atos de Ferreira de


em o liberalismo brasileiro
que

Resende nenhum indicio dêsse


era a doutrina da moda, Ferreira

radicalismo, nenhuma convicção


de Resende, apesar de não ter

ardente de republicanismo. Certa-


sido educado sob um ambiente re-

mente, temendo as suas


que
acabou antimonár-
publicano,

idéias antimonárquicas
pudessem
co. Essa evolução se
qu política,

ser tomadas como fruto de mágoa


um lado ser explicada
por pode

ou ferido como (oi


despeito, pela
caráter do libera-
pelo próprio

da escravatura, Ferreira
abolição
lismo, outro lado também
por

de Resende ou
procura justificar
ter causas menos e
pode gerais

explicar essas idéias como instin-


mais isto é, causas
particulares,

tivas:
econômicas, oriundas da
pessoais,
"Ora,

libertação dos escravos, rude com tôdas estas


predis-

apanhou a agricultura e tendo entrado muifb


golpe que posições

brasileira totalmente desapare- cedo o estudo do latim, •


para

lhada, mas não absolutamente entusiasmo virtudes cívicas


pelas

desprevenida. Realmente, a tran- dos romanos, do bom tempo,

s do liberalismo o repu- desde logo fêz de mim um repu-


ção para

blicanismo, indivíduo blicano instinto ou um iepu-|


por qualquer por

da época alguma blicano de sentimento; e hoje m


que possuísse

instrução, ser fàcilmente en- se tem decorrido de meio


pode já perio

tendida natureza século, eu republicano, e mais re-


pela própria

dêsse liberalismo, conforme ex- talvez, ainda o soa.


publicano

Otávio Tarquínio de Sousa, Com esta diferença, «pie.


plica porém,
CULTURA POLÍTICA

minha os liberais cumpriram o


tôda a exato
tendo sido durante que

seu histórico, tanto a 7 de


em moço» um
vida» c até mesmo papel

menos mo~ abril de 1831 como


mais ou posteriormente,
republicano

em 1832, 1840 e 1842^ A


hoje acabei» entretanto» própria
derado»

de 42 (oi um mal tal»


tornar republicano apai- revolução
me
por

vez necessário, com tôdas as ca-


verdadeiramente odien-
xonado e

racterísticas de um romantismo
to. E não é
propriamente pelo

levado às derradeiras con-


muito em-
da abolição, político
que,
lato

verdade seqüências, embora envolvendo


mim e a
bora para
para

uma mais tradicio-


um efeito do das
não de províncias
passasse puro

entre- nalistas do império, e a


real» era, no primeira
despotismo

se manifestou a idéia re-


uma idéia e em
tanto, que, pos- que
justa,

tas de as considerações po- publicana.


parte

líticas ou econômicas,
Autobiogràficamente, Minhas
puramente

chamar-se uma idéia


até
são um
poderia Recordações perfil psico-

santa." mesmo tempo um do-


lógico, e ao

cumento sociológico de relativa


A defesa, como se vê, é das

importância o conhecimento
O não nos im- para
mais
positivas. que

família brasileira, dos usos e


Fer- da
de enxergar em
pede, porém,

costumes, das festas e da instru-


reira de Resende um republicano

abrangendo um
atrasado muito lu- ção popular, pa-
ou pouco
que

norama vai do início do rei-


tou vitória dos seus ideais, que
pela

nado de Pedro II aos


sinceros ou não. Seja como fôr, o primórdios

da República. É indispensável sa-


seu liberalismo, radical ou avan-

lientar, todavia, o espírito re-


consolidaria a inde- que
çado, jamais

e discreto de Ferreira de
servado
e a união das
pendência provín-

Resende impediu, não só êle


cias brasileiras se tivesse vencido que

maior expansão aos seus


reinado de Pedro II, desse
no início do

7 de sentimentos e nos revelasse


ou mesmo antes, no de
golpe que

da todo o fundo da sua natureza


abril de 1831, movimento

como também nos infor-


natureza, êsse moral,
mesma papel que

e mo- masse sôbre o seu viver cotidiano,


veio a caber aos regressistas

esquecer os inci-
visão mais sem
derados, e a homens de pequenos

como Bernardo dentes ou detalhes da existência


larga e
profunda,

comum em família. Essa discrição


Vasconcelos, Bonifácio,
de José

e êsse íntimo, tão comuns


Evaristo da Veiga, Aureliano pudor

entre os mineiros, ser,


outros. Êsses homens, parecem
Coutinho e

a afinal, os traços mais nítidos da


enfim, é concorreram para
que

do do autor de Minhas
estabilidade social e
política personalidade

vê- a de uma rara


segundo reinado, embora Recordações, par
por

ex- dignidade e honestidade


zes ser acusados de
pessoal
pudessem

trato coisas Fer-


cessivo real:smo. Contudo, sou- no das
públicas.

reira de Resende-simboliza, enfim,


beram êles reagir contra o nosso

a estatura moral média dos nossos


exagerado romantismo
político,

homens de donos de
assim > como um Manuel Antônio
província,

à se- terras e escravos, em todo o sé-


de Almeida soube escapar

romantismo literário. É culo XIX.


dução do
terminar a em ambiente
Quando guerra, próprio

de e ordem, com as máximas à liberdade


paz garantias

de opinião, reajustaremos a estrutura da Nação,


política

faremos de forma ampla e segura as necessárias con-

Povo Brasileiro. B das classes trabalhadoras


sultas ao

de os elementos ne*
organizadas tiraremos
preferencia

à representação nacional: operários»


cessários patrões»

— nova, cheia de vigor


comerciantes, agricultores
gente

crer e de levar avante as


e de esperança, capaz de

nosso A nas
tarefas do primazia posições
progresso.

consulta caberá aos tra*


de direção, controle e que

não aos se viciaram em cul*


balham e e
produzem que

como meio de subsistência e


tivar a atividade
pública

Encon*
instrumento de simples acomodações
pessoais.

fazer-se ouvir e
trarão, também, oportunidade
para

da mocidade» nas escolas,


opinar os representantes
que»

se e concorre,
nas fábricas e nos
quartéis, prepara

construir o futuro da Pátria»


cheia de ardor cívico»
para

dispondo~se a defendê-la decidida e virilmente.

- A Nova Política do
GETÚLIO VARGAS

do Brasil» vol. X.
i H •'»
'

Livros bastardos

BRITO BROCA

fazer um Atgow, le Pirate ? Essas obras

"roman
estudo bem interessante filiam-se ao
PODER-SE-IA gênero

sôbre os livros à margem noir", muito em voga nas


primei-

da obra dos escritores, ras décadas do século e


grandes passado

isto é, livros em nada con- cultivado,


que principalmente na In-

correram a dos auto-


para Ana Rodcliffe, Ho-
glória glaterra, por

res nem se entroncam no sistema race Walpoole e Lewis. Segun-

estético literário ou ideológico do Bellessort, valem mais do

com êstes se impuzeram & os


que que se na
que publicavam

consagração da São época, e o critico francês


posteridade. nelas

inferiores, vê, em os idéias


produções geralmente germe, políticos

não computadas no cabedal de e religiosos estruturaram a


que

mérito dos motivos Comédia


que, por Humana, embora,
pela

alheios à arte, os lançaram Um realização literária, não anunciem

dia; obras de comêço de carrei- esta última. De tôdas elas, me-

ra, incertas e titubeantes, mar- rece talvez destaque. .Le Ceníe-

cando uma orientação logo de>~ naire, ser um romance fan-


por

abandonada; ou então tra- tástico, nos moldes


pois dos hoje
que

balhos de encomenda, feitos às correm


aí» lidos com
por
grande

ante a necessidade
pessoas pre- interêsse. balzac figura um caso

mente de dinheiro.
ganhar de vampirismo de arrepiar o ca-

belo. O conde Maxime Berin-


XXX

nascido em 1470, nSo ha-


gheld,

De comêço de carreira foram via morrido ainda sob Império,


o

os romances de Balzac conseguira na China, com


pré-Co- pois

média Humana e desconhecidos, os magos do ocultismo, o Segrê do


¦

mesmo dos admiradores ¦


do au- de a vida, haurindo os \ 11
prolongar

tor de Père Goriot. Quem fluídos vitais de um ser vivo,


j-eCQ
ouviu falar na L'Heritière de Bi- morria em conseqüência

rague, em Llstaélite, Le Cente- operação diabó-


e cujo cadáver ò

m
naire, Le Vicaire des Ardennes. lico consumia
personagem por
CULTURA POLÍTICA
58

1 e s c o ?
rocambo
mágico. Era impressionante,
igualmente
processo
recreação, exce*
morte, o Seria uma bela
errante da
o
judeu

estilo e a me-
de lente exercício de
vampiro. E um
Ahayvérus

se torna-
o lhor oportunidade
para
seus descendentes, general

das ou, no mínimo,


dc arrancar rem conhecidos
Fullins, depois

a o o
de Paris despertarem perigo, que já
catacumbas jovem que

em o valia alguma coisa.


no momento que
amava,

vem, em
a vampirizava,
monstro ser escri-
Os folhetins deviam

Está aí um
a matá-lo.
seguida, sem
de colaboração, mas
tos pia-

um
excelente argumento para
afim de os
no estabelecido, que

de Bela Lu-
filme cinematgráfico
autores, se fôssem divertindo
dois

o romance de Balzac
Mas
gosi. obra, tanto o
com a quanto públi-

e «a êsse
é desconhecido
quase onde estava
co. Em Leiria,
para

certaihente, Claude
fato deve,
como administrador
de
partida,
sido acusado de
Farrère não ter
Eça escrevia um
do Concelho,

La
quando publicou
plagiário Lisboa,
Ramalho, de
capítulo;

des Hommes Vivants.


Maison
continuaria a
a deixa e
pegaria
entrecho muito semelhante.
com
ao sabor da
história; assim,

inauguração, haviam de
XXX pregar

um ao outro,
muito boas
peças

caso de início da car-


Outro
sabendo bem os dois como
não

O Mistério da Estrâdã
reira:

havia de acabar. O
aquilo tudo

Eça de e
de Sintra. de Queirós

sa-
momento era
propício para
— nas-
Ramalho Ortigão obra

o dormitava
cudir que
público,
cida da ambição de
popularidade

sob o calor sufocante


de tédio,
escritores ainda muito
dc dois

nesse ano de de
de
julho, graça

diante de um
público
jovens,
1870.

interesse não era nada fá-


cujo

num sábado, o
De repente,
Eça acabava de
cil de copiar.

de Notícias, de Lis-
Dicionário
Oriente, com muitos
voltar do

numa coluna sob o título


e boa,
literários em esboço,
projetos

Mistério da Estrada de Sintra#


O
em Lisboa encontrava aquela

irrompe com a novidade:


modôrra, aquela indiferença. grande

referindo-se ao
íntimo, carta misteriosa,
Ramalho Ortigão, amigo

de um médico e seu
seqüestro
vivia em sin-
com perfeita
quem

amigo e a outros fatos estranhos


também a
tonia mental, sentia

os daí se A carta
frieza hostil do ambiente passaram.
para que

dar um era tão longa


novos. Era que, para publicá~
preciso gol-

seria suprimir o
sus- la tôda,
fazer coisa preciso
pe, qualquer que

ar- folhetim, mas como o adiantado


citasse escândalo, barulho,

dândi hora não o ficava a


rançando uma opinião do da
permitia,

fútil. E o dia seguinte.


casmurro e do burguês para
publicação

a Estava lançada a bomba. No


certa jioite, passeavam
quando

domingo de manhã, Lisboa em-


ocorrem-lhes a idéia
esmo, ge-

lia a famosa missiva.


mistificar o com um
nial: polgada
público

o, Com o intervalo de um dia,


eni m á t i c para
romance-folhetim
g
5B
LIVROS BASTARDOS

Público, considera
dos e o Ensino
o interêsse
mais ejspicaçar

intriga a história
carta, como base da
dava nova
leitores, o
jornal

um noti-
A si- fantasiada outrora
novo folhetim. por
ou melhor,

Ordem e Pro-
Tratava- ciarista do
complicava-se. jornal
tuação

mesmo caso de
Era o*
todos os con-
de um caso' com gresso.
se

o drama se desen-
roman- mistificação e
misteriosos dos
dimentos

onde
rolava em Benfica,
e Gaboriau. por
ces de Duboisgohey

de Sintra. Mas
novo a estrada
carta, contendo passa
A terceira

a Ortigão, em conversa
mais embaraçou Ramalho
depoimento,

Adolfo Coelho, negou


diante os folhe- com que
meada; e daí em

inspirado nessa histó-


estampados se tivesse
a ser
tins
passaram

nem mesmo conhecia.


apaixonando ria,
regularidade, que
com

Braga dá o romance
Teófilo
Vin-
o
enormemente público.

a
es-* como sendo princí-
mistério da publicado,
a idéia: o
qara

de troça ao
com intenção
tornara-se o pio,
trada de Sintra pra-

Nada mais
Diário de Noticias.
con-
do dia. Eram
to palpites,

— Antônio
falso assegura-nos
todos os
discussões por
jecturas,
carta de
numa
Cabral pois
lados. Um engraçado, querendo

Coelho, diretor
caso, es- Eça a Eduardo
ainda mais o
embrulhar

depreende-se per-'
Diário cíc Notíciãs, daquele
creveu ao jornal,

êste estava a
ao feitamento par
ter achado, que
dizendo junto

"coupé"
o versão, eviden-
se referia tudo. Outra
a pri- de
que

objeto de é a de
folhetim um temente fantasiosa, que
meiro

escrito os fo-
ouro. os autores teriam

com o in-
lhetins de encomenda,
se des-
finalmente,
Quando,

de distrair o
tuito povo,
com a revelação político
fez o mistério,

a do
o facilitando consolidação go-
condessa W.,
da culpada, a

marechal Saldanha.
vêrno do
também, uma

jornal publicava

na sua obra
Eça de Quei- Cabral,
carta assinada Antônio
por

confes- sôbre
Ortigão, sòlidamente documentada,
rós e Ramalho

Houve destroi também


sando a mistificação. Eça de Queirós,

ci-
o tru- a versão de o
indignasse com que governador
se
quem

crédito à
respirou vil de Lisboa, dando
mas muita
gente
que,

oficiado ao ad-
a maioria se divertiu; havia
aliviada e narrativa,

ficavam Sintra, conforme


dos autores ministrador de
os nomes

os no
Dentro em afirma um dos
em foco. pouco personagens

em li- É de
eram de um folhetim.
folhetins publicados decorrer

se dos lét-
edição, ràpidamente a maioria
vro, cuja supor-se que

Mistério da Estrada vivamente


esgotou. O interessando^se
tores,

sua como romance,


deu origem, história,
de Sintra por
pela

for- mis-
vez, a um mistério-literário: embair
não se deixara pela

versões errô- Cabral limita


maram-se lendas, Antônio
tificação.

origem da obra» acreditaram


sôbre a número dos
neos o que

simples è in-
no a algumas
Adolfo Coelho, pessoas
O
prof.

Herculano gênuas.
seu livro Alexandre
m CULTURA POLÍTICA

A cada um dos • obras


co- mesmo algu-
parte que |do gênero,

laboradores teve no romance é mas visivelmente inferiores e

ainda outro mistério. A fre- com títulos semelhantes. Emile


do travessão caracte- Zola, no comêço
qüência de sua carrei-

ristica do estilo* de Eça —


ra, lutando com
pa- dificul-
grandes

rece indicar maior contribuição dades financeiras em Paris,


pa~

do autor do Primo Basilio. A também


gou tributo a essa
prea~

verdade é o Mistério da mar


Es~ de Mistérios.
que Havia êle

teada de Sintra constituiu deixado


já a Casa Hachette, coou
para

Eça úm de nêle
ponto partida: servando apenas o lugar
que

existe um de no-
fé personagem no Figaro, onde, o
possuia sob

me Fradique, e no inglês Ritual,


pseudônimo de Simplice, redigia

figura da intriga, Fialho


principal a secção: Marbres et Flatres.

de Almeida identifica a
primeira Chegou também a um
publicar

criação romanesca da anglofilia folhetim horroroso, Le Voeu

de Eça. Como exercido de es- ro-


d'une morte, honra do
para

tilo, o livro foi o mais completo mancista compeltamente ignora-

êxito. Em habilidosa afinação do da A situação


posteridade.

estilística, os dois escritores nos econômica tornava-se,


porém,

deram uma original, cheia —


prosa mais critica. Marius Roux

de audácia e rebeldia. O depoi- informa-nos E. Luquet


(1), pro-

mento de Camilo Castelo Bran- curou ajudá-lo, fornecendo-lhe

co, em carta datada de 1886, a a cópia de uns documentos do

Antônio Maria Pereira, é expres- arquivo de Marselha,


policial
"Foi

sivo. livro — nos o futuro autor dos


êsse diz êle
quais


iniciou a reforma das mi- Rougon-Macquart obter
que podia

lidas literárias indígenas, a tro- os elementos um romance


para

de fandango, de fui cabo- folhetim. Zola então


pa que para ga-

-de-esquadra.
A evolução do es- nhar dinheiro escreveu os Mis-

tilo data daí". Apesar disso, térios de Marselha,


o
publicado

romance continua à margem da no Messager de Provence, na-

cidade do sul da França.


obra dos dois escritores quela
grandes

Mais tarde, conseguiu editor


e há muitos anos
parece-me que

lançá-lo em livro, mas subs-


não é reeditado. Seus exempla- para

tituiu-lhe o titulo Un duel


res constituem por
preciososissimas

raridades social e assinou-o com o


bibliográficas. pseu-

dônimo de Agrippa. Maurius


XXX

Roux conseguiu ainda explorar


Os autpres do Mistério da Es~

o enredo do romance, retirando


trada de Sintra inspiravam-se,

dele um melodrama não foi


naturalmente, nos Mistéres de que

além de Lrêâ representações.


Paris, de Eugêne Sue,
publicado

com imenso sucesso, em 1850


Qual o mérito dos Mistérios

mais ou menos. Êsse romance de Marselha? Deve ser nulo,

deu origem a uma infinidade de Zola havia de. lembrar-se da obra

A. Luquet —
(1) Emílio Zola Soa vida e sua obra ~~
Lisboa.
UVROS BASTARDOS

apenas com ternura e melanco-


época. Aloisio
quela traçara o

ha, ela evocava


pois um mo»
plano do seu Rougon-Macquartt

mento difícil da sua luta contra uma série de romances, retra-

Paris» como Luciano de Rubem** tando


quatro épocas

pré. durante as
o Brasil monár-
quais

XXX
quico se transformava
até chegar

ao completo
desmoronamento
Juntamente com a vocação li-

terãria, político-social, com a


Aloísio Azevedo do
mani~ queda

Império,
à sucederia
festou sua tendência qual a re-
a
para pin-

tura. generação de costumes imposta


Arter Mota diz aos
que,

República.
anos, pela Brasileiros
o menino An-
quatorze ir
quis
tigos e Modernos
Roma intitular-se-ia
para estudar essa arte, o

êsse
ciclo naturalista,
não o fêz grande
que falta de con- que
por

havia de imortalizar
sentimento o autor.
Escreve e
paterno.

Mas Aloisio não dar


ao mesmo tempo. pôde cum-
pinta, Quase

primento ao
menino colabora programa: apenas
nos
já jornaizi-

- três ou romances
nho da quatro foram
natal. Em
província

escritos dentro
1875 vem do eu-
o Rio, matriz plano,
para

culando-se na Escola quanto, viver,


de Belas- para poder ele ia

Artes, arquitetanto
e vai a carpintaria
uns min- ro-
ganhando

manesca de
cobres ilustrar folhetins, como
guados a Fi/o-
jornais

revistas. mena Borges,


e Recorre A Mortalha
ao de Al-
govêrno

do Maranhão, «m* ztra e outros,


obter cujas reedições
para

bolsa de estudos nada aproveitam


na Europa, ao
público. £

mas, nada de supor-se


conseguindo e tendo se Aloisio en-
que

ainda a desdita contrasse


de o amparo econômico, te-
perder pai,

volta São-Luis. ria realizado


para Sentindo uma obra muito su-

fracassara no ideal
que da Entretanto, nomeado
pin- perior.

tura, entrega-se agora com mais cônsul na Europa, depois da


pro~

ardor à literatura. E o clamação da República,


primeiro não es-

livro é um romancezinho senti- creveu mais nada. Sentia-


quase

mental, bem no Delly e se


gênero cansado, talvez, o-
perdera

Chantepleure, intitulado Uma


literatura, agora
gosto pela
que

lágrima de mulher.
Quem veria dispunha de vagares fazer'
para

*
nesse romancista água o
de rosas muito bem sonhasse*
que

o futuro autor do Cortiço? Só


XXX
alguns anos depois, sob o influxo

de Zola e Eça, Aloísio revela Livros à margem da obra do

amplamente o seu talento, escre- escritor são ainda aquêles


que

vendo O Mulato. O êxito de se afastam inteiramente do


gê-

escritor naturalista, nero literário


consolidado au-
praticado pelo
»

com o Cortiço. a Casa de Pen- tor.. Isso se dá um cri-,


quando

s&o e O Coruja, não o impede tico ou egoísta escreve um ro-"'

voltar à novela flor de laranja e mance e não sé manifesta


neste

melodramática. A vida era mui- com o mesmo talento,


se
por

to difícil os escritores
para na- achar completamente fura da
CULTURA POLÍTICA
62

«se novo estado


intelectual adequada acomodar ao
atividade para

um c^e coisas e tornar-se


ao seu espírito. Quando prática-

(az homem devia constituir


esporàdicamente mente
prosador

a essência do romance ina-


caso de Sainte-Beuve tôda
O
poesia.

cabado. Taine escreveu ape-


exemplo muito apro-
não será

nas oito capítulos, nos as-


o crítico de Lundis quais
priado, pois

na sistimos aos tormentos do


deu um romance tipico jovem
nos

num internato, bem semelhante


evolução do na literatura
gênero

de àquêle onde o Louis Lambert, de


francesa. Mas seria o caso

Balzac, sentia hostilizado.


se êle chegasse a com- §e
Taine,

o Étienne Maryan. fi-


pletar que O desfecho Taine
que preten-

cou apenas nos capí-


primeiros dia dar ao romance segundo

tulos. Em 1860, o cri"


grande Bourget — o se-
Paul seria

sentiu-se tentado a escrever


tico de-
Depois de
guinte: procurar
"Meu

um romance. estado de
balde adaptou-se à vida
prática,

espírito é antes o de um artista


Étienne Maryan encontraria na

—• Luto entre duas


dizia êle
ciência um refúgio: a solução do

tendências: a de outrora e a de
seu Exatamente o
problema.

hoje. Preciso,
por princípio, caso do autor, cuja carreira li-

alinhar idéias à Macaulay e, ao


terária se (êz tôda no mais apai-

mesmo tempo, ter a im-


quero xonado culto da ciência. Mas

viva de Stendhal, dos


pressão Taine não teria conti-
por que

e dos criadores'". O
que nuado o romance, em com
poetas que

Taine experimentar era


parecia, tanta lucidez se retratava?
Jus-

um ipcoercível desejo de confis- tamente isso. do


O
por pudor

íntima, de (alar de si mesmo, -espirito


são seu não lhe ne-
permitia

—» analizar-se. Como
de auto nhum de confissão, mes-
gênero

a (orma direta de um diário lhe in-


mo indireta. A necessidade

(erisse o optou trans- terior o levou a tomar da


pudor, pela que

romanesca e começou a escrever E'tienne Ma-


posição pena para

escrever Etienne Maryan, cujo ryan esbarrou logo em verda-

assunto era o seguinte: Um deiro impasse: os


jo- ca-
primeiros

vem de anos, tendo bastaram convencê-


quatorze pítulos para

num ambiente de cari- lo da impossibilidade de conti-


crescido

doméstica, vê' nuar a confidencia disfarçada.


nho e segurança

se com a morte do sòzinho Taine


pai, parou justamente quando

mãos. Inteli- o herói deixava de ser adoles-


com suas
próprias

sensível. Étienne Maryan cente e a confidência disfarçada


gente,

(ica, a na mais dolo- ia tornar-se mais atual,


princípio, portanto

rosa Sua luta mais o autor.


perplexidade. penosa para
Como Chefe do Govêrno não costumo distinguir

no Brasil regiões ou zonas» Estados ou


grandes pe-

A todos equiparo na minha estima e nos cai-


quenos.

dados da administração. Tenho o em


percorrido país

diversas direções» visitando os centros de


principais

atividade» e no contacto com as suas sempre


populações

me orgulhei» tanto como aqui» de ser brasileiro e de

trabalhar engrandedmento da Pátria.


pelo

- Política
GETÚLIO VARGAS A Nova do

do Brasil, vol. X.
Folcbre do Rio São-Francisco

BAStUO DE

Do Instituto Histórico t Geográfico Brasileiro

Hermenegildo Lopes tacto com a nossa do ser-


gente

de Campos, autor de utilís- tão e do litoral,


principalmente
ODR.


simo trabalho científico, com o ativo dos es-
proletariado

o ainda há de ser consulta- tabelecimentos industriais. E


qual

do mais tarde, se cuidar afirmar com um


quando posso que, pouco

sèriamente da opulenta e vasta mais de figura-


gramaticalidade,
"Cli-

região do nosso rio-mar, —


ria êle, com irrecusável
justiça,

matologia médica do Estado do entre os melhores autores de obras

Amazonas" 1909), 1&- ficção da nossa literatura


(Manáus, de con-

o seu talento e a sua temporânea.


gou propen- .

são literária a dois filhos, lhe


que
Devem-se-lhe três livros,

continuam e honram o ilustre

cujos simples e expressivos títu-

nome.

los imediatamente lhe


patenteiam
'O

Um deles faleceu em e o espírito de brasilidade: Go-


plena
"Marupiara" '

operosa madureza, tendo deixado roroba", e Paraco-

de sua capacidade de engenheiro, era". Dêsses romances, em to-

historiador e folclorista diversos dos os bem obser-


quais palpita,

escritos, uns deles, dados à vada inteligente, a-


pu- por psicólogo

blicidade e outros inéditos, al- vida real da nossa e


gente pobre

dos ainda estão sendo trabalhadora, o começa


guns quais primeiro

impressos na cidade do Salvador, ao norte e acaba num cortiço da

conta do baiano. Foi capital brasileira, o segundo é um


por governo

-o da Campos, sem intensa floração


dr. Silva episódio da das
João

cuja coletânea de contos não te- lendas amazônicas, e o terceiro 6

"O

ria eu elaborado folclore no o explora a ambiência e as


que

Brasil". tradições do rio São-Francisco.

O outro, Campos, ig~ A exemplo dos bons brasilia-


Juvêncio

noro se cursou escola nistas, Campos


qualquer Juvêncio (que

.superior. Sei conhece bem modestamente se escondeu sob &


que

•esta terra Lauro Palheno).


e de
grande privilegiada pseudônimo
"O

do Brasil e ou em montarias Não só apensou a Gororoba"


que,
"gaiolas",
¦e
ou em oficinas de um 279-
pequeno glorsârio (págs.

fundição, tem tido freqüente con- 290 da 2.* ed.), como ainda aos

— 5
136.687 P.
Folclore do Rio São-Francisco

BASILIO DE MAGALHÃES

Do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

DR. Hermenegildo Lopes tacto com a nossa do ser-


gente

1/ de Campos, autor de utilís- tão e do litoral,


principalmente

— com o ativo dos es-


simo trabalho científico,
proletariado

há de ser consulta- tabelecimentos industriais. E


o ainda
qual

mais tarde, se cuidar afirmar com um


do posso que, pouco
quando

opulenta e vasta mais de figura-


seriamente da
gramaticalidade,
"Cli-

rio-mar, <—
região do nosso ria êle, com irrecusável
justiça,

matologia médica do Estado xlo entre os melhores autores de obras

Amazonas'* 1909), ler- de ficção da nossa literatura con-


(Manáus,

o seu talento e a sua temporânea.


gou propen-

são literária a dois filhos, lhe


que
Devem-se-lhe três livros,

continuam e honram o ilustre

cujos simples e expressivos títu»-

nome.

los imediatamente lhe


patenteiam

Um deles faleceu em e o espirito de brasilidade: O Go-


plena
"Marupiara" 4tParaco-

madureza, tendo deixado roroba", e


operosa

engenheiro, era'\ Dêsses romances, em to-


de sua capacidade de

folclorista diversos dos os bem obser-


historiador e quais palpita,

vada inteligente, a
escritos, uns deles, dados à
pu- por psicólogo

inéditos, al- vida real da nossa e


blicidade e outros gente pobre

estão sendo trabalhadora, o começa


dos ainda primeiro
guns quais

ao norte e acaba num cortiço da


impressos na cidade do Salvador,

Foi brasileira, o segundo é um


conta do baiano. capital
por govêrno

sem episódio da intensa floração das


o dr. da Silva Campos,
João

amazônicas, e o terceiro é
coletânea de contos nào te- lendas
cuja
"O

explora a ambiência e as
elaborado folclore no o
ria eu que

tradições do rio São-Francisco.


Brasil".
0

Campos, ig- A exemplo dos bons brasilia-


O outro,
Juvêncio

escola nistas, Campos (que


noro se cursou Juvêncio
qualquer

conhece bem modestamente se escondeu sob o


superior. Sei
que

terra de Lauro Palhano).


esta e
privilegiada pseudônimo
grande "O

em montarias Não só apensou a Gororoba"


do Brasil e ou
que,
"gaiolas ",

um 279-
ou em oficinas de (págs.
e pequeno glorsário

290 da 2.a ed.), como ainda aos


tem tido freqüente con-
fundição,
€6 CULTURA POLÍTICA

dágua", às 161 e 224. Para


definiu ou explicou
dois outros págs.
"minho-

túpica e o último, associou ao


os vocábulos de origem que

as cão" dos rios brasilei-


africana» assim como
palavras ("anfíbio

do ros"), socorreu-se Cam-


na bôca Juvêncio
povo
que ganharam

rincões muito acertadamente, do ex>-


novo sentido em certos pos,
um

celente opúsculo de Dermeval


E, assim» os seus
do nosso
país.
"Águas

o conhecimento Café, barrentas"


romances, afora (Rio,

dos costumes da 1928).


fornecem
que •

desde o Amazônia
nossa
gente, A isso não se limitou o escri-

às de cômodos do Rio**
até casas
tor, não se esqueceu
porquanto

ainda constituem am~


de-Janeiro,
do elemento africano, a cujos

"despachos",
de mitografia e
repositório
pio mandingas e can-

de brasileirismos.
domblés aludiu em várias
pági-
"Paracoera"

é o seu vo~
Como
nas 40, 43, 218, 219 e 297).
(38,

ao rio São Fran*-


lume consagrado
da Silva Campos, em suas
João

vou mostrar a con-


cisco,
preciosa Tradições baianas 1930),
(Bahia,
"Santo
no mesmo se en-
tribuição
que abriu capítulo Antô-
para

em da nossa de~
contra
proveito nio no banco dos réus", episódio

mopsicologia.
aproveitado embaixador
pelo J.

tive ensejo de minudenciar,


Já C. Macedo Soares, em seu mag-

"Santo

estas mesmas colunas, a vi- nífico Antônio Lisboa


de
por

são de conjunto dos mitos aquá- Militar 1942),


no Brasil"
(Rio,

ticos, fazendo referên- e ao estas colunas,


particular qual, por

cia aos do maior rio exclusiva- mas imprescindi-


juntei pequeno,

mente brasileiro. Como compro- vel esclarecimento. A êsse Santo

Antônio - - tam-
vantes do expús, citei obras das Queimadas
que

de ficção em os mesmos fo- bém consagra algumas


que páginas
"Marico-

ram explorados, desde Campos, apoia-


(61-62) Juvêncio

— do
ta e o Chico do no livro irmão,
padre (Lenda do e, mais adi-

rio São-Francisco)" de
(1871), ante 218-219), além de
(págs.

Salomé de até ao
João Queiroga, narrar coisas curiosas sôbre os
"Caboclo

d'água" de
(1938), feiticeiros de Mangai, conta a
pi-

Diocleciano Martins de Oliveira. toresca história de Santo-Antô-

Ficou fora do rol o aludido ro-


nio-do-Urubú.

mance de Campos, "Paracoera"


Juvêncio por-
Em também se en~
eu não o havia lido, nem sei
quê

contram 38, 65, 90, 162-


(págs.
se havia sido então editado
já pela

164, 233 e 250) versos folclóri-


Livraria Schmidt esta, a
(pois

cos, entre os os seguintes,


exemplo de outras usam tão quais
que

eqüivalem a uma autêntica


máu costume, não lhe a data que
pôs
"despacho":

receita fazer
da impressão). para

"Paracoera",
"Nós
entretanto, além
fomos noutro dia ao candomblé,

de referir-se, * sucessivamente, ao Para ver o fizeram mim.


que para
"moleque-d'água"
O botou uma mesa:
ao pai-de-santo grande
(Joazeiro),
"cavalo-d'água" "caboclo-
Uê!
as cousas stão ruim!
e ao

Comprem azeite-de-cheiro,

d'água" às 23, 24
(Barra), págs. Uma boneca amarela,
"bicho-

e 25, menciona também o


Quatro vinténs de
pipoca,
FOLCLORE DO RIO SAO FRANCISCO
|, 67

Quinhentos réis de bringela,


a com
prosperar a migração de
Para fazer um despacho,
trabalhadores
baianos os cj-
Um bode seja macho para
que

fezais de
não seja faladõ...) São~Paulo, assunto de
(Que

Orobí Orobõ..." tratou,


que há uns vinte anos

atrás, outro esforçado


jornalista e

Afora êsse do Arigofe,


fox-trot romancista baiano,
Gumes,
João
10
ainda Campos teve
Juvêncio a
em sampauleiro".
Juvêncio
boa idéia de consignar em seu li-
Campos ainda fez interessante
"o CO"

vro 90) comunismo "gaiolas"


(pág. do
tejo entre os nomes dos

ninho", explicado Gustavo


por do rio-mar e os das barcas do São

Barroso com relação a maior das


Francisco. Naqueles,
"a são
pre-
nossas aves campesinas,
per-
ponderantes os de animais ou da

nalta dos
gerais":
e linguajar
pátria dos regatões,
"Beijaflor",
"Tubarão",
"A —
como
ema, ela
quando põe, "Barateiro", "Flor-da-Síria",
"O
A ema nunca só:
põe

Põe a mãe e a fia.


põe Libanês',
ao os
passo car*
que
Põe a neta e a vó!"
põe
% da empresa
güeiros Geraldo Ro-
\

cha ou se distinguiam
nomes
Como Campos é téc- por
Juvêncio

mitológicos e
nico em assuntos de transportes geográficos ("Té-
"Dóris", "Dardanelos")
"Pa-
tis",
ou
terra e água, o seu
por por

visavam a homenagear figurões


racoera" contêm dados
preciosos

da antiga Bahia
da e de
política
no tocante à navegação do rio

Minas-Gerais Antônio-Muniz"
inclusive os mui- (M
São-Francisco, "Mata-Machado").

tos brasileirismos empregados


pe-

los servem nos barcos da


que Às 107 195-200
págs. e de seu
"Paracoera",
mesma e lhe mereceram com-
que refere-se
Juvêncio
"Antônio~Mu~
explicações.
pletas Campos à barca

Pelo conta êle às 78-


que págs. niz", chamada
geralmente (por
"lei-do-mínimo>-esfôr-
80, 107, 145-151 e 249, fica-se motivo da

"lei-da-preguiça") "Mu-
conhecendo não só o valioso es-
ou
ço"

forço de Geraldo Rocha, autor


niz", e nomeada,
"O que ganhou por

de bom estudo sôbre rio São


ser, como diz o referido escritor,
"Brasília-

Francisco" 184 da
(vol.
um de alto bordo"»
gaiola
na", resolver aquele impor- \
para

Desde Teodoro Sampaio,


tante em
de comunicações
problema
"O

seu trabalho rio São~Francis~


êle introduziu no
(foi quem gran-
"deslisador",

de caudal o famoso co e a Chapada-Diamantina",

"Gar-

batizado com o nome de até ao compêndio de Veríssimo e

"Geografia

cia-d'Ávi!a", a Várzea, humana", ou


que Juvêncio

Campos faz referências à até ao recente estudo de Agenor


pági-
"O

na 107), como também a orga- Augusto Miranda sõbre rio

"Bra-
nização e o orçamento de tudo São-Francisco" 62 da
(vol.

respeita às embarcações siliana"), têm sido


quanto particularmen-

então ali em serviço. O te examinadas as diversas formas


postas
"Paracoera"

autor de de barcos e as complexas condi-


ponderou,

com muita razão, ayiavega- de navegabilidade do


que ções grande

fluvial do São-Francisco veiu caudal mineiro-baiano. E o n. 4


ção
68 CULTURA POLÍTICA

"Rev.

Bras. de Gco* Claros" 1916);


do ano V da (Belo-Horizonte,
"Auên

de Ve- ou xerente" do
ainda inseriu ("Rev.
José
grafia"

Pereira dois in» Inst. Hist. e Geogr. Bras.", vo-


ríssimo da Costa
"Bar-

sôbre lume 155, 1927), com extenso


teressantes artigos
"Sôbre

São-Francisco*' e da minha lavra:


do
prefácio
queiros
"Grutas
o curraleiro" 1927);
calcáreas do São-Fran- (Rio,
gado
"Bandeiras

Bom-J esús-da-Lapa'' e sertanistas baianos"


cisco- (pá-

Não devem ser 1935), vol. 48 da


137-144). (São-Paulo,
ginas
"Brasiliana".

esquecidos, ao aspecto os
geral,
"No

de Noraldiao Lima.
Vvros
Conforme a sua declaração, o

vale das maravilhas"


(Belo-Ho-
autor da aludida todo em
poesia,

rizonte, 1925), e de Morais Rêgo,

"O sextilhas, chamava-se Melquía-



vale do oão-Francisco En-'

Brotas de Macaúbas,
(município
saio de monografia
geográfica

de Nunes de Araújo, natural da

regional" 1936).
(São-Paulo.
Bahia). E, como se infere de al~

No segundo dos seus artigos


dos versos da mesma, foi
guns

acima citados, Veríssimo da


José ela escrita a<^ tempo em
que go-
"uma

Costa Pereira consigna vernava a sua terra natal o há

simples, mas sugestiva", falecido


quadra homem de Estado
pouco

entoada romeiros do famo-


e notável
pelos parlamentar José Joa-

so santuário sanfranciscano, no
Seabra, de era auxi-
quim quem

momento da sua debandada, em liar, como diretor de Viação, o

volta aos lares: técnico Manuel Sabino. Infeliz-

mente, a composição é
poética
"O

BonvJesús-da-Lapa
de rimas sôbre as belezas
pobre
A ninguém nega favor,
e curiosidades do maior rio bra-
Seja seja rico.
pobre»'

sileiro, tendo-se adstringido o


Inocente ou
pecador".

seu autor a estigmatizar o mau

tratamento êle e outros


Afim de enriquecer um que passa-
pouco

sofreram então manus-


mais o folclore geiros (o
sanfranciscano,
44

cri to não traz data) no tal


vou servir-me da oportunidade gaio-

la de alto bordo".
em letras de imprensa
para pôr

suponho êle não tenha


(pois que

Eis o
poemeto:'
sido um extenso
publicado) poe-

meto, concernente à navegação "ABC

do Antônio-Muniz

do rio brasileiro, e coli-


grande

a barca A Adeus, Antônio-Muniz,


mando
precisamente que

O modêlo desta empresa!


recebeu o nome do notável
poli-
Felizmente estou em terra,

tico da terra do vatapá.


Pisando a toda a firmeza.
*
.

Em ti não embarco mais,


Devo-o à de meu ve-
gentileza
Tenha isso certeza!
por
lho amigo e ilustre confrade Ur-

bino de Sousa Viana, autor de —


B Bom resultado colhi

alguns meritórios trabalhos, res- Em ter experimentado.

Via falá em vapô,


à história, à economia e
peitantes
"Mono- Mas nunca tinha embarcado.

à etnografia do Brasil:
PensÊva ser uma coisa

do município de Montes- De nome


grafia civilizado.
FOLCLORE DO RIO SAO FRANCISCO 69

C — Como eu de andá K — Kágedo, camaleão,


gosto

Sempre fazendo figura, Tudo isso se comeu.

E. a ou a cavalo. Companhéro deu ataque,


A viaje sempre é dura, Por milagre não morreu.

Fui comprá uma e, Não hói explicá


passa] quem possa

Sujeitando-me à impostura. Tudo se sofreu.


quanto

D Despendi o cobre L Lamentando minha vida,


pouco

Do dispó, Passei noite, dia,


qual podia passei

Dexando alguns companhéro Privado da liberdade

Em um dissabô, Em similhante armadia.


grande

Só desejo Mulher-dama de roméro


pelo grande

De via num vapô. Tem muito mais regada.


M «— Mi tomô conta
E — Erc» dez hora da çuirana
noite,

Da lancha até à
Qjando na lancha primeira;
pisei,

Os dono dos camarote


E, abraçando os amigo,

Não suportaro as
Fortes soluço soltei, gotêra,

E ti vero trocá
Com saudade dos filhinhos, que

na As casas istêra.
Que tristeza dexei. pelas

F Foi a viaje —
primêra N Não hái cabeça
que possa

Que na minha vida fiz;


Explicá tanto tormento.

O destino me arrastô,
Pensei desta viação

A minha sorte assim


quis Ter ôtro
procedimento,

Me amostrá os dissabores
Mas só vi imposição,

Do barco Antônio-Muniz.
Desarranjo e sofrimento.

G Gozei no dia '


primêro O O comandante è bom home,

Uma viaje facêra.


Issó não negá;
posso
Os amigos me cercaro
Mas imbarca o mundo todo.

De tuna tão boa manêra,


Sem ter onde o colocá,

Que eu, segunda,


pagando E entra camarote,
pru
Fui colocado em
primêra. Não sabe o cá.
que passa

H —' hoje, não digo —


porém, já P Pragas eu nunca roguei,

O ontem eu dizia.
que E nem rogá.
pretendo

Conheci a desvantaje
Só aos meus companhéro,
peço

Logo no segundo dia:


Que viajá,
quiserem

Comecei a sofrê fome


Que no Antônio-Muniz

E a sofrê arrelia.
Nunca em imbarcá.
pense

I Isperava almoço, — figura faz um home,


pelo Q Que

E isperando ficava : compra sua


Que passaje,

llm dia, vinha de tarde; Para atpepá numa landia,

Outro dia, me faltava. Tomandó toda a ramaje.

não falo do café, Pelejando coos enxú,


Que ninguém aqui tomava. Perdendo sua bagaje?

não falá — Resignado me acho,


J Já perçiso R

Da comida nos vinha. Apesâ do meu sofrê»


que

. Meu companéro assistiu Porquê tenho fé em Deus

da cozinha; aqui não hé de morrê.


À Que
podridão

fortemente, Meti-me nesta


Vomitava gaiola,

comeu Devido a não cookecê.


Como jarrinha.
quem
70 CULTURA POLÍTICA

"Paracoera",

— às letra fôsse cinqüenta, 223 do


S Se A
pág.
"Si-
me dava falá
Não pra
no capitulo concernente ao

Da Viaçôo Fluvial,

tio-do-Mato", acha-se a seguin-


Do seu modo de tratà.

te inacreditável informa-
Pois até os
que ganhadô quase
"Celebram-se

Ficaro sem se festa os


pagá.
ção: pela

contratados durante o
casamentos

— Tendo a ficado
T pobreza
ano. Noivos batizam-se
pagâos
Sem recurso de dinhêro,

e confessam-se antes do matrimô~


Um rapaz, foi
que pidi

ao cozinhêro, nio, e, chegam mais cêdo.


A comida
porisso,

Levô nos óio.


pimenta Os nubentes, são muitos,
porque

Ficô cego um dia intêro.

em filas, e recebem
£xtendem~se

conjungo vobis depois da missa,


o
— Único culpado é o Seabra,
U

Um a um, não
Baia, coletivamente.
Goyernadô da
,

tem feito do Estado nunca. Acontece


Que acabaria que

Uma completa anarquia.


na confusão do
alguns noivos,

Vejam emigrante
quantos
ato, ficam separados e andam st
aqui hoje em dia!
Passam

buscando, depois, entre o riso e

— Vou de viaje
partindo as dos
galhofas presentes".

Pra Sao-Paulo ou Mato-Grosso,

Rastando dificuldade, li algures, no


Ja provàvelmente

Com a canga no
pescoço, bom trabalho de Oliveira Mar*

"O
Pois, se ficá na Bahia,
tins, Brasil e as colônias
por-
Tô sujeito a roê osso.

no continente camítico
quiridos

tuguesas", os escravos, ad-


Xórem, baiano, que
X
patrícios

A triste situação! negreiros do nosso


pelos pais,

Seabra, o Mané Sabino,


antes de serem amontoados,
qua-

Diretô da Viação,
se como sardinhas em latas, no

Não o teu
garante govêrno,

do navio os devia
Não faz diministração. porão que

transportar esta terra de


para

Ypiranga foi a terra também recebiam co»


Santa-Cruz,

A dom Pedro escoieu


qual
letivamente a água lustrai. O sa-

Pra lios dá a independença,

cerdote, encarregado de adminis-


Que hoje o Seabra
prendeu.

Até mesmo esta Viação trar-lhes o sacramento em São-

Êle arrendô ou vendeu.


Paulo-de-Luanda, separava-os em

dois batizando
grupos, primeira"
Z Zélem, baiano.
patrícios
mente todos os homens com o
Pela nossa dignidade!

não tê nome de Pedro e depois todas as


podemos govêrno,

Mas temos a sociedade;* mulheres com o nome de Maria.

Sofremos resignado
'ttiquidade. Mas de casamentos em massa,

Toda essa

de mais a mais realizados em nos-

§
sa e com desrespeito tão
pátria
Ofertôrio ao Mané Sabino:
flagrante ao ritual da Igreja Ca-


tólica, é a noticia
primeira que

Tú és minha testemunha
tenho.

E serás meu defensô;

Mas diga, Mané Sabino,


Acreditava eu a .única e
que
Que fui eu mesmo o autô.

malograda tentativa de crianção


E comigo muintos ôtro
"Província

vapô". da do Rio-São-Fran»
Falam mal do teu
FOLCLORE DO RIO SÃO FRANCISCO 71

tivesse sido a de Teófilo se faz alguma coisa, indepen-


cisco"

Ottoni, da tratei à 30 dentemente dos auxílios oficiais.


qual pág.

do meu trabalho A função dos em casos


(publicado pelo govêrnos,

Instituto Histórico e Geográfico tais seria apenas tornar


possíveis

Brasileiro em 1916) sôbre o emi- os lugares impossíveis. A frase

nente liberal mineiro. Servi-me não é minha: é do coronel


Juvên-

da biografia citei), da lavra cio Braga, nas suas disser»


(que que,

de Cristiano Ottoni, não se tações sempre la-


que político-sociais,

referiu a nenhum anterior mentava o barão de Cotegi-


plano que

com aquela mira, relativo à mes- não tivesse conseguido reali-


pe

ma região. Essa nova circuns- zar o sonho do deputado


pernam-

crição do império, ideada bucano Luís Cavalcanti, em


política que,

XIX 1830, apresentou o crian-


meiados do século projeto
por

as do a Província do São-Francisco,
foram criadas
(quando pro-

cuja capital ser Barra".


víncias do Paraná e do Amazo- poderia
_ _ •

nas, conteria Cristiano Oo-


(diz Realmente, Luís Francisco de

toni, à 29 da mencionada
pág. Paula Cavalcanti de Albuquer-
"a

biografia) comarca do
Jequi* magistrado
que, pernambucano,

e das do Serro e
tinhonha na-
parte representou a sua
província

em Minas, a de
São-Francisco, do império
tal na 2.* legislatura

no Espírito-Santo, e
São-Mateus,
assim como na se-
(1830-1833),

as de Caravelas e Pôrto-Seguro,

guinte (1834-1837). JãO/Mauri-

Não se me deparou
na Bahia".
cio Wanderley com o
(agraciado

alguma à capi-
indicação quanto em
título de barão de Cotegipe

tal. vila da
1860) nascera na então

"Paracoera",
- - - - Francisco
entre* Bara do Rio São
O autor do

em meiados do século XIX,


do seu roman- e pre-
tanto, à 260
pág.

se cogitou de
cisamente
mais uma útil infor- quando
ce, consigna

de do
elevar o número
províncias
mação, naquele sentido, for-
pela
"O havia chegado à culmi-
Brasil,

ma seguinte: Corrente é um

Do
nância do
prestígio político.

córrego bastante e dos


povoado
mesmo modo a
que personagem,

mais industrializados do vale Ho


do romance de
acima citada» Ju^

São-Francisco. Ali se a
pratica também lamento
vêncio Campos,

lavoura irrigada, utili- em


não se houvesse convertido
pequena

zando-se rodas de alcatruzes o do deputado


para realidade
projeto

como deplorei o
a necessária elevação da água. São
pernambucano,

da iniciativa de
muitos os engenhos dessa natu~ malôgro
patriótica

em idêntico o»
reza se encontram no rio, o Teófilo Ottoni
que

ainda mais amplo sentido..


onde é
que prova que, possível.
é segredo o nosso industrial,
Não parque
que

antiquado e sobretrabalhado, deixará, em curto


por

de economicamente. A
prazo, produzir previdência

manda nos resguardemos, fazendo reservas subs»


que

¦
sua remodelação. Creio chegado o
tanciais a
para

momento de cogitarmos da organização especializada

de um banco de reconstrução industrial, o


para qual

concorram, na medida dos seus lucros, todos os inte*

ressados. Em lugar de desviar fundos da indústria

outras inversões, esta seria, a melhor


para parece-me,

aplicação das disponibilidades apuradas no


período

excepcional atravessamos.
que

• »

- Nova Política do
GETÚLIO VARGAS A

do Brasil, vol. X.

0
Museus regionais

HERMAN LIMA

T T MA das manifestações com a devastação dos bombar-

1/ culturais mais impressiona» deios de cinco anos, foi o único

tes da Escandinávia é a me em condições de


que que pareceu

os seus museus re- enfrentar vantajosamente as fa-


representam

De mim sei não esr- bulosas coleções do British Mu-


gionais. que

fàcilmente a comovida seum, de Londres. Lá estão, efe-


quecerei

surprêsa me deu, certa tarde tivamente, certas milenã-


que peças

de agosto de 1939, rias, de valor incalculável, como


justamente

dias antes da declaração o carro do deus sol, trabalhado


quinze

correr a seção dina^ em ouro, e um vestido de mulher


<la
guerra,

marquesa do extraordinário Na- da idade do bronze, achados na

tionalmuseet, ou Museu Nacio- cabeças de figuras do


Jutlândia;

Partenon, trazidas da Grécia mais


nal, de Copenhague.

de um século antes de a coleção

dos mármores Elgin chegar à In-


O Museu Nacional

espécimes da mais re-


de Copenhague glaterra;

mota antigüidade egipeia, asiá-

estivera lá umas três vezes, tica, e africana, relíquias


Já polinésia

dar meia dúzia do império romano, um mundo


era somente
pois

da minha fa- de coisas típicas de tôdas as ci-


de
passos pensão

miliar Veslervalgade, e vilizações exóticas antigas e con-


em
pe^

na imensa construção côr temporâneas dos assírios e dos


íietrar

de cinza, em sóbrio estilo Renas- maias aos nossos índios.


(E'

dinamarquês, do antigo Pa- nele se encontra a famosa


cença que

Príncipe, enche com coleção de da vida sei-


lácio do
que quadros

mole imponente tôda uma vagem no Brasil, em


a sua pintados

do Frederiksholms 1641-43, em Pernambuco,


grande quadra por

Kanal. Albert Eckout, da comitiva de

Nassau, um dos mais


preciosos
Êsse Nationalmuseet. famoso

documentários dos da
em todo o mundo suas co- primórdios
pelas

nossa história se conhecem).


leções etnográficas, cujo destino que

Deus rumo terá levado O conjunto vale, na verdade,


sabe por
que
'
>7*1

76 CULTURA POLÍTICA

três museus independentes, ou cotidiana e artística de dezenas

"
seja o museu antigo Etrú- de raças —
(Egito, e de um espan-
povos

ria, Grécia e Assíria), o dinamar- toso uniforme de


general japonês

reúne todos os elemen- do


quês. que século vestes orna-
passado,

tos representativos da vida do mentais de sêca dum negro


palha

da aos tempos
pais, pré-história do remotíssimo rio Sepik, da No»

modernos, e o etnográfico
prò- va-Guiné, a indumentária de cou-

dito. Por mais valiosa


priamente ro dum da Sibéria; um
guerreiro

seja das outras auas


que qualquer
barquinho egípcio do ano 2.300

seções, a antiga e a etnográfica,


a.C.; figurinhas da Índia e da

haverá sempre, noutras cidades

China, em bronze, ouro, marfim

européias, o lhes sirva mais


que

e maravilhosos tapêtes ori-


jalde,
ou menos de A coleção
pendant.

entais, esculturas do Congo, bem


dinamarquesa, sob o
porém, pon-

dignas de rivalizar com as criar-


to de vista de expressão nado-

mais avançadas de Epstein.


nal, é uma coisa única e bastante ções

revelar a capacidade de or- Mas nada se compara à impres-


para
"as

da raça, são nos deixa a entrada em


ganização qualida- que

des da do Norte, seu amor certos recintos isolados, aqui e


gente

à tradição, à ordem, ao método, à


ali, celas claustrais, naves de igre-

classificação, aplicado a tôdas as


interiores dinamarqueses de
ja,

manifestações de trabalho e cul-


séculos ou da época atual,
quatro
tura", a se refere nosso
que pa-
transportados ou reconstruídos
tricio Argeu Guimarães, no seu

com absoluta fidelidade em


pleno
belo livro A Sereia Escandinava.

corpo do museu. Há um claustro


Como bem diz o ilustre diplomar-

da mais recuada Idade Média,


ta, doublé de escritor arguto e ele-
"importa
com lajes sepulcrais do tempo»
não êste
gante, perder

imagens de santos, um magnífico


motivo de estudo simpatia
e sur-

nas altar de cobre lavrado, vindo


claras, ordenadas du-
preendido

e sugestivas antigas ma igreja de


e aldeia dinamarque-
galerias

coleções de arte, ciência histó-


e sa da mesma época. Uma nave

ria; à margem da sedução da ci- abobadada, com alfc?«*es laterais

dade moderna, da e dos


paisagem onde se ostentam os áétratos
?)
costumes, cumpre reservar alguns
óleo dos reis dinamarqueses,
"passos S4o

instantes os
para perdi- Knud e Cristiano II. Mas, acima

dòs" dos museus,


peregrinação *
de tudo, infinita sugestão de
pela
evocadora, em busca de capitosas

vida tradicional e retrospectiva,


revelações estéticas ou comoven-

há os admiráveis interiores, salas,


tes visões do emoldura-
passado»

alcovas, salas de salões


das com desvêlo em esplêndidos jantar,

principescos, reconstituídos
e castelos com,
palácios de luz,
plenos

os móveis, as autênticas
asseio e ordem." cortini-

nhas de cassa, os objetos de adôr-


Vemos assim no Museu Nacio-
no e figuras em tamanho natural,
nal vestimentas e armas e
jóias, vestidas k moda campônia das

cerâmicas, instiumentos domésti-


diversas
províncias. O encanto

x
cos e musicais, expressões da vida dêsses aposentos íntimos, dessas

Bi
MUSEUS REGIONAIS TT

velhas fazen- O Museu Nórdico,


salas de
grandes

vários sé- de Estocolmo


capelas de
das» dessas

nos sintamos
culos, faz com
que
Mas a idéia do museu regional

em meio à doce
de repente gente
escandinavo ainda não ai.
parou
terras brancas de
rústica dessas
E' na Suécia a vamos encon-
que
do tempo, mas
neve a maior
parte
trar em desabrochamento,
pleno

verão,. como nessa hora,


onde o
obra e do Dr. Arthur
por graça

encantos do azul e
tem todos os
Hazelius, um etnólogo, antiquéu-

nossas A im-
do sol das Estocolmo,
plagas. rio e de
professor que

é ainda mais viva a idéia de


porque em 1870 teve
pressão primeiro

c inteiramente iso- no Nordiska Museu, ou


cada aposento reunir

outros, entra-se êles Museu Nórdico da capital sueca,


lado dos por

recintos da in- os remanescentes da velha cultu-


como nos
próprios

nativa, têm as ra do seu Êsse homem, de


timidade da pais.
grei

locais, o mesmo extraordinária e


exatas pertinácia pro-
proporções

impre- fundo espírito impôs-


ar de fámília, acham-se patriótico,

do se o a idéia de
de intenso desde que
perfume princípio
gnados

móveis muita um museu não deve ser apenas


na côr dos
passado

uma simples coleção científica e


vez de trezentos e
quatrocentos

dos trajes sim coisa dum organis-


anos, na (esta de côres qualquer

à tra- mo vivo. Desde o verdadeiro


característicos, o amor
que que

tão bem, caráter da Suécia como nação es-


dição soube
preservar

tempo tava na civilização campesina, nos


transformando-os com o

relíquias nacio- antigos costumes e tradições im-


em verdadeiras

nais. Êsses mesas, con- nas diferentes


Ranços, plantados provín-

sala de cias, com os seus aspectos diver-


tadores, armários de
jan-

de eseul- sos e mais ou menos independen-


tar, essas camas
4osse^

¦
tes, em função do meio,
como as nossas maravilho- procurou
pido

da Bahia do modo mais impres^


sas camas de constituir
jacarandá

sivo êsse largo folcló-


imperial, êsses bercinhos de ma- panorama

rico, reunindo a no
deira com lindos desenhos pouco pouco
pintada

domésti- Nordiska tudo aquilo


os utensílios que pudes-
primitivos,

se representar realmente a ex*


cos, xicaras, de
pratos, panelas

nacional da sua terra e


cobre rebrilhante, traduzindo o
pressão

asseio or- da sua raça. No fim de certo


espirito de ordem e o

das nórdicas. o tempo, o êxito das exposições as-


gânico gentes

da casa, o amorável acon- sim obtidas o levou a um


gosto projeto

longos dias do mais novidade e


chego do lar nos
grandioso, pela

inverno boreal, essas bonitas bo- significação, e foi assim


pela que

de tamanho natural, rapa- lançou os fundamentos e o mo-


necas

do' museu ao ar livre, em


zes e moças à moda de cada re- dêlo

colina ao
trazem ao forasteiro uma vi- Skansen, uma
próxima
gião,

tão viva e colo- Nordiska, idéi-i foi em breve


são
panorâmica que

só uma longa adotada em vários outros lugares,


rida do
pais, que

vasta sõmente da Suécia, mas dè


e uma não
permanência, pere-

vizinhos, como a Naruega,


interior
grinação pelo poderiam países

de Oslo em
facultar. cujo Museu
popular
CULTURA POLÍTICA
78

o ar com as suas
o Oland, batendo
hoje com
rivaliza
grande parte
Depois, celeiros co-
asas calmas.
de Estocolmo.
seu congênere

mineiros, um
casas de
lossais,

Céus, ou-
livro Outros
No meu er-
todo de madeira,
campanário

ocasião de evo-
Mares, tive
tros
em 1732, e
em Hallestad,
no guido
me deixou
car a impressão que
inteirinho o
carregado para par-

microcosmo nativo,
espírito êsse

maior das constru-


A
que. parte
isso me
direta, por
impressão que
mesmo dos re-
aliás, provém
ções,
transcrever aqui:
animo a
não deixa de
cantos originais, e
"O
fica sôbre a co-
museu o carinho com
ser comovente que

a
mesmo, dominando parte através das
lina foram
preservados,

velha de Estocolmo, justamente dos tempos, êsses


distâncias e

igrejas da Cida-
e as amo-
os rústicos, adornados
palácios edifícios

O minarete
de-entre-as-pontes. relevos de talha,
rosamente com

o re-
rendado de Riddeherholm, ingênuas mostras da
tôdas essas

e do Palá-
do Parlamento do engenho ru>~
corte arte e
primitiva

de vários
Real, os telhados do hinte
cio dos homens
dimentar

mirar-
séculos do bairro
podem land.

Lampejam
se daqui fàalmente.

Aqui e ali, certas que


paisagens
entre as
águas do Maiar,
por

encanto, como a do
são um
puro
o estendido por
ilhas, e
pancrnma

majestoso solar de Skhogaholm,


água é duma
léguas de terra e

tanto as nossas ve-


lembrando um
beleza
perturbadora.

casas de fazendas sertane-


lhas
sentimos a
Logo de entrada,

não fosse o teto íngreme, co-


jas,
mundo novo,
dum pela
presença
roado torrela do sino
pela patri-
Todo
marca das coisas específicas.

Há um terreiro verde em
arcai.
de bosques uni-
o cêrro é coberto

frente, casas de agregados à ban-


ruas e
dos, onde serpenteiam
por
da, um é uma
jardim que jóia,
de vi-
aldeias, rasgar.i-se
praças
moças à moda da de
província
de fazen-
Ias, alargam-se pátios
Narke, donde êle veio, andando

da recria-
da, ao sabor paisagem
à volta. Fazendas de Oktorp e

do idealizador dêste
da arte
pela
Ravlunda, com os seus
pátios
etnológico.
prodígio
onde andam
graciosos, por ga-

tem nada lem-


Skansen não que
linhas e dourados, casas
pintos

é bem se acen-
bre um museu, que
de beirais salientes,
janelinhas

Isto aqui é
tue logo de começo.
de brinquedo, de
como
paredes

locu de vários
a vida in
taipa a cal. O solar de
própria
pintadas

da Suécia, das suas


pnv debruns
pedaços madeira verde, e
janelas

características, do
vindas mais
alvadios, onde morava um dono

Dalecárlia, do
Vãrmland e da
de mina de Laxbro. Casa de rico,

de Vastcrgotland
Ostergotland, reve&-
com o forro e as
paredes

Terras de minas
a Hornborga ingênuas, os
tidas de
pinturas

e cobre, áreas da
de ferro peque- do
mesmos armários e cômodas

nesgas da
na indústria manual,
tempo da construção, aí volta
por

•zona de criação.
agrícola e
de 1673. A fazenda de Mora, tal

velho no tempo de Gustavo Vasa,


visão é a dum
A qual
primeira

de meados de 1500, com o seu


de autênticos moinhos
pelos
par
REGIONAIS 79
MUSEUS

madeira e dadas, ao som da musiquinha


cabanas de
de
grupo

coloridos, ár- leve, num de danças de


de vidros programa
janelinhas

balançando roda são um milagre de


vores da Dalccárlia que graça

duma lagoa e colorido: Kalle lilla, Kalle lilla


elas e o espelho
entre

A vai an- kom, kom, kom, Hoga berg oc/i


o céu.
copiando gente

ruas das aldeias, djupa dàlar, Fagec i roda rosor".


dando
pelas

essas igrejas de

passando por
Noutros dias, são danças
po~

vindas dos con-


séculos,
quatro dos camponeses da Da-
pulares

talvez na asa dalgum


fins do
país, lecárlia, com os seus vistosos tra-

as lindas campo-
anjo, cruzando
com vão à missa domini-
jes que

vestidos vistosos,
nesas nos seus
cal, alegres danças harmoniosas

e todo o
de tanta prestí-
graça, e vivas, nas os de
quais grupos

escandinava nos
da terra pe»
gio moças e rapazes trançam e des-

e o coração. Vale
netra o espírito
trançam coloridas como
grinaldas

de vez em
a entrar quando
pena de flores animadas. Pelo inverno

destas, onde uma


numa saletinha
ainda, ao se despovoam
passo que

XV está tor-
tecedeira do século
as demais construções, vem uma

tear, com um sorriso


cendo o seu
típica família lapônia viver na sua

o visitante; ou
feliz para
para toca de carregada do
pedra polo

de cobre res-
olhar uma
panela cantos de Skansen,
um dos
para

as brasas do fo-
sôbre
plendente aí se ajeitando à maravilha,
para

bebê enfeitado como


ou um
gão, os rigores da estação, ao
passo

de natal, balan-
üm brinquedo
no recinto das festas se ceie-
que

suspenso do teto,
no berço
çando ano as comemorações
bram cada

cantigas da ma-
ao embalo das
do Natal e do Ano Novo, a
pas-

de Farlun no mês
mãe chegada
do Solstício e a Noite de
sagem

passado. Anexo ao museu,


Walpurgis.

isso. Pela calma acha-se ainda o zoo, especialmen-


Mas não é só

che- te constituído de animais nativos,


tôda dourada, vêm
da tarde

selvagens irmãos daquele


cima do arvoredo,
patos
gando, por

andou céus da
zangarrean- pelos pátria
zumbidos de violinos que

com Niels Holgersson na sua


dum cunho especial.
do melodias

Maravilhosa, renas, fo-


Viagem
entre as aléias de
Vou pi-
por
ursos, cisnes, Para
cas, pingüins.
terreiros das ca-
nheiros,
pelos
foram construídos lagos ex-
tanto
me acho de re-
sinhas aldeãs, e

bosque fron-
tensos,
plantaram-se
vasta arena entre as
numa
pente
alargaram-se de ve-
dosos, platôs
Há um tablado ao ceiv
árvores.
adaptando-se a
especial,
getação
ao fundo, um
tro, uma
guarita
ao sabor dos recantos e das
colina

de camponeses dalecarlianos
par ilu-
evocadas, a
zonas para que
tangendo os humil-
dentro dela,
turista seja a mais com~
são do

na execução
des estradivárius
e mais viva, entre
pleta possível
secular melodia do
dalguma povo.
a sugestão da oni~
os nacionais,

o estrado circu-
E sôbre
grande
da terra natal.
presença
lar, na moldura dos espectadores,

atrativos do museu
de crian- Outros po~
uma deliciosa
grinalda

do inte- são certas casas


vestidinhas à moda particulares
pular
ças

suecas trans~
de mãos de
rior sueco, circundando personalidades
CULTURA POLÍTICA
«0

de Oslo, compreen-
de cons- Norueguês,
o
para grupo
plantadas

tudo o se relaciona
está, exem- dendo que
típicas. Aí
truções por

a velha cultura da Noruega.


com
o estúdio do Julius
pintor
pio.

êsse museu de uma seção


viveu de 1850 a Consta
Kronberg, que»

rural, coleções sis-


de urbana e outra
foi removido do norte
1921, e

mesma do mu"
sa- temáticas e a
Consta de dois parte
Djurgarden.

livre, nos moldes do


vezes de li- seu ao ar
um fazendo as
lões,

O conjunto, ocupando
de atelier, dum Skansen.
ving room e outro

vasta área, também sôbre


uma
acrescido existência
interesse pela

dominam a
uma das colinas
e trabalhos con- que
de vários esboços

com o do Os-
com- cidade,
além de uma série panorama
cluídos,

toda vista, reúne hoje


lofjord a
dos instiumentos utilizados
pleta

mais de 70.000 objetos,


da última metade
um artista para
por

90 construções antigas,
curió- além de
XIX. Outra casa
do século

na maior na
de madeira parte,
família do Dr. Arthur
sa é a da

autênticas, vindas de
maior
construída no parte
Mazelius, princí>-

cantos do A seo-
onde o todos os
do século e país.
pio passado,

contém móveis, ves-


do museu nasceu em ção
idealizador princiçal

utensílios, cerâmi-
acordo com tuários, jóias,
1833. E' mobiliada de

tapeçarias da Idade
cas, armas,
época c cheia de recordações
a

escandinava aos nossos


car- Média
do ilustre etnólogo,
pessoais

edifício, veio dias.


regadas com o
que

Surbrunnsgatean 45.
inteiro de Aall,
Seu fundador foi Hans

a entrada, acha-se ain-


Próximo de Bygdoy,
escolheu a colina
que

deliciosa casinha verme-


da uma
a dos
poucos passos grandes pa-

um café, Pc-
lha, é
que pequeno vilhões onde estão ou-
guardadas

tissan, trazido de Drottninggatan


tras arqueológicas,
preciosidades

116: construído no fim do século


famosos barcos dos vikings,
os

XVII, tem uma dependência


que o Oscberg, cons-
entre os
quais

servia como farmácia, mobiliada


no 1.000, medindo 22
truído ano

no fim do século XIX, o


quando e da mes-
metros de comprimento

café ficava em frente à Univer-


rna do teria levado os
escala
que

Técnica e era muito fre-


sidade
barbudos e louros antepassados

estudantes, os
qüêntado pelos às terras da Amé-
do rei Haakon

mesmos depois lhe custearam


que anos antes de
rica,
quinhentos

o transporte Skansen. Acha-


para
Colombo.

se lá, ainda, a casa do


por poeta

As coleções sistemáticas com-


Carl Mikael Bell-
e compositor

o Departamento de Ins~
do século preendem
man; uma casa editora

trumentos musicais, onde se


tudo o diz res-
XVIII. com que
"ex-
acham instrumentos de
populares
à confecção dum livro,
peito

interesse, uma lindíssima


uma mercearia grande
ceto escrevê-lo";

coleção de bonecas, o Departa-


aldeã, um curtume etc.

mento eclesiástico, com


pedras

tumulares, altares
Norueguês paramentos,
O Museu Popular

tempos da reforma até 1800,


dos

Departamento da Crença Pa-


No mesmo é o Norks o
plano,

Folkemuseum, o Museu Popular com figuras de


pular, palha que
X

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Skansenbiografon
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Utstallningen I SVERIGE"

Plano do museu ao ar livre. Skansen, em Estocolmo.


geral

(Cultura Política)
A do mercado, a igreja e velhas herdades suecas, em Skansen
praça

(Cultura Política^
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trajos típicos, em Skansen


do Varmland. dançando com os seus
Camponeses
(Cultura
Política)'
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useum Amlistuen

Interioi de Numdal. no museu de Oslo


popular

(Cultura Política)
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tíum. Grosfittuen fra Nu meda

museu de Oslo
Interior do vale de Setesdal, no popular

(Cultura Política)
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Uma linda casa secular, de I elcm<trk. transplantada o museu de Oslo


para popular

(Cultura Política)
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Hardanger, na Noruega
das mulheres de
Trajos típicos

(Cultura Política)
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K&as

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\ clhas casas do interior da Noruega, transplantadas


para o museu
popular
em Oslo. com os seus móveis típicos contemporâneos

(Cultura Política)
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Igreja de ano 1200. transplantada integralmente o museu de Oslo


para popular

(Cultura Política)
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llm trecho da
paisagem dc interior, reproduzido no Skansen

9 (Cultuia Folítica)
eram usadas festejos do o
.pelos estúdio de Henri^
pequeno

Natal, bolos de Natal, talismãs Ibsen, com a sua mesa de ira-

-
e demais objetos cabalisticos e balho, lâm-
poltronas, quadros,

religiosos, o museu agrícola, a


padas, um terrestre, inú-
globo

secção das indústrias domésticas, meros souvtnirs do


pessoais g€»>

com a exibição de todos os fínos nio do teatro contemporâneo.

trabalhos de toréutica, tecelagem,

Ao lado disso, as coleçfies de


bordados, rendas artes
gráficas,
Andres Sándvig, em Lilleham-
tapeçarias e tantas outras de-

mer, representam, a do seu


monstrações das artes decorativas par

interêsse etnográfico,
uma verda*
patrícias.
"Quero
I deira obra de arte.
que
A mais sugestiva
parte porém
o Outeiro de Maio, uma vez com*

é mesmo a secção ao ar livre. Ve-


dizia seu organizador,
pleto, seja

mos aqui ruas típicas,


pradnhas,
como um de casas, onde se
grupo
fazendas com o seu terreirinho

entrar e achar os verda-


possa
limpo, o de água, tanques
poço
deiros habitantes viveram
que
naturais de uma
povoados patos,
nelas".

igreja de madeira, do ano 1.000,

um cottage considerado o mais Tudo concorre essa ad-


para

velho de tôda mirável finalidade. O cenário,


a Noruega, cons-

com dois lagos, uma


traído em 1200 e veio de Rau* pequenos
que

vista ampla sôbre o lago


land, em Opdal, com a sua inseri- Mjosa,

"Porgauth
as casas velhinhas, acinzentadas
única : fifil mik
ção


— aqos às vezes sé-
casas de um e dois pelos pelos
gerpi" pa-

culos, os chalés montanheses,


vimentos, a maioria de as
umbrais

cabanas dos altos cimos, tudo


e culpidos em agradáveis moti- se

acha impregnado do sinal


vos ornamentais; tôdas elas mo- doa

tempos e da vida
biliadas de acôrdo com a época, da
pregressa

uma rural.
e outra ocupadas uma fa- população
fior

milia da região durante a


que
São ao todo 26 tasas, com a

estação de turismo toma. conta da


sua vida os seus móvéte,
própria,
casa e exibe os coloridos vestu-

os trabalhos dos homens e das-

ários locais, alguns de be-


grande
mulheres nelas viveram e vi-
que
leza como o das mulheres de Har-

vem ainda,/ bordados, tapêtes,

danger, com os seus corpetes es-

colchas
policromas pacientemente
carlates bordados a lã de côres

elaboradas, objetos de cérftmica e


variadas, colares e de
pendentifs

de metal, vidros e chapéus,


ouro e de côr, as blúsas pe-
pedras

indústrias domésticas é
duma brancura de neve como as quenas

nativas, exibidas ao visitante nas


toucas ligeiramente freiráticas,

diversas fases da sua confecção,;


cintos de metal lavrado de es-

em atelieres, onde tra-


efeito decorativo. Entre pequenos
plêndido

balham continuamente marceneí-


as variadas construções de ma-

uma ros, vidraceiros, ceramistas, tece-


deira, destaca-se casinha de

lões, dando uma da


verão, alegre e simples, yisãp nítida
que yeio

de Manstredet, em Oslo, com to- laboriosa e calma existência d^|


'

;
dos os seus internos r é tempos não voltam mais.
pertences que

IÍ6.6Í7 — V. '
*• * •- p ' • * «•*-
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«*, *>Q *'
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POLÍTICA
32 CULTURA

a revolução
dos vikings
na- no
hoje o interêsse pais
Tão vivo é

decorrente da
inglêsa,
o industrial
do
cional na que
preservação

de 1851.
inventivo exposição
artístico c
sentimento

legou à
das passadas
gerações
de artes
de artes Museu po~
as escolas
tradição, que

no Brasil
Noruega tomaram
ofícios da pulares
e

do seu en-
como objetivo
principal
museus regionais
Foram êsses
cultura escandina-
sino a antiga
"arte-
me deixaram
o escandinavos que
va, e a Associação para

a o cor-
certa idéia
como em que
tomou germe
sanato doméstico"

iria a
te- rer dos tempos pouco pou-
esses
finalidade salvaguardar

e feição
corpo
co emprestando
souros.

de se institutir
a
mais
própria:
reação foi pe-
Essa provocada
coisa
no Brasil
também qualquer
ao in-
trazidas
Ias modificações

no
gênero.
nacional pelo pro-
dustrialismo
avigorou bastan-
Essa idéia se

técnicos. Nas-
dos meios
gresso de um
a
te propósito
quando,
nova e
uma cultura
ceu assim fazer
tive de
ligeiro estudo que

vez mais na
baseada cada
rica, nossas revistas
uma das
para

com seus re-


em massa, e
números de
produção janeiro
(Vitrina,

e as suas difieul- as
ano), sôbre
cursos fevereiro dêste
próprios

sendo mais tive en-


naturais, não do norte,
dades nossas rendas

resul- com
às artes aplicadas de travar conhecimento
sejo
possível

do assun-
limi- estudioso
dessas modificações um
tantes profundo

mesmo sonho,
antigos animado do
a desenvolver os to,
tar-se

utopia, infeliz-
em fase de
ainda
of icios.

algum dia
mas sabe,
mente, quem
Para estudar êsses
problemas,
Nó-
o ilustre
realidade, professor
associação, a
foi instituída outra

brega da Cunha.
é
cujo fim
Brukskunst, principal

há dez anos,
Soube assim
industriais que
a fusão dos esforços

Nacio-
indús- a 6.*.Conferência
artísticos. As diversas perante
e

em
reunida
uma nal de Educação,,
mantêm
trias desse
gênero
de 1934,
em fevereiro
dos seus Fortaleza,
exposição
permanente
um
de apresentar
teve êle ocasião
em salas especiais,
pro-
produtos
a organiza-
formar um sugestivo para
a associação plano
curando

museus de artes
de sa- dc popula-
técnico em condições ção
corpo

bases ra-
em
da res em nosso
às necessidades país,
tisfazer pro-

coor-
aju- cionais e
série da indústria, proveitosamente
dução em

os es-
acôrdo com
a coorde- denadas, de
ao mesmo tempo
dando

na So-
feitos na Europa,
dos diferentes tudos
nar os trabalhos

e das Nações.
nas artes ciedade
artistas empregados

importância desse
ofícios. Da progra-

organizado,
ma, admiràvelmente
conjugados das
Esses esforços

com o de-
noutro artigo,
em tratarei
duas asociações permitiram

das considerações
senvolvimento
dar à arte decorativa
vinte anos

em confronr
o mesmo sugere
caráter moderno que
norueguesa um

incipiente.
to com o seu
repetindo-se projeto
e de alta
qualidade,

%
Todas aa atividades representam um
produtivas

coeficiente econômico útil à coletividade. Deve corres-

retribuição equitativa, capaz de


ponder-lhes, portanto,

assegurar existência condigna a as exerce com


quem

Estão no caso as intelectuais


proficiência. profissões

de um modo ainda não são entre nós bem


que, geral,

remuneradas. É certo a situação modificou-se


que para

melhor ultimamente. Os e os
jornalistas professores

eram os mais sacrificados salários baixos. Hoje


pelos

vivem com maior desafôgo e consideração social. Mas

devemos reconhecer têm direito a melhorar ainda


que

mais economicamente e conseguí-lo torna-se ne-


para

cessário conjugar e disciplinar os esforços de todos os

interessados.

GETÚLIO —* A Nova Política


VARGAS do

do Brasil» vol. X.

I
O
da habitação rural
problema

ADOLFO PÔRTO

está empenhado em ti fundiários


governo ricos não
que propor*

dar solução ao cionam aos seus colonos condi*


problema
O
da habitação rural, indubi- razoáveis de vida, verifica*
ções

tàvelmcnte um dos mais remos a maioria dos nossos


premcn- que

tes da nossa agricultura. A fazendeiros não está em condições


quase

totalidade dos nossos trabalhado- resolver


de com recursos
próprios

res agrícolas mora em miseráveis o da habitação higiênica


problema

choças, de chão batido, cobertas os seus trabalhadores. Ê sa-


para

de sapê, sem o menor vislumbre bido os


que juros que proporciona

de confôrto. Sem água, sem ins- a cultura da terra são sempre

talações sanitárias, feitos de muito baixos, e, mesmo


pau-
quando

a-pique e os
bar- seus alcançam bom
grosseiramente produtos

reados, êsses deploráveis alber- êste é, de fato, menor


preço, do

se afigura, deve,
são focos de doenças, ni- que em
gues pois

nhos cobrir as in-


de barbeiros, viveiros de parte, prejuízos que
pa~

tempéries e uma série


rasitas e vermes de todos de outros
os
gê-

fatores tão freqüentemente


neros e espécies, agridem acar-
e
que

retam à lavoura.
trazem constantemente compro-»

metida a saúde dos trabalhadores A agricultura vem lutando ulti-

e de suas famílias. Nossos ho- mamente com uma crise de mão de

mens do campo não estão em si- obra, sem Nunca ti-


precedentes.

tuação superior à dos mujiques, vemos braços em abundância


para

felás, e cules, consti-


pariás os trabalhos do campo, mas a
que

tuem nos respectivos os úl-


países atual escassez excede de muito a

timos degraus da escala de deser-


situação anterior à A mo-
guerra.

dados da sorte. Mas essa condi~ bilização militar, foi buscar


que

no Brasil, nem sempre cor- nas


ção, zonas rurais uma consi-
parte

responde, como naqueles a derável das nossas forças expedi-


países,

uma exploração de senhores feu- cionárias; as obras em


públicas,

dais se locupletam à custa dos os trabalhadores


que encontram
que

servos da Se excetuarmos melhores salários, além de outras


gleba.

os casos numerosos de Ia» causas


pouco de êxodo,
permanentes

I
CULTURA POLÍTICA
86

via de se
ora em
dência social
fatores
constituem os
principais
único,
em instituto
de mão constituírem
da carência
determinantes
a
seus benefícios
de
com extensão
do salário
obra, da elevação
de

e estrangeiros
todos os brasileiros
nunca antes atin-
agrícola a níveis

— ao
radicados no poderiam,
do en- pais
e, conseqüentemente,
gidos
suas reservas
invés de inverterem
da la-
carecimento dos
produtos
de arranha-céus
no financiamento
voura.
aos
fazer empréstimos
urbanos,

de explora*-
Nos dois sistemas
a longo ju-
agricultores, prazo_e

entre nós,
da terra adotados de
ção com a obrigação
ros baixos,

— e o de
o de arrendamento par- os
êles casas
construírem para

melhor
agrícola o
ceria que orçamen-
colonos, segundo
seus

obra ao fazen-
assegura mão de
e modelos
tos, prèviamente
planos
não o
deiro é o último, porque Essas
estabelecidos pelo govêrno.

seja melhor compensado


colono
de cujo material,
casas (uma parte
mas tem
porque
pecuniáriamente, etc.,
tijolos, madeiras, pode-
como

tanto mais sedutora


a
garantia fa-
ria ser fornecida pelo próprio
no interior, a
certo é
quanto que,
aos correntes)
zendeiro, preços

falta de casas constitui


problema
com material
seriam edificadas

como o dos
e angustioso
premente e, feitas
de certos impostos
isento

Mas morada
centros urbanos.
que
um re-
em série, sairiam preço
por
é todavia, mes-
ignóbil essa,
que,
Por oito mil
lativamente baixo.

atrai e fixa à terra!


mo assim, o
obter uma casa
cruzeiros,
pode-se
fazendeiro estivesse em con-
Se o
uma sala, cozinha
de dois
quartos,
de oferecer ao seu colono
dições

c banheiro.

casa, com luz, água


uma
pequena

Tomemos um exemplo, compre-


e instalação sanitária, certamente

número de
atrativo seria muito maior endendo um
Ssse pequeno

— — maior facili-
o trabalhador rural. casas 10
para
para

dade de cálculo.
Gilberto Freire, estudando o

dessas dez
da casa barata Para a construção
problema popular

Cr$ . .
— casas seriam necessários
depois de mostrar o se tem
que

O empréstimo dessa
80.000,00.
e executado nesse sen-
planejado

feito de 20
seria a
— ti- prazo
tido, no Uruguai quantia
preconiza

de 6%. Tomar-se-ia
anos e
juros
de habitação nem
pos que, por

de amortização 5% do
base
por
certos característicos
conservarem

capital, e o apli-
pagamento
de atender
deixariam
primitivos,
o sistema de amortizações
cado

higiênicos de habi-
aos requisitos
crescente e
em juros
progressão
Como seja,
tabilidade. quer que
decrescente se-
em
progressão
rural não
o
porém, proprietário
20 anuais,
ria feito em
prestações
as condições domi-
dadas
pode, uma.
iguais, Cr$ 6.520,00 cada
de

nossa economia agrá~


nantes em

Teríamos, assim, um encargo


para

o encargo da constru-
ria, assumir
ao fim de 20 anos,
o fazendeiro,

casas medianamente con-


de
ção
totalizando Cr$ 130.400,00.

fortáveis moradia
para gratuita

cada uma des~


Entretanto, as Supondo-se
dos seus .colonos* que

fosse alugada aos


e sas dez casas
autarquias de assistência
previ~
O PROBLEMA DA HABITAÇÃO RURAL 87

colonos ao ínfimo de cru- Reembolsado o fazendeiro, com


preço

zeiros 40,00 mensais, o a renda e áreas de cul-


proprie- das casas

tário receberia, ao fim do


primeiro tura, do houvesse ao
que pago

ano, Cr$ 480,00 casa, ou


por Instituto, seu estaria
patrimônio

Cr$ 4.800,00 dez o
pelas que valorizado com a incorporação

eqüivaleria exatamente a 6% sô-


dos novos imóveis, libertos de hi-

bre o capital empregado na sua

e acrescidos à sua
poteca proprie-
construção. Ao fim de vinte anos,

dade. Pode-se admitir a hipótese

teria recebido de aluguéis cruzei-

de várias casas va~


permanecerem
ros 96.000,00 e de
pago juros

constituindo isso um ônus


gas,
Cr$ 50.400,00, isto é, teria rece-

diminuirá a vantagem acima


bido mais, Cr$ . . que
precisamente,

apontada, calculamos a
45.600,00 do tinha quando
que pago.

renda de Cr$ 40,00 mensais


para

Admitindo-se cada uma


que
cada casa. Aliás, essa é uma hi-

dessas casas tivesse uma ãrea de


admissível em relação a
pótese

cultura de 2 1/2 hectares


(pouco todos os de casas,
proprietários

maior 1/2 alqueire


que geométrico nas cidades, em tôda cons-
parte,


24.200 m2) área essa é a
que tituindo o risco do negócio. Quan-

em ser eficiente- do, há escassez de oferta e


que, geral, pode porém,

mente e compensadoramente tra- excesso de é absurdo ad-


procura,

balhada uma familia de nú- mitir habitações


por que permaneçam

vazias, com aluguéis módicos.


mero médio de componentes, os

Nada se oporia, entretanto, ao


Cr$ 45.600,00 de diferença entre

ajustamento mais favorável das


e aluguéis recebidos,
juros pagos

condições do empréstimo ao agri-


divididos 20 anos de
pelos prazo,

cultor, reduzindo-se a taxa de


corresponderiam exatamente a ju-

Cr$ 2.280,00 ano, compen- ros a 4%, exemplo, ou mesmo


por por

sação mais satisfatória abolindo-se completamente os


que pela ju-

ocupação dos 25 hectares ros o não seria fato sem


(pouco que

mais 5 alqueires vemos o in-


que geométricos) precedentes, quando

destinados às casas com as res- terventor de S. Paulo anunciar a

áreas de cultura. Êste abertura de um crédito de cruzei-


pectivas

último 42.280,00 ros 100.000.000,00 emprés-


preço (Cr$ por para

ano) representa o de Cr$ 441.45 timos sem aos agricultores


juros

— dôbro dos Estado, com


alqueire mais do daquele
por pagamento

vigorantes arrenda- em longo e em


preços para prazo pequenas

mentos agrícolas, antes da De resto, tôda vanta-


guerra. prestações.

adicional se oferecesse
gem que
£ óbvio a redução ou am-
que

ao rural deveria re-


proprietário
das áreas agricultáveis es-
pliação
verter em benefício
parcialmente
taria subordinada ao número de

do colono, a redu-
possibilitando
de cada família, em con-
pessoas

do do aluguel.
ção preço
dições de se entregarem à sua la-

vra; à de É, necessário dar ao la-


possibilidade pagarem porém,

os colonos arrendamentos adido- vrador cultiva a terra alheia


que

nais ou de estenderem as áreas de uma oportunidade de adquirir, êle

etc. a sua casa com terreno.


parceria, próprio,
I

CULTURA POLÍTICA
88

nas
a hipótese antes da propriedades
guerra,
Examinemos, portanto,

de 200 alqueires
fazendeiro agrícolas para
venda da casa
de pelo

sejam Cr$ 2.000,00


cima, ou por
ao colono.

nua e inculta, te-


alqueire de terra

encargos seriam exata-


Os seus
o seguinte cál-
riamos fazer
que
à décima
mente correspondentes
culo:

das cifras admitimos


que
parte
Valor de uma casa
acima feito,
o cálculo
para global,

de Cr$ .... décima


isto é, empréstimo (a parte

cru- do total de encar-


da casa) e
8.000.00 (custo

e assumidos
dc amortização gos pelo
zeiros 5.040,00

fazendeiro com
Cr$ 13.040,00 dc
ou sejam
juros,
amortização e
ju-
satisfeitos du-
encargos a serem

ros do empréstimo,
de
rante 20 anos. em
prestações
montantes a cru-

a êsses encar-
Cr$ 652,00. Mas,
130.400,00 13.040,00
zeiros

acrescentar o
seria
preciso
gos
Valor de 1/2 al-

meio alqueire de
valor venal do

de terra .. 1.000,00
queire
hipótese inicial, pas-
nossa que.

Êsse va-
saria à sua
propriedade.
Cr$ 14.040,00
ter base
lor não porém, por
pode,

elevada, nem se-


a atual cotação divididos
Cr$ 14.040,00,
por

a lei esta-
ria ano,
justo que, quando dão Cr$ 702,00
20 anos, por

reajustamento dos
belece, o
para 58,50 mês. Ad-
ou ainda Cr$
por

com os seus credores,


agricultores
salário atual das zonas
mitido o

base as ava-
seja tomado para
por
do Rio, isto é,
rurais do Estado

anterior à data da
liações o valor

10,00 diários, o trabalhador


Cr$
lei, atribuído à
referida proprie-

em 25 dias de
mês,
do imposto ganha por
dade lançamento
para

250,00. Para ficar


trabalho, Cr$
se fôsse cobrar a um
territorial,

casa e de
de uma
seu trabalho va-
colono, pelo proprietário
que

de terra, êle teria,


excep- meio alqueire
loriza a terra inculta,
preço

apenas 23,6%
acentuar despender
cional. Devemos também pois, que

do seu salário mensal,


venda da casa não teria ca- quando,
a
que

o aluguel da casa
o fazen- nas capitais,
ráter compulsório
para

30% do or-
—• im- absorve, no mínimo,
o sem dúvida,
deiro
que,

doméstico. Note-se
numa desapropriação çamento que,
portaria

simples aluguel, como


do trabalha- no caso de
em benefício
gradual,

ao de 40
Cuba acaba figurámos acima,
dor agrário. De resto, preço

mensais, o trabalhador
à desapropriação dos cruzeiros
de
proceder

um desconto de
em telegramas sofreria apenas
latifúndios, a crer

— está
16% do seu salário o
tomando que
recentemente
publicados,

despesa com ha-


do lança- muito abaixo da
base a
por justamente

calculada determi-
Preferimos, bitação,
mento dos impostos. para

do salrio mínimo. Acresci-


a venda da nação
admitir
porém, que

cálculo de mil
ãd li~ dos a êsse
casa ao colono seja deixada juros

de meio alqueire)
fazendeiro. Assim, to- cruzeiros
bitum do (valor

apreciável será a alteração*


o valor médio do alqueire,
mado pouco
% • :Sfr* >,;r . -v 'JW^T -.W'*V . ; W f «\. ^
' -. ¦ •-¦¦•¦ V V- '*- T '
^ ^ ^Çyf ?f , i Í^VfcTjí

¦**. '• "' • ' ' *


^v " #* 'f? jj

O PROBLEMA DA HABITAÇAO RURAL 89

ser traduz si só, a reali-


Objeções diversas não
podem que por

opostas às idéias aqui despreten- dade E esta realidade


econômica.

siosamente aventadas. Uma delas em várias cidades


é enquanto
que,

é a seguinte: ocupada a terra a densidade demográfica


pelo do
pais

colono e devendo êle lavrá-la em alcança centenas


por quilômetro

seu como, então, seria as regiões de explora-


proveito, quadrado,

o da escassez agro-pecuária vivem em


Resolvido problema ção pe-

mão de obra? núria do elemento humano. A rá-


de

industrialização do
pida pais
Deve-se ter em vista o
que
ainda agravará a situação, atra-

aqui sugerido visa a uma


plano
indo as usinas e as fâ~
para para

dupla finalidade: tornar


primeiro, Pre-
bricas o homem do campo.

a casa higiênica o
possível para urgentemente de mais ho-
cisamos

colono, casa nem o


que govêrno mens aptos o trabalho, mas
para

estaria disposto a lhe dar


gratui- os trabalhos ru-
sobretudo
para

tamente, nem o tão


particular, rais. Não iremos o retôrno
pregar

em segundo lugar, visa-se


pouco; e simples à fisiocracia, mas é
puro

a atrair, sedução da casa ba-


pela mister clamar com veemência

rata e de realtivo conforto, o tra-


contra o crescente abandono das

balhador as
para propriedades lavouras. Não são de um fisio-

inexploradas, à falta de braços.


crata estas reeditam,
palavras que

com simplicidade, velhas verda-


Nos contratos de aluguel, a

des; são do sr. Fernando Costa,


condição de de serviços
prestação

um dos do
agrícolas ao locador, salá- propulsores progresso
pelos

industrial de S. Paulo:
rios correntes, seria cláusula obri-

"Friso
ou então a agrí-
gatória; parceria meus
sempre em discur-

cola seria compulsória, fome-

sos a tremenda desigualdade


que

cendo, neste último caso, o fa-

existe entre o homem da


gleba,
zendeiro, como atualmente, a se»

labuta de sol a sol, enfren-


que
mente, o arado e a terra de cul-

intempéries, no afã de
tando as
tura, sem outra remuneração
que

e o habitante das
criar riquezas,
a da colheita lhe de-
parte que

trabalha
cidades, que
vesse caber. Aliás, uma família grandes

es-
despreocupadamente,
não muito numerosa
agrícola pode quase

-
a terra de da zona
trabalhar confiante,
perfeitamente que
perando,

enquanto seu chefe leite, as frutas,


meio alqueire, rural venham o

filho trabalha a sôldo


ou um para os variados
as verduras, produtos

— no caso de
a fazenda o
que, satisfaçam suas necessidades
que

casa ou no de simples
compra da
também, o ouro de
e, que precisa

facilita o com
aluguel, pagamento,
a economia da nação".

ou »
descontos feitos semanalmente

das
É claro o
nas folhas. povoamento
que
quinzenalmente

agrícola, a
áreas de exploração

do demo-
A solução
problema
de mão de
solução do
problema
no Brasil é vital. O coefi-
gráfico
fixação do trabalha-
obra furai, a
ciente de densidade por quilôme-

amplas me-
dor ao solo, reclamam
inferior a 6, cons-
tro
quadrado,

de complexidade,
numérica, didas,
titui simples expressão grande
do ôvo
ou resolvido o
da morada ape- problema
sendo a
questão

* <jue con-
Mas* de Colombo
dos seus aspectos. glórias
nas um

os seus legítimos
de inicio acen- tinuarão com
momento, como
no

ainda apenas engros-


tuámos, é a casa pode donos. Quisemos
que

rural. voz, o côro dos


reter o operário sar, com mais uma

contra o abandono
vai- clamam
inflamos com a que
Não nos

dos campos de cultura.


ter descoberto a
dade de pólvora,
essencial e urgente:
do é
Cuidemos, portanto, que

fortalecer a sua
o
a e pais para
vencer preparar
guerra

a sua indepen-
e completar
independência política

internos de estrutura
econômica. Os
dência problemas

da ordem
Estado, de complementaçõo
definitiva do

com o
em tempo pro-
inotihiHnnal. serão resolvidos

Numa
as fôrças sociais.
amplo de tôdas
nunciamento

com
a atravessamos,
como
situação de emergência que

não é
a atender, pos-
imperativos de segurança
tantos

à livre
serenidade, apropriado
ambiente de
sívei existir

realizar obra du-


da opinião,
manifestação permitindo

isto, excetuados,
útil. Todos compreendem
radoura e

das agitações
e os saudosistas
talvez, os impacientes

demais Que
êsses não seria perguntar:
estéreis. A

vastos e tran-
Nação cm
feito e
haveis pelo povo pela

medidas ou
de vida Que pro»
pública?
quilos períodos

Seguramente,
haveis
de interesse promovido?
geral
jetos

com sofismas
ou responderiam político*
emudeceriam

chavões
os velhos e desacreditados
com
partidários,

o Povo Brasi-
A liberdade desfruta
demagógicos. que

a sua felicidade
e
leira viver, promover
para prosperar

outro atingido
nenhum pelas
não é superada povo
por

e da
dificuldades provações guerra.

Política dó
— A Nova
GETÚLIO VARGAS

Brasil, vol. X.
do
"
D. Pedro I *
Inteireza de !• V, I


4*#/ /At

HÊUO VIANA

:¥ *¥ 1 : m
»

catedrático de História do Brasil na Faculdade


Professor

de Filosofia, da Universidade do Brasil


Nacional

outras, oferecê-las à nova espôsa


as
qualidades pes-

do Proclamador da e segunda imperatriz, a


soais princesa
ENTRE

Fundador d. Amélia Augusta Eugênia Na-


Independência e

está, seguramente, a de Beauharnais-Leuch-


do Império,
poleona

tenberg. Não o fêz, sem


honestidade, freqüentemente porém,
pa-

demonstram redigir do o curió-


tenteada em atos punho
que próprio

dinheiros so documento, cabalmente


o seu zêlo públi- que
pelos

demonstra o seu cuidado em


cos. pre~

de futuras confusões os
servar

No setor da fortuna
privada,

bens dos filhos menores.


f.
foi igual a inteireza de D. Pedro

exemplo, Tiveram integral execução as


I. E' o
que prova, por

documento adiante transcrito» d.


o disposições determinadas
por

do original existente no
copiado I, ao tempo das Re-
Pedro
pois

arquivo de Francisco
precioso sempre figuraram, nos
gências

dos Santos, membro do


Marques Mordomia da
balanços anuais da

Consultivo do Patrimô-
Conselho rendimentos das
Casa Imperial, os

Histórico e Artístico Nacio-


nio
apólices ali mencionadas,
perten-

Instituto Histórico e
nal e do Pedro II e às
centes ao d.
jovem

Geográfico Brasileiro.
augustas irmãs, as
suas princesas

depois condessa de
título de dívi- d.
Trata-se de um Januária,

Paula Mariana, fale-


Áquila, d.
da, totalmente escrito
pelo pri-

1833, e d. Frandsca, mais


Brasil, em fa~ cida em
meiro imperador do

tarde de
de seus filhos, relativo às princesa Joinville.
vor

ao
pertencentes patrimônio respectivo
jóias, E' o seguinte o

e herdadas de sua
dos
príncipes

mãe, a imperatriz d. Ma-


falecida
"Tendo-Me

sido necessário
Leopoldina Carolina de
ria
Josefa

dè Casamento à
lançou Dar o
Delas presente
Habsburgo-Lorena.

e Pre-
de Minha Amada,. Querida
imperador, à falta
mão o
para,
— ¦.»
..|
. .-w
,
1

CULTURA POLÍTICA

mil cento e vinte


Dona e sete
c Senhora qüenta
sada Esposa

D. Paula deze-
réis, à Princesa
Foi-Me indispensável
Amélia,

sessenta e
nove contos setecentos
lançar de da herança
mão
parte

vinte réis, à
mil oitocentos e
tiveram sete
Amados Filhos
meus
que

D. Francisca dezenove
Princesa
em Santa Gló-
de sua Mãe
(que

e mil
contos novecentos quinze
é o restante da
ria está) e
que

vinte réis, o
novecentos e que
se tinha re-
dita herança
que já

de cen-
tudo a dita
às Damas dos perfaz quantia
e entregue
partida,

to e contos
do quinhentos
respectivos que pas- quatro
quartos,

mil duzentos e se-


sendo a oitenta e oito
saram recibo, que
parte

bem o
indispensável lançar mão réis. Hei
me foi tenta por que

da Minha Imperial
de dezoito brilhantes Tesoureiro
composta

imediatamente a
mui no valor de Casa satisfaça
grandes, quarenta

amados Filhos
dois contos setecentos vinte um de Meus
e cada

lhes Devo, em-


nove mil oitocentos e setenta réis, a metade do
que

compra de Apó-
Pingentes, Brincos em
Gargantilha,
pregando-a

empréstimos anteriores
valor de sessenta lices dos
e Pulseiras no

ficar na inte-
e trinta ao último: devendo
e um contos setecentos

data deste a três


ligência da
seis mil réis, e várias miudezas que

o restante, fazendo
meses
no valor de cento vinte e dois mil pagará

operação, e com todas


a mesma
réis, e constituindo-
quatrocentos

necessárias afim
as declarações
Me devedor da de cento
quantia

o futuro não haja


de
e contos oiten- que para
quatro quinhentos

completando em bilhe-#
enganos,
ta e oito mil duzentos e setenta

aquelas não de-


tes
de cuja totalidade cabe ao Prín- quantias que

rem a compra de apólices


cipe Imperial vinte e para
(1) quatro

Tesoureiro da Minha
o
contos seis centos cinqüenta e cin- pequenas:

Plácido Antônio
co mil e trezentos réis, Imperial Casa
à Rainha

o tenha assim
Pereira de Abreu,
de Portugal vinte contos no-
(2)

Paço da Boa
entendido e execute.
noventa e dois mil cento
vecentos

abril de 1830.
cm 26 de
D. Vista,
e dez réis, à Princesa
Januária

I."
(3)
duzentos cin-
dezenove contos

Pedro II.
(1) D.

Maria II.
(2) D. "decreto

de impe-
— Comprovando o caráter
de Imperador.
(3) Abreviatura
consta, no
— he» bem ,
expressão nêle usada por
documento, além da
rial" desse

fls. 14, feito


destinado a êsse fim, por
registro no 2.* livro
verso, o respectivo

mesma data da assinatura.


Monteiro, na
José Jerônimo
¦'

I
I
-Tlfl ' ' '
¦ • '"'"ils [U '^Ê

A criação dos territórios fronteiriços nas zonas

colindantes e de esparsa deve ser conside'


população

rada, isso» medida elementar de fortalecimento


por

e econômico. O de organização e
político programa

desenvolvimento desses Territórios resume-se em


pou*

cas sanear, educar,


palavras: povoar.

— centros de e de
SANEAR criar
puericultura

sanitária; orientar e acudir realmente,


educação por

social desvelada e completa, aos


uma assistência

de nan
núcleos esparsos
população.

— não só alfabetizar,
EDUCAR criar escolas,
para

despertar interesse trabalho da terra,


como pelo
para 9

o ensino necessário à apren*


estabelecendo
profissional

indústrias e do artesanato; en*


dizagem das
pequenas

o esforço dos habitantes dessas regiões#


fim, valorizar

remunerativo e formando cidadãos consci-


tornando-o

e dos seus deveres com a


entes dos seus direitos para

Pátria.

— a brasileiros as
POVOAR colonizar, distribuir

de modo a núcleos com*


terras ainda incultas,
gerar

sejam sentinelas avançadas da


e ativos
pactos que

estradas de ferro e rodagem,


Nação; construindo de

linhas aéreas de transporte, telégrafos


estabelecendo

ligado regiões isoladas aos


e telefones, teremos quase

e cultura do litoral e do centro*


centros de
produção

assim, o intercâmbio de todos os


facilitando, produtos

nacionais.

- A Nova Política do
GETÚLIO VARGAS

do Brasil, vol. X.

gf
Pacificação dos crichanâs

DILKE SALGADO

Redatora do S.R.E. Ministério da Educação

rodrigues lizes selvícolas, abandonados da

do Rio de humanidade, desprezados, corri"


partiu Janeiro,
Barbosa

a caminho do Amazonas, dos a bala, cheios naturalmente

a 15 de outubro de 1883. de revolta.

Chegou a Manaus, onde Não era a vez o


para primeira que

fôra nomeado diretor do Museu tentara. Baldadamente, há anos,

Botânico, a 14 de dezembro do no decorrer de 1873, o fizera


mesmo ano. Levava com êle uma regressava da exploração


quando

outra missão, tôda sua: além de ao rio


Jatapu.

vulgarizar a flora e os
produtos
Por essa época, o tinha
povo

da Província, entrar em contacto

viva na lembrança a invasão da

com os selvagens.

vila de Moura índios do


pelos

A devastação fôra tre-


Jauaperi.

Primeiras relações

menda.

com o índio

Havia Barbosa Rodri-


pouco,

Enquanto aguardava a instala-- estivera com uma tribo de


gues

índios, os uassaís, do rio Cari-


do Museu e a nomeação do
ção

mâni. Observara-lhes os hábi-


imediatamente em
pessoal, pensou

tos, e, da tribo dos


indo ao en~ julgando-os
aproveitar o tempo,

invasores, dispôs-se, ainda mais

contro do Para isso diri-


gentio.
animadamente, a ir ao seu encon-

ao da Provín-
giu-se presidente
tro. Negou-lhe o meios
govêrno

cia, Lustosa da Cunha Pa-


José
a empresa. Essa verdade êle
para

ranaguá, na esperança de o
que levou ao conhecimento,
próprio

ajudar na missão admi-


pudesse dos brasileiros na conferência da

rável era a de transportar um Exposição Antropológica do Rio


que

de civilização àqueles infe~ de em 1882.


Janeiro,
pouco

— F. 7
136.68?
98
CULTURA POLÍTICA
*

O Evangelho e a bala os índios eram maus


que porque

reagiam à agressão lhes era


que
"A
Doía-lhe o coração ante o aban-
feita, afirmara:
. ferocidade

dono e aos irmãos


perseguição do veio com a civilização.
gentio

das selvas, como êle dizia :


que, Pedro Álvares
"Pod Cabral foi rece-

am chegar ao da ci-
grêmio bido com dansas festivas. Dom

vilização ou
pela palavra pelo Pedro Fernandes Sardinha aca-

Evangelho", mas, bem ao contrá-


bou na das flechas".
"quando ponta

rio, apareciam, eram re-

Sempre os trataram com fero-


cebidos a bala e a metralha". O

cidade. De há muito, apesar das


Lustosa, sentindo o in-
presidente

tentativas em defendê-los
terêsse com o arrojado brasi- por
que

dos missionários,
parte
leiro se à arriscada mis- pensava-*
dispunha

se
persegui-los.
são, facilitou-lhe a oportunidade

desejada.
Missionários

Barbosa Rodrigues
percebeu

logo o comêço da
pretendida pa- Em 1669, frei Teodó-
quando

cif cação. Tudo assentara a fim


sio, da ordem das Mercês, che-

de a expedição seguisse em
que ao rio Negro, habitava ali a
gou

março de 1884
para Jauaperi. tribo dos arauaquis. Pouco de-

veio frei Antônio, ape-


Um imprevisto surdiu ainda pois
que

lidaram Tumare. Mas 1768


vez. em
uma

não mais existia a aldeia dos

Lustosa deixou o da
govêrno
arauquis, haviam desapare-
que
Provínc a.
cido; no rio somente fi-
Jauaperi

Barbosa Rodrigues instalava caram os crichanás.

em condições sumárias o Museu


Em 1845, a vila de Moura, fio-

da capital amazonense.
rescente e bela, começou a decair

O novo interino, ante o interêsse despertado


presidente po~ pela

rém, nada resolveu sôbre a ex- borracha. Os habitantes seguiam

o ambicionado comércio. ín-


pedição. Os

dios foram alojar-se daí em diante


Somente na administração
pro-
nas
da vila.
proximidades Quan-
fícua e enérgica de Teodoreto

do a notícia se espalhou, era tar-


Carlos de Faria Souto é vol-
que
de demais. Os habitavam
que
tou à baila a famosa tentativa do

Moura, Tanapeçaçu, Carvoeiras


botânico.

sentiram a sua aproximação. O

Souto mandou chamá-lo e ou- de uma invasão crescia.


pavor

torgou-lhe levar
poderes para
Os indios, todavia,
portavam-
avante a idéia.

se tão bem se até


que pensava que

Barbosa Rodrigues era um en~ tivessem desaparecido dali, como

tus asmado dos índios. Tinha se deduz do relatório o bri-


que

certeza de seria feliz na mis-


que Gabriel enviara em 1885
gadeiro

são ia desempanhar. ao
que Julgan- da Província, Mfc-
presidente

do com o discernimento de sua randa Correia, no afirmava


qual

larga visão intelectual, não ter notado a de sil-


pensando presença
PACIFICAÇÃO DOS CRICHANAS 99

vícolas naquele rio. É como vembro de 1864, a 3 de fevereiro


que,

supunha Barbosa Rodrigues, os de 1865, a 11 de fevereiro de

selvagens fugiam em vez de en- 1887, no lago Carinani, em março

frentarem os de 1868, em dezembro de 1871,


perseguidores.

na missão do venezuelano Gu-

tierrez, em 26 de novembro de

Em busca do selvagem

1872, com Benfica Nunes e


José

Guimarães. Foram encontros su-

Em 1854, 55 e 56 fizeram-se

cessivos e tremendos.

várias tentativas em do
procura

selvagem. Afirma-se mesmo Vingança


que

o major Manuel Pereira de Vas-

O mais sanguinolento de todos,


concelos, no intuito de colher es-

foi o se deu a 12 de
cravos as suas porém, que
para plantações,

foi em busca dos ou uai- de 1873. Às oito horas


jauaperis janeiro

miris. da manhã dêsse dia, os selvagens,

na freguesia de Mou-
penetrando
O Dias Vieira to-
presidente

ra, tomaram-na de assalto, num


mou a responsabilidade de levá-

rancor incontido, avassalador. A


los à aventura. A 29 de abril de

refugiou-se numa ilha


população
1856, Vasconcelos encaminhou-se

depois de tal acontecimento,


que,
às brenhas. Um índiozinho mal o

foi chamada Salvação. Os selva-


avistou correu a denunciá-lo aos

nem se apiedaram de uma


gens
demais, vieram enfrentá-lo.
que
criancinha os no afã da
que pais,
O contingente do major, sem o

fuga, deixaram numa rêde. Fie-

sangue frio necessário, lançou-se

charam-na ali mesmo.

em contra o Inú-
guerra gentio.

meros selvagens ficaram no cam- O mandou uma


presidente

da luta, enquanto dos bran- fôrça do 3.° de Artilharia a cas-


po

cos, devido à superioridade de ar- tigá-los.


9

mas, um unicamente ficou ferido.


Após o saque, êles se retira-

Ruminando seu ódio, esperan- ram de Moura.

do a investida com os ei-


primeira Os foram em
soldados sua

vilizados, os selvagens retiraram-


busca. A caminho os surpreen-

se das margens dos rios.


deram. Feriu-se o combate. O

Daí em diante, ao encontra- chumbo venceu. Houve tremendo

rem-se, feriam-se lutas morticínio entre os índios.


sem tré-

Ardilosamente, vingavam a
guas. impossível
De então, seria a

afronta recebida. Enquanto os


tentativa de O ódio morava
paz.

brancos os repeliam, não


perdiam en'-
no coração do selvagem. Os

os índios vaza em torturá-los.


contros redobraram-se. Os reli-

trin- a devem os índios


Os crichanás, mais de
por giosos, quem

viveram naquele ataque brasileiros não terem sido escra-


ta anos,

Ninguém vizados, tentaram em muitas mis-


e contra-ataque.
podia

tartaruga* sões, levar-lhes lenitivos aos ma-


ir mais à da Aí
pesca

o selvagem surpre- les fim de adoçar-lhes o cora-


daquele ,a
que

foi a 22 de no- O ímpeto feroz do índio


endesse. Assim ção.
100 CULTURA POLÍTICA

maltratado não confíat ouro da véspera veio requeimar


podia

a de Barbosa Rodrigues,
jamais. pele que

após as sucessivas excursões, ex-


Visita aos uaimiris

ao ardor de seus raios, fl-


posto

cara moreno
Em 29 de março de 1884, uma como um caboclo.

lancha da Marinha de Guerra, cor


Agora, as caixas das sedutoras

mandada 2.° tenente de


pelo José dádivas, com
que pretendiam

Almeida Bessa, levava a seu bor-


aproximar-se daqueles homens de

do Barbosa Rodrigues, no intuito


índole bravia e alma de criança,

de os uaimiris, como
pacificar estavam cheias de água. Era ne-

eram então chamados os índios


cessário secá-las. E isso se fêz.

do rio Acompanhavam-
Jauaperi.
A expectativa
permanecia.
nos com 11 o alferes do
praças,

11.° Batalhão de Infantaria, Ma- O antropólogo, sempre absorto

nuel Ferreira da Silva, e o conde na contemplação da natureza, lon-

Ermano de Stradelli, encarregado de aborrecer-se, via em


ge tudo,

da fotográfica, bem como não o desagradável, a monotonia,


parte

o intérprete, o índio Macuchi, mas uma oportunidade em de-


que

Pedro Ferreira Marques Brasil, veria tratar das coisas da botâ-

o capitão de fragata Rolim, dois nica, como novas espé-


procurar


maquinistas e um Manuel cies as
guia suas coleções. Ia
para

Gonçalves. aproveitando o tempo.

Ao chegar à bôca do Calango, Um fato, todavia, intrigava-o.

massoeiro, é um Por
pelo que paraná, o tardava ser
que gentio a

une o rio Negro ao rio encontrado,


que Jaua- se se entranhara

foram obrigados a deixar a tanto


peri, mataria?
pela

lancha e transportar-se em ca-

Somente um de seus
quando
noas.

auxiliares, Manuel Gonçalves,

Depois de alguns dias de via-


deixá-lo, foi êle
quis
que perce-

sem notassem vestígios beu


gem, que algo de extraordinário
que

dos indígenas, resolveram acontecera.


pernoi- Havia sido enganado

tar em terra. e caminhava em direção oposta,

enquanto o selvagem fugia em


O cansaço convidava-os ao re-

obediência a sinais do
Oeitaram-se ao relento. traidor.
pouso. guia

Pouco durou êsse sossêgo.


Apenas Manuel Gonçalves
par-

tiu, Barbosa Rodrigues


em encontrou
Nuvens catadupas tomba-

os selvagens.
ram sôbre a terra. Os
guarda-

chuvas serviram aos os


que pos-
Doente, na
floresta
suíam, ainda não haviam
pois

arranjado as barracas improvisa- Nesse dia, uma febre, acompa-

das de se valeram mais tarde. nhada de


que forte dor de cabeça,

acometeu-o.
O temporal durou a noite tôda.

A madrugada a chuva foi amai- Passava mal e não tinha


para

nando e se fêz o tem- repasto senão


quando dia uns restos de baoa~

era soberbo. O mesmo de lhau,


po sol comia sem vontade.
que De

I
PACJFICAÇAO DOS CRICHANAS 101

súbito, sentiu reanimar-se-lhe o iguais às abandonara no ca-


que

ânimo. Viu surgir ubás, minho às vésperas do encontro,


quatro

tripuladas índios, desem- ao mesmo tempo apontava o


por que que

barcaram numa ilha fronteira. refúgio dos auxiliares, dizendo-

"Carainà

lhes: con ma
Barbosa Rodrigues ordenou quecon

auquererebè tobé uaimiri tuparê


fossem abertas as caixas dos
pre-

iacó, iacó, achique" brancos


sentes sabia, havia de sedu- (Os
que,

vos São bons e desejam


zí-los. Preparando ambiente, dei- querem.

a amizade dos uaimiris).


xara alguns margens dos
pelas

rios, onde ia como


por passando,
sem temer, ante a magnífica

rastos. As
quinquilharias, pobres ousadia, os selvagens sentem-se

bugigangas coloridas, machados e


atraídos audaz civilizado.
pelo

facas, atrairiam os selvagens.


Armas às mãos, os selvagens

O cientista, em companhia do aproximaram-se, como animais

intérprete, aliás não era só o bote, os olhos fi-


que prontos para

um intérprete senão xos nos objetos.


propriamente,

uma de se valia
presença que para
Pouco a besouros,
pouco, quais
angariar a simpatia dos silvícolas,

os índios, esquecendo o
perigo,
dirigiu-se ao onde a ubá se
ponto
atrás daquilo ofuscava, atrás
que
detivera, não sem antes industriar

de uma iluálo, aproximavam-se»

os companheiros àcêrca dos ín-

fortalecendo-lhes Se os civilizados os
dios, o ânimo, porventura

não fizessem fogo, capturar, tê-lo-iam fei-


pedindo que quisessem

salvo casos especiais.


to, agora tinham
porque perdido

noção do e tomavam,
a perigo

Conversa em nheengatu

ávidos de curiosidade, os artigos

Os selvagens, logo o avis- simples, tais brinquedos com


que qtie

taram, em Barbosa
prorromperam gritos se enganam as crianças.

ameaçadores,
quebrando galhos, Rodrigues falou-lhes. Queíia ser

cegos de fúria. Ameaçavam fie-


amigo deles, dar-lhes casas, rou-

chá-lo e ao homem o acom-


que
vesti-los como êle se achava.
pas,
Barbosa Rodrigues fêz-
panhava.
Como faróis, os olhos
pardo-es-
lhes sinais significativos, a fim de

curos dos selvagens brilhavam e

não atirassem, enquanto for-


que
amorteciam, observando, entre a

o intérprete, atemori-
çava que,
cobiça e a dúvida.

zado, fugir, a transmi-


pretendia

Barbosa Rodrigues disse-lhes


tir-lhes a mensagem de apresen-

"Meceri
obterem o
tação,: ma ca- que, para que prome-
queman,

tia, deviam acompanhá-lo à outra


rainá con uepê ipotopiá tupare

margem, lá, com os compa-


maue uaimiri é pois
pin piaon" (Êste

nheiros, estavam mais objtetos.


o chefe branco vem conhe-
que

cer os uaimiris e trazer-lhes


pre- Os índios concordaram. Ao

sentes).
chegar ao indicado, os au-
ponto

Mas a ensurdecedora xiliares do ocultaram-


gritaria pacificador

continuou. Mostrou-lhes, então, se, espavoridos, entre as ár-


por

-
Barbosa Rodrigues as dádivas, vores, nas moitas, nas canoas.
CULTURA POLÍTICA
102

o intérprete esca- se dirigia substituíam-se. É


Nem sequer que

Desconfiado como sorrateiramente os selvagens se


ao terror.
pou

deixara-se ficar afas- revezavam, a fim de cada um


bom indio, que

a sua vez tomasse conhecimento


tado, armado, para pri- por
pronto

do se vinha
meira investida. que processando.

ínterim, um selvagem Não aproximação,


Nesse permitiam

agarrou Barbosa Rodrigues, isto é, repeliam a maneira de falar


pre-

nado levá-lo com êle. —


tendendo a dos civilizados bater nos om-

O destemido desbravador fêz-lhe



bros com as mãos, abraçados,

ver se encontrava adoentado,


que afabilidades ignoravam.
que

não expor-se à água.


podendo

Com suavidade evangélica, o


Propôs fossem em canoas. Acei-

falou-lhes da bênção
todos acom- pacificador
taram. Por
quererem

de Deus e dos cumprimentos dos


na mesma montaria,
panhá-lo

brancos.
esta virou e todos caíram no rio.

Custou, a fazer-lhes
à terra com Barbosa princípio,
Voltando

essas explicações, supu-


os selvagens clama- porque
Rodrigues,

"Inhi!
nham êle os
Maiá! Chubra! Ca- que quisesse prender.
vam:

churu! faca, terçado,


À com os ia com
(Machado, que
proporção

conta). naturalidade abraçando, torna-

vam-se mansos como se


gatos que
Presentes

acariciam e domesticam.

Barbosa Rodrigues mostrou- Barbosa Rodrigues


perguntou-

lhes as caixas com as ofertas, en-


lhes suas mulheres. Não
por gos-

tirar-lhe as ar-
quanto procurava
taram... Disse-lhes era
que para

mas, conquistando-lhes de início

dar-lhe Não era possível


panos.
os arcos, o lhes impediria ma-
que
buscá-las, afirmaram. Não havia

nejar as flechas.

condução tôdas.
para

Seduzidos objetos, mos-


pelos
Mudou de aspecto a
questão.
travam-se calmos, com exceção de

Barbosa Rodrigues ensinou-lhes a


três, concitavam os outros a
que

utilidade dos machados, canive-


revoltarem-se. Os minutos cor-

riam. Supondo as se tes, anzóis, agulhas, enxadas etc.


que prendas

fôssem tôdas, vendo va- Mostraram-se radiantes, a rir, a


já quase

zios os caixotes, começaram a zan- contentes, com apren-


gargalhar,

insultando Barbosa Rodri- der aquelas coisas.


gar-se,

não desanimava,
gues, que pro-
O civilizador vestiu-lhes calças,

curando convencê-los. Conversou

camisas, chapéus. Os selvagens

com êles. Responderam


que ja-
tornaram-se dóceis. Traduziram

mais falaram a um branco. Eram


haver compreendido a amizade

os da tribo, a
guerreiros prontos
dos civilizados. Passaram os bra~

defender as malocas. Caçavam


em tôrno do do cien-
ços pescoço
também.

tista, deram-lhe as mãos, numa

Mas Barbosa Rodrigues risada bulhenta, estranhos


com
passou

a notar as fisionomias a
que que guinchos.
PACIFICAÇÃO DOS CRICHANAS 103

imberbes, os índios ad- Barbosa Rodrigues aconselhou-


Quase

miravam-se do bigode de Barbosa os a irem anunciar aos demais da

Rodrigues. Queriam-no. Entris- tribo a sua estada entre êles. Iria

teceram-se não no terem tam- descansar na lancha, distância.


por a

bém. Em breve, voltaria


porém, para

cumprir o E
Curiosos, tiravam-lhe os botões que prometera. par-

tiu com alguns auxiliares.


da roupa, contemplavam-lhe as

unhas, os dedos, as mãos, os sa-


Não mais nada
possuíam para

num exame meticuloso.


patos,
comer.

Foram-se ambientando com as

Um mutum apanhado, então,

normas do civilizador.

tirou-lhes um a fome.
pouco

"Cavainá montaria, foram à


na
— Já pro-
camarará"

cura da lancha. Chovia torren-

cialmente. O rio crescer


parecia
Depois dançaram e cantarola-

"Carainá
engulir o frágil barco.
camarará! Ca- para
ram:

rainá camarará'/' cama- foguetes, como era do


(Branco Soltaram

rada! Branco camarada!). sinal combinado com os compa-

nheiros os esperavam na
Barbosa Rodrigues reafirma a que

lancha.
do coração do índio.
grandeza

De uma feita, um dêles Assim, a sexta-feira sama foi,


quando

numa curiosidade insistente, lhe como disse o Barbosa Ro-


próprio
"de

tirar os óculos, simulou drigues, forçado".


quis que jejum

lhe fizera mal à cabeça, a fim de

sossegasse. Os outros mos-


que

rodearam- Excelentes amigos


traram-se
penalizados,

no com carinho, abraçaram-no. O

índio insultoü-se o acha-


porque a lancha apareceu,
Quando

ram mau e ergueu o arco e fie-


voltaram ao lugar de encontro

cha, no foi impedido


que pelos
com os indígenas, numa
grande

companheiros. Barbosa Rodri-

rocha, à beira do rio. Êstes o re-

não inspirar animosi-


gues, para
ceberam com satisfação.
grande
dade entre êles. deu ao curioso

embarcação da
Subiram a
mais canivete trazia no para
um
que

comitiva e a cada surpreen~


bolso. passo

maquinismo a fa-
diam-se do que
Afinal, depois de se mostrarem

zia mover-se. O silvo do barco


sociáveis ante tantos agrados e

amedrontou. Riram-se do mê-


êles eram maltra- os
presentes, que

tados, escorraçados, repelidos com tiveram. Um dêles, ao ver


do
que

crueldade, desconfiados de munição, teve re->


pareciam uma caixa
"Muchuri".

e foram falar ao «Pe-


ceio. Mostrou as cicatrizes
que,

dro, o intérprete, disse-lhes, tal


em combates com os brancos, re-

como fôra recomendado, o


que
cebera. Tranqüilizaram-no.

branco era bom, ia edificàr-lhes

Os índios interessam-se
casas, desde não por
protegê-los, que

fizessem mal a mais ninguém. tudo.

*
104 CULTURA POLÍTICA

Detestavam o cigarro. Alguém crichanás, firmaram a


que paz

deu-lhes açúcar. Cuspiram. Não com os civilizados num banquete

lhes agradava também. na ilha


que, êsse
para perpetuar

fato, denominei Triunfo.


Eram vivos e inteligentes. Bar-

bosa Rodrigues ensinou-lhe os Não são mais aquêles em-


que,

nomes dos objetos. Pareciam re- boscados nas matas, esperavam

tê-los na memória. De (ato, certa a vítima imprevidente


se dei-
que

vez, o nosso antropólogo xava arrastar


perdeu boiar da tar-
pelo

um lápis. Começou a taruga. Não


procurá-lo são mais aquêles
"Perdi

e exclamou: o meu lá- assaltavam


que vilas e matavam

Um índio fêz movimento crianças inocentes.


pis!" Não são mais

de e, em seguida, achan- aquêles


procurar que beber o san-
queriam

do-o, entregou-o a Barbosa Ro~ dos brancos,


gue fizeram
que

drigues. também correr o seu em mil feri-

das. São homens de brio e cora-


Os indigenas conversavam

ção generoso, trazem seus


agora, que
confiantes. Contaram
que,
anciãos, suas mulheres, seus- fi-
outrora, habitaram as margens do

lhos de e, alegres, festejam


peito
de onde a
Jauaperi, perseguição
o branco, de recebem a
dos brancos fizera quem
os recuar
para
bênção.
o centro.

Respeitai-os agora, brancos!


Dizendo regressar,
precisar pe-
Não lhes leveis às malocas a cor-
diram levá-los à
para em
pedra
rupção, a deshonra, a escravidão.
os fôra buscar. Lá chegan-
que
Respeitai-os
sejais res-
para que
do, despediram-se,
convidando o

"eicuru", .
peitados O coração do índio é
o o
pacificador para
um tesouro! Deixai-o virgem,
banquete da
paz.
como virgens são as florestas, à

sombra das
se formam.
quais

PACIFICAÇÃO DOS CRI- Educai-os,


mas não os
profa-

CHANÁS
neis!"
(1)

II O banquete da con-

fraternização

Barbosa Rodrigues, em magis-

O banquete de confraterniza-
trai descrição, narrou-nos o
que

aproximava-se.
ção
foi essa catequese esplêndida,

assinalando o dia 14 de abril de Os convivas chegavam aos

1884, como de o Ama- com os cerimoniais carac-


glória para poucos,

zonas. teristicos.

Destacamos dali —-
esta Dentre eles Tomini
passa- (o

gem: chefe).

"Os

terríveis os trai- Descreveu-o Barbosa Rodri-


jauaperis,

çoeiros uamiris não existem.


já como um velhinho de mu-
gues

Desaparecendo, deram lugar aos rucó de festivo.


(coroa penas)

De Pacificação dos
(1) Crichanás.
\
PACIFICAÇAO DOS CRICHANAS 105

empunhando o arco e trazendo Põe-se-lhes nas narinas um cor-

um apanhado de flechas. dão de miriti encharcado em suco

de introduzido
pimenta, que, pela
Tinha as trêmulas, an-
pernas

fôssa vem ter à boca, da


çtasal,
dava com dificuldade, mas trazia

um outro selvagem com a


qual
com sua a contribuição
presença

mão o retira. Sarjavam-lhes as


da vinha de selar com
paz que

a fim de sejam ótimos


pernas, que
branco.

corredores. Cobrem os braços

Entregou-lhe as armas si-


em
com formigas botânico afirmou
(o

nal de confiança.
ter visto ,um homem mordido
por

elas os sentidos
Barbosa quase de
Rodrigues abraçou-o. perder

tanta dor), operação tem


que por
As mulheres, tendo às costas
fim fortalecer os músculos.

ou mãos os filhos, lança-


pelas

Barbosa Rodrigues analisava


vam-lhe aos frutos e beijús,
pés

os homens e as mulheres selva-


como os civilizados atiram
pétalas

sôbre seus heróis. Aquêles belos tipos, altos,


gens.

robustos, elegantes, tronco largo,


Fogueiras no meio da floresta

as espáduas mais largas do


crepitavam. que
Era o do
preparo

as cadeiras, o alto, o ventre


banquete. a peito

mãos bem feitas,


plano, pequenas,
Barbosa Rodrigues sentia
pra-
as musculosas e não muito
pernas
zer em vê-los reunidos, tão mei-

cheias, e chatos,
pés pequenos
tão dóceis.
gos,

sem concavidade nas solas, são

Transpiravam abundantemente
verdadeiros modelos de
ginastas.

causa dos trabalhos exe-


por que
O crânio é dolicocéfalo, a face

cutavam. Nenhum odor,


porém,
oval, de maças reduzidas.

exalavam os corpos morenos. Os

índios Os olhos são rasga-


são asseados. Banham-se pequenos,

freqüentemente. dos, as sobrance-


pardo-escuros;

lhas bem traçadas; o nariz meio

Notou Barbosa Rodrigues


que

aquilino; as narinas dilatadas e


se expressam com notável rapi-

chatas; dentes e verti-


dez. A voz é cristalina em ambos grandes

cais: os da arcada superior


os sexos. Reparou os homens per-
que

dem-nos muito cedo, tal-


são fortes, robustos. Observou, gastos

vez hábito de os utilizarem


não era somente o pelo
porém, que

como instrumento côcos


contacto com a natureza os partindo
que

e ossos, mastigando carnes duras


tornava fortes.

misturadas com areia. Não fu-

A da caça mam. Seu vicio é mastigar argila.


festa

Têm a bonita, macia, more-


pele

Uma cerimônia existe os no-clara ou azeitonada. As mu-


para

índios vão à caça lheres, na maioria, são baixas.


que pela pri-

meira vez. Quando se realiza Saudáveis. , Mãos e


pés peque-

essa festa, são, selecionados os nos. Coxas regulares. Rostos re-


jo-

vens mais bravos. Nessa ocasião dondos, faces salientes. Côr mo-

são os únicos não bebem. renò-clara. Bonitas,


que graciosas.
106 CULTURA POLÍTICA

¦- •* w

As meninas, atingem a Nesse ínterim, aproximaram-se


quando

adolescência, são submetidas às seis selvagens agarraram o


que

horríveis torturas das formigas e o levaram


pacificador para

sôbre o colo, a fim de se diante de uma fogueira imensa


prepa-

rarem as dores físi- no centro do terreiro.


para grandes

cas, com as da maternidade.

Em seu íntimo, Barbosa Rodri-

ia ser comido
gues pensou que

assado. Mas os selvagens senta-


A índia

ram-no da fogueira, apenas.


perto

Ferviam as
Pobre índia! O cristianismo panelas.

a mulher da selvajaria dos Os


tomou silvícolas dansavam e can-

homens elevá-la à tavam em tumultuosa alegria.


para grandeza

frágil lhe é inata, fôrça ma-


que Um mastro improvisado, a ban-

da natureza sábia ! A
ravilhosa
deira do Império fazia vibrar o

mulher selvagem, ainda não


que ardor reunindo os ir-
patriótico,

viu a cruz de Cristo, é escrava mãos selvagens e civilizados.

hostilizada, brutalizada, como tão

Barbosa Rodrigues escreveu

"Era
bem o diz Barbosa Rodrigues:
então: a nação inteira a
"Como
"contemplar
em tôdas as tribos, ela é
aquela cena. O sol-

a bêsta de carga. Ela é faz


quem dado uniformizado era abraçado

a roça, cozinha, nas


quem quem A mulher selvagem
pelo gentio.

excursões leva às costas o cesto


não temia cruzar o braço,
pelo pes-

de de viagem, redes,
provisões pa- coço do branco e êste
para passar

nelas e filhos".
o filhinho lhe dos
que pendia

seios. A fraternidade estreitava


dá à luz, o é
Quando pai quem

todos num só amplexo".


se recolhe à rêde durante um mês,

seguindo dieta e não trabalhando,


Depois, o chefe da tribo, na

a fadiga influir no
porque poderia
dos demais, falou :
"dêle,
presença
recém-nascido sòmen- "Ucueré
que
tequipumam serê teua-

te. descende"... os
Julgam que

estou velho. Não


painou" (Eu já
filhos exclusivamente
pertencem

sei se te verei outra vez. Vou


aos A mãe é apenas o saco
pais.

morrer. Se te ver, descerei;


puder
os como da expres-
que guarda,

do contrário, meu desce-


parentes
são de Anchieta.

rão. O branco é bom e os cricha-

nás não o abandonam).

Cortesia violenta

Tôda a tribo veio saudar o


pa-

cificador.
Enquanto fazia reparos e to-

mava conhecimento dos costumes Barbosa Rodrigues, correspon-

dos selvagens, Barbosa Rodrigues dendo às amabilidades, mandou

conversava com o morubixaba. vesti-los, Entreolha-


penteá-los.

Lamentou o velho índio os vam-se como se se achassem bo-


que

outros brancos fôssem tão maus. nitos. Tiraram os enfeites


qoe

Mostrou-lhe as feridas dos traziam e a Barbosa Ro~


guer- pediram

reiros. drigues colocasse êle


que próprio

/./
PACIFICAÇÃO DOS CRICHANAS 107

os brincos com Barbosa Rodrigues foi à fio-


em suas orelhas

os resta e trouxe alguns dêles à ci-


que presenteara.

dade de Manaus, hospedando-os


Reconciliação

em sua casa e levando-os a


pas-

Nada houve mais belo


que
sear ruas. A re-
pelas população

aquela obra de congraçamento.

conheceu tinha diante dos


que
"bicho".
Foi servido então o banquete,
olhos não
gente,

decorreu entre cânticos e ri-


que

Os índios são como


sos. Era tarde Bar- pessoas
já quando

nós, como todo o mundo,


bosa Rodrigues prontos,
partiu.

à defesa, direito do
própria
Aportou em Moura, a 16 de

homem.
abril, sob surprêsa dos o
que jul-

mais uma vítima dos


gavam po- Por isso, Barbosa Rodrigues,

bres e mal compreendidos homens


tendo, cumprido a obra a se
que

das selvas.
entregou o seu relato-
propusera,

Barbosa Rodrigues dirigiu um


rio ao da Província, fi-
presidente

ofício ao de local, no
juiz paz nalizando-o com as Seguintes
pa-

sentido de a de tar-
proibir pesca
lavras:

taruga no rio a fim de


Jauaperi,
"Felizmente

novo horizonte se
côbro a rixas entre brancos e
pôr

divisa nas águas do Amazonas, e


selvagens, até um e outro
que

com o tempo se harmonizassem. espero ver em breve realizada a

maior aspiração da Humanidade:


Algum tempo depois, tornaram

a repetir-se incidentes a liberdade com a lei e a frater-


pequenos

com os índios. nização com o Evangelho".


Se muito ainda nos resta combater, não é
para

evitar a derrota, mas conseguir a vitória completa


para

e obter efetivamente a reestruturação do mundo em

bases mais humanas e com o respeito à sobe-


justas,

rania de tôdas as nações, ou militar*


grandes pequenas,

mente fracas ou fortes. Cada organizar-se


povo poderá

segundo a vontade expressa meios ade-


própria pelos

à sua tradição histórica e aos imperativos da


quados

sua existência autônoma. As existentes


peculiaridades

aqui ou ali não anular os de convi-


podem princípios

vencia e de cooperação voluntária


pacifica o bem
para

Nem isolacionismos econômicos e


geral. políticos

ameaçadores, nem nacionalismo» agressivos e


guer-

reiros. Construiremos, fôrça ideais sus-


dos
pela que

tentam as nossas armas, comunidade


uma de soberanias

não se excluam e antes se completem no


que exercício

da solidariedade entre os Estados e da compreensão

entre os
povos.

GETÚLIO VARGAS —
A Nova Política do

do Brasil, vol. X. .
»

Um sertanejo
problema

COSTA PÔRTO

Diretor do D. A. C. de Pernambuco

teóricos de O drama
gabinete po- do

dem lançar seus anátemas sertanejo


OS

contra a inércia do ho-

O drama sertanejo é a
mem sertanejo. grande

falta de água.

A verdade é em nenhuma
que

Flagelo endêmico, a anular


se observará maior dose de
parte

energias e coragens, as secas


energia e vigor construtivo do

constituem o fator máximo do


na ação serena do caipira
que

desequilíbrio é
as regiões castigadas gritante que qua-
que povoa

dro normal da vida sertaneja.


do Moxotó ou do Pajeú.

As chuvas rareiam nunca


e se
Os habitantes da orla litorâ-

sucedem com mais


periodicidade
nea e aqueles exercem suas
que
ou menos constante.

atividades nas terras ubertosas

Passam-se meses e anos sem


do centro deveriam visitar os car-

se registem
que quedas pluvio-
rascais desnudos do sertão igno-

métricas, e enquanto os sóis caus*-


rado.

ticantes assolam os chapadões e

Ver a luta contínua os —


que os serrotes onde, apenas, o

vaqueiros sustentam contra a na- xique-xique, facheiro


o e o um-

tureza e o meio os repele. buzeiro constituem espaçadas no"


que

tas verdes —
secam as torrentes

A conclusão deporia em favor

dos rios. tornando ina-


grandes

do esforço o sertanejo, de-


que bitáveis as regiões desoladas e

senvolve não sucumbir à


para nuas.

força esterilizante do ambiente

Não há, destarte, fixar o ho-

o rodeia.
que
mem à terra; repele-o a ausên-
"centauro

Êsse bronco" está


cia da água, lhe não
que permite

inscrevenjdo decisiva na manter lavoura lhe


página a mate a
que

história da tenacidade brasileira. fome, alimentar um animal


que
112 CULTURA POLÍTICA

infor- estendem ao longo das vazantes


companheiro dos
lhe seja

e e a se vem
túnios. jusantes pecuária

firmando corajosamente, forte

de tudo, o serta-
A despeito

certeza de água e de
pela pasta-
nejo não emigra.

gens.

à terra combusta.
Cose-se

É a solução a economia
para
teimosia férrea, lhe dá
numa que
sertaneja.

estóico e de tresloucado.
ares de

Solução, diga-se de logo,


par-

ciai, não é ima-


porque possível
A recuperação econômica

"hinteeland"
a recuperação das zonas
do ginar

sertanejas sem as barragens ao

longo dos seus rios,


Dê-se água ao sertão, e a grandes
pai-

como o Pajeú, o Moxotó e o Brí-


sagem será um deslumbramento.

gida.
Ao seu solo feraz falta, ape-

No dia em o fe~
seiva vivificante, sur-
nas, a que, que governo

num deral tomar a si a iniciativa da


transmuda o cenário
gindo,

tarefa, está tardando,


lençol de messes. que pode-

remos saudar a aurora do res-


— mais do
Conhecendo e
que
surgimento sertanejo.
— angústia do
isso sentindo a

interventor A açudagem como so-


homem sertanejo, o pequena

traçou lução e local; as


Agamenon Magalhães parcial grandes

recuperação barragens como solução coletiva.


um de
programa

econômica do hinterland através


As reprêsas dos rios,
grandes

açudagem, e os re-
da
pequena unidas aos efeitos da
pequena

sultados o acêrto de
justificaram açudagem, fixarão melhor o ho-

sua objetiva.
política mem à terra, dando às nossas

sertanejos, atividades um sentido amplo de


Pelos municípios

financiados construção e estabilidade.


espalharam-se,
pe-

Ias cooperativas, açu-


pequenos de
E nesse dia o sertão deixará

des em cooperação, estão


que
ser um morto nos
pêso quadros

operando a renovação das fa-


de nossa economia, impondo-se

zendas.
como fôrça viva, abrirá no-
que

bar- vos rumos à história amargurada


Em tôrno das
pequenas

está surgindo todo um de um solo abandonado e esque-


ragens,

de vida: cereais se cido.


novo
quadro
Vamos agora lutar mais a fundo, empenhando a

vida dos nossos e bravos soldados nos


jovens campos

de batalha ao lado dos combatentes aliados.


gloriosos

Isto significa um acréscimo de responsabilidade nos


que

impõe a aceitação de maiores restrições nas comodi*

dades normais da existência e exige disposições cora*

enfrentar novos sacrifícios. Temos


josas para mantido

exemplar coesão e a hora é de nos unirmos ainda mais,

sobrepondo~nos às contingências transitórias e às

egoístas. está em
preocupações Quando o destino
jôgo

nacional, o futuro da Pátria, não deter-nos


podemos

em agitações estéreis e compromissos formais.


Qual-

ato ou lance dúvidas


quer palavra sôbre os nossos
que

objetivos maiores é disfarce de


quintacolunismo. O
que

urge é a vitória na e esta é a tarefa máxima.


guerra»

GETÚLIO VARGAS —
A Nova Política do

do Brasil, vol. X. %

188.«87 — 8
F.
A radiodifusão
educativa na Inglaterra

ALVARO SALGADO

a América do Norte é são radiôtelefônica em tôda a In-

considerada a da
pioneira glaterra.
SE

radiodifusão no mundo,

Em 1923, foi criado o National


cabe à Inglaterra a em
primazia
Educational Advisorv Commit-
tudo diz respeito à aplicação
que
tee, um ano mais tarde, ini-
que,
do rádio ao ensino. E é de
justi-
ciaria experiências em tôrno do
reconhecermos o rádio
ça que
rádio-escolar.

de fevereiro a 6 de março de 1920,

Em 1924, a cidade de Glasccw


nasceu na Inglaterra, de 23
pois,

utilizava a radiotelefonia o
uma estação de Chelmsford para
(1)

ensino escolar de canto, história


transmitia diários.
programas

e ciências físicas e naturais.


Entretanto, as transmissões in^

datam, oficialmente, de 14 Em 1927, o Condado de Kent


glesas

de novembro de 1922, e em ou- encarregou uma comissão de


pro-

tubro do ano seguinte o British fessores Kent Educations


(The

Postmaster General concedia .. Committee) de estudar a utiliza-

492.000 licenças uso de re- do rádio na escola.


para ção

ceptores.
O relatório dessas observações

reconheceu o valor do rádio como

A British Broadcasting

auxiliar da instrução escolar.

Corporation

Em 1928, foi dissolvido o

National Educational Advisory


As experiências de radiodifu-

Committee.
são-escolar levadas a efeito
pela

British Broadcasting Corporation


A essa época, a BBC transmi-

realizaram-se em 1923.
(2)
tia o Wieeless discussion
progama

A BBC tem exclusividade do 1.600 de ou-


groúps para grupos

Governo efetuar a transmis- vintes em tôdas as do


para partes pais.

1924, a estação de Chelmsford 5XX contava 25 kw. na


(1) Em já

antena.

1.® de de 1927, a BBC chamou-se British Broadcasting Com~


(2) Até janeiro
"Corporation".

Após essa data a


pany. passou
CULTURA POLÍTICA
116

do segundo
e 649 instituições
Central Council
O for

schools) se-
que
School Broadcasting grau (secondary

da rádio-
as transmissões
guiam

criado o Central escola.


1929, foi
Em

School Broadcasting,
for
Council ano, essas irradiações
Nesse

do
de representantes
composto história da Ingla-
constaram de:

de autorida-
Board of Education, do
impérios
terra, os
grandes

da Associa-
locais,
des escolares e folclo-
antigo, história
mundo

dos Preceptores,
Nacional vida social in-
ção história local, a
re,

Ensino do
do
das Associações os
na Idade Média,
pionei-
glesa

escolas livres
das
segundo moderna, a origem
grau, ros da Europa

da Associação
e a marinha
preparatórias, das leis na Inglaterra,

bem como
escolas normais, da
das da história
inglesa,
primórdios

da administra-
de representantes iniciação mu si-
curso de
Europa,

e local, dos
escolar central inglesa,
ção literatura
cal,
geografia,
e do Mi-
da Escócia
ciências, etc.
professores francês, alemão,

do Norte da
nistério da Educação

eram as
Muito pa-
populares
Irlanda.

viagens e música,
lestras sôbre

a esse comitê:
Competia as escolas
organizadas pri-
para

o horário márias.
1.°) Determinar para

deve
a radiodifusão-escolar, que de 1.700 esco-
1936, mais
Em

de duas horas diá-


ser em média apa-
equiparadas com
Ias foram

rias;
relhos receptores.

investigações sôbre
2.°) Fazer Escócia
Na

radiodifusão no en-
a utilidade da

das matérias do radiodifusão


sino programa Escócia, a
Na

escolar; tido também boa


educativa tem

uma metodologia aceitação.


3.°) Estudar

aplicável à rádio-escola;
A British Broadcasting Corpo-

os té- organiza emissões sema-


4.°) Resolver ration
problemas

nais as escolas escocesas.


cnicos; para

transmissões, a
Essas prin*
siste- que
relatórios
5.°) Promover

vinte minutos, ver-


cípio duravam
sôbre o rádio a serviço
máticos

sôbre fran-
savam
principalmente
da instrução;

crianças de
cês elementar
para
a e
5.°) Organizar publicidade
doze a anos.
quinze
boletins
distribuir
gratuitamente

francês, auxilia-
Um
às escolas; professor

sua esposa, ensinava, dia-


do
por
a secção de
7.°) Administrar

muita faciliadede e
logando, com

da BBC»
rádio-escolar
• aproveitamento.

Em 1936, havia na Escósia


de e
Escolcis
primeiros

1.100 escolas munidas de apare-


segundo
grau

recepção, sôbre um total


lhos de

do escolas e se-
Em 1933, havia escolas de 3.017
pri- primárias

meiro schools) cundárias.


grau (elementary

\
A RADIODIFUSÃO EDUCATIVA NA INGLATERRA 117

Por essa época, Lester Ward feitos com muita simpli-


gramas,
"But

Parker escrevia: British ex-


cidade, são dirigidos diretamente

does seem ío demons-


perience
aos meninos e obriga-os a tomar

trate definitely that some talen-

na transmissão.
parte
ted teachers, if the oppor-
given

tunity, may to be success-


prove Em 1938, a BBC organizou uma

fui broadeasters to schools."


(3) série de transmissões, discussões

BBC, improvisadas, de ele-


A reconhecendo na por pessoas

radiodifusão vada cultura. Geralmente, até o


uma técnica especial,

mesmo no domínio da momento de falar ao microfone,


pedagógico
"speakers"
"escola

rádio-escola, uma os
possui (conferencistas)

de rádio", desconheciam o tema sôbre o


onde seus funcionários
qual

iam discutir. Senhores e senhoras


engenheiros-técnicos como
(assim

iniciavam uma conversação. Mas


e artistas) estudam
professores

todos os meios de aproveitamento a estava bem de-


quando palestra

"broadeasting".

do senvolvida e num auge


próximo

de interêsse, a transmissão era


A BBC e o Britich Institute of

interrompida, afim de os ou-


que
Adult Education criaram o Cen-

vintes continuassem entre êles a


trai Council for Broadcast Adult

discussão.
Education o desenvolvimen- (4).
para

to da educação rádio.
pelo Em 1939, inaugurou-se uma sé-

A experiência britânica vem de rie de especialmente des-


palestras

longe. tinadas aos alunos das escolas se-

cundárias e aos de ouvin-


Em 1930, durante o curso de grupos

tes.
inglesa, constatou-se
prosódia que

entre os alunos ouviram as


que
O número de escolas se-
que

aulas rádio class)


pelo (wireless
emissões escolares até 16
guiam

e os não as seguiram
que (con-
de de 1939 era de 9.816
junho

trol class), houve maior aprovei-


e de Gales), das
(Inglaterra pais

tamento dos rádio-ou-


por parte
7.300 escolas elementares,
quais

vintes.
1.024 escolas secundárias e 1,492

escolas ou secundárias
Programas simples primárias

especializadas.

Os elaborados
programas pelo

A de aproveitar a
Central for preocupação
Council School Broa-

rádio-escola atingiu na Inglater-


dcasting 1936-37 constaram
para

ra tal desenvolvimento se co-


de emissões meninos de 5 a que
para

7 anos e ali de saber como se


os alunos das cias- gita poderia
para

ses elementares da escola utilizar o rádio a favor dos meni-


primá-

ria 9 a 11 anos). Êsses nos


(de retardados ou anormais.
pro-

(3) Education on the Air P. 51.


"discussion

número de na Inglaterra,
(4) O groups", no outono de 1933 era

de 690, sendo 200 foram organizados em


que Yorkshire, 192 em Northwest, 134 em

West Midlands e 129 na Escócia.


CULTURA POLÍTICA
11B

transmissões escolares da Grã-Bretanha:


um das
Eis
quadro

NUMERO DE E8COLAS PARTICIPANTES

nao sbcundArias secundaria* totais

PROGRAMAS

1937 1938 1937 1938 1937 1938

' - ' ' ' ~

3.034 3.888 246 323 3.280 4.211


História mundial

2.839 3.610 203 248 3.042 3.858


História britânica

1.801 2.290 201 258 2.002 2.548


História (atualidades)
4.216 5.290 311 396 4.527 5.686
Palestras sôbre viagens

3.062 3.418 329 385 3.391 3.803


Geografia regional

3.989 4.866 184 235 4.173 5.097


História natural

2.013 2.684 181 249 2.194 2.933


Biologia

1.637 1.919 77 94 1.714 2.013


Ciência e jardinagem
595 655 321 385 916 1.040
Francês elementar

106 119 174 205 280 324


Alem fio elementar

os V e VI 206 420 626


Francês para graus
211 307 518
Francês os graus médios
para

VI 159 488 647


Francês para o grau

V e VI 51 180 231
Alemfi para o o graus
43 169 212
Alemão o V grau
para
31 181 212
Alemfio o VI grau
para
199 206 518 624 717 830
Palestra o VI grau
para
• 2.143 41 60 1.816 2.203
escolas rurais. 1.775
Curso para

crianças 2.328 3.134 65 97 2.293 3.231


Música e movimento para

e movimento adolescentes. 2.511 3.311 85 118 2.596 3.429


Música para

instrutivos 817 973 131 178 948 1.151


Concertos

2.203 132 2.335


Música

Música elementar 2.400 147 2.547

1.243 . 101 1.344


Música II

instrutivos 1.640 123 1.763


Concertos prepararórios

1.652 2.354 103 133 1.755 2.487


Palestras sôbre atualidades....S

Inglês inferior 2.368 3.093 109 152 2.477 3.245


grau

Inglês superior.: 1.970 2.362 175 246 2.145 2.608


grau

Galés inferior 143 12 155


grau

superior 110 138 17 28 127 166


Galés grau

História Ingêls) 339 32 52 261 391


galeza (em ,219

feitas Parker escreveu:


Muitas das emissões são Lester Ward

"I

da BBC com consider school broadeasting


num dos estúdios

of the
vinte ou trinta alunos the most important
presentes, part

funetion of the rádio


os saibam educational
para que professores

os de*- in England or elsewhere."


como, de maneira either
geral,

mais estão acompanhando suas


(5).

lições.
Um inquérito

Colaboração dos
professores
Em 1942, enviámos
questioná-

rios a vários solicitando


ingleses não só países,
Os
professores

informes acerca da radio difusão-


aceitam com as transmisr-
prazer

escolar.
rádio-escola, como tam-
sões da

bém colaboram entusiàsticamente nos responde-


Dentre os
que

o aperfeiçoamento dêsse
ram, destacou-se a Grã-Bretanha.
para

novo meio de ensino. as mais


Foram suas respostas
que

for-
Os americanos reco- se estiveram às
perguntas
próprios

as trans-
nhecem o da rádio-es- muladas, motivo
por que
progresso

tal nos vie-


cola na Inglaterra. creveremos aqui
qual

the Air — P.4 5.


Education on
(5)
¦
f Yl1'

A RADIODIFUSÃO EDUCATIVA NA INGLATERRA 119

ram às mãos intennédio do terra no


por e de Gales, segun-
pais

Sr. E. E. R. Crurch, represen- do o registo do Central Council

tante do British Council in Brazil: for School Broadcasting, ouviram

lições rádio, enquanto na Es-


1.* perguntai Há radiodifusão pelo

cócia êsse número ia além de


escolar e
pré-escolar, pós-escolar

1.000.
na Inglaterra?

4.a pergunta: a sua orga-


Resposta'. Não há radiodifusão Qual

nização?
na Inglaterra, mas há
pré-escolar

emissões escolares crianças Resposta: Em 1929, a BBC or-


para

de cinco anos de idade .As irra- o Central Council for


ganizou

diações escolares abrangem crian- School Broadcasting


(do qual

de 5 a 15 anos, isto é, fazem os Advisory Coun-


ças pro- parte

seriados, desde os apro- cils and Committees) orien-


gramas para

crianças até os des- tar o desenvolvimento do serviço


priados para

tinados ao 6.° ano das escolas de radiodifusão educativa. Êste

secundárias. Conselho representa o


principal

corpo educacional, tanto da ad-


A radiodifusão educativa
pós-

ministração como dos


apresenta-se sob duas professo-
escolar

res, e tem responsabilidade direta


formas: emissões de
para jovens

sôbre certas atividades estabele-


14 a 18 anos e emissões
para

cidas, comuna verba anual e seu


adultos.

secretariado independen-
próprio,

A radiodifusão
pós-escolar para te dó controle da BBC. Esta e o

adultos é apresentada sob a. for-


Conselho cooperam nesse servi-

ma de sériadas, forman-
palestras sendo, exemplo, a respon-
ço, por

do-se, às vezes, discussões em


sabilidade dos assuntos rádio-

grupos. educacionais da alçada do Con-

2.* pergunta: as maté- selho, enquanto a


Quais própria produ-

rias lecionadas rádio? está sob a responsabilidade


ção
pelo

da BBC.

Resposta: A intenção da ra-

5.a pergunta: Quantas emisso-


diodifusão-escolar na Inglaterra

ras e são
não visa ensinar (oficiais particulares)
principalmente

utilizadas cada uma daque-


rádio, mas, antes de. tudo, para
pelo

Ias atividades a se refere a


o trabalho do que
secundar
professor

1.*
fornecer não es- pergunta?
c elementos
que

tão ao alcance da es- Resposta: Tôdas as emissoras.


geralmente

cola.
6.* pergunta: Como orienta e

os últimos fiscaliza o Estado a rádio-escola?


3.a pergunta: Quais

dados estatísticos relativos ao seu


A educação neste
Resposta:

aproveitamento?
constitui um esforço de co*
país

operação no o Estado é, o
: O aproveitamento (i.
Resposta qual

radiodifusão educativa Board of Education), as autorida-


da
pode

melhor número des locais de educação e os


ser pro-
julgado pelo

de radio-ouvintes. No ano esco- fessores são os coope-


principais

lar recentemente findo radores, e todos são representa-


(1941-

1942), 41.299 escolas na Ingla- dos no Central Council for School


CULTURA POLÍTICA
120

foi respondida.
é responsável Resposta: Já
Broadcasting, que

dos Entretanto, há, naturalmente,


direção programas.
geral
pela

no CCS rece>-
fito dessa colaboração muitas escolas
O que possuem
"broad-

fazer com o
não é que e não estão registadas
ptores que

siga a orientação
casting" escolar rá-
como ouvintes das lições
pelo

Estado, mas
desejada permi-
pelo dio.

es-
tir a radiodifusão-escolar
que

8.* Há técnicos em
direto com as pergunta:
teja, contacto
pelo

radiodifusão-educativa?
mais íntima comunhão
escolas, em

as escolas às ela está há


com Certamente
quais Resposta: que

tentando servir. em radiodifusão educati^


técnicos

va, os devem conhe-*


escolas quais possuir
7.* Quantas
pergunta:

cimentos a um tempo de técnica


de aparelhos de rá~
são
providas

de estúdio e de
pedagogia.
dio-recepção?
A luta emancipação econômica do está
pela país

iniciada com as indústrias de base e vamos entrar num

ciclo de realizações nos exigirá redobrado e


que per-

sistente esforço. Não se atinge à maioridade como

Nação sem vencer dificuldades de tôda ordem. Mas,

felizmente o Brasil, os elementos de discórdia, os


para

motivos de desentendimento interno não existem. A

evolução das relações do trabalho e do capital não

assumiu entre nós, às medidas adequadas do


graças

Governo, aspectos insolúveis, como. noutros Ao


países.

contrário, dentro de uma sadia concepção cristã estamos

resolvendo, e satisfatoriamente, os dissídios


gradativa

entre as duas fontes de


passageiros grandes produção,

mostrando a empregados e empregadores a cola*


que

boração sob a égide do Estado, em benefício su*


do

interesse da Nação, ao invés advogar


perior de.
pro-

veitos de é a mais vantajosa solução todos.


grupo para

GETÚLIO —
VARGAS A Nova Política do

do Brasil, vol. X.
Comei cio exterior do Brasil

REPORTAGEM ESPECIAL DE CULTURA POLÍTICA

Como aconteceu durante a de 1914-18, também nesta


guerra

Guerra a nossa agrícola e extrativa sofreu modificações, e


produção

desorganizações. As modificações foram fecha-


provocadas pelo

mento de muitos mercados, especialmente os europeus e asiáticos, e

os anormais dos mercados continuaram abertos, mas,


pedidos que

então em exigindo determinados foram


guerra, produtos itambém
pro-

vocadas desenvolvimento de manufaturas determinados


pelo pedindo

agrícolas e extrativos.
produtos

As desorganizações tanto da subversão dos merca»-


provieram

dos interno e externo, e da crise dos transportes terrestres e maríti-

mos, no País e o exterior, e ainda estão exigindo esfôr-


para grandes

superá-las e sanar os seus efeitos sôbre a economia,


ços para

O esforço de reorganização foi constante, e ao se aproximar o

fim da se no sentido de modificações estão trans-


guerra, processa que

formando o conjunto economico e revolucionando os de


processos

Doravante os agricultores irão trabalhando reabas-


produção. para

tecer o mundo esgotado, especialmente a Europa, faminta de alimen-

tos e matérias Vamos ter mandar uma avalanche de


primas. que

agrícolas e extrativos e de matérias o exterior.


produtos primas para

Com o desenvolvimento da nossa indústria esperamos seja


que per-

mitido à agricultura brasileira consideráveis de mecaniza-


progressos

e aplicação das ciências e métodos modernos de e só


ção produção,

assim será atendermos às necessidades do após-guerra.


possível

No nosso intercâmbio, no durante esta notamos


qual guerra

tantas mudanças, sendo a maior a crescente exportação de manufa-

turas, os agrícolas e matérias continuarão, nos tem-


produtos primas,

se encaminham a a terem a muitos


pos que para paz, primazia por

anos. Será.possível o café, destronado das alturas do


que passado,

a cêrca de meio século, não volte a ocupar a sua antiga


posição;

sempre se manteve com mais de 60% da nossa exportação


quando
POLÍTICA
124 CULTURA

30% e 40% da nossa exportação, o repre-


hoje êle está entre que

lugar. Aberto o mercado europeu, o café vol-


senta ainda o
primeiro

de exportação; mesmo não suba muito na


tará a subir na
pauta que

o total exportado é certo sua cifra


sôbre pelo país, que
percentagem

subirá: mas, subirão também as cifras do algodão, do


de exportação

fibras vegetais, das cêras e óleos vegetais, das sementes


cacau, das

fumo, das medicinais das madeiras, etc.;


oleaginosas, do
plantas

animais terão mercados reabertos, especialmente


muitos
produtos

banhas, ate..; também da indústria extrativa


couros, produtos
peles,

notável incremento na exportação; todos estes


e minérios terão um

de ao café sobre o total


disputarão os
produtos graus percentagem

manufaturas, se descerem, cederão a estes


exportado; as posições

É verdade cessar a na China, o tingue


produtos. que, quando guerra

do mercado americano-do norte de óleo e se-


virá tomar bôa
parte

também com a alguns mercados


mentes de oiticica;
paz perderemos

de manufaturas; teremos desenvolver e defen-


a exportação
para que

mercado interno, muitas das nossas fábricas


der o possam
para que

continuar a trabalhar e se desenvolverem.

vemos do café voltar a dominar o nosso iru-


Não
perspectivas

tercâmbio como no embora continuando como muito impor-


passado,

tante nossa economia. E' notória a diversificação da nossa ex-


para

ela sofrerá ainda modificações antes termine a


portação; que guerra

e depois desta; o nos convém é o sentido de diversificação


que que

continue e se mantenha, o ser se não formos ví~


que poderá possível,

timas de forças economicas venham subverter este sentido evo-


que

lutivo -da nossa exportação, é em benefício da nossa economia


que

geral.

Nos cinco últimos anos, os de do nosso inter-


grupos produtos

câmbio com o exterior foram os seguintes, ordem de importân-


por

cia:

Exortação: 1.° Gêneros alimentícios:

2.° Matérias
primas:

3.° Manufaturas.

Importação: 1.° Manufaturas e máquinas;

2.° Matérias
primas;

3.° Gêneros alimentícios.

E' na exportação, as manufaturas desçam das suas


possível que,

cifras atuais; a força maior da exportação continuará nas matérias

"in

sejam natura", beneficiadas ou transformadas, e, nos


primas, gê-

neros alimentícios. à importação, temos ainda comprar


Quanto
que

muitas máquinas, combustíveis, manufaturas, etc., mas havendo


pro-

modificações, isto é, continuaremos a deixar de impor-


gressivamente

tar muitos manufaturados e máquinas, obteremos da in-


produtos que

dústria nacional abastecer o mercado interno, em


para qualidade,

e satisfatórios. Haverá modificações nas rúbricas


quantidade preços
COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
125

de importação, mas, o total ainda crescerá; o total das matérias


primas
a^nossa indústria
para subirá; continuaremos a ser importa-
grandes
dores de trigo, azeite de oliva, vinhos
,etc.

Para termos uma concepção


da tendência real
que tomar o
pode
nosso intercâmbio
neste fim de
e no início da
guerra época de
paz,
vamos em
passar revista alguns fatos
do nosso comércio
gerais ex-

terior em 1943 e no
semetre de 1944.
primeiro

Comércio Exterior em 1943

Ao chegarmos ao ano de 1943 havíamos superado duas


já crises'

no nosso comércio exterior. A foi com os dois


primeira anos
primeiros

do conflito na Europa; estávamos adaptando o nosso organismo eco-

nômico a esta crise, surgiu a entrada dos


quando Estados Unidos na

e logo depois veio


guerra, a nossa no conflito armado.
participação

Os acontecimentos mais duros nossa economia


para se deram
quando

estávamos enfrentando a submarina no nosso


guerra litoral. Porém,

1943 decorreu com a nossa


já frota mercante navegando livremente

águas do Atlântico, mas,


pelas ainda
escolta; a nave-
protegida por

estrangeira, ainda em
gação em comboio
parte tornou-se
protegido,

mais freqüente e com capacidade crescente. Subiram as nossas tran-

sações comerciais, e a crise estava vencida no seu aspecto mais


grave.

Na economia interna as importantes modificações continuaram a ser

operadas. A indústria siderúrgica cresceu bastante, e ainda mais

crescerá vier a de
quando Volta Redonda. A indústria
produção

têxtil teve todo o desenvolvimento ao seu maquinário,


possível desen-

volvimento estimulado tanto maior consumo interno, como


pelo
pelo

comércio de exportação. Aumentaram muito em tòdo o País a


pro-

dução de minérios, a exploração de cristal da rocha e de diamante

industrial; o carvão de de 907.224 toneladas


pedra, em 1938, índice

100, subiu a 2.034.311 toneladas em 1943, índice 224. E assim

muitos outros
produtos.

O mercado interno se socorreu com todos os nacionaip


produtos

desde não importar como e


possíveis, que podia e
quanto precisava,

a nossa indústria estando melhor aparelhada em


para produção quan-

tidade e Na agricultura, embora a crise de braços


qualidade. produ-

zida corrida de trabalhadores os centros industriais


pela para e
pela

mobilização militar, os esforços foram destacados, embora bastante

crise de transportes. Na atividade extrativa,


perturbados pela a

exploração da borracha continuou, atendendo à indústria nacional de

artefatos, e, exportação de borracha, artefatos de


(matéria prima),

borracha e
pneumáticos.

Para ficar mais clara a evolução do nosso comércio exterior nos

últimos anos, damos abaixo um da em


quadro percentagem que par-

ticiparam no mesmo os 15 artigos de importação, 1934


em
principais

c 1943.
M
* #

CULTURA POLÍTICA
126

EXTERIOR DO BRASIL
COMÉRCIO

Participação das 15
percentual principais

mercadorias importadas tendo-se


por

base o valor

Em 1943
Em 1934

Mercadorias %
Mercadorias %

Máquinas, aparelhos, ferro e


Máquinas, aparelhos, acessó-

15,9 utensílios . 13,7


rios, ctc

10,2
Trigo cm 12.7
grão Trigo em
grão

Ferro e aço barras, ver-


(em 3.8
Gasolina

••••••••• 8.7
galhões)
Carvão de 3.4
pedrá
Produtos e farmacêu-
químicos

óleos combustíveis 3,2


ticos 5.4

Automóveis 4.4 Folhas de Flandres 2,1

Carvão de briquete c
pedra, Sais minerais 2.1

coque 3.6

Celulose 2.0

Gasolina 3.5

Soda cáustica 1.7


Papel e suas aplicações .... 2.3

Trilhos, cremai e acessórios.. 1.5


Ferro c aro . . 2.1
(mat. prima)

Farinha de trigo 2.0 Anilinas 1J5

óleo combustível 2.0


Lã em bruto 1.5

Querosene 1.9
Embarcações e seus acessórios U
Seda animal . . 1.8
(mat. prima)

óleos refinados e lubrificação 1.1


Celulose 1.7

Frutas Bebidas 1.1


de mesa 1.6

Total 67,2 Total 52.8

Participação das 15
percentual principais

mercadorias importadas tendo-se


por

base o valor

TABELA 2

Em 1934 Em 1943

Mercadorias Mercadorias
% %

Café 61.1 Café em 32.1


grão

Algodão cm rama .. 13.2 Tecidos de algodão 12,6

Cacau 3.8 Algodão em rama 4.7

Couros 2.7 Cacau em amêndoas 3.9

Mate 2.1 Cristal de rocha 3.7

Laranjas 1.6 Carnes vacuns em conserva .. 3.1

Carnes congeladas .. 1.3 Pinho 2.9

Fumo 1.5 Cera de carnaúba 2.6

Borracha 1.0 Mamona 2.4

Peles 1.2 Arroz . . . 2.2

Madeiras 0.8 Borracha 2.2

Castanha c/casca 0.8 Câmaras de ar e 2.1


pneumáticos

Arroz 0.7 Peles e couros em bruto .... 2.1

Carnes em conservas 0.6 Diamentes 2.1

Bananas 0.6 Peles e couros .. 1.2


preparados

Total 93,0 Total 79.9


COMÉRCIO
EXTERIOR DO BRASIL 127

Vemos na importação
em 1934, 15
que, alcançavam
produtos

67,2%^ do total importado,


e em 1943, 52,8%, o desmonstra maior
que

variação, diversificação de valores importados, menor


predominân*

cia de alguns artigos. As maiores baixas de foram so-


percentagem

fridas rúbricas:
pelas máquinas
e aparelhos, ferro e aço, auto-*
papel,

moveis, carvão de farinha de


pedra, trigo, bebidas; sendo algu~
que,

> mas rúbricas desceram


os casos inferiores
para aos 15
primeiros,

ou foram desaparecendo
até 1943, como farinha de trigo e outras;

subiu, em seu lugar, a importação


de trigo em
grãos.

Na exportação, de um total de 93% 15 mais importantes


pelos

em 1934, vemos
produtos em 1943 foi de 79,9
que a altura de
%

do mesmo número
percentagem de maiores rúbricas de exportação, o

demonstra a melhor
que distribuição na nossa balança de exportação,

diminuindo a do café, caiu


predominância de 61,1% em 1934,
que

32,1% em 1943; maior


para número de estão em
produtos posições

vantajosas de exportação. Outro fato interessante, é em 1934,


que,

o_algodão em rama representava 13,2%, segundo lugar, e, em 1943

são os tecidos de algodão estão em seguíMo lugar


que com 12,6%,

e o algodão em rama está em terceiro lugar com apenas 4,7%, Ê

claro voltaremos a exportar mais


que algodão, a exportação de
que

tecidos de algodão sofrer baixas, e o após-guerra trará altera-


pode

nestas O cacau
ções posições. do 3o. 4o. lugar, mas
passou para

cresceu de 0,1% no total exportado. O cristal de rocha, não


que

figurava entre os 15 em 1934, 1943


em aparece em 5o. lugar. Sómen-

te 5 em 1934 estavam acima


produtos de 2% do total exportado;

em 1943, 14 figuram com mais de 2% do mesmo total. A


produtos

borracha duplicou a sua em 1943; o fumo estava


participação que

em 7o. lugar em 1934, não aparece entre os 15 ém 1943,


porque

o mercado europeu, o voltará a obter. Câmaras


perdeu de ar e
qual

não existiam na exportação em 1934, em 1943,


pneumáticos, que

aparecem em 12°. lugar com 2,1%; carnes em conserva


quase que

triplicaram sua
percentagem.

Observando bem essa evolução, deduzimos a nossa econôf


que

mia, à ação do e às condições de na domi-


graças govêrno guerra,

nação da crise de e de transportes, na de merca-


produção procura

dos estavam disponíveis.

Análise do intercâmbio de 1943

As cifras do nosso comércio externo 1943 foram as se-


para

guintes:

Exportação .. Cr$ 8.728.329.000,00

Importação .. Cr$ 6.073.328.000,00

Saldo Cr$ 2.655.041.000,00

Êste foi da balança comercial.


o saldo

(
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W^pFWs1^*^: NPfP^T^W* ^,
%f'
• \

POLÍTICA
128 CULTURE

aquela
importação e exportação, porém
a
volume, cresceram
Em

300 mil toneladas, o


foi d? cerca de
o maior crescimento, que
teve

a crise de im-
unais, superando
estamos comprando
mostra que
que

da tonelada comprada
valor\ médio
aumento do
Mas, o
portação.

Como a tonelada
k>i de 15%-
tonelada vendida
18% e o da
foi de

do o da tone-
aumeko menor
mais alta, este que
vendida estava

sensível. Temos;
no entanto, batante
comprada torna-se,
lada

lor de tonelada vendida:


tonelada comprada:
Valor

Cr$ 2.818,00
Cr$ 1.547,00
1942

,Cr$ 3.237,00
Cr$ 1.839,00
1943

do Norte con~
importação da América
da nossa
A
percentagem

importado, em-
foi de 62% do^tal
de 1942, e
servou-se a mesma

os suj-america-
maiores. Com
as cifras de valor sejam países
bora

22% 26%.
importado de
aumento para
nos tivemos um percentual

no Brasil aumen-
América do Norte
as compras da
Por outro lado,

exportação total.
na nossa
47% 52% em
taram de percentagem
para

menos, e sua
nos comprou par-
A América do Sul
pèrcentualmente

a nossa expor-
18%, diminuiu
de 23% porque
ticipação para
passou

e outras manufaturas»
tação de tecidos

comprador na
Unidos, o nosso
os Estados principal
Vemos
que,

maior comprador em
sendo o nosso
do Norte, continuam
América

do Sul, a Argentina
vendedor. Na América
e o nosso maior
geral

e o maior
14% da nossa exportação,
maior comprador, com
é o nosso

Como nossa exportação


da nossa importação.
vendedor, com 19%

diferença^ te*
embora aquela
maior do a importação,
é em valor
que

os Estados Unidos
a Argentina. Com
apreciaveis com
mos saldos

mais de um bi-
em 1943 foi de
também saldos,
temos que
grandes

lhão de cruzeiros.

um comprador destacado
continua sendo
A União Sul-Africana

este mercado é
a mas, com possível que
descobrimos com
guerra;
que

continuar
no entanto,
mude nossa poderemos
o após-guerra posição;

manufaturas baratas,
freguês, não só em
abastecedores deste
sendo

madeiras, matérias
alimentícios, carnes,
como também em
gêneros

é a de 10.°
atual da União-Sul-Africana
,etc. A
posição
primas

os nossos com-
o 4.a lugar entre
fornecedores, e
lugar entre os nossos

pradores.

intercâmbio diri-
de metade do nosso
tínhamos mais
Em 1934

do nosso comércio
1943 temos mais de
a Europa; em %
gido para

mudança realizada
americanos. Esta
externo com os grande
países

da nossa eco-
a capacidade de adaptação
demonstrou
pela guerra,
e ma-
mais de matérias
a ser fornecedores primas
nomia. Passamos

de monoeul-
da nossa caraterística pais
nufaturas, e nos afastamos

o volume
isto é, embora
mais a nossa
tor, diversificando produção;

café, ca-
do
na exportação, especialmente
dos alimentícios,
gêneros
COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL 129

cati, etc., o nosso crescimento de intercâmbio foi nos setores de ma-

térías e manufaturas.
primas

Nossas compras, no entanto, continuam sôbre os


girando grupos

mais importantes de metalúrgicos


produtos e siderúrgicos, combus-

tíveis, máquinas. As modificações a trouxe o nosso


que guerra para

intercâmbio indicam, até certo o sentido das modificações


ponto,

no após-guerra, as
que perdurarão devemos nos
para quais prepa-

rar, reforçando, em lugar, a fortaleza


primeiro do mercado interno,

dando-lhe sobretudo transportes, a nossa evolução


para garantirmos

industrial, sem comtudo, abandonarmos no mercado externo as


po-

sições conquistamos as nossas manufaturas;


que para contrário,
pelo

deveremos lutar mante-las, embora com dificuldades. Não se


para

negar o de transformações economicas


pode que, período esta-
que

mos atravessamos, modificou as nossas de fornecedor e


já posições

de comprador, em e em certos casos, modo


de definitivo. Es-
geral,

tamos marchando a industrialização completa,


para um
possuindo

enorme de matérias um imenso


potencial território, mercado
primas,

interno de importância capital e em desenvolvimento, com


possibili~

dades de mercados externos de alcance relativamente fácil. Mas, as

de organização e de defeza inteligente dos nossos interes-


questões

ses vitais no comércio exterior, serão de importância


grande para

mantermos a econômica nos convém.


posição que

Comércio Exterior em 1944

Não analizaremos aqui, em a de um


particular, posição produto

importado ou exportado. Estamos dando um aspecto


geral, para

marcarmos a tendência vamos seguindo. Esta tendência, verifi-


que

cada em 1943 e. em anos anteriores, vem se no mesmo


processando

sentido em 1944: a defesa de nossa economia dentro das contingên-

cias da e sua ultimar a independência eco-


guerra, preparação para

nômica. Como o Brasil, muitos do continente americano estão


países

se industrializarem na medida do no sentido de


procurando possível,

uma certa auto-suficiência não agressiva, mas defensiva. Esta cor-

rida tem os seus choques e lutas de interesses em constante função

contra aqueles interesses os latino-americanos


que queriam países

sempre em agrícola, extrativo e colonial. Não


pauperismo podemos
'manter

ilusões a respeito das competições vamos ter frente,


que pela

nos mercados com a conquistamos a nossa manu-


que, guerra, para

fatura. à industrialização dos irmãos das Américas,


Quanto países

nossa é de ajuda, e nunca de entrave. Mas, comercialmente


posição

falando, teremos concorrer com aquela aspiração a indus-


que para

trialização, sem estorvá-la; concorreremos enquanto e nos


pudermos

convier. Concorreremos também com os éuropeus e ou-


produtores

tros. E' aperfeiçoando a nossa manufaturara,


natural que, produção

nos habilitemos a defesa do conseguimos como merca-


para que já

dos, e a conquista de outros.


para

186.687 —
F. 9
CULTURA POLÍTICA
130

mais dc tais
1944 nos ainda perspecti-
O ano de põe próximos

um rumo não traga desas-


necessidade de seguirmos que
vas, e da

um caminho, como esta-


intercâmbio. Traçarmos
o nosso
tres
para

e em conferências internacionais,
no âmbito nacional
mos realizando

e capacidade de organiza-
nossa madureza econômica
demonstra a

aprofundarmos e desenvol-
ainda a fôrça e razão
cão. Cresce para

sua capacidade aquisi-


interno, elevando a
vermos o nosso mercado

ligando as nossas regiões econô-


os seus transportes,
tiva, ampliando

micas mais importantes.

Primeiro Semestre de 1944


Análise do

exterior no 1.°
aspectos do comércio
agora alguns
Examinemos

representaram 79%
1944. Doze mercadorias
semestre de principais

mais do em
O café subiu a 38%, que
do total exportado. portanto,

3%, o arroz 2%, o açu-


o cacau atingiu a
de 1943;
igual
período

de alimentícios,
do
car 2%. Êstes produtos, grupo gêneros
quatro

Cr$ 2.242.957.000
total exportado, somando
tomaram 45% do

mesmos atin-
do ano estes produtos
e no mesmo semestre passado

folga de navegação é o
1.434.225.000,00. A
a sona de Cr$
giram

alimentícios, e o
tal aumento nos
maior desponsavel genêros
por

começa a tomar movimento.


mercado

lugar os tecidos de al-


manufaturas, está em
Entre as primeiro

logo de-
o segundo lugar na exportação
ocupam geral,
godão, que

O ter-
representando Cr$ 442.569.000,00.
do café, com 9%,
pois

de 1944, está ocupa-


do semestre
ceiro lugar na exportação
primeiro

de 7%; assim,
Algodão em rama,
do matéria que passou
pela prima.

nos dá mais de
algodão e rama)
como no ano o
(tecidos
passado,

a um consumo
exportação, além de atender
16% da nossa grande

a assinalar a cera
matérias temos ainda
interno. Entre as
primas,

3%, bor-
4%, cristal de rocha com 2>]A %,
de carnaúba, com pinho

com menores
couros 2]/2 e outros
racha 3%, e %> produtos
peles

cerca de 26%
formam uma exportação de
os citados
percentagens;

no mesmo semes-
do total, valendo Cr$ 1.268.542.000,00,
quando

de 22% e valendo Cr$


de 1943 representavam cerca
tre

1944 a soma de
exportámos em 6 meses de
811.425.000,00. Afinal,

a mais do
4.993.489.000,00, sendo Cr$ 1.271.824.000,00 que
Cr$

foi 1.239.332 to-


ao volume, de
em 1943, mesmo sem êste. Quanto

mais do em igual
sendo 174.236 toneladas a período
neladas, que

de 1943.

aparelhos e uten-
agora a importação. As máquinas,
Vejamos

4%;
16%; os veículos e acessórios
sílios têm o lugar com
primeiro

mais de
2%; trilhos, cremalheiras e acessórios
as folhas de Flandres

o valor importado de Cr$ 822.488.000,00,


1%. Estes artigos somaram

mais do em igual
cêrca de 300 milhões de cruzeiros a período
que

de 1943, e representando 23% do total importado.


COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL 13!

Entre as matérias
importadas,
prima$ temos, ferro e aço em

barras, vergalhões, chapas, tiras etc., com 4%; carvão de


pedra
2 2y2%\
A%i gasolina celulose fabricação
para de 2%; óleos
papel

combustíveis e lubrificantes
3%. Representam estas mercadorias 14%

do total importado,
somando Cr$ 501.074.000,00,ou,
seja Cr$ ..

87.500.000,00 a mais do no
que semestre de 1943.
primeiro

alimentícios, está
gêneros o trigo em lugar, com
primeiro

%t£o 2.° lugar na importação


/2 logo depois das máqui~
geral,

nas; em seguida dá-se um salto as bebidas com 1


para % e alguns

outros
em menor escala.
produtos Estes dois representam
produtos

16% valendo Cr$ 562.066.000,00,


seja, Cr$ 204.090.000,00 a mais

do nos seis
que ditos meses do ano
passado.

Afinal, os doze
principais importados dão
produtos uma
per-

centagem de 52% do total.

O valor total da importação do 1.° semestre de 1944 atinqiu

Cr$ 3.561.023.000,00
ou Cr$ 1.157.278.000,00
a mais do em
que

1943, 1.° semestre.


Quanto ao volume, temos 1.828.975 tonela-

das, isto é, 375.938 toneladas a mais do em igual


que período em

1943. O saldo da balança comercial de a de 1944


Janeiro Junho foi

Cr$ 1.432.466.000,00.
Percentualmente,
ao volume,
quanto o

movimento de intercâmbio foi superior em 1944, no 1.° semestre, ao

de 1943, de 26% na importação


e 16% na exportação;
ao
quanto

valor, o aumento foi, em igual em 1944, de 48%


período, na im-

e de 34% na exportação.
portação,

O valor médio da tonelada, em


de 1944, foi de
janeiro-junho

Cr$ 4.029,00 na exportação e Cr$ 1.947,00 na importação,


o
que

dá um aumento sôbre 1943, semestre, de Cr$ 293,00


primeiro
por

tonelada importada, e Cr$ 535,00 tonelada exportada. O au-


por

mento
da tonelada importada foi
percentual de cêrca 18% em vlaor,

e o da exportação foi de 15%.

Esta análise nos dá uma visão do movimento


grande e das mo-

dificações importantes vae sofrer o nosso intercâmbio


que au se apro-

ximar a O conhecimento bem familiar


paz. e detalhado deste assun^

to nos na direção do nosso


possibilitará, comércio exterior, a com-

Dreensão das medidas deveremos tomar, imprimir-lhe


que para um

x>m rumo, consultando os interesses das classes nele envolvidas e

os da nossa economia
geral.

Novos como, vidro


produtos, plano, papel para jornais, pneu-

máticos, etc. estão marchando franca no


para com a
produção país,

dupla tendência de sair da da importação e entrar


pauta na de ex*-.

Por exemplo, os
portação. e artefatos de borracha,
pneumátiços
que

antes sempre importávamos num valor médio total de 40 milhões de

cruzeiros ano, sendo em 1939 importámos 53 milhões


por que, de

cruzeiros, começámos a exportar os mesmos em 1940, com apenas

149 mil cruzeiros; e, em 1942 importámos somente Cr$ 2.300.000,00,


CULTURA POLÍTICA
132

25 vezes mais, isto é mais de 54 milhões de


exportámos cêrca de
e

1943 exportámos mais de 140 milhões de


em 9 meses de
cruzeiros;

três vezes a nossa maior importação do


isto é, cêrca de
cruzeiros,

menos de anos invertemos os


vemos em papéis
que, quatro
passado;

matéria e 124 fábricas traba-


artigo, o temos
neste qual prima
para

irá sendo também verificado outros


Tal fato ser e para
lhando. pode

artigos manufaturados.

Observação sobre mercados

do nosso estão muito


atual, os mercados pru-
No momento país

às compras no ex-
até retraídos
dentes, e em certos quanto
pontos

de momento de transição na
Mas, é fenômeno momentâneo
terior.

a evolução da impõe
fim ano. E' verdade guerra
e de de que,
guerra,

trarão a cessação das hostilida-


devido as modificações
cautelas, que

funcionamento. Agora os
a entrada de mercados em preços
des, com

estão baixando, mas, sem


a importação precipitações, procurai
para

O estacionamento dos
certo, e cedo encontrarão.
do um nível
que

tendência a retomar
espera, se realizará com quase
como se
preços,

os acontecimentos con-
alta normal, se
imediatamente uma
pequena

e se não houver maiores


evoluir no mesmo sentido, per-
tinuarem a

em certas mer-
suportamos. Na medida
turbações as que
que que já

a baixa continue, de~


a aparecer e
cadorias importadas comecem qtíe

o odioso mercado
todo o alimento e oportunidade
saparecetá para

e a escassez da
a necessidade do consumidor
negro, com
que joga

e seus apa*-
medidas de controle do
mercadoria, e contra as govêrno

irá se animando, so-


do mercado. A exportação
relhos de regulação

serão muito controladas,


a Europa, mas, as compras
bretudo
para

dos ou controla-
feitas através de aparelhos
muitas serão govêrnos,

desastrosos ou calamito-
estes aparelhos, evitar
das para preços
por

des-
aquisitiva de empobrecidos
sos a capacidade pelas
povos
para

em ação neste sentido,


Desde a UNRRA está
graças guerreiras. já

na medida em
imenso a da humanidade,
e fará um bem parte
grande

cumprir as suas finalidades.


que:

vista da vitória
de transição a em
Este fim de ano e paz,
para

o ano
logo comece
detendo as compras, que
.está porém,
próxima

um vigo-
ficarão mais firmes, despertando
as„ transações
próximo,

irão tomando anima-


a importação e a exportação
roso intercâmbio;

os estoques serão renovados.


ção,

com-
a sentir o mercado brasileiro pelos
Começa-se procurado

;
futuras, na medida
europeus, operações
e vendedores para
pradores
<
das conseqüências da
irão ficando livres proximidade
em eles
que

suas com- I
Inglaterra intensificar
de combate. A
das linhas procura

terrível 1
na
também vender o
de muito e que pode,
que precisa,
pras,
Itália e í
teremos a França,^a
em se acha. Com
situação que pouco,

intercâmbio. m
as bases de novo
começando a lançar
outros
países
COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL 133

Certamente voltarão as facilidades


de créditos e de
pagamentos,

os etc. A concurrência
prazos» européia
comjprar e, sobrêtudo,
para

encontrará o comércio
para §vender, americano do norte bastante forte

entre nós. Mas, tal concurrência logo começará e é os


possível que

americanos tenham mudar


que melhorar exigências, e,
processos,

mesmo assim» é natural tenham de ceder


que O nosso velho
posições.

comprador e vendedor inglês, com séculos de experiências de impor**

tação e de exportação, com


grande posições, profundas preferências,

e clientela segura
poderoso prestígio no nosso mercado, com a segu-

rança e severidade de compromissos tanto destacam o comércio


que

britânico, virá a retomar as suas antigas,


posições bem asseguradas

através de tôdas as crises, seus clássicos métodos de


por transações.

E assim outros freguêses menos forte atingir os seus an-


procurarão

tigos no nosso intercâmbio,


postos e se adaptarem às novas condi~

e exigências do mercado
Ções brasileiro de após~guerra, mercado
que

tanto evoluiu e tantas alterações vem sofrendo dentro da nossa


pró*

evolução econômica.
pria

Nós temos também a defender contra os dumpings


posições c!

manobras dos
tnists ainda ficarem, depois da revolução
que esta
que

representa, e, vamos entre


guerra os concurrentes de venda e
jogar

de compra. mais fizermos o nosso


Quanto o dos nossos
jogo, jogo

interêsses vitais, e menos formos vítimas ou instrumento


quanto do

alheio e de interesses argéntários,


jogo melhor será nós.
para

Em um surto de
geral, se anuncia o nosso in*
progresso para

tercâmbio; não somente volume e valor do intercâm-


progresso pelo

bio, mas, sobretudo, substancial, no sentido dos interesses da coleti*

vidade, melhor divisão das atividades, melhor distribuição da rique-

za, orientação da afim de evitar a superprodução falsa,


produção,

mais do subconsumo; no
proveniente sentido de dar a todos
progresso

reais oportunidades.

Precisamos comprar e vender muito. Vamos comprar muitas

máquinas refazer e ampliar o nosso industrial e o nosso


para parque

sistema de transportes. Temos 500 milhões de dólares dos Esta-


dos Unidos, em compras de utilidades, sobretudo


para gastarmos

bens de dos estamos famintos,*


produção, ràpida~
quais gastaremos

mente aquela e outras mais, com resultado nossa


quantia grande para

economia, logo a indústria americana e nos for-


que possa produzir

necer os de
produtos paz.

Com o renovamento, ampliação e articulação dos transportes in-

ternos rodoviários e ferroviários estão se


que processando, podere-

mos e vender ainda mais todo mundo, teremos


o saldos
produzir para

nossas compras de máquinas e material às indústrias e


para pára

transportes. Por outro lado, a nossa indústria renovada em suas má-

e aparelhos, e crescente, estará sempre mais apta nos


quinas
para

fornecer máquinas industriais e agrícolas melhorarão a nossa


que

produção, e todos os aparelhos e acessórios de transportes o


para
CULTURA POLÍTICA
134

está o nosso ambiente


E' êstc o previsto para
interior. quadro que

econômico.

e oportunidades neste estamos di-


Postas as pé,
possibilidades

de organização, resolvidas,
de vultosas e que,
ante graves questões

nossa e in-
nosso favor a atividade da
transformarão a produção

de e com
fazendo com produtores primários
tercâmbio, que passemos

de bens de e con-
métodos semi-coloniais, produtores produção
para

afim de liquidarmos o nosso


com valores aproveitados pau-
sumo,

e aumentarmos a nossa
nível de vida do nosso
o baixo povo,
perismo,

temos avançado neste sentido,


aquisitiva cápita.
capacidade per Já

iniciado nossa economia.


no ciclo cjue está
mais avançaremos para
6

mais a humanidade, ajudan-


nosso serviremos
Com o
progresso

econômica estamos
crise e que
a se refazer da guerreira
do-a grande

esperamos uma vida


mundo, depois da
em todo o qual
atravessando

melhor.
Depois da tempestade abala o mundo, fazendo
que

tremer nos seus alicerces impérios, devemos


grandes

esperar dias de bonança recomposição


e
pacifica.

A cooperação e a solidariedade entre os


grupos

sociais, dentro de mesma


uma nação e das nações entre

si, operarão, sem dúvida, substancial acréscimo de

bem-estar e maior
prosperidade número de seres
para

humanos.

O Brasil, tanto no campo das relações inter-


que,

nacionais como na solução dos de caráter


problemas

interno, foi sempre das soluções amistosas, do


pioneiro

arbitramento, da concórdia de classes, terá oportuni-

dade de auxiliar a reconstrução do mundo e colaborar,

todos os meios ao seu alcance, no


por retorno das

nações civilizadas aos largos caminhos do direito e da

justiça.

Para essa missão de enorme responsabilidade é

vos conclamo — chefes


que de indústria, operários,

agricultores —
todos nesta abençoada terra
quantos

e vivem do trabalho honesto, acreditando


produzem

no após~guerra, daremos o exemplo


que, de um
povo

organizado, dono dos seus destinos, criador do


próprio

fiel aos ideais cristãos de fraternidade.


progresso,

GETÚLIO VARGAS - Política


A Nova do

do'Brasil, vol. X.
Um mês de realizações

governamentais

Outubro de 1944

REPORTAGEM ESPECIAL DE CULTURA POLÍTICA

Novo contingente da Força Expedicionária Brasileira

Desembarcou na Itália, em outubro último, novo contingente da

Fôrça Expedicionária Brasileira. A viagem correu regularmente, sem

acidente algum, chegando todos os soldados em forma ao


perfeita

termo da e sequiosos de enfrentar o inimigo. Foram


jornada então

divulgadas as cerimônias da dêsse novo e importante comboio


partida

de expedicionários, sabendo-se ocasião do embarque, o Pre-


que, por

sidente Getúlio Vargas compareceu levando suas des*-


pessoalmente,

e o estímulo de sua aos bravos defensores


pedidas da Pátria.
palavra

Êsse do Chefe da Nação foi


gesto acolhido com a maior simpatia
por

da tropa, recebeu igualmente a visita


parte que de d. de Barros
Jaime

Câmara, Arcebispo do Rio de Na sala de comando do trans*-


Janeiro.

de norte-americano, conduziu fôrça


porte guerra a brasileira, via-se
que

o retrato do Presidente Vargas, ao lado da bandeira americana, numa

homenagem expressiva ao Chefe da Nação Brasileira.

O embarque, realizado à noite,, na maior ordem


processou-se pos-

sível, muito contribuindo isso o espírito de disciplina da tropa.


para

Todos os oficiais e ansiosos aos seus


praças, por juntar-se patrícios

em luta nos campos de batalha da Europa, apercebiam do momento


se

histórico estavam vivendo. novo levou


O contingente como co-
que

mandantes os Cordeiro de Faria e Olímpio Falconière da


generais

Cunha.

O regresso do Ministro da Guerra

Depois de haver visitado a frente de batalha na Itália,


pondo-se

em contato com os soldados brasileiros, e haver estado em Londres,

onde foi muito homenageado Govêrno inglês, regressou ao Brasil


pelo

o Eurico Gaspar Dutra, Ministro da Guerra. Sua viagem à


general
138 CULTURA POLÍTICA

correu da melhor maneira e dela nos deu conta, em


Europa possível

minucioso relato^ o Coronel Bina Machado, na Hora do Brasil, e. em

reportagem o Sílvio Fonseca, enviado especial da


excelente jornalista

Agência Nacional, à Fôrça Expedicionária Brasileira. O Mi-


junto

nistro da Guerra teve oportunidade de ver de a situação dos


perto

nossos soldados na ofensiva se na Itália, tomando


grande que processa

tôdas as medidas nenhum elemento de êxito lhes faltasse.


para que

Suas impressões foram as mais lisonjeiras. Os brasileiros


primam pela

disciplina e combatividade. Por todos os motivos nos devemos


pela

orgulhar da relevante estamos tendo nesta


parte que guerra.

Por ocasião do, seu regresso, o Ministro da Guerra teve a mais

efusiva recepção nesta cidade.

A Semana da Asa

brilho realizaram-se, em outubro último, as festivi-


Com
grande

da Semana da Asa. Entre as diversas cerimônias, des-


dades podemos

inauguração do moderno hangar Tenente Possolo, doado


tacar a pelo

Ministro da Aeronáutica ao Aerocuble do Brasil.

A Escola de Aeronáutica

Pelo Ministro Salgado Filho foram aprovadas» dada a urgência

de entrarem em vigor, as novas instruções o funcionamento da


para

Escola de Aeronáutica. De acordo com elas, a referida Escola


passa

ser o estabelecimento militar de ensino superior destinado a formar


a

os oficiais a Fôrça Aérea Brasileira. Para atingir esse objetivo a


para

instrução deve ser orientada de maneira o acesso ao oficialato


que

seja apenas aos cadetes tenham demonstrado


permitido que possuir

as de aptidão cultura e caráter, indispensáveis


qualidades profissional,

ao exercício da referida função.

O curso terá como finalidade aos cadetes o seguinte:


proporcionar

a cultura constituída conhecimentos básicos, fundamentais


geral pelos

científicos necessários ao subseqüente do oficial; a instrução


e preparo

militar destinada a moral, cívica e fisicamente e dar-lhes


prepará-los

enquadramento militar e os conhecimentos necessários ao exercício

das funções de oficiais da Fab; a instrução aeronáutica, destinada a

assegurar-lhes a cultura e a de militar


profissional prática pilotagem

indispensáveis. Uma das inovações a assinalar é a criação do curso

de um ano, tendo fim dar aos alunos a base de conheci-


prévio por

mentos fundamentais e a moral, física e militar, os


preparação que

capacitem à realização do curso superior. O curso compreen-


prévio

' —
derá o ensino das seguintes matérias: instrução fundamental
por-

tuguês, aritmética, álgebra, trigonometria, física e


geometria, química

— —
e instrução militar ordem unida, instrução
geral (noções gerais

sobre o vôo) e educação física.


MÊS DE REALIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS 139
UM

superior foi incluído


das matérias de ensino do curso
No conjunto

constitui, também,
inglesa nos três anos. o
estudo da língua que
o

ano muitos dos ensi-


instrução aeronáutica do 3.°
inovação. Na
uma

aérea e do desenvolvimento
decorrentes da
namentos guerra próprio

cadete em dia com


do ensino, o
Fab ampliam o pondo
da programa

como arma de combate.


avião e do seu emprego,
os do
progressos

conhecimento do
do 3.° ano leva também ao
A instrução aeronáutica

como das
emprêgo, não só das forças aéreas,
o do
cadete processo

meio dos modernos apa-


e navais, adestrando-o,
forças terrestres por

aéreo na de
Escola, no bombardeio e prática
relhos a
que possui

tiros da defesa antiaérea.


escapar aos

— de assegurar e orientar
ensino órgão encarregado
A direção do

— do ensino, depar-
• a secretaria
da instrução compreende
a execução

e corpo de cadetes
técnico fundamental
tamento de vôo, departamento

a execução e
vôo tem a cargo o
de preparo,
do ar. O departamento

o tra-
vôo, de acordo com
tôda instrução de programa
o controle de

e a secção de
compreendendo a- chefia
direção do ensino,
çado pela

de tiro e
e avançado, a secção
básico
os estágios
operações, primário,

a seu cargo o
tem
técnico-fundamental
O departamento
bombardeio.

da instrução técnica
fundamental e
controle da instrução
e o
preparo

manutenção de
também assegurar a
aeronáutica, competindo-lhe
da

do ar tem
O corpo de cadetes
em serviço da Escola.
todos os aviões

o con-
de todos os cadetes e preparo,
a seu cargo o enquadramento

as.
compreende esquadril
militar e
e execução da instrução quatro
trôle

além da ins-
física terá a seu cargo,,
de edução
O departamento

monitores dessa espe-


de instrutores e
cadetes, a formação
trução' dos

• da instrução ficou
a execução
Sôbre a orientação para
cialidade. geral

instrução da Escola,
de
o seguinte: o
estabelecido programa geral

comandante, deve
do Ensino e aprovado
Direção pelo
organizado pela

de vôo
o treinamento
a soma de conhecimentos e
estabelecer qual
qual

as funções um
levando em conta que
ao concluir o curso,
do cadete

e o tipo de material
nos corpos que
aviador irá desempenhar
oficial

também, os
estabelecerá,
utilizado. O
êle será programa geral
por

fases da instrução
matéria nas diferentes
atingir em cada
objetivos a

os conhecimen'-
ministrar aos cadetes
de maneira a
e será organizado

antes de eles
do vôo, que
necessários à realização
tos teórico-práticos

e básico
de vôo nos estágios
aplicar. A instrução primário
os pricisem

no estágio avan-
cadetes; a instrução
todos os
será a mesma
para

avançada em avião
e constará da instrução
será especializada
çado

bimotor, destinadas,
em avião
da instrução avançada
monomctor e

de mo-
os aviões
formação do guerra
& piloto para
respectivamente,

da instrução
a natureza especializada
Dada
nomotor e multimotor.

importancia
nunca será atribuída
instrução
de vôo, cuja
para perfeita

a é os conhecimentos
ao valor têm
ou exagerada que prática
excessiva

de sua direção,
do encarregado
da mesma parte pessoal
detalhados por

instrução de vôo ou de
esquadrilha de
de
as funções de comandante
CULTURA POLÍTICA
140

tiverem sido, no
exercidas oficiais
deverão ser pelos que
P.S.V. só

as
da instrução correspondente;
um ano. auxiliares
mínimo durante

sido, no
aos oficiais tiverem
de estágio caberão que
funções de chefe

instrução do
de esquadrilha de
um ano, comandantes
mínimo durante

estágio em
questão.

da Escola determinam
o funcionamento
As novas instruções
para

caberá
comandante do estabelecimento
da função de
o exercício
que

função de diretor do ensino


do ar; a
ou brigadeiro
ao coronel-aviador

de vôo,
de chefe do departamento
de coronel-aviador; a
será
privativa

major-aviador. Também,
chefe de estágio, de
a de
de tenente-coronel;

vôo e de P.S.V. serão


de instrutor de
as funções
regulamento,
pelo

do de oficiais-aviadores.
aos oficiais
de quadro
atribuídas preferência

capítulos, dos
compreendendo outros
instruções tratam ainda,
As

e ins-
e dispensa dos
da nomeação professores
de ensino,
conselhos

da ins-
verificação do aproveitamento
escolar, da
trutores, do regime

matrícula, dos
curso, da admissão e
da conclusão do
trução de vôo,

disciplinar, terminando
do ar, do sistema
de cadetes
desligamentos

Escola com dispo-


da e
sôbre a organização
com gerais
prescrições

nomeação e dispensa
trata da
No capítulo
sições transitórias. que

não fôr
enquanto
instrutores, estabelece-se que.
dos e
professores

Aeronáutica, os
da professores
o de
constituído quadro professores

de acordo com
nomeados Ministro,
fundamental serão pelo
do ensino

espaço de dois
da Escola,
feitas comandante pelo
as pelo
propostas

anos.

à Marinha Brasileira
Unidade incorporada

outubro último
Laje foi entregue em
Pela Organização Henrique

última da série
Barreto de Meneses,
Armada Brasileira a corveta
à

unidades entre--
da Marinha, e cujas já
o Ministério
construída
para

Matias
receberam as seguintes denominações:
anteriormente,
gues

Fernandes Vieira e
Henrique Dias,
de Albuquerque, Filipe Camarão,

à nossa Marinha
A nova corveta. incorporada
Vidal de Negreiros.

Barreto de Me-
traz o nome do bravo português
de Guerra, general

muitas vezes superiores


venceu os invasores holandeses,
neses,
que

em número e em recursos bélicos.

Novas unidades de Aviação

em reside
cada vez mais a aeronáutica, que
Procurando incentivar

interno c econômico,
futuro, ao desenvolvimento
o nosso
quer quanto

baixou um decreto,
à defesa, o Governo
à segurança e
quer quanto

na 2.a Zona Aérea,


unidades de aviação;
mais as seguintes
criando

normal em Natal e cons-


Médio, com sede
o 4.° Grupo de Bombardeio

Médio; na 3.a Zona


Caça e de Bombardeio
de esquadrilhas de
tituído

normal no Aeroporto
Transportes, com sede
Aérea: o 1." Grupo de

Aeronáutica; o 2.°
Ministério da
Dumont, subordinado ao
Santos

«
141
DE REALIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS
UM MÊS

dos Afonsos, su-


com sede normal no Campo
de Transporte,
Grupo

Aérea: o 1.°
Aéreas; na 4.a Zona
à Diretoria de Rotas
bordinado

Base Aérea de São


sede normal na
de Instrução, com
Grupo Misto

Técnica de Avia*-
dos alunos da Escola
destinado à instrução
Paulo e

Grupo de Bom-
integrante; o 2.°
Paulo, da é
de São qual parte
ção

Paulo; na 5.*
Base Aérea de São
com sede normal na
bardeio Leve,

normal na Base
Aviação, com sede
o 5.° Regimento de
Zona Aérea:

Picado, com sede


3.° Grupo de Bombardeio
de Curitiba; o
Aérea

na Base Aérea de Curitiba,


normal

do 1.° Grupo de
Aviação ficará constituído
O 5.° Regimento de

Picado, ora criado,


Grupo de Bombardeio
existente, e do 3.°
Caça,

Base Aérea de
transferida da
Caça tem sua sede
O 2.° Grupo de

1.° Regimento de
de integrar o
a fim
a de Santa-Cruz,
Natal
para

Aviação.

à lavoura canavieira
Proteção

no mês de outubro
atos do Govêrno
dos mais importantes
Um
"foi

sobre a lavoura
Getúlio Vargas
do Presidente
o decreto-lei
último

de cana e dos
dos fornecedores
sobre a situação
dispondo
canavieira,

realizam a expio-
ou colonos
rurais. Os lavradores que
trabalhadores


— em terras
o decreto
açúcar estabelece
da cana de
ração agrícola

colonato, copar-
o regime de
a terceiros, sob
às usinas ou
pertencentes
1. do
fornecedores pelo parágrato
ou considerados
ticipação parceria,

a situaçao regu-
Canavieira, terão
da Lavoura
artiqo 1.° do Estatuto

ou instruções
T. A. A.
aprovadas pelas
lada convenções pelo
pelas
decreto.
disposições do
as presente
êste baixadas, observadas
por

exercer sua
fornecedor,
lavrador, reconhecido
o colono ou o
Quando

às usinas ou distilanas,
ou locadas
em terras
atividade pertencentes

as xnstru-
canas fornecidas
total das
deduzir do
estas poderão preço

sobre o
dispõe, em seguida preço
O decreto
êste baixadas.
ções por
estabe-
e financiamento,
de
da cana e várias percentagem
questões

seguintes bases;
nas
assistência técnico-agrológica
lecendo ainda a

me-
àcêrca dos melhores
do fornecedor
orientação e instrução
a) a

b) o tor-
respectiva colheita;
lavoura e
tratamento da
todos de
plantio,
mudas de: varie-
de
de pagamento,
independente qualquer
necimento,
da
estações experimentais
e aconselhadas pelas
dades selecionadas

Instituto e ?u^ar_
da usina, ou
serviço técnico pelo
reqião. pelo

modo de combater
sôbre o
do fornecedor
c) a instrução
do Álcool;

mesmo, mdepen-
fornecimento ao
bem como o
da lavoura
as pragas
mgre-
dos materiais,
suplementar,
remuneração
dente de qualquer

a extinção dessas pragas;


indispensáveis para
dientes e maquinismos

usina o
técnicos da para
dos canaviais
inspeção metódica por
d) a

e) a manutençao
dos mesmos;
o estado de sanidade
efeito de verificar

trabalhos especiali-
os
e laboratórios para
de
de gabinetes pesquisas
bem como
assistência técnico-agrologica,
com a
zados, relacionados

<
os técnicos necessários»
POLÍTICA
142 CULTURA

"
l 4f" I
|

Assistência Médico-Social
o decreto a
igualmente,
Estabelece,

manutenção de
médica» dentária e
bases: a) assistência
nas seguintes

de creche
hospitalar; c) manutençãoção
b) assistência
ambulatórios;

e de cursos
manutenção de escolas prá-
d) primárias
c maternidade;

e de seus
filhos de colonos fornecedores
ticos de agricultura para

manutenção de instituições
e) peri-esco-
agregados ou empregados;

de recreativos para
estudo; manutenção
bolsas de parques
lares e f)

adultos; realização
instituições de recreação g)
e de para
crianças

necessários a fim de
se tornarem ga-
serviços de saneamento que
dos

dos colonos fornecedores


das zonas de moradia
rantir a salubridade

ou agregados.
e seus empregados

os trabalhadores rurais
decreto estatui que
O artigo 19 do que

de áreas e
de serviço e os empreiteiros
salário tempo
por
percebem

ser inclui-
e não
remunerados em dinheiro possam
tarefas certas, que

do Es-
do artigo 1.° e seus
nas definições constantes parágrafos
dos

regulada em con~
terão sua situação
tatuto da Lavoura Canavieira,

Açúcar e Álcool, sem


Instituto de prejuízo
tratos tipos aprovados
pelo

aplicáveis. Para
lhes sejam
disposições das leis trabalhistas
das que

rural o
neste artigo, é trabalhador que presta
os efeitos do disposto

canavieira, em caráter peródico


seus serviços na lavoura permanente,

ou transitório.


— os trabalhadores
diz o decreto
reputam fornecedores
Não se

de áreas
serviço e os empreiteiros
tempo de
salário
por
que percebam

lavradores dc engenho
dinheiro; os
remunerados em
e tarefas certas,

satisfazendo as
10; as embora
se refere o artigo pessoas que,
a
que

interessadas, acio-
sejam
do artigo 1.° e seus
condições parágrafos,

ou distilarias; os
das usinas parentes
nistas. sócios ou
proprietárias

de usinas ou distilarias.
dos ou
até o 2.° proprietários
grau possuidores

do Álcool, sempre
Instituto do Açúcar e
Os do
procuradores

de cr me ou
verificarem a
de suas funções, prática
no exercício
que,

competente termo, a
• a lavrar o que jun-
contravenção, são obrigados

depoimento das
bem como o
a documentação encontrada,
tarão tôda

ao órgão
essas diretamente
ouvidas, encaminhando peças
testemunhas

do Tribunal de
Público ou ao Presidente
competente do Ministério

Álcool autorizado a
do Açúcar e do
Segurança. Fica o, Instituto

de sua Comissão
meio da resolução
lamentar o decreto,
presente por

Executiva.

o Ministro Marcondes
exposição de motivos
Na sua esclarecida

nas uv.
nino explicou o seguinte: uueren^aa

da lavoura
as origens e o desenvolvimento
social, os métodos adotados,

causa estudos objetivos


sul do deram a
canavieira do norte e do
país

sabedoria. Toda*
revestem da mais alta
medidas se
e que
provocaram

impõem a fixação
nas duas regiões
via, as existentes
peculiaridades

condição do colono,
visando à caracterização da
de normas especiais,

açucareira se implantou
No norte, a usina
seus direitos e seus deveres.
UM MÊS DE REALIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS 143

intensa de cana, lentamente os fa-


em áreas de cultura subordinando

ao sistema aperfeiçoado de intensiva; em São


zendeiros seu
produção

fixação da riqueza açucareira nasceu com a


Paulo, entretanto, a pró"

não foi sua totalidade, exis-


usina e em pela
pria precedida, quase

da lavoura autônoma de cana ou engenhos. Operaram-se,


tência pelos

diametralmente opostos: ao no Nordeste


assim, fenômenos
passo que

absorção dos fornecedores, em São


a usina tinha como conseqüência a

agricultores a interessar-se cultura da


Paulo pela
pequenos passaram

vista a de colocação fácil dos seus


cana, tendo em pro-
possibilidade

deu motivo à
dutos. Em Pernambuco, a cultura
grande preexistente

instalada,
criação da usina; em São Paulo, a usina,
preliminarmente

escala. Pro*
o aparecimento da cultura da cana em
grande
provocou

em direção oposta à
históricos díspares colocavam o colono
cessos

de trabalho diversos coexistiam


categoria do fornecedor. Sistemas

surgiam dentro de um
mesma atividade Dois aspectos
na
produtiva.

lucidez, expõe o Ministro


só E aí, com extraordinária
problema". por

tal situação meio


Filho necessidade de harmonizar por
Marcondes a

do decreto-lei, longo e minucioso, cujos procurámos


pontos principais

resumir.

Iniciativas do ensino industrial

foi inaugurada a 7 de outubro


Pelo Presidente Getúlio Vargas

central de um sistema se
Escola Técnica Nacional, núcleo que
último a

uma rêde de 63 estabelecimentos


todo o através de
irradia
por país,

ano, vinte
industrial, freqüentados, no corrente quase
de ensino por

mil colonos. -i

mais cinco em
tipo da Escola Nacional encontram-se
Do mesmo

Pelotas, em funciona-
Luís, Vitória, Goiânia e
Manaus, São pleno

53 milhões de
aplicado nessa realização
mento, tendo o Governo

a construção de outra
Deverá ser iniciada imediatamente
cruzeiros.

o da Escola
estando concluído projeto
Escola, em Belo-Horizonte,

Brasil serão igualmente


Em cidades do
Técnica de São Paulo. outras

ao lado dos
estabelecimentos do mesmo que, parti-
instalados gênero,

à nacional
equiparados e reconhecidos, # juventude
culares, prestarão

os mais relevantes serviços.


instalações laboratórios,
mais amplas e modernas
Dotada das

-
salas de aula a
oficinas, magníficas
médico e dentário,
gabinetes

no continente, está
não similar perfeita-
Escola Técnica, possui
que

fins. Inaugurada oficialmente


exercer os seus
mente aparelhada
para

achava em funcio**
muito, entretanto, se
ela de há
no dia 7 de outubro,

emprestam hoje sua


diplomado especialistas,
namento, tendo, que

Brasil, Usina de Volta


de Ferro Central do
cooperação na Estrada

repartições do Go-
de Motores e outras
Redonda, Fábrica Nacional

trabalham em diversas emprêsas


contar os particulares*
vêrno, sem
que

ato inaugural, o Mi-


ocasião do
Em discurso por
pronunciado

a os tra**
chamando atenção
Capanema começou para
nistro Gustavo
POLÍTICA

144 CULTURA

Vargas: a
do Presidente plu-
administrativa
da
cos marcantes política
educaçao se
terreno da
como no
E acentua
e a magnitude.
ralidade

O
essa marca pluralista.
tem revelado
ao sistema
ensino, imprimir
do
tradicionais
as categorias
reoraanizar
novos
criar e orgamzar
era forçoso
viu mais
vital; que
um sentido

novas rc^ad" P
e fazer funcionar
estruturar J
ordenamentos,
e inseguro.
de modo esporádico
c tratadas
desconhecidas
antes
gicas. vida
de nossa
"O férteis terrenos
era dos menos
ensino industrial

antigas e
— escolas havia,
E* certo
— S. Excia. que
escolar observa

e ascria-
de Nilo Peçanha
A obra
do
em vários pais.
novas, pontos
Faltava,
ser esquecidos.
estaduais não
podem
de alguns
ções governos
nem ordem,
se deu
nnnca plano,
ensina industrial
sistema: ao
SSm o

falha e reduz.da^nao
a rêde escojar.
Faltava o nümero:
Lm diretriz.
teor.o
Faltava^o
da industria.
com as exigências
de acordo
crescia

a sen
não buscava
dos casos,
maior número
ensino, no

o
múltiplas exigenicas
com as
sem comunicação
funcionava

Capanema que
então o Mhustro
Mostra
devia corresponder."
a
que
se «racte-
uma obra
referido setor que
realizar no
entrou a
O Governo
sob todos
foi conaderada
A matéria
vigor.
método e
riza pelo
^ío E depois
segura solução.
dar a mais
a tudo se
os aspectos e procurou
do Governo
a obra
Excia. menciona
técnicas. S.
escolas
de aludfràs
e manter
Para organizar
de Aprendizagem.
relação às Escolas
com

do ensino
a legislação
destas últimas,
o sistema !nd^trial
d e
em
obra realizada
cu,a
Industrial
de Aprendizagem
viço Nacional
e
cifras: cmqiienta quatro
traduz nestas
anos. se
mais de dois
pouco
do
em vanos pais,
foram instaladas pontos
escolas de aprendizagem já

mü aprend
sete
áno, de
neste quase
com a matricula,

mil trabalhadores
mais de seis
e ainda de
menores,
trabalhadores
e acom-
da rede escolar
esforço desenvolvimento
E êsse para
adultos.

no sentld°
diversas e adequadas
mais
das iniciativas
panhado ^ ^ e
flexível estrutura
método e clareza,
industrial do
ao ensino pais

o sentido e
com a forma^
ativo, em correspondência
funcionamento

Termina -
industriais.
nos estabelecimentos
viqor do trabalho

discurso salie"ta"dorc°^
seus expressão
nistro Capanema

Getuho V
Presidente g
do
o objetivo supremo
ciativas
justificam

econômica.
nosso uma potência
de fazer do pais grande

da enfermagem
O
problema

Ministro da
do
com a
Amaral Peixoto, presença
Pelo Interventor
ois im-
outubro último,
dia 18 de
no
foram inaugurados,
Educação,
de
Escola Fl"™nenSe
do Rio: a
«o Estado
melhoramentos
pOTtóntM em Ni-
Alegre, ambos
Vista
do Educandário
Enfermaaem e a creche

ocasião da
discurso por
terói. Em pronunciado

ser uaw°te
considerou
Ministro Capanema
Escola, o
o
0
se debate
com
mais angustiosos que
um dos
magem
^lmente
reside na
o trabalho essencial
em vista
É ter que
Brasil. preciso

#
W-Fm
•I

UM MÊS DE REALIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS 145

de um de enfermeiras. Indaga S. Excia. se


mação quadro
gigantesco

contar com a improvisação, o espírito filantrópico de deter-


é
possível

Certo não. Como resolvê-lo, então, se hâ um


minadas criaturas.
que

restrito de enfermeiras formadas, mais de mil em todo


número pouco

às necessidades atuais seriam vinte


o ? Para atender
país precisas

mil enfermeiras. Como resolvê-lo ? Só montando escolas,


preparando

equipes de enfermeiras. Ê a solução acertada. E assim sendo,


novas

a necessidade de uma campanha no sentido de esta-


torna-se clara

rêde de escolas de todo o Ê


belecer uma enfermagem preciso
por país.

estaduais, de tempo, sigam o exemplo do


os sem
que governos perda

O Ministério da Edu-
Estado do Rio, São Paulo e Minas Gerais.

tais empreendimentos. Informa o Ministro


cação não ficará alheio a

a legislação orgânica sobre o


agora mesmo está sendo estudada
que

às instalações da Escola
da enfermagem. Referindo-se, então,
ensino

isso com,
considerou-as excelentes, congratulando^se
Fluminense, por

tão interessado se mostrou


Govêrno do Estado do Rio, pelo
o que

do edifício e cuidando
não esperando a construção próprio
problema,

nos dois últimos do


urgência de instalar a Escola pavimentos
com

Sanatório Azevedo Lima.

Vista Alegre, inaugurada no mesmo


A creche do Educandário

é de construção moder-
destinada aos filhos de hansenianos,
dia e

completo, ficando situada em


com salas amplas, mobiliário
níssima,

terras de São Gonçalo.

A ligação Rio^Baía
ferroviária

às obras de ligação^ ferro-


de sua viagem de inspeção
Regressando

da Viação, fêz
Mendonça Lima, Ministro
viária Rio-Baía, o
general

o relevante empreendi-
importantes declarações sôbre
a imprensa

ligação vem trazer a uma


Excia. a referida
mento. Observa S. que

novo surto de
infinidade de cidades e progresso.
pequenas povoações

ao toque de
agrupamentos urbanos, como
E surgem igualmente novos

senão imbuídos do
caráter transitório,
uma vara mágica, sem
qualquer

Saco da Onça, Gado


Estão neste caso:
de durar e crescer.
propósito

na Baía; Camoci, Uratinga,


Bravo, de Pedras, Uruburana,
Malhada

em Minas,
Orion, Solidão,
Quem~Quem, Janaúba,

"Mesmo
os trilhos declara
lugares onde não chegaram
nos

nossos serviços com as auto-


cooperação dos
S. Excia simples
pela

ou mesmo
e as boas iniciativas por
ridades municipais particulares,

trabalhadores, os
nossos engenheiros e
de
mera ação de
presença

se multiplicam,
de e de animação promissores.
sinais
progresso

Do sul o norte, a
trabalhos é a seguinte: para
A situação dos

1.116 da
extensão de
Claros, numa quilômetros
de Montes
partir

trafego 63 km dc
do Brasil, estão em
Estrada de Ferro Central já

têm as linhas assentadas e


linha 73, até prontas
e outros Janaúba já

inaugurasse no dia 10 de
tudo destinado a
as estações marginais,

136.687 — F. 10
POLÍTICA

146 CULTURA

da
Pa» além

Viação passou.
da por
o Ministro
novembro, quando

o «s a°
km dc lei p
mais 29 .
, atingir
de w
30 km De
Janaúba, ^ para
numai drstencia
obras apenas
encetar as
faltando

Azul.
Monte pon«fSAtaSÍ Departamento
do

nao tem „ovcmbto


sul
norte Pya foi inaugurado
de 42

aere abril
de Estradas
Nacional o trecho
ano,
do corrente
uurives, novembro
a
de Contendas
o trecho mar-
estava
o 1
Para
a Umburana.
de Ourives nrumado e tantos
Dos 200

novo trecho iuontc


do
a inauguração de
cada as
Azul pontas
encon .
faltarão para -
que e os res-
quilômetros ad antada
com çentral
162 estão
da Central,
trilhos deverá
do Brasil

°d Drrrt

££?$
r ?£

se arti^r^

linha a concluir para


metros°de
rodoviário para
f ^

do
vias. A Central apto-

trilhos,

tssspzr&zs
si

de Montes
rSa^ortea

e vice-versa.
o norte
Claros para

de
gasogênio
Racionamento

inúteis
de evitar gastos
imperiosa
t An om Vista a necessidade

de-eSu,^ -

de "a^efe;.nc;a
fins
e nao nos
para
coletividade
em da

a^
e caminhôes
caminbonetes
ônibus,
autoíotações!

lado queJ°d° doméstico


outro
siderando, por ou

de e
a
solveu partir c
proibir, 5 horas

no.te, en dêsses
a
durantt
a
de gasosen.o,
passeio

das^|l^ho^
a
e leriados. partit
nos doming(^

do Dls-
Pública
de Segutança
nto Federa,
do Departam
d^Tráfeqo
com-
veículos,
dos referidos
do trânsito
. finalização

instruçoes.
às
desobedecerem presentes
os
apreender que
petindo-lhe
conceda
entretanto,
do Tráfego poderá
O Diretor

nas hora
carros,
os aludidos
,
nais de trânsito para
trânsito,
desse
a necessidade
devidamente provada
cionados, quando
147
MÊS DE REALIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS
UM

civis e tnilitãrés
Pensões de

dispondo sôbre
assinou um decreto-lei,
O Presidente da República

e militares. O
relativa de civis jul-
registro da despesa a
o pensões

meio soldo e de
da concessão da de
da legalidade pensão
gamento

implica, automàti-'
militar, Tribunal de Contas,
montepio civil ou
pelo

cons-
cuja classificação
registro da despesa correspondente,
camente, o

O título de
de habilitação.
desde logo, do respectivo
tará, processo

referida será transformado


abono da
concessão de pensão
provisório

reconhecer o di-
apostila. A autoridade que
em definitivo, mediante

a
ordenará, imediatamente,
à da
reito pensão provisória
percepção

mensal da
em fôlha de
inclusão do nome do beneficiário pagamento

pensão.

funcionário contribuinte
de 1945 nenhum
A de 1 de
partir julho

remuneração ou
receber vencimento, provento,
do montepio
poderá

Os órgãos de
de família. pes-
haver feito declaração
sem a de
prova

de 1945, ai
até 30 de
Ministro deverão junho
soai do promover,

das for-
de família,
das declarações quais
revisão ou a apresentação

declarantes. O órgão
aos funcionários pagador,
necerão ressalva

o número da declaração
anotará em fôlha
da ressalva referida,
vista

nos livros subseqüen-


obrigatoriamente transcrito
família, será
de
que

1945, de três
feita, a de
A revisão será
em cada exercício. partir
tes,

em três anos.

títulos da dívida
de pública
Juros

de títulos da dívida
de
simplificar o juros
A fim de pagamento

um
assinou dois decretos-leis,
Getúlio Vargas
o Presidente
pública,
da
o regulamento,
outro modificando
formalidades e
simplificando as

às novas disposições.
adaptá-lo
Caixa de Amortização para

aplicam aos
não se
fica decidido
dêsses atos que
No
primeiro

as disposiçoes
ou municipal
federal, estadual
títulos de dívida
pública

ficando, con-
do Código Civil,
único
artigo 1.509 e seu
do parágrafo

dos Muni-
dos Estados e
da União,
a fazenda
seqüentemente, pública

nesse ou em
da intimação
da formalidade prevista
cípios excluída

de recupe-
reguladores do
dispositivos legais processo
outros
quaisquer
referidos ti-
Os dos
extraviados. juros
de títulos ao
ração portador

repartições competentes,
nas épocas pelas
tulos serão próprias
pagos
destes e
verificada a autenticidade
cupões respectivos,
vista dos
a

dêsses
O juros,
de outras formalidades. pagamento
independente

in cpen e
nos Estados,
do Tesouro Estadual
delegacias fiscais
pelas
de fun-
feito movimento
a ser por
de crédito,
de distribuição passando

cauçao de
Fica dispensada para
a Caixa de Amortização.
dos com

da
se refere a parte
a certidão a primeira'
títulos ao que
portador
"a", Geral
850 do Regulamento
do artigo
alínea parágrafo primeiro

da Caixa
do regulamento
Pública. modificações
As
de Contabilidade

c
os artigos
maneira:
foram feitas da seguinte
de Amortização
CULTURA POLÍTICA.
148

de 18 de abril
o decreto 17.770,
baixado com
164 do regulamento

art. 159 Verificada
a seguinte redação:
a ter
de 1927 passaram
dan-
o respectivo pagamento,
dos cupões. cfetuar-se-á
a autenticidade

de Amor-
livros da Caixa
seguida, nos
baixa, em próprios
do-se-lhes

— exercerá rigorosa
A Primeira Secção
Parágrafo único
tização.

métodos convenientes,
adotando
sôbre êsse
fiscalização pagamento,

164 O
Administrativa. Art.
aprovados pela Junta
prèviamcntc

respectivos cupões,
títulos ao c
de portador
de substituição
processo

Amortizaçao, de
Caixa de
couber, correrá
casos em pela
nos que

legislação vigente.
acôrdo com a
I

a vitória das Nações Unidas,


O fim da com
guerra,

dominados os
Depois de alcançá-la,
aproxima-se.

os inimigos de
externos, vencer
inimigos precisamos

são as dis-
outra ordem e não menos
perigosos, que

de classe, a in»
a incompreensão, o egoísmo
córdias,

A liberdade, no
transigência dos interesses
privados.

franquias não basta


sentido estrito de para
políticas,

social. Sem a indepen-


resolver a complexa
questão

sempre em licen-
dência econômica converte-se
quase

não mata a fome,


ciosidade e ludibrio o
para povo, que

nem educa os filhos com o direito


com o direito de voto,

Amparar economicamente os trabalhadores


de reunião.

verdadeiro sentido de liberdade


eqüivale a dar-lhes o

expressar as suas opiniões


e segurança políticas.
para

o desequilíbrio existente entre


E, isto, urge corrigir
para

limites na exploração lucrativa


os não encontram
que

de os labutam em
dos meios perma-
produção-e que

sem recursos ad-


nente estado de necessidade, para

o indispensável à subsistência.
quirir

- A Nova Política do
GETÚLIO VARGAS

Brasil, vol. X.
de Imprensa
do Departamento
Atividades

e Propaganda

POLÍTICA
DE CULTURA
ESPECIAL
REPORTAGEM

ao Brasil
pelo
serviços prestados
e
os inúmeros grandes
Entre
da unidade
o da consolidado
1937, ressalta
em
reaime inaugurado
e mcon-
de modo ineqmvoco
atualmente,
se apresenta,
nacional que
a orça-
verificava antes quando
o se
com
em contraste que
fundlvel 'política
federalismo,
a mal concebido
adstrita
da República,
nização

centra P
relação ao
centrífuga em poder
de atuação
cada pa
fragmentar-se,
Pátria caminhava para
a nossa
de
que
comasoutras.
em comparaçao
do autônoma
mais que
surgindo
^Cada

sempre »
nem
s"? naturalidade,
distinguiam pela
Tos sdeusSafSilhosrtse

nacona* se
as_ regiões
de todas
os brasileiros
Tão que
permitiam

e em obrigaçoes.
em direitos
iguais
considerassem

dos dest,-
a responsabilidade
tinham
homens que
Os públicos,

uma sup^ederatfo.não
3 era. assim,

denota liga.
etmològicamente
do vocábulo que.
ígnlSo
próprio
centr.fug.smo,
afastamento,
e nunca
centripetismo,
apZLTão.

todo*r MP~-
em
intervir
o Brasil pôde
moral com
A fôrça que

'utna

das

2= ^coÍXe

vigente.
do regime
conquistas

ente ,
o pode,
fomentavam, governo
e as partidárias
facciosas pugnas
CULTURA POLÍTICA
152

e fortalecer os
num terreno seguro
energias brasileiras
as
coordenar

em todos os
de contactos diários, pia-
meio
dessa unidade, por
laços

melhor se lhe
—e nenhum veículo
Para isso
ação nacional.
nos de

mi-
completa, pelo
— utilizou a propaganda
ofereceu propaganda,

escrita, com
tribuna falada e
tela, pela
crofone, pela pela
pelo palco,

a marcha dos acontecimentos


o em dia sôbre
fim de manter
o país

das refor-
as massas da necessidade
externos e convencer
internos e

com as instituições.
os indivíduos
operadas, entrelaçando
mas

o zênite da civi-
se acreditava residir
foi o tempo em
se que

campo dos inte-


a iniciativa no
deixar a cada
lização em se qual

um absolutamente
cabendo ao Estado papel
rêsses da coletividade,

nem sequer as
dessas iniciativas,
de simples espectador
decorativo

as facções se
mas que
ou orientado-as, permitindo
coordenando,

e essa orientação.
essa coordenação
disputassem

situação de impassibilidade
de lado a
O Estado Nacional,
pondo

diretor e de
as funções de
coletivo, assumiu
diante do interêsse

mesmo, não
em favor do per-
esforços desenvolvidos
orientador dos

individuais mas,
dissipação das energias
assim, a e a
mitindo, perda

o melhor aproveitamento.
seu
disso, disciplinando-as para
ao contrário

ideologia, mas
a
não está subordinada qualquer
Tal que
política,

o mundo, é a
dos fatos, em todo política
dimana da lição
quotidiana

à fortaleza dos
elementos essenciais povos
ordem, da disciplina,
da

e das nações.

criação de um
a idéia da
foi nasceu
Dessa compreensão que

referida e distri-
a centralizar a
organismo destinado propaganda

alia essa
do Estado, organismo pro-
oficial que
buir a
publicidade

tempo vigilante
numa ação ao mesmo
à defesa do Brasil,
paganda

atentar contra o crédito


a barrar tudo o
c fiscal, de modo que possa

instituições nacionais.
do e as
país

e Difusão Cultural;
Departamento de Propaganda
A
principio.

êsse organismo
Nacional de Propaganda,
mais tarde, Departamento

,ou sim-
Imprensa e Propaganda
Departamento de
chama-se, hoje,

e como se
no inteiro
tal como é conhecido país
D.I.P.,
plesmente
lhe
e relevantes serviços
através dos inúmeros que
impôs ao
povo

de atividade ininterrupta.
em cinco anos
tem
prestado,

há a
engrenagem interna,
sua organização e pouco
Dêle, da

dois anos atrás.


ao histórico fizemos
acrescentar que

orgânica de 17 de
vieram da lei
Além das cinco divisões que

o
n.° 1.915). criou-se, posteriormente,
de 1930
dezembro (Decreto

serviços auxiliares
enfeixa os onze
Serviço de Administração, que

da seguinte
novos, hoje distribuídos
e mais dois
antes existentes

Sec-
Secção de Contabilidade
maneira: Secção de Comunicações,

Disco-
Biblioteca, Tesouraria,
Secção do Pessoal,
do Material,
ção

Secção de
Palácio Tiradentes,
Superintendência do
teca, Filmoteca,
-v
¦
rWMn
r *
m*í ¦

153
ATIVIDADES DO D. I. P. 1

Portaria, Garage e Gabinete


dos Processos de Pagamento,
Contrôle

Médico.

serviram com'*
outras alterações realizadas para
Essas e
pequenas

Imprensa e
ação do Departamento de
e ampliar ainda mais a
pletar

isolado de cada um
como veremos adiante no estudo
Propaganda,

de seus setores.

DIVISÃO DE DIVULGAÇÃO

se incluem a elu-
entre as
Consoante as suas finalidades, quais

doutrinárias do re-
nacional sôbre as diretrizes
cidação da opinião

espiritual e da civilização
cultura, da unidade
em defesa da
gime,

anos de 1942 e 1943,


durante os
a Divisão de Divulgação,
brasileira,
"O

Bra-
editando as suas três permanentes:
continuou publicações

composto de artiguetes
ontem e de amanhã", boletim
sil de hoje, de

Dos ,
corpo redatorial Jornais pequeno
redigidos um próprio;
por

Rio e dos Estados


da imprensa do
organizado com recortes
volume
"Estudos
reproduzia
e Conferências ,
assuntos e que
sôbre
gerais,

encomendados ou
outros trabalhos especiais patroci~
as e
palestras

nados D.I.P.
pelo

major Amilcar
impressa
Em 1944, com a nova orientação pelo

suspensas ceder
foram para
Menezes, essas
Dutra de publicações
'Brasil
revista de as-
Reportagens ,
outras, entre as
lugar a quais

foto-
com farto documentário
e de feição moderna,
agradável
pecto

vida nacional . passada


as atividades da que,
sôbre tôdas
gráfico
unida e
da
I. P., com a consolidação
fase de ação do D.
a
primeira

em 1937, assun-
instituições inauguradas
e a firmeza das
nacional

e novos
outros problemas
cuidavam aquelas
tos de publicações,
que
a re-
do Brasil na
depois da entrada guerra,
notadamente
surgiram,

de fazer
aparêlho encarregado
mais do
uma cooperação ativa
clamar

a nossa
propaganda.

do D. I. P.
As novas edições

dar maior extensão


veremos adiante, procurou-se
Assim, como

destinadas à
obras, ju-
a edição de
cultural, com pequenas
à parte

da nossa forma-
à história
vinculadas
ventude e,
preferencialmente,

Uma delas, a
então, criadas.
coleções foram,
Duas novas
cão

"Coleção transformações
refletir as profundas,
destinada a
Brasil",

instituída Governo
da nova ordem pelo
ao influxo
se operaram
que
com segurança e
Brasil a caminhar
levará o
e
da Revolução que

natural* e as
as condições
destinos,
os seus que
atingir gloriosos

Dessa coleção,
lhe indicaram. já
sempre
históricas
circunstâncias
"O
e Brasi Aero-
Brasil Econômico
entre outros,
estão circulando,

Lysias Ro-
e, este,
Djacir Menezes por
aquele escrito
náutico", por

drigues.

f
POLÍTICA
154 CULTURA

"Vultos
— Datas Realizações \
coleção, intitulada
A outra

acontecimento do
as figuras, etapas e pas-
escopo evocar
tempo

inspirar-se
a fim de as modernas possam
sado brasileiro, que gerações

nossa adqui-
a nossa terra e a
dos gente
no exemplo que permitiram

em nossos dias.
apresentam
a e o
rirem prestigio que
grandeza
"Tiradentes
Luciano Lopes;
,
dela foram por
Dentro já publicados
"A
"Matias Hino
história do
Hélio Viana;
de Albuquerque",
por
"Osvaldo

Cruz",
Amarilio de Albuquerque;
Nacional Brasileiro",
por
"Quintino

Bocaiúva", Hélio Sodré.


Austregésilo e por
Antônio
por
4

na Guerra im<-
O Brasil ,
terceira coleção, denominada
Uma

atravessamos, com
momento histórico
como reflexo do que
punha-se

catástrofe desa-
climax da enofme que
do nosso ao
a impulsão país "Os

— bra-
volumes distribuídos
mundo. Nos dois já
bou sôbre o
"Os

entram em ação"
front" e brasileiros
chegam ao
sileiros

a respeito da
informações parti-
reunidas todas publicadas
acham-se

e a opinião formu-
na imensa fogueira
dos nossos soldados
cipação

destemerosa e sincera
a nossa atitude
no mundo inteiro, sôbre
lada,

as nações defen-
afligem
dos sofrimentos que
ao decidirmos partilhar

a inicia*'
humanas. O presidiu
soras das liberdades propósito que

na
evitar se
coleção foi, que perdessem
tiva dessa principalmente,

em vo-
reunindo-os
todos êsses dados
dos tempos preciosos,
poeira

recordados com
aos historiadores e
amanhã, serão úteis
lumes
que,

orgulho porvindouras.
pelas gerações
justificado

esgo-
têm sido disputadíssimas,
À margem dessas coleções,
que

volumes, há a mencionar
vários milhares de
em dias
tando-se
poucos
"Edições
temas e estudos sôbre
especiais" incluem
as chamadas que

aos nossos escri'-


elemento de estímulo
assuntos, agindo como
diversos

e na-
à elucidação de aspectos
tores e fonte indispensável problemas

O Estado Na-
dêsse tipo foi
O trabalho editado
cionais.
primeiro

de autoria do desem-
Novembro de 1937 \
c a Constituição de
cional

Álvaro Bittencourt Berford.


bargador

Unidãde Nacional
Bibliotecas de

14 Bibliote-
e educativo, fundaram-se
Ainda no campo cultural

obras reputadas e de diversos


Unidade Nacional, com gêne-
cas de

das Forças Arma-


colégios, unidades
ros literários, distribuídas
pelos

Colégio Piedade,
Colégio Militar,
das, fábricas e hospitais seguintes:

Batalhão de Guardas,
Méier, do
Colégio Rezende. Ginásio quartel

da PolL*
de Artilharia de Costa,
do 8.° Grupo Móvel quartel
quartel

Central do
de Bombeiros, Hospital
Militar, do Corpo
cia
quartel

Industrial do Bra-
Vargas, Companhia
Exército, Hospital Getúlio

dos Trabalha*
Fabril e Sindicato
Companhia América
sil
(Bangú),

do Rio de
dores nas Indústrias Gráficas Janeiro.
155
DO D. I. P.
ATIVIDADES

acompanhou
a Biblioteca do Combatente, que
Criou-se, também,

da luta européia,
enviadas o teatro
das tropas para
os contingentes

Dr. Max
incluindo desde o substancioso
de obras variadas,
formada

até o ro-
etnologia brasileira,
seus estudos sobre
com os
Schmidt,

dos nossos
horas mais amenas
recreativo, as
mance ligeiro, para

valorosos expedicionários,

nacionais às
remessas de autores
ainda, feitas escolhidas
Foram,

"Instituto —
Instituto Brasil
— México", do
Brasil
bibliotecas do

"Colégio
de Bue-
de Estúdios Superiores
Libre
Unidos, do
Estados

orga-
missões diplomáticas,
ofertas a
além de
nos Aires, pequenas

Capital, nos
diversos nesta
instituições e estabelecimentos
nismos,

e no exterior.
Estados

Obras adquiridas

foram adqui-
entre outras,
tão magnífico desígnio,
Para cumprir
"Roteiro

do Tocantins , por
seguintes obras:
distribuídas as
ridas e
"Um
Brasil Gilberto
Francês no ,
Engenheiro por
Lysias Rodrigues;

"André ve-
sua autobiografia , Jose
através a por
Rebouças
Freyre;

"Formação de Andrade;
Almir
Brasileira", por
da Sociologia
ríssimo;

"Brasílio Oeste ,
Machado; Marcha para
Alcântara
Machado", por
"O
Djacir Menezes;
Outro Nordeste\ por
Cassiano Ricardo;
por
"O Freyre; Canudos ,
Gilberto
o Português criou",
Mundo por
que
"Diogo
Otávio Tar-
Antônio Feijó . por
da Cunha;
Euclides
por
"Fronteiras
Colonial . ].
Brasil no Regime por
do
de Souza;
quínio "Nordeste",
A Vida
Freyre;
Gilberto
Macedo Soares; por
C. de

Diano de
Eloy Pontes;
de Assis",
de Machado por
Contraditória

de Brito ou
Rebouças; Farias
André
Notas Auto-biográficas", por

Pratico, H
Guia
Sílvio Rabello;
do espírito",
Uma aventura por

His-
Gilberto Freyre;
de Recife ,
da Cidade por
tórico e Sentimental

Nelson
Oeste por
Pedro Calmon;
da Torre",
da Casa por
tória
"A Al
do Nordeste ,
Homem por
Morfologia do
Sodré;
Werneck
Geografia
Introdução.a
de Lima
e Andrade Júnior;
varo Ferraz

e Tra-
Regiao
Mário Travassos:_
Brasileiras", por
das Comunicações
"Reminiscências
do Rio Bran-
do Barao
Freyre;
Gilberto
dição", por "Bernardo
Vasconcelos ,
Pereira de
do Rio Branco;
Raul
co", por "O
em Minas
e o Garimpo
Negro
de Souza;
Otávio Tarquínio
por
Rolar do Tem-
Filho; No
da Mata Machado
Aires
Gerais" por
"História
de Estado ,
Dois Golpes por
de
Alberto Rangel;
po" por "Casa
Gilberto
e Senzala , por
Grande
de Souza;
Tarquínio
Otávio
Romero; A
"História Silvio
Brasileira", por
da Literatura
Freyre; "Gupila
De M.
Marguente
Filho; , por
Luiz Viana
Sabinada", por
e Ca-
"Teatro PongetU
Henrique Joracy
de Criança",
por
Ivancko
Herdeira de
"O M.
Rei de Bengala", por
Pequeno •»
marqo;
"A
das Abelhas , porf}a5Ju^®
Afilhada
M. Bourcet;
Ferlac", por
"A O Mistéri
Roger Dombre;
do Cigano", por
Herança
Riviére; "O
Lu.r
Boi Ama , )ar-
Valmor; por
de Morande", por
doCastelo
CULTURA POLÍTICA
156

"O
"A
Dickens; Plano
dc Nosso Senhor", Charles
dim; Vida por
"O

Almir de Andrade; Século do Corpo-


tradução de
Beveridge",
"Problema

do Direito Corporativo", por


rátivismo", Manoilesco;
por
"Vocações

da Unidade", Alexandre Marcondes


Oliveira Viana; por
"Noite
"A

Legal do Estado Novo", Gil Duarte;


Filho; Paisagem por
"Sangue,

Maritain; Suor e Lá-


Agonia em França",
de por Jacques
"Problemas

do ensino Médico e de
Winston Churchill;
grimas" por
"Perfil

Mello; de Euclides e outros


A. da Silva
Educação",
por
"Flagrantes

da Cidade Maravilhosa",
Gilberto Freyre;
perfis", por "Vale
"Rondon",

Clóvis de Gusmão; do
Francisco Leite;
por
por
"Caxias,

um soldado do tamanho do
Itagaí", Hugo Bethlem;
por
"Presidente

Vargas", Paul Fris-


Brasil", Walter Prestes; por
por
"Minhas
"Brasil
Pedro Calmon; Recorda-
chauer; e América",
por
"O

de Rezende; Rio de
de Paula Ferreira Ja-
Francisco
ções", por

A Vida Exuberante
XVII", Vivaldo Coaracy;
neiro no Século
por
"Os

Soldados do Brasil ,
Bilac", Eloy Pontes; Grandes
de Olavo
por
"A
"Santos

Dumont", H. Brigole; Nova


Lima Figueiredo; por
por
"Culto

aos Heróis de Gua-


do Brasil"» Getúlio Vargas;
Política
por
"Laguna,
"O
Harnisch; a
Brasil eu vi", W. H.
rarapes"; por
que
"O

Paulo Barros; Brasil e suas riquezas ,


Grande Epopéia",
por
'Minha

minha Gentepor Afrânio


Waldemiro Potsch; terra e
por "Contos
"Através

Brasil", Olavo Bilac e M. Bonfim;


Peixoto; do
por

Bilac e Neto; Poesias Infantis ,


Pátrios", Olavo Coelho por
por
"O

Botas", Ofélia e Nerbal Fontes;


Olavo Bilac; Gigante de
por
"Kuxinin" "Os
"Cazuza",

Viriato Corrêa; Olga


por Jaguaribe;
por
"Rondon",

Benfeitores da Humanidade", F. Acquarone;


Grandes por
"O

Brasil em Marcha", Paula Achiles;


Bandeira Duarte; por
por
"Céu,
"História

Cid Franco; Ter-


Brasileira a
para Juventude", por
"O

Alberto de Oliveira; Brasil Imagem",


ra e Mar'.', pela por
por
"Getúlio "Política

Vargas", André Carrazzoni; e Letras",


Seth;
por
"O

Fusco; e o Centro", Duarte Filho;


Rosário Sertão
por por João
"O

Brasil na Economia Mundial",


por José Jobim.

distribuídos formas antes


O total de livros adquiridos e
pelas

mencionadas foi:

Em 1943 27.776

Em 1944 1 .• de novembro) 76.270


(até

um total de 104.040 volumes.


perfazendo geral

Festas e solenidades

A de tão notáveis atividades, a Divisão de Divulgação


par

cumpre outros imperativos do seu vasto e complexo


galhardamente

campo de ação, tais como a de solenidades comemorativas


promoção

das datas nacionais, imprimindo a essas festividades um


grandes
157
ATIVIDADES DO D. I. P.

cunho sempre novo e além disso, dar-lhes caráter


procurando, prá-

tico e duradouro. Assim, em 1943,

5 de setembro uma concentração dos escola-


de 1 a
promoveu
"Campanha

res na da Borracha
premiados

Usada", no Campo do Botafogo Foot~Ball

na da Boa Vista, sendo


Clube e Quinta

distribuídas, nessas ocasiões, funciona-


por

4.850 merendas aos es-


rias do D. I. P.,

colares referidos;

14 retretas em vários
em 10 de novembro foram organizadas

com a cooperação de
logradouros
públicos,

militares; no campo do
bandas de música

realizou-se um con-
Fluminense F. C.,

obteve o melhor êxú»


côrte sinfônico,
que
"Orquetra

da Sin-
to, com a colaboração

Municipal", sob a regên-


fônica do Teatro

Siqueira; no Museu
cia do maestro
José

exposição de
Nacional de Belas Artes, uma

exposição do livro
e mais uma
pintura,
41
de Álvaro Marins
Brasil imagem",
pela

(Seth).

Êste ano, foram realizados:

festas do aniversário da
comemorativas
a 25 de
janeiro

de São Paulo, com a colaboração


fundação

Orquestra Sinfônica Brasileira;


da

festa da Boa Vista, em


infantil, na Quinta
a 16 de abril

aniversário do Presi-
comemoração do

a colaboração das ban-


dente Vargas, com

das de música militares;

espetáculo estádio do Bota-


ao ar livre, no
a 17 de abril

mesmo motivo;
fogo F. C.,
pelo

com
7 em logradouros
retretas públicos,
a 19 de abril

dos asi-
de livros às crianças
distribuição

e de entradas
dos Expostos,
los e Casa

diversões às crian-
e casas de
circos
para

ças pobres;

filmagem da festa dos


completa pescado*-
a 19 de
junho

res em Paquetá;

em comemoração
missa no Russel,
campal
a 22 de agosto

havendo à
do Brasil na
à entrada guerra,

estádio do
sinfônico no
noite, concêrto

F. G.;
Fluminense
CULTURA POLÍTICA
158

da Se-
festa infantil, em comemoração
4 de setembro
a

o D. I. P.
da Pátria", fornecendo
mana

às
merenda e divertimentos
condução,

da Boa Vista;
crianças, na Quinta

Carlos Gomes,
festa infantil, no Teatro
15 de outubro
a "Semana

da Crian-
em comemoração da

II

.
ça

históricos
Datãs c acontecimentos

ou
do Departamento, pa-
de cerimônias promovidas
No recinto

solenidades e con-
realizaram-se diversas
D. I. P..
trocinadas pelo

merecendo des-
acontecimentos históricos,
datas e
ferências sobre

outras, as seguintes:
taque, entre

morte de Tiradentes:
da
do Dia Panamericano;
Comemorativa

Brasil; en-
holandeses do
expulsão dos
centenário da
de mais um

inauguração,
da Liga de Assistência;
diplomas a legionárias
trega de

de Edu-
I Congresso Panamericano
encerramento do
e
funcionamento

de Ad-
Interamericana
idem, da II Conferência
Física; idem.
cação

inaugural e de
Freitas; sessões
de Teixeira de
vagados; centenário

cursos de medicina
Nacional;
do Congresso Jurídico
encerramento

Congresso de
Defesa Nacional;
Liga de
de promovidos pela
guerra,

inauguração do
centenário da
comemorativa do
Brasilidade; sessão

a Morse; II Reunião
América e homenagem
elétrico na
telégrafo

Cartografia; Congresso
de Geografia e
Panameric^na de Consulta

da Asso-
ensino; instalação
estabelecimentos do
diretores dos
dos

alem
Brasileiro de Escotismo,
de Rádio; Congresso
ciação Brasileira

e alunos de
de enfermeiras
colação de
de várias sessões grau
para
—'
e técnico
secundário, superior
de ensino
diversos estabelecimentos

profissional.

Divulgação man-
interna, a Divisão de
Ao lado da
propaganda

via aérea, de informações para


tém um serviço semanal, gerais
por

incluindo recortes de
os Estados Unidos,
o exterior, notadamente

artístico e cultural
notas e comentários sobre o movimento
artigos,

outras notícias sobre


economia, finanças e várias
do Brasil,
politica,

o Brazilian Informa-
Dêsse serviço,
a vida e coisas brasileiras. para

a Brasileira da Coordina-
Nova York; Secção
tion Bureau, de para

cidade; o Dr.
Affaires, na mesma para
tion of the Interamerican

Department Building, em Washington,


Alfredo IPessoa, no Commerce

Francisco da Califórnia,
Geral do Brasil em São
e o Consulado
para

até 31 de outubro
um total de 1.232, e,
foram enviados, em 1943,

disso, a D.D. atende,


ano, 1.973 recortes. Além pessoal-
dêste

e
de numerosas
mente e correspondência personalidades
por pedidos

e fornecendo ma-
estrangeiras, esclarecimentos
entidades prestando

terial de do Brasil.
propaganda
ATIVIDADES DO D. I. P.

"

BrasiUreportagens"

"Brasil-Reportagens",

cujo número apareceu


A revista primeiro

uma vitoriosa.
março dêste ano, é hoje, dizer-se,
cm pode publicação

alcançado mesma:
adiante falam melhor do sucesso
As cifras pela

no sétimo número
uma tiragem, inicial, de 5 mil exemplares,
com já

31 mil, tendo vendido nesta capital,


a
passou

do 1.° número 2.564

" 9.333

2.°

" •• 7.350

30
»» 6.934

40
ti 11.824

5/>

Estados e dos últimos nú^


ainda o cômputo da venda nos
faltando

meros aqui no Rio.

matéria de
distribui, ainda, a paga
A Divisão de Divulgação

e repartições
dos organismos
origem oficial para-estatais
procedente

lei, a ser tôda


de acordo com a
da União, a passou
autárquicas qual,

nota da secção encarregada


D.l.P. Conforme
distribuída
pelo

foi esta a
em dez meses do ano corrente, publicidade
dêsse serviço, só

distribuída:

— a 600 da Capital
Brasil 143 jornais
Do Banco do publicações
" Estados
e a 24 doe
71 " 334 •
Da Caixa Econômica
" EsUdoa
e a 302 dos
286 -
Do Dep. Nacional do Café 28 "
"

Inst. Ap. P. Comerciários 11 "31 "

" n
Inst. Ap. P. Marítimos
^
—- "1
Inst. Nacional do Sal
n

do Dist. Federal 13 25 ^
Prefeitura

w 1
Ministério da Justiça

CINEMA E TEATRO
DIVISÃO DE

Imprensa e Propaganda,
Departamento de
organização do
Na

no tocante
útil e necessária,
missão se destaca, por
uma importante

nacionais.
teatro e à cinematografia
amparo ao
ao auxílio e

e
— de expressão do
outro formas pensamento
Tanto um como

de re-
elementos
constituem poderosos
artística que
de manifestação

do Governo do
encontraram da
— sempre parte
creação popular

estímulo revigorante.
apoio e
o mais decidido
Vargas
Presidente

tem sabido desen-


os dois serviços
superintende
A Divisão que

nacional,
favor da princi-
em propaganda
esforço apreciável
volver

é exibido na
tírasileiro, que
do Cine-Jornal
intermédio
palmente por

e dos Estados.
desta Capital
todos os cinemas
tela de

tanto de trans-
as restrições,
assinalar aqui
que
Cabe, porém,

dos estrangeiros
cinematográfico, países
de material
porte quanto
filme, no Bra-
comercio do
do
o decréscimo
provocaram
produtores,
CULTURA POLÍTICA
160

movimento inferior, nos dois últimos


um
sil, e, conseqüentemente,

a 1940, exemplo.
anos, em relação por

o D. I. P. foi obri-
semelhante estado de coisas,
Em face de

a restringir o número de
os seus trabalhos e, mesmo,
a limitar
gado

cópias de filmes
produzidos.

Cine-Jornal Brasileiro

69 Cine«-Jornal Brasileiro •
cm 1943, foram
Assim» produzidos
"shorts",

de 128.051 metros, e 358


22 num total
47 e
sendo
jornais

outubro, apenas 49
Em 1944, até 31 de
com 307 assuntos.
cópias,

"Cine-Jornal
dos 32 eram
foram executados, jor-
Brasileiro" quais

"shorts",
15.006 metros, e 303 cópias,
somando um total de
nais e 17

com 203 assuntos.

merecem destaque, do de vista


Das reportagens realizadas
ponto
"Vale

despertaram: a do do Rio Doce",


e interesse
técnico que
pelo
"Ouro

ferro e belezas naturais; Preto


suas reservas de
com
grandes
"Santos

Dumont, Conquistador do es-


e Congonhas do Campo";

"Debret "Nas

Rio de hoje"; Selvas do Brasil Central",


e o
paço";

de desbravamento das vastidões sei-


mostrando a obra civilizadora

"Rodovia
— Teresópolis";
interior brasileiro; Itaipava
váticas do

"Território
as ruínas de São Miguel, a ci-
das Missões'', vendo-se

em terras do Bra-
religiosa e artística edificada
dade pelos jesuítas

"Estradas
a rêde de Viação Férrea do Rio
de Ferro do Brasil",
sil;

"Marcha "Missão

seringais"; Gloriosa dos


Grande do Sul; a os
para

da F.E.B.,
do Brasil", mostrando os exercícios
Soldados preliminares

antes da travessia e che~


em Gericinó, desfiles nesta capital,
partida,
"Navegação

Aliada", mostrando as forças


a território italiano;
gada

missão de no Atlântico
aéreas e navais brasileiras em
patrulhamento

a visita Presidentes do Paraguai e


Sul, além de outros sobre dos

Nacional ao Rio
da Bolívia, e as excursões do Chefe do Govêrno

Grande do Sul, São Paulo e Minas.

filmes, editados de modo certo e regular, tiveram


Todos êsses

todo o território nacional. Isso, ape-


ampla e intensa divulgação em

em vez, o
sar da carência de transportes de
que, quando provoca

mercados exibidores do interior.


retardo no abastecimento dos

êxito referido, mesmo com os contra-


Para ter-se uma idéia do

como base o movimento de um mês,


tempos assinalados, basta tomar

teremos os filmes do D. I. P.,


o de dêste ano, exemplo, e
junho por que

em 608 cinemas dos 1.600


durante aquele foram exibidos
período

no e em 278 localidades, assim distribuídas:


existentes
pais

24 cinemas
Capital Federal em
"

• • ^89
São Paulo ....
" "

117
Minas Gerais
_ . . « »» 1 o w

Rio Grande do Sul 38

12
Paraná

t
ATIVIDADES DO D. I. P. 16!

M
Santa Catarina 10
M
Mato-Grosso 6

Pernambuco 53

Alagoas 3

Rio Grande do Norte 3

Bahia 22

Sergipe 3

Goiaz H

"
Rio de
Janeiro H

O brasileiro no exterior
filme

A D. C. T., no sentido desenvolver,


de a
quanto possível,

apresentação do filme brasileiro no exterior, acaba de estabelecer, de

modo efetivo, uma linha de divulgação do mesmo no Uruguai, na

Argentina e no Paraguai.

durante os festejos da Independência Nacional, as nossas


embaixadas nos referidos apresentaram, em sessões especiais,


países

os filmes D.I.P., entre os figuraram os


produzidos pelo quais que

dizem respeito ao e embarque da Fôrça Expedicionária Bra-


preparo

sileira. Deste último filme foram tiradas 25 cópias, distribuídas


para

todos os Estados da União. Para São Paulo, foram 7, sendo utili-

zado o avião no transporte os outros Estapos, de modo a


para pro~

aos residentes nos mais distantes leais do território nacio-


porcionar

nal, oportunidade de apreciarem o e dos nossos


preparo galhardia

bravos
patrícios.
"Esforço

com êsse, seguiu outro sôbre o de Guerra


Juntamente

do Brasil", contendo cenas de tôdas as atividades nacionais convo-

cadas a com cêrca de 800 metros de comprimento, em


para guerra,

face do o melhor aquilatar do trabalho desenvol-


qual povo poderá

vido elo Governo, no terreno administrativo,


quer puramente quer

no diz respeito à execução dos compromissos assumidos com os


que

nossos aliados.

o estrangeiro, e foram exibidos lá fora


Tiraram-se cópias
para

entre outros:

"A "Ouro
"The

of Brazil", Marcha os Seringais",


Jangadas para

Campo'' enviados os Estados Unidos,


Preto e Congonhas do
para

Nacional de Geografia; das Forças Expe-


intermédio do Conselho
por
"Santos

Portugal; Dumont, conquista-


dicionárias Brasileiras,
para
"Debret

e a Bolívia; e o
espaço", em espanhol, o Chile
dor do para
"Visita

do Presidente Penaranda ao
de Hoje", o Chile;
Rio
para

da especial em espanhol,
Brasil", a Bolívia, além para
produção
para

do Presidente Morínigo no Go-


o Paraguai, dos festejos da
posse

vêrno daquele amigo.


país

de e
Julgamento filmes programas

das secções mais importan-


de filmes, é uma
O que
julgamento

cabines montadas com os


D.C.T., e o dispõe de
tes da para que

— f. u
13«.eS7
POLÍTICA
162 CULTURA

e continua
de atividades
soma
requer
modernos, grande
reauisitos
o seu
Foi o segumte
rigoroso critério.
o mais
»">
executada
3

até 31 de outubro):
1943 e 1944 (êste
em
movimento

1943 1944

2.221 2.053

de filmes julgados
Número

1.262.980 1.158.738

mesmos filmes
dos
Metragem
11 903 9.524

filmes expedidos
Certificados de

foram submetidos
nesta capital
funcionaram
Dos cinemas que
organiza-
5.657
ano programas
D.C.T.. no passado,
exame do
a

ano em curso.
do
até 31 de outubro
dos, e 5.200

teatro nacional
ao
defesa e assistência
de
às medidas
Quanto
aos direi-
as de amparo
destacam-se
Departamento,
promovidas pelo
contra-
dos respectivos
de registro
exigência
tos dos artistas, pela
com regulan-
sido feito
o tem
sua validade, que
de
tos e a
garantia

em vigor.
com a legislação
de acôrdo
dade,

e artistas
dé contratos
Registro

1.163 con-
foram registrados
em 1943,
dêsse critério,
Dentro
O valor des-
31 de outubro
ano. até
no corrente
contra 983
tratos,
e
de 13.098.75Ü.DU
em cruzeiros
foi, respectivamente
ses contratos

13.176.596.00.

foi o seguinte:
artistas, o movimento
registro de
ao
Quanto

. 1943 1944

Músicos registrados:

1,2S
3
Nacionais

Estrangeiros

Aristas registrados:

699 302
mi-
Nacionais
911 157

Estrangeiros

Artistas Amadores Registrados:

Nacionais
^

Estrangeiros

teatro e 480 nos


699 de
1943, foram aprovados programas
Em

aprovaram-se
De outras diversões,
meses do ano em curso.
dez

outubro de 1944.
e 10.084, até 31 de
em 1943,
12.328
programas,

431
teatrais, e expedidos
245
Foram, em 1943, peças
julgadas

163 fo^
do ano corrente
nos dez meses
os mesmos;
certificados
para

expedidos 299 certificados*


ram e
julgados

e Teatro
a Divisão de Cinema
com essas atividades,
A
par
de di-
às casas
um serviço de fiscalização junto
exerce permanente
ATIVIDADES DO D. I. P. 165

versões, no sentido de assegurar a execução dos dispositivos


perfeita

legais, dispondo isso de


para encarregado das visita-
pessoal próprio,

in loco.
ções

DIVISÃO DE IMPRENSA

A ação organizadora do Estado Nacional colocou a imprensa em

condições de desempenhar, com elevação e eficiência, o de rele-»'


papel

vância excepcional lhe cabe no seio da comunhão. Ela não é,


que

como se sabe, apenas um veículo informações:


de tem, antes de tudo

e acima de tudo, a missão de educar, de formar, a índole, de


prepa-

rar e orientar a opinião É tão a sua influência em


pública. profunda

tôdas as esferas,
a social e a e tão necessá-
principalmente política,

rio imprimir-lhe diretrizes compatíveis com os interêsses coletivos,

a atual Constituição da República lhe consagrou


que ex-
preceito

considerando-a função Em virtude


presso, dêsse disposi-
pública.

tivo, foi o Chefe do Govêrno se apressou em regulamentá-la


que

de maneira integral, correspondesse às suas finalidades»


para que,

E a legislação emanou dos seus atos ateve aspectos


se a todos os
que

de ordem e econômica da matéria.


jurídica

O deixou de estar a mercê dos incapazes e dos deshones-


jornal

tos, deixou de ser uma improvização ao alcance de aventu-


qualquer

reiro as atividades condenáveis lhe ditassem e


para a
que ganância

a falta de escrúpulo. E os verdadeiros a ter


profissionais passaram

os seus direitos, agora culminados com a fixa-


plenamente garantidos

de salários compatíveis.
ção

Ao D.I.P. cabe uma função de assistência, de defesa da mis-

são do e ela é exercida diretamente direção


jornalista, pela geral

do Departamento, num ambiente de colaboração construtiva. Para

tanto, uma secretaria, sob sua imediata subordinação, se incumbe do

exame e de todos os referentes ao registro das


processo papéis publi~

cações de concessão às mesmas de importado do


periódicas, papel

exterior, do registro de correspondentes de brasileiros es-


jornais

trangeiros, de agências telegráficas, de oficinas e de em-


gráficas

de
prêsas publicidade.

Registro da imprensa
periódica

de dezembro do ano foram registradas


Até 31 pelo
passado,

D.I.P. 2.833 sendo:


publicações periódicas,

901 jornais

778- revistas

874 boletins

250 folhetos

21 guias

especificadas
não
f

CULTURA POLÍTICA
164

mais
31 de outubro, registraram-se
corrente, até
o ano
Durante

e 4 o
boletins, 22 folhetins guias, que
revistas, 139
34
14
jornais»

novembro dêste ano


em de para,
eleva o total primeiro
geral,

915

jornais
R1?

revistas

1 JJJ
boletins

"Ji
folhetos

• g
guias

não especificados *

3 046
Total

foram registradas 155


de 1943,
até 31 de dezembro
Além disso,

e 7 agências de
oficinas publicidade.
gráficas

mais 67 oficinas
de outubro, registraram-se
Êste ano, e até 31

o total da-
o eleva
30 agências de que geral
e publicidade,
gráficas

a 222 e o destas a 37,


quelas

em todo o
Registros concedidos pâís

distribuição dos
e feita a
com õs dados referidos,
De acordo

esta a situação
nacional, era ge~
unidades do território
mesmos
pelas

de novembro do ano corrente:


ral no dia 1.°

REGISTROS CONCEDIDOS

UNIDADES
Publi-
Total Emprê-
Oficinas
cações
das sae de
DA FEDERAÇÃO
Boletins Folhetos Guias n£o
Jornais Revistas Publi-
Publi-
cspeci- ráfica
cações cidade
ficadas

826 16 21
348 29S 141 6
Federal 30
Distrito
1 1 22
8 3 9
Alagôas
1 27
7 7 12
Amasonas
137 1 3
57 31 45 3
Bahia
3
47
18 11 18
Ceará
19 3
9 3 6
Espírito Santo
29 1
17 1 10
Goiai
6 1 20
12 1
Mato Grosso
7
6 1
Maranh&o
65 11 316
189 46
Minas Gerais
18 3 44
12 11
Pará
18
8 7 3
Paraíba
2 76
23 23 26
Paraná...
6 93
24 40 21
Pernambuco
1 18
8 2 7
Piaui
1 11
3 6
Rio Grande do Norte.
4
10 199
82 63 52
Kio Grande do 8ul...

43 5 135
60 26
Rio de Janeiro
42
34 2 5
Santa Catarina
12 28
194 356 84 930
289
Sfto Paulo
2 23
14 2 5
« A s t, I * • f
fierpl»..
2 5
3
Acre.

Amapá
T
Fernando de Noronha.
1
1
Guaporé

Iguassú
1
1
Ponta Porft

Rio Branco

67
9 3.046 30
812 1.013 272 26
Tarais. 915

%
ATIVIDADES DO D. I. P. 165

Importação de com Unha dágua


papel

De suma importância, também, é a tarefa de alçada do D.I.P.

referente ao cadastro e registro das de isenção


publicações que gozam

do impostos efeito de importação do


para com linha dágua. E
papel

é: neste setor sua


precisamente, a ação se faz sentir com extraor»*
que

dinária vantagem em face da crise assoberba o mercado de


que papel

imprensa, determinada
para conflagração mundial. A importa-
pela

do artigo sofreu, em conseqüência,


ção uma redução de 20% sôbre o

total importado em 1941, foi o ano-récorde do 1939-


que qüinqüênio

1943, controlado D.I.P. A estabelecida no acordo


pelo quota do

formulado com o norteamericano é, atualmente, de 36 mil


govêrno

toneladas anuais, tendo sido de 45.885 toneladas a importação no ano

de 1941.

Durante o ano em curso,até outubro


31 de último, foram con-

cedidos vultosos acréscimos de estrangeiro às exís-


papel publicações

tentes, as de conformidade com as autorizações feitas,


quais, fica-

ram habilitadas a consumir mais 12.865.459 do ano


no
quilos que

passado.

O abaixo indica, detalhadamente, Estados, a


quadro por quan-

tidade inicialmente fixada é igual à consumida durante o


(e que

ano de 1943) e os acréscimos concedidos no exercício.


presente

CONSUMO DE PAPEL COM LINHA DÁGUA, DURANTE O ANO DE 1944'

UNIDADES DA FEDERAÇÃO REGISTRO INICIAL ACRÉSCIMOS

Alagôas 47.878 69.823

Amazonas 124.140

Bahia 560.200 428.605

Ceará 157.675 403.792

Distrito Federal 16.028.746 6.168.770

Espírito Santo 71.654 200

12.475 2.040
Goiaz

30.476 15.000
Mato Grosso

Maranhão 56.658 80.000

Minas 1.124.231 676.441


Gerais

326.566 25.000
Pará

65.541 6.000
Paraíba

224.456 117.700
Paraná

639.167 903.891
Pernambuco

15.498
Piauí

264.100 21.260
R;o de Janeiro

34.049 6.000
Rio Grande do Norte

2.023.712 606.889
Rio Grande do Sul...

74.314 17.447
Santa Catarina

11.231.888 3.241.611
São Paulo

9.042 15.000
Sergipe

33.121466 12.865.469
totais

o até 31 de outubro de 1944.


dados acima abragem somente
Os período
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166 CULTURA POLÍTICA

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Ê interessante consignar sendo de Cr$ 1,80


que, por quilo,

o valor dos direitos e taxas a está sujeito o


aproximadamente, que

estrangeiro destinado à impressão, e de 45.987.935 o


papel quilos

fornecimento feito com isenção, foi de Cr$ 82.778.283,00 a impor-

tância economizada beneficiados e deixou,


pelos jornais que por

essa forma, de entrar nos cofres


públicos.

Agência Nacional

A Agência Nacional sempre foi e é, ainda, um dos setores de

maior importância do D.I.P., o único, aliás, existia nos


que pri-

mórdios da dirigida e veio organizado do antigo


propaganda já

D. N. P.

Por isso mesmo, como natureza e complexidade dos ser-


pela

viços lhe estão afetos, de uma situação dentro


que goza privilegiada

de engrenagem do Departamento.

Enquanto, exemplo, os outros setores do aparêlho estatal


por

funcionam, com alternativas, dentro do horário burocrá-


pequenas

tico rege o comum das Repartições federais, a A.N.


que públicas

executa em expediente bem mais muito se asseme~


prolongado, que

lha ao usado nas emprêsas Ela mesma é um


jornalísticas. já jornal

dentro do D.I.P. só lhe faltando, isso, as máquinas de com-


para

e impressão no caso, são supridas um moderno


posição que, por

mimeógrafo. Em algumas coisas está mesmo melhor aparelhada

um
que jornal.

Na sua organização há desde a figura clássica do secretário

e sub-secretário de redação até o expedidor, com e equipes


plantões

completas de redatores, repórteres, tradutores, taquígrafos, datiló-

fotógrafos, radiotelegrafistas, desenhistas, mensageiros, etc.,


grafos,

num total de 220 de ambos os sexos. A todos a A.N.


pessoas,

utiliza e mobiliza, dia e noite, a cada momento, dentro e fora do

Distrito Federal ou do onde haja um acontecimento, um inte-


país,

rêsse nacional a difundir. Nas suas bancas, ocupadas


qualquer

mais hábeis do brasileiro, redige-se


pelos profissionais jornalismo

desde o artigo doutrinário, em tôrno de assuntos


que pode girar

financeiros ou de outra ordem o


econômicos,
políticos, qualquer,

suelto, o artiguete despretencioso mas necessário cada caso,


para

nota social, artística ou esportiva, a repor-


até o noticiário comum, a

tagem, simples legenda acompanha a fotografia destinada ao


a
que

clichê.
ATIVIDADES DO D. I. P. 167

Os serviços são fornecidos aos


que produz da Capital
jornais

da República, em folhas mimeografadas ou em forma de comunica-

dos, e telefone, telégrafo


pelo pelo ou rádio a imprensa
pelo para

dos Estados e do exterior, aos também faz remessa de bole-


quais

tins impressos e correspondência epistolar, usando o correio comum

e o aéreo. Simultaneamente, ao lado das suas atividades externas,

fornece elementos ao trabalho de tôdas as outras Divisões do

D. I. P., transmitindo manipulando


e as impressões recebe de
que

fora e recolhendo e escoando a de cada uma delas.


produção

A Agência Nacional tem as seguintes subdivisões, superinten-

didas um diretor-geral e um vice-diretor:


por

— Serviço de Imprensa Local.

— Serviço de Imprensa do Interior.

— Serviço de Imprensa Estrangeira


(traduções).

— Serviço de Recortes de
Jornais.

— Serviço de Documentação assuntos, tomba-


(biografias,

mento).

Serviço de Copyright.

Serviço de Redação Especializada e comentá-


(tópicos

rios).

Serviço de Radiotelegrafia.

Serviço de Expedição.

10 Serviço de Estatística.

11 Serviço de Arquivo fotográfico.

12 Serviço de Laboratório fotográfico.

13 — Serviço Administrativo registro dé


(pessoal, pagamentos,

etc.).

14 — Serviço Taquigráfico.
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168 CULTURA POLÍTICA

4*41 1942 1943 1944


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ATIVIDADES DO D. I. P. 169

O exame retrospectivo das atividades dêsses setores nos últi-

mos anos, até 31 de outubro através das cifras ali-


quatro passado,

nhadas Serviço de Estatística, em for»


pelo dia, nos
perfeitamente

necem dados interessantíssimos (alam melhor as


do
que que pala-

vras. Assim, exemplo, o noticiário comum distribuído aos


por jor-

nais locais acusa o seguinte movimento:

-
JJÕt^UãõJõ^^JmeJTÂJ jopnaií do capital"

1941 | 1942 1 1043 I 1944

38587

II I I

300001—1
30000

n
n

28054
28054

I I I

200001
20000 1|-

I 13381 12717
12717 1 I
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¦ II I ¦

tioílccos fHI
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Legenda*

1942 1943 1944


1941

3.067 2.384 2.311


remessas 3.135
Número de

13.381 12.717 28.054 38.587


Número de notícias

das denota melhor distribuição do


A
queda primeiras parcelas

remessas, apesar de haver o noticiário.


serviço de quadruplicado

observa-se no movimento de serviço tele-


A mesma
progressão

os do interior do
recebido e transmitido país:
para jornais
gráfico

Telegramas do Interior' 1941 1942 1943 1944

18.002 23.035 22.136


12.852
Notícias

2.008.520 1.884.174 2.008.980


990.748
Palavras
i

Telegramas o Interior:
para

19.877 14.043 27.839


18.123
Notícias

957.715 1.215.308 2.673.432


898.148
Palavras
170 CULTURA POLÍTICA

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I 194 I I 194 2. I 944


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íloUccas Palavras RSs|


Legênda:

Êssc serviço refere-se, apenas, ao noticiário comum, recebido e

enviado através dos fios do Telégrafo Nacional. mais impor-


O

tante e urgente constitue matéria do Serviço Interestadual de Rá-

dio, recebido e transmitido estação da A.N., servida téc-


pela por

nicos e operadores habilíssimos, e acusou seguinte


o movimento:

Serviço Interestadual de Rádio: 1941 1942 1943 1944

Noticias 5.576 8.363 10.357 9.780


'
Recepção

Palavras 589.366 644.939


\ 827.992 805.125

'
Noticias 13.548 22.568 16.249 10.129
Transmissão

Palavras 1.112.453 2.172.149


{ 1.540.934 1.190.106

Por outro lado, o serviço de rádio feito de combinação com as

agências* estrangeiras, entre as figuram a United Press, Reu-


quais a

ter, a Associated Press e outras, só com a


produziu, dessas
primeira

organizações, no em exame:
quatriênio

1941 1942 1943 1944

Palavras transmitidas 659.768 710.920 482.275 253.630

"recomendado"
Chegamos, assim, a do serviço chamado
parte

abrange um setor de
que atividade das mais interessantes e úteis.

Nele, e uma equipe de redatores especializados,


por são
prepara-

dos artigos, notas e reportagens em torno dos mais


palpitantes pro-

blemas da vida nacional. Tomemos alguns exemplos: os Acordos

de Washington, a Sindicalização Rural, a Planificação Econômica

de Após-guerra, o Salário Mínimo dos recentemente


Jornalistas, pro-

«
ATIVIDADES DO D. I.' P. 171

mulgado. Cada um dêsses títulos fornece matéria variada e é expio-»

rado em seus diferentes aspectos, através da opinião de técnicos e

ligadas aos assuntos, focando


pessoas os de maior impor-
pontos

tância, de mais vivo interesse


a coletividade brasileira» Feito
para

isso, é enviado aos de maior autoridade no seio da opinião


jornais

ou, se uma divulgação, aos


pública, quando de
pretende grande

maior tiragem e territorial.


penetração

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Qto) Aprove U.C#/o)— Di/tr.f/nrjo)
• Dutrib. (
LEGENDA

referido serviço aparece com as ci-


No examinado, o
período

fras seguintes, sobremodo expressivas:

1942 1943 1944


1941

4.552 7.836
. • • • 2.204 2.643
Distribuído na Capital

2.476 2.802 5.246


.. 2.179
Aproveitados na Capital

13.363 226.277 193.517


interior .. 18.516
Distribuído no

alinhadas dizer da
melhor as acima para
Nada parcelas
que

também do valioso concurso


matéria fornecida, mas
da
qualidade

tem à imprensa
intermédio da A.N.,
o D.I.P., prestádo
que por

facilitando a sua missão»


o seu noticiário e
enriquecendo
patrícia

falhas obser-
transporte, com as conseqüentes
As dificuldades de

impediram uma
e orçjanização de comprovantes,
vadas na arrecadação

distribuída aos
da matéria
exata do aproveitamento
demônstração

do ter-
os mais longínquos
interior, e esta alcança pontos
do
jornais

Acre, etc.)»
Mato^Grosso, Amazonas,
ritório nacional (Goiaz,

mesmo insignificante,
dizer-se, muito
Contudo, pequena,
pode

rareiam e, com
interior os assuntos
No
foi a taxa de desperdício.

obtenção das informações.


êles, os meios de
Ú2 CULTURA POLÍTICA

O Serviço de Imprensa Estrangeira, equipado com um de


grupo

tradutores experimentados, fornece aos altos setores adminis-


pastas

trativos do com a tradução dos


país, recortes recebidos dos
jornais

do exterior, digam respeito ou


que interessar ao Brasil.
possam

Seu movimento, no dos


período anos referidos foi
quatro o

seguinte:

1941 1942 1943 1944

Recortes recebidos 16.785 16.551 5.872 4.363

Recortes aproveitados 4.038 2.952 1.749 1.409

Linhas traduzidas 95.442 141.226 80.066 81.113

Seav/ço IMPRENSA ESTDAHCEIQA

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1942. 1943 194-4

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LECSNDA: RECfc B fITm ApwoyEtT. ffTO;UNHA/TRADUZ

Serviço
paralelo é feito sôbre recortes dos
desta capital,
jornais

dos em 1943,
quais, foram manipulados 133.789 e, êste ano, até 31

de outubro último, 175.110.

No Serviço Taquigráfico,
só em dez meses de 1944, foram

computados 140.854 linhas, na sua maioria discursos


pronunciados

,afora alguns
fs República proferidos por persona-
rj
lidades ilustres em congressos e conferências
sôbre diversos assuntos.

Não menos importante


é a colaboração
que presta a A. N. aos

daqui, dos Estados


jornais, e do exterior, com o seu excelente serviço

fotográfico,
o dispõe de
para que um amplo
e moderno laboratório e

de um vasto e sortido arquivo em cujas coleções estão os vultos de

maior
na cena nacional
projeção e mundial
e os aspectos dos
prin-
cipais acontecimentos
ocorridos no no último decênio.
país Foi êste

o movimento
do referido
Serviço:

1942 1943
a 1941 1944
A^mvojcóplas
ajkcionadas)
53.855 26.992 14.120 12.277
Laboratório
(cópias fornecidas) —
64.593 96.116 67.055
ATIVIDADES
DO D. I. P. 173

DIVISÃO DE TURISMO

Modernamente turismo
,o é um dos recursos de
grandes os
que

lançam mão melhor


povos para desenvolvimento intercâmbio
do eco-

nômico, cultural e até


sendo de fato modelares
político, as organiza**

especializadas de certos
ções com um
países, proveito próprio, sequro

e evidente.

Os técnicos utilizam-se de todos os motivos de beleza e de sedu-

dos aspectos naturais


ção, e da criação do Humano atrair
gênio para

o forasteiro, tornando a nos sítios amenos e aprazíveis


permanência

o mais agradável com a cumulação de todos os requisitos


possível de

conforto.

Por isso, entre os diversos órgãos compõem o Departamento


que

de Imprensa e Propaganda foi, incluído


também, um com a finalidade,

expressamente determinada em de superintender, organizar


lei, e fis-

calizar os serviços de turismo interno e externo.

A sabedoria das medidas ditadas Govêrno são amplamente


pelo

recursos o turismo oferecer


justificadas pelos que no Brasil,
pode

dada a extensão do seu território, a riqueza de seus acidentes natu-

rais, a excelência dos seus climas e águas medicinais, suas


preciosi^

dades históricas e, ainda, tôda essa civilização nova entre se


nos
que

num ritmo acentuado de e


processa, de inteligência, condi-
progresso

e colocam a nossa terra em de relêvo


ções qualidades que posição

entre os demais
paises.

O escopo da organização criada Estado, dentro


primordial pelo

das atribuições referidas, tem sido o de coordenar as iniciativas e

empreendimentos das administrações e entidades


públicas privadas,

tutelando-as, suprindo-as e estimulando-as


para que possam prospe-

rar e os resultados desejados, vencendo dificuldades intime-


produzir

ras às vieram ainda, as decorrentes da anormalidade


quais juntar-se,

criada
pela guerra.

Exposições, concursos e outros certames


feiras,

com as correntes turísticas


Em conseqüência, pràticamente para-

atividades da Divisão, nos dois últimos anos, tiveram de


lizadas, as

ao campo interno. Realizaranuse, então, diversas expo-


restringir-se

concursos e outros certames atrai-


sições, feiras, navios-feiras, que

alcançando notável sucesso.


ram concorrência,
grande

do Estado Nacional, realizada na Capital


Assim, a Exposição

de 1942, comemorar o
Federal, em novembro para primeiro quinquê-

em 1937, foi, sucessivamente, aproveitada


nio do regime inaugurado

Florianópolis, Pôrto-Alegre e, finalmente,


em São Paulo, Curitiba,

ocasião do centenário desta cidade.


êm Uruguaiana, por
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174 CULTURA POLÍTICA

Em novembro do ano realizaram-se, também, nesta capi-


passado,

exposições — a
tal, duas de Cooperação Brasil-Estados Uni-
grandes

dos e a de Arquitetura Brasileira, ambas magnlficamente instaladas

na sôbre-loja e térreo do do Ministério de Edu-


pavimento palácio

cação. Ambas constituíram uma das mais importantes e bem organi-

zadas mostras levadas a efeito D.T. e ficaram durante um mês


pelo

abertas à visitação
pública.

Seu escopo foi mostrar a identidade de sentimentos unen^


que

as duas Repúblicas do Continente Americano e dar uma


grandes

demonstração do esforço de do Brasil a vitória dos nos-


guerra para

sos aliados.

Em seguida a essa fase de tão resultados, a D.T.


proveitosos

esteve, durante alguns meses, com suas atividades reduzidas, em

conseqüência da e da modificação operada em sua direção.


guerra

Seu novo diretor, assumindo o cargo em dêste ano, teve logo


junho

de cumprir importante missão de aproximação à intelectuais


junto

dade uruguaia e argentina, visitando as duas capitais e nelas


platinas

realizando uma série de notáveis conferências como membro da Mis-

são Cultural enviada nosso Govêrno.


pelo

Tanto em Montevideu como em Buenos Aires, o diretor da

D.T. teve ocasião de sugerir várias no sentido de


providências

intensificar o turismo entre os respectivos Assim,


países. promoveu

a visita de orquestras brasileiras a Montevidéu, tendo sido,


próxima

também acolhido com muita simpatia, intendente daquela Muni-


pelo

cipalidade, a idéia de visitas de companhias teatrais, con-


periódicas

ferencistas, orquestras seletas e números de artistas. Na


pequenos

mesma ocasião ficou resolvida a vinda ao Rio de e São Paulo


Janeiro

de um número de alunos e alunas do Instituto Brasil, tendo,


grande

em dias, a lista de candidatos à viagem subido a duas dezenas,


poucos

com o entusiasmo
geral.

Tudo indica, aliás, com o fim da e normalizados


que, guerra

os transportes, o turismo altura no Brasil. Para tanto, o


ganhará

D.I.P. organizou um vasto de atividades, entre os


já programa

se incluem as seguintes:
quais

Futuras atividades, de caráter estático


Organizar um arquivo de tudo inte-
grande quanto possa

ressar imediatamente aos outros a saber: fotografias e a-


paises, gr

vuras dos onde a natureza oferece aspectos


panorâmicas ainda
pontos

Goiaz, Mato-Grosso, Amazonas; fotografias das cida-


primitivos:

des e lugares cujo clima é ao repouso e à convalescença;


propício

fotografias das favoráveis


praias ao recreio, aos banhos
principais,

e à tranqüilidade, e de todos os elementos de conforto de as


que

mesmas disponham; fotografias das cidades com os as~


principais,
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ATIVIDADES DO D. I. P 175

de tudo nelas existe, no se relaciona com o


pcctos quanto quer que

de residências modernas,
pitoresco (locais passeio, jardins, parques,

recursos de transporte, teatros, cinemas, etc.), no se rela-


quer que

ciona com as de cultura museus,


preocupações (biblioteca, academias,

instituições científicas, campos esporte, laboratórios,


de etc.); foto-

de tudo tem sido feito, sobretudo dez


grafias quanto nos últimos

anos da administração,
o Go~
quer pelas privadas, que
iniciativas

vêrno estimulou, iniciativa da administração


quer por própria (edi-

fícios, estradas, reformas, indústrias, institutos, artes, transformações

agrícolas, obras militares,.portos, lavoura, etc.) em todos os Estados.

O acervo fotográfico deverá ser acompanhado de informações descri-

biografias, notícias históricas, esclarecimentos em


ções, etc.,
gerais

inglês, francês e espanhol, menos;


pelo

— Vistas dos monumentos ou construídos),


principais (naturais

relíquias históricas, igrejas, estátuas, florestas,. etc.; arquivo


pontes,

fotográfico de todos os vultos da história nacional


grandes (escrito-

res, sábios, artistas, industriais, inventores, mé-


políticos, professores,

dicos, romancistas, tribunos, benfeitores,


juristas, poetas, jornalistas

filantropos ,etc.); arquivo de mapas, desenhos e estatísti-


gráficos,

cas resumam os resultados dos nossos esforços e o fruto do nosso


que

trabalho, também acompanhados de textos, curtos, sintéticos, acessí-

veis, em inglês, francês e espanhol.

Essa a estática caracterizará as ativida-


parte propriamente que

des e da Divisão de Turismo, enquanto.


permanentes quotidianas por

Atividades dinâmicas se seguirão


que

Há, todavia, a dinâmica variar com o tempo e


parte que poderá

com as advertências da sua execução, e são as diversas iniciativas

ocasionais, de importância, não exigem cautela na continuidade:


que

promover conferências, ilustrações Estados


com aqui e nos

acêrca da atualidade nacional e das de novas atividades;


perspectivas

provocar a visita de estrangeiras de relêvo,


personalidades

indicando-lhes tudo nos interessa conhecer seu intermé-


quanto por

dio. Explicar-lhes a significação da nossa evolução histórica, afim

de compreender os laços a atualidade ao


que possam que prendem

e ao futuro do Brasil;
passado

promover contactos entre os centros nacionais de cultura, me-

diante visitas recíprocas;

distribuir cartazes, cartões folhetos e livros,


postais, pequenos

nas estradas de ferro internacionais, nos centros


acêrca do Brasil,

bibliotecas, lugares idôneos das cida-


de cultura, nos hotéis,
públicos

Sul, do Norte e do Centro);


des americanas (do

promover a construção de hotéis, em lugares


pitorescos

montanhas, estações de águas, etc.) mediante favores legais


(praias, 11

; i
'

J
176 CULTURA POLÍTICA

concedidos às iniciativas seguir os


particulares, que queiram planos

aprovados nesse sentido;


pelo govêrno

estimular a visita de companhias teatrais, de conferencistas,

de músicos e orquestras, de acôrdo com os demais órgãos adminis-

trativos disto se ocupam;


que

estimular a visita de escritores, e


jornalistas, políticos perso-

nalidades de destaque, nos outros demonstrem desejo de


países, que

conhecer o Brasil e inferir no desenvolvimento das suas re-


possam

lações externas;

manter serviço de intemcâmbio esperitual


um e
permanente

cultural entre os Estados e o Rio de


Janeiro;

provocar aproximação mais íntima com os serviços de coo-

intelectual, do Ministério do Exterior, afim de


peração poder parti'

cipar dos seus desde e, futuramente, intervindo no


programas já

intercâmbio cultural em harmonia com os referidos daque-


programas

les antigos e ótimos serviços;

provocar
aproximação mais íntima com o Serviço Nacional

do Teatro, afim de agir em harmonia com o mesmo, na expansão

cultural constitue seu


que programa;

manter
serviços de coordenação e cordial com as
quotidiana

outras direções do D.I.P., delas obtendo apoio, afim de os


que

outros assuntos relativos às expectativas do turismo atual,


próximo

e futuro, ser completadas a tempo;


possam

—*
idêntica cooperação dos serviços de turismo da Pre-
provocar

feitura do Distrito Federal, assim como dos das demais Municipais

dades brasileiras;

instituir
serviços de informações sobre a atua-
permanentes

lidade nacional, dos de vista materiais, intelectuais e cultu-


pontos

rais, afim de compreendam os objetivos em se inspiram todos


que que

os órgãos do Govêrno. Essas informações, traduzidas em inglês,

francês e espanhol, terão distribuição espontânea ou solicitada, con-

forme as circunstâncias.

Outras medidas oportunas

Como um de turismo deve envolver tôdas as compa~


programa

nhias de transportes marítimos e aéreos), com elas


(ferroviários,

manter~se~ão métodos de mediante recipro~


permanentes propaganda,

cidade, exemplo, e, também, contactos com os servi-


por permanentes

análogos de outros O intercâmbio, nestes setores,


ços países. será

ampliado cada dia, até se tenham conseguido resultados sensíveis.


que

Os contactos com a imprensa estrangeira esti-


permanentes serão

. mulados e ampliados, até se instituir serviço efetivo de


que possa

intercâmbio intermédio de informações escritas


por e fotográficas,

sobretudo interessar nos visita.


quanto possa a
quem
ATIVIDADES
DO D. I. P. 177

Assim, e logo se restabeleçam as


que comunicações com o mundo

inteiro» a Divisão deverá estar aparelhada


um rápido de
para plano

Enquanto isso,
propaganda. e antes seja restaurar as
que possível

relações com
profícuas o exterior, agora
perturbado' a
pela guerra,

D.T. continuará fomentando


o turismo interno, de maneira a esta-

belecer correntes de recíproca


comprensão nacional. Nêsse sentido,

está em andamento uma série iniciativas,


de dentre as a
quais pró-
xima Exposição da Bahia, onde haverá um destinado ao
pavilhão Es-

tado Nacional.

O ano de 1945,
será a D.T. ano
portanto, para um de
grandeA

atividades, com a reorganização completa dos seus serviços, traçados

de modo a aparelhá-la
a retomada do turismo
para dos vários
que,

se encaminharão
países, o Brsil.
para

DIVISÃO DE RÁDIO

A Divisão de Rádio, a da missão


par primordial lhe cabe de
que

levar aos ouvintes nacionais e estrangeiros tudo fixar-lhes


que possa

a atenção sôbre as atividades brasileiras, em todos os domínios do

conhecimento humano, tem escopo superintender os serviços ra^


por

diofõnicos no território nacional, fiscalizando-os orientando-


e o| em

suas atividades culturais, sociais e

políticas.

Como tivemos ocasião de assinalar,


já é êsse um verdadeiro tra-

balho dé cooperação e de coordenação se tem desenvolvido em


que

diversos sentidos e conseguiu chegar a um alto de unidade de


grau

espíritos e de esforços numa atmosfera do» compreensão e


perfeita

espontânea colaboração de tôdas^as


por emissoras nacionais,
parte

somam, hoje, um total de 110.


que

Assim, e mirradiações em rede, ou


quer meio de estações iso-
por

ladas, em ondas médias ou em ondas curtas,


quer o microfone oficial

do D.I.P. irradia, continuadamente, comunicados informativos diá-

rios, além de especiais, reportagens tôda


programações de natureza e

números variados de música, conquistar o


procurando grande público,

o não lhe tem sido difícil e melhor ser aquilatado


que pode pelo

interêsse manifestado estrangeiros e ouvintes do interior,


por pelos

em volumosa correspondência, esclarecimentos, fazendo su-


pedindo

e opinando sôbre as irradiações feitas.


gestões

"Hora

do Brasil''

"Hora

De suas atribuições destaca-se o radiofônico —


programa

— irradiado em amplos e modernos


do Brasil" moldes, em cadeia

com tôdas as emissoras brasileiras e em ondas curtas o exterior.


para

"Hora

Consta a do Brasil" de uma musical e outra de


parte

informações em e de crônicas e comentários.


geral

— —
186.687 F. 12
f»'3|ü\ ff %

CULTLRA POLÍTICA
178

Tr£s são as finalidades dessa irradiação: informativa, cultural e

Como informação, é uma de contas diária do Go-


cívica. prestação

ao Narra, com simplicidade e clareza, os atos e inicia-


vêrno
povo.

autoridades constituindo, dessa forma, o melhor e mais


tivas das

documento das realizações do Chefe do Govêrno e do


convincente

Estado Nacional.

"Hora

vista cultural, a do Brasil" incenti-


Do de
ponto procura

da boa música, mediante a audição de de autores


var o páginas
gôsto

tornar conhecida a arte em tôdas as suas mani~


célebres, e popular

nas diferentes regiões do ensina a conhecer e amar a


festações país;

brasileira, com descrições das nossas cidades importantes, das


terra

hidro-minerais e dos de atração turística do Brasil,


estações pontos

mesmo meio de reportagens, erônicas e


ao tempo palestras,
que, por

e os acontecimentos de relêvo, uma obra


divulga, comenta
justifica

realizada ou ato ou empreendimento digno de des-


pública qualquer

taque, aproximando-se, assim, do tipo ideal de um bom


jornal.

"Hora

Para cumprir a sua finalidade cívica, a do Brasil" tem

nas recordações do nosso de os moti-


procurado, passado glórias,

vos de exaltação e de entusiasmo devem estimular o nosso


que povo

ao bom desempenho das tarefas do As da nossa


presente. páginas

história, cheias de exemplos de bravura, de desprendimento e de amor

à Pátria, são lembradas a todo o momento, os brasileiros


para que

não esqueçam nunca as datas da nacionalidade e recordem,


grandes

orgulhosos, os nossos heróis, suas vidas e a expressão do reali-


que

zaram.

* •

As cifras adiante inserimos, sôbre fornecerem uma visão de


que

conjunto do funcionamento dos diferentes setores da Divisão de Rá-

dio, dão-nos uma idéia segura das sua$ múltiplas atividades nos anos

de 1943 e 1944, êste computado, apenas, até 31 de outubro último.

"Hora

Começamos do Brasil", realizou 301 irradia-


pela que

em 1943, contra 253, até o referido de 1944, divididas


ções período

em duas a falada e a musicada.


partes:

Na falada, observou-se o seguinte movimento:


parte

1943 1944

Noticiário Capital e dos Estados


geral (da 23.065 20.785

Palestras do Ministro Marcondes Filho 43 40

Crônicas
248 90

Comentários de Nova York o Brasil


para 291 252

Independente das crônicas de interesse nacional lidas micro-


pelo

fone oficial, na Capiaal da República e na do Estado de São Paulo,

"
? 2.650 outras» intermédio do seuserviço de copyright'\
por Êste

a Divisão fez irradiar, em 1943, demais


pelas emissoras do Brasil,
ATIVIDADES DO D. I. P.

ano, e emm dez meses, apenas, tal serviço aumentou sete vêzes,
quase

elevando-se a 17.139. ^

Na musicada, foram irradiados:


parte

1943 1944

^ Programas de estúdio 235 201

Programas de 20 45
gravações

Programas de intercâmbio 46 21
(retransmissôes)

Êsses foram assim organizados:


programas

1943 1944

Música artística 169 101

Música 52 84
popular

Música militar 34 26

Convém, também, assinalar setenta cento dêsses


que por pro-

foram constituídos de música brasileira. Mais ainda: 88


gramas

artistas e conjuntos violinistas, violoncelistas,


(cantores, pianistas,

orquestras, conjuntos instrumentais, bandas de música, conjuntos vo-

cais e matestros) dos em 1943, elevando-se


participaram programas

êsse total a 245, nos dez meses do ano em curso.

Por outro lado, a Divisão, em suas outras atividades .examinou,

o ano 27.396 de rádio e 5.678 letras de com--


passado, programas

apresentadas e de nacionais, estrangeiras e co-


posições gravações

Êste ano o movimento foi, respectivamente, de 16.994 e


merciais.

4.764. Por êsses exames, exclusão feita das de caráter


produçeõs

interêsse nacional, são isentas de taxa, a Divisão


cultural ou de
que

78.198,00, em 1943, contra cruzeiros 59.882,00,


apurou cruzeiros

em dez meses do corrente ano.

D.R. 46 serviços de alto-fa-


Em 1943, fora mregistrados
pela

tendo sido de 32, em 1944.


lantes,

a Secção Técnica da D.R. realizou 550 ser-


No ano
passado,

218 irradiações externas em comparação com


viços de alto-falantes e

feitos em dez meses de 1944. As irradia-


428 e 70, respectivamente,

aparlhos instalados foram utilizados diversos


externas e os por
ções

organizações oficiais e
Ministérios, particulares.

' ondas curtas, foram irradiados 1.272


1943, estações de
Em
por

em língua-espanhola, com antenas dirigidas


650
boletins ,dos quais

e 620 em inglês, dirigidas as antenas, simul-


a América Latina,
para

Estados Unidos e a Inglaterra. Nos dez meses


os
tâneamente, para

dêsse foi de 728, sendo 383,


ano, o total de irradiações
dêste gênero

inglês e 345 em espanhol.


em

ter-se uma idéia da cooperação crescente


outro lado, e
Por para

a cada vez mais entre o D.I.P. e


vem sempre
se
que processando

basta dizer nos dez meses computados


as emissoras nacionais, que,

1 irradiação em rede nacional e 5


1944, foram feitas: parciais,
de
180 CULTURA POLÍTICA

; 1 ' ' >! „f %


,
/

tendo colaborado com o Departamento nesses serviços as seguintes

;-T?v'!-

estações:
;

P.R.F. vêzes

p.r.d. 5 "

P.R.D. 4

P.R.E. 6 1

P.R.D. 1 vez

Rádio Cultura de Campos i

Rádio Difusora de Petrópolis 1

Tôdas as emissoras da capital 2


paulista

P.S.H., P.S.L. e P.S.F. 1

Tôdas as emissoras do Estado de Minas 1

P.R.D. 1

P.R.E." 3 2

P.R.G. :...... 2

P.R.B. 7 I

P.R.A.
1

P.R.A.
1

SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO
fc.

Como dissemos início dêstes trabalho, o Serviço Administra-


de

criado lei e superintendido um diretor


ção, em comissão,
por por

enfeixa as atividades de treze setores diferentes. Na esfera das suas

atribuições todos êles assistência continuada


e às
prestam permanente

diversas Divisões do D.I.P., em tudo exige sua colaboração,


a
que

e cuidando da administrativa dos assuntos.


parte

Da maioria de tais serviços ou nada há a divulgar, dada


pouco

a função interna exercem, de nenhum interêsse o


que para público

em Contudo, destacaremos dando


geral. alguns,
precedência, pelo

caráter cultural encerra, à


que


y
Biblioteca

Especiliazada em economia, finanças e história, a Bi.


politica,

blioteca dispõe, ainda, de uma linha de assuntos diversos entre os se

incluem obras técnicas, literárias e artísticas. Até meados de 1944

ela os livros da antiga biblioteca da Câmara dos Deputados,


guardava

os foram, depois, retirados outro local. Data de então,


quais para

a verdadeira instalação da Biblioteca do D.I.P., a


portanto, qual,

a se foi organizando com doações e aquisi-


pouco pouco, pequenas

dentro da verba lhe foi atribuída.


ções que

Assim, em 31 de»dezembro de 1943, era de 2.116 o total de

livros existentes em suas estantes, com o seguinte movimento durante

o ano:
v

Empréstimos e consultas 2.764

Volumes registrados 657

Volumes adquiridos 199

Volumes doados 458

Registro de decretos 3.992


ATIVIDADES DO D. Í. P. 181

"Empréstimos

Desenvolvendo o título e consultas" idiomas,


por

temos:


)

Obras em 1.533
português
•• ti
inglês 1.055
»»
espanhol 153
• »*
francês 19
»» t»

italiano 4

2.764

Em 31 de outubro do ano em curso, o número de livros existen-

tes era de 2.697, com o seguinte movimento:

Empréstimos e consultas 2.766

Volumes registrados 281

• »

adquiridos 300

»*

doados 281

[XXI
Registro de decretos «... 4.000

Das obras emprestadas e consultadas eram:

cm 1.597
português

inglês 766

espanhol 231

francês 100

italiano 72

2.766

"Registro

A rúbrica de decretos" indica o número de atos do

Federal ditados e registrados em livros apropriados,


Govêrno para

consulta.

A Biblioteca é assinante de 26 revistas estrangeiras sôbre diver-

assuntos, notadamente de rádio-técnica, atender os serviços


sos para

respectiva Divisão.
da

Secção de comunicações

o Protocolo Geral, o Arquivo Geral e a Expedição.


Formam-na

uma idéia do movimento do Protocolo Geral, basta


Para ter-se

foram registrados em
dizer que

11.409
1942 papéis

1943 15.947
»»

1944 até 31 de outubro


Ü*.800

mesmo Arquivo, foram catologados:


No pelo
período,

1942 11.909
processo®
»»

1943 16.507

1944 até 31 de outubro 26*398


. . ¦. . » 1 * ¦*. "¦ . , -r
%,
•' ¦ *v * ' * '*%¦$%/ ' " ' ' "j. $ '
1 u v *-c - tf* ?¦• y*^ *' *? A*-
$ J**L v* v1 f^\^s \

182 CULTURA POLÍTICA

Finalmente, a Expedição numerou e expediu, entre oficios, tcle-

"Diário

certidões e matéria o Oficial":


gramas, portarias, para

em 1942 /. 6.587
"

1943 7.567

1944 até 31 dc outubro 14.348

Além disso, a turma da Expedição datilógrafa a correspondência

a ser remetida e confecciona e distribui, Divisões, Serviços e


pelas
"Boletim

Secções, o de Serviço", mimeografado, onde são


publicados

todos os atos se relacionam com o D. I. P.


que

Discoteca e Filmoteca

A Discoteca e conserva os dicscos adquiridos ou


guarda grava-

dos D.I.P., trabalhando conjuntamente com a Divisão de Rá-


pelo
"Hora

Ê ela fornece os discos na do Brasil",


dio. passados
que

auxiliando-a, na organização dos musicais. Em


portanto, programas

31 de outubro último, era êste o movimento da Secção:

discos arquivados 5.744


"stock". 350

discos cm

discos em duplicata .. 400

do D.I.P 495
gravações

total de discos 6.989


geral

As do D.I.P. são de duas espécies: discos falados e


gravações

discos musicados. No referido, dos 495 existentes, 305 eram


período

falados 24 discurso do Presidente Vargas) e 190 musicados.


(sendo

A Filmoteca, seu turno, e conserva, também, os


por guarda

filmes nacionais adquiridos ou confeccionados D.I.P., traba-


pelo

lhando conjuntamente com a Divisão de Cinema e Teatro.

Em seus arquivos e estantes estão os cinematográficos


jornais

devidamente fichados assuntos e segundo as regiões suas


por que

cenas fixaram.

SEÇÃO DE INTERCÂMBIO LUSO-BRASILEIRO

Foi instituída em 1942, em seguida a um acordo .estabelecido

entre o Departamento de Imprensa e Propaganda e o atual Secre-

tariado Nacional de Informação e Cultura Popular, de Portugal,

com o fim de alargar a nossa e melhor vincular,


propaganda pelos

laços do espírito, os dois irmãos, na base de um intercâmbio


países

literário, artístico e turístico luso-brasileiro.

A Secção a funcionar em março daquele ano, reali-


principiou

zando a sua-primeira comemoração com a organização, no


pública

salão de conferências da A.B.I., na tarde de 18 de abril, de uma

reunião literária sôbre Antero de cujo centenário ocorreu


Quental,

nessa data.

1
ATIVIDADES DO D. I. P. 1

A (oi embaixador de Portugal, dela


solenidade
presidida pelo

os escritores Manuel Bandeira e Cortezão e a


Jaime
participando

Margarida Lopes de Almeida. Logo depois, tendo con-


declamadora

Secretariado uma verba especial, a Secção Portuguesa do


seguido do

"Antero

instituiu os de destinados aos


D.I.P. Quentaí",.
prêmios

dois melhores artigos na imprensa brasileira sôbre a vida


publicados

ou a obra daquele O atribuiu êsses foi esco-


poeta. juri que prêmios

lhido, combinação, entre o embaixador e os diretores


por português

do D.I.P. e da Secção respectiva, e ficou constituído escri-


pelos

tores Lúcia Miguel Pereira, Pedro Calmone Edmundo da Luz Pinto.

A êle- concorreram 58 artigos de autores tanto brasileiros como


por-

tugueses, no Brasil.
publicados

Outra iniciativa da Secção foi a divulgação,


portuguesa promover

meios cultos de Portugal, da literatura e da vida literária brasil


nos

Essa divulgação é feita com a remessa de originais» muitos


leira.

acompanhados de documentos ou ilustrações. As-


dos
quais gráficos

e incluindo os vários de literatura, foram enviados


sim,
gêneros já

a imprensa diária e revistas, da metrópole,


para portuguesa para quer

ultramarinas, algumas centenas de originais, os


das
quer províncias

têm sido com apreciável destaque*


quais publicados

simultâneamente com a sua instalação, a Secção Portu<-


Quase

D.I.P. a distribuir aos suplementos literários de


do
guesa passou
^escri"

alguns brasileiros trabalhos inéditos de


dos
principais jornais

Êsses originais iniciaram o serviço conhecido


tores pela
portugueses.
"Atlântico",

completado mais tarde com


denominação de copyright

número da revista tem o mesmo


o aparecimento do que
primeiro

vai de abril a dezembro de 1942, foram


nome. Só no
período que

71 originais de escritores
publicados portugueses.

vem mantendo um serviço regular


A Secção ainda, e
promoveu,

sôbre a vida cultural brasileira, fome-


de informações telegráficas

estudos, conferências e entrevistas, entre


cendo resumos de artigos,

muitas vêzes, sua


o de mais importante se
que publica, permitindo,

Portugal, logo no dia se-


reprodução comentada, na imprensa de

ao do seu aparecimento no Brasil. ,,


guinte

enumeram-se outros serviços de informação, Yuja


Além dêsse,

no corrente ano, foram as seguintes:


espécie e
quantidade,

530
Fotos de atualidades

Fotos de monumentos artísticos e históricos 46

Retratos de diversas 200


personalidades

Livros D.I.P 4.000


publicados pelo

livros e da Biblioteca Nacional 80


Fotos de (reproduções)
gravuras

de escritores, cientistas e artistas '


Noticias bio~bibliográficas
personalidades,

brasileiros 90
184
CULTURA POLÍTICA

Outra atividade da Seção consiste


em estimular o intercâmbio

entre as instituições culturais do Brasil e de Portugal. Essa obra

tem sido feita dentro dos limites impostos


dificuldade de
pela trans-

Ainda assim, no
portes. embarque realizado,
primeiro enviaram-se

seis caixotes contendo


do Arquivo
publicações Nacional, do Instituto

do Livro e do Serviço do Patrimônio Histórico


e Artístico Nacional,

além de apreciável
quantidade de volumes de várias espécies de
pro-

cedência. Uma segunda remessa feita compreendia


oito cai-
grandes

xotes com edições de valir bibliográfico


promovidas Governo
pelo

brasileiro, como a de Barleus,


em formato;
grande obras da Aca-

demia de Letras, Ministério das Relações Exteriores,


do D.I.P
"A

(entre os
Nova Política do
quais Brasil", do Presidente
Varl

etc.
gas),

Por outro lado, desde a sua instalação


até a data, a
presente

Secção, atendendo
a expressos,
pedidos ou iniciativa
por dis-
própria,

tribuiu alguns milhares de exemplares de obras culturais recebidas de

Portugal. A maioria delas destinou~se


a academias, educandários,

bibliotecas, institutos,
professores, intelectuais, repartições, etc.

Outro dos mais importantes,


ponto, da de aproximação
política
"Brasília",
cultural luso-brasileira é a fundação da revista
do Insti-

tuto de Estudos Brasileiros da Universidade de Coimbra. Trata-se

de uma de
publicação cêrca de mil
páginas, em formato,
grande

densa de conteúdo, voltada exclusivamente


o estudo do nosso
para

dos seus diferentes aspectos


pais,
passados e nos vários
presentes,

campos e atividades de espírito. Da mesma forma, outras


publica-
"Aventura",
ções portuguesas como a revista universitária
estão inse-

rindo trabalhos de escritores brasileiros, remetidos


Secção Por-
pela

tuguesa do D.I.P.

Em meticulosamente
pastas organizadas
Secção Brasileira
pela

do Secretariado Nacional de Informação de Portugal, a Secção do

D.I.P. ainda,
possue, uma coleção de recortes de artigos, cópias,

tópicos e notícias
se na imprensa
que publicam sôbre o
portuguesa

Brasil. Essas
organizadas
pastas, estão arquivadas
por quinzenas,

de modo a facilitar as consultas dos interessados


a momento.
qualquer

Delas, o diretor da Secção uma, bastante volumosa,


preparou sôbre a

repercussão
teve na imprensa
que a ortográfica
portuguesa
questão

e enviou-a à Academia Brasileira de Letras é a entidade a


(que
quem

oficialmente
êste assunto está afeto), onde continuará, também, à

disposição
de interessado
qualquer ventura, a deseje cônsul-'
que, por

tar.

Considerando-se o número de recortes reunidos,


e assim o nível

de crescimento
das notícias sôbre a nossa terra
publicados em Por-

tugal e nas colônias, são sobremodo


expressivas as cifras a seguir.
• rtfm

ATIVIDADES DO D. I. P. 185

refletem o movimento verificado no e no último mês


que primeiro

do ano de 1942:

18 recortes sôbre o Brasil


Janeiro

Dezembro 735 recortes sôbre o Brasil

As atividades da Secção, como vimos, começaram em março

daquele ano. Atualmente, o movimento mensal oscila entre 1.000 e

1.500 recortes.

Em tão curto espaço de tempo» é notável o volume de serviços

aos dois irmãos Secção de Intercâmbio


prestados paises luso-
pela

brasileiro, fruto do acordo em boa hora foi negociado entre o


que,

nosso Departamento de Imprensa e Propaganda e o Secretariado Na-

cional Português.

¦
\

1944

IMPRENSA NACIONAL.

-
RIO OB «JANEIRO BRASIL

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