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VADE MECUM

PMBA - 2019

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SUMÁRIO

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 ------------------------ 1


CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA ---------------------------------------------------------------- 21
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS ------------------------------------------- 29
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS --------------------------------------- 33
PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS -- 40
PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS -------------------------------44
ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DA BAHIA -------------------------------- 55
REORGANIZA A POLÍCIA MILITAR DA BAHIA, DISPÕE SOBRE O SEU EFETIVO E
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------------- 103
CÓDIGO PENAL ------------------------------------------------------------------------------------------------- 120
CRIMES DE TORTURA ---------------------------------------------------------------------------------------- 148
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA (Do Negro) ------------------------------------------------ 149
ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL --------------------------------------------------------------------- 150
DEFINE OS CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU DE COR -------- 161
TIPIFICAÇÃO DOS CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU DE COR - 164
CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE
DISCRIMINAÇÃO RACIAL. ----------------------------------------------------------------------------------- 165
CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO
CONTRA A MULHER ------------------------------------------------------------------------------------------ 174
LEI MARIA DA PENHA ---------------------------------------------------------------------------------------- 183
CRIME DE GENOCÍDIO -------------------------------------------------------------------------------------- 193
LEI CAÓ ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 194
CÓDIGO PENAL MILITAR ------------------------------------------------------------------------------------ 195

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
VI - defesa da paz;
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
VII - solução pacífica dos conflitos;
TÍTULO I VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Dos Princípios Fundamentais
IX - cooperação entre os povos para o progresso
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada da humanidade;
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado X - concessão de asilo político.
Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania; Parágrafo único. A República Federativa do Brasil


buscará a integração econômica, política, social e
II - a cidadania; cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de
III - a dignidade da pessoa humana; nações.
IV - os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa; TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
V - o pluralismo político. CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que COLETIVOS
o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
Art. 2º São Poderes da União, independentes e e aos estrangeiros residentes no País a
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
Judiciário. igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil: I - homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações, nos termos desta Constituição;
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
II - garantir o desenvolvimento nacional; alguma coisa senão em virtude de lei;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e III - ninguém será submetido a tortura nem a
reduzir as desigualdades sociais e regionais; tratamento desumano ou degradante;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras vedado o anonimato;
formas de discriminação.
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional
ao agravo, além da indenização por dano material,
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas moral ou à imagem;
suas relações internacionais pelos seguintes
princípios: VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos
I - independência nacional; cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
II - prevalência dos direitos humanos;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação
III - autodeterminação dos povos; de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
IV - não-intervenção;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo
V - igualdade entre os Estados; de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
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política, salvo se as invocar para eximir-se de exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em


obrigação legal a todos imposta e recusar-se a julgado;
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, ou a permanecer associado;
artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença; XXI - as entidades associativas, quando
expressamente autorizadas, têm legitimidade para
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a representar seus filiados judicial ou
honra e a imagem das pessoas, assegurado o extrajudicialmente;
direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação; XXII - é garantido o direito de propriedade;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, desapropriação por necessidade ou utilidade
por determinação judicial; (Vide Lei nº pública, ou por interesse social, mediante justa e
13.105, de 2015) (Vigência) prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos nesta Constituição;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das XXV - no caso de iminente perigo público, a
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, autoridade competente poderá usar de propriedade
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a particular, assegurada ao proprietário indenização
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou ulterior, se houver dano;
instrução processual penal; (Vide Lei
nº 9.296, de 1996) XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida
em lei, desde que trabalhada pela família, não será
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício objeto de penhora para pagamento de débitos
ou profissão, atendidas as qualificações decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a
profissionais que a lei estabelecer; lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação
e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de
ao exercício profissional; utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que
XV - é livre a locomoção no território nacional em a lei fixar;
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
com seus bens;
a) a proteção às participações individuais em obras
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem coletivas e à reprodução da imagem e voz
armas, em locais abertos ao público, humanas, inclusive nas atividades desportivas;
independentemente de autorização, desde que não
frustrem outra reunião anteriormente convocada b) o direito de fiscalização do aproveitamento
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio econômico das obras que criarem ou de que
aviso à autoridade competente; participarem aos criadores, aos intérpretes e às
respectivas representações sindicais e
XVII - é plena a liberdade de associação para fins associativas;
lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, industriais privilégio temporário para sua utilização,
a de cooperativas independem de autorização, bem como proteção às criações industriais, à
sendo vedada a interferência estatal em seu propriedade das marcas, aos nomes de empresas
funcionamento; e a outros signos distintivos, tendo em vista o
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e
XIX - as associações só poderão ser econômico do País;
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial, XXX - é garantido o direito de herança;

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XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros XLII - a prática do racismo constitui crime


situados no País será regulada pela lei brasileira inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, reclusão, nos termos da lei;
sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do "de cujus"; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
defesa do consumidor; terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
públicos informações de seu interesse particular, (Regulamento)
ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo a ação de grupos armados, civis ou militares, contra
seja imprescindível à segurança da sociedade e do a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Estado; (Regulamento) (Vide Lei
nº 12.527, de 2011) XLV - nenhuma pena passará da pessoa do
condenado, podendo a obrigação de reparar o
XXXIV - são a todos assegurados, dano e a decretação do perdimento de bens ser,
independentemente do pagamento de taxas: nos termos da lei, estendidas aos sucessores e
contra eles executadas, até o limite do valor do
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em patrimônio transferido;
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e
adotará, entre outras, as seguintes:
b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
para defesa de direitos e esclarecimento de a) privação ou restrição da liberdade;
situações de interesse pessoal;
b) perda de bens;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito; c) multa;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o d) prestação social alternativa;


ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XLVII - não haverá penas:
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
organização que lhe der a lei, assegurados: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,
nos termos do art. 84, XIX;
a) a plenitude de defesa;
b) de caráter perpétuo;
b) o sigilo das votações;
c) de trabalhos forçados;
c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes d) de banimento;


dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, e) cruéis;


nem pena sem prévia cominação legal;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar distintos, de acordo com a natureza do delito, a
o réu; idade e o sexo do apenado;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória XLIX - é assegurado aos presos o respeito à
dos direitos e liberdades fundamentais; integridade física e moral;

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L - às presidiárias serão asseguradas condições LXIV - o preso tem direito à identificação dos
para que possam permanecer com seus filhos responsáveis por sua prisão ou por seu
durante o período de amamentação; interrogatório policial;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada
naturalizado, em caso de crime comum, praticado pela autoridade judiciária;
antes da naturalização, ou de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
drogas afins, na forma da lei; mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro
por crime político ou de opinião; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
responsável pelo inadimplemento voluntário e
LIII - ninguém será processado nem sentenciado inescusável de obrigação alimentícia e a do
senão pela autoridade competente; depositário infiel;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que
bens sem o devido processo legal; alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de
LV - aos litigantes, em processo judicial ou locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para
os meios e recursos a ela inerentes; proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, quando o
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
obtidas por meios ilícitos; autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;
LVII - ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença penal LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser
condenatória; impetrado por:

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a) partido político com representação no Congresso
a identificação criminal, salvo nas hipóteses Nacional;
previstas em lei; (Regulamento).
b) organização sindical, entidade de classe ou
LIX - será admitida ação privada nos crimes de associação legalmente constituída e em
ação pública, se esta não for intentada no prazo funcionamento há pelo menos um ano, em defesa
legal; dos interesses de seus membros ou associados;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre
processuais quando a defesa da intimidade ou o que a falta de norma regulamentadora torne
interesse social o exigirem; inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito nacionalidade, à soberania e à cidadania;
ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de LXXII - conceder-se-á habeas data:
transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei; a) para assegurar o conhecimento de informações
relativas à pessoa do impetrante, constantes de
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde registros ou bancos de dados de entidades
se encontre serão comunicados imediatamente ao governamentais ou de caráter público;
juiz competente e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada; b) para a retificação de dados, quando não se
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
LXIII - o preso será informado de seus direitos, administrativo;
entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio
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ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, I - natos:


ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência; a) os nascidos na República Federativa do Brasil,
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica não estejam a serviço de seu país;
integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro serviço da República Federativa do Brasil;
judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou
de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente repartição brasileira competente ou venham a
pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº residir na República Federativa do Brasil e optem,
7.844, de 1989) em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
a) o registro civil de nascimento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54,
de 2007)
b) a certidão de óbito;
II - naturalizados:
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus
e habeas data, e, na forma da lei, os atos a) os que, na forma da lei, adquiram a
necessários ao exercício da cidadania. nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
(Regulamento) países de língua portuguesa apenas residência por
um ano ininterrupto e idoneidade moral;
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a razoável b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
duração do processo e os meios que garantam a residentes na República Federativa do Brasil há
celeridade de sua tramitação. (Incluído mais de quinze anos ininterruptos e sem
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira. (Redação dada
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de
fundamentais têm aplicação imediata. 1994)

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta § 1º Aos portugueses com residência permanente


Constituição não excluem outros decorrentes do no País, se houver reciprocidade em favor de
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
tratados internacionais em que a República brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Federativa do Brasil seja parte. Constituição. (Redação dada pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos que forem aprovados, em cada § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
três quintos dos votos dos respectivos membros, previstos nesta Constituição.
serão equivalentes às emendas constitucionais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
2004) (Atos aprovados na forma deste
parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC 6.949, de I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
2009, DLG 261, de 2015, DEC 9.522, de 2018)
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal
Penal Internacional a cuja criação tenha III - de Presidente do Senado Federal;
manifestado adesão. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

CAPÍTULO III V - da carreira diplomática;


DA NACIONALIDADE
VI - de oficial das Forças Armadas.
Art. 12. São brasileiros:

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VII - de Ministro de Estado da Defesa c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de anos.
1999)
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do estrangeiros e, durante o período do serviço militar
brasileiro que: obrigatório, os conscritos.

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença § 3º São condições de elegibilidade, na forma da
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse lei:
nacional;
I - a nacionalidade brasileira;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
(Redação dada pela Emenda Constitucional de II - o pleno exercício dos direitos políticos;
Revisão nº 3, de 1994)
III - o alistamento eleitoral;
a) de reconhecimento de nacionalidade originária
pela lei estrangeira; (Incluído pela IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
V - a filiação partidária; Regulamento
b) de imposição de naturalização, pela norma
estrangeira, ao brasileiro residente em estado VI - a idade mínima de:
estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis; a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão Presidente da República e Senador;
nº 3, de 1994)
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da de Estado e do Distrito Federal;
República Federativa do Brasil.
c) vinte e um anos para Deputado Federal,
§ 1º São símbolos da República Federativa do Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo Prefeito e juiz de paz;
nacionais.
d) dezoito anos para Vereador.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão ter símbolos próprios. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os
analfabetos.
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS § 5º O Presidente da República, os Governadores
de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo quem os houver sucedido, ou substituído no curso
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
valor igual para todos, e, nos termos da lei, período subseqüente. (Redação dada
mediante: pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

I - plebiscito; § 6º Para concorrerem a outros cargos, o


Presidente da República, os Governadores de
II - referendo; Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
III - iniciativa popular. antes do pleito.

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do


titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado
II - facultativos para: ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses
a) os analfabetos; anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.
b) os maiores de setenta anos;

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§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as Art. 18. A organização político-administrativa da


seguintes condições: República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá Municípios, todos autônomos, nos termos desta
afastar-se da atividade; Constituição.

II - se contar mais de dez anos de serviço, será § 1º Brasília é a Capital Federal.


agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e
para a inatividade. sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos em lei complementar.
de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a
fim de proteger a probidade administrativa, a § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si,
moralidade para exercício de mandato considerada subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem
vida pregressa do candidato, e a normalidade e a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
legitimidade das eleições contra a influência do Federais, mediante aprovação da população
poder econômico ou o abuso do exercício de diretamente interessada, através de plebiscito, e do
função, cargo ou emprego na administração direta Congresso Nacional, por lei complementar.
ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado estadual, dentro do período determinado por Lei
ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias Complementar Federal, e dependerão de consulta
contados da diplomação, instruída a ação com prévia, mediante plebiscito, às populações dos
provas de abuso do poder econômico, corrupção Municípios envolvidos, após divulgação dos
ou fraude. Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei. (Redação
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996)
em segredo de justiça, respondendo o autor, na Vide art. 96 - ADCT
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, Federal e aos Municípios:
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
I - cancelamento da naturalização por sentença subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
transitada em julgado; ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança, ressalvada,
II - incapacidade civil absoluta; na forma da lei, a colaboração de interesse público;

III - condenação criminal transitada em julgado, II - recusar fé aos documentos públicos;


enquanto durarem seus efeitos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta entre si.
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o
V - improbidade administrativa, nos termos do art. desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
37, § 4º. estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerão de consulta
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará prévia, mediante plebiscito, às populações dos
em vigor na data de sua publicação, não se Municípios envolvidos, após divulgação dos
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
de sua vigência. (Redação dada pela publicados na forma da lei. (Redação
Emenda Constitucional nº 4, de 1993) dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996)
Vide art. 96 - ADCT
TÍTULO III
Da Organização do Estado CAPÍTULO II
CAPÍTULO I DA UNIÃO
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA Art. 20. São bens da União:
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I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe I - manter relações com Estados estrangeiros e
vierem a ser atribuídos; participar de organizações internacionais;

II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das II - declarar a guerra e celebrar a paz;


fronteiras, das fortificações e construções militares,
das vias federais de comunicação e à preservação III - assegurar a defesa nacional;
ambiental, definidas em lei;
IV - permitir, nos casos previstos em lei
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em complementar, que forças estrangeiras transitem
terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de pelo território nacional ou nele permaneçam
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou temporariamente;
se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e
praias fluviais; a intervenção federal;

IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio
com outros países; as praias marítimas; as ilhas de material bélico;
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que
contenham a sede de Municípios, exceto aquelas VII - emitir moeda;
áreas afetadas ao serviço público e a unidade
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; VIII - administrar as reservas cambiais do País e
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, fiscalizar as operações de natureza financeira,
de 2005) especialmente as de crédito, câmbio e
capitalização, bem como as de seguros e de
V - os recursos naturais da plataforma continental e previdência privada;
da zona econômica exclusiva;
IX - elaborar e executar planos nacionais e
VI - o mar territorial; regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo
VIII - os potenciais de energia hidráulica; nacional;

IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes
com outros países; as praias marítimas; as ilhas
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que
arqueológicos e pré-históricos; contenham a sede de Municípios, exceto aquelas
áreas afetadas ao serviço público e a unidade
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
índios. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46,
de 2005)
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a V - os recursos naturais da plataforma continental e
órgãos da administração direta da União, da zona econômica exclusiva;
participação no resultado da exploração de petróleo
ou gás natural, de recursos hídricos para fins de VI - o mar territorial;
geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais no respectivo território, plataforma VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
continental, mar territorial ou zona econômica
exclusiva, ou compensação financeira por essa VIII - os potenciais de energia hidráulica;
exploração.
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros
de largura, ao longo das fronteiras terrestres, X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
designada como faixa de fronteira, é considerada arqueológicos e pré-históricos;
fundamental para defesa do território nacional, e
sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos
índios.
Art. 21. Compete à União:

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§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, XII - explorar, diretamente ou mediante
ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a autorização, concessão ou permissão:
órgãos da administração direta da União,
participação no resultado da exploração de petróleo a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e
ou gás natural, de recursos hídricos para fins de imagens; (Redação dada pela Emenda
geração de energia elétrica e de outros recursos Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
minerais no respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona econômica b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
exclusiva, ou compensação financeira por essa aproveitamento energético dos cursos de água, em
exploração. articulação com os Estados onde se situam os
potenciais hidroenergéticos;
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros
de largura, ao longo das fronteiras terrestres, c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-
designada como faixa de fronteira, é considerada estrutura aeroportuária;
fundamental para defesa do território nacional, e
sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário
entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou
Art. 21. Compete à União: que transponham os limites de Estado ou Território;

I - manter relações com Estados estrangeiros e e) os serviços de transporte rodoviário interestadual


participar de organizações internacionais; e internacional de passageiros;

II - declarar a guerra e celebrar a paz; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

III - assegurar a defesa nacional; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o


Ministério Público do Distrito Federal e dos
IV - permitir, nos casos previstos em lei Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
complementar, que forças estrangeiras transitem (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69,
pelo território nacional ou nele permaneçam de 2012) (Produção de efeito)
temporariamente;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
a intervenção federal; Federal, bem como prestar assistência financeira
ao Distrito Federal para a execução de serviços
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio públicos, por meio de fundo próprio;
de material bélico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)
VII - emitir moeda;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de
VIII - administrar as reservas cambiais do País e estatística, geografia, geologia e cartografia de
fiscalizar as operações de natureza financeira, âmbito nacional;
especialmente as de crédito, câmbio e
capitalização, bem como as de seguros e de XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo,
previdência privada; de diversões públicas e de programas de rádio e
televisão;
IX - elaborar e executar planos nacionais e
regionais de ordenação do território e de XVII - conceder anistia;
desenvolvimento econômico e social;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente
X - manter o serviço postal e o correio aéreo contra as calamidades públicas, especialmente as
nacional; secas e as inundações;

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de


concessão ou permissão, os serviços de recursos hídricos e definir critérios de outorga de
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá direitos de seu uso; (Regulamento)
sobre a organização dos serviços, a criação de um
órgão regulador e outros aspectos institucionais; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, urbano, inclusive habitação, saneamento básico e
de 15/08/95:) transportes urbanos;

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XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o VI - sistema monetário e de medidas, títulos e


sistema nacional de viação; garantias dos metais;
XXII - executar os serviços de polícia marítima,
aeroportuária e de fronteiras; VII - política de crédito, câmbio, seguros e
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, transferência de valores;
de 1998)
VIII - comércio exterior e interestadual;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares
de qualquer natureza e exercer monopólio estatal IX - diretrizes da política nacional de transportes;
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e
reprocessamento, a industrialização e o comércio X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial,
de minérios nucleares e seus derivados, atendidos marítima, aérea e aeroespacial;
os seguintes princípios e condições:
XI - trânsito e transporte;
a) toda atividade nuclear em território nacional
somente será admitida para fins pacíficos e XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e
mediante aprovação do Congresso Nacional; metalurgia;

b) sob regime de permissão, são autorizadas a XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;


comercialização e a utilização de radioisótopos
para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e XIV - populações indígenas;
industriais; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 49, de 2006) XV - emigração e imigração, entrada, extradição e
expulsão de estrangeiros;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a
produção, comercialização e utilização de XVI - organização do sistema nacional de emprego
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas e condições para o exercício de profissões;
horas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 49, de 2006) XVII - organização judiciária, do Ministério Público
do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria
d) a responsabilidade civil por danos nucleares Pública dos Territórios, bem como organização
independe da existência de culpa; administrativa destes; (Redação dada
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 49, de pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)
2006) (Produção de efeito)

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de
trabalho; geologia nacionais;

XXV - estabelecer as áreas e as condições para o XIX - sistemas de poupança, captação e garantia
exercício da atividade de garimpagem, em forma da poupança popular;
associativa.
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
Art. 22. Compete privativamente à União legislar
sobre: XXI - normas gerais de organização, efetivos,
material bélico, garantias, convocação e
I - direito civil, comercial, penal, processual, mobilização das polícias militares e corpos de
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e bombeiros militares;
do trabalho;
XXII - competência da polícia federal e das polícias
II - desapropriação; rodoviária e ferroviária federais;

III - requisições civis e militares, em caso de XXIII - seguridade social;


iminente perigo e em tempo de guerra;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações
e radiodifusão; XXV - registros públicos;

V - serviço postal; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;


XXVII - normas gerais de licitação e contratação,
em todas as modalidades, para as administrações
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públicas diretas, autárquicas e fundacionais da XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as


União, Estados, Distrito Federal e Municípios, concessões de direitos de pesquisa e exploração
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
empresas públicas e sociedades de economia
mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; XII - estabelecer e implantar política de educação
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, para a segurança do trânsito.
de 1998) Parágrafo único. Leis complementares fixarão
normas para a cooperação entre a União e os
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo
defesa marítima, defesa civil e mobilização em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-
nacional; estar em âmbito nacional. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXIX - propaganda comercial.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito
Parágrafo único. Lei complementar poderá Federal legislar concorrentemente sobre:
autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo. I - direito tributário, financeiro, penitenciário,
econômico e urbanístico;
Art. 23. É competência comum da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: II - orçamento;

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das III - juntas comerciais;
instituições democráticas e conservar o patrimônio
público; IV - custas dos serviços forenses;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da V - produção e consumo;


proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
III - proteger os documentos, as obras e outros proteção do meio ambiente e controle da poluição;
bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural,
sítios arqueológicos; artístico, turístico e paisagístico;

IV - impedir a evasão, a destruição e a VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente,


descaracterização de obras de arte e de outros ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
bens de valor histórico, artístico ou cultural; estético, histórico, turístico e paisagístico;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência,


educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
inovação; (Redação dada pela Emenda (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85,
Constitucional nº 85, de 2015) de 2015)

VI - proteger o meio ambiente e combater a X - criação, funcionamento e processo do juizado


poluição em qualquer de suas formas; de pequenas causas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; XI - procedimentos em matéria processual;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar XII - previdência social, proteção e defesa da
o abastecimento alimentar; saúde;

IX - promover programas de construção de XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;


moradias e a melhoria das condições habitacionais
e de saneamento básico; XIV - proteção e integração social das pessoas
portadoras de deficiência;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de
marginalização, promovendo a integração social XV - proteção à infância e à juventude;
dos setores desfavorecidos;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das
polícias civis.
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Art. 27. O número de Deputados à Assembléia


§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a Legislativa corresponderá ao triplo da
competência da União limitar-se-á a estabelecer representação do Estado na Câmara dos
normas gerais. Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
será acrescido de tantos quantos forem os
§ 2º A competência da União para legislar sobre Deputados Federais acima de doze.
normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados. § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados
Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Constituição sobre sistema eleitoral,
Estados exercerão a competência legislativa plena, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda
para atender a suas peculiaridades. de mandato, licença, impedimentos e incorporação
às Forças Armadas.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas
gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será
lhe for contrário. fixado por lei de iniciativa da Assembléia
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e
CAPÍTULO III cinco por cento daquele estabelecido, em espécie,
DOS ESTADOS FEDERADOS para os Deputados Federais, observado o que
dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III,
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se e 153, § 2º, I. (Redação dada pela
pelas Constituições e leis que adotarem, Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
observados os princípios desta Constituição.
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor
§ 1º São reservadas aos Estados as competências sobre seu regimento interno, polícia e serviços
que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. administrativos de sua secretaria, e prover os
respectivos cargos.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou
mediante concessão, os serviços locais de gás § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de processo legislativo estadual.
medida provisória para a sua regulamentação.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-
de 1995) Governador de Estado, para mandato de quatro
anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro,
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei em primeiro turno, e no último domingo de outubro,
complementar, instituir regiões metropolitanas, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
aglomerações urbanas e microrregiões, término do mandato de seus antecessores, e a
constituídas por agrupamentos de municípios posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano
limítrofes, para integrar a organização, o subseqüente, observado, quanto ao mais, o
planejamento e a execução de funções públicas de disposto no art. 77. (Redação dada
interesse comum. pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir
outro cargo ou função na administração pública
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste concurso público e observado o disposto no art. 38,
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da I, IV e V. (Renumerado do parágrafo
União; único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-


estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob Governador e dos Secretários de Estado serão
domínio da União, Municípios ou terceiros; fixados por lei de iniciativa da Assembléia
Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37,
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
União; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
IV - as terras devolutas não compreendidas entre
as da União.

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CAPÍTULO V moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao


DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS seguinte: (Redação dada pela Emenda
Seção I Constitucional nº 19, de 1998)
DO DISTRITO FEDERAL
I - os cargos, empregos e funções públicas são
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em acessíveis aos brasileiros que preencham os
Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela
aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição. II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
competências legislativas reservadas aos Estados natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
e Municípios. na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em
§ 2º A eleição do Governador e do Vice- lei de livre nomeação e exoneração; (Redação
Governador, observadas as regras do art. 77, e dos dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Deputados Distritais coincidirá com a dos
Governadores e Deputados Estaduais, para III - o prazo de validade do concurso público será
mandato de igual duração. de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara
Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital
de convocação, aquele aprovado em concurso
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo público de provas ou de provas e títulos será
Governo do Distrito Federal, das polícias civil e convocado com prioridade sobre novos
militar e do corpo de bombeiros militar. concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
Seção II
DOS TERRITÓRIOS V - as funções de confiança, exercidas
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
Art. 33. A lei disporá sobre a organização efetivo, e os cargos em comissão, a serem
administrativa e judiciária dos Territórios. preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei,
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em destinam-se apenas às atribuições de direção,
Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o chefia e assessoramento; (Redação dada pela
disposto no Capítulo IV deste Título. Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º As contas do Governo do Território serão VI - é garantido ao servidor público civil o direito à


submetidas ao Congresso Nacional, com parecer livre associação sindical;
prévio do Tribunal de Contas da União.
VII - o direito de greve será exercido nos termos e
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil nos limites definidos em lei específica; (Redação
habitantes, além do Governador nomeado na forma dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
desta Constituição, haverá órgãos judiciários de
primeira e segunda instância, membros do VIII - a lei reservará percentual dos cargos e
Ministério Público e defensores públicos federais; a empregos públicos para as pessoas portadoras de
lei disporá sobre as eleições para a Câmara deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Territorial e sua competência deliberativa.
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por
CAPÍTULO VII tempo determinado para atender a necessidade
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA temporária de excepcional interesse público;
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS X - a remuneração dos servidores públicos e o
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
Art. 37. A administração pública direta e indireta de poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do observada a iniciativa privativa em cada caso,
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos assegurada revisão geral anual, sempre na mesma
princípios de legalidade, impessoalidade, data e sem distinção de índices; (Redação dada
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pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Redação dada
(Regulamento) pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de b) a de um cargo de professor com outro técnico ou


cargos, funções e empregos públicos da científico; (Redação dada pela Emenda
administração direta, autárquica e fundacional, dos Constitucional nº 19, de 1998)
membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos c) a de dois cargos ou empregos privativos de
detentores de mandato eletivo e dos demais profissionais de saúde, com profissões
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra regulamentadas; (Redação dada pela Emenda
espécie remuneratória, percebidos Constitucional nº 34, de 2001)
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
pessoais ou de qualquer outra natureza, não XVII - a proibição de acumular estende-se a
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, empregos e funções e abrange autarquias,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, fundações, empresas públicas, sociedades de
aplicando-se como limite, nos Municípios, o economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
Federal, o subsídio mensal do Governador no público; (Redação dada pela Emenda
âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Constitucional nº 19, de 1998)
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
Poder Legislativo e o subsidio dos XVIII - a administração fazendária e seus
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por competência e jurisdição, precedência sobre os
cento do subsídio mensal, em espécie, dos demais setores administrativos, na forma da lei;
Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito
do Poder Judiciário, aplicável este limite aos XIX – somente por lei específica poderá ser criada
membros do Ministério Público, aos Procuradores autarquia e autorizada a instituição de empresa
e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela pública, de sociedade de economia mista e de
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser de 1998)
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XX - depende de autorização legislativa, em cada
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de caso, a criação de subsidiárias das entidades
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de mencionadas no inciso anterior, assim como a
remuneração de pessoal do serviço público; participação de qualquer delas em empresa
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, privada;
de 1998)
XXI - ressalvados os casos especificados na
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por legislação, as obras, serviços, compras e
servidor público não serão computados nem alienações serão contratados mediante processo
acumulados para fins de concessão de acréscimos de licitação pública que assegure igualdade de
ulteriores; (Redação dada pela Emenda condições a todos os concorrentes, com cláusulas
Constitucional nº 19, de 1998) que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de termos da lei, o qual somente permitirá as
cargos e empregos públicos são irredutíveis, exigências de qualificação técnica e econômica
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste indispensáveis à garantia do cumprimento das
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § obrigações. (Regulamento)
2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998) XXII - as administrações tributárias da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
XVI - é vedada a acumulação remunerada de atividades essenciais ao funcionamento do Estado,
cargos públicos, exceto, quando houver exercidas por servidores de carreiras específicas,
compatibilidade de horários, observado em terão recursos prioritários para a realização de suas
qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação atividades e atuarão de forma integrada, inclusive
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

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(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de acesso a informações privilegiadas. (Incluído pela
19.12.2003) Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e


serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá financeira dos órgãos e entidades da administração
ter caráter educativo, informativo ou de orientação direta e indireta poderá ser ampliada mediante
social, dela não podendo constar nomes, símbolos contrato, a ser firmado entre seus administradores
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de e o poder público, que tenha por objeto a fixação de
autoridades ou servidores públicos. metas de desempenho para o órgão ou entidade,
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e Constitucional nº 19, de 1998)
III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei. I - o prazo de duração do contrato;

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do II - os controles e critérios de avaliação de


usuário na administração pública direta e indireta, desempenho, direitos, obrigações e
regulando especialmente: (Redação dada pela responsabilidade dos dirigentes;
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - a remuneração do pessoal."
I - as reclamações relativas à prestação dos
serviços públicos em geral, asseguradas a § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas
manutenção de serviços de atendimento ao usuário públicas e às sociedades de economia mista, e
e a avaliação periódica, externa e interna, da suas subsidiárias, que receberem recursos da
qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Constitucional nº 19, de 1998) Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela
II - o acesso dos usuários a registros Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o disposto no art. 5º, X e § 10. É vedada a percepção simultânea de
XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
19, de 1998) ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos
III - a disciplina da representação contra o exercício acumuláveis na forma desta Constituição, os
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função cargos eletivos e os cargos em comissão
na administração pública. (Incluído pela Emenda declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Constitucional nº 19, de 1998) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa
importarão a suspensão dos direitos políticos, a § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
perda da função pública, a indisponibilidade dos remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação previstas em lei. (Incluído pela Emenda
penal cabível. Constitucional nº 47, de 2005)

§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput
ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito
não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às
as respectivas ações de ressarcimento. respectivas Constituições e Lei Orgânica, como
limite único, o subsídio mensal dos
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de Desembargadores do respectivo Tribunal de
direito privado prestadoras de serviços públicos Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
responderão pelos danos que seus agentes, nessa centésimos por cento do subsídio mensal dos
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se
direito de regresso contra o responsável nos casos aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios
de dolo ou culpa. dos Deputados Estaduais e Distritais e dos
Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições nº 47, de 2005)
ao ocupante de cargo ou emprego da
administração direta e indireta que possibilite o Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
autárquica e fundacional, no exercício de mandato
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eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
de 1998)
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual manterão escolas de governo para a formação e o
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego aperfeiçoamento dos servidores públicos,
ou função; constituindo-se a participação nos cursos um dos
requisitos para a promoção na carreira, facultada,
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado para isso, a celebração de convênios ou contratos
do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado entre os entes federados. (Redação dada pela
optar pela sua remuneração; Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - investido no mandato de Vereador, havendo § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
compatibilidade de horários, perceberá as público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII,
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não a lei estabelecer requisitos diferenciados de
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do admissão quando a natureza do cargo o exigir.
inciso anterior; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para
o exercício de mandato eletivo, seu tempo de § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato
serviço será contado para todos os efeitos legais, eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
exceto para promoção por merecimento; Estaduais e Municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso única, vedado o acréscimo de qualquer
de afastamento, os valores serão determinados gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
como se no exercício estivesse. representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37,
Seção II X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
DOS SERVIDORES PÚBLICOS de 1998)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18,
de 1998) § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios poderá estabelecer a relação
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os entre a maior e a menor remuneração dos
Municípios instituirão, no âmbito de sua servidores públicos, obedecido, em qualquer caso,
competência, regime jurídico único e planos de o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda
carreira para os servidores da administração Constitucional nº 19, de 1998)
pública direta, das autarquias e das fundações
públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
publicarão anualmente os valores do subsídio e da
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os remuneração dos cargos e empregos públicos.
Municípios instituirão conselho de política de (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
administração e remuneração de pessoal, 1998)
integrado por servidores designados pelos
respectivos Poderes. (Redação dada pela § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide e dos Municípios disciplinará a aplicação de
ADIN nº 2.135-4) recursos orçamentários provenientes da economia
com despesas correntes em cada órgão, autarquia
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos e fundação, para aplicação no desenvolvimento de
demais componentes do sistema remuneratório programas de qualidade e produtividade,
observará: (Redação dada pela Emenda treinamento e desenvolvimento, modernização,
Constitucional nº 19, de 1998) reaparelhamento e racionalização do serviço
público, inclusive sob a forma de adicional ou
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda
complexidade dos cargos componentes de cada Constitucional nº 19, de 1998)
carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998) § 8º A remuneração dos servidores públicos
organizados em carreira poderá ser fixada nos
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela termos do § 4º. (Incluído pela Emenda
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Constitucional nº 19, de 1998)
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Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos § 3º Para o cálculo dos proventos de
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos aposentadoria, por ocasião da sua concessão,
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, serão consideradas as remunerações utilizadas
é assegurado regime de previdência de caráter como base para as contribuições do servidor aos
contributivo e solidário, mediante contribuição do regimes de previdência de que tratam este artigo e
respectivo ente público, dos servidores ativos e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela
inativos e dos pensionistas, observados critérios Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios
Constitucional nº 41, 19.12.2003) diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos abrangidos pelo regime de que trata este
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis
previdência de que trata este artigo serão complementares, os casos de servidores:
aposentados, calculados os seus proventos a partir (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47,
dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: de 2005)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela
decorrente de acidente em serviço, moléstia Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, na forma da lei; (Redação dada pela III cujas atividades sejam exercidas sob condições
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. (Incluído pela Emenda
II - compulsoriamente, com proventos Constitucional nº 47, de 2005)
proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) § 5º - Os requisitos de idade e de tempo de
anos de idade, na forma de lei complementar; contribuição serão reduzidos em cinco anos, em
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o
de 2015) professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo educação infantil e no ensino fundamental e médio.
mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
público e cinco anos no cargo efetivo em que se de 15/12/98)
dará a aposentadoria, observadas as seguintes
condições: (Redação dada pela Emenda § 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes
Constitucional nº 20, de 15/12/98) dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de uma aposentadoria à conta do regime de
contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos previdência previsto neste artigo. (Redação dada
de idade e trinta de contribuição, se mulher; pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 15/12/98) § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de
pensão por morte, que será igual: (Redação dada
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
sessenta anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de falecido, até o limite máximo estabelecido para os
15/12/98) benefícios do regime geral de previdência social de
que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento
§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, da parcela excedente a este limite, caso
por ocasião de sua concessão, não poderão aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela
exceder a remuneração do respectivo servidor, no Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou
que serviu de referência para a concessão da II - ao valor da totalidade da remuneração do
pensão. (Redação dada pela Emenda servidor no cargo efetivo em que se deu o
Constitucional nº 20, de 15/12/98) falecimento, até o limite máximo estabelecido para
os benefícios do regime geral de previdência social
de que trata o art. 201, acrescido de setenta por
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cento da parcela excedente a este limite, caso em § 15. O regime de previdência complementar de
atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa
Constitucional nº 41, 19.12.2003) do respectivo Poder Executivo, observado o
disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios couber, por intermédio de entidades fechadas de
para preservar-lhes, em caráter permanente, o previdência complementar, de natureza pública,
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. que oferecerão aos respectivos participantes
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, planos de benefícios somente na modalidade de
19.12.2003) contribuição definida. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou
municipal será contado para efeito de § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa
aposentadoria e o tempo de serviço opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
correspondente para efeito de disponibilidade. aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de público até a data da publicação do ato de
15/12/98) instituição do correspondente regime de
previdência complementar. (Incluído pela Emenda
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma Constitucional nº 20, de 15/12/98)
de contagem de tempo de contribuição fictício.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de § 17. Todos os valores de remuneração
15/12/98) considerados para o cálculo do benefício previsto
no § 3° serão devidamente atualizados, na forma
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41,
total dos proventos de inatividade, inclusive quando 19.12.2003)
decorrentes da acumulação de cargos ou
empregos públicos, bem como de outras atividades § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
sujeitas a contribuição para o regime geral de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime
previdência social, e ao montante resultante da de que trata este artigo que superem o limite
adição de proventos de inatividade com máximo estabelecido para os benefícios do regime
remuneração de cargo acumulável na forma desta geral de previdência social de que trata o art. 201,
Constituição, cargo em comissão declarado em lei com percentual igual ao estabelecido para os
de livre nomeação e exoneração, e de cargo servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído
eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
de 15/12/98)
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de completado as exigências para aposentadoria
previdência dos servidores públicos titulares de voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte
cargo efetivo observará, no que couber, os por permanecer em atividade fará jus a um abono
requisitos e critérios fixados para o regime geral de de permanência equivalente ao valor da sua
previdência social. (Incluído pela Emenda contribuição previdenciária até completar as
Constitucional nº 20, de 15/12/98) exigências para aposentadoria compulsória
contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de Constitucional nº 41, 19.12.2003)
cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração bem como de outro cargo § 20. Fica vedada a existência de mais de um
temporário ou de emprego público, aplica-se o regime próprio de previdência social para os
regime geral de previdência social. (Incluído pela servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) uma unidade gestora do respectivo regime em cada
ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º,
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41,
Municípios, desde que instituam regime de 19.12.2003)
previdência complementar para os seus
respectivos servidores titulares de cargo efetivo, § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo
poderão fixar, para o valor das aposentadorias e incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de
pensões a serem concedidas pelo regime de que aposentadoria e de pensão que superem o dobro
trata este artigo, o limite máximo estabelecido para do limite máximo estabelecido para os benefícios
os benefícios do regime geral de previdência social do regime geral de previdência social de que trata
de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda o art. 201 desta Constituição, quando o
Constitucional nº 20, de 15/12/98) beneficiário, na forma da lei, for portador de doença

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incapacitante. (Incluído pela Emenda § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do


Constitucional nº 47, de 2005) Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier
a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º;
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a
exercício os servidores nomeados para cargo de lei estadual específica dispor sobre as matérias do
provimento efetivo em virtude de concurso público. art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
de 1998) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 15/12/98)
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, § 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do
de 1998) Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for
fixado em lei específica do respectivo ente estatal.
I - em virtude de sentença judicial transitada em (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19.12.2003)
19, de 1998)
Seção IV
II - mediante processo administrativo em que lhe DAS REGIÕES
seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 43. Para efeitos administrativos, a União
poderá articular sua ação em um mesmo complexo
III - mediante procedimento de avaliação periódica geoeconômico e social, visando a seu
de desempenho, na forma de lei complementar, desenvolvimento e à redução das desigualdades
assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda regionais.
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 1º - Lei complementar disporá sobre:
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual I - as condições para integração de regiões em
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao desenvolvimento;
cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em II - a composição dos organismos regionais que
disponibilidade com remuneração proporcional ao executarão, na forma da lei, os planos regionais,
tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda integrantes dos planos nacionais de
Constitucional nº 19, de 1998) desenvolvimento econômico e social, aprovados
juntamente com estes.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor estável ficará em § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além
disponibilidade, com remuneração proporcional ao de outros, na forma da lei:
tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo. (Redação dada I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) itens de custos e preços de responsabilidade do
Poder Público;
§ 4º Como condição para a aquisição da
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de II - juros favorecidos para financiamento de
desempenho por comissão instituída para essa atividades prioritárias;
finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998) III - isenções, reduções ou diferimento temporário
de tributos federais devidos por pessoas físicas ou
Seção III jurídicas;
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO
FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS IV - prioridade para o aproveitamento econômico e
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, social dos rios e das massas de água represadas
de 1998) ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas
a secas periódicas.
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos
de Bombeiros Militares, instituições organizadas § 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União
com base na hierarquia e disciplina, são militares incentivará a recuperação de terras áridas e
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. cooperará com os pequenos e médios proprietários
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de
de 1998) fontes de água e de pequena irrigação.
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CAPÍTULO III § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de


DA SEGURANÇA PÚBLICA polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
direito e responsabilidade de todos, é exercida para as militares.
a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva
órgãos: e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas
I - polícia federal; em lei, incumbe a execução de atividades de
defesa civil.
II - polícia rodoviária federal;
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros
III - polícia ferroviária federal; militares, forças auxiliares e reserva do Exército,
subordinam-se, juntamente com as polícias civis,
IV - polícias civis; aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios.
V - polícias militares e corpos de bombeiros
militares. § 7º A lei disciplinará a organização e o
funcionamento dos órgãos responsáveis pela
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão segurança pública, de maneira a garantir a
permanente, organizado e mantido pela União e eficiência de suas atividades.
estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 8º Os Municípios poderão constituir guardas
municipais destinadas à proteção de seus bens,
I - apurar infrações penais contra a ordem política e serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
social ou em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades § 9º A remuneração dos servidores policiais
autárquicas e empresas públicas, assim como integrantes dos órgãos relacionados neste artigo
outras infrações cuja prática tenha repercussão será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído
interestadual ou internacional e exija repressão pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
uniforme, segundo se dispuser em lei;
§ 10. A segurança viária, exercida para a
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de preservação da ordem pública e da incolumidade
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de
outros órgãos públicos nas respectivas áreas de 2014)
competência;
I - compreende a educação, engenharia e
III - exercer as funções de polícia marítima, fiscalização de trânsito, além de outras atividades
aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela previstas em lei, que assegurem ao cidadão o
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
IV - exercer, com exclusividade, as funções de
polícia judiciária da União. II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, ou entidades executivos e seus agentes de trânsito,
organizado e mantido pela União e estruturado em estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído
carreira, destina-se, na forma da lei, ao pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente,


organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao
patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

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Justificação, cujo funcionamento será regulado em


CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA lei, e por decisão da Justiça Militar, salvo na
BAHIA hipótese prevista no parágrafo anterior.

§ 7º - A lei estabelecerá as condições em que o


TÍTULO III praça perderá a graduação, respeitado o disposto
na Constituição Federal e nesta Constituição.
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DOS § 8º - Quando a sanção disciplinar, por
MUNICÍPIOS transgressão de natureza militar, importar em
cerceamento de liberdade, será cumprida em área
CAPÍTULO I livre de quartel.

Art. 47 - Lei disporá sobre a isonomia entre as


DO ESTADO carreiras de policiais civis e militares, fixando os
vencimentos de forma escalonada entre os níveis e
Seção VII classes, para os civis, e correspondentes postos e
graduações, para os militares.
Dos Servidores Públicos Militares
§ 1º - O soldo nunca será inferior ao salário mínimo
Art. 46 - São servidores militares estaduais os fixado em lei.
integrantes da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar, cuja disciplina será estabelecida § 2º- O limite mínimo de gratificação devida aos
em estatuto próprio. praças pelo exercício da atividade policial-militar
nunca será inferior a sessenta e cinco por cento do
§ 1º - As patentes, com prerrogativas, direitos e máximo fixado em lei.
deveres a elas inerentes, são asseguradas em
plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou Art. 48 - Os direitos, deveres, garantias e vantagens
reformados, sendo-lhes privativos os títulos, postos dos policiais militares, bem como as normas sobre
e uniformes militares. admissão, acesso na carreira, estabilidade, jornada
de trabalho, remuneração de trabalho noturno e
§ 2º - Os postos e as patentes dos oficiais da Polícia extraordinário, readmissão, limites de idade e
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são condições de transferência para a inatividade serão
conferidos pelo governador do Estado, e a estabelecidos em estatuto próprio, de iniciativa do
graduação dos praças, pelo comandante da Polícia Governador do Estado, observada a legislação
Militar. federal específica.
§ 3º - O policial militar em atividade que aceitar § 1º - O policial militar é elegível, atendidas as
cargo público civil permanente será transferido para seguintes condições:
a reserva, na forma da lei.
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá
§ 4º - O policial militar da ativa que aceitar cargo, afastar-se da atividade;
emprego ou função pública temporária, não eletiva,
ainda que da administração indireta, ficará II - se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado ao respectivo quadro e, enquanto agregado e, se eleito, passará automaticamente,
permanecer nessa situação, só poderá ser no ato da diplomação, para a inatividade, com os
promovido por antiguidade, contando-se-lhe o proventos proporcionais ao tempo de serviço.
tempo de serviço apenas para aquela promoção e
transferência para a reserva, sendo, depois de dois § 2º- O exercício de cargo de direção,
anos de afastamento, contínuos ou não, transferido assessoramento ou chefia, na área da Secretaria
para a inatividade. da Segurança Publica, será considerado como
atividade policial essencial, para efeito de
§ 5º - O militar condenado na Justiça comum ou aposentadoria especial voluntária, prevista na
militar à pena privativa de liberdade igual ou Constituição Federal.
superior a dois anos, por sentença transitada em
julgado, será excluído da Corporação. Art. 49 - O preenchimento de vaga de capelão da
Polícia Militar será efetuado por ministro de
§ 6º- O oficial da Polícia Militar só perderá o posto confissão religiosa, vedado qualquer critério
e a patente se for julgado indigno do oficialato ou discriminatório.
com ele incompatível, mediante Conselho de

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TÍTULO IV II - pelo governador do Estado, pelo presidente da


Assembléia ou a requerimento da maioria dos
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES deputados, em caso de urgência ou interesse
público relevante.
CAPÍTULO I
§ 6º - Não poderá ser realizada mais de uma
DO PODER LEGISLATIVO sessão ordinária por dia.

Seção I Art. 68 - Salvo disposição constitucional em


contrário, a Assembléia Legislativa funcionará em
Da Assembléia Legislativa sessões públicas, com a presença de um terço, no
mínimo, de seus membros e suas deliberações
Art. 66 - O Poder Legislativo é exercido pela serão tomadas por maioria de votos, presente a
Assembleia Legislativa, com sede na Capital do maioria absoluta de seus membros.
Estado, constituída de deputados eleitos pelo
sistema proporcional para um mandato de quatro Art. 69 - Ao Poder Legislativo, compreendidos
anos. todos os seus órgãos e entidades, inclusive os
Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios,
§ 1º - O número de deputados corresponderá ao serão atribuídos, anualmente, recursos
triplo da representação do Estado na Câmara dos correspondentes a cinco por cento da receita
Deputados; atingido o número de trinta e seis, será estadual arrecadada, proveniente dos impostos de
acrescido de tantos quantos forem os deputados competência do Estado, referidos no Art. 151.
federais acima de doze.
Seção II
§ 2º - A alteração do número de deputados não
vigorará na Legislatura em que for fixada. Das Competências da Assembléia Legislativa

Art. 67 - A Assembleia Legislativa reunir-se-á Art. 70 - Cabe à Assembléia Legislativa, com a


anualmente, em sua sede, de 15 de fevereiro a 30 sanção do governador, legislar sobre todas as
de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. matérias de competência do Estado,
especialmente sobre:
§ 1º - As sessões marcadas para essas datas serão
transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, I - plano plurianual, diretrizes orçamentárias e
quando recaírem em sábados, domingos e orçamentos anuais;
feriados.
II - planos e programas estaduais e setoriais de
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida desenvolvimento econômico e social;
sem a aprovação dos projetos de lei relativos às
diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual. III - transferência temporária da sede de Governo;

§ 3º- A Assembléia Legislativa reunir-se-á, no IV - limites do território estadual e bens do domínio


primeiro ano da sua legislatura, em sessões do Estado, bem como criação, fusão, incorporação,
preparatórias, a partir de 1º de janeiro, para a posse desmembramento e extinção de Municípios e
de seus membros, da Mesa eleita, do governador e fixação de seus limites;
vice-governador.
V - operações de crédito, dívida pública e emissão
§ 4º - Por motivo de conveniência pública e de títulos do Tesouro;
deliberação da maioria absoluta de seus membros,
poderá a Assembléia Legislativa reunir-se, VI - criação, transformação e extinção de cargos,
temporariamente, em qualquer cidade do Estado. empregos e funções públicas e fixação dos
respectivos vencimentos ou remunerações;
§ 5º- A convocação extraordinária da Assembléia
Legislativa, limitadas as deliberações à matéria VII - organização administrativa, judiciária, do
para a qual for convocada, far-se-á: Ministério Público, das procuradorias, da
Defensoria Pública e dos Tribunais de Contas;
I - pelo seu Presidente, em caso de decretação de
intervenção federal no Estado ou deste em VIII - organização, fixação e modificação do efetivo
Município, e para posse e compromisso do da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar,
governador e vice-governador do Estado; observadas as diretrizes estabelecidas em lei
federal;
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IX - criação, estruturação e competência das III - criar, transformar ou extinguir cargos e funções
Secretarias de Estado e demais órgãos e entidades dos seus serviços, na sua administração direta,
da Administração Pública direta e indireta; autárquica ou fundacional, bem como fixar e
modificar as respectivas remunerações;
X - autorização para alienar ou gravar bens imóveis
do Estado; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar;

XI - concessão para exploração de serviços V - autorizar o governador e o vice-governador do


públicos; Estado a se ausentarem do Estado por mais de
trinta dias, ou do País, por qualquer período;
XII - direito tributário, financeiro, penitenciário,
econômico e urbanístico; VI - aprovar e suspender a intervenção estadual
nos Municípios e solicitá-la para o Estado;
XIII - juntas comerciais;
VII - sustar os atos normativos do Poder Executivo,
XIV - custas dos serviços forenses; excedentes do poder regulamentar;

XV - produção e consumo; VIII - fixar, para cada exercício financeiro, a


remuneração do governador, do vice-governador e
XVI - proteção ao patrimônio natural, histórico, dos secretários de Estado, estabelecendo os
cultural, artístico, turístico e paisagístico; critérios de atualização monetária;

XVII - educação, cultura, ensino e desporto; IX - julgar as contas prestadas pelo Governador,
até sessenta dias do recebimento do parecer prévio
XVIII - criação, funcionamento e processo de do Tribunal de Contas do Estado, e apreciar os
Juizados de Pequenas Causas; relatórios sobre execução dos planos de governo;

XIX - procedimentos em matéria processual; X - proceder às tomadas de contas do Governador,


quando não apresentadas nos prazos
XX - previdência social, proteção e defesa à saúde; estabelecidos nesta Constituição;

XXI - proteção e integração social das pessoas XI - julgar as contas anualmente prestadas pelo
portadoras de deficiência; Tribunal de Justiça, pelo Tribunal de Contas do
Estado e pelo Tribunal de Contas dos Municípios,
XXII - organização, garantias, direitos e deveres realizando, periodicamente, inspeções auditoriais;
das polícias civis;
XII - fiscalizar e controlar os atos do Poder
XXIII - direitos da infância, da juventude e da Executivo, inclusive os da administração indireta;
mulher;
XIII - autorizar convênios, convenções ou acordos
XXIV - concessão de auxílios aos Municípios e a serem celebrados pelo Governo do Estado com
autorização para o Estado garantir-lhes entidades de direito público ou privado e aprovar,
empréstimos. sob pena de nulidade, os que, por motivo de
urgência ou de interesse público, forem efetivados
Art. 71 - Além de outros casos previstos nesta sem autorização, a serem encaminhados nos dez
Constituição, compete privativamente à dias subsequentes à sua celebração;
Assembléia Legislativa:
XIV - solicitar a intervenção federal para assegurar
I - dispor sobre seu Regimento Interno, polícia e o livre funcionamento da instituição;
serviços administrativos de sua secretaria,
inclusive seus órgãos de consultoria, XV - processar e julgar o governador, o vice-
assessoramento jurídico e representação judicial, governador, e os secretários de Estado nos crimes
para defesa de suas prerrogativas e interesses de responsabilidade;
específicos;
XVI - indicar, após arguição pública, cinco dos sete
II- eleger sua Mesa Diretora para um mandato de membros dos Tribunais de Contas do Estado e dos
dois anos, vedada a recondução para o mesmo Municípios, em votação secreta e por maioria
cargo no período subsequente; absoluta de votos, na forma de seu regimento;

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XVII - apreciar, mediante votação secreta, decidida XXX - aprovar previamente contratos a serem
por maioria absoluta de votos, a indicação, pelo firmados pelo Poder Executivo, destinados à
governador do Estado, de desembargador do concessão e permissão para exploração de
Tribunal de Justiça, juiz do Tribunal de Alçada*, de serviços públicos, na forma da lei;
dois integrantes de cada Tribunal de Contas e do
procurador geral do Estado;
CAPÍTULO II
XVIII - deliberar sobre a destituição do procurador
geral de Justiça, por maioria absoluta, antes do DO PODER EXECUTIVO
término de seu mandato;
Seção I
XIX - editar decretos legislativos e resoluções que
serão regulados no Regimento Interno da Das Disposições Gerais
Assembleia Legislativa;
Art. 99 - O Poder Executivo é exercido pelo
XX - autorizar o Estado a contrair ou garantir governador do Estado, com o auxílio dos
operações de crédito, internas ou externas, secretários de Estado.
inclusive sob a forma de títulos do Tesouro;
Art. 100 - A eleição do governador e do vice-
XXI - autorizar a consulta plebiscitária; governador do Estado, para mandato de quatro
anos, será realizada noventa dias antes do término
XXII - mudar temporariamente sua sede; do mandato dos seus antecessores.

XXIII - convocar, inclusive por deliberação de § 1º - Serão considerados eleitos governador e


maioria absoluta de suas comissões, secretário de vice-governador os candidatos que, registrados por
Estado, procuradores gerais do Estado e de Justiça partido político, obtiverem a maioria absoluta de
e dirigentes da administração indireta, para que votos, não computados os em branco e os nulos.
prestem informações, pessoalmente, no prazo de
trinta dias, importando em crime de § 2º- Se nenhum candidato alcançar maioria
responsabilidade ausência sem justificação absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição,
adequada; no prazo de vinte dias após a proclamação do
resultado, concorrendo os dois candidatos mais
XXIV - dar posse ao governador e ao vice- votados, considerado eleito o que obtiver a maioria
governador e conhecer da renúncia de qualquer dos votos válidos.
deles;
§ 3º - O governador e vice-governador eleitos
XXV - apreciar, em votação secreta, a indicação de tomarão posse em 1º de janeiro do ano
integrantes de órgãos colegiados, conforme subseqüente ao de sua eleição.
determinar a lei;
Art. 101 - O governador e o vice-governador
XXVI - promover periodicamente a consolidação tomarão posse em sessão da Assembléia
dos textos legislativos, com a finalidade de tornar Legislativa, prestando o seguinte compromisso:
acessível ao cidadão a consulta às leis; "prometo manter, defender e cumprir a Constituição
Federal e a do Estado, observar as leis, promover
XXVII - suspender a eficácia de ato normativo o bem geral do povo baiano e sustentar a
estadual ou municipal declarado inconstitucional integridade e a autonomia do Estado da Bahia".
em face desta Constituição, por decisão definitiva
do Tribunal de Justiça do Estado; § 1º - O vice-governador substituirá o governador,
no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de
XXVIII - convocar, por maioria de dois terços do vaga.
Plenário, o governador do Estado para prestar,
pessoalmente, informações sobre assunto § 2º - O vice-governador, além de outras atribuições
previamente determinado, importando em crime de que lhe forem conferidas por lei complementar,
responsabilidade a ausência sem justificação auxiliará o governador, sempre que por ele
adequada; convocado para missões especiais.

XXIX - deliberar sobre censura a secretário de Art. 102 - Em caso de impedimento do governador
Estado, por maioria absoluta de votos; e do vice-governador, ou de vacância dos
respectivos cargos, serão sucessivamente
chamados ao exercício da chefia do Poder
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Executivo o presidente da Assembléia Legislativa e II - exercer, com auxílio dos secretários de Estado,
o presidente do Tribunal de Justiça. a direção superior da administração estadual;

§ 1º - Vagando os cargos de governador e vice- III - nomear e exonerar os secretários de Estado, o


governador, far-se-á eleição noventa dias depois procurador geral do Estado e o defensor-chefe da
de aberta a última vaga. defensoria pública;

§ 2º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos IV - iniciar o processo legislativo na forma e nos
do mandato governamental, a eleição para ambos casos previstos nesta Constituição;
os cargos será feita trinta dias depois da última
vaga, pela Assembléia Legislativa, na forma da lei. V - sancionar, promulgar, vetar, fazer publicar as
leis e, para sua fiel execução, expedir decretos e
§ 3º - Em qualquer dos casos previstos nos regulamentos;
parágrafos anteriores, os eleitos deverão completar
o período dos seus antecessores. VI - nomear desembargadores e juizes dos
Tribunais Estaduais, o procurador geral da Justiça,
§ 4º - Se a Assembléia Legislativa não estiver os conselheiros dos Tribunais de Contas do Estado
reunida, será convocada por seu presidente, dentro e dos Municípios, na forma desta Constituição;
de cinco dias, a contar da vacância.
VII - enviar mensagem à Assembléia Legislativa, no
Art. 103 - Implicará renúncia ao cargo a não início de cada sessão legislativa, expondo a
assunção pelo governador ou vice-governador até situação econômica, financeira, administrativa,
trinta dias após a data fixada para a posse, salvo política e social do Estado;
motivo de força maior.
VIII - decretar e fazer executar a intervenção no
Art. 104 - O governador e vice-governador não Município, na forma desta Constituição;
poderão, sem licença da Assembléia Legislativa,
ausentar-se do Estado por período superior a trinta IX - celebrar ou autorizar convênios, na forma da
dias e do País por qualquer período, sob pena de lei;
perda do mandato.
X - prestar as informações solicitadas pelos
Parágrafo único - O governador perderá o cargo se: Poderes Legislativo e Judiciário, nos casos e
prazos fixados em lei;
I - assumir outro cargo ou função na Administração
Pública direta ou indireta; XI - enviar à Assembléia o plano plurianual, o
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e a
II - não tomar posse, salvo motivo de força maior, proposta do orçamento anual;
na data fixada ou dentro da prorrogação concedida
pela Assembléia Legislativa; XII - decretar as situações de emergência e estado
de calamidade pública;
III - for condenado por crime comum ou de
responsabilidade; XIII - prover e extinguir cargos públicos estaduais,
na forma da lei;
IV - perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
XIV - convocar, extraordinariamente, a Assembléia
V - não reassumir, salvo motivo de força maior, o Legislativa, nos casos previstos nesta Constituição;
exercício do cargo, até trinta dias depois de
esgotado o prazo da licença concedida. XV - prestar, anualmente, à Assembléia Legislativa,
dentro de quinze dias após a abertura da sessão
Seção II legislativa, as contas referentes ao exercício
anterior;
Das Atribuições do Governador do Estado
XVI - solicitar intervenção federal;
Art. 105 - Compete privativamente ao governador
do Estado: XVII - contrair empréstimos externos ou internos e
fazer operações ou acordos externos de qualquer
I - representar o Estado, na forma desta natureza, após autorização da Assembléia
Constituição e da lei; Legislativa, observada a Constituição Federal;

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XVIII - representar aos tribunais contra leis e atos orçamentárias e nos créditos adicionais abertos
que violem dispositivos da Constituição Federal e para este fim, à exceção dos de natureza alimentar.
desta Constituição;
§ 4º - É obrigatória a inclusão, no orçamento das
XX - exercer o comando supremo da Polícia Militar, entidades de direito público, de verba necessária
promover seus oficiais e nomeá-los para os cargos ao pagamento de seus débitos constantes de
que lhe são privativos; precatórios judiciários, apresentados até 1º de
julho, data em que terão atualizados seus valores,
XXI - exercer outras atribuições previstas nesta fazendo-se o pagamento até o final do exercício
Constituição. seguinte.

CAPÍTULO III § 5º - As dotações orçamentárias e os créditos


abertos serão consignados ao Poder Judiciário,
DO PODER JUDICIÁRIO recolhendo-se as importâncias respectivas à
repartição competente, cabendo ao presidente do
Seção I Tribunal que proferir a decisão exeqüenda
determinar o pagamento segundo as possibilidades
Das Disposições Gerais do depósito e autorizar, a requerimento do credor e
exclusivamente para o caso de preterição do seu
Art. 110 - São órgãos do Poder Judiciário: direito de precedência, o seqüestro da quantia
necessária à satisfação do débito, assegurando-se
I - o Tribunal de Justiça; à atualização monetária indexador oficial, pré-
estabelecido, a ser apurado na época do
II - o Tribunal de Alçada(); pagamento.

III - os Tribunais do Júri; Art. 112 - Ao Poder Judiciário, compreendidos


todos os seus órgãos e entidades, serão atribuídos,
IV - os juizes de Direito; anualmente, recursos correspondentes a dez por
cento da receita estadual arrecadada, proveniente
V - o Conselho de Justiça Militar; dos impostos de competência do Estado, referidos
no Art. 151.
VI - os Juizados Especiais;
Art. 113 - O Tribunal de Justiça poderá constituir
VII - os Juizados de Pequenas Causas; órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo
de vinte e cinco membros, para o exercício das
VIII - os Juizados de Paz. atribuições administrativas e jurisdicionais do
Tribunal Pleno.
Art. 111 - O Poder Judiciário goza de autonomia
administrativa e financeira. Art. 114 - Os julgamentos, em todos os órgãos do
Poder Judiciário, serão públicos e fundamentadas
§ 1º - O Tribunal de Justiça elaborará a proposta as suas decisões, sob pena de nulidade, podendo
orçamentária do Poder Judiciário, ouvidos os a lei, somente se o interesse público o exigir, limitar
outros Tribunais de segunda instância, dentro dos a presença, em determinados atos, às partes e
limites estipulados conjuntamente com os demais seus advogados, ou somente a estes.
Poderes na lei de Diretrizes Orçamentárias,
encaminhando-a à Assembléia Legislativa. Art. 115 - Os vencimentos dos magistrados serão
fixados com diferença não superior a dez por cento
§ 2º - Durante a execução orçamentária, o de uma para outra categoria.
numerário correspondente à dotação do Poder
Judiciário será repassado, ao menos, em § 1º - Os magistrados sujeitam-se aos impostos
duodécimos, até o dia vinte de cada mês, sob pena gerais, incluindo o de renda, e aos impostos
de responsabilidade. extraordinários, bem como aos descontos fixados
em lei.
§ 3º - Os pagamentos devidos pela Fazenda
Estadual ou Municipal, em virtude de condenação § 2º- Os proventos dos magistrados em inatividade
judicial, serão feitos exclusivamente na ordem serão pagos na mesma data e revistos segundo os
cronológica de apresentação dos precatórios e à mesmos índices dos vencimentos daqueles em
conta dos respectivos créditos, proibida a atividade.
designação de casos ou pessoas nas dotações

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Art. 116 - O Estado organizará sua Justiça segundo VIII - o juiz promovido ou removido só deixará a
o disposto na Constituição Federal, observados os Vara em que é titular com a efetiva posse do novo
seguintes princípios: titular.

I - ingresso na carreira, no cargo inicial de juiz Art. 117 - Aos magistrados são asseguradas as
substituto, através de concurso público de provas e seguintes garantias:
títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil, em todas as suas fases, I - vitaliciedade, que no primeiro grau só será
respeitada, nas nomeações, a ordem de adquirida após dois anos de exercício, dependendo
classificação; a perda do cargo, nesse período, de deliberação do
Tribunal de Justiça, e, nos demais casos, de
II - promoção de entrância para entrância, sentença judicial transitada em julgado;
alternadamente, por antiguidade e merecimento,
atendidas as seguintes normas: II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse
público, observado o que dispõe a Constituição
a) na apuração da antiguidade, o Tribunal de Federal;
Justiça somente poderá recusar o Juiz mais antigo
pelo voto de dois terços de seus membros, III - irredutibilidade de vencimentos.
conforme procedimento próprio, repetindo-se a
votação até fixar-se a indicação; Art. 118 - Aos magistrados é vedado:

b) é obrigatória a promoção do juiz que figure por I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro
três vezes consecutivas ou cinco alternadas em cargo ou função, salvo uma de magistério;
lista de merecimento;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou
c) aferição de merecimento pelos critérios de participação em processo;
presteza e segurança no exercício da jurisdição,
comprovação de residência na sede da respectiva III - dedicar-se a atividade político-partidária.
Comarca e freqüência e aproveitamento em cursos
reconhecidos de aperfeiçoamento; Art. 119 - O Poder Judiciário funcionará
ininterruptamente, vedada a instituição de férias
d) a promoção por merecimento pressupõe dois coletivas.
anos de exercício na respectiva entrância e integrar
o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade § 1º- O Tribunal de Justiça organizará sistema de
desta, salvo se não houver com tais requisitos plantão de modo que, aos sábados, domingos e
quem aceite o lugar vago; feriados, funcionem juizes em todo o Estado, para
conhecimento de mandado de segurança e
III - instituição de cursos oficiais de preparação e habeas-corpus.
aperfeiçoamento de magistrados como requisitos
para ingresso e promoção na carreira; § 2º- Nas Comarcas de mais de uma Vara, os
Juizes não poderão gozar férias no mesmo
IV - o juiz titular residirá na respectiva Comarca; período.

V - o ato de remoção, disponibilidade ou Art. 120 - O habeas-corpus e o mandado de


aposentadoria de magistrado, por interesse segurança serão sorteados imediatamente à sua
público, fundar-se-á em decisão pelo voto de dois apresentação e remetidos ao julgador no mesmo
terços do Tribunal de Justiça, assegurada ampla dia, independentemente do prévio pagamento da
defesa; taxa judiciária e custas.

VI - nenhum juiz poderá ser promovido ou removido Art. 121 - A cada Município corresponderá uma
sem atestado da Corregedoria Geral da Justiça de Comarca, dependendo a sua instalação de
que, na Vara em que é titular, não existe processo requisitos e condições instituídos por lei de
concluso sem decisão e requerimento sem organização judiciária.
despacho;
Seção VI
VII - observância da ordem cronológica de vacância
no provimento dos cargos de juiz de Direito, nas Da Justiça Militar
entrâncias de 1º grau, tendo as Comarcas de maior
período vago precedência sobre as demais; Art. 128 - A Justiça Militar é exercida:

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I - em primeiro grau, pelo Conselho de Justiça


Militar;

II - em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça, a


quem cabe decidir sobre a perda do posto e da
patente dos oficiais, e sobre a perda da graduação
dos praças.

§ 1º - A constituição, o funcionamento e as
atribuições do Conselho de Justiça atenderão às
normas da Lei de Organização Judiciária Militar da
União.

§ 2º - A lei estadual poderá criar, mediante proposta


do Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça Militar.

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Estados membros como entre as dos territórios


DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS colocados sob a sua jurisdição.
DIREITOS HUMANOS
Artigo 1°
Preâmbulo
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
Considerando que o reconhecimento da dignidade dignidade e em direitos. Dotados de razão e de
inerente a todos os membros da família humana e consciência, devem agir uns para com os outros em
dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o espírito de fraternidade.
fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo; Artigo 2°

Considerando que o desconhecimento e o Todos os seres humanos podem invocar os direitos


desprezo dos direitos do Homem conduziram a e as liberdades proclamados na presente
actos de barbárie que revoltam a consciência da Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente
Humanidade e que o advento de um mundo em que de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de
os seres humanos sejam livres de falar e de crer, opinião política ou outra, de origem nacional ou
libertos do terror e da miséria, foi proclamado como social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer
a mais alta inspiração do Homem; outra situação. Além disso, não será feita nenhuma
distinção fundada no estatuto político, jurídico ou
Considerando que é essencial a proteção dos internacional do país ou do território da
direitos do Homem através de um regime de direito, naturalidade da pessoa, seja esse país ou território
para que o Homem não seja compelido, em independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a
supremo recurso, à revolta contra a tirania e a alguma limitação de soberania.
opressão;
Artigo 3°
Considerando que é essencial encorajar o
desenvolvimento de relações amistosas entre as Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à
nações; segurança pessoal.

Considerando que, na Carta, os povos das Nações Artigo 4°


Unidas proclamam, de novo, a sua fé nos direitos
fundamentais do Homem, na dignidade e no valor Ninguém será mantido em escravatura ou em
da pessoa humana, na igualdade de direitos dos servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob
homens e das mulheres e se declaram resolvidos a todas as formas, são proibidos.
favorecer o progresso social e a instaurar melhores
condições de vida dentro de uma liberdade mais Artigo 5°
ampla;
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou
Considerando que os Estados membros se tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
comprometeram a promover, em cooperação com
a Organização das Nações Unidas, o respeito Artigo 6°
universal e efectivo dos direitos do Homem e das
liberdades fundamentais; Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento,
em todos os lugares, da sua personalidade jurídica.
Considerando que uma concepção comum destes
direitos e liberdades é da mais alta importância Artigo 7°
para dar plena satisfação a tal compromisso:
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm
A Assembléia Geral proclama a presente direito a igual proteção da lei. Todos têm direito a
Declaração Universal dos Direitos Humanos como proteção igual contra qualquer discriminação que
ideal comum a atingir por todos os povos e todas viole a presente Declaração e contra qualquer
as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos incitamento a tal discriminação.
os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente
no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela Artigo 8°
educação, por desenvolver o respeito desses
direitos e liberdades e por promover, por medidas Toda a pessoa tem direito a recurso efetivo para as
progressivas de ordem nacional e internacional, o jurisdições nacionais competentes contra os atos
seu reconhecimento e a sua aplicação universais e que violem os direitos fundamentais reconhecidos
efectivos tanto entre as populações dos próprios pela Constituição ou pela lei.
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Artigo 9° Artigo 15°

Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou 1.Todo o indivíduo tem direito a ter uma
exilado. nacionalidade.

Artigo 10° 2.Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua


nacionalidade nem do direito de mudar de
Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a nacionalidade.
que a sua causa seja equitativa e publicamente
julgada por um tribunal independente e imparcial Artigo 16°
que decida dos seus direitos e obrigações ou das
razões de qualquer acusação em matéria penal que 1.A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm
contra ela seja deduzida. o direito de casar e de constituir família, sem
restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião.
Artigo 11° Durante o casamento e na altura da sua dissolução,
ambos têm direitos iguais.
1.Toda a pessoa acusada de um ato delituoso
presume-se inocente até que a sua culpabilidade 2.O casamento não pode ser celebrado sem o livre
fique legalmente provada no decurso de um e pleno consentimento dos futuros esposos.
processo público em que todas as garantias
necessárias de defesa lhe sejam asseguradas. 3.A família é o elemento natural e fundamental da
sociedade e tem direito à proteção desta e do
2.Ninguém será condenado por ações ou omissões Estado.
que, no momento da sua prática, não constituíam
ato delituoso à face do direito interno ou Artigo 17°
internacional. Do mesmo modo, não será infligida
pena mais grave do que a que era aplicável no 1.Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito
momento em que o ato delituoso foi cometido. à propriedade.

Artigo 12° 2.Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua


propriedade.
Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua
vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na Artigo 18°
sua correspondência, nem ataques à sua honra e
reputação. Contra tais intromissões ou ataques Toda a pessoa tem direito à liberdade de
toda a pessoa tem direito a proteção da lei. pensamento, de consciência e de religião; este
direito implica a liberdade de mudar de religião ou
Artigo 13° de convicção, assim como a liberdade de
manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em
1.Toda a pessoa tem o direito de livremente circular comum, tanto em público como em privado, pelo
e escolher a sua residência no interior de um ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.
Estado.
Artigo 19°
2.Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país
em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião
regressar ao seu país. e de expressão, o que implica o direito de não ser
inquietado pelas suas opiniões e o de procurar,
Artigo 14° receber e difundir, sem consideração de fronteiras,
informações e ideias por qualquer meio de
1.Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito expressão.
de procurar e de beneficiar de asilo em outros
países. Artigo 20°

2.Este direito não pode, porém, ser invocado no 1.Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião
caso de processo realmente existente por crime de e de associação pacíficas.
direito comum ou por atividades contrárias aos fins
e aos princípios das Nações Unidas. 2.Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma
associação.

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Artigo 21° assistência médica e ainda quanto aos serviços


sociais necessários, e tem direito à segurança no
1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na
direção dos negócios, públicos do seu país, quer velhice ou noutros casos de perda de meios de
diretamente, quer por intermédio de representantes subsistência por circunstâncias independentes da
livremente escolhidos. sua vontade.

2.Toda a pessoa tem direito de acesso, em 2.A maternidade e a infância têm direito a ajuda e
condições de igualdade, às funções públicas do a assistência especiais. Todas as crianças,
seu país. nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da
mesma proteção social.
3.A vontade do povo é o fundamento da autoridade
dos poderes públicos: e deve exprimir-se através Artigo 26°
de eleições honestas a realizar periodicamente por
sufrágio universal e igual, com voto secreto ou 1.Toda a pessoa tem direito à educação. A
segundo processo equivalente que salvaguarde a educação deve ser gratuita, pelo menos a
liberdade de voto. correspondente ao ensino elementar fundamental.
O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico
Artigo 22° e profissional dever ser generalizado; o acesso aos
estudos superiores deve estar aberto a todos em
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem plena igualdade, em função do seu mérito.
direito à segurança social; e pode legitimamente
exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais 2.A educação deve visar à plena expansão da
e culturais indispensáveis, graças ao esforço personalidade humana e ao reforço dos direitos do
nacional e à cooperação internacional, de harmonia Homem e das liberdades fundamentais e deve
com a organização e os recursos de cada país. favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade
entre todas as nações e todos os grupos raciais ou
Artigo 23° religiosos, bem como o desenvolvimento das
atividades das Nações Unidas para a manutenção
1.Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre da paz.
escolha do trabalho, a condições equitativas e
satisfatórias de trabalho e à proteção contra o 3.Aos pais pertence a prioridade do direito de
desemprego. escolher o género de educação a dar aos filhos.

2.Todos têm direito, sem discriminação alguma, a Artigo 27°


salário igual por trabalho igual.
1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte
3.Quem trabalha tem direito a uma remuneração livremente na vida cultural da comunidade, de fruir
equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua as artes e de participar no progresso científico e
família uma existência conforme com a dignidade nos benefícios que deste resultam.
humana, e completada, se possível, por todos os
outros meios de proteção social. 2.Todos têm direito à proteção dos interesses
morais e materiais ligados a qualquer produção
4.Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras científica, literária ou artística da sua autoria.
pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para
defesa dos seus interesses. Artigo 28°

Artigo 24° Toda a pessoa tem direito a que reine, no plano


social e no plano internacional, uma ordem capaz
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos de tornar plenamente efectivos os direitos e as
lazeres, especialmente, a uma limitação razoável liberdades enunciadas na presente Declaração.
da duração do trabalho e as férias periódicas
pagas. Artigo 29°

Artigo 25° 1.O indivíduo tem deveres para com a comunidade,


fora da qual não é possível o livre e pleno
1.Toda a pessoa tem direito a um nível de vida desenvolvimento da sua personalidade.
suficiente para lhe assegurar e à sua família a
saúde e o bem-estar, principalmente quanto à 2.No exercício deste direito e no gozo destas
alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à liberdades ninguém está sujeito senão às
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limitações estabelecidas pela lei com vista


exclusivamente a promover o reconhecimento e o
respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim
de satisfazer as justas exigências da moral, da
ordem pública e do bem-estar numa sociedade
democrática.

3.Em caso algum estes direitos e liberdades


poderão ser exercidos contrariamente e aos fins e
aos princípios das Nações Unidas.

Artigo 30°

Nenhuma disposição da presente Declaração pode


ser interpretada de maneira a envolver para
qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o
direito de se entregar a alguma atividade ou de
praticar algum ato destinado a destruir os direitos e
liberdades aqui enunciados.

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CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE PARTE I


DIREITOS HUMANOS DEVERES DOS ESTADOS E DIREITOS
PROTEGIDOS
(Assinada na Conferência Especializada
Interamericana sobre Direitos Humanos, San José, CAPÍTULO I
Costa Rica, em 22 de novembro de 1969)
ENUMERAÇÃO DE DEVERES
PREÂMBULO
Artigo 1. Obrigação de respeitar os direitos
Os Estados americanos signatários da
presente Convenção, 1. Os Estados Partes nesta Convenção
comprometem-se a respeitar os direitos e
Reafirmando seu propósito de consolidar liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre
neste Continente, dentro do quadro das instituições e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita
democráticas, um regime de liberdade pessoal e de à sua jurisdição, sem discriminação alguma por
justiça social, fundado no respeito dos direitos motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões
essenciais do homem; políticas ou de qualquer outra natureza, origem
nacional ou social, posição econômica, nascimento
Reconhecendo que os direitos essenciais ou qualquer outra condição social.
do homem não derivam do fato de ser ele nacional
de determinado Estado, mas sim do fato de ter 2. Para os efeitos desta Convenção, pessoa
como fundamento os atributos da pessoa humana, é todo ser humano.
razão por que justificam uma proteção
internacional, de natureza convencional,
coadjuvante ou complementar da que oferece o Artigo 2. Dever de adotar disposições de direito
direito interno dos Estados americanos; interno
Considerando que esses princípios foram Se o exercício dos direitos e liberdades
consagrados na Carta da Organização dos Estados mencionados no artigo 1 ainda não estiver
Americanos, na Declaração Americana dos Direitos garantido por disposições legislativas ou de outra
e Deveres do Homem e na Declaração Universal natureza, os Estados Partes comprometem-se a
dos Direitos do Homem e que foram reafirmados e adotar, de acordo com as suas normas
desenvolvidos em outros instrumentos constitucionais e com as disposições desta
internacionais, tanto de âmbito mundial como Convenção, as medidas legislativas ou de outra
regional; natureza que forem necessárias para tornar
efetivos tais direitos e liberdades.
Reiterando que, de acordo com a
Declaração Universal dos Direitos do Homem, só
pode ser realizado o ideal do ser humano livre, CAPÍTULO II
isento do temor e da miséria, se forem criadas DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS
condições que permitam a cada pessoa gozar dos
seus direitos econômicos, sociais e culturais, bem Artigo 3. Direito ao reconhecimento da
como dos seus direitos civis e políticos; e personalidade jurídica
Considerando que a Terceira Conferência Toda pessoa tem direito ao reconhecimento
Interamericana Extraordinária (Buenos Aires, 1967) de sua personalidade jurídica.
aprovou a incorporação à própria Carta da
Organização de normas mais amplas sobre direitos
econômicos, sociais e educacionais e resolveu que Artigo 4. Direito à vida
uma convenção interamericana sobre direitos
humanos determinasse a estrutura, competência e 1. Toda pessoa tem o direito de que se
processo dos órgãos encarregados dessa matéria, respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido
pela lei e, em geral, desde o momento da
Convieram no seguinte: concepção. Ninguém pode ser privado da vida
arbitrariamente.

2. Nos países que não houverem abolido a


pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos
delitos mais graves, em cumprimento de sentença
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final de tribunal competente e em conformidade tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são


com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes proibidos em todas as suas formas.
de haver o delito sido cometido. Tampouco se
estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se 2. Ninguém deve ser constrangido a
aplique atualmente. executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos
países em que se prescreve, para certos delitos,
3. Não se pode restabelecer a pena de pena privativa da liberdade acompanhada de
morte nos Estados que a hajam abolido. trabalhos forçados, esta disposição não pode ser
interpretada no sentido de que proíbe o
4. Em nenhum caso pode a pena de morte cumprimento da dita pena, imposta por juiz ou
ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos tribunal competente. O trabalho forçado não deve
comuns conexos com delitos políticos. afetar a dignidade nem a capacidade física e
intelectual do recluso.
5. Não se deve impor a pena de morte a
pessoa que, no momento da perpetração do delito, 3. Não constituem trabalhos forçados ou
for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, obrigatórios para os efeitos deste artigo:
nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.
a. os trabalhos ou serviços normalmente exigidos
6. Toda pessoa condenada à morte tem de pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou
direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da resolução formal expedida pela autoridade
pena, os quais podem ser concedidos em todos os judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços
casos. Não se pode executar a pena de morte devem ser executados sob a vigilância e controle
enquanto o pedido estiver pendente de decisão das autoridades públicas, e os indivíduos que os
ante a autoridade competente. executarem não devem ser postos à disposição de
particulares, companhias ou pessoas jurídicas de
caráter privado;
Artigo 5. Direito à integridade pessoal
b. o serviço militar e, nos países onde se admite a
1.Toda pessoa tem o direito de que se isenção por motivos de consciência, o serviço
respeite sua integridade física, psíquica e moral. nacional que a lei estabelecer em lugar daquele;

2. Ninguém deve ser submetido a torturas, c. o serviço imposto em casos de perigo ou


nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou calamidade que ameace a existência ou o bem-
degradantes. Toda pessoa privada da liberdade estar da comunidade; e
deve ser tratada com o respeito devido à dignidade
inerente ao ser humano. d. o trabalho ou serviço que faça parte das
obrigações cívicas normais.
3. A pena não pode passar da pessoa do
delinquente.
Artigo 7. Direito à liberdade pessoal
4. Os processados devem ficar separados
dos condenados, salvo em circunstâncias 1.Toda pessoa tem direito à liberdade e à
excepcionais, e ser submetidos a tratamento segurança pessoais.
adequado à sua condição de pessoas não
condenadas. 2. Ninguém pode ser privado de sua
liberdade física, salvo pelas causas e nas
5. Os menores, quando puderem ser condições previamente fixadas pelas constituições
processados, devem ser separados dos adultos e políticas dos Estados Partes ou pelas leis de
conduzidos a tribunal especializado, com a maior acordo com elas promulgadas.
rapidez possível, para seu tratamento.
3. Ninguém pode ser submetido a detenção
6. As penas privativas da liberdade devem ou encarceramento arbitrários.
ter por finalidade essencial a reforma e a
readaptação social dos condenados. 4.Toda pessoa detida ou retida deve ser
informada das razões da sua detenção e notificada,
sem demora, da acusação ou acusações
Artigo 6. Proibição da escravidão e da servidão formuladas contra ela.

1. Ninguém pode ser submetido a 5.Toda pessoa detida ou retida deve ser
escravidão ou a servidão, e tanto estas como o conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou
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outra autoridade autorizada pela lei a exercer e. direito irrenunciável de ser assistido por um
funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro defensor proporcionado pelo Estado, remunerado
de um prazo razoável ou a ser posta em liberdade, ou não, segundo a legislação interna, se o acusado
sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua não se defender ele próprio nem nomear defensor
liberdade pode ser condicionada a garantias que dentro do prazo estabelecido pela lei;
assegurem o seu comparecimento em juízo.
f. direito da defesa de inquirir as testemunhas
6. Toda pessoa privada da liberdade tem presentes no tribunal e de obter o comparecimento,
direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas
a fim de que este decida, sem demora, sobre a que possam lançar luz sobre os fatos;
legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua
soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais. g. direito de não ser obrigado a depor contra si
Nos Estados Partes cujas leis prevêem que toda mesma, nem a declarar-se culpada;
pessoa que se vir ameaçada de ser privada de sua
liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal h. direito de recorrer da sentença para juiz ou
competente a fim de que este decida sobre a tribunal superior.
legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode ser
restringido nem abolido. O recurso pode ser 3. A confissão do acusado só é válida se
interposto pela própria pessoa ou por outra pessoa. feita sem coação de nenhuma natureza.

7. Ninguém deve ser detido por dívidas. 4. O acusado absolvido por sentença
Este princípio não limita os mandados de passada em julgado não poderá ser submetido a
autoridade judiciária competente expedidos em novo processo pelos mesmos fatos.
virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.
5. O processo penal deve ser público, salvo
no que for necessário para preservar os interesses
Artigo 8. Garantias judiciais da justiça.

1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com


as devidas garantias e dentro de um prazo Artigo 9. Princípio da legalidade e da retroatividade
razoável, por um juiz ou tribunal competente,
independente e imparcial, estabelecido Ninguém pode ser condenado por ações ou
anteriormente por lei, na apuração de qualquer omissões que, no momento em que forem
acusação penal formulada contra ela, ou para que cometidas, não sejam delituosas, de acordo com o
se determinem seus direitos ou obrigações de direito aplicável. Tampouco se pode impor pena
natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer mais grave que a aplicável no momento da
outra natureza. perpetração do delito. Se depois da perpetração do
delito a lei dispuser a imposição de pena mais leve,
2. Toda pessoa acusada de delito tem direito o delinquente será por isso beneficiado.
a que se presuma sua inocência enquanto não se
comprove legalmente sua culpa. Durante o
processo, toda pessoa tem direito, em plena Artigo 10. Direito a indenização
igualdade, às seguintes garantias mínimas:
Toda pessoa tem direito de ser indenizada
a. direito do acusado de ser assistido gratuitamente conforme a lei, no caso de haver sido condenada
por tradutor ou intérprete, se não compreender ou em sentença passada em julgado, por erro
não falar o idioma do juízo ou tribunal; judiciário.

b. comunicação prévia e pormenorizada ao


acusado da acusação formulada; Artigo 11. Proteção da honra e da dignidade

c. concessão ao acusado do tempo e dos meios 1. Toda pessoa tem direito ao respeito de
adequados para a preparação de sua defesa; sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade.

d. direito do acusado de defender-se pessoalmente 2. Ninguém pode ser objeto de ingerências


ou de ser assistido por um defensor de sua escolha arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, na de
e de comunicar-se, livremente e em particular, com sua família, em seu domicílio ou em sua
seu defensor; correspondência, nem de ofensas ilegais à sua
honra ou reputação.

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3. Toda pessoa tem direito à proteção da informação, nem por quaisquer outros meios
lei contra tais ingerências ou tais ofensas. destinados a obstar a comunicação e a circulação
de idéias e opiniões.

Artigo 12. Liberdade de consciência e de religião 4. A lei pode submeter os espetáculos


públicos a censura prévia, com o objetivo exclusivo
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de regular o acesso a eles, para proteção moral da
de consciência e de religião. Esse direito implica a infância e da adolescência, sem prejuízo do
liberdade de conservar sua religião ou suas disposto no inciso 2.
crenças, ou de mudar de religião ou de crenças,
bem como a liberdade de professar e divulgar sua 5. A lei deve proibir toda propaganda a
religião ou suas crenças, individual ou favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio
coletivamente, tanto em público como em privado. nacional, racial ou religioso que constitua incitação
à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à
2. Ninguém pode ser objeto de medidas violência.
restritivas que possam limitar sua liberdade de
conservar sua religião ou suas crenças, ou de
mudar de religião ou de crenças. Artigo 14. Direito de retificação ou resposta

3. A liberdade de manifestar a própria 1. Toda pessoa atingida por informações


religião e as próprias crenças está sujeita inexatas ou ofensivas emitidas em seu prejuízo por
unicamente às limitações prescritas pela lei e que meios de difusão legalmente regulamentados e que
sejam necessárias para proteger a segurança, a se dirijam ao público em geral, tem direito a fazer,
ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos pelo mesmo órgão de difusão, sua retificação ou
ou liberdades das demais pessoas. resposta, nas condições que estabeleça a lei.

4. Os pais, e quando for o caso os tutores, 2. Em nenhum caso a retificação ou a


têm direito a que seus filhos ou pupilos recebam a resposta eximirão das outras responsabilidades
educação religiosa e moral que esteja acorde com legais em que se houver incorrido.
suas próprias convicções.
3. Para a efetiva proteção da honra e da
reputação, toda publicação ou empresa jornalística,
Artigo 13. Liberdade de pensamento e de cinematográfica, de rádio ou televisão, deve ter
expressão uma pessoa responsável que não seja protegida
por imunidades nem goze de foro especial.
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de
pensamento e de expressão. Esse direito
compreende a liberdade de buscar, receber e Artigo 15. Direito de reunião
difundir informações e idéias de toda natureza, sem
consideração de fronteiras, verbalmente ou por É reconhecido o direito de reunião pacífica
escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por e sem armas. O exercício de tal direito só pode
qualquer outro processo de sua escolha. estar sujeito às restrições previstas pela lei e que
sejam necessárias, numa sociedade democrática,
2. O exercício do direito previsto no inciso no interesse da segurança nacional, da segurança
precedente não pode estar sujeito a censura prévia, ou da ordem públicas, ou para proteger a saúde ou
mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser a moral públicas ou os direitos e liberdades das
expressamente fixadas pela lei e ser necessárias demais pessoas.
para assegurar

a. o respeito aos direitos ou à reputação das Artigo 16. Liberdade de associação


demais pessoas; ou
1.Todas as pessoas têm o direito de
b. a proteção da segurança nacional, da ordem associar-se livremente com fins ideológicos,
pública, ou da saúde ou da moral públicas. religiosos, políticos, econômicos, trabalhistas,
sociais, culturais, desportivos ou de qualquer outra
3. Não se pode restringir o direito de natureza.
expressão por vias ou meios indiretos, tais como o
abuso de controles oficiais ou particulares de papel 2. O exercício de tal direito só pode estar
de imprensa, de freqüências radioelétricas ou de sujeito às restrições previstas pela lei que sejam
equipamentos e aparelhos usados na difusão de necessárias, numa sociedade democrática, no
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interesse da segurança nacional, da segurança ou Artigo 20. Direito à nacionalidade


da ordem públicas, ou para proteger a saúde ou a
moral públicas ou os direitos e liberdades das 1.Toda pessoa tem direito a uma
demais pessoas. nacionalidade.

3. O disposto neste artigo não impede a 2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade
imposição de restrições legais, e mesmo a privação do Estado em cujo território houver nascido, se não
do exercício do direito de associação, aos membros tiver direito a outra.
das forças armadas e da polícia.
3. A ninguém se deve privar arbitrariamente
de sua nacionalidade nem do direito de mudá-la.
Artigo 17. Proteção da família
Artigo 21. Direito à propriedade privada
1.A família é o elemento natural e
fundamental da sociedade e deve ser protegida 1. Toda pessoa tem direito ao uso e gozo
pela sociedade e pelo Estado. dos seus bens. A lei pode subordinar esse uso e
gozo ao interesse social.
2. É reconhecido o direito do homem e da
mulher de contraírem casamento e de fundarem 2. Nenhuma pessoa pode ser privada de
uma família, se tiverem a idade e as condições para seus bens, salvo mediante o pagamento de
isso exigidas pelas leis internas, na medida em que indenização justa, por motivo de utilidade pública
não afetem estas o princípio da não-discriminação ou de interesse social e nos casos e na forma
estabelecido nesta Convenção. estabelecidos pela lei.

3. O casamento não pode ser celebrado 3. Tanto a usura como qualquer outra forma
sem o livre e pleno consentimento dos contraentes. de exploração do homem pelo homem devem ser
reprimidas pela lei.
4. Os Estados Partes devem tomar medidas
apropriadas no sentido de assegurar a igualdade
de direitos e a adequada equivalência de Artigo 22. Direito de circulação e de residência
responsabilidades dos cônjuges quanto ao
casamento, durante o casamento e em caso de 1. Toda pessoa que se ache legalmente no
dissolução do mesmo. Em caso de dissolução, território de um Estado tem direito de circular nele
serão adotadas disposições que assegurem a e de nele residir em conformidade com as
proteção necessária aos filhos, com base disposições legais.
unicamente no interesse e conveniência dos
mesmos. 2. Toda pessoa tem o direito de sair
livremente de qualquer país, inclusive do próprio.
5. A lei deve reconhecer iguais direitos tanto
aos filhos nascidos fora do casamento como aos 3. O exercício dos direitos acima
nascidos dentro do casamento. mencionados não pode ser restringido senão em
virtude de lei, na medida indispensável, numa
sociedade democrática, para prevenir infrações
Artigo 18. Direito ao nome penais ou para proteger a segurança nacional, a
segurança ou a ordem públicas, a moral ou a saúde
Toda pessoa tem direito a um prenome e públicas, ou os direitos e liberdades das demais
aos nomes de seus pais ou ao de um destes. A lei pessoas.
deve regular a forma de assegurar a todos esse
direito, mediante nomes fictícios, se for necessário. 4. O exercício dos direitos reconhecidos no
inciso 1 pode também ser restringido pela lei, em
zonas determinadas, por motivo de interesse
Artigo 19. Direitos da criança público.

Toda criança tem direito às medidas de 5. Ninguém pode ser expulso do território
proteção que a sua condição de menor requer por do Estado do qual for nacional, nem ser privado do
parte da sua família, da sociedade e do Estado. direito de nele entrar.

6. O estrangeiro que se ache legalmente


no território de um Estado Parte nesta Convenção

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só poderá dele ser expulso em cumprimento de lei ou pela presente Convenção, mesmo quando tal
decisão adotada de acordo com a lei. violação seja cometida por pessoas que estejam
atuando no exercício de suas funções oficiais.
7. Toda pessoa tem o direito de buscar e
receber asilo em território estrangeiro, em caso de 2. Os Estados Partes comprometem-se:
perseguição por delitos políticos ou comuns
conexos com delitos políticos e de acordo com a a. a assegurar que a autoridade competente
legislação de cada Estado e com os convênios prevista pelo sistema legal do
internacionais. Estado decida sobre os direitos de toda pessoa que
interpuser tal recurso;
8. Em nenhum caso o estrangeiro pode ser
expulso ou entregue a outro país, seja ou não de b. a desenvolver as possibilidades de recurso
origem, onde seu direito à vida ou à liberdade judicial; e
pessoal esteja em risco de violação por causa da
sua raça, nacionalidade, religião, condição social c. a assegurar o cumprimento, pelas autoridades
ou de suas opiniões políticas. competentes, de toda decisão em que se tenha
considerado procedente o recurso.
9. É proibida a expulsão coletiva de
estrangeiros. CAPÍTULO III
DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E
Artigo 23. Direitos políticos CULTURAIS

1. Todos os cidadãos devem gozar dos Artigo 26. Desenvolvimento progressivo


seguintes direitos e oportunidades:
Os Estados Partes comprometem-se a
a. de participar na direção dos assuntos públicos, adotar providências, tanto no âmbito interno como
diretamente ou por meio de representantes mediante cooperação internacional, especialmente
livremente eleitos; econômica e técnica, a fim de conseguir
progressivamente a plena efetividade dos direitos
b. de votar e ser eleitos em eleições periódicas que decorrem das normas econômicas, sociais e
autênticas, realizadas por sufrágio universal e igual sobre educação, ciência e cultura, constantes da
e por voto secreto que garanta a livre expressão da Carta da Organização dos Estados Americanos,
vontade dos eleitores; e reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na
medida dos recursos disponíveis, por via legislativa
c. de ter acesso, em condições gerais de ou por outros meios apropriados.
igualdade, às funções públicas de seu país.
CAPÍTULO IV
2. A lei pode regular o exercício dos direitos
e oportunidades a que se refere o inciso anterior, SUSPENSÃO DE GARANTIAS,
exclusivamente por motivos de idade, INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO
nacionalidade, residência, idioma, instrução,
capacidade civil ou mental, ou condenação, por juiz
competente, em processo penal. Artigo 27. Suspensão de garantias

1. Em caso de guerra, de perigo público, ou


Artigo 24. Igualdade perante a lei de outra emergência que ameace a independência
ou segurança do Estado Parte, este poderá adotar
Todas as pessoas são iguais perante a lei. disposições que, na medida e pelo tempo
Por conseguinte, têm direito, sem discriminação, a estritamente limitados às exigências da situação,
igual proteção da lei. suspendam as obrigações contraídas em virtude
desta Convenção, desde que tais disposições não
sejam incompatíveis com as demais obrigações
Artigo 25. Proteção judicial que lhe impõe o Direito Internacional e não
encerrem discriminação alguma fundada em
motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou
1. Toda pessoa tem direito a um recurso origem social.
simples e rápido ou a qualquer outro recurso
efetivo, perante os juízes ou tribunais competentes, 2. A disposição precedente não autoriza a
que a proteja contra atos que violem seus direitos suspensão dos direitos determinados seguintes
fundamentais reconhecidos pela constituição, pela artigos: 3 (Direito ao reconhecimento da
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personalidade jurídica); 4 (Direito à vida); 5 (Direito acordo com outra convenção em que seja parte um
à integridade pessoal); 6 (Proibição da escravidão dos referidos Estados;
e servidão); 9 (Princípio da legalidade e da
retroatividade); 12 (Liberdade de consciência e de c. excluir outros direitos e garantias que são
religião); 17 (Proteção da família); 18 (Direito ao inerentes ao ser humano ou que decorrem da forma
nome); 19 (Direitos da criança); 20 (Direito à democrática representativa de governo; e
nacionalidade) e 23 (Direitos políticos), nem das
garantias indispensáveis para a proteção de tais d. excluir ou limitar o efeito que possam produzir a
direitos. Declaração Americana dos Direitos e Deveres do
Homem e outros atos internacionais da mesma
3. Todo Estado Parte que fizer uso do natureza.
direito de suspensão deverá informar
imediatamente os outros Estados Partes na
presente Convenção, por intermédio do Secretário- Artigo 30. Alcance das restrições
Geral da Organização dos Estados Americanos,
das disposições cuja aplicação haja suspendido, As restrições permitidas, de acordo com
dos motivos determinantes da suspensão e da data esta Convenção, ao gozo e exercício dos direitos e
em que haja dado por terminada tal suspensão. liberdades nela reconhecidos, não podem ser
aplicadas senão de acordo com leis que forem
Artigo 28. Cláusula federal promulgadas por motivo de interesse geral e com o
propósito para o qual houverem sido estabelecidas.
1. Quando se tratar de um Estado Parte
constituído como Estado federal, o governo Artigo 31. Reconhecimento de outros direitos
nacional do aludido Estado Parte cumprirá todas as
disposições da presente Convenção, relacionadas Poderão ser incluídos no regime de
com as matérias sobre as quais exerce proteção desta Convenção outros direitos e
competência legislativa e judicial. liberdades que forem reconhecidos de acordo com
os processos estabelecidos nos artigos 76 e 77.
2. No tocante às disposições relativas às
matérias que correspondem à competência das CAPÍTULO V
entidades componentes da federação, o governo DEVERES DAS PESSOAS
nacional deve tomar imediatamente as medidas
pertinente, em conformidade com sua constituição Artigo 32. Correlação entre deveres e direitos
e suas leis, a fim de que as autoridades
competentes das referidas entidades possam 1. Toda pessoa tem deveres para com a
adotar as disposições cabíveis para o cumprimento família, a comunidade e a humanidade.
desta Convenção.
2. Os direitos de cada pessoa são limitados
3. Quando dois ou mais Estados Partes pelos direitos dos demais, pela segurança de todos
decidirem constituir entre eles uma federação ou e pelas justas exigências do bem comum, numa
outro tipo de associação, diligenciarão no sentido sociedade democrática.
de que o pacto comunitário respectivo contenha as
disposições necessárias para que continuem
sendo efetivas no novo Estado assim organizado
as normas da presente Convenção.

Artigo 29. Normas de interpretação

Nenhuma disposição desta Convenção


pode ser interpretada no sentido de:

a. permitir a qualquer dos Estados Partes, grupo ou


pessoa, suprimir o gozo e exercício dos direitos e
liberdades reconhecidos na Convenção ou limitá-
los em maior medida do que a nela prevista;

b. limitar o gozo e exercício de qualquer direito ou


liberdade que possam ser reconhecidos de acordo
com as leis de qualquer dos Estados Partes ou de
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PACTO INTERNACIONAL SOBRE 3. Os Estados Partes do Presente Pacto,


inclusive aqueles que tenham a responsabilidade
DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E de administrar territórios não-autônomos e
CULTURAIS territórios sob tutela, deverão promover o exercício
do direito à autodeterminação e respeitar esse
PREÂMBULO direito, em conformidade com as disposições da
Carta das Nações Unidas.
Os Estados Partes do presente Pacto,
PARTE II
Considerando que, em conformidade com os
princípios proclamados na Carta das Nações ARTIGO 2º
Unidas, o relacionamento da dignidade inerente a
todos os membros da família humana e dos seus 1. Cada Estado Parte do presente Pacto
direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento compromete-se a adotar medidas, tanto por esforço
da liberdade, da justiça e da paz no mundo, próprio como pela assistência e cooperação
internacionais, principalmente nos planos
Reconhecendo que esses direitos decorrem da econômico e técnico, até o máximo de seus
dignidade inerente à pessoa humana, recursos disponíveis, que visem a assegurar,
progressivamente, por todos os meios apropriados,
Reconhecendo que, em conformidade com a o pleno exercício dos direitos reconhecidos no
Declaração Universal dos Direitos do Homem. O presente Pacto, incluindo, em particular, a adoção
ideal do ser humano livre, liberto do temor e da de medidas legislativas.
miséria. Não pode ser realizado a menos que se
criem condições que permitam a cada um gozar de 2. Os Estados Partes do presente Pacto
seus direitos econômicos, sociais e culturais, assim comprometem-se a garantir que os direitos nele
como de seus direitos civis e políticos, enunciados e exercerão em discriminação alguma
por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião,
Considerando que a Carta das Nações Unidas opinião política ou de outra natureza, origem
impõe aos Estados a obrigação de promover o nacional ou social, situação econômica,
respeito universal e efetivo dos direitos e das nascimento ou qualquer outra situação.
liberdades do homem,
3. Os países em desenvolvimento, levando
Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres devidamente em consideração os direitos humanos
para com seus semelhantes e para com a e a situação econômica nacional, poderão
coletividade a que pertence, tem a obrigação de determinar em que garantirão os direitos
lutar pela promoção e observância dos direitos econômicos reconhecidos no presente Pacto
reconhecidos no presente Pacto, àqueles que não sejam seus nacionais.

Acordam o seguinte: ARTIGO 3º

PARTE I Os Estados Partes do presente Pacto


comprometem-se a assegurar a homens e
ARTIGO 1º mulheres igualdade no gozo de todos os direitos
econômicos, sociais e culturais enumerados no
1. Todos os povos têm direito a presente Pacto.
autodeterminação. Em virtude desse direito,
determinam livremente seu estatuto político e ARTIGO 4º
asseguram livremente seu desenvolvimento
econômico, social e cultural. Os Estados Partes do presente Pacto
reconhecem que, no exercício dos direitos
2. Para a consecução de seus objetivos, todos assegurados em conformidade com presente Pacto
os povos podem dispor livremente de suas riquezas pelo Estado, este poderá submeter tais direitos
e de seus recursos naturais, sem prejuízo das unicamente às limitações estabelecidas em lei,
obrigações decorrentes da cooperação econômica somente na medida compatível com a natureza
internacional, baseada no princípio do proveito desses direitos e exclusivamente com o objetivo de
mútuo, e do Direito Internacional. Em caso algum, favorecer o bem-estar geral em uma sociedade
poderá um povo ser privado de seus próprios meios democrática.
de subsistência.

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ARTIGO 5º b) A segurança e a higiene no trabalho;

1. Nenhuma das disposições do presente Pacto c) Igual oportunidade para todos de serem
poderá ser interpretada no sentido de reconhecer a promovidos, em seu Trabalho, à categoria superior
um Estado, grupo ou indivíduo qualquer direito de que lhes corresponda, sem outras considerações
dedicar-se a quaisquer atividades ou de praticar que as de tempo de trabalho e capacidade;
quaisquer atos que tenham por objetivo destruir os
direitos ou liberdades reconhecidos no presente d) O descanso, o lazer, a limitação razoável das
Pacto ou impor-lhe limitações mais amplas do que horas de trabalho e férias periódicas remuneradas,
aquelas nele previstas. assim como a remuneração dos feridos.

2. Não se admitirá qualquer restrição ou ARTIGO 8º


suspensão dos direitos humanos fundamentais
reconhecidos ou vigentes em qualquer país em 1. Os Estados Partes do presente Pacto
virtude de leis, convenções, regulamentos ou comprometem-se a garantir:
costumes, sob pretexto de que o presente Pacto
não os reconheça ou os reconheça em menor grau. a) O direito de toda pessoa de fundar com outras,
sindicatos e de filiar-se ao sindicato de escolha,
PARTE III sujeitando-se unicamente aos estatutos da
organização interessada, com o objetivo de
ARTIGO 6º promover e de proteger seus interesses
econômicos e sociais. O exercício desse direito só
1. Os Estados Partes do presente Pacto poderá ser objeto das restrições previstas em lei e
reconhecem o direito ao trabalho, que compreende que sejam necessárias, em uma sociedade
o direito de toda pessoa de ter a possibilidade de democrática, no interesse da segurança nacional
ganhar a vida mediante um trabalho livremente ou da ordem pública, ou para proteger os direitos e
escolhido ou aceito, e tomarão medidas as liberdades alheias;
apropriadas para salvaguardar esse direito.
b) O direito dos sindicatos de formar federações
2. As medidas que cada Estado Parte do ou confederações nacionais e o direito destas de
presente Pacto tomará a fim de assegurar o pleno formar organizações sindicais internacionais ou de
exercício desse direito deverão incluir a orientação filiar-se às mesmas.
e a formação técnica e profissional, a elaboração
de programas, normas e técnicas apropriadas para c) O direito dos sindicatos de exercer livremente
assegurar um desenvolvimento econômico, social suas atividades, sem quaisquer limitações além
e cultural constante e o pleno emprego produtivo daquelas previstas em lei e que sejam necessárias,
em condições que salvaguardem aos indivíduos o em uma sociedade democrática, no interesse da
gozo das liberdades políticas e econômicas segurança nacional ou da ordem pública, ou para
fundamentais. proteger os direitos e as liberdades das demais
pessoas:
ARTIGO 7º
d) O direito de greve, exercido de conformidade
Os Estados Partes do presente Pacto com as leis de cada país.
reconhecem o direito de toda pessoa de gozar de
condições de trabalho justas e favoráveis, que 2. O presente artigo não impedirá que se
assegurem especialmente: submeta a restrições legais o exercício desses
direitos pelos membros das forças armadas, da
a) Uma remuneração que proporcione, no política ou da administração pública.
mínimo, a todos os trabalhadores:
3. Nenhuma das disposições do presente artigo
i) Um salário eqüitativo e uma remuneração permitirá que os Estados Partes da Convenção de
igual por um trabalho de igual valor, sem qualquer 1948 da Organização Internacional do Trabalho,
distinção; em particular, as mulheres deverão ter a relativa à liberdade sindical e à proteção do direito
garantia de condições de trabalho não inferiores às sindical, venham a adotar medidas legislativas que
dos homens e perceber a mesma remuneração que restrinjam - ou a aplicar a lei de maneira a restringir
eles por trabalho igual; as garantias previstas na referida Convenção.

ii) Uma existência decente para eles e suas


famílias, em conformidade com as disposições do
presente Pacto;
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ARTIGO 9º internacional, as medidas, inclusive programas


concretos, que se façam necessárias para:
Os Estados Partes do presente Pacto
reconhecem o direito de toda pessoa à previdência a) Melhorar os métodos de produção,
social, inclusive ao seguro social. conservação e distribuição de gêneros alimentícios
pela plena utilização dos conhecimentos técnicos e
ARTIGO 10 científicos, pela difusão de princípios de educação
nutricional e pelo aperfeiçoamento ou reforma dos
Os Estados Partes do presente Pacto regimes agrários, de maneira que se assegurem a
reconhecem que: exploração e a utilização mais eficazes dos
recursos naturais;
1. Deve-se conceder à família, que é o elemento
natural e fundamental da sociedade, as mais b) Assegurar uma repartição eqüitativa dos
amplas proteção e assistência possíveis, recursos alimentícios mundiais em relação às
especialmente para a sua constituição e enquanto necessidades, levando-se em conta os problemas
ele for responsável pela criação e educação dos tanto dos países importadores quanto dos
filhos. O matrimonio deve ser contraído com o livre exportadores de gêneros alimentícios.
consentimento dos futuros cônjuges.
ARTIGO 12
2. Deve-se conceder proteção especial às mães
por um período de tempo razoável antes e depois 1. Os Estados Partes do presente Pacto
do parto. Durante esse período, deve-se conceder reconhecem o direito de toda pessoa de desfrutar o
às mães que trabalham licença remunerada ou mais elevado nível possível de saúde física e
licença acompanhada de benefícios mental.
previdenciários adequados.
2. As medidas que os Estados Partes do
3. Devem-se adotar medidas especiais de presente Pacto deverão adotar com o fim de
proteção e de assistência em prol de todas as assegurar o pleno exercício desse direito incluirão
crianças e adolescentes, sem distinção alguma por as medidas que se façam necessárias para
motivo de filiação ou qualquer outra condição. assegurar:
Devem-se proteger as crianças e adolescentes
contra a exploração econômica e social. O a) A diminuição da mortinatalidade e da
emprego de crianças e adolescentes em trabalhos mortalidade infantil, bem como o desenvolvimento
que lhes sejam nocivos à moral e à saúde ou que é das crianças;
lhes façam correr perigo de vida, ou ainda que lhes
venham a prejudicar o desenvolvimento norma, b) A melhoria de todos os aspectos de higiene do
será punido por lei. trabalho e do meio ambiente;

Os Estados devem também estabelecer limites c) A prevenção e o tratamento das doenças


de idade sob os quais fique proibido e punido por epidêmicas, endêmicas, profissionais e outras,
lei o emprego assalariado da mão-de-obra infantil. bem como a luta contra essas doenças;

ARTIGO 11 d) A criação de condições que assegurem a todos


assistência médica e serviços médicos em caso de
1. Os Estados Partes do presente Pacto enfermidade.
reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de
vida adequando para si próprio e sua família, ARTIGO 13
inclusive à alimentação, vestimenta e moradia
adequadas, assim como a uma melhoria continua 1. Os Estados Partes do presente Pacto
de suas condições de vida. Os Estados Partes reconhecem o direito de toda pessoa à educação.
tomarão medidas apropriadas para assegurar a Concordam em que a educação deverá visar ao
consecução desse direito, reconhecendo, nesse pleno desenvolvimento da personalidade humana e
sentido, a importância essencial da cooperação do sentido de sua dignidade e fortalecer o respeito
internacional fundada no livre consentimento. pelos direitos humanos e liberdades fundamentais.
Concordam ainda em que a educação deverá
2. Os Estados Partes do presente Pacto, capacitar todas as pessoas a participar
reconhecendo o direito fundamental de toda efetivamente de uma sociedade livre, favorecer a
pessoa de estar protegida contra a fome, adotarão, compreensão, a tolerância e a amizade entre todas
individualmente e mediante cooperação as nações e entre todos os grupos raciais, étnicos

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ou religiosos e promover as atividades das Nações sua jurisdição a obrigatoriedade e a gratuidade da


Unidas em prol da manutenção da paz. educação primária, se compromete a elaborar e a
adotar, dentro de um prazo de dois anos, um plano
2. Os Estados Partes do presente Pacto de ação detalhado destinado à implementação
reconhecem que, com o objetivo de assegurar o progressiva, dentro de um número razoável de
pleno exercício desse direito: anos estabelecidos no próprio plano, do princípio
da educação primária obrigatória e gratuita para
a) A educação primaria deverá ser obrigatória e todos.
acessível gratuitamente a todos;
ARTIGO 15
b) A educação secundária em suas diferentes
formas, inclusive a educação secundária técnica e 1. Os Estados Partes do presente Pacto
profissional, deverá ser generalizada e torna-se reconhecem a cada indivíduo o direito de:
acessível a todos, por todos os meios apropriados
e, principalmente, pela implementação progressiva a) Participar da vida cultural;
do ensino gratuito;
b) Desfrutar o processo cientifico e suas
c) A educação de nível superior deverá igualmente aplicações;
torna-se acessível a todos, com base na
capacidade de cada um, por todos os meios c) Beneficiar-se da proteção dos interesses
apropriados e, principalmente, pela implementação morais e materiais decorrentes de toda a produção
progressiva do ensino gratuito; cientifica, literária ou artística de que seja autor.

d) Dever-se-á fomentar e intensificar, na medida 2. As Medidas que os Estados Partes do


do possível, a educação de base para aquelas Presente Pacto deverão adotar com a finalidade de
pessoas que não receberam educação primaria ou assegurar o pleno exercício desse direito incluirão
não concluíram o ciclo completo de educação aquelas necessárias à convenção, ao
primária; desenvolvimento e à difusão da ciência e da
cultura.
e) Será preciso prosseguir ativamente o
desenvolvimento de uma rede escolar em todos os 3.Os Estados Partes do presente Pacto
níveis de ensino, implementar-se um sistema comprometem-se a respeitar a liberdade
adequado de bolsas de estudo e melhorar indispensável à pesquisa cientifica e à atividade
continuamente as condições materiais do corpo criadora.
docente.
4. Os Estados Partes do presente Pacto
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem os benefícios que derivam do fomento
comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais e do desenvolvimento da cooperação e das
e, quando for o caso, dos tutores legais de escolher relações internacionais no domínio da ciência e da
para seus filhos escolas distintas daquelas criadas cultura.
pelas autoridades públicas, sempre que atendam
aos padrões mínimos de ensino prescritos ou
aprovados pelo Estado, e de fazer com que seus
filhos venham a receber educação religiosa ou
moral que esteja de acordo com suas próprias
convicções.

2.Nenhuma das disposições do presente artigo


poderá ser interpretada no sentido de restringir a
liberdade de indivíduos e de entidades de criar e
dirigir instituições de ensino, desde que respeitados
os princípios enunciados no parágrafo 1 do
presente artigo e que essas instituições observem
os padrões mínimos prescritos pelo Estado.

ARTIGO 14

Todo Estado Parte do presente pacto que, no


momento em que se tornar Parte, ainda não tenha
garantido em seu próprio território ou territórios sob
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PACTO INTERNACIONAL SOBRE 3. Os Estados Partes do presente Pacto,


inclusive aqueles que tenham a responsabilidade
DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS de administrar territórios não-autônomos e
territórios sob tutela, deverão promover o exercício
PREÂMBULO do direito à autodeterminação e respeitar esse
direito, em conformidade com as disposições da
Os Estados Partes do presente Pacto, Carta das Nações Unidas.
Considerando que, em conformidade com os PARTE II
princípios proclamados na Carta das Nações
Unidas, o reconhecimento da dignidade inerente a ARTIGO 2
todos os membros da família humana e de seus
direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento 1. Os Estados Partes do presente pacto
da liberdade, da justiça e da paz no mundo, comprometem-se a respeitar e garantir a todos os
indivíduos que se achem em seu território e que
Reconhecendo que esses direitos decorrem da estejam sujeitos a sua jurisdição os direitos
dignidade inerente à pessoa humana, reconhecidos no presente Pacto, sem
discriminação alguma por motivo de raça, cor,
Reconhecendo que, em conformidade com a sexo. língua, religião, opinião política ou de outra
Declaração Universal dos Direitos do Homem, o natureza, origem nacional ou social, situação
ideal do ser humano livre, no gozo das liberdades econômica, nascimento ou qualquer condição.
civis e políticas e liberto do temor e da miséria, não
pode ser realizado e menos que se criem às 2. Na ausência de medidas legislativas ou de
condições que permitam a cada um gozar de seus outra natureza destinadas a tornar efetivos os
direitos civis e políticos, assim como de seus direitos reconhecidos no presente Pacto, os
direitos econômicos, sociais e culturais, Estados Partes do presente Pacto comprometem-
se a tomar as providências necessárias com vistas
Considerando que a Carta das Nações Unidas a adotá-las, levando em consideração seus
impõe aos Estados a obrigação de promover o respectivos procedimentos constitucionais e as
respeito universal e efetivo dos direitos e das disposições do presente Pacto.
liberdades do homem,
3. Os Estados Partes do presente Pacto
Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres comprometem-se a:
para com seus semelhantes e para com a
coletividade a que pertence, tem a obrigação de a) Garantir que toda pessoa, cujos direitos e
lutar pela promoção e observância dos direitos liberdades reconhecidos no presente Pacto tenham
reconhecidos no presente Pacto, sido violados, possa de um recurso efetivo, mesmo
que a violência tenha sido perpetra por pessoas
Acordam o seguinte: que agiam no exercício de funções oficiais;
PARTE I b) Garantir que toda pessoa que interpuser tal
recurso terá seu direito determinado pela
ARTIGO 1 competente autoridade judicial, administrativa ou
legislativa ou por qualquer outra autoridade
1. Todos os povos têm direito à competente prevista no ordenamento jurídico do
autodeterminação. Em virtude desse direito, Estado em questão; e a desenvolver as
determinam livremente seu estatuto político e possibilidades de recurso judicial;
asseguram livremente seu desenvolvimento
econômico, social e cultural. c) Garantir o cumprimento, pelas autoridades
competentes, de qualquer decisão que julgar
2. Para a consecução de seus objetivos, todos procedente tal recurso.
os povos podem dispor livremente se suas riquezas
e de seus recursos naturais, sem prejuízo das ARTIGO 3
obrigações decorrentes da cooperação econômica
internacional, baseada no princípio do proveito Os Estados Partes no presente Pacto
mútuo, e do Direito Internacional. Em caso algum, comprometem-se a assegurar a homens e
poderá um povo ser privado de seus meios de mulheres igualdade no gozo de todos os direitos
subsistência. civis e políticos enunciados no presente Pacto.

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ARTIGO 4 com legislação vigente na época em que o crime foi


cometido e que não esteja em conflito com as
1. Quando situações excepcionais ameacem a disposições do presente Pacto, nem com a
existência da nação e sejam proclamadas Convenção sobra a Prevenção e a Punição do
oficialmente, os Estados Partes do presente Pacto Crime de Genocídio. Poder-se-á aplicar essa pena
podem adotar, na estrita medida exigida pela apenas em decorrência de uma sentença
situação, medidas que suspendam as obrigações transitada em julgado e proferida por tribunal
decorrentes do presente Pacto, desde que tais competente.
medidas não sejam incompatíveis com as demais
obrigações que lhes sejam impostas pelo Direito 3. Quando a privação da vida constituir crime de
Internacional e não acarretem discriminação genocídio, entende-se que nenhuma disposição do
alguma apenas por motivo de raça, cor, sexo, presente artigo autorizará qualquer Estado Parte do
língua, religião ou origem social. presente Pacto a eximir-se, de modo algum, do
cumprimento de qualquer das obrigações que
2. A disposição precedente não autoriza tenham assumido em virtude das disposições da
qualquer suspensão dos artigos 6, 7, 8 (parágrafos Convenção sobre a Prevenção e a Punição do
1 e 2) 11, 15, 16, e 18. Crime de Genocídio.

3. Os Estados Partes do presente Pacto que 4. Qualquer condenado à morte terá o direito de
fizerem uso do direito de suspensão devem pedir indulto ou comutação da pena. A anistia, o
comunicar imediatamente aos outros Estados indulto ou a comutação da pena poderá ser
Partes do presente Pacto, por intermédio do concedido em todos os casos.
Secretário-Geral da Organização das Nações
Unidas, as disposições que tenham suspendido, 5. A pena de morte não deverá ser imposta em
bem como os motivos de tal suspensão. Os casos de crimes cometidos por pessoas menores
Estados partes deverão fazer uma nova de 18 anos, nem aplicada a mulheres em estado de
comunicação, igualmente por intermédio do gravidez.
Secretário-Geral da Organização das Nações
Unidas, na data em que terminar tal suspensão. 6. Não se poderá invocar disposição alguma do
presente artigo para retardar ou impedir a abolição
ARTIGO 5 da pena de morte por um Estado Parte do presente
Pacto.
1. Nenhuma disposição do presente Pacto
poderá ser interpretada no sentido de reconhecer a ARTIGO 7
um Estado, grupo ou indivíduo qualquer direito de
dedicar-se a quaisquer atividades ou praticar Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a
quaisquer atos que tenham por objetivo destruir os penas ou tratamento cruéis, desumanos ou
direitos ou liberdades reconhecidos no presente degradantes. Será proibido sobretudo, submeter
Pacto ou impor-lhe limitações mais amplas do que uma pessoa, sem seu livre consentimento, a
aquelas nele previstas. experiências médias ou cientificas.

2. Não se admitirá qualquer restrição ou ARTIGO 8


suspensão dos direitos humanos fundamentais
reconhecidos ou vigentes em qualquer Estado 1. Ninguém poderá ser submetido á escravidão;
Parte do presente Pacto em virtude de leis, a escravidão e o tráfico de escravos, em todos as
convenções, regulamentos ou costumes, sob suas formas, ficam proibidos.
pretexto de que o presente Pacto não os reconheça
ou os reconheça em menor grau. 2. Ninguém poderá ser submetido à servidão.

PARTE III 3. a) Ninguém poderá ser obrigado a executar


trabalhos forçados ou obrigatórios;
ARTIGO 6
b) A alínea a) do presente parágrafo não poderá
1. O direito à vida é inerente à pessoa humana. ser interpretada no sentido de proibir, nos países
Esse direito deverá ser protegido pela lei. Ninguém em que certos crimes sejam punidos com prisão e
poderá ser arbitrariamente privado de sua vida. trabalhos forçados, o cumprimento de uma pena de
trabalhos forçados, imposta por um tribunal
2. Nos países em que a pena de morte não tenha competente;
sido abolida, esta poderá ser imposta apenas nos
casos de crimes mais graves, em conformidade
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c) Para os efeitos do presente parágrafo, não ARTIGO 10


serão considerados "trabalhos forçados ou
obrigatórios": 1. Toda pessoa privada de sua liberdade deverá
ser tratada com humanidade e respeito à dignidade
i) qualquer trabalho ou serviço, não previsto na inerente à pessoa humana.
alínea b) normalmente exigido de um individuo que
tenha sido encarcerado em cumprimento de 2. a) As pessoas processadas deverão ser
decisão judicial ou que, tendo sido objeto de tal separadas, salvo em circunstâncias excepcionais,
decisão, ache-se em liberdade condicional; das pessoas condenadas e receber tratamento
distinto, condizente com sua condição de pessoa
ii) qualquer serviço de caráter militar e, nos não-condenada.
países em que se admite a isenção por motivo de
consciência, qualquer serviço nacional que a lei b) As pessoas processadas, jovens, deverão ser
venha a exigir daqueles que se oponham ao serviço separadas das adultas e julgadas o mais rápido
militar por motivo de consciência; possível.

iii) qualquer serviço exigido em casos de 3. O regime penitenciário consistirá num


emergência ou de calamidade que ameacem o tratamento cujo objetivo principal seja a reforma e
bem-estar da comunidade; a reabilitação normal dos prisioneiros. Os
delinquentes juvenis deverão ser separados dos
iv) qualquer trabalho ou serviço que faça parte adultos e receber tratamento condizente com sua
das obrigações cívicas normais. idade e condição jurídica.

ARTIGO 9 ARTIGO 11

1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à Ninguém poderá ser preso apenas por não poder
segurança pessoais. Ninguém poderá ser preso ou cumprir com uma obrigação contratual.
encarcerado arbitrariamente. Ninguém poderá ser
privado de liberdade, salvo pelos motivos previstos ARTIGO 12
em lei e em conformidade com os procedimentos
nela estabelecidos. 1. Toda pessoa que se ache legalmente no
território de um Estado terá o direito de nele
2. Qualquer pessoa, ao ser presa, deverá ser livremente circular e escolher sua residência.
informada das razões da prisão e notificada, sem
demora, das acusações formuladas contra ela. 2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente de
qualquer país, inclusive de seu próprio país.
3. Qualquer pessoa presa ou encarcerada em
virtude de infração penal deverá ser conduzida, 3. os direitos supracitados não poderão em lei e
sem demora, à presença do juiz ou de outra no intuito de restrições, a menos que estejam
autoridade habilitada por lei a exercer funções previstas em lei e no intuito de proteger a
judiciais e terá o direito de ser julgada em prazo segurança nacional e a ordem, a saúde ou a moral
razoável ou de ser posta em liberdade. A prisão pública, bem como os direitos e liberdades das
preventiva de pessoas que aguardam julgamento demais pessoas, e que sejam compatíveis com os
não deverá constituir a regra geral, mas a soltura outros direitos reconhecidos no presente Pacto.
poderá estar condicionada a garantias que
assegurem o comparecimento da pessoa em 4. Ninguém poderá ser privado arbitrariamente do
questão à audiência, a todos os atos do processo direito de entrar em seu próprio país.
e, se necessário for, para a execução da sentença.
ARTIGO 13
4. Qualquer pessoa que seja privada de sua
liberdade por prisão ou encarceramento terá o Um estrangeiro que se ache legalmente no
direito de recorrer a um tribunal para que este território de um Estado Parte do presente Pacto só
decida sobre a legislação de seu encarceramento e poderá dele ser expulso em decorrência de decisão
ordene sua soltura, caso a prisão tenha sido ilegal. adotada em conformidade com a lei e, a menos que
razões imperativas de segurança nacional a isso se
5. Qualquer pessoa vítima de prisão ou oponham, terá a possibilidade de expor as razões
encarceramento ilegais terá direito à repartição. que militem contra sua expulsão e de ter seu caso
reexaminado pelas autoridades competentes, ou
por uma ou varias pessoas especialmente

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designadas pelas referidas autoridades, e de fazer- testemunhas de defesa nas mesmas condições de
se representar com esse objetivo. que dispõem as de acusação;

ARTIGO 14 f) De ser assistida gratuitamente por um


intérprete, caso não compreenda ou não fale a
1. Todas as pessoas são iguais perante os língua empregada durante o julgamento;
tribunais e as cortes de justiça. Toda pessoa terá o
direito de ser ouvida publicamente e com devidas g) De não ser obrigada a depor contra si mesma,
garantias por um tribunal competente, nem a confessar-se culpada.
independente e imparcial, estabelecido por lei, na
apuração de qualquer acusação de caráter penal 4. O processo aplicável a jovens que não sejam
formulada contra ela ou na determinação de seus maiores nos termos da legislação penal em conta a
direitos e obrigações de caráter civil. A imprensa e idade dos menos e a importância de promover sua
o público poderão ser excluídos de parte da reintegração social.
totalidade de um julgamento, quer por motivo de
moral pública, de ordem pública ou de segurança 5. Toda pessoa declarada culpada por um delito
nacional em uma sociedade democrática, quer terá direito de recorrer da sentença condenatória e
quando o interesse da vida privada das Partes o da pena a uma instância superior, em conformidade
exija, que na medida em que isso seja estritamente com a lei.
necessário na opinião da justiça, em circunstâncias
específicas, nas quais a publicidade venha a 6. Se uma sentença condenatória passada em
prejudicar os interesses da justiça; entretanto, julgado for posteriormente anulada ou se um indulto
qualquer sentença proferida em matéria penal ou for concedido, pela ocorrência ou descoberta de
civil deverá torna-se pública, a menos que o fatos novos que provem cabalmente a existência de
interesse de menores exija procedimento oposto, erro judicial, a pessoa que sofreu a pena decorrente
ou processo diga respeito à controvérsia desse condenação deverá ser indenizada, de
matrimoniais ou à tutela de menores. acordo com a lei, a menos que fique provado que
se lhe pode imputar, total ou parcialmente, a não
2. Toda pessoa acusada de um delito terá direito revelação dos fatos desconhecidos em tempo útil.
a que se presuma sua inocência enquanto não for
legalmente comprovada sua culpa. 7. Ninguém poderá ser processado ou punido
por um delito pelo qual já foi absorvido ou
3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, condenado por sentença passada em julgado, em
em plena igualmente, a, pelo menos, as seguintes conformidade com a lei e os procedimentos penais
garantias: de cada país.

a) De ser informado, sem demora, numa língua ARTIGO 15


que compreenda e de forma minuciosa, da
natureza e dos motivos da acusação contra ela 1. ninguém poderá ser condenado por atos
formulada; omissões que não constituam delito de acordo com
o direito nacional ou internacional, no momento em
b) De dispor do tempo e dos meios necessários que foram cometidos. Tampouco poder-se-á impor
à preparação de sua defesa e a comunicar-se com pena mais grave do que a aplicável no momento da
defensor de sua escolha; ocorrência do delito. Se, depois de perpetrado o
delito, a lei estipular a imposição de pena mais leve,
c) De ser julgado sem dilações indevidas; o delinquente deverá dela beneficiar-se.

d) De estar presente no julgamento e de 2. Nenhuma disposição do presente Pacto


defender-se pessoalmente ou por intermédio de impedirá o julgamento ou a condenação de
defensor de sua escolha; de ser informado, caso qualquer individuo por atos ou omissões que,
não tenha defensor, do direito que lhe assiste de tê- momento em que forma cometidos, eram
lo e, sempre que o interesse da justiça assim exija, considerados delituosos de acordo com os
de ter um defensor designado ex-offício princípios gerais de direito reconhecidos pela
gratuitamente, se não tiver meios para remunerá- comunidade das nações.
lo;
ARTIGO 16
e) De interrogar ou fazer interrogar as
testemunhas de acusação e de obter o Toda pessoa terá direito, em qualquer lugar, ao
comparecimento e o interrogatório das reconhecimento de sua personalidade jurídica.

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ARTIGO 17 a) assegurar o respeito dos direitos e da reputação


das demais pessoas;
1. Ninguém poderá ser objetivo de ingerências
arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, em sua b) proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde
família, em seu domicílio ou em sua ou a moral públicas.
correspondência, nem de ofensas ilegais às suas
honra e reputação. ARTIGO 20

2. Toda pessoa terá direito à proteção da lei 1. Será proibida por lei qualquer propaganda em
contra essas ingerências ou ofensas. favor da guerra.0707

ARTIGO 18 2. Será proibida por lei qualquer apologia do ódio


nacional, racial ou religioso que constitua
1. Toda pessoa terá direito a liberdade de incitamento à discriminação, à hostilidade ou a
pensamento, de consciência e de religião. Esse violência.
direito implicará a liberdade de ter ou adotar uma
religião ou uma crença de sua escolha e a liberdade ARTIGO 21
de professar sua religião ou crença, individual ou
coletivamente, tanto pública como privadamente, O direito de reunião pacifica será reconhecido. O
por meio do culto, da celebração de ritos, de exercício desse direito estará sujeito apenas às
práticas e do ensino. restrições previstas em lei e que se façam
necessárias, em uma sociedade democrática, no
2. Ninguém poderá ser submetido a medidas interesse da segurança nacional, da segurança ou
coercitivas que possam restringir sua liberdade de da ordem pública, ou para proteger a saúde ou a
ter ou de adotar uma religião ou crença de sua moral pública ou os direitos e as liberdades das
escolha. demais pessoas.

3. A liberdade de manifestar a própria religião ou ARTIGO 22


crença estará sujeita apenas à limitações previstas
em lei e que se façam necessárias para proteger a 1. Toda pessoa terá o direito de associar-se
segurança, a ordem, a saúde ou a moral públicas livremente a outras, inclusive o direito de construir
ou os direitos e as liberdades das demais pessoas. sindicatos e de a eles filiar-se, para a proteção de
seus interesses.
4. Os Estados Partes do presente Pacto
comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais 2. O exercício desse direito estará sujeito apenas
e, quando for o caso, dos tutores legais - de ás restrições previstas em lei e que se façam
assegurar a educação religiosa e moral dos filhos necessárias, em uma sociedade democrática, no
que esteja de acordo com suas próprias interesse da segurança nacional, da segurança e
convicções. da ordem públicas, ou para proteger a saúde ou a
moral públicas ou os direitos e liberdades das
ARTIGO 19 demais pessoas. O presente artigo não impedirá
que se submeta a restrições legais o exercício
1. ninguém poderá ser molestado por suas desse direito por membros das forças armadas e
opiniões. da polícia.

2. Toda pessoa terá direito à liberdade de 3. Nenhuma das disposições do presente artigo
expressão; esse direito incluirá a liberdade de permitirá que Estados Partes da Convenção de
procurar, receber e difundir informações e ideias de 1948 da Organização Internacional do Trabalho,
qualquer natureza, independentemente de relativa à liberdade sindical e à proteção do direito
considerações de fronteiras, verbalmente ou por sindical, venham a adotar medidas legislativas que
escrito, em forma impressa ou artística, ou por restrinjam ou aplicar a lei de maneira a restringir as
qualquer outro meio de sua escolha. garantias previstas na referida Convenção.

3. O exercício do direito previsto no parágrafo 2 ARTIGO 23


do presente artigo implicará deveres e
responsabilidades especiais. Consequentemente, 1. A família é o elemento natural e fundamental
poderá estar sujeito a certas restrições, que devem, da sociedade e terá o direito de ser protegida pela
entretanto, ser expressamente previstas em lei e sociedade e pelo Estado.
que se façam necessárias para:

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2. Será reconhecido o direito do homem e da origem nacional ou social, situação econômica,


mulher de, em idade núbil, contrair casamento e nascimento ou qualquer outra situação.
constituir família.
ARTIGO 27
3. Casamento algum será celebrado sem o
consentimento livre e pleno dos futuros esposos. Nos Estados em que haja minorias étnicas,
religiosas ou linguísticas, as pessoas pertencentes
4. Os Estados Partes do presente Pacto deverão a essas minorias não poderão ser privadas do
adotar as medidas apropriadas para assegurar a direito de ter, conjuntamente com outros membros
igualdade de direitos e responsabilidades dos de seu grupo, sua própria vida cultural, de professar
esposos quanto ao casamento, durante o mesmo e e praticar sua própria religião e usar sua própria
por ocasião de sua dissolução. Em caso de língua.
dissolução, deverão adotar-se disposições que
assegurem a proteção necessária para os filhos. PARTE IV

ARTIGO 24 ARTIGO 28

1. Toda criança terá direito, sem discriminação 1. Constituir-se-á um Comitê de Diretores


alguma por motivo de cor, sexo, língua, religião, Humanos (doravante denominado o "Comitê" no
origem nacional ou social, situação econômica ou presente Pacto). O Comitê será composto de
nascimento, às medidas de proteção que a sua dezoito membros e desempenhará as funções
condição de menor requerer por parte de sua descritas adiante.
família, da sociedade e do Estado.
2. O Comitê será integrado por nacionais dos
2. Toda criança deverá ser registrada Estados Partes do presente Pacto, os quais
imediatamente após seu nascimento e deverá deverão ser pessoas de elevada reputação moral e
receber um nome. reconhecida competência em matéria de direito
humanos, levando-se em consideração a utilidade
3. Toda criança terá o direito de adquirir uma da participação de algumas pessoas com
nacionalidade. experiências jurídicas.

ARTIGO 25 3. Os membros do Comitê serão eleitos e


exercerão suas funções a título pessoal.
Todo cidadão terá o direito e a possibilidade,
sem qualquer das formas de discriminação ARTIGO 29
mencionadas no artigo 2 e sem restrições
infundadas: 1. Os membros do Comitê serão eleitos em
votação secreta dentre uma lista de pessoas que
a) de participar da condução dos assuntos preencham os requisitos previstos no artigo 28 e
públicos, diretamente ou por meio de indicados, com esse objetivo, pelos Estados Partes
representantes livremente escolhidos; do presente Pacto.

b) de votar e de ser eleito em eleições periódicas, 2. Cada Estado Parte no presente Pacto poderá
autênticas, realizadas por sufrágio universal e indicar duas pessoas. Essas pessoas deverão ser
igualitário e por voto secreto, que garantam a nacionais do Estado que as indicou.
manifestação da vontade dos eleitores;
3. A mesma pessoa poderá ser indicada mais de
c) de ter acesso, em condições gerais de igualdade, uma vez.
às funções públicas de seu país.
ARTIGO 30
ARTIGO 26
1. A primeira eleição realizar-se-á no máximo
Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm seis meses após a data de entrada em vigor do
direito, sem discriminação alguma, a igual proteção presente Pacto.
da Lei. A este respeito, a lei deverá proibir qualquer
forma de discriminação e garantir a todas as 2. Ao menos quatro meses antes da data de
pessoas proteção igual e eficaz contra qualquer cada eleição do Comitê, e desde que seja uma
discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, eleição para preencher uma vaga declarada nos
religião, opinião política ou de outra natureza, termos do artigo 34, o Secretário-Geral da
Organização das Nações Unidas convidará, por
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escrito, os Estados Partes do presente Protocolo a 2. Em caso de morte ou renúncia de um membro


indicar, no prazo de três meses, os candidatos a do Comitê, o Presidente comunicará
membro do Comitê. imediatamente tal fato ao Secretário-Geral da
Organização das Nações Unidas, que declarará
3. O Secretário-Geral da Organização das vago o lugar desde a data da morte ou daquela em
Nações Unidas organizará uma lista por ordem que a renúncia passe a produzir efeitos.
alfabética de todos os candidatos assim
designados, mencionando os Estados Partes que ARTIGO 34
os tiverem indicado, e a comunicará aos Estados
Partes o presente Pacto, no Maximo um mês antes 1. Quando uma vaga for declarada nos termos
da data de cada eleição. do artigo 33 e o mandato do membro a ser
substituído não expirar no prazo de seis messes a
4. Os membros do Comitê serão eleitos em conta da data em que tenha sido declarada a vaga,
reuniões dos Estados Partes convocados pelo o Secretário-Geral da Organização das Nações
Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas comunicará tal fato aos Estados Partes do
Unidas na sede da Organização. Nessas reuniões, presente Pacto, que poderá, no prazo de dois
em que o quorum será estabelecido por dois terços meses, indicar candidatos, em conformidade com o
dos Estados Partes do presente Pacto, serão artigo 29, para preencher a vaga.
eleitos membros do Comitê os candidatos que
obtiverem o maior número de votos e a maioria 2. O Secretário-Geral da Organização das
absoluta dos votos dos representantes dos Estados Nações Unidas organizará uma lista por ordem
Partes presentes e votantes. alfabética dos candidatos assim designados e a
comunicará aos Estados Partes do presente Pacto.
ARTIGO 31 A eleição destinada a preencher tal vaga será
realizada nos termos das disposições pertinentes
1. O Comitê não poderá ter mais de uma desta parte do presente Pacto.
nacional de um mesmo Estado.
3. Qualquer membro do Comitê eleito para
2. Nas eleições do Comitê, levar-se-ão em preencher uma vaga em conformidade com o artigo
consideração uma distribuição geográfica 33 fará parte do Comitê durante o restante do
equitativa e uma representação das diversas mandato do membro que deixar vago o lugar do
formas de civilização, bem como dos principais Comitê, nos termos do referido artigo.
sistemas jurídicos.
ARTIGO 35
ARTIGO 32
Os membros do Comitê receberão, com a
1. Os membros do Comitê serão eleitos para um aprovação da Assembléia-Geral da Organização
mandato de quatro anos. Poderão, caso suas das Nações, honorários provenientes de recursos
candidaturas sejam apresentadas novamente, ser da Organização das Nações Unidas, nas condições
reeleitos. Entretanto, o mandato de nove dos fixadas, considerando-se a importância das
membros eleitos na primeira eleição expirará ao funções do Comitê, pela Assembléia-Geral.
final de dois anos; imediatamente após a primeira
eleição, o presidente da reunião a que se refere o ARTIGO 36
parágrafo 4 do artigo 30 indicará, por sorteio, os
nomes desses nove membros. O Secretário-Geral da Organização das Nações
Unidas colocará à disposição do Comitê o pessoal
2. Ao expirar o mandato dos membros, as e os serviços necessários ao desempenho eficaz
eleições se realizarão de acordo com o disposto das funções que lhe são atribuídas em virtude do
nos artigos precedentes desta parte do presente presente Pacto.
Pacto.
ARTIGO 37
ARTIGO 33
1. O Secretário-Geral da Organização das
1.Se, na opinião unânime dos demais membros, Nações Unidas convocará os Membros do Comitê
um membro do Comitê deixar de desempenhar para a primeira reunião, a realizar-se na sede da
suas funções por motivos distintos de uma Organização.
ausência temporária, o Presidente comunicará tal
fato ao Secretário-Geral da Organização das 2. Após a primeira reunião, o Comitê deverá
Nações Unidas, que declarará vago o lugar que o reunir-se em todas as ocasiões previstas em suas
referido membro ocupava. regras de procedimento.
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3. As reuniões do Comitê serão realizadas transmitir ao Conselho Econômico e Social os


normalmente na sede da Organização das Nações referidos comentários, bem como cópias dos
Unidas ou no Escritório das Nações Unidas em relatórios que houver recebido dos Estados Partes
Genebra. do presente Pacto.

ARTIGO 38 5. Os Estados Partes no presente Pacto poderão


submeter ao Comitê as observações que
Todo Membro do Comitê deverá, antes de iniciar desejarem formular relativamente aos comentários
suas funções, assumir, em sessão pública, o feitos nos termos do parágrafo 4 do presente artigo.
compromisso solene de que desempenhará suas
funções imparciais e conscientemente. ARTIGO 41

ARTIGO 39 1. Com base no presente Artigo, todo Estado


Parte do presente Pacto poderá declarar, a
1. O Comitê elegerá sua mesa para um período qualquer momento, que reconhece a competência
de dois anos. Os membros da mesa poderão ser do Comitê para receber e examinar as
reeleitos. comunicações em que um Estado Parte alegue que
outro Estado Parte não vem cumprindo as
2. O próprio Comitê estabelecerá suas regras de obrigações que lhe impõe o presente Pacto. As
procedimento; estas, contudo, deverão conter, referidas comunicações só serão recebidas e
entre outras, as seguintes disposições: examinadas nos termos do presente artigo no caso
de serem apresentadas por um Estado Parte que
a) O quorum será de doze membros; houver feito uma declaração em que reconheça,
com relação a si próprio, a competência do Comitê.
b) As decisões do Comitê serão tomadas por O Comitê não receberá comunicação alguma
maioria de votos dos membros presentes. relativa a um Estado Parte que não houver feito
uma declaração dessa natureza. As comunicações
ARTIGO 40 recebidas em virtude do presente artigo estarão
sujeitas ao procedimento que se segue:
1. Os Estados partes do presente Pacto
comprometem-se a submeter relatórios sobre as a) Se um Estado Parte do presente Pacto
medidas por eles adotadas para tornar efeitos os considerar que outro Estado Parte não vem
direitos reconhecidos no presente Pacto e sobre o cumprindo as disposições do presente Pacto
processo alcançado no gozo desses direitos: poderá, mediante comunicação escrita, levar a
questão ao conhecimento deste Estado Parte.
a) Dentro do prazo de um ano, a contar do início Dentro do prazo de três meses, a contar da data do
da vigência do presente pacto nos Estados Partes recebimento da comunicação, o Estado
interessados; destinatário fornecerá ao Estado que enviou a
comunicação explicações ou quaisquer outras
b) A partir de então, sempre que o Comitê vier a declarações por escrito que esclareçam a questão,
solicitar. as quais deverão fazer referência, até onde seja
possível e pertinente, aos procedimentos nacionais
2. Todos os relatórios serão submetidos ao e aos recursos jurídicos adotados, em trâmite ou
Secretário-Geral da Organização das Nações disponíveis sobre a questão;
Unidas, que os encaminhará, para exame, ao
Comitê. Os relatórios deverão sublinhar, caso b) Se, dentro do prazo de seis meses, a contar
existam, os fatores e as dificuldades que da data do recebimento da comunicação original
prejudiquem a implementação do presente Pacto. pelo Estado destinatário, a questão não estiver
dirimida satisfatoriamente para ambos os Estados
3. O Secretário-Geral da Organização das partes interessados, tanto um como o outro terão o
Nações Unidas poderá, após consulta ao Comitê, direito de submetê-la ao Comitê, mediante
encaminhar às agências especializadas notificação endereçada ao Comitê ou ao outro
interessadas cópias das partes dos relatórios que Estado interessado;
digam respeito a sua esfera de competência.
c) O Comitê tratará de todas as questões que se
4. O Comitê estudará os relatórios apresentados lhe submetem em virtude do presente artigo
pelos Estados Partes do presente Pacto e somente após ter-se assegurado de que todos os
transmitirá aos Estados Partes seu próprio recursos jurídicos internos disponíveis tenham sido
relatório, bem como os comentários gerais que utilizados e esgotados, em consonância com os
julgar oportunos. O Comitê poderá igualmente princípios do Direito Internacional geralmente
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reconhecidos. Não se aplicará essa regra quanto a transmitida nos termos deste artigo; em virtude do
aplicação dos mencionados recursos prolongar-se presente artigo, não se receberá qualquer nova
injustificadamente; comunicação de um Estado Parte uma vez que o
Secretário-Geral tenha recebido a notificação sobre
d) O Comitê realizará reuniões confidencias a retirada da declaração, a menos que o Estado
quando estiver examinando as comunicações Parte interessado haja feito uma nova declaração.
previstas no presente artigo;
ARTIGO 42
e) Sem prejuízo das disposições da alínea c)
Comitê colocará seus bons Ofícios dos Estados 1. a) Se uma questão submetida ao Comitê, nos
Partes interessados no intuito de alcançar uma termos do artigo 41, não estiver dirimida
solução amistosa para a questão, baseada no satisfatoriamente para os Estados Partes
respeito aos direitos humanos e liberdades interessados, o Comitê poderá, com o
fundamentais reconhecidos no presente Pacto; consentimento prévio dos Estados Partes
interessados, constituir uma Comissão ad hoc
f) Em todas as questões que se submetam em (doravante denominada "a Comissão"). A
virtude do presente artigo, o Comitê poderá solicitar Comissão colocará seus bons ofícios à disposição
aos Estados Partes interessados, a que se faz dos Estados Partes interessados no intuito de se
referencia na alínea b) , que lhe forneçam alcançar uma solução amistosa para a questão
quaisquer informações pertinentes; baseada no respeito ao presente Pacto.

g) Os Estados Partes interessados, a que se faz b) A Comissão será composta de cinco membros
referência na alínea b), terão direito de fazer-se designados com o consentimento dos Estados
representar quando as questões forem examinadas interessados. Se os Estados Partes interessados
no Comitê e de apresentar suas observações não chegarem a um acordo a respeito da totalidade
verbalmente e/ou por escrito; ou de parte da composição da Comissão dentro do
prazo de três meses, os membro da Comissão em
h) O Comitê, dentro dos doze meses seguintes à relação aos quais não se chegou a acordo serão
data de recebimento da notificação mencionada na eleitos pelo Comitê, entre os seus próprios
alínea b), apresentará relatório em que: membros, em votação secreta e por maioria de dois
terços dos membros do Comitê.
(i se houver sido alcançada uma solução nos
termos da alínea e), o Comitê restringir-se-á, em 2. Os membros da Comissão exercerão suas
relatório, a uma breve exposição dos fatos e da funções a título pessoal. Não poderão ser nacionais
solução alcançada. dos Estados interessados, nem de Estado que não
seja Parte do presente Pacto, nem de um Estado
(ii se não houver sido alcançada solução alguma Parte que não tenha feito a declaração prevista no
nos termos da alínea e), o Comitê, restringir-se-á, artigo 41.
em seu relatório, a uma breve exposição dos fatos;
serão anexados ao relatório o texto das 3. A própria Comissão alegará seu Presidente e
observações escritas e as atas das observações estabelecerá suas regras de procedimento.
orais apresentadas pelos Estados Parte
interessados. 4. As reuniões da Comissão serão realizadas
normalmente na sede da Organização das Nações
Para cada questão, o relatório será encaminhado Unidas ou no escritório das Nações Unidas em
aos Estados Partes interessados. Genebra. Entretanto, poderão realizar-se em
qualquer outro lugar apropriado que a Comissão
2. As disposições do presente artigo entrarão em determinar, após consulta ao Secretário-Geral da
vigor a partir do momento em que dez Estados Organização das Nações Unidas e aos Estados
Partes do presente Pacto houverem feito as Partes interessados.
declarações mencionadas no parágrafo 1 desde
artigo. As referidas declarações serão depositados 5. O secretariado referido no artigo 36 também
pelos Estados Partes junto ao Secretário-Geral das prestará serviços às condições designadas em
Organizações das Nações Unidas, que enviará virtude do presente artigo.
cópias das mesmas aos demais Estados Partes.
Toda declaração poderá ser retirada, a qualquer 6. As informações obtidas e coligidas pelo
momento, mediante notificação endereçada ao Comitê serão colocadas à disposição da Comissão,
Secretário-Geral. Far-se-á essa retirada sem a qual poderá solicitar aos Estados Partes
prejuízo do exame de quaisquer questões que interessados que lhe forneçam qualquer outra
constituam objeto de uma comunicação já informação pertinente.
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7. Após haver estudado a questão sob todos os conformidade com as seções pertinentes da
seus aspectos, mas, em qualquer caso, no prazo Convenção sobre Privilégios e Imunidades das
de doze meses após dela tomado conhecimento, a Nações Unidas.
Comissão apresentará um relatório ao Presidente
do Comitê, que o encaminhará aos Estados Partes ARTIGO 44
interessados:
As disposições relativas à implementação do
a) Se a Comissão não puder terminar o exame presente Pacto aplicar-se-ão sem prejuízo dos
da questão, restringir-se-á, em seu relatório, a uma procedimentos instituídos em matéria de direito
breve exposição sobre o estágio em que se humanos pelos ou em virtude dos mesmos
encontra o exame da questão; instrumentos constitutivos e pelas Convenções da
Organização das Nações Unidas e das agências
b) Se houver sido alcançado uma solução especializadas e não impedirão que os Estados
amistosa para a questão, baseada no respeito dos Partes venham a recorrer a outros procedimentos
direitos humanos reconhecidos no presente Pacto, para a solução de controvérsias em conformidade
a Comissão restringir-se-á, em relatório, a uma com os acordos internacionais gerias ou especiais
breve exposição dos fatos e da solução alcançada; vigentes entre eles.

c) Se não houver sido alcançada solução nos ARTIGO 45


termos da alínea b) a Comissão incluirá no relatório
suas conclusões sobre os fatos relativos à questão O Comitê submeterá a Assembléia-Geral, por
debatida entre os Estados Partes interessados, intermédio do Conselho Econômico e Social, um
assim como sua opinião sobre a possibilidade de relatório sobre suas atividades.
solução amistosa para a questão, o relatório
incluirá as observações escritas e as atas das PARTE V
observações orais feitas pelos Estados Partes
interessados; ARTIGO 46

d) Se o relatório da Comissão for apresentado Nenhuma disposição do presente Pacto poderá


nos termos da alínea c), os Estados Partes ser interpretada em detrimento das disposições da
interessados comunicarão, no prazo de três meses Carta das Nações Unidas e das constituições das
a contar da data do recebimento do relatório, ao agências especializadas, as quais definem as
Presidente do Comitê se aceitam ou não os termos responsabilidades respectivas dos diversos órgãos
do relatório da Comissão. da Organização das Nações Unidas e das agências
especializadas relativamente às questões tratadas
8. As disposições do presente artigo não no presente Pacto.
prejudicarão as atribuições do Comitê previstas no
artigo 41. ARTIGO 47

9. Todas as despesas dos membros da Nenhuma disposição do presente Pacto poderá


Comissão serão repartidas equitativamente entre ser interpretada em detrimento do direito inerente a
os Estados Partes interessados, com base em todos os povos de desfrutar e utilizar plena e
estimativas a serem estabelecidas pelo Secretário- livremente suas riquezas e seus recursos naturais.
Geral da Organização das Nações Unidas.
PARTE VI
10. O Secretário-Geral da Organização das
Nações Unidas poderá caso seja necessário, pagar ARTIGO 48
as despesas dos membros da Comissão antes que
sejam reembolsadas pelos Estados Partes 1. O presente Pacto está aberto à assinatura de
interessados, em conformidade com o parágrafo 9 todos os Estados membros da Organização das
do presente artigo. Nações Unidas ou membros de qualquer de suas
agências especializadas, de todo Estado Parte do
ARTIGO 43 Estatuto da Corte Internacional de Justiça, bem
como de qualquer de suas agências
Os membros do Comitê e os membros da especializadas, de todo Estado Parte do Estatuto
Comissão de Conciliação ad hoc que forem da Corte Internacional de Justiça, bem como de
designados nos termos do artigo 42 terão direito às qualquer outro Estado convidado pela Assembléia-
facilidades, privilégios e imunidades que se Geral a tornar-se Parte do presente Pacto.
concedem aos peritos no desempenho de missões
para a Organização das Nações Unidas, em
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2. O presente Pacto está sujeito à ratificação. Os 2. Tais emendas entrarão e, vigor quando
instrumentos de ratificação serão depositados junto aprovadas pela Assembléia-Geral das Nações
ao Secretário-Geral da Organização da Unidas e aceitas em conformidade com seus
Organização das Nações Unidas. respectivos procedimentos constitucionais, por
uma maioria de dois terços dos Estados Partes no
3. O presente Pacto está aberto à adesão de presente Pacto.
qualquer dos Estados mencionados no parágrafo 1
do presente artigo. 3. Ao entrarem em vigor, tais emendas serão
obrigatórias para os Estados Partes que as
4. Far-se-á a adesão mediante depósito do aceitaram, ao passo que os demais Estados Partes
instrumento de adesão junto ao Secretário-Geral da permanecem obrigados pelas disposições do
Organização das Nações Unidas. presente Pacto e pelas emendas anteriores por
eles aceitas.
5. O Secretário-Geral da Organização das
Nações Unidas informará todos os Estados que ARTIGO 52
hajam assinado o presente Pacto ou a ele aderido
do deposito de cada instrumento de ratificação ou Independentemente das notificações previstas
adesão. no parágrafo 5 do artigo 48, o Secretário-Geral da
Organização das Nações Unidas comunicará a
ARTIGO 49 todos os Estados referidos no parágrafo 1 do
referido artigo:
1. O presente Pacto entrará em vigor três meses
após a data do depósito, junto ao Secretário-Geral a) as assinaturas, ratificações e adesões
da Organização das Nações Unidas, do trigéssimo- recebidas em conformidade com o artigo 48;
quinto instrumento de ratificação ou adesão.
b) a data de entrega em vigor do Pacto, nos
2. Para os Estados que vierem a ratificar o termos do artigo 49, e a data, e a data em entrada
presente Pacto ou a ele aderir após o deposito do em vigor de quaisquer emendas, nos termos do
trigéssimo-quinto instrumento de ratificação ou artigo 51.
adesão, o presente Pacto entrará em vigor três
meses após a data do deposito, pelo Estado em ARTIGO 53
questão, de seu instrumento de ratificação ou
adesão. 1. O presente Pacto cujos textos em chinês,
espanhol, francês, inglês e russo são igualmente
ARTIGO 50 autênticos, será depositado nos arquivos da
Organização das Nações Unidas.
Aplicar-se-ão as disposições do presente Pacto,
sem qualquer limitação ou exceção, a todas as 2. O Secretário-Geral da Organização das
unidades constitutivas dos Estados federativos. Nações Unidas encaminhará cópias autênticas do
presente Pacto a todos os Estados mencionados
ARTIGO 51 no artigo 48.

1. Qualquer Estado Parte do presente Pacto Em fé do quê, os abaixo-assinados, devidamente


poderá propor emendas e depositá-las junto ao autorizados por seus respectivos Governos,
Secretário-Geral da Organização das Nações assinaram o presente Pacto, aberto à assinatura
Unidas. O Secretário-Geral comunicará todas as em Nova York, aos 19 dias do mês de dezembro do
propostas de emenda aos Estados Partes do ano de mil novecentos e sessenta e seis.
presente Pacto, pedindo-lhes que o notifiquem se
desejam que se convoque uma conferencia dos
Estados Partes destinada a examinar as propostas
e submetê-las a votação. Se pelo menos um terço
dos Estados Partes se manifestar a favor da
referida convocação, o Secretário-Geral convocará
a conferência sob os auspícios da Organização das
Nações Unidas. Qualquer emenda adotada pela
maioria dos Estados Partes presente e votantes na
conferência será submetida à aprovação da
Assembléia-Geral das Nações Unidas.

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ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES normas e disposições que fundamentam o


organismo policial militar e coordenam seu
DO ESTADO DA BAHIA funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se
pelo perfeito cumprimento do dever por parte de
LEI Nº 7.990 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001 todos e de cada um dos componentes desse
organismo.
Ver também:
Lei nº 11.920 , de 29 de junho de 2010 - Altera § 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem
dispositivos das Leis nº 7.990, de 27 de dezembro ser observados e mantidos em todas as
de 2001 e nº 11.356, de 06 de janeiro de 2009 e dá circunstâncias da vida, entre os policiais militares.
outras providências.
Lei nº 11.356 , de 06 de janeiro de 2009 - Cria o Art. 4º - A situação jurídica dos policiais militares é
Prêmio por Desempenho Policial, altera a estrutura definida pelos dispositivos constitucionais que lhe
organizacional e de cargos em comissão da Polícia forem aplicáveis, por este Estatuto e por legislação
Militar da Bahia e dispositivos das Leis nº 7.990, de específica e peculiar que lhes outorguem direitos e
27.12.2001, nº 8.626 , de 09.05.2003, nº 9.002 , de prerrogativas e lhes imponham deveres e
29.01.2004, e nº 9.848, de 29.12.2005, e dá outras obrigações.
providências.
Lei nº 10.957, de 02 de janeiro de 2008 - Autoriza a CAPÍTULO II
concessão do abono de permanência em atividade, DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR
aos servidores policiais militares do Estado da
Bahia, altera o § 1º, do art. 18, da Lei nº 7.990, de SEÇÃO I
27 de dezembro de 2001, e dá outras providências. DOS REQUISITOS E CONDIÇÕES PARA O
INGRESSO
Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Militares do
Estado da Bahia e dá outras providências. Art. 5º - São requisitos e condições para o ingresso
na Polícia Militar:
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço
saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu I - ser brasileiro nato ou naturalizado;
sanciono a seguinte Lei:
II - ter o mínimo de dezoito e o máximo de trinta
TÍTULO I - anos de idade;
GENERALIDADES
III - estar em dia com o Serviço Militar Obrigatório;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES IV - ser eleitor e achar-se em gozo dos seus direitos
políticos;
Art. 1º - Este Estatuto regula o ingresso, as
situações institucionais, as obrigações, os deveres, V - possuir idoneidade moral, comprovada por meio
direitos, garantias e prerrogativas dos integrantes de folha corrida policial militar e judicial, na forma
da Polícia Militar do Estado da Bahia. prevista em edital;

Art. 2º - Os integrantes da Polícia Militar do Estado VI - aptidão física e mental, comprovada mediante
da Bahia constituem a categoria especial de exames médicos, testes físicos e exames
servidores públicos militares estaduais psicológicos, na forma prevista em edital;
denominados policiais militares, cuja carreira é
integrada por cargos técnicos estruturados VII - possuir estatura mínima de 1,60 m para
hierarquicamente. candidatos do sexo masculino e 1,55 m para as
candidatas do sexo feminino;
Art. 3º - A hierarquia e a disciplina são a base
institucional da Polícia Militar. VIII - possuir a escolaridade ou formação
profissional exigida ao acompanhamento do curso
§ 1º - A hierarquia policial militar é a organização de formação a que se candidata, na forma prevista
em carreira da autoridade em níveis diferentes, em edital.
dentro da estrutura da Polícia Militar,
consubstanciada no espírito de acatamento à IX -possuir Carteira Nacional de Habilitação válida,
seqüência de autoridade. categoria B.

§ 2º - Disciplina é a rigorosa observância e o Inciso IX acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de


acatamento integral das leis, regulamentos, 06 de janeiro de 2009.
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Art. 6º - O ingresso na Polícia Militar é assegurado a) Aspirante-a-Oficial PM;


aos aprovados em concurso público de provas ou
de provas e títulos, mediante matrícula em curso b) Aluno-a-Oficial PM;
profissionalizante, observadas as condições
prescritas nesta Lei, nos Regulamentos e nos c) Aluno do Curso de Formação de Sargentos PM;
respectivos editais de concurso da Instituição.
d) Aluno do Curso de Formação de Cabos PM;
SEÇÃO II
DO COMPROMISSO POLICIAL MILITAR e) Aluno do Curso de Formação de Soldados PM.

Art. 7º - Todo cidadão, após ingressar na Polícia Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356,
Militar, prestará compromisso de honra, no qual de janeiro de 2009.
afirmará a sua aceitação consciente das Redação original: "II - Praças Especiais:a)
obrigações e dos deveres policiais militares e Aspirante a Oficial PM;b) Aluno a Oficial PM;c)
manifestará a sua firme disposição de bem cumpri- Aluno do Curso de Formação de Sargentos PM;d)
los. Aluno do Curso de Formação de Soldados PM."

Art. 8º - O compromisso a que se refere o artigo III - Praças:


anterior terá caráter solene e será prestado pelo
policial militar na presença da tropa, no ato de sua a) Subtenente PM;
investidura, conforme os seguintes dizeres: "Ao
ingressar na Polícia Militar do Estado da Bahia, b) 1º Sargento PM;
prometo regular a minha conduta pelos preceitos
da moral, cumprir rigorosamente as ordens legais c) Cabo PM;
das autoridades a que estiver subordinado e
dedicar-me inteiramente ao serviço policial militar, d) Soldado 1ª Classe PM.
à manutenção da ordem pública e à segurança da
sociedade mesmo com o risco da própria vida". Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356,
de janeiro de 2009.
Parágrafo único - Ao ser promovido ou nomeado ao Redação original: "III - Praças:a) Sargento PM;b)
primeiro posto, o Oficial prestará compromisso, em Soldado PM 1ª Classe."
solenidade especial, nos seguintes termos:
"Perante as Bandeiras do Brasil e da Bahia, pela Art. 10 - Posto é o grau hierárquico do Oficial,
minha honra, prometo cumprir os deveres de Oficial conferido por ato do Governador do Estado e
da Polícia Militar do Estado da Bahia e dedicar-me registrado em Carta Patente; Graduação é o grau
inteiramente ao seu serviço". hierárquico do Praça conferido pelo Comandante
Geral da Polícia Militar.
CAPÍTULO III
DA HIERARQUIA POLICIAL MILITAR § 1º - A todos os postos e graduações de que trata
este artigo será acrescida a designação "PM".
SEÇÃO I
DA ESCALA HIERÁRQUICA § 2º - Quando se tratar de policial militar dos
Quadros Complementar e Auxiliar, o posto será
Art. 9º - Os postos e graduações da escala seguido da designação policial militar e da
hierárquica são os seguintes: abreviatura da especialidade.

I - Oficiais: § 3º - Sempre que o policial militar da reserva


remunerada ou reformado fizer uso do posto ou
a) Coronel PM; graduação, deverá fazê-lo com as abreviaturas
indicadoras de sua situação.
b) Tenente Coronel PM;
SEÇÃO II
c) Major PM; DA PRECEDÊNCIA

d) Capitão PM; Art. 11 - A precedência entre policiais militares da


ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada
e) 1º Tenente PM. pela antigüidade no posto ou graduação e pelo
Quadro, salvo nos casos de precedência funcional
II - Praças Especiais: estabelecida em Lei.

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§ 1º - A antigüidade em cada posto ou graduação é TÍTULO II -


contada a partir da data da assinatura do ato da CAPÍTULO I
respectiva promoção ou nomeação, salvo quando
for fixada outra data. DAS FORMAS DE PROVIMENTO

§ 2º - No caso do parágrafo anterior, havendo Art. 12 - São formas de provimento do cargo de


igualdade, a antigüidade será estabelecida: policial militar:

a) entre policiais militares do mesmo Quadro, pela I - nomeação;


posição, nas respectivas escalas numéricas ou
registros existentes na Instituição; II - reversão;

b) nos demais casos, pela antigüidade no posto ou III - reintegração.


graduação anterior se, ainda assim, subsistir a
igualdade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos Art. 13 - A nomeação far-se-á em caráter
graus hierárquicos anteriores, à data de praça e à permanente, quando se tratar de provimento em
data de nascimento para definir a precedência, cargo da carreira ou em caráter temporário, para
sendo considerados mais antigos, cargos de livre nomeação e exoneração.
respectivamente, os de data de praça mais antiga
e de maior idade; § 1º - A investidura nos cargos dar-se-á com a
posse e o efetivo exercício com o desempenho das
c) entre os alunos de um mesmo órgão de atribuições inerentes aos cargos.
formação de policiais militares, de acordo com o
regulamento do respectivo órgão, se não estiverem § 2º - São competentes para dar posse o
especificamente enquadrados nas alíneas "a" e "b" Governador do Estado e o Comandante Geral da
deste parágrafo. Polícia Militar.

§ 3º - Nos casos de nomeação coletiva por Art. 14 - A reversão é o ato pelo qual o Policial
conclusão de curso e promoção ao primeiro posto Militar retorna ao serviço ativo e ocorrerá nas
ou graduação, prevalecerá, para efeito de seguintes hipóteses:
antigüidade, a ordem de classificação obtida no
curso. I - quando cessar o motivo que determinou a sua
agregação, devendo retornar à escala hierárquica,
§ 4º - Em igualdade de posto ou graduação, os ocupando o lugar que lhe competir na respectiva
policiais militares da ativa têm precedência sobre escala numérica, na primeira vaga que ocorrer;
os da inatividade.
II - quando cessar o período de exercício de
§ 5º - Em igualdade de posto ou graduação, a mandato eletivo, devendo retornar ao mesmo grau
precedência entre os policiais militares de carreira hierárquico ocupado e mesmo lugar que lhe
na ativa e os convocados é definida pelo tempo de competir na escala numérica no momento de sua
efetivo serviço no posto ou graduação destes. transferência para a reserva remunerada.

§ 6º - Em igualdade de posto, os Oficiais do Quadro § 1º - O Policial Militar revertido nos termos do


de Segurança terão precedência sobre os Oficiais inciso II, deste artigo, que for promovido, passará a
do Quadro de Oficiais Auxiliares da Polícia Militar e ocupar o mesmo lugar na escala numérica,
estes terão precedência sobre os Oficiais do observado o novo grau hierárquico, sendo tal
Quadro Complementar de Oficiais Policiais previsão aplicada, tão somente, à primeira
Militares. promoção ocorrida após a reversão.

§ 7º - A precedência entre os Praças Especiais e § 2º - A competência para a reversão será:


aos demais é assim regulada:
I - da mesma autoridade que efetuou a agregação,
a) o Aspirante Oficial é hierarquicamente superior nos termos do art. 26, desta Lei;
aos praças;
II - da autoridade competente para efetuar a
b) o Aluno Oficial é hierarquicamente superior aos transferência do Policial Militar para a reserva
Subtenentes; remunerada, nos termos da legislação vigente.

c) o Aluno do Curso de Formação de Sargentos é § 3º - Na hipótese do inciso II do caput deste artigo,


hierarquicamente superior ao Cabo. o retorno ao serviço ativo deverá ocorrer no
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primeiro dia útil imediatamente subseqüente ao f) os ausentes e desertores;


término do mandato eletivo.
g) os desaparecidos e extraviados.
§ 4º - Não poderá haver interrupção entre o
momento da transferência do Policial Militar para a II - na inatividade:
inatividade, em razão do exercício de mandato
eletivo, e o seu posterior retorno à Corporação, em a) os da reserva remunerada;
face do disposto no inciso II deste artigo.
b) os reformados.
§ 5º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica
aos Policiais Militares que tenham exercido ou que III - os da reserva não remunerada.
se encontrem no exercício de mandato eletivo
estadual no momento da edição desta Lei, vedado Art. 17 - O policial militar de carreira é aquele que
o pagamento, em caráter retroativo, de diferenças se encontra no desempenho do serviço policial
remuneratórias de qualquer natureza em militar a partir da conclusão com aproveitamento,
decorrência da aplicação do disposto neste do respectivo curso de formação.
parágrafo.
Art. 18 - O policial militar da reserva remunerada,
§ 6º - Para fins de reversão, prevista no inciso II por conveniência da Administração, em caráter
deste artigo, é obrigatório que o Policial Militar não transitório e mediante aceitação voluntária, poderá
tenha atingido a idade limite de 60 (sessenta) anos. ser convocado para o serviço ativo, por ato do
Governador do Estado.
Redação de acordo com o art. 3º da Lei nº 11.920,
de 29 de junho de 2010. § 1º - O Policial Militar convocado nos termos deste
Redação original: "Art. 14 - A reversão é o ato pelo artigo terá os direitos e deveres dos da ativa de
qual o policial militar agregado retorna à escala igual situação hierárquica, exceto quanto à
hierárquica, tão logo cesse o motivo que promoção, a qual não concorrerá, fazendo jus ao
determinou a sua agregação, ocupando lugar que respectivo acréscimo no seu tempo de serviço e a
lhe competir na respectiva escala numérica, na uma indenização no valor de 50% (cinqüenta por
primeira vaga que ocorrer.Parágrafo único - A cento) dos seus proventos, enquanto perdurar a
competência para a reversão é da mesma convocação.
autoridade que efetuou a agregação, nos termos do
art. 26 desta Lei." Redação de acordo com o art. 2º da Lei nº 10.957,
de 02 de janeiro de 2008.
Art. 15 - A reintegração é o retorno do policial militar Redação original: "§ 1º - O policial militar
demitido ao cargo anteriormente ocupado ou o convocado nos termos deste artigo terá os direitos
resultante de sua transformação, quando e deveres dos da ativa de igual situação
invalidado o ato de afastamento pela via judicial, hierárquica, exceto quanto à promoção, a que não
por sentença transitada em julgado, ou pela via concorrerá, fazendo jus ao respectivo acréscimo no
administrativa, nos termos do art. 91 desta Lei. seu tempo de serviço e a uma indenização no valor
de 30% (trinta por cento) dos seus proventos,
CAPÍTULO II enquanto perdurar a convocação."
DAS SITUAÇÕES INSTITUCIONAIS DA POLÍCIA
MILITAR § 2º - A convocação de que trata este artigo terá a
duração necessária ao cumprimento da atividade
Art. 16 - O policiais militares encontram-se ou missão que lhe deu origem e deverá ser
organizados em carreira, em uma das seguintes precedida de inspeção de saúde, vedado o
situações institucionais: exercício de cargo ou função de comando, direção
e chefia.
I - na ativa:
§ 3º - Não implicará em convocação a nomeação
a) os de carreira; para cargo em comissão.

b) os convocados; Art. 19 - Os Praças Especiais são os Aspirantes a


Oficial, Alunos dos diversos cursos de formação.
c) os praças especiais.
Art. 20 - Integram a categoria dos Praças Especiais:
d) os agregados;
I - os Aspirantes a Oficial;
e) os excedentes;
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II - os Alunos do Curso de Formação de Oficiais do sido enquadrado em quaisquer dos requisitos que
Quadro de Oficiais Policiais Militares; a motivarem.

III - os Alunos do Curso de Formação de Oficiais do § 1º - A agregação do policial militar, no caso do


Quadro Complementar; inciso I, é contada a partir da data de posse no novo
cargo até o regresso à Polícia Militar ou à
IV - os Alunos do Curso de Formação Oficiais transferência "ex officio" para a reserva
Auxiliares; remunerada.

V - os Alunos do Curso de Formação de Sargentos; § 2º - A agregação do policial militar, no caso do


inciso II deste artigo, é contada a partir da data
VI - os Alunos do Curso de Formação de Soldados. indicada no ato que a torna pública.

§ 1º - Equiparam-se aos Alunos do Curso de Art. 23 - O policial militar será agregado quando for
Formação de Oficiais do Quadro de Oficiais afastado, temporariamente, do serviço ativo por
Policiais Militares, os Alunos do Curso de motivo de:
Formação de Oficiais do Quadro de Oficiais
Bombeiros Militares realizados na Polícia Militar da I - ter sido julgado incapacitado, temporariamente,
Bahia ou em outras Instituições militares. para o serviço policial militar e submetido a gozo de
licença para tratamento de saúde própria, a pedido
§ 2º - Durante o período de realização do curso ou ex officio, ou por motivo de acidente;
profissionalizante, os alunos oficiais receberão, a
título de bolsa de estudo, o equivalente a 30% II - ter ultrapassado doze meses em licença para
(trinta por cento) os do 1º ano, 35% (trinta e cinco tratamento de saúde própria;
por cento) os do 2º ano e 40% (quarenta por cento)
os do 3º ano, da remuneração do posto de 1º III - ter entrado em gozo de licença para tratar de
Tenente. interesse particular ou para acompanhar cônjuge
ou companheiro;
Redação de acordo com o art. 3º da Lei nº 11.920,
de 29 de junho de 2010. IV - ter ultrapassado seis meses contínuos em gozo
Redação original: "§ 2º - Durante o período de de licença para tratar de saúde de pessoa da
realização do curso profissionalizante, o Aluno família;
Oficial receberá, a título de bolsa de estudo, o
equivalente a 30% (trinta por cento) da V - ter sido julgado incapaz definitivamente,
remuneração do posto de Tenente e o Aluno a enquanto tramita o processo de reforma;
Soldado o equivalente a um salário mínimo."
VI - ter sido considerado oficialmente extraviado;
§ 3º - Na hipótese de ser policial militar de carreira,
o Aluno poderá optar pela percepção da bolsa de VII - ter-se esgotado o prazo que caracteriza o
estudo de que trata o parágrafo anterior ou pela crime de deserção previsto no Código Penal Militar,
remuneração do seu posto ou graduação, se oficial ou praça com estabilidade assegurada;
acrescida das vantagens pessoais.
VIII - ter, como desertor, se apresentado
Art. 21 - A agregação é a situação na qual o policial voluntariamente, ou ter sido capturado e reincluído
militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala a fim de se ver processar;
hierárquica de seu Quadro, nela permanecendo
sem número. IX - se ver processar administrativamente ou
através de processo judicial, após ficar
Art. 22 - O policial militar será agregado e exclusivamente à disposição da Justiça;
considerado, para todos os efeitos legais, como em
serviço ativo, quando: X - ter sido condenado a pena restritiva de
liberdade superior a seis meses, por sentença
I - nomeado para cargo policial militar ou transitada em julgado, enquanto durar a execução,
considerado de natureza policial militar, incluído o período de sua suspensão condicional,
estabelecido em Lei, não previsto no Quadro de se concedida esta, ou até ser declarado indigno de
Organização da Polícia Militar; pertencer à Polícia Militar ou com ela incompatível;

II - estiver aguardando sua transferência, a pedido XI - ter sido condenado à pena de suspensão do
ou "ex officio", para a reserva remunerada, por ter exercício do posto, graduação, cargo ou função

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prevista no Código Penal Militar ou em outros I - por ato do Governador do Estado ou da


diplomas legais, penais ou extra-penais; autoridade por ele delegada, quanto aos Oficiais;

XII - ter passado à disposição de órgão ou entidade II - por ato do Comandante Geral ou da autoridade
da União, de outros Estados, do Estado ou do por ele delegada, quanto aos praças.
Município, para exercer cargo ou função de
natureza civil; Art. 27 - Excedente é a situação transitória a que,
automaticamente, passa o policial militar que:
XIII - ter sido nomeado para qualquer cargo,
emprego ou função público civil temporário, não I - tendo cessado o motivo que determinou sua
eletivo, inclusive da administração indireta; agregação, seja revertido ao respectivo Quadro,
estando o mesmo com seu efetivo completo;
XIV - ter se candidatado a cargo eletivo, desde que
conte dez ou mais anos de serviço; II - seja promovido por bravura, sem haver vaga;

XV - permanecer desaparecido por mais de trinta III - sendo o mais moderno da respectiva escala
dias, na forma do art. 30 desta Lei. hierárquica, ultrapasse o efetivo de seu Quadro, em
virtude da promoção de outro policial militar em
Parágrafo único - A agregação do policial militar é ressarcimento de preterição;
contada da seguinte forma:
IV - tendo cessado o motivo que determinou sua
a) nos casos dos incisos I, II e IV, a partir do reforma por incapacidade, retorne ao respectivo
primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto Quadro, estando este com seu efetivo completo.
durar o evento;
§ 1º - O policial militar, cuja situação é de
b) nos casos dos incisos III, V, VI VII, VIII, IX, X, XI excedente, ocupará a mesma posição relativa, em
e XV, a partir da data indicada no ato que tornar antigüidade, que lhe cabe na escala hierárquica e
público o respectivo evento; receberá o número que lhe competir, em
conseqüência da primeira vaga que se verificar.
c) nos casos dos incisos XII e XIII, a partir da data
da posse no cargo até o regresso à Polícia Militar § 2º - O policial militar, na situação de excedente, é
ou transferência "ex officio" para a reserva; considerado para todos os efeitos como em efetivo
serviço e a ele se aplicam, respeitados os requisitos
d) no caso do inciso XIV, a partir da data do registro legais, em igualdade de condições e sem nenhuma
como candidato até sua diplomação ou seu restrição, as normas para indicação para cargo
regresso à Polícia Militar, se não houver sido eleito. policial militar, curso ou promoção.

Art. 24 - O policial militar agregado fica sujeito às § 3º - O policial militar, excedente por haver sido
obrigações disciplinares concernentes às suas promovido por bravura sem haver vaga, ocupará a
relações com outros policiais militares e primeira vaga aberta, deslocando o critério de
autoridades civis, salvo quando titular de cargo que promoção a ser seguido para a vaga seguinte.
lhe dê precedência funcional sobre outros policiais
militares ou militares mais graduados ou antigos. Art. 28 - É considerado ausente o policial militar
que, por mais de vinte e quatro horas consecutivas:
Art. 25 - O policial militar agregado ficará adido,
para efeito de alterações e remuneração, ao órgão I - deixar de comparecer à sua organização policial
de pessoal da Instituição, continuando a figurar no militar sem comunicar motivo de impedimento;
respectivo registro, sem número, no lugar que até
então ocupava. II - ausentar-se, sem licença, da organização
policial militar onde serve ou do local onde deva
Parágrafo único - O policial militar agregado, permanecer;
quando no desempenho de cargo policial militar, ou
considerado de natureza policial militar, concorrerá III - deixar de se apresentar no lugar designado,
à promoção, por qualquer dos critérios, sem findo o prazo de trânsito ou férias;
prejuízo do número de concorrentes regularmente
estipulado. IV - deixar de se apresentar à autoridade
competente após a cassação ou término de licença
Art. 26 - A agregação se faz: ou agregação ou ainda no momento em que é
efetivada mobilização, declarado o estado de
defesa, de sítio ou de guerra;
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V - deixar de se apresentar a autoridade CAPÍTULO III


competente, após o término de cumprimento de DA ESTABILIDADE
pena.
Art. 35 - O policial militar, habilitado em concurso
§ 1º - É também considerado ausente o policial público e nomeado para cargo de sua carreira,
militar que deixar de se apresentar no momento da adquirirá estabilidade ao completar três anos de
partida de comboio que deva integrar, por ocasião efetivo exercício, desde que seja aprovado no
de deslocamento da unidade em que serve. estágio probatório, por ato homologado pela
autoridade competente.
§ 2º - Decorrido o prazo mencionado neste artigo,
serão adotadas as providências cabíveis para a Art. 36 - O estágio probatório compreende um
averiguação da ausência, observando-se os período de trinta e seis meses, durante o qual serão
procedimentos disciplinares previstos neste observadas a aptidão e capacidade para o
Estatuto e/ou criminais. desempenho do cargo, observados, entre outros,
os seguintes fatores:
Art. 29 - O policial militar é considerado desertor
nos casos previstos na legislação penal militar. I - assiduidade;

Art. 30 - É considerado desaparecido o policial II - disciplina;


militar na ativa, assim declarado por ato do
Comandante Geral, quando no desempenho de III - observância das normas hierárquicas e ética
qualquer serviço, em viagem, em operação policial militar;
militar ou em caso de calamidade pública, tiver
paradeiro ignorado por mais de oito dias. IV - responsabilidade;

Parágrafo único - A situação de desaparecimento V - capacidade de adequação para cumprimento


só será considerada quando não houver indício de dos deveres militares;
deserção.
VI - eficiência.
Art. 31 - O policial militar que, na forma do artigo
anterior, permanecer desaparecido por mais de § 1º - A autoridade competente terá o prazo
trinta dias, será oficialmente considerado improrrogável de trinta dias para a homologação do
extraviado e agregado na forma do art. 23, inciso resultado do estágio probatório.
XV.
§ 2º - O período em que o praça especial encontrar-
Art. 32 - O policial militar da reserva remunerada é se no curso de formação será computado para o
aquele afastado do serviço que, nessa situação, estágio probatório de que trata este artigo.
perceba remuneração do Estado, ficando sujeito à
ação disciplinar da Instituição e à prestação de TÍTULO III -
serviços na ativa, nos termos do art. 18 deste DA DEONTOLOGIA POLICIAL MILITAR
Estatuto.
CAPÍTULO I
Art. 33 - O policial militar reformado é o que está DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS MILITARES
dispensado definitivamente da prestação do
serviço ativo, percebendo remuneração pelo SEÇÃO I
Estado e permanecendo sujeito ao controle -DOS VALORES POLICIAIS MILITARES
disciplinar da Instituição.
Art. 37 - São valores institucionais:
Art. 34 - O oficial militar da reserva não remunerada
é aquele ex-integrante do serviço ativo exonerado I - da organização:
na forma do art. 186.
a) a dignidade do homem;
Parágrafo único - O oficial da reserva não
remunerada não está sujeito à ação disciplinar da b) a disciplina;
Instituição nem a convocação.
c) a hierarquia;

d) a credibilidade;

e) a ética;
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f) a efetividade; II - exercer com autoridade, eficiência, eficácia,


efetividade e probidade as funções que lhe
g) a solidariedade; couberem em decorrência do cargo;

h) a capacitação profissional; III - respeitar a dignidade da pessoa humana;

i) a doutrina; IV - cumprir e fazer cumprir as Leis, os


regulamentos, as instruções e as ordens das
j) a tradição. autoridades competentes, à exceção das
manifestamente ilegais;
II - do profissional:
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e
a) a eficiência e a eficácia; na apreciação do mérito dos subordinados;

b) o espírito profissional; VI - zelar pelo preparo moral, intelectual e físico


próprio e dos subordinados, tendo em vista o
c) a aparência pessoal; cumprimento da missão comum;

d) a auto-estima; VII - praticar a solidariedade e desenvolver


permanentemente o espírito de cooperação;
e) o profissionalismo;
VIII - ser discreto em suas atitudes e maneiras e
f) a bravura; polido em sua linguagem falada e escrita;

g) a solidariedade; IX - abster-se de tratar de matéria sigilosa, de


qualquer natureza, fora do âmbito apropriado;
h) a dedicação.
X - cumprir seus deveres de cidadão;
Art. 38 - São manifestações essenciais dos valores
policiais militares: XI - manter conduta compatível com a moralidade
administrativa;
I - o sentimento de servir à sociedade, traduzido
pela vontade de cumprir o dever policial militar e XII - comportar-se educadamente em todas as
pelo integral devotamento à preservação da ordem situações;
pública e à garantia dos direitos fundamentais da
pessoa humana; XIII - conduzir-se de modo que não sejam
prejudicados os princípios da disciplina, do respeito
II - o civismo e o respeito às tradições históricas; e do decoro policial militar;

III - a fé na elevada missão da Polícia Militar; XIV - abster-se de fazer uso do posto ou da
graduação para obter facilidades pessoais de
IV - o orgulho do policial militar pela Instituição; qualquer natureza ou para encaminhar negócios
particulares ou de terceiros;
V - o amor à profissão policial militar e o entusiasmo
com que é exercida; XV - abster-se, na inatividade, do uso das
designações hierárquicas quando:
VI - o aprimoramento técnico-profissional.
a) em atividade político-partidária;
SEÇÃO II
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR b) em atividade comercial ou industrial;

Art. 39 - O sentimento do dever, a dignidade policial c) para discutir ou provocar discussões pela
militar e o decoro da classe impõem a cada um dos imprensa a respeito de assuntos políticos ou
integrantes da Polícia Militar conduta moral e policiais militares, excetuando-se os de natureza
profissional irrepreensíveis, tanto durante o serviço exclusivamente técnica, se devidamente
quanto fora dele, com observância dos seguintes autorizado;
preceitos da ética policial militar:
d) no exercício de funções de natureza não policiais
I - amar a verdade e a responsabilidade como militares, mesmo oficiais.
fundamento da dignidade pessoal;
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XVI - zelar pelo bom conceito da Polícia Militar; SEÇÃO II


DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
XVII - zelar pela economia do material e a
conservação do patrimônio público. Art. 42 - Comando é a soma de autoridade, deveres
e responsabilidades de que o policial militar é
Art. 40 - Ao policial militar da ativa é vedado investido legalmente, quando conduz seres
comerciar ou tomar parte na administração ou humanos ou dirige uma organização policial militar,
gerência de sociedade ou dela ser sócio ou sendo vinculado ao grau hierárquico e constitui
participar, exceto como acionista ou quotista, em uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o
sociedade anônima ou por quotas de policial militar se define e se caracteriza como
responsabilidade limitada. chefe.

Parágrafo único - No intuito de aperfeiçoar a prática Parágrafo único - Aplica-se aos Comandantes de
profissional é permitido aos oficiais do Quadro Operações Policiais Militares e de Bombeiros
Complementar de Oficiais Policiais Militares o Militares, Comandantes de Policiamento Regional
exercício de sua atividade técnico-profissional no e Comandante de Policiamento Especializado, à
meio civil, desde que compatível com as atribuições Direção, à Coordenação, à Chefia de Organização
do seu cargo e com o horário de trabalho, Policial Militar, no que couber o estabelecido para o
respeitadas as limitações constitucionais. comando.

TÍTULO IV - Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356,


DO REGIME DISCIPLINAR de janeiro de 2009.
Redação original: "Parágrafo único - Aplica-se à
CAPÍTULO I direção, à coordenação e à chefia de organização
DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES policial militar, no que couber, o estabelecido para
o comando."
SEÇÃO I
CONCEITUAÇÃO Art. 43 - A subordinação é o respeito ao princípio
da hierarquia, em face do qual as ordens dos
Art. 41 - Os deveres policiais militares emanam de superiores, salvo as manifestamente ilegais,
um conjunto de vínculos morais e racionais, que devem ser plena e prontamente acatadas.
ligam o policial militar à pátria, à Instituição e à
segurança da sociedade e do ser humano, e Parágrafo único - A subordinação não afeta, de
compreendem, essencialmente: modo algum, a dignidade pessoal do policial militar
e decorre, exclusivamente, da estrutura
I - a dedicação integral ao serviço policial militar e a hierarquizada da Polícia Militar.
fidelidade à Instituição a que pertence;
Art. 44 - As funções de comando, de chefia, de
II - o respeito aos Símbolos Nacionais; coordenação e de direção de organização policial
militar são privativas dos integrantes do Quadro de
III - a submissão aos princípios da legalidade, da Oficiais Policiais Militares.
probidade, da moralidade e da lealdade em todas
as circunstâncias; § 1º - Compete aos Oficiais Auxiliares do Quadro
de Oficiais Auxiliares da Polícia Militar - QOAPM e
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia; do Quadro de Oficiais Auxiliares Bombeiros
Militares - QOABM o exercício de atividades
V - o cumprimento das obrigações e ordens operacionais e administrativas, excetuando-se o
recebidas, salvo as manifestamente ilegais; comando de Unidades e Subunidades e o
subcomando de Unidades.
VI - o trato condigno e com urbanidade a todos;
Redação de acordo com o art. 3º da Lei nº 11.920,
VII - o compromisso de atender com presteza ao de 29 de junho de 2010.
público em geral, prestando com solicitude as Redação original: "§ 1º - Os integrantes do Quadro
informações requeridas, ressalvadas as protegidas de Oficiais Auxiliares da Polícia Militar exercerão
por sigilo; funções auxiliares e complementares de Comando,
de Chefia, de Coordenação e de direção de
VIII - a assiduidade e pontualidade ao serviço, organização policial militar."
inclusive quando convocado para cumprimento de
atividades em horário extraordinário. § 2º - Aos integrantes do Quadro Complementar de
Oficiais Policiais Militares cabe, ao longo da
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carreira, o exercício das funções técnicas de suas subordinadas, bem como a manutenção da coesão
respectivas especialidades. e do moral da tropa, em todas as circunstâncias."

Art. 44-A - O Quadro de Oficiais Auxiliares da Art. 46 - Os soldados poderão, excepcional e


Polícia Militar - QOAPM e o Quadro de Oficiais temporariamente, exercer o comando de fração de
Auxiliares Bombeiros Militares - QOABM serão tropa em locais e situações que assim o exijam.
integrados por policiais militares oriundos do círculo
de praças, cujo acesso ocorrerá por promoção, Art. 47 - Aos praças especiais, em curso de
preenchidos os requisitos previstos neste Estatuto formação, cabe a rigorosa observância das
e em regulamento de conclusão e aprovação no prescrições dos regulamentos que lhes são
respectivo Curso de Formação previsto em pertinentes, exigindo-se-lhes inteira dedicação ao
regulamento. estudo e ao aprendizado técnico-profissional,
ficando vedado o emprego em atividade
§ 1º - O maior grau hierárquico do Quadro de operacional ou administrativa, salvo em caráter de
Oficiais Auxiliares da Polícia Militar - QOAPM e do instrução.
Quadro de Oficiais Auxiliares Bombeiros Militares -
QOABM é o Posto de Major. CAPÍTULO II
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS
§ 2º - Somente poderão concorrer à promoção ao DEVERES POLICIAIS MILITARES
posto de Major do QOAPM e do QOABM os
Capitães que possuam graduação em curso de SEÇÃO I
nível superior reconhecido pelo Ministério da DA ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES.
Educação, preenchidos os demais requisitos
legais, inclusive conclusão com aproveitamento do Art. 48 - O policial militar em função de comando
Curso de Especialização no Serviço Público - responde integralmente pelas decisões que tomar,
CESP promovido pela Polícia Militar. pelas ordens que emitir, pelos atos que praticar,
bem como pelas conseqüências que deles
Art. 44-A acrescido pelo art. 4º da Lei nº 11.920, de advierem.
29 de junho de 2010.
§ 1º - Cabe ao policial militar subordinado, ao
Art. 45 - Os graduados auxiliam e complementam receber uma ordem, solicitar os esclarecimentos
as atividades dos Oficiais no emprego de meios, na necessários ao seu total entendimento e
instrução e na administração da Unidade, devendo compreensão.
ser empregados na supervisão da execução das
atividades inerentes à missão institucional da § 2º - Cabe ao executante que exorbitar no
Polícia Militar. cumprimento de ordem recebida, a
responsabilidade pessoal e integral pelos excessos
Parágrafo único - No exercício das suas atividades e abusos que cometer.
profissionais e no comando de subordinados, os
Subtenentes, 1º Sargentos e Cabos deverão impor- Art. 49 - A violação das obrigações ou dos deveres
se pela capacidade técnico-profissional, pelo policiais militares poderá constituir crime ou
exemplo e pela lealdade, incumbindo-lhes transgressão disciplinar, segundo disposto na
assegurar a observância minuciosa e ininterrupta legislação específica.
das ordens, das regras de serviço e das normas
operativas, pelos Praças que lhes estiverem Art. 50 - O policial militar responde civil, penal e
diretamente subordinados, bem como a administrativamente pelo exercício irregular de
manutenção da coesão e do moral da tropa, em suas atribuições.
todas as circunstâncias.
§ 1º - A responsabilidade civil decorre de ato
Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356, omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
de janeiro de 2009. resulte em prejuízo do erário ou de terceiros, na
Redação original: "Parágrafo único - No exercício seguinte forma:
das suas atividades profissionais e no comando de
subordinados, os Sargentos deverão impor-se pela a) a indenização de prejuízos causados ao erário
capacidade técnico-profissional, pelo exemplo e será feita por intermédio de imposição legal ou
pela lealdade, incumbindo-lhes assegurar a mandado judicial, sendo descontada em parcelas
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, mensais não excedentes à terça parte da
das regras de serviço e das normas operativas, remuneração ou dos proventos do policial militar;
pelos praças que lhes estiverem diretamente

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Ver também: SEÇÃO II


Decreto nº 9.201, de 25 de outubro de 2004 - DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
Disciplina o procedimento sobre as consignações
em folha de pagamento dos servidores públicos Art. 51 - São transgressões do policial militar:
dos órgãos da administração direta, das autarquias
e fundações do Poder Executivo Estadual de que I - não levar ao conhecimento da autoridade
tratam os arts. 57 e 58, da Lei nº 6.677, de 26 de competente, no mais curto prazo, falta ou
setembro de 1994, art. 4º, da Lei nº 6.935, de 24 de irregularidade que presenciar ou de que tiver
janeiro de 1996, art. 50, § 1º, "a", da Lei nº 7.990, ciência e couber reprimir;
de 27 de dezembro de 2000, e dá outras
providências. II - deixar de punir o transgressor da disciplina;

b) tratando-se de dano causado a terceiros, III - retardar a execução de qualquer ordem, sem
responderá o policial militar perante a Fazenda justificativa;
Pública, em ação regressiva, de iniciativa da
Procuradoria Geral do Estado. IV - não cumprir ordem legal recebida;

§ 2º - A responsabilidade penal abrange os crimes V - simular doença para esquivar-se ao


militares, bem como os crimes de competência da cumprimento de qualquer dever, serviço ou
Justiça comum e as contravenções imputados ao instrução;
policial militar nessa qualidade.
VI - deixar, imotivadamente, de participar a tempo
§ 3º - A responsabilidade administrativa resulta de à autoridade imediatamente superior,
ato omissivo ou comissivo, praticado no impossibilidade de comparecer ä OPM ou a
desempenho de cargo ou função capaz de qualquer ato de serviço;
configurar, à luz da legislação própria, transgressão
disciplinar. VII - faltar ou chegar atrasado injustificadamente
qualquer ato de serviço em que deva tomar parte
§ 4º - As responsabilidades civil, penal e ou assistir;
administrativa poderão cumular-se, sendo
independentes entre si. VIII - permutar serviço sem permissão da
autoridade competente;
§ 5º - A responsabilidade administrativa do policial
militar policial militar sujeita-se aos efeitos da elisão IX - abandonar serviço para o qual tenha sido
e da prescrição na seguinte forma: designado;

a) será elidida no caso de absolvição criminal que X - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar
negue a existência do fato ou de sua autoria; por força de disposição legal ou ordem;

b) prescreverá: XI - deixar de apresentar-se à OPM para a qual


tenha sido transferido ou classificado e às
1.em cinco anos, quanto às infrações puníveis com autoridades competentes nos casos de comissão
demissão; ou serviços extraordinários para os quais tenha
sido designado;
2.em três anos, quanto às infrações puníveis com
sanções de detenção; XII - não se apresentar, findo qualquer afastamento
do serviço ou ainda, logo que souber que o mesmo
3.em cento e oitenta dias, quanto às demais foi interrompido;
infrações.
XIII - deixar de providenciar a tempo, na esfera de
c) o prazo de prescrição começa a correr da data suas atribuições, por negligência ou incúria,
em que o fato se tornou conhecido; medidas contra qualquer irregularidade de que
venha a tomar conhecimento;
d) sendo a falta tipificada penalmente, prescreverá
juntamente com o crime; XIV - portar arma sem registro;

e) a abertura de sindicância ou a instauração de XV - sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha não


processo disciplinar interrompe a prescrição até a regulamentar, bem como, indevidamente, distintivo
decisão final por autoridade competente. ou condecoração;

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XVI - sair ou tentar sair da OPM com tropa ou fração Art. 54 - A advertência será aplicada, por escrito,
de tropa, sem ordem expressa da autoridade nos casos de violação de proibição e de
competente; inobservância de dever funcional previstos em Lei,
regulamento ou norma interna, que não justifiquem
XVII - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da imposição de penalidade mais grave.
OPM fora das horas de expediente, desde que não
seja o respectivo chefe ou sem sua ordem escrita Art. 55 - A detenção será aplicada em caso de
com a expressa declaração de motivo, salvo em reincidência em faltas punidas com advertência e
situações de emergência; de violação das demais proibições que não
tipifiquem infração sujeita a demissão, não
XVIII - deixar de portar o seu documento de podendo exceder de trinta dias, devendo ser
identidade ou de exibi-lo quando solicitado. cumprida em área livre do quartel.

XIX - deixar deliberadamente de corresponder a Art. 56 - A penalidade de advertência e a de


cumprimento de subordinado ou deixar o detenção terão seus registros cancelados, após o
subordinado, quer uniformizado, quer em traje civil, decurso de dois anos, quanto à primeira, e quatro
de cumprimentar superior, uniformizado ou não, anos, quanto a segunda, de efetivo exercício, se o
neste caso desde que o conheça ou prestar-lhe as policial militar não houver, nesse período, praticado
homenagens e sinais regulamentares de nova infração disciplinar.
consideração e respeito;
Parágrafo único - O cancelamento da penalidade
XX - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal não produzirá efeitos retroativos.
ou claramente inexeqüível, que possa acarretar ao
subordinado responsabilidade ainda que não Art. 57 - A pena de demissão, observada as
chegue a ser cumprida; disposições do art. 53 desta Lei, será aplicada nos
seguintes casos:
XXI - prestar informação a superior hierárquico
induzindo-o a erro, deliberadamente. I - a prática de violência física ou moral, tortura ou
coação contra os cidadãos, pelos policiais militares,
SEÇÃO III ainda que cometida fora do serviço;
DAS PENALIDADES
II - a consumação ou tentativa como autor, co-autor
Art. 52 - São sanções disciplinares a que estão ou partícipe em crimes que o incompatibilizem com
sujeitos os policiais militares: o serviço policial militar, especialmente os
tipificados como:
I - advertência;
a) de homicídio (art. 121 do Código Penal
II - detenção; Brasileiro);

III - demissão; 1.quando praticado em atividade típica de grupo de


extermínio, ainda que cometido por um só agente;
IV-cassação de proventos de inatividade.
2.qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV e V do Código
Inciso IV acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de Penal Brasileiro).
janeiro de 2009.
b) de latrocínio (art. 157, § 3º do Código Penal
Parágrafo único - Decorrerão da aplicação das Brasileiro, in fine);
sanções disciplinares, a que forem submetidos os
policiais militares, submissão a programa de c) de extorsão:
reeducação, suspensão de férias ou licenças em
gozo ou desligamento de curso, conforme decisão 1.qualificado pela morte (art. 158, § 2º do Código
da autoridade competente, constante do ato de Penal Brasileiro);
julgamento.
2.mediante seqüestro e na forma qualificada (art.
Art. 53 - Na aplicação das penalidades, serão 159, caput e §§ 1º, 2º e 3º do Código Penal
consideradas a natureza e a gravidade da infração Brasileiro).
cometida, os antecedentes funcionais, os danos
que dela provierem para o serviço público e as d) de estupro (art. 213 e sua combinação com o art.
circunstâncias agravantes e atenuantes. 223, caput e parágrafo único, ambos do Código
Penal Brasileiro);
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disciplinares para qual esteja prevista a pena de


e) de atentado violento ao pudor (art. 214 e sua demissão nos termos deste artigo e do artigo 53
combinação com art. 223, caput e parágrafo único será aplicada a penalidade de cassação de
do Código Penal Brasileiro); proventos de inatividade, respeitado, no caso dos
Oficiais, o disposto no art. 189 deste Estatuto.
f) de epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º
do Código Penal Brasileiro); Parágrafo único acrescido pelo art. 6º da Lei nº
11.356, de janeiro de 2009.
g) contra a fé pública, puníveis com pena de
reclusão; CAPÍTULO III
DA APURAÇÃO DISCIPLINAR
h) contra a administração pública;
Art. 58 - A autoridade que tiver ciência de
i) de deserção. irregularidade no serviço é obrigada a promover a
sua imediata apuração mediante sindicância ou
III - tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins; processo disciplinar.

IV - prática de terrorismo; Parágrafo único - Quando o fato narrado não


configurar evidente infração disciplinar ou ilícito
V - integração ou formação de quadrilha; penal, a denúncia será arquivada por falta de
objeto.
VI - revelação de segredo apropriado em razão do
cargo ou função; Art. 59 - Como medida cautelar, e a fim de que o
policial militar acusado do cometimento de falta
VII - a insubordinação ou desrespeito grave contra disciplinar não interfira na apuração da
superior hierárquico (art. 163 a 166 do CPM); irregularidade, a autoridade instauradora do
processo disciplinar poderá, fundamentadamente,
VIII - improbidade administrativa; de ofício ou por provocação de encarregado de
feito investigatório, requerer ao escalão
IX - deixar de punir o transgressor da disciplina nos competente o seu afastamento do exercício do
casos previstos neste artigo; cargo ou da função, pelo prazo de trinta dias, sem
prejuízo da remuneração, devendo permanecer à
X - utilizar pessoal ou recurso material da repartição disposição da Instituição para efeito da instrução da
ou sob a guarda desta em serviço ou em atividades apuração da falta.
particulares;
Parágrafo único - O afastamento deverá determinar
XI - fazer uso do posto ou da graduação para obter a proibição temporária do uso de uniforme e arma
facilidades pessoais de qualquer natureza ou para e ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
encaminhar negócios particulares ou de terceiros; cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído
o processo de apuração regular da falta.
XII - participar o policial militar da ativa de firma
comercial, de emprego industrial de qualquer SEÇÃO I
natureza, ou nelas exercer função ou emprego DA SINDICÂNCIA
remunerado, exceto como acionista ou quotista em
sociedade anônima ou por quotas de Art. 60 - A sindicância será instaurada para apurar
responsabilidade limitada; irregularidades ocorridas no serviço público,
identificando a autoria e materialidade da
XIII - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal transgressão, dela podendo resultar:
ou claramente inexeqüível, que possa acarretar ao
subordinado responsabilidade, ainda que não I - arquivamento do procedimento;
chegue a ser cumprida;
II - instauração de processo disciplinar sumario;
XIV - permanecer no mau comportamento por
período superior a dezoito meses, caracterizado III - instauração de processo administrativo
este pela reincidência de atitudes que importem disciplinar;
nas transgressões previstas nos incisos I a XX, do
art. 51, desta Lei. IV - instauração de inquérito policial militar;

Parágrafo único - Aos policiais militares da reserva


remunerada e reformados incursos em infrações
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V - encaminhamento ao Ministério Público, quando podendo ultrapassar o período de trinta dias, na


resultar provado o cometimento de ilícito penal de hipótese de pedido motivado e despacho
competência da Justiça Comum. fundamentado da autoridade competente, desde
que comprovada a existência de circunstância
§ 1º - A sindicância poderá ser conduzida por um excepcional.
ou mais policiais militares, que poderão ser
dispensados de suas atribuições normais, até a § 5º - O processo disciplinar sumario não poderá
apresentação do relatório final. ser conduzido por cônjuge, companheiro ou
parente do acusado, consangüíneo ou afim, em
§ 2º - O prazo para conclusão da sindicância não linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
excederá trinta dias, podendo ser prorrogado por
metade deste período, a critério da autoridade § 6º - Aplicam-se, no que couber, ao presente
competente. processo as regras previstas nas Seções III, IV, V
e VI deste Capítulo.
§ 3º - O processo disciplinar sumario destina-se a
apuração de falta que, em tese, seja aplicada a Art. 62 - O processo administrativo disciplinar
pena de advertência e detenção. destina-se a apurar responsabilidade do policial
militar por infração praticada no exercício de suas
§ 4º - O processo administrativo disciplinar será funções ou relacionada com as atribuições do seu
instaurado quando, em tese, sobre a falta se cargo, inclusive conduta irregular do mesmo,
aplique a pena de demissão, mediante a nomeação verificada em sua vida privada, que tenha
pela autoridade competente da Comissão do repercussão nas atribuições do cargo ou no serviço
Processo Administrativo Disciplinar. público.

SEÇÃO II § 1º - Para a apuração prevista no caput deste


DO PROCESSO DISCIPLINAR artigo, a autoridade competente nomeará a
Comissão Processante que observará as normas
Art. 61 - O processo disciplinar sumário previstas neste Capítulo.
desenvolver-se-á com as seguintes fases:
§ 2º - O processo administrativo disciplinar somente
I - publicação da portaria, com descrição do fato será precedido de sindicância quando não houver
objeto da apuração e indicação do dispositivo legal elementos suficientes para a constatação da
supostamente violado, além da nomeação de um materialidade do fato ou identificação da autoria.
ou mais policiais militares que conduzirão o
processo, bem como o presidente dos trabalhos na Art. 63 - O processo administrativo disciplinar
hipótese de mais de um policial militar na comissão desenvolver-se-á com as seguintes fases:
apuradora;
I - instauração, com a publicação da portaria do ato
II - citação, defesa inicial, instrução, defesa final e o que constituir Comissão Processante responsável
relatório; pelo feito;

III - julgamento. II - lavratura do termo de acusação;

§ 1º - O policial militar ou a Comissão escolherá III - citação, defesa inicial, instrução, defesa final e
livremente o secretário para os trabalhos, relatório;
observada a hierarquia.
IV - julgamento.
§ 2º - O prazo para a conclusão do processo
disciplinar será de trinta dias, prorrogável pela § 1º - A autoridade competente, mediante portaria,
metade do período mediante ato da autoridade designará a Comissão, composta por três policiais
competente. militares de hierarquia igual ou superior à do
acusado, determinará que esta lavre o termo de
§ 3º - Para garantir a celeridade da instrução no acusação, descrevendo detalhadamente os fatos
curso do processo disciplinar sumario, o policial imputados ao policial militar além indicar o
militar ou a comissão apuradora poderá ficar dispositivo legal supostamente violado e as
dispensados dos demais trabalhos regulares. penalidades a que o acusado estará sujeito.

§ 4º - O policial militar ou a comissão apuradora § 2º - A cópia do termo mencionado no parágrafo


deverá iniciar seus trabalhos, no prazo máximo de anterior integrará o ato de citação, sendo peça
trinta dias, contados da sua instauração, só indispensável, sob pena de nulidade da citação.
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§ 3º - Na portaria será indicado também o membro SEÇÃO III


que será o presidente da Comissão, permitindo DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
livremente a escolha por este do secretário dos
trabalhos. Art. 68 - O presidente da Comissão, após nomear o
secretário, determinará a autuação da portaria e
§ 4º - O prazo para a conclusão do processo das demais peças existentes e instalará os
disciplinar será de sessenta dias, prorrogável por trabalhos, designando dia, hora e local para as
igual período pela autoridade competente. reuniões e ordenará a citação do acusado para
apresentar defesa inicial e indicar provas, inclusive
§ 5º - Sempre que necessário, e mediante rol de testemunhas com no máximo de cinco
requerimento fundamentado à autoridade que nomes.
instaurou o feito, os membros da Comissão
dedicarão tempo integral aos seus trabalhos, Art. 69 - Os termos serão lavrados pelo secretário
ficando dispensados de suas funções, até a da Comissão e terão forma processual.
entrega do relatório final.
§ 1º - A juntada de qualquer documento aos autos
§ 6º - A Comissão deverá iniciar seus trabalhos, no será feita por ordem cronológica de apresentação,
prazo de cinco dias, contados da data de sua devendo o presidente rubricar todas as folhas.
instauração, só podendo ultrapassar o período
previsto nesta Lei para sua conclusão na hipótese § 2º - Constará dos autos do processo a folha de
de pedido motivado pelo seu Presidente e antecedentes funcionais do acusado.
despacho fundamentado da autoridade
competente, desde que comprovada a existência § 3º - As reuniões da Comissão serão registradas
de circunstância excepcional. em atas circunstanciadas.

§7º - A Comissão, ao emitir o seu relatório final, § 4º - Todos os atos, documentos e termos do
indicará se a falta praticada torna o Praça ou o processo serão extraídos em duas vias ou
Oficial indigno para permanecer na Polícia Militar reproduzidas em cópias autenticadas, formando
ou com a Instituição incompatível. autos suplementares.

Art. 64 - Não poderá participar de comissão Art. 70 - A citação do acusado será feita
cônjuge, companheiro ou parente do indiciando, pessoalmente ou por edital e deverá conter:
consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral,
até o terceiro grau. I - a descrição dos fatos e os fundamentos da
imputação;
Art. 65 - O policial militar da reserva remunerada e
o reformado poderão ser também submetidos a II - data, hora e local do comparecimento do
Processo Disciplinar, podendo ser apenados com acusado, para apresentação da defesa e
sanções compatíveis com sua situação interrogatório;
institucional.
III - a obrigatoriedade do acusado fazer-se
Art. 66 - O processo administrativo disciplinar de representar por advogado;
que possa resultar a indignidade ou
incompatibilidade do Oficial para permanência na IV - a informação quanto à continuidade do
Polícia Militar será julgado pelo Tribunal de Justiça processo independentemente do não
do Estado da Bahia para decisão quanto a perda comparecimento do acusado.
do posto e da patente.
§ 1º - A citação pessoal será feita,
Art. 67 - Os membros da Comissão exercerão suas preferencialmente, pelo secretário da Comissão,
atividades com independência e imparcialidade, apresentando ao destinatário o instrumento
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato correspondente em duas vias, devidamente
ou quando exigido pelo interesse publico, sob pena assinadas pelo Presidente e acompanhadas do
da responsabilidade. termo de acusação.

Parágrafo único - As reuniões e as audiências da § 2º - O comparecimento voluntário do acusado


Comissão terão caráter público, excetuando-se as perante a Comissão supre a citação.
sessões de julgamento e os casos em que o
interesse da disciplina assim não o recomende. § 3º - Quando o acusado se encontrar em lugar
incerto ou não sabido ou quando houver fundada

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suspeita de ocultação para frustrar a diligência, a § 2º - Nenhum ato da instrução poderá ser
citação será feita por edital. praticado sem a prévia intimação do acusado e do
seu defensor.
§ 4º - O edital será publicado, por uma vez, no
Diário Oficial do Estado e em jornal de grande Art. 75 - Em qualquer fase do processo poderá ser
circulação da localidade do último domicílio juntado documento aos autos, antes do relatório.
conhecido, se houver, e fará remissão expressa ao
termo de acusação. Art. 76 - As testemunhas serão intimadas através
de ato expedido pelo presidente da Comissão,
§ 5º - Recusando-se o acusado a receber a citação, devendo a segunda via, com o ciente delas, ser
deverá o fato ser certificado à vista de duas anexada aos autos.
testemunhas.
§ 1º - Se a testemunha for policial militar, a
§ 6º - A designação da data para apresentação da intimação poderá ser feita mediante requisição ao
defesa inicial e o interrogatório do acusado chefe da repartição onde serve, com indicação do
respeitará o interstício mínimo de cinco dias dia, hora e local marcados para a audiência.
contados da data da citação.
§ 2º - Se as testemunhas arroladas pela defesa não
SEÇÃO IV forem encontradas e o acusado, intimado para
DA INSTRUÇÃO tanto, não fizer a substituição dentro do prazo de
três dias úteis, prosseguir-se-á nos demais termos
Art. 71 - A instrução respeitará o princípio do do processo.
contraditório, assegurando-se ao acusado ampla
defesa, com meios e recursos a ela inerentes. Art. 77 - O depoimento será prestado oralmente e
reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha
Art. 72 - Os autos da sindicância, se realizada, trazê-lo por escrito.
integrarão o processo disciplinar como peça
informativa. § 1º - As testemunhas serão inquiridas
separadamente.
Art. 73 - A Comissão promoverá o interrogatório do
acusado, a tomada de depoimentos, acareações e § 2º - Antes de depor, a testemunha será
a produção de outras provas, inclusive a pericial, se qualificada, não sendo compromissada em caso de
necessária. amizade íntima ou inimizade capital ou parentesco
com o acusado ou denunciante, em linha reta ou
§ 1º - No caso de mais de um acusado, cada um colateral até o terceiro grau.
será ouvido separadamente podendo ser
promovida a acareação, sempre que divergirem em Art. 78 - Quando houver dúvida sobre a sanidade
suas declarações. mental do acusado, a Comissão proporá à
autoridade competente que ele seja submetido a
§ 2º - A designação dos peritos recairá, exame por Junta Médica oficial, da qual participe,
preferencialmente, em policiais militares com pelo menos, um médico psiquiatra, que emitirá o
capacidade técnica especializada, e na falta deles, respectivo laudo, facultada ao acusado a indicação
em pessoas estranhas ao serviço público estadual, de assistente técnico.
com a mesma capacidade técnica específica para
a investigação a ser procedida, assegurado ao Parágrafo único - O incidente de insanidade mental
acusado a faculdade de formular quesitos. será processado em autos apartados e apensos ao
processo principal, ficando este sobrestado até a
§ 3º - O presidente da Comissão poderá indeferir apresentação do laudo, sem prejuízo da realização
pedidos considerados impertinentes, meramente de diligências imprescindíveis.
protelatórios ou de nenhum interesse para o
esclarecimento dos fatos. Art. 79 - O acusado que mudar de residência fica
obrigado a comunicar a Comissão o local onde será
Art. 74 - A defesa do acusado será promovida por encontrado.
advogado por ele constituído ou por defensor
público ou dativo. Art. 80 - Compete à Comissão tomar conhecimento
de novas imputações que surgirem, durante o curso
§ 1º - Caso o acusado, regularmente intimado, não do processo, contra o acusado, caso em que este
compareça sem motivo justificado, o presidente da poderá produzir novas provas objetivando a defesa.
Comissão designará defensor público ou dativo.

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Art. 81 - Ultimada a instrução, intimar-se-á o caberá à autoridade competente para a imposição


acusado, através de seu defensor, a apresentar da pena mais grave.
defesa no prazo de dez dias, assegurando-lhe vista
do processo. § 3º - Se a penalidade prevista for a demissão, a
sanção, no tocante aos Oficiais, caberá ao
Parágrafo único - Havendo dois ou mais acusados, Governador do Estado.
o prazo será comum de vinte dias, correndo na
repartição. § 4º - Reconhecida pela Comissão a inocência do
policial militar, a autoridade instauradora do
Art. 82 - A ausência do policial militar acusado, processo determinará o seu arquivamento.
regularmente citado, não importará no
reconhecimento da verdade dos fatos. Art. 87 - O julgamento acatará, ordinariamente, o
relatório da Comissão, salvo quando contrário às
Art. 83 - Apresentada a defesa final, a Comissão provas dos autos.
elaborará relatório minucioso, no qual resumirá as
peças principais dos autos e mencionará as provas § 1º - Quando o relatório contrariar as evidências
em que se basear para formar a sua convicção e dos autos, a autoridade julgadora poderá,
será conclusivo quanto à inocência ou motivadamente, discordar das conclusões do
responsabilidade do policial militar, indicando o colegiado, e, fundamentadamente, com base nas
dispositivo legal transgredido, bem como a provas intra-autos, agravar a penalidade proposta,
natureza e a gravidade da infração cometida, os abrandá-la ou isentar o policial militar de
antecedentes funcionais, os danos que dela responsabilidade.
provierem para o serviço público e, em especial,
para o serviço policial militar propriamente dito, § 2º - Se constatado que a Comissão laborou
além das circunstâncias agravantes e atenuantes. propositadamente em erro, de modo a conduzir as
conclusões no sentido da absolvição ou da
§ 1º - A Comissão apreciará separadamente as condenação, será imposta a seus membros
irregularidades que forem imputadas a cada penalidade disciplinar correspondente à
acusado. transgressão e na medida de sua culpa, mediante
procedimento disciplinar próprio, com as garantias
§ 2º - A Comissão poderá sugerir providências para constitucionais a este inerente, em especial o
evitar reiteração de fatos semelhantes aos que contraditório e a ampla defesa.
originaram o processo e quaisquer outras que lhe
pareçam de interesse público. § 3º - O julgamento fora do prazo legal não implica
nulidade do processo, ressalvada a hipótese de
Art. 84 - A Comissão terá o prazo de vinte dias, procrastinação intencional.
prorrogável por mais dez, para entregar o relatório
final à autoridade competente que a instituiu, a Art. 88 - A autoridade julgadora que der causa à
contar do término do prazo de apresentação da prescrição de que trata o art. 50, § 5º será
defesa final. responsabilizada na forma do Capítulo II, do Título
IV, deste Estatuto.
Art. 85 - O processo disciplinar, com o relatório da
Comissão, será remetido para julgamento pela Art. 89 - Quando a transgressão disciplinar também
autoridade que determinou a instauração. estiver capitulada como crime, o processo
disciplinar será remetido ao Ministério Público para
SEÇÃO V instauração da ação penal, ficando os autos
DO JULGAMENTO suplementares arquivados na repartição.

Art. 86 - No prazo de trinta dias, contados do Art. 90 - O policial militar submetido a processo
recebimento do processo, a autoridade que o disciplinar só poderá ser exonerado a pedido ou
instaurou, investida no papel de julgadora, proferirá passar, voluntariamente, para a reserva, após a
a sua decisão. conclusão do processo e o cumprimento da
penalidade, acaso aplicada.
§ 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a
alçada da autoridade instauradora do processo, SEÇÃO VI
este será encaminhado à autoridade competente, REVISÃO DO PROCESSO
que decidirá em igual prazo.
Art. 91 - O processo disciplinar poderá ser revisto,
§ 2º - Havendo acusados pertencentes a unidades a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se
diversas e pluralidade de sanções, o julgamento aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis
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de justificar a inocência do punido ou a e) o fardamento, constituindo-se no conjunto de


inadequação da penalidade aplicada. uniformes necessários ao desempenho de suas
atividades, incluindo-se as roupas indispensáveis
Parágrafo único - Da revisão do processo não no alojamento;
poderá resultar agravamento de penalidade.
f) indenização de transporte;
TÍTULO V -
DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS DOS g) indenização de diárias;
POLICIAIS MILIARES
h) auxílio transporte, devido ao policial militar nos
CAPÍTULO I deslocamentos da residência para o trabalho e
DOS DIREITOS vice-versa, na forma e condições estabelecidas em
regulamento;
SEÇÃO I
ENUMERAÇÃO i) honorário de ensino, observado o disposto em
regulamento;
Art. 92 - São direitos dos Policiais Militares:
j) a promoção;
I - a garantia da patente e da graduação, em toda a
sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e k) a transferência, a pedido, para a reserva
deveres a ela inerentes; remunerada;

II - os proventos calculados com base na l) as férias, os afastamentos temporários do serviço


remuneração integral do seu posto ou graduação e as licenças;
quando, não contando com trinta anos de serviço,
for transferido para a reserva remunerada ex officio m) a exoneração a pedido;
por ter atingido a idade limite de permanência em
atividade no posto ou na graduação; n) adicional de férias correspondente a um terço da
remuneração percebida;
III - os proventos calculados com base na
remuneração integral do posto ou graduação o) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
imediatamente superior quando, contando com meio de normas de saúde, higiene e segurança;
trinta anos ou mais de serviço, for transferido para
a reserva remunerada; p) adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas, na mesma forma
IV - os proventos calculados com base na e condições dos funcionários públicos civis;
remuneração integral do seu próprio posto ou
graduação acrescida de 20% (vinte por cento) q) adicional noturno;
quando, contando com trinta e cinco anos ou mais
de serviço, for ocupante do último posto da r) adicional por serviço extraordinário;
estrutura hierárquica da Corporação no seu quadro
e, nessa condição, seja transferido para a reserva s) o auxílio-natalidade, licença-maternidade e
remunerada; paternidade, garantindo-se à gestante a mudança
de função, nos casos em que houver
V - nas condições ou nas limitações impostas na recomendação médica, sem prejuízo de seus
legislação e regulamentação peculiares: vencimentos e demais vantagens do cargo, posto
ou graduação;
a) o uso das designações hierárquicas;
t) seguro contra acidentes do trabalho;
b) a ocupação de cargo correspondente ao posto
ou à graduação, satisfeitas as exigências de u) estabilidade econômica pelo exercício de cargo
qualificação e competência para o seu exercício; comissionado.

c) a percepção de remuneração; VI - o policial militar acidentado em serviço, que


necessite de tratamento especializado,
d) a alimentação, assim entendida as refeições ou recomendado por Junta Médica Oficial, terá
subsídios com esse objetivo, fornecido aos policiais garantido os recursos médico-hospitalares,
militares durante o serviço; medicamentos e próteses necessários à sua
recuperação conforme dispuser o regulamento;

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VII - outros direitos previstos em Lei.


§ 6º - Dos dependentes inválidos exigir-se-á prova
SEÇÃO II de não serem beneficiários, como segurados ou
DOS DEPENDENTES DO POLICIAL MILITAR dependentes, de outros segurados de qualquer
sistema previdenciário oficial, ressalvada a
Art. 93 - Consideram-se dependentes econômicos hipótese do parágrafo seguinte.
do policial militar:
§ 7º - No caso de filho maior, solteiro, inválido e
I - para efeito de previdência social: economicamente dependente, admitir-se-á a
duplicidade de vinculação previdenciária como
a) cônjuge ou o(a) companheiro(a); dependente, unicamente em relação aos genitores,
segurados de qualquer regime previdenciário.
b) os filhos solteiros, desde que civilmente
menores; § 8º - A condição de invalidez será apurada por
Junta Médica Oficial do Estado ou por instituição
c) os filhos solteiros inválidos de qualquer idade; credenciada pelo Poder Público, devendo ser
verificada no prazo nunca superior a seis meses
d) os pais inválidos de qualquer idade. nos casos de invalidez temporária.

II - para efeito de fruição dos serviços de § 9º - A perda da qualidade de dependente


assistência à saúde: ocorrerá:

a) cônjuge, ou o(a) companheiro(a); a) para o cônjuge, pela separação judicial ou pelo


divórcio, desde que não lhe tenha sido assegurada
b) os filhos solteiros, menores de 18 anos; a percepção de alimentos, ou pela anulação do
casamento;
c) os filhos solteiros inválidos com dependência
econômica. b) para o companheiro(a), quando revogada a sua
indicação pelo policial militar ou desaparecidas as
§ 1º - A dependência econômica das pessoas condições inerentes a essa qualidade;
indicadas nas alíneas "a" e "b", dos incisos I e II, é
presumida e a das demais deve ser comprovada. c) para o filho e os referidos no § 2º, deste artigo,
ao alcançarem a maioridade civil, ressalvado o
§ 2º - Equiparam-se aos filhos, nas condições dos disposto no § 5º, do mesmo artigo, ou na hipótese
incisos I e II deste artigo, os dependentes nos de emancipação;
termos da legislação previdenciária estadual.
d) para o maior inválido, pela cessação da
§ 3º - É considerado companheiro(a), nos termos invalidez;
do inciso I deste artigo, a pessoa que, sem ser
casado(a), mantém união estável com o policial e) para o solteiro, viúvo ou divorciado, pelo
militar solteiro(a), viúvo(a), separado(a) casamento ou concubinato;
judicialmente ou divorciado(a), ainda que este(a)
preste alimentos ao ex-cônjuge, e desde que f) para o separado judicialmente com percepção de
resulte comprovada vida em comum. alimentos, pelo concubinato;

§ 4º - Considera-se dependente econômico, para g) para os beneficiários economicamente


os fins desta Lei, a pessoa que não tenha renda, dependentes, quando cessar esta situação;
não disponha de bens e tenha suas necessidades
básicas integralmente atendidas pelo policial h) para o dependente em geral, pela perda o posto
militar. ou graduação aquele de quem depende.

§ 5º - Perdurará até vinte e quatro anos de idade, § 10 - A qualidade de dependente é intransmissível.


para efeitos previdenciários a condição de
dependente para o filho solteiro, desde que não SEÇÃO III
percebam qualquer rendimento, na forma do DO DIREITO DE PETIÇÃO
parágrafo anterior, e sejam comprovadas,
semestralmente, suas matrículas e freqüência Art. 94 - É assegurado ao policial militar o direito de
regular em curso de nível superior ou a sujeição a requerer, representar, pedir reconsideração e
ensino especial, nas hipóteses previstas no art. 9º, recorrer, dirigindo o seu pedido, por escrito, à
da Lei Federal nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. autoridade competente.
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§ 1º - Para o exercício do direito de que trata este Art. 98 - O pedido de reconsideração e o recurso,
artigo, é assegurada vista do processo ou quando cabíveis, suspendem a prescrição
documento na repartição, e cópia, esta última administrativa, recomeçando a correr, pelo
mediante o ressarcimento das respectivas restante, no dia em que cessar a causa da
despesas, ressalvado o disposto na Lei nº 8.906, suspensão.
de 4 de julho de 1994.
Art. 99 - São fatais e improrrogáveis os prazos
§ 2º - Se não houver pronunciamento da autoridade estabelecidos neste capítulo, salvo quando o
competente no prazo de trinta dias, considerar-se- policial militar provar evento imprevisto, alheio à
á indeferido o pedido. sua vontade, que o impediu de exercer o direito de
petição.
§ 3º - Preclui, em trinta dias, a contar da publicação,
ou da ciência, pelo policial militar interessado, do Art. 100 - A administração deverá rever seus atos a
ato, decisão ou omissão, para apresentar pedido de qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
reconsideração ou interpor recurso.
SEÇÃO IV
Art. 95 - Cabe pedido de reconsideração à DOS DIREITOS POLÍTICOS
autoridade que houver expedido o ato ou proferido
a primeira decisão, não podendo ser renovado, Art. 101 - Os policiais militares são alistáveis como
devendo ser apresentado em quinze dias corridos, eleitores e elegíveis segundo as regras seguintes:
a contar do recebimento da comunicação oficial ou
do efetivo conhecimento pelo interessado, quanto a I - se contar com menos de dez anos de serviço,
ato relacionado com a lista de composição para deverá afastar-se da atividade;
acesso.
II - se contar mais de dez anos de serviço será, ao
Parágrafo único - Em caso de deferimento do se candidatar a cargo eletivo, três meses antes da
requerimento ou provimento do pedido de data limite para realização das convenções dos
reconsideração, os efeitos da decisão retroagirão à partidos políticos, agregado ex officio e
data do ato impugnado. considerado em gozo de licença para tratar de
interesse particular; se eleito, passará,
Art. 96 - Caberá recurso, nas hipóteses de automaticamente, no ato da diplomação, para a
indeferimento ou não apreciação do pedido de inatividade, fazendo jus a remuneração
reconsideração, sendo competente para apreciar o proporcional ao seu tempo de serviço.
recurso a autoridade hierarquicamente superior à
que tiver expedido o ato ou proferido a decisão. Parágrafo único - Enquanto em atividade, os
policiais militares não podem filiar-se a partidos
§ 1º - Entende-se indeferido, para todos os efeitos, políticos.
o recurso que não for examinado pela autoridade
competente, no prazo de trinta dias do seu SEÇÃO V
encaminhamento pelo policial militar interessado. DA REMUNERAÇÃO

§ 2º - Acolhido o recurso, os efeitos da decisão Art. 102 - A remuneração dos policiais militares é
retroagirão à data do ato impugnado. devida em bases estabelecidas em legislação
peculiar, compreendendo:
§ 3º - O recurso poderá ser recebido com efeito
suspensivo, a juízo da autoridade competente, em I - na ativa:
despacho fundamentado.
1.vencimentos constituído de:
Art. 97 - O direito de requerer prescreve em cinco
anos, quanto aos atos de demissão e de cassação a) soldo;
de inatividade ou que afetem interesse patrimonial
e créditos resultantes da relação funcional e nos b) gratificações.
demais casos em cento e vinte dias.
2.Indenizações.
Parágrafo único - O prazo de prescrição será
contado da data da publicação do ato impugnado II - na inatividade, proventos constituídos das
ou da ciência, pelo policial militar, quando não for seguintes parcelas:
publicado.
a) soldo ou quotas de soldo;

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b) gratificações incorporáveis. Art. 103 - O policial militar terá direito a perceber,


pelo exercício do cargo de provimento temporário,
§ 1º - São gratificações a que faz jus o policial gratificação equivalente a 30% (trinta por cento) do
militar no serviço ativo: valor correspondente ao símbolo respectivo ou
optar pelo valor integral do símbolo, que neste
a) pelo exercício de cargo de provimento caso, será pago como vencimento básico enquanto
temporário; perdurar a investidura ou ainda pela diferença entre
este e o soldo respectivo.
b) natalina;
Parágrafo único - O policial militar substituto
c) adicional por tempo de serviço, sob a forma de perceberá, a partir do décimo dia consecutivo, a
anuênio; remuneração do cargo do substituído, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, sendo-
d) adicional por exercício de atividades insalubres, lhe facultado exercer qualquer das opções
perigosas ou penosas; previstas neste artigo.

e) adicional por prestação de serviço extraordinário; Art. 104 - Ao policial militar que tiver exercido, por
dez anos contínuos ou não, cargo de provimento
f) adicional noturno; temporário, é assegurada estabilidade econômica,
consistente no direito de continuar a perceber, no
g) adicional de inatividade; caso de exoneração ou dispensa, como vantagem
pessoal, retribuição equivalente a 30% (trinta por
h) gratificação de atividade policial militar; cento) do valor do símbolo correspondente ao
cargo de maior hierarquia que tenha exercido por
i ) honorários de ensino. mais de dois anos ou a diferença entre o maior valor
e o vencimento do cargo de provimento
j) Gratificação por Condições Especiais de permanente.
Trabalho - CET;
§ 1º - O direito à estabilidade econômica constitui-
Alínea "j" acrescida pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de se com a exoneração ou dispensa do cargo de
janeiro de 2009. provimento temporário, sendo o valor
correspondente fixado neste momento.
k) Gratificação pelo Exercício Funcional em Regime
de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva ? RTI.". § 2º - A vantagem pessoal por estabilidade
econômica será reajustada sempre que houver
Alínea "k" acrescida pelo art. 6º da Lei nº 11.356, modificação no valor do símbolo em que foi fixada,
de janeiro de 2009. observando-se as correlações e transformações
estabelecidas em Lei.
§ 2º - São indenizações devidas ao policial militar
no serviço ativo: § 3º - O policial militar beneficiado pela estabilidade
econômica que vier a ocupar outro cargo de
a) ajuda de custo; provimento temporário deverá optar, enquanto
perdurar esta situação entre a vantagem pessoal já
b) diária; adquirida e o valor da gratificação pertinente ao
exercício do novo cargo.
c) transporte;
§ 4º - O policial militar beneficiado pela estabilidade
d) transporte de bagagem; econômica que vier a ocupar, por mais de dois
anos, outro cargo de provimento temporário,
e) auxílio acidente; poderá obter a modificação do valor da vantagem
pessoal, passando esta a ser calculada com base
f) auxílio moradia; no valor do símbolo correspondente ao novo cargo.

g) auxílio invalidez; § 5º - o valor da estabilidade econômica não servirá


de base para cálculo de qualquer outra parcela
h) auxílio fardamento. remuneratória.

§ 3º - O policial militar fará jus, ainda, a seguro de Art. 104-A - No caso de policiais militares
vida ou invalidez permanente em face de riscos transferidos, compulsoriamente, para a reserva
profissionais custeado integralmente pelo Estado. remunerada em razão de diplomação para cargo
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eletivo, previsto no art. 14, § 8º, II da Constituição § 2º - Ao policial militar inativo, com exceção da
Federal, o tempo de exercício do cargo eletivo será reserva não remunerada, será devida a gratificação
computado, ao final do exercício e a partir de então, natalina em valor equivalente aos respectivos
para revisão dos respectivos proventos de proventos.
reservistas, inclusive quanto ao adicional por tempo
de contribuição. § 3º - Ao policial militar exonerado ou demitido será
devida a gratificação na proporcionalidade dos
§ 1º - O tempo de serviço prestado no cargo eletivo meses de efetivo exercício, calculada sobre a
será contado para todos os efeitos legais, inclusive remuneração do mês do afastamento do serviço.
para integralização do decênio aquisitivo do direito
à vantagem prevista no art. 104 da Lei nº 7.990, de § 4º - Na hipótese de ter havido adiantamento do
27 de dezembro de 2001, cuja fixação do valor será valor superior ao devido no mês da exoneração ou
feita, no caso de permanência neste cargo por mais demissão, o excesso será devolvido, no prazo de
de 02 (dois) anos, no símbolo correspondente ao trinta dias, findo o qual, sem devolução, será o
cargo de provimento temporário da Polícia Militar débito inscrito na dívida ativa.
que mais se aproxime do valor percebido no cargo
eletivo e o período decenal. Art. 106 - O policial militar com mais de cinco anos
de efetivo exercício no serviço público terá direito
§ 2º - A eficácia das disposições deste artigo e seus por anuênio, contínuo ou não, à percepção de
parágrafos é garantida àqueles que estiverem em adicional calculado à razão de 1% (um por cento)
exercício de mandato eletivo a partir da publicação sobre o valor do soldo do cargo que é ocupante, a
desta Lei e fica condicionada ao recolhimento, pelo contar do mês em que o policial militar completar o
interessado, durante o exercício do cargo eletivo, anuênio.
de contribuição mensal para o FUNPREV, sobre a
diferença entre o valor dos proventos de reservista § 1º - Para efeito desta gratificação, considera-se
percebidos e aquele dos vencimentos de que trata de efetivo exercício o tempo de serviço prestado,
este artigo. sob qualquer regime de trabalho, na administração
pública estadual, suas autarquias, fundações,
Artigo 104-A e §§ 1º e 2º acrescidos pelo art. 6º da empresas públicas e sociedades de economia
Lei nº 11.356, de janeiro de 2009. mista.

Art. 105 - A gratificação natalina corresponde a 1/12 § 2º - Para o cálculo do adicional não serão
(um doze avos) da remuneração a que o policial computadas quaisquer parcelas pecuniárias, ainda
militar ativo fizer jus, no mês de exercício, no que incorporadas ao vencimento para outros
respectivo ano, considerando a fração igual ou efeitos legais.
superior a quinze dias como mês integral, não
servindo de base para cálculo de qualquer parcela § 3º - O policial militar beneficiado pela estabilidade
remuneratória. econômica na forma do art. 104 desta Lei, terá o
adicional por tempo de serviço a que faça jus
§ 1º - A gratificação será paga no mês de dezembro calculado sobre o valor do símbolo do cargo em
de cada ano, ficando assegurado o seu que tenha se estabilizado, quando for este superior
adiantamento no mês do aniversário do servidor ao soldo do posto ou graduação que ocupe.
policial militar, em valor não excedente à metade da
remuneração mensal percebida, salvo opção Art. 107 - Os policiais militares que trabalharem
expressa do beneficiário manifestada com a com habitualidade em condições insalubres,
antecedência mínima de trinta dias da data do seu perigosas ou penosas farão jus ao adicional
aniversário para percepção da vantagem no ensejo correspondente, conforme definido em
das suas férias ou época em que o funcionalismo regulamento.
público em geral a perceba.
§ 1º - O direito aos adicionais de que trata este
Redação do § 1º do art. 105 de acordo com o art. artigo cessa com a eliminação das condições ou
1º da Lei nº 8.639, de 15 de julho de 2003. dos riscos que deram causa à concessão.
Redação original: "§ 1º - A gratificação será paga
até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano ou § 2º - Haverá permanente controle da atividade do
no ensejo das férias do policial militar, sempre que policial militar em operações ou locais
este requerer até trinta dias antes do período de considerados insalubres, perigosos ou penosos.
gozo, não podendo exceder à metade da
remuneração por este percebida no mês." § 3º - A policial militar gestante ou lactante será
afastada, enquanto durar a gestação e lactação,
das operações, condições e locais previstos neste
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artigo, para exercer suas atividades em locais cumprimento de sentença penal condenatória não
compatíveis com o seu bem-estar, sendo-lhe transitada em julgado e licença prêmio por
assegurada a licença-maternidade de 180 (cento e assiduidade, esta última se a gratificação vier
oitenta) dias. sendo percebida há mais de 06 (seis) meses.

Redação de acordo com o art. 3º da Lei nº 11.920, Redação de acordo com o art. 3º da Lei nº 11.920,
de 29 de junho de 2010. de 29 de junho de 2010.
Redação original: "§ 3º - A policial militar gestante Redação original: "§ 2º - O policial militar perderá o
ou lactante será afastada, enquanto durar a direito a gratificação quando afastado do exercício
gestação e a lactação, das operações, condições e das funções inerentes ao seu posto ou graduação,
locais previstos neste artigo, para exercer suas salvo nas hipóteses de férias, núpcias, luto,
atividades em outros locais." instalação, trânsito, licença gestante, licença
paternidade, licença para tratamento de saúde e
Art. 108 - O serviço extraordinário será remunerado licença prêmio por assiduidade, esta última se a
com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em gratificação vier sendo percebida há mais de seis
relação à hora normal de trabalho, incidindo sobre meses."
o soldo e a gratificação de atividade policial ou
outra que a substitua, na forma disciplinada em § 3º - Os valores da gratificação de atividade policial
regulamento. militar serão revistos na mesma época e no mesmo
percentual de reajuste do soldo.
Parágrafo único - Somente será permitida a
realização de serviço extraordinário para atender § 3º revogado pelo art. 6º da Lei nº 11.920, de 29
situações excepcionais e temporárias, respeitado o de junho de 2010.
limite máximo de duas horas diárias, podendo ser
elevado este limite nas atividades que não § 4º - A Gratificação de Atividade Policial Militar
comportem interrupção. incorpora-se aos proventos de inatividade quando
percebida por 05 (cinco) anos consecutivos ou 10
Art. 109 - O serviço noturno, prestado em horário (dez) interpolados, sendo fixada na Referência de
compreendido entre vinte e duas horas de um dia e maior valor percebida por, pelo menos, 12 (doze)
cinco do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido meses contínuos, ou a média destes, sendo
de cinqüenta por cento sobre o soldo na forma da assegurada a melhor opção de maior vantagem
regulamentação correspondente. que se apresente ao Policial Militar.

Parágrafo único - Tratando-se de serviço Redação de acordo com o art. 3º da Lei nº 11.920,
extraordinário, o acréscimo a que se refere este de 29 de junho de 2010.
artigo incidirá sobre a remuneração prevista no Redação original: "§ 4º - A gratificação de atividade
artigo anterior. policial militar incorpora-se aos proventos de
inatividade quando percebida por cinco anos
Art. 110 - A gratificação de atividade policial militar consecutivas ou dez interpolados, calculados pela
será concedida ao policial militar a fim de média percentual dos últimos doze meses
compensá-lo pelo exercício de suas atividades e os imediatamente anteriores ao mês civil em que for
riscos dele decorrentes, considerando, protocolado o pedido de inativação ou àquele em
conjuntamente, a natureza do exercício funcional, o que for adquirido o direito à inatividade."
grau de risco inerente às atribuições normais do
posto ou graduação e o conceito e nível de § 5º - Fica assegurada aos atuais policiais militares
desempenho do policial militar. a incorporação, aos proventos de inatividade, da
gratificação de atividade policial militar, qualquer
§ 1º - A gratificação será escalonada em que seja o seu tempo de percepção.
referências de I a V, com fixação de valor para cada
uma delas sendo concedida ou alterada para as § 6º - Na hipótese de nomeação para exercício de
referências III, IV ou V em razão, também, da cargo de provimento temporário, o pagamento da
remuneração do regime de trabalho de quarenta gratificação somente será mantido se o cargo em
horas semanais a que o policial militar ficará sujeito. que esta se efetivar for estabelecido em Lei, como
sendo policial militar ou de natureza policial militar
§ 2º - O Policial Militar perderá o direito a e na hipótese de substituição de cargo de
gratificação quando afastado do exercício das provimento temporário o policial militar perceberá,
funções inerentes ao seu posto ou graduação, durante tal período, a gratificação do substituído.
salvo nas hipóteses de férias, núpcias, luto,
instalação, trânsito, licença gestante, licença
paternidade, licença para tratamento de saúde,
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§ 7º - O cálculo previsto no § 4º deste artigo será Artigo 110-B acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356,
efetuado observando-se o quanto fixado no art. 92, de janeiro de 2009.
incisos III e IV, deste diploma legal.
Art. 110-C - A Gratificação por Condições Especiais
§ 7º acrescido pelo art. 4º da Lei nº 11.920, de 29 de Trabalho - CET e a Gratificação pelo Exercício
de junho de 2010. Funcional em Regime de Tempo Integral e
Dedicação Exclusiva - RTI incidirão sobre o soldo
§ 8º - Na reforma por incapacidade definitiva recebido pelo beneficiário e não servirão de base
decorrente da hipótese prevista no inciso I do art. para cálculo de qualquer outra vantagem, salvo as
179 desta Lei, a gratificação de atividade policial relativas à remuneração de férias, abono
militar será incorporada aos proventos de pecuniário e gratificação natalina.
inatividade, independentemente do tempo de
percepção, na referência de maior valor percebida. Parágrafo único - Quando se tratar de ocupante de
cargo ou função de provimento temporário, a base
§ 8º acrescido pelo art. 4º da Lei nº 11.920, de 29 de cálculo será o valor do vencimento do cargo ou
de junho de 2010. função, salvo se o militar optar expressamente pelo
soldo do posto ou graduação.
Art. 110-A - A Gratificação pelo Exercício Funcional
em Regime de Tempo Integral e Dedicação Artigo 110-C acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356,
Exclusiva - RTI poderá ser concedida aos policiais de janeiro de 2009.
militares com o objetivo de remunerar o aumento
da produtividade de unidades operacionais e Art. 110-D - Incluem-se na fixação dos proventos
administrativas ou de seus setores ou a realização integrais ou proporcionais as Gratificações por
de trabalhos especializados. Condições Especiais de Trabalho ? CET e pelo
Exercício Funcional em Regime de Tempo Integral
§ 1º - A gratificação de que trata este artigo poderá e Dedicação Exclusiva - RTI percebidas por 5
ser concedida nos percentuais mínimo de 50% (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez) interpolados,
(cinqüenta por cento) e máximo de 150% (cento e calculados pela média percentual dos últimos 12
cinqüenta por cento), na forma fixada em (doze) meses imediatamente anteriores ao mês
regulamento. civil em que for protocolado o pedido de inativação
ou àquele em que for adquirido o direito à
§ 2º - O Conselho de Políticas de Recursos inatividade.
Humanos - COPE expedirá resolução fixando os
percentuais da Gratificação pelo Exercício § 1º - Na incorporação aos proventos de inatividade
Funcional em Regime de Tempo Integral e dos policiais militares somam-se indistintamente os
Dedicação Exclusiva - RTI. períodos de percepção da Gratificação pelo
Exercício Funcional em Regime de Tempo Integral
Artigo 110-A acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, e Dedicação Exclusiva - RTI e a Gratificação por
de janeiro de 2009. Condições Especiais de Trabalho - CET.

Art. 110-B - A Gratificação por Condições Especiais § 2º - Na reforma por incapacidade definitiva, as
de Trabalho - CET somente poderá ser concedida gratificações incorporáveis integrarão os proventos
no limite máximo de 125% (cento e vinte e cinco por de inatividade independentemente do tempo de
cento) na forma que for fixada em regulamento, percepção.
com vistas a:
§ 3º - Fica assegurada aos policiais militares a
I - compensar o trabalho extraordinário, não contagem de tempo de percepção das vantagens
eventual, prestado antes ou depois do horário recebidas a título de gratificações por Condições
normal; Especiais de Trabalho e pelo Regime de Tempo
Integral e Dedicação Exclusiva, no período anterior
II - remunerar o exercício de atribuições que exijam a 1º de janeiro de 2009.
habilitação específica ou demorados estudos e
criteriosos trabalhos técnicos; Artigo 110-C acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356,
de janeiro de 2009.
III - fixar o servidor em determinadas regiões.
Art. 111 - A ajuda de custo destina-se a compensar
Parágrafo único - O Conselho de Políticas de as despesas de instalação do policial militar que, no
Recursos Humanos - COPE expedirá resolução interesse do serviço, passar a ter exercício em nova
fixando os percentuais da Gratificação por sede, com mudança de domicílio, ou que se
Condições Especiais de Trabalho - CET.
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deslocar a serviço ou por motivo de curso, no país § 4º - Os valores das diárias de alimentação e
ou para o exterior. hospedagem serão fixadas em tabela própria,
considerando os diversos postos e graduações que
§ 1º - Correm por conta da administração as deverão ser agrupados segundo critérios
despesas de transporte do policial militar e sua estabelecidos em regulamento.
família.
Art. 114 - Conceder-se-á indenização de transporte
§ 2º - É assegurada aos dependentes do policial ao policial militar que realizar despesas com a
militar que falecer na nova sede, a ajuda de custo utilização de meio próprio de locomoção para
e transporte para a localidade de origem dentro do execução de serviços externos, na sede ou fora
prazo de cento e oitenta dias, contados do óbito. dela, no interesse da administração, na forma e
condições estabelecidas em regulamento.
§ 3º - A ajuda de custo não poderá exceder a
importância correspondente a quinze vezes o valor Art. 115 - O policial militar da ativa que venha a ser
do menor soldo pago, excetuando da regra a reformado por incapacidade definitiva e
hipótese de curso no exterior, competindo a sua considerado inválido, impossibilitado total e
fixação ao Governador do Estado. permanentemente para qualquer trabalho, não
podendo prover os meios de sua subsistência, fará
§ 4º - Não será concedida ajuda de custo: jus a um auxílio-invalidez no valor de 25% (vinte e
cinco por cento) do soldo com a gratificação de
a) ao policial militar que for afastado para servir em tempo de serviço, desde que satisfaça a uma das
outro órgão ou entidade dos Poderes da União, de condições abaixo especificada, devidamente
outros Estados, do Distrito Federal e dos declaradas por junta oficial de saúde:
Municípios;
I - necessitar de internamento em instituição
b) ao policial militar que for removido a pedido; apropriada, policial militar ou não;

c) a um dos cônjuges, sendo ambos servidores II - necessitar de assistência ou de cuidados


estaduais, quando o outro tiver direito à ajuda de permanentes de enfermagem.
custo pela mesma mudança.
§ 1º - Quando, por deficiência hospitalar ou
Art. 112 - O policial militar ficará obrigado a restituir prescrição médica comprovada por Junta Policial
a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se Militar de Saúde, o policial militar em uma das
apresentar na nova sede no prazo de trinta dias. condições previstas neste artigo, receber
tratamento na própria residência, também fará jus
Parágrafo único - Não haverá obrigação de restituir ao auxílio-invalidez.
a ajuda de custo nos casos de exoneração de ofício
ou de retorno por motivo de doença comprovada. § 2º - Para continuidade do direito ao recebimento
do auxílio-invalidez o policial militar ficará obrigado
Art. 113 - Ao policial militar que se deslocar da sede a apresentar, anualmente, declaração de que não
em caráter eventual ou transitório, no interesse do exerce qualquer atividade remunerada pública ou
serviço, serão concedidas, além de transporte, privada e, a critério da administração, submeter-se
diárias para atender às despesas de alimentação e periodicamente, a inspeção de saúde de controle.
hospedagem, desde que o deslocamento não
implique desligamento da sede. § 3º - No caso de oficial ou praça mentalmente
enfermo, a declaração de que trata este artigo
§ 1º - O total de diárias atribuídas ao policial militar deverá ser firmada por 2 (dois) oficiais da ativa da
não poderá exceder a cento e oitenta dias por ano, Polícia Militar.
salvo em casos especiais expressamente
autorizados pelo Chefe do Poder Executivo. § 4º - O auxílio-invalidez será suspenso
automaticamente pela autoridade competente, se
§ 2º - O policial militar que receber diárias e não se for verificado que o policial militar nas condições
afastar da sede, sem justificativa, fica obrigado a deste artigo, exerça ou tenha exercido, após o
restituí-la integralmente e de uma só vez, no prazo recebimento do auxílio, qualquer atividade
de cinco dias. remunerada, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, bem como for julgado apto em inspeção
§ 3º - Na hipótese do policial militar retornar à sede de saúde a que se refere o parágrafo anterior.
em prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento, restituirá as diárias recebidas em § 5º - O policial militar de que trata este capítulo terá
excesso, no prazo de cinco dias do seu retorno. direito ao transporte dentro do Estado, quando for
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obrigado a se afastar de seu domicílio para ser vantagens posteriormente concedidos aos policiais
submetido à inspeção de saúde, prevista no § 2º militares em atividade, inclusive quando
deste artigo. decorrentes da transformação ou reclassificação
do cargo ou função em que se deu a aposentadoria,
§ 6º - O auxílio-invalidez não poderá ser inferior ao na forma da Lei.
valor do soldo do posto de Sargento PM.
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos
Art. 116 - O adicional de inatividade será calculado em Lei, os proventos da inatividade não poderão
e pago mensalmente ao policial militar na exceder à remuneração percebida pelo policial
inatividade, incidindo sobre o soldo do posto ou militar da ativa no posto ou graduação
graduação e em função da soma do tempo de correspondente aos seus proventos.
efetivo serviço, com os acréscimos assegurados na
legislação em vigor para esse fim, nas seguintes Art. 121-A - Aos policiais militares que exerçam
condições: atribuição de motorista e motociclista de viatura fica
concedida isenção de pagamento das taxas
I - de 30% (trinta por cento), quando o tempo for de devidas ao Departamento Estadual de Trânsito
35 (trinta e cinco) anos; para renovação e mudança na categoria da
Carteira Nacional de Habilitação.
II - de 25% (vinte e cinco por cento), quando o
tempo computado for de 30 (trinta) anos; Art. 121-A acrescido pelo art. 4º da Lei nº 11.920,
de 29 de junho de 2010.
III - de 5% (cinco por cento), quando o tempo
computado for inferior a 30 (trinta) anos. SEÇÃO VI
DA PROMOÇÃO
Parágrafo único - O adicional de inatividade de que
trata este artigo será devido exclusivamente aos Subseção I
policiais militares que tenham ingressado na GENERALIDADES
Instituição até a data da vigência desta Lei.
Art. 122 - O acesso na hierarquia policial militar,
Art. 117 - A remuneração e proventos não estão fundamentado principalmente no desempenho
sujeitos a penhora, seqüestro ou arresto, exceto em profissional e valor moral, é seletivo, gradual e
casos previstos em Lei. sucessivo e será feito mediante promoções, de
conformidade com a legislação e regulamentação
Art. 118 - O valor do soldo de um mesmo grau de promoções de modo a obter-se um fluxo
hierárquico é igual para o policial militar da ativa e ascensional regular e equilibrado de carreira.
da inatividade, ressalvado o disposto no inciso II,
do art. 92, desta Lei. Parágrafo único - O planejamento da carreira dos
policiais militares é atribuição do Comando Geral
Art. 119 - Por ocasião de sua passagem para a da Polícia Militar.
inatividade, o policial militar terá direito a tantas
quotas de soldo quantos forem os anos de serviço, Art. 123 - A promoção tem como finalidade básica
computáveis para a inatividade até o máximo de o preenchimento de vagas pertinentes ao grau
trinta anos, ressalvado o disposto do inciso II, do hierárquico superior, com base nos efetivos fixados
art. 92, desta Lei. em Lei para os diferentes quadros.

Parágrafo único - Para efeito de contagem dessas Parágrafo único - A forma gradual e sucessiva da
quotas, a fração de tempo igual ou superior a cento promoção resultará de um planejamento
e oitenta dias será considerada um ano. organizado de acordo com as suas peculiaridades
e dependerá, além do atendimento aos requisitos
Art. 120 - A proibição de acumular proventos de estabelecidos neste Estatuto e em regulamento, do
inatividade não se aplica aos policiais militares da desempenho satisfatório de cargo ou função e de
reserva remunerada e aos reformados quanto ao aprovação em curso programado para os diversos
exercício de mandato eletivo, observado o que postos e graduações.
dispõe a Constituição Federal.
Art. 124 - Os Alunos Oficiais que concluírem o
Art. 121 - Os proventos da inatividade serão Curso de Formação de Oficiais serão declarados
revistos na mesma proporção e na mesma data, Aspirantes a Oficial pelo Comandante Geral da
sempre que se modificar a remuneração dos Policia Militar.
policiais militares em atividade, sendo também
estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou
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Art. 125 - Os alunos dos diversos cursos de militar falecido no cumprimento do dever, ou em
formação de Praças que concluírem os respectivos conseqüência deste, em situação em que haja ação
Cursos serão promovidos pelo Comandante Geral para a preservação da ordem pública, ou em
às respectivas graduações. conseqüência de ferimento, quando no exercício da
sua atividade ou em razão de acidente em serviço,
Subseção II doença, moléstia ou enfermidades contraídas no
DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÕES cumprimento do dever ou que neste tenham tido
sua origem.
Art. 126 - As promoções serão efetuadas pelos
critérios de: a) os casos de morte por ferimento, doença,
moléstia ou enfermidades referidos neste artigo,
I - antigüidade; serão comprovados por atestado de origem ou
inquérito sanitário de origem, quando não houver
II - merecimento; outro procedimento apuratório, sendo utilizados
como meios subsidiários para esclarecer a situação
III - bravura; os termos relativos ao acidente, à baixa ao hospital,
bem como as papeletas de tratamento nas
IV - "post mortem"; enfermarias e hospitais e os respectivos registros
de baixa;
V - ressarcimento de preterição.
b) no caso de falecimento do policial militar, a
§ 1º - Promoção por antigüidade é a que se baseia promoção por bravura exclui a promoção post
na precedência hierárquica de um oficial PM sobre mortem que resulte das conseqüências do ato de
os demais de igual posto, dentro de um mesmo bravura.
Quadro, decorrente do tempo de serviço.
§ 5º - Em casos extraordinários, poderá haver
§ 2º - Promoção por merecimento é a que se baseia promoção em ressarcimento de preterição,
no conjunto de atributos e qualidades que outorgada após ser reconhecido, administrativa ou
distinguem e realçam o valor do policial militar entre judicialmente, o direito ao policial militar preterido à
seus pares, avaliados no decurso da carreira e no promoção que lhe caberia, observado o seguinte:
desempenho de cargos e comissões exercidos, em
particular no posto que ocupa. a) caracteriza-se essa hipótese e o seu direito à
promoção quando o policial militar.
§ 3º - A promoção por bravura é a que corresponde
ao reconhecimento, pela Instituição, da prática, 1.tiver solução favorável a recurso interposto;
pelo policial militar, de ato ou atos não comuns de
coragem e audácia, em razão do serviço que, 2.tiver cessada sua situação de desaparecido ou
ultrapassando os limites normais do cumprimento extraviado;
do dever, representem feitos indispensáveis ou
úteis às operações policiais militares, pelos 3.for absolvido ou impronunciado no processo a
resultados alcançados ou pelo exemplo positivo que estiver respondendo, quando a sentença
deles emanados, observando-se o seguinte: transitar em julgado;

a) ato de bravura, considerado altamente meritório, 4.for considerado não culpado em processo
é apurado em sindicância procedida por um administrativo disciplinar.
Conselho Especial para este fim designado pelo
Comandante Geral; b) a promoção em ressarcimento de preterição será
considerada efetuada segundo os critérios de
b) na promoção por bravura não se aplicam as antigüidade, recebendo o policial militar promovido
exigências estipuladas para promoção por outro o número que lhe competia na escala hierárquica,
critério previsto nesta Lei; como se houvesse sido promovido na época
devida.
c) será concedida ao oficial promovido por bravura,
quando for o caso, a oportunidade de satisfazer as Art. 127 - As promoções são efetuadas:
condições de acesso ao posto ou graduação a que
foi promovido, de acordo com o regulamento desta I - para as vagas de Coronel PM, somente pelo
Lei. critério de merecimento;

§ 4º - A promoção post mortem é a que visa II - para as vagas de Tenente Coronel PM, Major
expressar o reconhecimento do Estado ao policial PM, Capitão PM, 1º Tenente PM, e 1º Sargento PM,
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pelos critérios de antigüidade e merecimento, de das vagas é de uma por antiguidade e duas por
acordo com a seguinte proporcionalidade em merecimento.
relação ao número de vagas;
§ 2º revogado pelo art. 6º da Lei nº 11.920, de 29
III - para o posto de Tenente Coronel - uma por de junho de 2010.
antigüidade e quatro por merecimento; § 2º acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de
janeiro de 2009.
IV - para o posto de Major PM - uma por antigüidade
e duas por merecimento; Art. 127-A - Para ser promovido à graduação de
Cabo é indispensável que o Soldado de 1ª Classe
V - para o posto de Capitão PM - uma por esteja incluído na Lista de Acesso por Antiguidade,
antigüidade e uma por merecimento; tenha bom comportamento e que sejam
observados os demais requisitos legais.
VI - para o posto de 1º Tenente PM - somente pelo
critério de antigüidade; Art. 127-A acrescido pelo art. 4º da Lei nº 11.920,
de 29 de junho de 2010.
VII - para a graduação de Subtenente PM - uma por
antiguidade e três por merecimento; Subseção III -
DAS LISTAS DE ACESSO
Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356,
de janeiro de 2009. Art. 128 - Listas de Acesso à promoção são
Redação original: "VII - para a graduação de 1º relações de Oficiais e Praças dos diferentes
Sargento PM - uma por antiguidade e duas por Quadros, organizadas por postos e graduações,
merecimento." objetivando o enquadramento dos concorrentes
sob os pontos de vista da Pré-qualificação para a
VIII -para a graduação de 1º Sargento PM - uma por Promoção(Lista de Pré-qualificação - LPQ), do
antiguidade e duas por merecimento; critério de Antigüidade (Lista de Acesso por
Antigüidade - LAA) , do critério de Merecimento
Inciso VIII acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, (Lista de Acesso por Merecimento - LAM) e dos
de janeiro de 2009. concorrentes finais à elevação (Lista de Acesso
Preferencial - LAP).
IX -para a graduação de Cabo PM - somente pelo
critério de antiguidade. § 1º - A Lista de Pré-qualificação (LPQ) é a relação
dos Oficiais e Praças concorrentes que satisfazem
Redação de acordo com o art. 3º da Lei nº 11.920, às condições de acesso e estão compreendidos
de 29 de junho de 2010. nos limites quantitativos de antigüidade, fixados no
Redação anterior de acordo com o art. 6º da Lei nº Regulamento de Promoções.
11.356, de janeiro de 2009, que acrescentou este
inciso ao art. 127: "IX - para a graduação de Cabo § 2º - A Lista de Acesso por Antigüidade (LAA) é a
PM ? uma por antiguidade e uma por relação dos Oficiais e Praças pré-qualificados,
merecimento;" concorrentes ao acesso por esse critério, dispostos
em ordem decrescente de antigüidade.
X -para a graduação de Soldado 1ª Cl PM -
somente pelo critério de antiguidade. § 3º - A Lista de Acesso por Merecimento (LAM) é
a relação dos Oficiais e Praças pré-qualificados e
Inciso X acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de habilitados ao acesso, por pontuação igual ou
janeiro de 2009. superior à média do total de pontos dos
concorrentes em face da apreciação do seu
§ 1º - Quando o policial militar concorrer à desempenho profissional, mérito e qualidades
promoção por ambos os critérios, o preenchimento exigidas para a promoção.
da vaga de antiguidade poderá ser feito pelo critério
de merecimento, sem prejuízo do cômputo das § 4º - A Lista de Acesso Preferencial (LAP) é o
futuras quotas de merecimento. elenco de Oficiais e Praças pré-qualificados e
habilitados segundo o número e espécie de vagas
§ 1º acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de existentes sob cada critério.
janeiro de 2009.
Art. 129 - As Listas de Acesso serão organizadas
§ 2º - Para o posto de 1º Tenente do QOAPM e na data e na forma da regulamentação da presente
QOABM, a proporcionalidade de preenchimento Lei.

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§ 1º - Os parâmetros para a avaliação do V - estiver submetido a processo administrativo


desempenho utilizados para a composição das disciplinar;
Listas devem considerar, além dos requisitos
compatíveis com as características VI - estiver preso preventivamente, em virtude de
profissiográficas do posto e graduação visados: inquérito policial militar ou instrução penal de
quaisquer jurisdições;
a) a eficiência revelada no desempenho de cargos
e comissões; VII - encontrar-se no cumprimento de sentença
penal transitada em julgado por crime de jurisdição
b) a potencialidade para o desempenho de cargos penal militar ou comum, enquanto durar o
mais elevados; cumprimento da pena, devendo, no caso de
suspensão condicional, ser computado o tempo
c) a capacidade de liderança, iniciativa e presteza acrescido à pena original;
nas decisões;
VIII - estiver licenciado para tratar de interesse
d) os resultados obtidos em cursos de interesse da particular;
Instituição;
IX - for condenado à pena de suspensão do
e) realce do oficial entre seus pares; exercício do posto ou graduação, cargo ou função
prevista no Código Penal Militar ou em legislação
f) a conduta moral e social; penal ou extra-penal extravagante, durante o prazo
de suspensão;
g) satisfatório condicionamento físico, apurado em
teste de aptidão física. X - for considerado desaparecido;

§ 2º - O mérito e as qualidades consideradas para XI - for considerado extraviado;


fins de pontuação são aferidos a partir dos itens
constantes de fichas de informações, elaboradas e XII - for considerado desertor;
tabuladas pelas Subcomissões de Avaliação de
Desempenho. XIII - estiver em débito para com a Fazenda
Estadual, por alcance;
Art. 130 - O Oficial e o Praça não poderá constar da
Lista de Pré-qualificação, quando: XIV - estiver cumprindo pena acessória de
interdição para o exercício de função pelo dobro do
I - não satisfizer aos requisitos de: prazo da pena aplicada por condenação por crime
de tortura;
a) interstício;
XV - estiver cumprindo sanção administrativa de
b) aptidão física; ou suspensão do cargo, função ou posto ou
graduação, ou pena de impedimento de exercício
c) as peculiaridades inerentes a cada posto ou de funções no município da culpa, por condenação
graduação dos diferentes quadros. em processo por abuso de autoridade.

II - for considerado não habilitado para o acesso, § 1º - Na hipótese do inciso II deste artigo o Oficial
em caráter provisório, a juízo da Subcomissão de ou Praça será submetido a Processo Administrativo
Avaliação de Desempenho (SAD), por Disciplinar.
incapacidade de atendimento aos requisitos de:
§ 2º - Recebido o relatório da Comissão, instaurado
a) desempenho profissional; na forma do parágrafo anterior, o Governador do
Estado ou o Comandante Geral decidirá sobre a
b) conceito moral. inabilitação para o acesso.

III - encontrar-se preso por motivação processual § 3º - Além das hipóteses previstas neste artigo,
penal ou penal; será excluído de qualquer Lista de Acesso o Oficial
ou Praça que:
IV - for denunciado ou pronunciado em processo
crime, enquanto a sentença final não transitar em a) nela houver sido incluído indevidamente;
julgado;
b) houver sido promovido;

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c) houver falecido; b) interstício;

d) houver passado para a inatividade. c) aptidão física;

Art. 131 - Será excluído da Lista de Acesso por d) as peculiaridades dos diferentes quadros,
Merecimento (LAM) já organizada, ou dela não reconhecidas através da aprovação em Curso
poderá constar, o Oficial ou Praça que estiver ou preparatório para o novo posto ou graduação.
vier a estar agregado:
e) conceito profissional;
I - por motivo de gozo de licença para tratamento
de saúde de pessoa da família, por prazo superior f) conceito moral.
a seis meses contínuos;
§ 2º - Interstício, para fins de ingresso em Lista de
II - em virtude de exercício de cargo, emprego ou Pré-qualificação, é o tempo mínimo de
função pública de provimento temporário, inclusive permanência em cada posto ou graduação:
da administração indireta;
a) no posto de Tenente-Coronel PM - trinta meses;
III - por ter passado à disposição de órgão do
Governo Federal, do Governo do Estado ou de b) no posto de Major PM - trinta e seis meses;
outro Estado ou do Distrito Federal, para exercer
função de natureza civil. c) no posto de Capitão PM - quarenta e oito meses;

Parágrafo único - Para ser incluído ou reincluído na d) no posto de 1º Tenente PM - quarenta e oito
Lista de Acesso por Merecimento (LAM), o Oficial meses;
ou Praça a que se refere este artigo deve reverter
ao serviço ativo da Instituição, pelo menos noventa e) na graduação de Aspirante-a-Oficial PM - doze
dias antes da data de reunião da Comissão de meses;
Promoções para avaliação dos concorrentes à
promoção para o período ao qual se referir. f) na graduação de 1º Sargento PM - oitenta e
quatro meses;
Art. 132 - O Oficial ou Praça que deixar no posto ou
graduação, de figurar por três vezes consecutivas g) na graduação de Cabo PM - noventa e seis
ou não, em Lista de Acesso por Merecimento (LAM) meses;
por insuficiência de desempenho, se cada uma
delas foi integrada por oficial com menos tempo de h) na graduação de Soldado 1ª Cl PM - cento e
serviço no posto, é considerado inabilitado para a vinte meses.
promoção ao posto imediato pelo critério de
merecimento. Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356,
de janeiro de 2009.
Art. 133 - A inabilitação do Oficial ou Praça para o Redação original: "§ 2º - Interstício, para fins de
acesso, em caráter definitivo, somente resultará de ingresso em Lista de Pré-qualificação é o tempo
ato do Governador do Estado, para o primeiro e, do mínimo de permanência em cada posto ou
Comandante Geral da PMBA, em decorrência de graduação:
processo administrativo disciplinar. a) para o posto de Coronel PM - trinta meses;
b) para o posto de Tenente Coronel PM - trinta e
Subseção IV seis meses;
DAS CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A c) para o posto de Major PM - quarenta e oito
PROMOÇÃO meses;
d) para o posto de Capitão PM - quarenta e oito
Art. 134 - Para ser promovido pelo critério de meses;
antigüidade ou de merecimento, é indispensável e) para o posto de Tenente PM - sessenta meses;
que o policial militar esteja incluído na Lista de Pré- f) para a Aspirante Oficial PM - doze meses;
qualificação. g) para a graduação de Sargento PM - sessenta
meses."
§ 1º - Para ingressar na Lista de Pré-qualificação, é
necessário que o Oficial ou Praça PM satisfaça os § 3º - É, ainda, condição essencial ao ingresso na
seguintes requisitos essenciais, estabelecidos para Lista de Pré-qualificação para promoção ao posto
cada posto ou graduação: de coronel do QOPM o exercício de função
arregimentada, como oficial superior, por vinte e
a) condições de acesso; quatro meses, consecutivos ou não, sendo pelo
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menos doze meses, na chefia, comando, direção Subseção V


ou coordenação ou no exercício de cargo de DO PROCESSAMENTO DAS PROMOÇÕES
direção e assessoramento superior, exercido na
atividade policial militar ou de natureza policial Art. 137 - O ato de promoção dos Oficiais é
militar no âmbito da administração pública estadual. consubstanciado por decreto do Governador do
Estado, sendo o das Praças efetivado por ato
§ 4º - O regulamento de promoções definirá e administrativo do Comandante Geral.
discriminará as condições de acesso, de
arregimentação, as unidades com autonomia § 1º - O ato de nomeação para o posto inicial de
administrativa e os procedimentos para a avaliação carreira, bem como o de promoção ao primeiro
dos conceitos profissional e moral. posto de oficial superior, acarreta expedição de
Carta Patente, pelo Governador do Estado.
§ 5º - Os períodos de interstício e de serviço
arregimentado previstos nesta Lei, só poderão ser § 2º - A promoção aos demais postos é apostilada
reduzidos pelo Governador do Estado quando à última Carta Patente expedida.
justificada a modificação em face da necessidade
excepcional do serviço policial militar. Art. 138 - Nos diferentes Quadros, as vagas que se
devem considerar para a promoção serão
Art. 135 - A promoção pelo critério de antigüidade provenientes de:
competirá ao policial militar que, estando na Lista
de Acesso, for o mais antigo da escala numérica I - promoção ao posto ou graduação superior;
em que se achar.
II - agregação;
Parágrafo único - A antigüidade para a promoção é
contada no posto ou graduação, deduzido o tempo III - passagem à situação de inatividade;
relativo:
IV - demissão;
a) ausência não justificada;
V - falecimento;
b) prisão disciplinar com prejuízo do serviço;
VI - aumento de efetivo.
c) cumprimento de pena judicial privativa da
liberdade; § 1º - As vagas são consideradas abertas:

d) suspensão das funções, por determinação a) na data da assinatura do ato que promover,
judicial ou administrativa; passar para a inatividade, demitir ou agregar o
policial militar;
e) licença para tratar de assunto particular;
b) na data do óbito do policial militar;
f) agregação, como excedente, por ter sido
promovido indevidamente; c) como dispuser a Lei, no caso de aumento de
efetivo.
g) afastamento para realização de curso ou estágio,
custeado pelo Estado, em que não tenha logrado § 2º - Cada vaga aberta em determinado posto ou
aprovação. graduação acarretará vaga nos postos ou
graduações inferiores, sendo esta seqüência
Art. 136 - O policial militar que se julgar prejudicado interrompida no posto ou graduação em que houver
em seu direito à promoção em conseqüência de preenchimento por excedente.
composição de Lista de Acesso poderá impetrar
recurso ao Comandante Geral da Instituição, como § 3º - Serão também consideradas as vagas que
primeira instância na esfera administrativa, resultarem das transferências "ex officio" para a
conforme previsto no art. 96 desta Lei. reserva remunerada já previstas, até a data da
promoção, inclusive por implemento de idade.
Parágrafo único - Os recursos referentes à
composição de Lista de Acesso e à promoção § 4º - Não preenche vaga o policial militar que,
deverão ser solucionados no prazo de 15 (quinze) estando agregado, venha a ser promovido e
dias, contados da data de seu recebimento. continue na mesma situação.

Art. 139 - As promoções serão coordenadas e


processadas pela Comissão de Promoções de
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Oficiais, com base no exame de mérito procedido Redação original: "a) são membros natos da
pelas Subcomissões de Avaliação de Comissão de Promoções de Oficiais o Comandante
Desempenho. Geral, o Subcomandante Geral e o Diretor do
Departamento de Administração; "
§ 1º - Integram a Comissão de Promoções de
Oficiais as seguintes Subcomissões de Avaliação b) os membros efetivos da Comissão são 04
de Desempenho: (quatro) Coronéis do Quadro de Oficiais Policiais
Militares (QOPM), designados pelo Governador do
a) Subcomissão "A" - para avaliação de Estado, pelo prazo de 01 (um) ano, que estejam em
desempenho de Tenentes constituída por dois exercício de cargo da Polícia Militar previsto em
Majores e dois Tenentes Coronéis, e presidida por QO, podendo haver recondução para igual período.
um Coronel, designados pelo Comandante Geral;
Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356,
b) Subcomissão "B" - para avaliação de de janeiro de 2009.
desempenho de Capitães constituída por quatro Redação original: "b) os membros efetivos da
Tenentes Coronéis e presidida por um Coronel Comissão são quatro Coronéis do Quadro de
designados pelo Comandante Geral; Oficiais Policiais militares (QOPM), designados
pelo Comandante Geral da Instituição, pelo prazo
c) Subcomissão "C" - para avaliação de de um ano, que estejam em exercício de cargo da
desempenho de Majores e Tenentes Coronéis, Polícia Militar previsto em QO, há mais de seis
constituída por quatro Coronéis designados pelo meses, podendo haver recondução para igual
Comandante Geral e presidida pelo Diretor de período."
Administração.
§ 3º - A Comissão de Promoções de Praças, de
d) Subcomissão "D" - para avaliação de caráter permanente, presidida pelo
desempenho de Subtenentes, 1ºs Sargentos e Subcomandante Geral da Instituição é constituída
Cabos, constituída por cinco Tenentes Coronéis ou de membros natos e efetivos sob as seguintes
Majores Comandantes de Unidades Operacionais, condições:
o Coordenador de Operações e o Diretor do
Departamento de Pessoal, que a presidirá; a) são membros natos da Comissão de Promoções
de Praças o Subcomandante Geral, o Diretor do
Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356, Departamento de Administração, o Coordenador
de janeiro de 2009. de Operações, e o Diretor do Instituto de Ensino e
Redação original: "d) Subcomissão "D" - para o Chefe de Gabinete da Casa Militar;
avaliação de desempenho de Sargentos
constituída por cinco Tenentes Coronéis ou b) os membros efetivos 03 (três) Oficiais
Majores Comandantes de Unidades Operacionais, Superiores, Comandantes de Unidade Operacional
o Coordenador de Operações e o Diretor de da Capital e 03 (três) Oficiais Superiores,
Administração, que a presidirá;" Comandantes de Unidade Operacional do Interior,
designados pelo Comandante Geral da Instituição,
e) Subcomissão "E" - para avaliação de pelo prazo de um ano, que estejam, há mais de seis
desempenho de Soldados constituída por seis meses, podendo haver recondução para igual
Tenentes Coronéis ou Majores Comandantes de período.
Unidades Operacionais, o Comandante de
Policiamento da Capital, o Comandante de § 4º - As Subcomissões de Avaliação têm como
Policiamento do Interior e o Diretor de finalidade subsidiar o processo promocional
Administração, que a presidirá. através da indicação dos policiais militares aptos à
elevação por excelência de desempenho, sendo
§ 2º - A Comissão de Promoções de Oficiais, de constituídas sob as seguintes condições:
caráter permanente, presidida pelo Comandante
Geral da Instituição é constituída de membros a) os membros serão designados pelo Comandante
natos e efetivos sob as seguintes condições: Geral da Instituição, dentre os Oficiais que estejam
no exercício de cargo em Unidade Administrativa
a) são membros natos da Comissão de Promoções ou Operacional da Polícia Militar prevista no QO há
de Oficiais o Comandante Geral, o Subcomandante mais de seis meses;
Geral e o Diretor do Departamento de Pessoal;
b) o mandato é de um ano sem direito à recondução
Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356, no posto.
de janeiro de 2009.

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§ 5º - A critério do Comandante Geral poderão ser hospitalar, terá o policial militar interrompido ou
criadas, em cada Unidade Administrativa ou deixará de gozar na época prevista o período de
Operacional, órgãos colegiados, de composição férias a que tiver direito, registrando-se o fato nos
compatível como o seu efetivo, denominados seus assentamentos.
Subcomissões Setoriais de Avaliação de
Desempenho, destinados a subsidiar o processo de § 5º - Na impossibilidade de gozo de férias no
avaliação. momento oportuno pelos motivos previstos no
parágrafo anterior, ressalvados os casos de
§ 6º - As subcomissões de que trata o parágrafo cumprimento de punição decorrente de
anterior serão integradas pelo Comandante, Chefe transgressão disciplinar de natureza grave, o
ou Diretor, Subcomandante, Subchefe, e período de férias não usufruído será indenizado
Subdiretor, Chefe da UPO, Chefe da UAAF e um pelo Estado.
representante eleito pela unidade, do posto ou
graduação avaliado. § 6º - Independentemente de solicitação será pago
ao policial militar, por ocasião das férias, um
§ 7º - O regulamento de Promoções definirá as acréscimo de 1/3 (um terço) da remuneração
atribuições e o funcionamento das Comissões de correspondente ao período de gozo.
Promoções de Oficiais e de Praças e, das
Subcomissões de Avaliação de Desempenho. § 7º - As férias serão gozadas de acordo com
escala organizada pela unidade administrativa ou
SEÇÃO VII operacional competente.
DAS FÉRIAS E DOS AFASTAMENTOS
TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO § 8º - É facultado ao policial militar converter 1/3
(um terço) do período de férias a que tiver direito
Art. 140 - O policial militar fará jus, anualmente, a em abono pecuniário, desde que o requeira com
trinta dias consecutivos de férias, que, no caso de antecedência mínima de sessenta dias.
necessidade do serviço, podem ser acumuladas,
até o máximo de dois períodos, sob as condições § 9º - No cálculo do abono pecuniário será
dos parágrafos seguintes: considerado o valor do acréscimo de férias previsto
no § 6º deste artigo, sendo o pagamento dos
§ 1º - Para o primeiro período aquisitivo serão benefícios efetuado no mês anterior ao do início
exigidos doze meses de exercício; para os demais, das férias.
o direito será reconhecido após cada período de
doze meses de efetivo serviço, podendo ser Art. 141 - Obedecidas as disposições legais e
gozadas dentro do exercício a que se refere, regulamentares, o policial militar tem direito, ainda,
segundo previsão constante de Plano de Férias, de aos seguintes períodos de afastamento total do
responsabilidade da Unidade em que serve. serviço sem qualquer prejuízo, por motivo de:

§ 2º - Serão responsabilizados os Comandantes, I - núpcias: oito dias;


Diretores, Coordenadores e Chefes que
prejudicarem, injustificadamente, a concessão II - luto: oito dias;
regular das férias.
III - instalação: até dez dias;
§ 3º - A concessão de férias não será prejudicada
pelo gozo anterior de licença para tratamento de IV - trânsito: até trinta dias;
saúde, licença prêmio por assiduidade, nem por
punição anterior, decorrente de transgressão V - amamentação;
disciplinar, pelo estado de guerra, de emergência
ou de sítio ou para que sejam cumpridos atos de VI - doação de sangue: um dia, por semestre.
serviço, bem como não anula o direito àquelas
licenças. § 1º - O afastamento por luto é relativo ao
falecimento de cônjuge, companheiro(a), pais,
§ 4º - Somente em casos de interesse da padrasto ou madrasta, filhos, enteados, menor sob
segurança nacional, de grave perturbação da guarda e tutela e irmãos, desde que comprovados
ordem, de calamidade pública, comoção interna, mediante documento hábil.
transferência para a inatividade ou como medida
administrativa de cunho disciplinar, seja por § 2º - O afastamento para amamentação do próprio
afastamento preventivo ou para cumprimento de filho ou adotado, é devido até que este complete
punição decorrente de transgressão disciplinar de seis meses e consistirá em dois descansos na
natureza grave e em caso de internamento jornada de trabalho, de meia hora cada um, quando
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o exigir a saúde do lactente, este período poderá Subseção II


ser dilatado, a critério da autoridade competente, DAS ESPÉCIES DE LICENÇA
em despacho fundamentado
Art. 145 - São licenças do serviço policial militar:
§ 3º - Preservado o interesse do serviço e carga
horária a que está obrigado o policial militar, poderá I - prêmio por assiduidade;
ser concedido horário especial ao policial militar
estudante, quando comprovada a II - para tratar de interesse particular;
incompatibilidade do horário escolar com o da
Unidade, sem prejuízo do exercício do cargo e III - para tratamento de saúde de pessoa da família;
respeitada a duração semanal do trabalho,
condicionada à compensação de horários. IV - para tratamento da própria saúde;

Art. 142 - As férias e outros afastamentos V - por motivo de acidente;


mencionados nos arts. 140 e 141 são concedidos
com a remuneração do respectivo posto ou VI - por motivo de afastamento do cônjuge ou
graduação, cargo e vantagens deste decorrentes e companheiro;
computados como tempo de efetivo serviço para
todos os efeitos legais. VII - para o policial militar atleta participar de
competição oficial;
SEÇÃO VIII
DAS LICENÇAS VIII - à gestante;

Subseção I IX - paternidade e à (o) adotante .


GENERALIDADES
Art. 146 - Licença prêmio por assiduidade é a
Art. 143 - Licenças são autorizações para autorização para o afastamento total do serviço,
afastamento total do serviço, em caráter concedida a título de reconhecimento da
temporário, concedidas ao policial militar em Administração pela constância de freqüência ao
consonância com as disposições legais e expediente ou às atividades da missão policial
regulamentares que lhes são pertinentes. militar, relativa a cada qüinqüênio de tempo de
efetivo serviço prestado, sem qualquer restrição
Art. 144 - As licenças poderão ser interrompidas a para a sua carreira ou redução em sua
pedido ou nas condições estabelecidas neste remuneração.
artigo.
§ 1º - A licença prêmio por assiduidade tem a
Parágrafo único - A interrupção da licença prêmio duração de três meses, a ser gozada de uma só
por assiduidade e da licença para tratar de vez quando solicitada pelo interessado e julgado
interesse particular poderá ocorrer: conveniente pela autoridade competente, poderá
ser parcelada em períodos não inferiores a trinta
a) em caso de mobilização e estado de guerra; dias.

b) em caso de decretação de estado de defesa ou § 2º - O período de licença prêmio por assiduidade


estado de sítio; não interrompe a contagem de tempo de efetivo
serviço.
c) para cumprimento de sentença que importe em
restrição da liberdade individual; § 3º - Os períodos de licença prêmio por
assiduidade não gozados pelo policial militar são
d) para cumprimento de punição disciplinar, computados em dobro para fins exclusivos de
conforme regulado pelo Comando Geral; contagem de tempo para a passagem à inatividade
e, nesta situação, para todos os efeitos legais.
e) em caso de denúncia ou de pronúncia em
processo criminal ou indiciamento em inquérito § 4º - A licença prêmio por assiduidade não é
policial militar, a juízo da autoridade que efetivou a prejudicada pelo gozo anterior de licença para
denúncia ou a indiciação. tratamento de saúde própria e para que sejam
cumpridos atos de serviço, bem como não anula o
direito àquelas licenças.

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§ 5º - O direito de requerer licença prêmio por mediante prévia comprovação do estado de saúde
assiduidade não prescreve nem está sujeito a do familiar adoentado por meio de junta médica
caducidade. oficial.

§ 6º - Uma vez concedida a licença prêmio por § 1º - A interrupção de licença para tratamento de
assiduidade, o policial militar, dispensado do saúde de pessoa da família para cumprimento de
exercício das funções que exercer, ficará à pena disciplinar que importe em restrição da
disposição do órgão de pessoal da Polícia Militar. liberdade individual, será regulada pelo Comando
Geral.
§ 7º - Não se concederá licença prêmio por
assiduidade a policial militar que no período § 2º - A licença para tratamento de saúde de
aquisitivo: pessoa da família será sempre concedida com
prejuízo da contagem de tempo de efetivo serviço
a) sofrer sanção disciplinar de detenção; e a remuneração durante seu gozo obedecerá aos
termos do parágrafo 6º deste artigo.
b) afastar-se do cargo em virtude de:
§ 3º - Pessoas da família para efeito da concessão
1.licença para tratamento de saúde de pessoa da de que trata o caput deste artigo são:
família;
a) o cônjuge ou companheiro(a);
2.licença para tratar de interesse particular;
b) os pais, o padastro ou madrasta;
3.condenação a pena privativa de liberdade, por
sentença definitiva; c) os filhos, enteados,

4.autorização para acompanhar cônjuge ou d) menor sob guarda ou tutela;


companheiro.
e) os avós;
Art. 147 - Licença para tratar de interesse particular
é a autorização para o afastamento total do serviço, f) os irmãos menores ou incapazes.
concedida ao policial militar com mais de dez anos
de efetivo serviço que a requerer com aquela § 4º - A licença somente será deferida se a
finalidade, pelo prazo de até três anos, sem assistência direta do policial militar for
remuneração e com prejuízo do cômputo do tempo indispensável e não puder ser prestada
de efetivo serviço. simultaneamente com o exercício do cargo, o que
deverá ser apurado através de sindicância social.
§ 1º - O policial militar deverá aguardar a concessão
da licença em serviço. § 5º - É vedado o exercício de atividade
remunerada durante o período da licença,
§ 2º - A licença para tratar de interesse particular constituindo a constatação de burla motivo para a
poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido sua cassação e apuração de responsabilidade
do policial militar ou por motivo de interesse administrativa.
público, mediante ato fundamentado da autoridade
que a concedeu. § 6º - A remuneração da licença para tratamento de
saúde de pessoa da família será concedida:
§ 3º - Não será concedida nova licença para tratar
de interesse particular antes de decorridos dois a) com remuneração integral - até três meses;
anos do término da anterior, salvo para completar o
período de que trata este artigo. b) com 2/3 (dois terços) da remuneração - quando
exceder a três e não ultrapassar seis meses;
§ 4º - A licença para tratar de interesse particular
fica condicionada à indicação, pelo beneficiário, do c) com 1/3 (um terço) da remuneração - quando
local onde poderá ser encontrado, para fins de exceder a seis e não ultrapassar doze meses.
mobilização ou interrupção, respondendo omissão,
falsidade ou mudança não comunicada de domicilio § 7º - O policial militar não poderá permanecer de
à Administração. licença para tratamento de saúde de pessoa de
família, por mais de vinte e quatro meses,
Art. 148 - Licença para tratamento de saúde de consecutivos ou interpolados.
pessoa da família é o afastamento total do serviço
que poderá ser concedido ao policial militar,
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Art. 149 - Licença para tratamento da própria saúde injustificada, sujeitar-se-á às medidas disciplinares
é o afastamento total do serviço, concedido ao previstas nesta Lei.
policial militar até o período máximo de dois anos,
a pedido ou compulsoriamente, de oficio, com base § 8º - O policial militar poderá desistir da licença a
em perícia realizada por junta médica oficial, sem pedido desde que, a juízo de inspeção médica, seja
prejuízo do cômputo do tempo de serviço e da julgado apto para o exercício.
remuneração a que fizer jus:
§ 9º - A licença para tratamento de saúde será
§ 1º - Para licença até quinze dias, a inspeção concedida sem prejuízo da remuneração, sendo
poderá ser feita por médico de setor de assistência vedado ao policial militar o exercício de qualquer
médica da Polícia Militar, Médico Oficial ou atividade remunerada, sob pena de cassação da
credenciado sob as seguintes condições: licença, sem prejuízo da apuração da sua
responsabilidade funcional.
a) sempre que necessário, a inspeção médica será
realizada na residência do policial militar ou no § 10 - A modalidade de licença compulsória para
estabelecimento hospitalar onde ele se encontrar tratamento de saúde será aplicada quando restar
internado; verificado que o policial militar é portador de uma
das moléstias graves enumeradas nos diversos
b) inexistindo médico da Instituição ou vinculado a incisos deste parágrafo cujo estado, a juízo clínico,
sistema oficial de saúde no local onde se encontrar se tornou incompatível com o exercício das funções
o policial militar, será aceito atestado fornecido por do cargo ou arriscado para as pessoas que o
médico particular, com validade condicionada a cercam:
homologação pelo setor de assistência de saúde da
Instituição. a) tuberculose ativa;

§ 2º - Durante os primeiros doze meses, o policial b) hanseníase;


militar será considerado temporariamente
incapacitado para o serviço; decorrido esse prazo, c) alienação mental;
será agregado na forma do inciso I do art. 23 desta
Lei. d) neoplasia maligna;

§ 3º - Decorrido um ano de agregação, na forma do e) cegueira posterior ao ingresso no serviço


parágrafo anterior, o policial militar será submetido público;
a nova inspeção médica e, se for considerado física
ou mentalmente inapto para o exercício das f) paralisia irreversível e incapacitante;
funções do seu cargo, será julgado definitivamente
incapaz para o serviço e reformado na forma do g) cardiopatia grave;
inciso II, do art. 177, desta Lei.
h) doença de Parkinson;
§ 4º - Se for considerado apto, na inspeção médica
a que se refere o parágrafo anterior, para o i) espondiloartrose anquilosante;
exercício de funções burocráticas, o policial militar
deverá ser a elas adaptado. j) nefropatia grave;

§ 5º - Contar-se-á como de prorrogação o período k) estado avançado da doença de Paget (osteite


compreendido entre o dia do término da licença e o deformante);
do conhecimento, pelo interessado, do resultado de
nova avaliação a que for submetido se julgado apto l) síndrome da deficiência imunológica adquirida
para reassumir o exercício de suas funções; (AIDS);

§ 6º - Verificada a cura clínica, o policial militar m) esclerose múltipla;


voltará à atividade, ainda quando, a juízo de médico
oficial deva continuar o tratamento, desde que as n) contaminação por radiação;
funções sejam compatíveis com suas condições
orgânicas. o) outras que a Lei indicar, com base na medicina
especializada.
§ 7º - Para efeito da concessão de licença de ofício,
o policial militar é obrigado a submeter-se à Art. 150 - Licença por motivo de acidente é o
inspeção médica determinada pela autoridade afastamento com remuneração integral e sem
competente para licenciar. No caso de recusa prejuízo do cômputo do tempo de serviço a que faz
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jus o policial militar acidentado em serviço ou em cômputo do tempo de serviço, de possível


decorrência deste que for vitimado em ocorrência concessão ao policial militar que necessitar
policial militar de que participou ou em que foi acompanhar companheiro ou cônjuge, policial
envolvido, estando ou não escalado, oficialmente, militar público estadual, que for deslocado para
de serviço. outro ponto do Estado, do País ou do exterior, para
realização de curso, treinamento ou missão ou para
§ 1º - Equipara-se a acidente em serviço, para o exercício de mandato eletivo dos Poderes
efeitos desta Lei: Executivo e Legislativo.

a) o fato ligado ao serviço, dele decorrente ou em Parágrafo único - Ocorrendo o deslocamento no


cuja etiologia, de qualquer modo se identifique território estadual o policial militar poderá ser lotado
relação com o cargo, a função ou a missão do provisoriamente em Unidade Administrativa ou
serviço policial militar, que, mesmo não tendo sido Operacional, desde que para exercício de atividade
a causa exclusiva do acidente, haja contribuído compatível com posto ou graduação.
diretamente para a provocação de lesão corporal,
redução ou perda da sua capacidade para o serviço Art. 152 - Licença para o policial militar atleta
ou produzido quadro clínico que exija repouso e participar de competição oficial é o afastamento do
atenção médica na sua recuperação; serviço concedível ao praticante de desporto
amador oficialmente reconhecido, durante o
b) o dano sofrido pelo policial militar no local e no período da competição oficial.
horário do serviço, dele decorrente ou em cuja
etiologia, de qualquer modo, exista relação de Parágrafo único - A licença para participação de
causa e efeito com o serviço, em conseqüência de: competição desportiva será concedida sem
prejuízo da remuneração e do cômputo do tempo
1.ato de agressão ou sabotagem praticado por de serviço.
terceiro;
Art. 153 - Licença à gestante é o afastamento total
2.ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por do serviço, sem prejuízo da remuneração e do
motivo de disputa relacionada com o serviço e não cômputo do tempo de serviço, concedido à policial
constitua falta disciplinar do policial militar militar no período de 120 dias consecutivos depois
beneficiário; do parto.

3.ato de imprudência, negligência ou imperícia de § 1º - Para os fins previstos neste artigo, o início do
terceiro; afastamento da policial militar será determinado por
atestado médico emitido por órgão oficial,
4.desabamentos, inundações, incêndios e outros observado o seguinte:
sinistros;
a) a licença poderá, a depender das condições
5.casos fortuitos ou decorrentes de força maior. clínicas, ter início no nono mês de gestação, ou
antes, por prescrição médica;
c) a doença proveniente de contaminação acidental
do policial militar no exercício de sua atividade por b) no caso de nascimento prematuro, a licença terá
substância tóxica e/ou ionizante ou radioativa; início na data do parto;

d) o dano sofrido em deslocamento ou viagem para c) no caso de natimorto, a licença terá início na data
o serviço ou a serviço da polícia militar, do parto;
independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do § 2º - Em casos excepcionais, os períodos de
policial militar. repouso antes e depois do parto poderão ser
aumentados de mais duas semanas cada um,
§ 2º - Não é considerada agravação ou mediante justificativa constante de atestado
complicação de acidente em serviço a lesão médico, observado o seguinte:
superveniente absolutamente independente,
resultante de acidente de outra origem que se a) no caso de natimorto, a policial militar será
associe ou se superponha as conseqüências do submetida, trinta dias após o evento, a exame
anterior. médico para verificação de suas condições para
reassunção das funções;
Art. 151 - Licença por motivo de afastamento do
cônjuge ou companheiro (a) é o afastamento do
serviço, com prejuízo da remuneração e do
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b) em se tratando de aborto não criminoso, militar poderá ser preso por autoridade policial civil,
devidamente atestado por médico oficial, a policial ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à
militar terá direito a trinta dias de repouso; autoridade policial militar mais próxima, só podendo
retê-lo em dependência policial civil durante o
c) em caso de parto antecipado, a mulher tempo necessário à lavratura do flagrante.
conservará o direito a 120 dias consecutivos
previstos neste artigo. § 1º - Cabe ao Comandante Geral da Polícia Militar
a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial
Art. 154 - Licença à paternidade é o afastamento que não cumprir o disposto neste artigo e que
total do serviço pelo prazo de cinco dias maltratar ou consentir que seja maltratado preso
consecutivos, e imediatos ao nascimento do filho policial militar, ou não lhe der o tratamento devido.
ou acolhimento do adotado, destinado ao apoio do
policial militar à sua família por ocasião do § 2º - O Comandante Geral da Polícia Militar
nascimento ou adoção de filho, sem prejuízo da providenciará junto às autoridades competentes os
remuneração e do cômputo do tempo de serviço. meios de segurança do policial militar submetido a
processo criminal na Justiça comum ou militar, em
§ 1º - Ao policial militar que adotar ou obtiver guarda razão de ato praticado em serviço.
judicial de criança de até um ano de idade serão
concedidos cento e vinte dias de licença, para Art. 157 - O policial militar da ativa no exercício de
ajustamento da criança, a contar do dia em que funções policiais militares é dispensado do serviço
este chegar ao novo lar. do júri na Justiça Comum e do serviço na Justiça
Eleitoral, na forma da legislação competente.
§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, em se
tratando de criança com mais de um ano de idade, Art. 158 - O porte de arma é inerente ao policial
o prazo será de sessenta dias. militar, sendo impostas restrições ao seu uso
apenas aos que revelarem conduta contra-indicada
CAPÍTULO II ou inaptidão psicológica para essa prerrogativa.
DAS PRERROGATIVAS
§ 1º - Os policiais militares somente poderão portar
SEÇÃO I arma de fogo, desde que legalmente registrada no
CONSTITUIÇÃO E ENUMERAÇÃO seu nome ou pertencente à Instituição, nos limites
do Território Federal , na forma da legislação
Art. 155 - As prerrogativas do policial militar são específica..
constituídas pelas honras, dignidades e distinções
devidas aos graus hierárquicos e aos cargos. § 2º - As aquisições e transferências de arma de
fogo deverão ser obrigatoriamente comunicadas ao
Parágrafo único - São prerrogativas do policial órgão próprio da Instituição, para registro junto ao
militar: órgão competente.

a) uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e § 3º - Somente em relação aos policiais militares de
emblemas da Polícia Militar do Estado, bom comportamento presume-se a aptidão para
correspondentes ao posto ou à graduação; adquirir armas, nas condições e prazos fixados pela
legislação federal.
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes
sejam assegurados em Leis e regulamentos; § 4º - A cédula de Identidade Funcional da Polícia
Militar é, para todos os efeitos legais, documento
c) cumprimento das penas disciplinares de prisão comprobatório do porte de arma.
ou detenção somente em organização policial
militar cujo Comandante, Coordenador, Chefe ou § 4º acrescido pelo art. 4º da Lei nº 11.920, de 29
Diretor tenha precedência hierárquica sobre o de junho de 2010.
preso ou detido;
§ 5º - Havendo contra-indicação para o porte de
d) julgamento em foro especial, nos crimes arma, em conformidade com o caput deste artigo, o
militares; comando da corporação adotará medidas para
substituir a cédula de identidade funcional por outra
e) o porte de arma, na conformidade da legislação em que conste a restrição.
federal pertinente.
§ 5º acrescido pelo art. 4º da Lei nº 11.920, de 29
Art. 156 - Somente em caso de flagrante delito ou de junho de 2010.
em cumprimento de mandado judicial, o policial
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Subseção Única - horas semanais, de acordo com a necessidade do


DO USO DOS UNIFORMES serviço.

Art. 159 - Os uniformes da Polícia Militar, com seus § 2º - São equivalentes as expressões na ativa, da
distintivos, insígnias, emblemas, são privativos dos ativa, em serviço ativo, em serviço na ativa, em
policiais militares e simbolizam as prerrogativas serviço, em atividade, em efetivo serviço, atividade
que lhes são inerentes. policial militar ou em atividade de natureza policial
militar, quando referentes aos policiais militares no
Art. 160 - O uso dos uniformes com seus distintivos, desempenho de encargo, incumbência, missão ou
insígnias e emblemas, bem como os modelos, tarefa, serviço ou atividade policial militar, nas
descrição, composição, peças acessórias e outras organizações policiais militares, bem como em
disposições são estabelecidos na regulamentação outros órgãos do Estado, desde que previstos em
peculiar. Lei ou Regulamento.

Parágrafo único - É proibido ao policial militar o uso Art. 163 - A carreira policial militar é caracterizada
de uniformes: pela atividade continuada e inteiramente devotada
às finalidades da Instituição denominada atividade
a) em manifestação de caráter político-partidária, policial militar e pela possibilidade de ascensão
desde que não esteja de serviço; hierárquica, na conformidade do merecimento e
antigüidade do policial militar.
b) em evento não policial militar no exterior, salvo
quando expressamente determinado ou Parágrafo único - A carreira policial militar inicia-se
autorizado; com o ingresso e obedece à seqüência de graus
hierárquicos, sendo privativa do pessoal da ativa.
c) na inatividade, salvo para comparecer a
solenidades policiais militares e a cerimônias Art. 164 - O ingresso na carreira de oficial PM é feito
cívicas comemorativas de datas nacionais ou a no posto de Tenente PM, satisfeitas as exigências
atos sociais solenes de caráter particular, desde legais, mediante curso de formação realizado na
que autorizado pelo Diretor de Administração. própria Instituição.

Art. 161 - É vedado a pessoas ou organizações § 1º - A posição hierárquica do oficial PM no posto


civis de qualquer natureza usar uniformes, mesmo inicial resulta da sua classificação no curso de
que semelhantes, ou ostentar distintivos, insígnias formação.
ou emblemas que possam ser confundidos com os
adotados na Polícia Militar. § 2º - A ascensão aos demais postos dependerá de
aprovação em curso programado para habilitar o
Parágrafo único - São responsáveis civil, penal e Oficial à assunção das responsabilidades do novo
administrativamente pela infração das disposições grau, cujo acesso dar-se-á mediante teste seletivo
deste artigo, além dos comitentes, os proprietários, de provas ou de provas e títulos, respeitada a
gerentes, diretores ou chefes de repartições das antigüidade.
referidas organizações.
§ 3º - A reprovação em dois cursos, consecutivos
TÍTULO VI - ou não, implicará em presunção de inaptidão para
DO SERVIÇO POLICIAL MILITAR a continuidade na carreira policial militar, sujeitando
o Oficial PM à apuração da sua aptidão para
CAPÍTULO I permanência na carreira, assegurados o
DO SERVIÇO E DA CARREIRA POLICIAL contraditório e ampla defesa.
MILITAR
§ 4º - O ingresso na carreira de Oficial PM no
Art. 162 - O serviço policial militar consiste no Quadro Auxiliar de Segurança é privativo de policial
desempenho das funções inerentes ao cargo militar, dar-se-á, mediante curso de formação
policial militar e no exercício das atividades realizado na própria Instituição, na forma
inerentes à missão institucional da Polícia Militar, estabelecida neste artigo.
compreendendo todos os encargos previstos na
legislação peculiar e específica relacionados com a § 5º - O processo de seleção para o ingresso na
preservação da ordem pública no Estado. carreira de Oficial observará o disposto em
regulamento.
§ 1º - A jornada de trabalho do policial militar será
de 30 (trinta) horas semanais ou de 40 (quarenta) Art. 165 - O ingresso na carreira de Praça da Polícia
Militar ocorrerá na graduação de soldado PM 1ª
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classe, mediante curso de formação realizado na cumprimento das metas do planejamento


própria Instituição, observadas as exigências estratégico da Instituição, bem como da adequação
previstas nesta Lei e no respectivo edital do avaliado aos princípios de legalidade,
convocatório do concurso. impessoalidade, moralidade, publicidade e aos
parâmetros de eficiência e economicidade no trato
§ 1º - O acesso à graduação de 1º Sargento, com a coisa pública.
privativo de policial militar de carreira, dar-se-á
mediante curso de formação realizado na própria § 3º - A constatação, pela Comissão, de rendimento
Instituição e será precedido de avaliação de insatisfatório no exercício do cargo ensejará, sem
desempenho dos candidatos à matrícula no prejuízo das medidas administrativas cabíveis, o
referido curso, sob responsabilidade de Comissão afastamento do seu titular, assegurados o
especialmente designada pelo Comandante Geral, contraditório e a ampla defesa.
com mandato de dois anos, permitida a
recondução. Art. 168 - A vacância do cargo policial militar
decorrerá de:
§ 2º - O processo de seleção de que trata o
parágrafo anterior observará o disposto em I - exoneração;
regulamento.
II - demissão;
CAPÍTULO II
DO CARGO E FUNÇÃO POLICIAIS MILITARES III - inatividade;

SEÇÃO I IV - falecimento;
DO CARGO POLICIAL MILITAR
V - extravio;
Art. 166 - Cargo policial militar é o conjunto de
atribuições, deveres e responsabilidades VI - deserção.
cometidos a um policial militar em serviço ativo,
com as características essenciais de criação por § 1º - Ocorrendo vaga, considerar-se-ão abertas,
Lei, denominação própria, número certo e na mesma data, as vagas decorrentes de seu
pagamento pelos cofres públicos, em caráter preenchimento.
permanente ou temporário.
§ 2º - A exoneração de policial militar ocupante de
§ 1º - O cargo policial militar a que se refere este cargo de provimento temporário, dar-se-á a seu
artigo é o que se encontra especificado no Quadro pedido ou por iniciativa da autoridade competente
de Organização e legislação específica. para a nomeação.

§ 2º - As obrigações inerentes ao cargo policial § 3º - A demissão de policiais militares será


militar devem ser compatíveis com o aplicada exclusivamente como sanção disciplinar.
correspondente grau hierárquico e definidas em
legislação peculiar. § 4º - A data de abertura de vaga por extravio é a
que for oficialmente considerada para os efeitos
§ 3º - A competência para a nomeação dos dessa ocorrência.
ocupantes dos cargos de provimento temporário da
estrutura da Polícia Militar, símbolo DAS-1 a DAI-4, § 5º - A data de abertura de vaga por deserção é
é do Governador do Estado, competindo ao aquela assim considerada pela legislação penal
Comandante Geral prover os demais. militar.

Art. 167 - Os cargos policiais militares são providos Art. 169 - Dentro de uma mesma organização
com pessoal que satisfaça os requisitos de grau policial militar a seqüência de substituições bem
hierárquico e de qualificação exigidos para o seu como as normas, atribuições e responsabilidades a
desempenho. elas relativas, são as estabelecidas na legislação
peculiar, respeitadas as qualificações exigidas para
§ 1º - O desempenho a que se refere o caput deste o cargo ou para o exercício da função.
artigo será avaliado por uma Comissão Especial,
cuja composição, competência, organização e Art. 170 - O policial militar ocupante de cargo
atribuições serão regulamentadas. provido em caráter efetivo permanente ou
temporário gozará dos direitos correspondentes ao
§ 2º - O objetivo da avaliação de desempenho em cargo, conforme previsto em dispositivo legal.
razão do cargo é verificar a efetividade do
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SEÇÃO II § 2º - Ultrapassado o prazo a que se refere o


DA FUNÇÃO POLICIAL MILITAR parágrafo anterior, o policial militar será
considerado desligado da organização a que
Art. 171 - Função policial militar é o exercício das estiver vinculado, deixando de contar tempo de
atribuições inerentes ao cargo policial militar. serviço, para fins de transferência para a
inatividade.
Art. 172 - As obrigações que, pela generalidade,
peculiaridade, duração, vulto ou natureza não são SEÇÃO II
catalogadas como posições tituladas em Quadro de DA PASSAGEM PARA A RESERVA
Organização ou dispositivo legal, são cumpridas REMUNERADA
como encargo, incumbência, serviço, comissão ou
atividade policial militar ou de natureza policial Art. 175 - A passagem do policial militar à situação
militar. de inatividade, mediante transferência para a
reserva remunerada, se efetua:
Parágrafo único - Aplica-se, no que couber, ao
encargo, incumbência, serviço, comissão ou I - a pedido;
atividade policial militar ou de natureza policial
militar, o disposto neste Capítulo para o cargo II - "ex officio".
policial militar.
Parágrafo único - A transferência para a reserva
CAPÍTULO III remunerada pode ser suspensa na vigência do
DO DESLIGAMENTO DO SERVIÇO ATIVO estado de sítio, estado de defesa ou em caso de
mobilização, calamidade pública ou perturbação da
SEÇÃO I ordem pública.
DOS MOTIVOS DE EXCLUSÃO DO SERVIÇO
ATIVO Art. 176 - A transferência para a reserva
remunerada, a pedido, será concedida mediante
Art. 173 - A exclusão do serviço ativo e o requerimento escrito, ao policial militar que contar,
conseqüente desligamento da organização a que no mínimo, trinta anos de serviço.
estiver vinculado o policial militar, decorrem dos
seguintes motivos: § 1º - No caso de o policial militar haver realizado
qualquer curso ou estágio de duração superior a
I - transferência para a reserva remunerada; seis meses, por conta do Estado, em outra Unidade
da Federação ou no exterior, sem que hajam
II - reforma; decorridos três anos de seu término, deverá
informar no seu pedido tal fato, para que seja
III - demissão; calculada a indenização de todas as despesas
correspondentes à realização do referido curso ou
IV - perda do posto, da patente e da graduação; estágio.

V - exoneração; § 2º - A falta de pagamento da indenização das


despesas referidas no parágrafo anterior
VI - deserção; determinará a inscrição na dívida ativa do débito.

VII - falecimento; § 3º - Não será concedida transferência para a


reserva remunerada, a pedido, ao policial militar
VIII - extravio. que:

Art. 174 - O policial militar da ativa, enquadrado em a) estiver respondendo a processo criminal,
um dos incisos I, II e V do artigo anterior, ou tendo processo civil por abuso de autoridade ou processo
requerido exoneração a pedido, continuará no administrativo;
exercício de suas funções até ser desligado da
organização policial militar em que serve. b) estiver cumprindo pena de qualquer natureza.

§ 1º - O desligamento do policial militar da Art. 177 - A transferência para a reserva


organização em que serve deverá ser feito após a remunerada, "ex officio", verificar-se-á sempre que
publicação em Diário Oficial, ou boletim de sua o policial militar incidir em um dos seguintes casos:
organização policial militar, do ato oficial
correspondente e não poderá exceder a 45 I - atingir a idade-limite de 60 anos para Oficiais e
(quarenta e cinco) dias da data desse ato. Praças;
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II - terem os oficiais ultrapassado 06 (seis) anos de § 3º acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de
permanência no último posto ou 09 (nove) anos de janeiro de 2009.
permanência no penúltimo posto, previstos na
hierarquia do seu Quadro, desde que, também, Art. 177-A - Com o fim de manter a renovação, o
contem 30 (trinta) ou mais anos de serviço; equilíbrio e a regularidade de acesso ao posto
superior dos Quadros de Oficiais definidos na Lei
Redação de acordo com o art. 6º da Lei nº 11.356, de Organização Básica, haverá anualmente um
de janeiro de 2009. número de vagas à promoção, nas proporções a
Redação original: "II - terem ultrapassado, os seguir indicadas:
oficiais, oito anos de permanência no último posto
previsto na hierarquia do seu Quadro, desde que, I - QOPM, QOBM e QOSPM:
também conte trinta ou mais anos de contribuição."
a) Coronel -1/12 do efetivo fixado em lei;
III - ser diplomado em cargo eletivo, na forma do
inciso II, do § 1º do art. 48, da Constituição b) Tenente Coronel -1/12 do efetivo fixado em lei.
Estadual;
II -QCOPM
IV - for o oficial considerado não habilitado para o
acesso em caráter definitivo, no momento em que a) Tenente Coronel -1/12 do efetivo fixado em lei.
vier a ser objeto de apreciação para o ingresso em
Lista de Acesso; III -QOAPM e QOABM

V - tomar posse em cargo ou emprego publico civil a) Capitão -1/8 do efetivo fixado em lei.
permanente;
§ 1º - As frações que resultarem da aplicação das
VI - permanecer afastado para exercício de cargo, proporções previstas neste artigo serão
emprego ou função publica civil ou temporária não aproximadas para o número inteiro imediatamente
eletiva, ainda que da administração direta por mais superior, computando assim vagas obrigatórias
de dois anos, contínuos ou não. para promoção, observado o disposto no § 2º deste
artigo.
VII - for o Oficial alcançado pela quota compulsória
e conte com 30 (trinta) anos de efetivo serviço. § 2º - Quando o resultado da aplicação das
proporções for inferior a 01 (um) inteiro, serão
Inciso VII acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356, de adicionadas as frações obtidas cumulativamente
janeiro de 2009. aos cálculos correspondentes dos anos seguintes,
até completar-se 01 (um) inteiro para obtenção de
§ 1º - A transferência para a reserva remunerada uma vaga para promoção obrigatória.
não se processará quando o policial militar for
enquadrado nos incisos I, "a", e II deste artigo, § 3º - Quando o número de vagas fixado para
encontrar-se exercendo cargo de Secretário de promoção na forma deste artigo não for alcançado
Estado ou equivalente, Subsecretario, Chefe de com as vagas ocorridas durante o ano-base,
Gabinete de Secretaria de Estado ou outro cargo aplicar-se-á a quota compulsória.
em comissão de hierarquia igual aos já
mencionados, enquanto durar a investidura. § 4º - Os critérios e requisitos para a aplicação da
quota compulsória serão estabelecidos em
§ 2º - Para efeito do disposto neste artigo, a idade regulamento.
do policial militar considerada será a consignada
para o ingresso na Instituição, vedada qualquer Artigo 177-A acrescido pelo art. 6º da Lei nº 11.356,
alteração posterior. de janeiro de 2009.

§ 3º - Os oficiais do último e penúltimo posto, SEÇÃO III


referidos no inciso II deste artigo, que estiverem na DA REFORMA
ativa quando da entrada em vigor desta Lei,
somente serão transferidos para a reserva Art. 178 - A reforma dar-se-á "ex officio" e será
remunerada, ex-officio, se ultrapassarem 08 (oito) aplicada ao policial militar que:
e 12 (doze) anos de permanência no posto,
respectivamente, desde que, também, contem 30 I - atingir as seguintes idades-limite para
(trinta) ou mais anos de serviço. permanência na reserva remunerada:

a) se oficial superior, 64 anos;


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b) se oficial intermediário ou subalterno, 60 anos; registros de baixa utilizados como meios


subsidiários para esclarecer a situação.
c)se praça, 56 anos.
§ 2º - O policial militar julgado incapaz por um dos
II - for julgado incapaz definitivamente para o motivos constantes do inciso IV deste artigo,
serviço ativo da Polícia Militar; somente poderá ser reformado após a
homologação, por Junta de Saúde ou Junta Médica
III - estiver agregado por mais de um ano, por ter credenciada, de inspeção que concluir pela
sido julgado incapaz temporariamente, mediante incapacidade definitiva, obedecida a
homologação de Junta de Saúde ou Junta Médica regulamentação especial da Polícia Militar.
credenciada;
Art. 180 - O policial militar da ativa, julgado incapaz
IV - for condenado à pena de reforma, prevista no definitivamente por um dos motivos constantes dos
Código Penal Militar, por sentença passada em incisos I, II, III e IV do artigo anterior, será
julgado, por decisão da Justiça Estadual em reformado com qualquer tempo de serviço.
conseqüência do Conselho da Justificação para os
Praças e Oficiais. Art. 181 - O policial militar da ativa, julgado incapaz
definitivamente por um dos motivos constantes do
Parágrafo único - O policial militar reformado só inciso I, do art. 179, desta Lei, será reformado com
readquirirá a situação policial militar anterior: a remuneração integral.

a) se Oficial, na hipótese do inciso I, letra "c", do § 1º - Aplica-se o disposto neste artigo aos casos
caput deste artigo, por outra sentença da justiça previstos nos incisos II, III e IV, do art. 179, desta
Militar ou do Tribunal de Justiça do Estado e nas Lei, quando, verificada a incapacidade definitiva, for
condições nela estabelecidas; o policial militar considerado inválido,
impossibilitado total e permanentemente para
b) se a reforma decorrer de subsunção à hipótese qualquer trabalho.
do inciso I, letra "a", do caput deste artigo, em se
tratando de moléstia curável responsável por § 2º - Ao benefício previsto neste artigo e seus
afastamento durante período inferior a dois anos, parágrafos poderão ser acrescidos outros relativos
houver recuperado a saúde, segundo laudo de à remuneração, estabelecidos em Lei, desde que o
junta de inspeção. policial militar, ao ser reformado, já satisfaça às
condições por ela exigidas.
Art. 179 - A incapacidade definitiva pode sobrevir
em conseqüência de: Art. 182 - O policial militar da ativa, julgado incapaz
definitivamente por um dos motivos constantes do
I - ferimento recebido em operações policiais inciso V, do art. 179, desta Lei, será reformado com
militares ou na manutenção da ordem pública ou remuneração proporcional ao tempo de serviço.
enfermidade contraída nessa situação ou que
tenha nela sua causa eficiente; Art. 183 - O policial militar reformado por
incapacidade definitiva que for julgado apto em
II - acidente em serviço ou em decorrência do inspeção pela Junta de Saúde ou Junta Médica
serviço; credenciada, em grau de recurso ou revisão,
poderá retornar ao serviço ativo ou ser transferido
III - qualquer doença, moléstia ou enfermidade para a reserva.
adquirida, com relação de causa e efeito às
condições inerentes ao serviço; § 1º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo
decorrido na situação de reformado não ultrapassar
IV - qualquer das doenças constantes do § 10, do dois anos devendo ser procedido na forma do
art. 149 deste Estatuto; disposto no §1º, do artigo 27, desta Lei.

V - acidente ou doença, moléstia ou enfermidade § 2º - A transferência para a reserva remunerada,


sem relação de causa e efeito com o serviço. observado o limite de idade para a permanência
nessa situação, ocorrerá se o tempo transcorrido
§ 1º - Os casos de que tratam os incisos I, II e III como reformado ultrapassar de dois anos.
deste artigo serão comprovados por atestado de
origem ou Inquérito Sanitário de Origem, sendo os Art. 184 - O policial militar reformado por alienação
termos do acidente, baixa a hospital, papeletas de mental, enquanto não ocorrer a designação judicial
tratamento nas enfermarias e hospitais e os de curador, terá sua remuneração paga aos seus
beneficiários ou responsáveis, desde que o tenham
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sob sua guarda e responsabilidade e lhe de sítio ou em caso de mobilização, calamidade


dispensem tratamento humano e condigno, até pública ou grave perturbação da ordem pública.
sessenta dias após o ato de reforma.
Art. 187 - A exoneração "ex officio" será aplicada
§ 1º - O responsável pelo policial militar reformado ao policial militar nas seguintes hipóteses:
providenciará a sua interdição judicial,
demonstrando a propositura da ação, sob pena de I - por motivo de licença para tratar de interesses
suspensão da respectiva remuneração até que a particulares, além de três anos contínuos;
medida seja providenciada.
II - quando não satisfizer as condições do estágio
§ 2º - A interdição judicial do policial militar e seu probatório;
internamento em instituição apropriada, policial
militar ou não, deverão ser providenciados pela III - quando ultrapassar dois anos contínuos ou não,
Instituição quando não houver beneficiário, parente em licença para tratamento de saúde de pessoa de
ou responsável pelo mesmo ou, possuindo, não sua família;
adotar a providência indicada no caput deste artigo,
no prazo de 60 (sessenta dias). IV - quando permanecer agregado por prazo
superior a dois anos, contínuos ou não, por haver
§ 3º - Os processos e os atos de registro de passado à disposição de órgão ou entidade da
interdição de policial militar terão andamento União, do Estado, de outro Estado da Federação
sumário, serão instruídos com laudo proferido pela ou de Município, para exercer função de natureza
Junta de Saúde ou Junta Médica credenciada e civil.
isentos de custas.
§ 1º - As hipóteses previstas neste artigo serão
SEÇÃO IV examinadas em procedimento administrativo
DA EXONERAÇÃO regular, devendo a autoridade competente
fundamentar o ato que dele resulte.
Art. 185 - A exoneração de policiais militares e
conseqüente extinção do vínculo funcional e o § 2º - O policial militar exonerado "ex officio" passa
desligamento da Instituição se efetuará: a integrar o contingente da reserva não
remunerada, não terá direito a qualquer
I - a pedido; remuneração, sendo a sua situação militar definida
pela Lei do Serviço Militar.
II - "ex officio".
Art. 188 - Não se concederá exoneração a pedido:
Art. 186 - A exoneração, a pedido, será concedida
mediante requerimento do interessado. I - ao policial militar que esteja em débito com a
Fazenda Pública;
§ 1º - A exoneração a pedido não implicará
indenização aos cofres públicos pela preparação e II - ao policial militar agregado por estar sendo
formação profissionais, quando contar o policial processado no foro militar ou comum ou
militar com mais de cinco anos de carreira, respondendo a processo administrativo disciplinar.
ressalvada a hipótese de realização de curso ou
estágio com ônus para a Instituição; SEÇÃO V
DA PERDA DO POSTO, DA PATENTE E DA
§ 2º - Quando o policial militar tiver realizado GRADUAÇÃO
qualquer curso ou estágio, no País ou Exterior, não
será concedida a exoneração a pedido antes de Art. 189 - O Oficial só perderá o posto e a patente
decorrido período igual ao do afastamento, se for declarado indigno para a permanência na
ressalvada a hipótese de ressarcimento das Polícia Militar ou tiver conduta com ela
despesas correspondentes. incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça do
Estado da Bahia, em decorrência de julgamento a
§ 3º - O policial militar exonerado, a pedido, passa que for submetido.
a integrar o contingente da reserva não
remunerada, sem direito a qualquer remuneração, Parágrafo único - O Oficial declarado indigno do
sendo a sua situação militar definida pela Lei do oficialato, ou com ele incompatível, condenado à
Serviço Militar. perda do posto e patente só poderá readquirir a
situação policial militar anterior por outra sentença
§ 4º - O direito à exoneração, a pedido, poderá ser judicial e nas condições nela estabelecidas.
suspenso na vigência do estado de defesa, estado
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Art. 190 - O Oficial que houver perdido o posto e a Art. 194 - Será do Governador do Estado a
patente será demitido sem direito a qualquer competência do ato de demissão do Oficial.
remuneração e terá a sua situação militar definida
pela Lei do Serviço Militar. Parágrafo único - A competência para o ato de
demissão do Praça é do Comandante Geral da
Art. 191 - Ficará sujeito à declaração de indignidade Polícia Militar.
para o oficialato e para permanência na Instituição
por incompatibilidade com a mesma, o Oficial que: Art. 195 - A demissão do Oficial ou Praça não o
isenta das indenizações dos prejuízos causados ao
I - for condenado, por tribunal civil ou militar, em Erário.
sentença transitada em julgado a pena privativa de
liberdade individual superior a dois anos, após Parágrafo único - O Oficial ou Praça demitido não
submissão a processo administrativo disciplinar; terá direito a qualquer remuneração ou indenização
e a sua situação será definida pela Lei do Serviço
II - for condenado, em sentença transitada em Militar.
julgado, por crimes para os quais o Código Penal
Militar comina a perda do posto e da patente como SEÇÃO VII
penas acessórias e por crimes previstos na DA DESERÇÃO
legislação especial concernente à Segurança
Nacional; Art. 196 - A deserção do policial militar acarreta a
interrupção do cômputo do tempo de serviço
III - incidir nos casos previstos em Lei, que motivam policial militar e a conseqüente demissão "ex
o julgamento por processo administrativo officio".
disciplinar e neste for considerado culpado.
§ 1º - A demissão do policial militar desertor, com
Art. 192 - Perderá a graduação o Praça que incidir estabilidade assegurada, processar-se-á após um
nas situações previstas nos incisos II e III, do artigo ano de agregação, se não houver captura ou
anterior. apresentação voluntária antes desse prazo.

SEÇÃO VI § 2º - O policial militar, sem estabilidade


DA DEMISSÃO assegurada, será automaticamente demitido após
oficialmente declarado desertor, mediante devido
Art. 193 - A demissão será aplicada como sanção processo legal.
aos policiais militares de carreira, após a
instauração de processo administrativo em que § 3º - O policial militar desertor que for capturado
seja assegurada a ampla defesa e o contraditório ou que se apresentar voluntariamente, depois de
nos seguintes casos: haver sido demitido será reintegrado ao serviço
ativo e, a seguir, agregado para se ver processar.
I - incursão numa das situações constantes do art.
57 desta Lei ; § 4º - O Oficial desertor terá sua situação definida
pelos dispositivos que lhe são aplicáveis pela
II - quando assim se pronunciar a Justiça Militar ou legislação penal militar.
Tribunal de Justiça, após terem sido condenados,
por sentença transitada em julgado, a pena § 5º - O policial militar desertor não fará jus a
privativa ou restritiva de liberdade individual qualquer remuneração, exceto na hipótese prevista
superior a dois anos; no parágrafo anterior restrita esta, todavia, ao
soldo.
III - que incidirem nos casos que motivarem a
apuração em processo administrativo disciplinar e SEÇÃO VIII
nele forem considerados culpados. DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO

Parágrafo único - O policial militar que houver sido Art. 197 - O policial militar da ativa que vier a falecer
demitido a bem da disciplina só poderá readquirir a será excluído do serviço ativo e desligado da
situação policial militar anterior : organização a que estava vinculado, a partir da
data da ocorrência do óbito.
a) por sentença judicial, em qualquer caso;
Art. 198 - O extravio do policial militar da ativa
b) por outra decisão da autoridade julgadora do acarreta interrupção da contagem do tempo de
processo administrativo disciplinar na hipótese de serviço policial militar, com o conseqüente
revisão do mesmo. afastamento temporário do serviço ativo, a partir da
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data em que o mesmo for oficialmente considerado e a data limite estabelecida para sua contagem ou
extraviado. a data do desligamento do serviço ativo, mesmo
que tal espaço de tempo seja parcelado, devendo
§ 1º - A exclusão do serviço ativo será feita seis ser observadas as seguintes peculiaridades:
meses após a agregação por motivo de extravio.
a) será também computado como tempo de efetivo
§ 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, serviço o tempo passado dia-a-dia pelo policial
catástrofe, calamidade pública ou outros acidentes militar da reserva remunerada que for convocado
oficialmente reconhecidos, o extravio ou o para o exercício de funções policiais militares.
desaparecimento do policial militar da ativa será
considerado, para fins deste Estatuto, como b) o tempo de serviço em campanha é computado
falecimento, tão logo sejam esgotados os prazos pelo dobro, como tempo de efetivo serviço, para
máximos de possível sobrevivência ou quando se todos os efeitos.
dêem por encerradas as providências de busca e
salvamento. c) não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço
os períodos em que o policial militar estiver
Art. 199 - O policial militar reaparecido será afastado do exercício de suas funções em gozo de
submetido a processo administrativo disciplinar, licença prêmio à assiduidade nem nos
por decisão do Comandante Geral, se assim for afastamentos previstos nos arts. 141, incisos I a VI,
julgado necessário. 145 incisos IV, V, VIII e IX desta Lei.

Parágrafo único - O reaparecimento de policial d) ao tempo de efetivo serviço de que trata este
militar extraviado, já excluído do serviço ativo, artigo, apurado e totalizado em dias, será aplicado
resultará em sua reintegração e nova agregação, o divisor trezentos e sessenta e cinco, para a
pelo tempo necessário à apuração das causas que correspondente obtenção dos anos de efetivo
deram origem ao extravio. serviço, até uma casa decimal arredondável para
mais;
CAPÍTULO IV
DO TEMPO DE SERVIÇO e)o tempo correspondente ao desempenho de
mandato eletivo federal, estadual, municipal ou
Art. 200 - O policial militar começa a contar tempo distrital será computado para todos os efeitos
de serviço a partir da data de sua matrícula no legais, exceto para promoção por merecimento.
respectivo curso de formação.
Alínea "e" acrescida pelo art. 4º da Lei nº 11.920,
§ 1º - O policial militar reintegrado recomeça a de 29 de junho de 2010.
contar tempo de serviço na data de sua
reintegração. § 2º - Anos de serviço é a expressão que designa o
tempo de efetivo serviço a que se refere o
§ 2º - A contagem do tempo de serviço é feita dia a parágrafo anterior, com o acréscimo do tempo de
dia, excluídos os períodos em que não houve serviço público federal, estadual ou municipal,
efetiva prestação de serviço nem tenham sido prestado pelo policial militar anteriormente ao seu
assim considerados por força desta Lei. ingresso na Polícia Militar.

§ 3º - Quando, por motivo de força maior, Art. 202 - O acréscimo a que se refere o § 2º, do
oficialmente reconhecido, como nos casos de art. 198, desta Lei será computado para a
inundação, naufrágio, incêndio, sinistro aéreo e transferência para a inatividade.
outras calamidades, faltarem dados para contagem
do tempo de serviço, após processo administrativo Art. 203 - Não é computável, para efeito algum, o
onde se recolherão todos os indícios existentes, tempo:
caberá ao Comandante Geral da Polícia Militar
decidir sobre o tempo a ser computado, para cada I - decorrido por prazo superior a doze meses, em
caso particular, de acordo com os elementos gozo de licença para tratamento de saúde de
disponíveis. pessoa da família;

Art. 201 - Na apuração do tempo de serviço do II - passado em licença para tratar de interesse
policial militar será feita a distinção entre tempo de particular ou para acompanhamento de cônjuge;
efetivo serviço e anos de serviço.
III - passado como desertor;
§ 1º - Tempo de efetivo serviço é o espaço de
tempo computado dia a dia entre a data do ingresso
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IV - decorrido em cumprimento de pena de Art. 209 - As dispensas de serviço são autorizações


suspensão de exercício do posto, graduação, cargo concedidas ao policial militar para o afastamento
ou função, por sentença passada em julgado; total do serviço, em caráter temporário.

V - decorrido em cumprimento de sanção disciplinar § 1º - As dispensas de serviço podem ser


que interfira no exercício; concedidas ao policial militar:

VI - decorrido em cumprimento de pena privativa de a) como recompensa;


liberdade, por sentença transitada em julgado,
desde que não tenha sido concedida suspensão b) para desconto em férias.
condicional da pena, caso as condições estipuladas
na sentença não o impeçam. § 2º - As dispensas de serviço serão concedidas
com a remuneração integral e computadas como
Art. 204 - Entende-se por tempo de serviço em tempo de efetivo serviço.
campanha o período em que o policial militar estiver
em operações de guerra. TÍTULO VII -
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E REGRAS
Parágrafo único - O tempo de serviço passado pelo DE TRANSIÇÃO
policial militar no exercício de atividades
decorrentes ou dependentes de operações de CAPÍTULO ÚNICODAS DISPOSIÇÕES
guerra, será regulado em legislação específica. TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 205 - O tempo de serviço dos policiais militares Art. 210 - A assistência religiosa à Polícia Militar
beneficiados por anistia será contado na forma será regulada por legislação específica.
estabelecida no ato legal que a conceder.
Art. 211 - Aos Oficiais do Quadro de Oficiais
Art. 206 - A data limite estabelecida para final de Policiais Militares e do Quadro de Oficiais
contagem dos anos de serviço, para fins de Auxiliares, portadores ou que venham a adquirir
passagem para a inatividade, será a do diploma de nível superior nas modalidades
desligamento da Unidade a que pertencia o policial profissionais contempladas pelas especialidades
militar, em conseqüência da exclusão do serviço do Quadro Complementar de Oficiais é assegurado
ativo. o direito de transferirem-se para este, sem
submissão a curso de adaptação, havendo
Art. 207 - Na contagem dos anos de serviço não conveniência para o serviço, respeitado o posto e a
poderá ser computada qualquer superposição de patente e condicionado o ingresso no posto inicial
tempo de serviço público federal, estadual e do referido Quadro.
municipal.
Parágrafo único - Aos Oficiais do Quadro
CAPÍTULO V Complementar de Oficiais Policiais Militares é
DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO assegurada a matrícula em Curso de Formação de
SERVIÇO ATIVO Oficiais Policiais Militares, observadas a
conveniência para o serviço.
Art. 208 - As recompensas constituem
reconhecimento dos bons serviços prestados pelo Art. 212 - Aos policiais militares que se incapacitem
policial militar. para o serviço policial militar e que, á juízo de junta
médica oficial, reúnam condições de serem
§ 1º - São recompensas: readaptados para o exercício de atividades
administrativas, fica assegurada a faculdade de
a) os prêmios de Honra ao Mérito; optarem pela permanência no serviço ativo e, nesta
condição, prosseguirem na carreira.
b) as condecorações por serviços prestados;
Art. 213 - Aos Praças da Policia Militar possuidores
c) os elogios, louvores e referências elogiosas ou que venham adquirir diploma de nível superior
individuais ou coletivos; nas modalidades profissionais contempladas pelas
especialidades do Quadro Complementar é
d) as dispensas de serviço. assegurada a matrícula no Curso de Formação de
Oficiais respectivos, mediante processo seletivo,
§ 2º - As recompensas serão concedidas de acordo observada a conveniência do serviço.
com as normas estabelecidas nos regulamentos da
Polícia Militar.
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Art. 214 - É vedado o uso, por organização civil, de legais e regulamentares que com ele tenham ou
designações, símbolos, uniformes e grafismos de venham a ter pertinência devendo as normas com
veículos e uniformes que possam sugerir sua implicações disciplinares ser editadas em cento e
vinculação à Polícia Militar. oitenta dias a contar da publicação desta Lei.

Parágrafo único - Excetuam-se da prescrição deste § 1º - Até que sejam devidamente regulamentados,
artigo as associações, clubes, círculos e outras os Conselhos de Justificação e Disciplinares em
organizações que congreguem membros da Polícia andamento e os que venham a ocorrer até a
Militar e que se destinem, exclusivamente, a promulgação de sua normatização definitiva,
promover intercâmbio social e assistencial entre os deverão ser concluídos sob os aspectos
policiais militares e suas famílias e entre esses e a procedimentais não contemplados por esta Lei,
sociedade civil. observadas as prescrições legais em vigor.

Art. 215 - A Polícia Militar organizará e manterá um § 2º - Os atuais oficiais-capelães passam a integrar
programa de readaptação, a ser regulamentado, o Quadro Complementar de Oficiais Policiais
destinado à reciclagem dos valores morais, éticos Militares, nos postos em que se encontram.
e institucionais dos policiais militares que revelem
conduta caracterizada por: § 3º - O Quadro Suplementar de Oficiais Bombeiros
Militares será extinto à medida em que ocorrer a
I - insensibilidade às medidas correicionais; vacância dos respectivos postos.

II - violência gratuita; § 4º - Os integrantes do Quadro de Oficiais


Especialista passam a compor o Quadro de Oficiais
III - envolvimento em episódios de confronto Auxiliares da Polícia Militar.
armado em serviço que resultem em morte;
Art. 220 - Até que sejam extintas as graduações de
IV - vícios de embriaguez alcoólica e/ou de Subtenente PM e Cabo PM, na forma prevista na
dependência de substâncias entorpecentes; Lei nº 7.145, de 19 de agosto de 1997, serão as
mesmas consideradas como integrantes da escala
V - desvios de conduta, caracterizados por hierárquica a que se refere o art. 9º, desta Lei,
reiterada inadaptação aos valores policiais exclusivamente para os efeitos nela previstos.
militares;
Art. 221 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua
VI - uso indevido de arma de fogo; publicação.

VII - baixo desempenho funcional; Art. 222 - Revogam-se as disposições em contrário.

VIII - ingresso no mau comportamento.

Art. 216 - Integram o Quadro Complementar de


Oficiais, os profissionais da área de saúde que
ingressarem na Policia Militar após a vigência desta
Lei.

Art. 217 - Integram o Quadro de Oficiais Policiais


Militares para todos os efeitos legais os oficiais que
concluíram e que vierem a concluir com
aproveitamento do Curso de Formação de Oficiais
Bombeiros Militares em outras corporações por
designação do Comando Geral da Polícia Militar.

Art. 218 - A antiguidade dos oficiais de que trata o


parágrafo anterior será definida pela data de
promoção ao primeiro posto, sendo, em caso de
nomeação coletiva, efetuada com base na ordem
de classificação obtida pelas médias finais nos
respectivos cursos.

Art. 219 - Após a entrada em vigor do presente


Estatuto serão ajustados todos os dispositivos
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REORGANIZA A POLÍCIA MILITAR DA VII - promover e executar pesquisa, estatística e


BAHIA, DISPÕE SOBRE O SEU EFETIVO E análise criminal, com vistas à eficácia do
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. planejamento e ação policial militar;

LEI Nº 13.201 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2014 VIII - garantir o exercício do poder de polícia aos
órgãos públicos, especialmente os da área
fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de uso
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço
e ocupação do solo e do patrimônio cultural;
saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
IX - atender à convocação, inclusive mobilização,
do Governo Federal em caso de guerra externa ou
CAPÍTULO I
para prevenir ou reprimir grave perturbação da
DA FINALIDADE E COMPETÊNCIAS
ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-
se à Força Terrestre para emprego em suas
Art. 1º - À Polícia Militar da Bahia - PMBA, órgão
competências específicas de polícia militar e como
em regime especial de Administração Direta, nos
participante da Defesa Interna e da Defesa
termos da Lei nº 2.428, de 17 de fevereiro de 1967,
Territorial, na forma da legislação específica;
da estrutura da Secretaria da Segurança Pública,
que tem por finalidade preservar a ordem pública, a
X - instruir e orientar, na forma da lei federal, as
vida, a liberdade, o patrimônio e o meio ambiente,
guardas municipais se assim convier à
de modo a assegurar, com equilíbrio e equidade, o
Administração do Estado e dos respectivos
bem-estar social, na forma da Constituição Federal
Municípios;
e da Constituição do Estado da Bahia, compete:
XI - instaurar o inquérito policial militar;
I - executar, com exclusividade, ressalvadas as
missões peculiares às Forças Armadas, o
XII - instaurar sindicâncias, processos disciplinares
policiamento ostensivo fardado, planejado pelas
sumários e processos administrativos disciplinares
autoridades policiais militares competentes, a fim
para apurar transgressões disciplinares atribuídas
de assegurar o cumprimento da lei, a preservação
aos policiais militares, sem prejuízo do disposto no
da ordem pública e o exercício dos poderes
§ 1º do art. 57 desta Lei;
constituídos;
XIII - realizar vistorias e inspeções em estruturas e
II - exercer a missão de polícia ostensiva de
edificações utilizadas para eventos públicos, com
segurança, de trânsito urbano e rodoviário, de
vistas à segurança publica;
proteção ambiental, guarda de presídios e
instalações vitais, além do relacionado com a
XIV - exercer outras competências necessárias ao
prevenção criminal, justiça restaurativa, proteção e
cumprimento da sua finalidade institucional.
promoção aos direitos humanos, preservação e
restauração da ordem pública;
§ 1º - O Comando Supremo da Polícia Militar é
exercido pelo Governador do Estado, na forma da
III - atuar de maneira preventiva, como força de
Constituição Estadual.
dissuasão em locais ou áreas específicas, onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem,
§ 2º - A Polícia Militar, para fins de emprego nas
mediando conflitos e gerenciando crises em
ações de preservação da Ordem Pública, fica
segurança pública;
sujeita à vinculação, orientação, planejamento e
controle operacional do órgão responsável pela
IV - atuar de maneira repressiva, em caso de
Segurança Pública, sem prejuízo da subordinação
perturbação da ordem, precedendo o eventual
administrativa ao Governador do Estado, na forma
emprego das Forças Armadas, e exercer a
da Constituição Federal e da legislação federal
atividade de repressão criminal especializada;
específica.
V - exercer a função de polícia judiciária militar, na
§ 3º - Para cumprimento das suas funções
forma da lei;
institucionais, caberá à Polícia Militar:
VI - promover e executar ações de inteligência, de
I - realizar a seleção, recrutamento, formação,
forma integrada com o Sistema de Inteligência, na
aperfeiçoamento, capacitação, desenvolvimento
forma da lei;
profissional e cultural de seus servidores;

II - promover e executar as atividades de ensino,


pesquisa e extensão dos seus servidores.
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Art. 2º - A Polícia Militar é regida pelos seguintes Parágrafo único - O Subcomandante-Geral é o


princípios institucionais: substituto imediato do Comandante-Geral nos seus
impedimentos.
I - hierarquia militar;
CAPÍTULO II
II - disciplina militar; DA ORGANIZAÇÃO

III - legalidade; Art. 6º - A Polícia Militar tem a seguinte estrutura


básica:
IV - impessoalidade;
I - Órgãos Colegiados:
V - moralidade;
a) Alto Comando;
VI - transparência;
b) Colégio de Coronéis;
VII - publicidade;
II - Órgãos de Direção Geral:
VIII - efetividade;
a) Comando-Geral:
IX - eficiência;
1. Gabinete do Comando-Geral;
X - ética;
b) Subcomando-Geral:
XI - respeito aos direitos humanos;
1. Gabinete do Subcomando-Geral;
XII - proteção e promoção à dignidade da pessoa
humana; 2. Centro de Gestão Estratégica;

XIII - profissionalismo; 3. Companhia Independente de Comando e


Serviços;
XIV - unidade de doutrina;
III - Órgãos de Direção Estratégica:
XV - interdisciplinaridade;
a) Comando de Operações Policiais Militares;
XVI - autonomia institucional.
b) Comando de Operações de Inteligência;
Art. 3º - A Polícia Militar promoverá os meios
necessários para difundir a importância do seu IV - Corregedoria da Polícia Militar;
papel institucional, de forma a viabilizar o
indispensável nível de confiabilidade da população, V - Órgãos de Direção Tática:
inclusive através do estabelecimento de canais de
comunicação permanentes com a sociedade civil a) Comandos de Policiamento Regionais;
organizada.
b) Comando de Policiamento Especializado;
Art. 4º - A Polícia Militar será comandada por Oficial
da ativa da PMBA, do último posto do Quadro de VI - Órgãos de Direção Administrativa e Logística:
Oficiais Policiais Militares, nomeado pelo
Governador do Estado. a) Departamento de Planejamento, Orçamento e
Gestão:
Parágrafo único - Os atos de nomeação e
exoneração do Comandante-Geral da Polícia 1. Centro Corporativo de Projetos;
Militar deverão ser simultâneos.
b) Departamento de Pessoal;
Art. 5º - O Subcomandante-Geral será nomeado
pelo Governador do Estado, dentre os Coronéis da c) Departamento de Apoio Logístico:
ativa, pertencente ao Quadro de Oficiais Policiais
Militares. 1. Centro de Material Bélico;

2. Centro de Arquitetura e Engenharia;

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d) Departamento de Modernização e Tecnologia; IV - o Comandante de Operações de Inteligência;

e) Departamento de Auditoria e Finanças; V - o Corregedor-Chefe;

f) Departamento de Comunicação Social; VI - o Diretor do Departamento de Planejamento,


Orçamento e Gestão;
VII - Órgãos de Direção Setorial:
VII - o Diretor do Departamento de Pessoal;
a) Departamento de Polícia Comunitária e Direitos
Humanos; VIII - o Diretor do Departamento de Apoio Logístico;

b) Departamento de Promoção Social; IX - o Diretor do Departamento de Modernização e


Tecnologia.
c) Departamento de Saúde:
Art. 8º - Ao Alto Comando compete assessorar o
1. Hospital da Polícia Militar; Comando-Geral na formulação das diretrizes da
política institucional da Polícia Militar e as
2. Odontoclínica da Polícia Militar; estratégias para a sua consecução, bem como
deliberar sobre o Plano Estratégico da Polícia
3. Juntas Militares Estaduais de Saúde; Militar e os conflitos de atribuições entre as suas
unidades.
d) Instituto de Ensino e Pesquisa:
Art. 9º - O Colégio de Coronéis, órgão consultivo e
1. Centro de Educação Física e Desportos; propositivo, convocado e presidido pelo
Comandante-Geral, é constituído pelos Coronéis
VIII - Órgãos de Execução do Ensino: da ativa, quando no exercício dos cargos privativos
do posto de Coronel previstos no Quadro de
a) Academia de Polícia Militar; Organização da Polícia Militar, tendo como
finalidade a análise e discussão sobre assuntos de
b) Centro de Formação e Aperfeiçoamento de relevante interesse da Corporação, ressalvada a
Praças Policiais Militares: competência do Alto Comando.

1. Batalhões de Ensino, Instrução e Capacitação; Art. 10 - O Comando-Geral, órgão diretivo superior


e estratégico, tem por finalidade planejar, dirigir,
c) Colégios da Polícia Militar; executar, avaliar, deliberar e controlar as atividades
da Polícia Militar da Bahia.
IX - Órgão de Execução Operacional:
Parágrafo único - O Comando-Geral é
a) Unidades Operacionais Policiais Militares; representado pelo Comandante-Geral, com
funções de liderança, articulação institucional e
X - Ouvidoria. estratégia, e tem precedência funcional e
hierárquica sobre todo efetivo policial militar.
§ 1º - O quantitativo das Unidades que compõe a
estrutura organizacional da Polícia Militar da Bahia Art. 11 - O Gabinete do Comando-Geral tem por
passa a ser o constante do Anexo I desta Lei. finalidade prestar assistência ao Comandante-
Geral em suas atribuições técnicas e
§ 2º - A fixação da estrutura interna das Unidades administrativas e nas relações de interesse da
Policiais Militares e a fixação de suas competências Polícia Militar, com órgãos e instituições dos
serão definidas em Regimento Interno, aprovado Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em
por Decreto do Governador do Estado. âmbito Federal, Estadual e Municipal, do Ministério
Público, dos Tribunais de Contas e de Organismos
Art. 7º - O Alto Comando da Polícia Militar tem a Internacionais.
seguinte composição:
Parágrafo único - O Gabinete do Comando-Geral
I - o Comandante-Geral da Polícia Militar, que o será chefiado por um Oficial da ativa da Corporação
presidirá; do último posto do QOPM, de livre escolha do
Comandante-Geral.
II - o Subcomandante-Geral da Polícia Militar;
Art. 12 - O Subcomando-Geral, órgão de direção
III - o Comandante de Operações Policiais Militares; geral das atividades da Polícia Militar, tem por
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finalidade assessorar o Comando-Geral na II - Comando de Policiamento Regional da Capital -


elaboração da política e estratégia institucional, na Baía de Todos os Santos:
integração e coordenação dos sistemas da Polícia
Militar, bem como na supervisão, controle e a) Batalhões de Polícia Militar;
avaliação das atividades administrativas e
operacionais. b) Companhias Independentes de Polícia Militar;

Parágrafo único - O Subcomando-Geral é c) Companhia Independente de Policiamento


representado pelo Subcomandante-Geral, com Tático;
funções de liderança, assessoramento estratégico,
fiscalização e manutenção da disciplina. III - Comando de Policiamento Regional da Capital
- Central:
Art. 13 - O Gabinete do Subcomando-Geral tem por
finalidade prestar assistência ao Subcomandante a) Batalhões de Polícia Militar;
Geral da Polícia Militar em suas atribuições
técnicas e administrativas. b) Companhias Independentes de Polícia Militar;

Parágrafo único - O Gabinete do Subcomando- c) Companhia Independente de Policiamento


Geral será chefiado por um Oficial da ativa da Tático;
Corporação, do penúltimo posto do QOPM, de livre
escolha do Subcomandante-Geral. IV - Comando de Policiamento da Região
Metropolitana de Salvador - RMS:
Art. 14 - O Centro de Gestão Estratégica tem por
finalidade assessorar o Subcomando-Geral na a) Batalhões de Polícia Militar;
formulação, proposição e atualização, em nível de
direção geral, das políticas, diretrizes, normas e b) Companhias Independentes de Polícia Militar;
padrões de procedimentos que permitam à
Corporação alcançar seus objetivos estratégicos, c) Companhia Independente de Policiamento
bem como acompanhar a implementação dos Tático;
projetos estratégicos da Instituição.
V - Comando de Policiamento da Região Leste:
Art. 15 - A Companhia Independente de Comando
e Serviços tem por finalidade exercer as atividades a) Batalhões de Polícia Militar;
administrativas e de segurança do Quartel do
Comando Geral - QCG. b) Companhias Independentes de Polícia Militar;

Art. 16 - O Comando de Operações Policiais c) Companhia Independente de Policiamento


Militares tem por finalidade planejar, coordenar, Tático;
controlar e supervisionar as atividades de polícia
ostensiva, de acordo com as necessidades de VI - Comando de Policiamento da Região Norte:
preservação da ordem pública, bem como
supervisionar as atividades realizadas pelos a) Batalhões de Polícia Militar;
Comandos de Policiamento e pelas Unidades
Operacionais, no que concerne à eficiência nas b) Companhias Independentes de Polícia Militar;
missões de policiamento ostensivo.
c) Companhia Independente de Policiamento
Parágrafo único - O Comando de Operações Tático;
Policiais Militares tem a seguinte estrutura:
VII - Comando de Policiamento da Região Oeste:
I - Comando de Policiamento Regional da Capital -
Atlântico: a) Batalhões de Polícia Militar;

a) Batalhões de Polícia Militar; b) Companhias Independentes de Polícia Militar;

b) Companhias Independentes de Polícia Militar; c) Companhia Independente de Policiamento


Tático;
c) Companhia Independente de Policiamento
Tático; VIII - Comando de Policiamento da Região Sul:

a) Batalhões de Polícia Militar;


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b) Companhias Independentes de Polícia Militar; inteligência e do Sistema Brasileiro de Inteligência


- SISBIN.
c) Companhia Independente de Policiamento
Tático; Art. 18 - O Departamento de Planejamento,
Orçamento e Gestão tem por finalidade elaborar o
IX - Comando de Policiamento da Região planejamento das políticas públicas e estratégias
Sudoeste: institucionais, planejar, orientar e executar a
programação orçamentária e a consolidação dos
a) Batalhões de Polícia Militar; planos, programas, projetos, acompanhamento,
gestão e atividades governamentais, no âmbito da
b) Companhias Independentes de Polícia Militar; Polícia Militar da Bahia - PMBA.

c) Companhia Independente de Policiamento Art. 19 - O Centro Corporativo de Projetos tem por


Tático; finalidade a identificação, seleção, alinhamento,
priorização e gerenciamento do portfólio dos
X - Comando de Policiamento da Região da processos e projetos estratégicos da Polícia Militar,
Chapada: em conformidade com a orientação do Comando-
Geral da Corporação, bem como prestar apoio e
a) Batalhões de Polícia Militar; suporte aos Escritórios Setoriais e Seções de
Gerenciamento de Projetos da Instituição.
b) Companhias Independentes de Polícia Militar;
Art. 20 - O Departamento de Pessoal tem por
c) Companhia Independente de Policiamento finalidade planejar, coordenar, controlar e executar
Tático; as atividades de administração de pessoal da
Polícia Militar.
XI - Comando de Policiamento Especializado:
Art. 21 - O Departamento de Apoio Logístico tem
a) Batalhões Especializados de Polícia Militar; por finalidade planejar, coordenar, controlar e
executar as atividades de logística e de patrimônio
b) Esquadrões de Polícia Militar; da Polícia Militar.

c) Companhias Independentes de Policiamento Art. 22 - O Centro de Material Bélico tem por


Especializado; finalidade planejar, coordenar, controlar,
assessorar, armazenar, manutenir, distribuir e
d) Companhias Independentes de Polícia de recolher material bélico, avaliando e atestando as
Guarda; atividades da Corporação no que concerne a esse
equipamento.
e) Companhias Independentes de Proteção de
Polícia Ambiental; Art. 23 - O Centro de Arquitetura e Engenharia tem
por finalidade apoiar as unidades gestoras na
f) Companhias Independentes de Policiamento construção, ampliação, reforma e recuperação das
Rodoviário; instalações físicas da Polícia Militar, com custo
estimado até o limite de valor para licitação na
g) Companhia Independente de Polícia Fazendária; Modalidade Tomada de Preços.

h) Grupamento Aéreo da Polícia Militar; Art. 24 - O Departamento de Modernização e


Tecnologia tem por finalidade planejar, coordenar,
XII - Batalhão de Polícia de Reforço Operacional. executar e controlar as atividades de tecnologia da
informação e telecomunicações, promovendo a
Art. 17 - O Comando de Operações de Inteligência elevação da qualidade de serviços e das atividades
tem por finalidade planejar, coordenar, executar, da Polícia Militar, em estreita articulação com os
fiscalizar, controlar, articular, supervisionar e órgãos estaduais de tecnologia da informação e
gerenciar as atividades de inteligência policial, no telecomunicações.
âmbito do Sistema de Inteligência da Polícia Militar
- SINPOM, dentro do território baiano, bem como Art. 25 - A Corregedoria da Polícia Militar tem por
assessorar o Alto Comando da Corporação nos finalidade assistir o Comandante-Geral e o
assuntos de cunho estratégico, tático e operacional Subcomandante-Geral da Polícia Militar no
que lhes forem confiados, além de se inter- desempenho de suas atribuições constitucionais,
relacionar com os demais órgãos estaduais de políticas e administrativas, realizar a atividade
correicional, zelando pela justiça e disciplina dos
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integrantes da PMBA, bem como gerenciar as profissiográfico dos candidatos aos processos de
atividades dos segmentos de correição recrutamento e seleção de ingresso nas carreiras
descentralizados nas Organizações Policiais da Polícia Militar, avaliar a capacidade laborativa
Militares. dos militares estaduais, bem como revisar os
processos relativos aos militares estaduais em
Art. 26 - Os Comandos de Policiamento Regionais situação de inatividade e emitir diagnóstico sobre
têm por finalidade planejar, coordenar, executar, as limitações temporárias ou definitivas destes
avaliar e controlar as atividades operacionais servidores para o exercício da atividade policial
policiais militares nas regiões sob sua militar.
responsabilidade.
Art. 36 - O Instituto de Ensino e Pesquisa tem por
Art. 27 - O Comando de Policiamento Especializado finalidade planejar, dirigir, controlar, avaliar e
tem por finalidade planejar, coordenar, executar, fiscalizar as atividades de ensino, pesquisa e
avaliar e controlar as atividades operacionais cultura da Polícia Militar, emitindo diretrizes
especializadas em todo Estado da Bahia. educacionais para as organizações a ele
tecnicamente subordinadas.
Art. 28 - O Departamento de Auditoria e Finanças
tem por finalidade proceder à análise e ao controle Art. 37 - O Centro de Educação Física e Desportos
da gestão das Unidades integrantes da estrutura da tem por finalidade planejar, executar, implementar
Polícia Militar da Bahia, exercendo o e controlar a educação física, o desporto e a defesa
acompanhamento da execução orçamentária, pessoal na Corporação.
financeira, patrimonial e de contabilidade da PMBA.
Art. 38 - A Academia de Polícia Militar, Instituição
Art. 29 - O Departamento de Comunicação Social de Ensino Superior de Segurança Pública, tem por
tem por finalidade promover o fluxo de informações finalidade promover a formação, capacitação,
de caráter interno e externo, na área de aperfeiçoamento, especialização e educação
comunicação social, bem como apoiar, continuada de Oficiais da Polícia Militar e de outras
tecnicamente, as Unidades da sua área de instituições da área de Defesa Social e de
atividade. Segurança Pública.

Art. 30 - O Departamento de Polícia Comunitária e Art. 39 - O Centro de Formação e Aperfeiçoamento


Direitos Humanos tem por finalidade desenvolver e de Praças Policiais Militares tem por finalidade
divulgar as políticas de policiamento comunitário e promover a formação, capacitação,
de direitos humanos da PMBA. aperfeiçoamento, especialização e educação
continuada dos Quadros de Praças da Polícia
Art. 31 - O Departamento de Promoção Social tem Militar e de outras instituições da área de Defesa
por finalidade planejar, coordenar, controlar e Social e de Segurança Pública.
executar as atividades de promoção social da
Polícia Militar. Art. 40 - Os Batalhões de Ensino, Instrução e
Capacitação têm por finalidade planejar, coordenar
Art. 32 - O Departamento de Saúde tem por e exercer as atividades de formação, instrução,
finalidade planejar, coordenar, controlar e executar capacitação e aperfeiçoamento, de forma
as atividades de promoção, prevenção, regionalizada, com subordinação ao Centro de
tratamentos médico e odontológico, reabilitação e Formação e Aperfeiçoamento de Praças Policiais
recuperação dos agravos à saúde dos integrantes Militares.
da Polícia Militar e dos seus dependentes.
Art. 41 - Os Colégios da Polícia Militar têm por
Art. 33 - O Hospital da Polícia Militar tem por finalidade planejar, estabelecer e executar as
finalidade dirigir as atividades médico-hospitalares, atividades necessárias para a oferta de ensino
no nível de atenção à saúde secundária e terciária, fundamental e médio.
aos pacientes atendidos ambulatorialmente ou em
regime de internação hospitalar. Art. 42 - As Unidades Operacionais Policiais
Militares, subordinadas aos seus respectivos
Art. 34 - A Odontoclínica da Polícia Militar tem por Comandos, na forma do parágrafo único do art. 16
finalidade prestar atendimento, em nível desta Lei, têm por finalidade a execução das
ambulatorial, nas diversas especialidades missões de polícia ostensiva, dentro de suas
odontológicas. especialidades, e terão atuação em todo o Estado
da Bahia ou em região definida em
Art. 35 - As Juntas Militares Estaduais de Saúde regulamentação.
têm por finalidade avaliar a adequação ao perfil
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§ 1º - As Unidades Operacionais Policiais Militares V - Companhias Independentes de Policiamento


compreendem: Tático, responsáveis pela execução de missões de
policiamento ostensivo tático nas respectivas áreas
I - Batalhões de Polícia Militar, responsáveis por especiais de responsabilidade, bem como em apoio
planejar, coordenar e executar as atividades de às demais Unidades Operacionais;
polícia ostensiva em suas respectivas áreas de
responsabilidade territorial, sob coordenação e VI - Companhias Independentes de Policiamento
acompanhamento técnico dos respectivos Especializado, responsáveis pela execução de
Comandos de Policiamento; missões de policiamento ostensivo especializado
nas respectivas áreas especiais de
II - Batalhões Especializados de Polícia Militar, responsabilidade, bem como em apoio às outras
compreendendo: Unidades Operacionais;

a) Batalhão Especializado de Polícia Turística, VII - Companhias Independentes de Polícia de


responsável por planejar, coordenar e executar as Guarda, responsáveis por executar as atividades
atividades de policiamento turístico; de guarda e preservação da ordem nos
estabelecimentos penais do Estado, bem como da
b) Batalhão Especializado de Policiamento de escolta de presos da PMBA;
Eventos, responsável por planejar, coordenar e
executar as missões específicas de policiamento VIII - Companhias Independentes de Polícia de
em eventos; Proteção Ambiental, responsáveis por missões de
policiamento ostensivo ambiental nas respectivas
c) Batalhão de Polícia de Choque, responsável por áreas especiais de responsabilidade, bem como
planejar, coordenar e executar as atividades de em apoio às demais Unidades Operacionais;
preservação da ordem pública, constituindo-se,
ainda, numa tropa de reação do Comando-Geral, IX - Companhias Independentes de Policiamento
especialmente instruída e treinada para as missões Rodoviário, responsáveis pela execução das
de apoio às outras Unidades Operacionais; missões de policiamento de trânsito e escolta de
dignitários, na malha rodoviária estadual, bem
d) Batalhão de Polícia de Guarda, responsável por como de apoio às demais Unidades Operacionais;
planejar, coordenar e executar as atividades de
guarda e preservação da ordem nos X - Companhia Independente de Polícia
estabelecimentos penais do Estado, bem como da Fazendária, responsável por planejar, coordenar,
escolta de presos; controlar e executar as atividades de policiamento
fazendário no Estado da Bahia;
e) Batalhão de Polícia Rodoviária, responsável por
planejar, coordenar e executar as missões de XI - Esquadrões de Polícia Montada, responsáveis
policiamento de trânsito e escolta de dignitários, na pela execução das atividades de policiamento
malha rodoviária estadual e nas demais, quando ostensivo montado, missões especiais e apoio às
conveniado, bem como de apoio às demais demais Unidades Operacionais da PMBA;
Unidades Operacionais;
XII - Esquadrões de Motociclistas, responsáveis
f) Batalhão de Operações Policiais Especiais, pela execução das atividades de policiamento de
responsável por planejar, coordenar e executar o trânsito, de escolta de dignitários e de apoio às
atendimento de ocorrências de alta complexidade e demais Unidades Operacionais;
intervenções de alto risco, constituindo-se, ainda,
numa tropa de reação do Comando-Geral; XIII - Grupamento Aéreo da Polícia Militar,
responsável pela execução do apoio do vetor aéreo
III - Batalhão de Polícia de Reforço Operacional, às atividades de preservação da ordem pública e
responsável por planejar, coordenar e dirigir o de policiamento ostensivo.
emprego do efetivo da atividade meio da PMBA em
reforço às atividades de polícia ostensiva, em § 2º - As Bases Comunitárias de Segurança
estreita ligação com os respectivos órgãos; constituem bases operacionais que têm por
finalidade executar as atividades de policiamento
IV - Companhias Independentes de Polícia Militar, ostensivo em seus respectivos setores de
responsáveis por executar as atividades de polícia responsabilidade territorial, subordinadas aos
ostensiva em suas respectivas áreas especiais de Comandos das respectivas Unidades
responsabilidade territorial, sob coordenação e Operacionais, de forma integrada às ações da
acompanhamento técnico dos respectivos comunidade e dos demais órgãos públicos.
Comandos de Policiamento;
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§ 3º - As Organizações Operacionais d) Quadro de Oficiais Especialistas Policiais


Especializadas da Polícia Militar, Batalhões, Militares - QOEPM;
Esquadrões, Companhias Especializadas e
Grupamento Aéreo têm por finalidade a execução e) Quadro de Oficiais Auxiliares Policiais Militares -
das missões de polícia ostensiva, dentro de suas QOAPM;
especialidades, e terão atuação em todo o Estado
da Bahia ou região definida em regulamentação. II - Praças:

§ 4º - A Organização Policial Militar, com autonomia a) Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM.
administrativa, é a que dispõe de organização e
meios para exercer plena administração própria e Art. 47 - O Quadro de Oficiais Policiais Militares -
tem competência para praticar todos os atos QOPM é composto de Oficiais integrantes da
administrativos decorrentes da gestão de pessoas Corporação, responsáveis pelas atividades da
e de bens do Estado. Polícia Militar.

Art. 43 - A Ouvidoria tem por finalidade receber Art. 48 - O Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia
denúncias, reclamações e representações de atos Militar/Médico - QOSPM/Médico é composto por
desabonadores, bem como proceder ao registro de todos os Oficiais Médicos integrantes da
atos abonadores referentes à conduta dos Corporação, sendo responsável pela atividade
integrantes da Corporação e críticas ao seu regular médica da Polícia Militar.
desempenho na prestação de serviços,
funcionando em estreita articulação, com as Art. 49 - O Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia
Ouvidorias Setoriais. Militar/Odontólogo - QOSPM/Odontólogo é
composto por todos os Oficiais Odontólogos
CAPÍTULO III integrantes da Corporação, sendo responsável
DA REGIONALIZAÇÃO E DO pela atividade odontológica da Polícia Militar.
DESDOBRAMENTO
Art. 50 - O Quadro de Oficiais Especialistas
Art. 44 - A ação policial militar dar-se-á em todo Policiais Militares - QOEPM é composto por todos
território do Estado, de forma regionalizada, por os Oficiais que ingressarem no Quadro a partir da
meio de planejamento e acompanhamento dos data da publicação desta Lei, competindo-lhe o
Comandos de Operações Policiais Militares e sob exercício de atividades operacionais e
as diretrizes do Comando-Geral. administrativas da Corporação, incluindo o
Comando e Chefia de subunidades.
Art. 45 - O desdobramento das regiões em áreas,
áreas especiais, subáreas e setores será Parágrafo único - O maior grau hierárquico do
estabelecido em conformidade com as Quadro de Oficiais Especialistas Policiais Militares
necessidades e características fisiográficas, é o Posto de Tenente Coronel.
psicossociais, políticas e econômicas, ficando Art. 51 - O Quadro de Oficiais Auxiliares Policiais
autorizado o Comandante-Geral da Polícia Militar a Militares - QOAPM é composto por Oficiais
adotar as providências neste sentido. existentes no seu Quadro, competindo-lhe o
exercício de atividades operacionais e
administrativas da Corporação, incluindo o
CAPÍTULO IV Comando e Chefia de subunidades.
DO PESSOAL Parágrafo único - O maior grau hierárquico do
Quadro de Oficiais Auxiliares Policiais Militares é o
Art. 46 - O efetivo da Polícia Militar será distribuído Posto de Major.
nos seguintes Quadros:
Art. 52 - O Quadro de Praças Policiais Militares -
I - Oficiais: QPPM é composto de Praças integrantes da
Corporação, responsáveis pelas atividades da
a) Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM; Polícia Militar.

b) Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Art. 53 - A estrutura de cargos em comissão da


Militar/Médico - QOSPM/Médico; Polícia Militar da Bahia é a prevista no Anexo II
desta Lei.
c) Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia
Militar/Odontólogo - QOSPM/Odontólogo; Art. 54 - O Quadro de Funções Privativas do Posto
de Coronel da Polícia Militar da Bahia é o previsto
no Anexo III desta Lei.
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Art. 55 - O efetivo ativo da Polícia Militar da Bahia é i) aprovar a programação a ser executada pela
fixado em 44.392 (quarenta e quatro mil trezentos Polícia Militar e pelas Unidades a ela subordinadas,
e noventa e dois) servidores policiais militares a proposta orçamentária anual e as alterações e
estaduais, distribuídos em Postos e Graduações, ajustes que se fizerem necessários;
conforme o Anexo IV desta Lei.
j) expedir Portarias e atos normativos sobre a
Parágrafo único - As vagas previstas nesta Lei, organização administrativa interna da Polícia
decorrentes do aumento do efetivo, serão Militar;
preenchidas em razão da oportunidade e
conveniência da Administração. k) apresentar, anualmente, relatório analítico das
atividades da Corporação;
Art. 56 - A distribuição do quantitativo do efetivo da
ativa da Polícia Militar da Bahia no Quadro l) promover reuniões periódicas de coordenação
Organizacional será definida por Portaria do entre os diferentes escalões hierárquicos da Polícia
Comandante-Geral da Polícia Militar. Militar;

CAPÍTULO V m) atender requisições e pedidos de informações


DAS ATRIBUIÇÕES DOS TITULARES DE do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e do
CARGOS EM COMISSÃO Ministério Público, ouvindo previamente a
Procuradoria Geral do Estado, se houver questão
Art. 57 - Aos titulares dos cargos em comissão, jurídica a ser esclarecida;
além do desempenho das atividades concernentes
aos Sistemas Estaduais, definidos em legislação n) atender aos pedidos de informações da
própria, cabe o exercício das atribuições gerais e Corregedoria-Geral da Secretaria da Segurança
específicas a seguir enumeradas: Pública em assuntos da competência daquele
órgão;
I - Comandante-Geral da Polícia Militar:
o) instaurar e decidir sindicâncias, processos
a) promover a administração geral da Polícia disciplinares sumários e processos administrativos
Militar, em estrita observância às disposições disciplinares, ressalvado o disposto no § 1º deste
normativas da Administração Pública Estadual; artigo;

b) exercer a representação política e institucional p) exercer outras atribuições que lhe sejam
da Polícia Militar, promovendo contatos e relações delegadas;
com autoridades e organizações de diferentes
níveis governamentais; II - Subcomandante-Geral da Polícia Militar:

c) auxiliar o Secretário da Segurança Pública em a) auxiliar o Comandante-Geral;


assuntos compreendidos na área de competência
da Polícia Militar; b) dirigir, organizar, orientar, controlar e coordenar
as atividades da Polícia Militar, conforme
d) promover o controle e a supervisão das delegação do Comandante-Geral;
Unidades subordinadas;
c) assessorar o Comandante-Geral nas atividades
e) delegar competências e atribuições ao de articulação interinstitucional e com a sociedade,
Subcomandante-Geral; nos assuntos relativos à Corporação;

f) decidir, em despacho motivado e conclusivo, d) substituir o Comandante-Geral nos seus


sobre assuntos de sua competência; afastamentos, ausências e impedimentos,
independentemente de designação específica;
g) autorizar a abertura de processos licitatórios,
homologando-os, dentro dos limites de sua e) submeter à consideração do Comandante-Geral
competência, e ratificar as dispensas ou declaração os assuntos que excedem à sua competência;
de inexigibilidade, nos termos da legislação
específica, das contratações diretas inerentes ao f) auxiliar o Comandante-Geral no controle e
limite permitido em ato normativo; supervisão das Unidades subordinadas;

h) delegar atribuição aos gestores internos para g) participar e, quando for o caso, promover
autorizar a abertura de processos licitatórios; reuniões de coordenação no âmbito da Polícia

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Militar, em assuntos que envolvam articulação Operacionais no que concerne à eficiência nas
intersetorial; missões de policiamento ostensivo;

h) instaurar e decidir sindicâncias, processos c) instaurar sindicâncias, processos disciplinares


disciplinares sumários e processos administrativos sumários e processos administrativos disciplinares,
disciplinares, conforme lei específica; decidindo conforme lei específica;

i) desempenhar outras tarefas compatíveis com V - Comandante de Policiamento:


suas atribuições, por determinação do
Comandante-Geral; a) cumprir as missões de polícia ostensiva,
determinadas pelo Comandante de Operações
III - Corregedor-Chefe: Policiais Militares no que concerne à coordenação,
controle e supervisão das atividades desenvolvidas
a) propor ao Comandante-Geral da Polícia Militar pelas Unidades Operacionais sob sua
as medidas necessárias à apuração de denúncias, responsabilidade;
envolvendo pessoal policial-militar e civil da
Corporação; b) instaurar sindicâncias, processos disciplinares
sumários e processos administrativos disciplinares,
b) encaminhar ao Comandante-Geral da Polícia decidindo conforme lei específica;
Militar relatórios mensais de dados estatísticos das
apurações em andamento e solucionadas na VI - Assistente Militar do Comando-Geral:
Corporação;
a) chefiar o Gabinete do Comando-Geral;
c) pronunciar-se, dentro dos limites das suas
atribuições, nos feitos investigatórios realizados na b) planejar, organizar, coordenar, controlar e
Corporação; preparar o suporte necessário ao Comandante-
Geral da Polícia Militar;
d) elaborar e submeter à apreciação do
Comandante-Geral da Polícia Militar normas de c) realizar a segurança pessoal do Comandante-
orientação e padronização dos feitos Geral da Polícia Militar e de seus familiares;
investigatórios praticados no âmbito da
Corporação; d) instaurar sindicâncias, processos disciplinares
sumários e processos administrativos disciplinares,
e) assessorar o Comandante-Geral da Polícia decidindo conforme lei específica;
Militar na tomada de decisões, no que concerne à
justiça e disciplina dos integrantes da Corporação; VII - Diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa:

f) encaminhar ao Comandante-Geral da Polícia a) planejar, controlar e fiscalizar as atividades de


Militar, com relatório e parecer conclusivo, os autos ensino e pesquisa da Corporação, elaborando
dos processos que tenham por objeto o resultado diretrizes da política institucional de educação para
das correições e outros processos correicionais, as organizações a ele tecnicamente vinculadas;
propondo as medidas que julgar necessárias;
b) propor estudos e pesquisas que viabilizem a
g) instaurar e decidir sindicâncias, processos melhoria da qualidade de ensino;
disciplinares sumários e processos administrativos
disciplinares, conforme lei específica; c) instaurar sindicâncias, processos disciplinares
sumários e processos administrativos disciplinares,
h) atender aos pedidos de informações da decidindo conforme lei específica;
Corregedoria-Geral da Secretaria da Segurança
Pública; VIII - Diretor de Departamento:

IV - Comandante de Operações Policiais Militares: a) planejar, controlar e fiscalizar as atividades


previstas para o seu Departamento;
a) planejar, coordenar, supervisionar e controlar,
em todo o território estadual, as atividades de b) propor estudos e pesquisas que viabilizem a
polícia ostensiva, de acordo com as necessidades melhoria das competências do Departamento,
de preservação da ordem pública; elaborando diretrizes da política institucional
relativas a sua área de atuação;
b) supervisionar as atividades realizadas pelos
Comandos de Policiamento e Unidades
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c) instaurar sindicâncias, processos disciplinares c) auxiliar o Diretor de Departamento no


sumários e processos administrativos disciplinares, planejamento, supervisão, coordenação e
decidindo conforme lei específica; execução das atividades, bem como no exame e
encaminhamento dos assuntos de sua
IX - ao Comandante de Operações de Inteligência competência;
cabe promover as atividades de inteligência no
âmbito da Polícia Militar e instaurar sindicâncias, d) exercer outras atribuições que lhe forem
processos disciplinares sumários e processos delegadas;
administrativos disciplinares, decidindo conforme
lei específica; XIV - Subcomandante de Operações de
Inteligência:
X - ao Diretor de Ensino cabe promover a formação,
a capacitação e a especialização de militares a) substituir o Comandante de Operações de
estaduais da Bahia e de servidores de outras Inteligência em seus impedimentos eventuais;
instituições da área de segurança pública e
instaurar sindicâncias, processos disciplinares b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes
sumários e processos administrativos disciplinares, emanadas pelo Comandante de Operações de
decidindo conforme lei específica; Inteligência;

XI - Subcomandante de Operações Policiais XV - Assessor Especial:


Militares:
a) assessorar diretamente o Comandante-Geral e o
a) substituir o Comandante de Operações Policiais Subcomandante-Geral da Polícia Militar em
Militares em seus impedimentos; assuntos relativos a sua especialização;

b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes b) elaborar pareceres, notas técnicas, minutas e


emanadas pelo Comandante de Operações; informações solicitadas pelo superior;

c) auxiliar o Comandante de Operações no c) executar a elaboração de planos, programas e


planejamento e na coordenação das atividades; projetos relativos às funções da Corporação;

d) exercer outras atribuições que lhe forem d) assessorar os órgãos e entidades vinculados ao
delegadas; Comando-Geral, em assuntos que lhes forem
determinados pelo Comandante-Geral;
XII - Diretor Adjunto do Instituto de Ensino e
Pesquisa: XVI - Subcomandante de Policiamento:

a) substituir o Diretor do Instituto de Ensino e a) substituir o Comandante de Policiamento em


Pesquisa em seus impedimentos eventuais; seus impedimentos eventuais;

b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes


emanadas pelo Diretor do Instituto de Ensino e emanadas pelo Comandante de Policiamento;
Pesquisa;
c) auxiliar o Comandante de Policiamento no
c) auxiliar o Diretor do Instituto de Ensino e planejamento, supervisão, coordenação e
Pesquisa no planejamento e coordenação das execução das atividades, bem como no exame e
atividades, bem como no exame e encaminhamento dos assuntos de sua
encaminhamento dos assuntos de sua competência;
competência;
d) exercer outras atribuições que lhes forem
d) exercer outras atribuições que lhe forem delegadas;
delegadas;
XVII - Corregedor Adjunto:
XIII - Diretor Adjunto de Departamento:
a) substituir o Corregedor-Chefe nos seus
a) substituir o Diretor de Departamento em seus afastamentos temporários e impedimentos
impedimentos eventuais; eventuais;

b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes


emanadas pelo Diretor de Departamento; emanadas pelo Corregedor-Chefe;
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c) auxiliar o Corregedor-Chefe no planejamento, XXIII - ao Assessor de Comunicação Social cabe


supervisão, coordenação e execução das planejar, promover, controlar, executar e
atividades; acompanhar as atividades de marketing e
endomarketingda Polícia Militar, viabilizando o
d) realizar o exame e encaminhamentos dos levantamento de informações para a execução dos
assuntos de sua competência e exercer outras trabalhos de cobertura jornalística de interesse da
atribuições que lhes forem delegadas; Polícia Militar da Bahia;

XVIII - ao Coordenador de Saúde cabe coordenar XXIV - Coordenador I e Coordenador Técnico:


as ações de saúde a serem implementadas na
Corporação; a) programar, orientar, supervisionar e avaliar os
trabalhos a cargo da respectiva Unidade;
XIX - Diretor Adjunto:
b) cumprir e fazer cumprir as diretrizes, normas e
a) substituir o Diretor em seus impedimentos procedimentos técnicos, administrativos e
eventuais; financeiros para maior eficiência e aperfeiçoamento
dos programas, projetos e atividades sob sua
b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes responsabilidade;
emanadas pelo Diretor;
c) propor ao superior imediato as medidas que
c) auxiliar o Diretor no planejamento, supervisão, julgar convenientes, na promoção, integração e no
coordenação e execução das atividades, bem desenvolvimento técnico e interpessoal da
como no exame e encaminhamento dos assuntos respectiva equipe de trabalho;
de sua competência;
XXV - Diretor do Colégio da Polícia Militar:
d) exercer outras atribuições que lhes forem
delegadas; a) estabelecer e executar normas e diretrizes
administrativas no âmbito de todo o
XX - Ouvidor: estabelecimento de ensino;

a) receber denúncias, reclamações e b) administrar recursos financeiros destinados,


representações de atos desabonadores de recebidos ou adquiridos pelo estabelecimento,
servidores da Polícia Militar; através de diversas fontes;

b) proceder ao registro de atos positivos, referentes c) formular estratégias e conteúdos que venham a
à conduta dos integrantes da Corporação e críticas conduzir o corpo discente à observância e ao
ao seu regular desempenho na prestação de cumprimento da disciplina, bem como estruturação
serviços, funcionando em estreita articulação com de atividades específicas e inerentes a uma escola
a Ouvidoria-Geral do Estado e Ouvidorias Setoriais militar;
da Instituição;
d) instaurar sindicâncias, processos disciplinares
XXI - Assistente Militar I: sumários e processos administrativos disciplinares,
decidindo conforme lei específica;
a) assistir o Subcomandante-Geral em assuntos de
natureza técnica e administrativa; XXVI - ao Comandante de Batalhão e ao
Comandante de Grupamento cabem coordenar,
b) articular-se, por determinação do supervisionar, controlar e executar as atividades de
Subcomandante-Geral, com Unidades da polícia ostensiva em suas respectivas áreas de
Corporação; responsabilidade territorial ou em conformidade
com a especialização, em articulação com os
c) promover a segurança pessoal do respectivos Comandos de Policiamento, bem como
Subcomandante-Geral e de seus familiares; instaurar sindicâncias, processos disciplinares
sumários e processos administrativos disciplinares,
XXII - ao Comandante de Grupamento Aéreo cabe decidindo conforme lei específica;
coordenar, supervisionar, controlar e executar as
atividades de polícia ostensiva nas suas áreas de XXVII - Subcomandante de Grupamento Aéreo:
abrangência territorial, bem como instaurar
sindicâncias, processos disciplinares sumários e a) substituir o Comandante de Grupamento Aéreo
processos administrativos disciplinares, decidindo em seus impedimentos eventuais;
conforme lei específica;
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b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes a) executar as atividades de polícia ostensiva em


emanadas pelo Comandante de Grupamento suas respectivas áreas de responsabilidade
Aéreo; territorial ou em conformidade com a
especialização, em articulação com os respectivos
c) auxiliar no planejamento e na coordenação das Comandos de Policiamento e acompanhamento
atividades, bem como no exame e técnico do Comando de Operações Policiais
encaminhamento dos assuntos de sua Militares;
competência;
b) instaurar sindicâncias, processos disciplinares
d) exercer outras atribuições que lhes forem sumários e processos administrativos disciplinares,
delegadas; decidindo conforme lei específica;

XXVIII - ao Chefe de Núcleo cabe programar, XXXIII - Comandante de Companhia Independente:


orientar, supervisionar, controlar e avaliar os
trabalhos a cargo do respectivo Núcleo, apoiando a) coordenar, supervisionar, controlar e executar as
os Comandantes Regionais na utilização de atividades de polícia ostensiva em suas respectivas
recursos humanos, materiais e financeiros áreas de responsabilidade territorial ou em
necessários ao bom andamento das atividades conformidade com a especialização, em
administrativas dos Comandos Regionais e suas articulação com os respectivos Comandos de
Organizações Policiais Militares subordinadas; Policiamento;

XXIX - ao Comandante de Aeronave cabe planejar b) instaurar sindicâncias, processos disciplinares


e executar os voos, observando as normas de sumários e processos administrativos disciplinares,
segurança de voo; decidindo conforme lei específica;

XXX - Diretor Adjunto do Colégio da Polícia Militar: XXXIV - Coordenador II:

a) substituir o Diretor do Colégio da Polícia Militar a) coordenar, orientar, controlar, acompanhar e


em seus impedimentos eventuais; avaliar a elaboração e execução de programas,
projetos e atividades compreendidos na sua área
b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes de competência;
emanadas pelo Diretor do Colégio da Polícia Militar,
auxiliando-o no planejamento e na coordenação b) assessorar e assistir o dirigente em assuntos
das atividades; pertinentes à respectiva Unidade;

c) realizar o exame e encaminhamento dos c) propor medidas que propiciem a eficiência e o


assuntos de sua competência; aperfeiçoamento dos trabalhos a serem
desenvolvidos;
d) exercer outras atribuições que lhes forem
delegadas; XXXV - Ao Assessor de Comunicação Social I cabe
coordenar, executar, controlar e acompanhar as
XXXI - Subcomandante de Batalhão: atividades de comunicação social da Polícia Militar,
em estreita articulação com o órgão competente;
a) substituir o Comandante de Batalhão em seus
impedimentos eventuais; XXXVI - Subcomandante de Companhia
Independente:
b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes
emanadas pelo Comandante de Batalhão; a) substituir o Comandante de Companhia
Independente em seus impedimentos eventuais;
c) auxiliar no planejamento e na coordenação das
atividades; b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes
emanadas pelo Comandante de Companhia;
d) realizar o exame e encaminhamento dos
assuntos de sua competência; c) auxiliar no planejamento e coordenação das
atividades;
e) exercer outras atribuições que lhes forem
delegadas; d) realizar o exame e encaminhamento dos
assuntos de sua competência;
XXXII - Comandante de Esquadrão:

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e) exercer outras atribuições que lhes forem demais integrantes da Corporação, exceto sobre o
delegadas; Comandante-Geral.

XXXVII - ao Comandante de Companhia cabe § 3º - O Governador do Estado poderá, em casos


coordenar, supervisionar, controlar e executar as de excepcional relevância, avocar a atribuição
atividades de polícia ostensiva, em suas prevista no inciso I, alínea “o”, deste artigo, e
respectivas subáreas de responsabilidade territorial redirecioná-la, a seu critério, ao Secretário da
ou em conformidade com a especialização, em Segurança Pública.
obediência aos respectivos Comandantes de
Batalhões; § 4º - Os ocupantes de cargos em comissão da
Polícia Militar da Bahia poderão exercer outras
XXXVIII - Subcomandante de Esquadrão: atribuições inerentes aos respectivos cargos,
necessários ao cumprimento de suas
a) substituir o Comandante de Esquadrão em seus competências.
impedimentos eventuais;
CAPÍTULO VI
b) fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
emanadas pelo Comandante de Esquadrão;
Art. 58 - Constituem Comissões Permanentes da
c) auxiliar no planejamento e na coordenação das Polícia Militar, que se regem por legislação
atividades; específica:

d) realizar o exame e encaminhamento dos I - Conselho de Mérito da Polícia Militar;


assuntos de sua competência;
II - Comissão de Promoção de Oficiais da PMBA;
e) exercer outras atribuições que lhe forem
delegadas; III - Comissão de Promoção de Praças da PMBA;

XXXIX - ao Comandante de Base Comunitária de IV - Comissão Permanente Revisional do


Segurança cabe executar as atividades de Regulamento de Uniformes da PMBA.
policiamento ostensivo em seus respectivos
setores de responsabilidade territorial, em Parágrafo único - Eventualmente, a critério do
articulação com os respectivos Comandos de Área Comandante-Geral, poderão ser criadas outras
ou Comandos de Área Especial; Comissões, destinadas a realizar estudos
específicos.
XL - ao Mecânico de Voo cabe efetuar inspeções
prévias e posteriores aos voos, corrigindo as Art. 59 - O Conselho de Mérito da Polícia Militar, de
discrepâncias, quando ocorrerem; caráter permanente, tem por finalidade apreciar,
analisar, julgar e deliberar sobre as propostas de
XLI - ao Tripulante Operacional cabe executar, com concessão de comendas, que se rege por
exclusividade, as missões operacionais de legislação específica.
policiamento aéreo, em apoio às atividades
policiais militares em terra; Art. 60 - As Comissões de Promoção, de caráter
permanente, têm por finalidade organizar, apreciar,
XLII - ao Coordenador III cabe coordenar projetos e analisar, julgar e deliberar sobre todas as fases do
atividades designados pelo seu superior imediato; processo de promoções dos militares do Estado da
Bahia, que se rege por legislação específica, bem
XLIII - ao Secretário Administrativo I cabe preparar como solicitar pronunciamento à Procuradoria
o expediente e a correspondência, sob sua Geral do Estado, quando houver questão jurídica
responsabilidade e coordenar e executar as tarefas relevante.
que lhes sejam cometidas pelo seu superior
imediato. Parágrafo único - Além das promoções ordinárias,
por antiguidade e por merecimento, o disposto no
§ 1º - O Comandante-Geral da Polícia Militar é caput deste artigo se aplica às promoções em
responsável, em nível de administração direta, ressarcimento de preterição, post mortem e por
perante o Governador do Estado, pela bravura, e aos recursos delas decorrentes.
administração e emprego da Corporação.
Art. 61 - A Comissão Permanente Revisional do
§ 2º - O Subcomandante-Geral da Polícia Militar Regulamento de Uniformes da PMBA, de caráter
terá precedência funcional e hierárquica sobre os permanente, tem por finalidade apreciar, analisar,
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julgar e deliberar sobre questões atinentes ao IX - 02 (dois) Esquadrões de Polícia Montada, com
Regulamento de Uniformes da PMBA, conforme sede nos Municípios de Feira de Santana e
legislação específica. Itabuna;

Parágrafo único - Caberá à Comissão Permanente X - 02 (dois) Esquadrões de Motociclistas com sede
Revisional do Regulamento de Uniformes da PMBA no Município de Feira de Santana e Vitória da
emitir parecer sobre a similaridade das fardas e Conquista;
uniformes utilizados pelas Guardas Municipais e
empresas de segurança, conforme a legislação XI - 02 (duas) Companhias Independentes de
específica. Polícia de Guarda com sede nos Municípios de
Feira de Santana e Itabuna;
Art. 62 - Os 1º, 2º, 3º, 9º, 10º, 13º e 21º Batalhões
de Polícia Militar passam a exercer atividades de XII - 17 (dezessete) Companhias Independentes de
Ensino, Instrução e Capacitação, mantidas as suas Polícia Militar;
respectivas numerações originais, e a atividade de
policiamento ostensivo comunitário das áreas de XIII - 03 (três) Companhias Independentes de
policiamento dos 10º e 13º Batalhões de Polícia Policiamento Especializado;
Militar passa a ser executada por Companhias
Independes de Polícia Militar. XIV - 06 (seis) Companhias Independentes de
Policiamento Tático, subordinadas diretamente,
Art. 63 - A Polícia Militar observará o Regulamento cada uma, aos Comandos de Policiamento da
Interno e de Serviços Gerais do Exército (R1) e o Região Norte, Sul, Leste, Oeste, Chapada e
Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Sudoeste;
Respeito das Forças Armadas (R2), o primeiro com
as modificações necessárias às peculiaridades da XV - 01 (uma) Companhia Independente de Polícia
PMBA e o último com as adaptações relacionadas Fazendária;
com os Poderes do Estado, ficando delegada
competência ao Comandante-Geral para editar, no XVI - 01 (uma) Companhia Independente de
prazo de 90 (noventa) dias, por Portaria, o Comando e Serviços;
Regulamento Interno e de Serviços Gerais, o
Regulamento de Continências, Honras, Sinais de XVII - 05 (cinco) Colégios da Polícia Militar;
Respeito e Cerimonial Militar Estadual e o
Regulamento de Uniformes da Polícia Militar da XVIII - 06 (seis) Núcleos de Gestão Administrativa
Bahia. e Financeira, subordinados, cada um, aos
Comandos de Policiamento da Região Norte, Sul,
Art. 64 - Ficam criadas, na estrutura da Polícia Leste, Oeste, Chapada e Sudoeste;
Militar da Bahia, as seguintes unidades:
XIX - o Centro de Gestão Estratégica;
I - o Departamento de Promoção Social;
XX - o Centro Corporativo de Projetos;
II - o Departamento de Polícia Comunitária e
Direitos Humanos; XXI - o Centro de Arquitetura e Engenharia;

III - o Departamento de Auditoria e Finanças; XXII - o Centro de Educação Física e Desportos;

IV - o Comando de Policiamento da Região XXIII - o Centro de Material Bélico.


Sudoeste;
§ 1º - As Companhias Independentes de Polícia
V - o Comando de Policiamento da Região da Militar, criadas neste artigo, ficarão sediadas nos
Chapada; Municípios, conforme distribuição abaixo:

VI - o Batalhão Especializado de Policiamento de a) 83ª CIPM - Barreiras;


Eventos;
b) 84ª CIPM - Barreiras;
VII - Batalhão Especializado de Polícia Turística;
c) 85ª CIPM - Luís Eduardo Magalhães;
VIII - o Batalhão de Operações Policiais Especiais;
d) 86ª CIPM - Formosa do Rio Preto;

e) 87ª CIPM - Teixeira de Freitas;


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f) 88ª CIPM - Alcobaça; Militar, 12 (doze) cargos de Comandante de


Aeronaves e 09 (nove) cargos de Chefe de Núcleo;
g) 89ª CIPM - Mucuri;
IV - símbolo DAS-3: 08 (oito) cargos de Diretor
h) 90ª CIPM - Riachão do Jacuípe; Adjunto do Colégio da Polícia Militar, 03 (três)
cargos de Subcomandante de Batalhão, 04 (quatro)
i) 91ª CIPM - Capim Grosso; cargos de Comandante de Esquadrão, 44
(quarenta e quatro) cargos de Coordenador II e 30
j) 92ª CIPM - Vitória da Conquista; (trinta) cargos de Comandante de Companhia
Independente;
k) 93ª CIPM - Maracás;
V - símbolo DAI-4: 30 (trinta) cargos de
l) 94ª CIPM - Caetité; Subcomandante de Companhia Independente, 15
(quinze) cargos de Comandante de Companhia, 04
m) 95ª CIPM – Catu; (quatro) cargos de Subcomandante de Esquadrão,
34 (trinta e quatro) cargos de Comandante de Base
n) 96ª CIPM - Sobradinho; Comunitária de Segurança e 32 (trinta e dois)
cargos de Coordenador III;
o) 97ª CIPM - Irará;
VI - símbolo DAI-5: 01 (um) cargo de Secretário
p) 98ª CIPM - Ipirá; Administrativo I.

q) 99ª CIPM - Amargosa. Art. 66 - Ficam extintos, na estrutura de cargos em


comissão da Polícia Militar da Bahia, os seguintes
§ 2º - As Companhias Independentes de cargos:
Policiamento Especializado ficam localizadas nas
Regiões Noroeste, Central e Chapada. I - símbolo DAS-2B: 01 (um) cargo de Coordenador
de Missões Especiais e 03 (três) cargos de
Art. 65 - Ficam criados, na estrutura de cargos em Comandante de Policiamento Regional da Capital;
comissão da Polícia Militar da Bahia, os seguintes
cargos em comissão: II - símbolo DAS-2C: 03 (três) cargos de Diretor;

I - símbolo DAS-2B: 01 (um) cargo de Diretor do III - símbolo DAS-2D: 01(um) cargo de Comandante
Instituto de Ensino e Pesquisa, 02 (dois) cargos de de Grupamento Aéreo, 01 (um) cargo de
Diretor de Ensino, 01 (um) cargo de Diretor de Coordenador Adjunto, 01 (um) cargo de
Departamento, 05 (cinco) cargos de Comandante Subcomandante de Operações Policiais Militares,
de Policiamento e 01 (um) cargo de Comandante 01 (um) cargo de Corregedor Adjunto, 06 (seis)
de Operações de Inteligência; cargos de Subcomandante de Policiamento, 03
(três) cargos de Subcomandante de Policiamento
II - símbolo DAS-2C: 02 (dois) cargos de Assessor Regional da Capital, 10 (dez) cargos de Diretor
Especial, 01 (um) cargo de Assistente Militar I, 01 Adjunto e 01 (um) cargo de Assistente Militar II;
(um) cargo de Comandante de Grupamento Aéreo,
01 (um) cargo de Subcomandante de Operações IV - símbolo DAS-3: 12 (doze) cargos de
Policiais Militares, 01 (um) cargo de Comandante de Aeronaves.
Subcomandante de Operações de Inteligência, 11
(onze) cargos de Subcomandante de Policiamento, Art. 67 - Ficam alteradas as denominações das
02 (dois) cargos de Diretor Adjunto, 01 (um) cargo seguintes unidades:
de Corregedor Adjunto, 08 (oito) cargos de Diretor
Adjunto de Departamento, 01 (um) cargo de I - a Coordenadoria de Missões Especiais passa a
Ouvidor, 01 (um) cargo de Diretor Adjunto do denominar-se Comando de Operações de
Instituto de Ensino e Pesquisa, 04 (quatro) cargos Inteligência;
de Coordenador I e 01 (um) cargo de Coordenador
de Saúde; II - o Departamento de Ensino passa a denominar-
se Instituto de Ensino e Pesquisa;
III - símbolo DAS-2D: 03 (três) cargos de
Comandante de Batalhão, 01 (um) cargo de III - o Departamento de Planejamento passa a
Subcomandante de Grupamento Aéreo, 14 denominar-se Departamento de Planejamento,
(quatorze) cargos de Coordenador Técnico, 08 Orçamento e Gestão;
(oito) cargos de Diretor do Colégio da Polícia

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IV - o Batalhão de Apoio Operacional passa a § 1º - O direito de transferência de que trata o caput


denominar-se Batalhão de Polícia de Reforço deste artigo deverá ser formalizado por
Operacional. requerimento juntamente com a apresentação de
cópia do diploma de nível superior até 31 de
Art. 68 - Ficam extintas, na estrutura organizacional dezembro de 2020.
da Polícia Militar da Bahia, as seguintes unidades:
§ 2º - Será composta uma Comissão, por Portaria
I - o Departamento de Finanças; do Comando-Geral, para avaliar o cumprimento
dos requisitos estabelecidos para a opção.
II - a Auditoria;
§ 3º - Esta transferência será feita em caráter
III - o Serviço de Valorização Profissional - SEVAP. irretratável, e a situação funcional dos transferidos
será regida, exclusivamente, pelas normas legais e
Art. 69 - Ficam extintas, na estrutura organizacional regulamentares inerentes ao novo Quadro.
da Polícia Militar da Bahia, o Comando de
Operações de Bombeiros Militares, o Centro de Art. 74 - Os atuais ocupantes do Quadro de Oficiais
Atividades Técnicas de Bombeiros Militares, o de Saúde da Polícia Militar com formação médica
Comando Regional de Operações de Bombeiros ou médica veterinária e com formação em
Militares da Região Metropolitana de Salvador - odontologia passarão a integrar respectivamente o
RMS, o Comando Regional de Operações de Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia
Bombeiros Militares do Interior e os Grupamentos Militar/Médico - QOSPM/Médico e o Quadro de
de Bombeiros Militares, Unidades referentes ao Oficiais de Saúde da Polícia Militar/Odontólogo -
Corpo de Bombeiros Militar. QOSPM/Odontólogo.

Art. 70 - Ficam extintos, na estrutura de cargos em Parágrafo único - Após o enquadramento de que
comissão da Polícia Militar da Bahia, 02 (dois) trata o caput deste artigo fica extinto o Quadro de
cargos de Comandante Regional de Operações de Oficiais de Saúde da Polícia Militar.
Bombeiros Militares, símbolo DAS-2C, 01 (um)
cargo de Diretor, símbolo DAS-2C, 03 (três) cargos Art. 75 - Fica o Poder Executivo autorizado a
de Subcomandante de Operações de Bombeiros promover, no prazo de 90 (noventa) dias, os atos
Militares, símbolo DAS-2D, e 01 (um) cargo de necessários:
Diretor Adjunto, símbolo DAS-2D, referentes ao
Corpo de Bombeiros Militar. I - à expedição dos atos normativos indispensáveis
a sua aplicação;
Art. 71 - Ficam remanejados, da estrutura de
cargos em comissão da Polícia Militar da Bahia, II - às modificações orçamentárias que se fizerem
para o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia - necessárias ao cumprimento do disposto nesta Lei,
CBMBA, 01 (um) cargo de Comandante de respeitados os valores globais constantes do
Operações de Bombeiros Militares, símbolo DAS- Orçamento.
2B, 15 (quinze) cargos de Comandante de
Grupamento, símbolo DAS-2D, 15 (quinze) cargos Art. 76 - Fica revogada a Lei nº 9.848, de 29 de
de Subcomandante de Grupamento, símbolo DAS- dezembro de 2005.
3, 31 (trinta e um) cargos de Coordenador II,
símbolo DAS-3, e 15 (quinze) cargos de Art. 77 - Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias
Comandante de Subgrupamento, símbolo DAI-4. da data de sua publicação.

Art. 72 - A partir de 31 de dezembro de 2020, o PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA,


Quadro de Oficiais Auxiliares Policiais Militares - em 09 de dezembro de 2014.
QOAPM será extinto à medida que ocorrer a
vacância dos respectivos postos, sendo vedados, a JAQUES WAGNER
partir desta data, novos ingressos. Governador

Art. 73 - Aos Oficiais do Quadro de Oficiais


Auxiliares Políciais Militares - QOAPM, portadores
de diploma de nível superior, devidamente
reconhecido pelo Ministério da Educação, é
facultado o direito de transferirem-se para o Quadro
de Oficiais Especialistas Policiais Militares -
QOEPM.

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embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza


CÓDIGO PENAL pública ou a serviço do governo brasileiro onde
DECRETO-LEI NO 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940.
quer que se encontrem, bem como as aeronaves e
as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da
respectivamente, no espaço aéreo correspondente
atribuição que lhe confere o art. 180 da
ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
Constituição, decreta a seguinte Lei:
de 1984)
PARTE GERAL
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos
TÍTULO I
crimes praticados a bordo de aeronaves ou
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
embarcações estrangeiras de propriedade privada,
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
achando-se aquelas em pouso no território nacional
ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e
Anterioridade da Lei
estas em porto ou mar territorial do Brasil.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o
defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
7.209, de 1984)
Lei penal no tempo
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no
lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que
ou em parte, bem como onde se produziu ou
lei posterior deixa de considerar crime, cessando
deveria produzir-se o resultado.(Redação dada
em virtude dela a execução e os efeitos penais da
pela Lei nº 7.209, de 1984)
sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de
qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei
condenatória transitada em julgado. (Redação
nº 7.209, de 1984)
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
Lei excepcional ou temporária (Incluído pela
de 11.7.1984)
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária,
da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram,
b) contra o patrimônio ou a fé pública da
aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
União, do Distrito Federal, de Estado, de Território,
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída
Tempo do crime
pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no
momento da ação ou omissão, ainda que outro seja
c) contra a administração pública, por quem
o momento do resultado.(Redação dada pela Lei nº
está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
7.209, de 1984)
1984)
Territorialidade
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro
ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209,
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo
de 1984)
de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº
nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
7.209, de 11.7.1984)
1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se
obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
como extensão do território nacional as
1984)
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b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a
nº 7.209, de 1984) aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas conseqüências, pode ser homologada no
c) praticados em aeronaves ou embarcações Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, 11.7.1984)
quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) I - obrigar o condenado à reparação do dano,
a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído pela
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.(Incluído pela Lei nº II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído
7.209, de 1984) pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei Parágrafo único - A homologação depende:
brasileira depende do concurso das seguintes (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) para os efeitos previstos no inciso I, de
a) entrar o agente no território nacional; pedido da parte interessada; (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 7.209, de 11.7.1984)

b) ser o fato punível também no país em que b) para os outros efeitos, da existência de
foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) tratado de extradição com o país de cuja autoridade
judiciária emanou a sentença, ou, na falta de
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 1984)
Contagem de prazo (Redação dada pela Lei
d) não ter sido o agente absolvido no nº 7.209, de 11.7.1984)
estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984) Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo
do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos
e) não ter sido o agente perdoado no pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº
estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta 7.209, de 11.7.1984)
a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) Frações não computáveis da pena (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao
crime cometido por estrangeiro contra brasileiro Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas
fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações
no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
de 1984) (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição; Legislação especial (Incluída pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 7.209, de 11.7.1984)

b) houve requisição do Ministro da Justiça. Art. 12 - As regras gerais deste Código


(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial,
se esta não dispuser de modo diverso. (Redação
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
TÍTULO II
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro DO CRIME
atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando Relação de causalidade (Redação dada pela
idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)
Art. 13 - O resultado, de que depende a
Eficácia de sentença estrangeira (Redação existência do crime, somente é imputável a quem
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou

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omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Desistência voluntária e arrependimento
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) eficaz (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Superveniência de causa independente
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 15 - O agente que, voluntariamente,
desiste de prosseguir na execução ou impede que
§ 1º - A superveniência de causa o resultado se produza, só responde pelos atos já
relativamente independente exclui a imputação praticados.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
quando, por si só, produziu o resultado; os fatos 11.7.1984)
anteriores, entretanto, imputam-se a quem os
praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Arrependimento posterior (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência
ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
§ 2º - A omissão é penalmente relevante restituída a coisa, até o recebimento da denúncia
quando o omitente devia e podia agir para evitar o ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
resultado. O dever de agir incumbe a será reduzida de um a dois terços. (Redação dada
quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) tenha por lei obrigação de cuidado, Crime impossível (Redação dada pela Lei nº
proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, 7.209, de 11.7.1984)
de 11.7.1984)
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
de impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, impropriedade do objeto, é impossível consumar-
de 11.7.1984) se o crime.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
c) com seu comportamento anterior, criou o
risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela
nº 7.209, de 11.7.1984) Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 11.7.1984)

Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, I - doloso, quando o agente quis o resultado
de 11.7.1984) ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
I - consumado, quando nele se reúnem todos
os elementos de sua definição legal; (Incluído pela Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 11.7.1984)

Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de II - culposo, quando o agente deu causa ao
11.7.1984) resultado por imprudência, negligência ou
imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não
se consuma por circunstâncias alheias à vontade Parágrafo único - Salvo os casos expressos
do agente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto
11.7.1984) como crime, senão quando o pratica dolosamente.
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984) Agravação pelo resultado (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo disposição em
contrário, pune-se a tentativa com a pena Art. 19 - Pelo resultado que agrava
correspondente ao crime consumado, diminuída de especialmente a pena, só responde o agente que o
um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de houver causado ao menos
11.7.1984) culposamente.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

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Erro sobre elementos do tipo (Redação dada Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica
tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
punição por crime culposo, se previsto em lei. 11.7.1984)
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela
Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº
§ 1º - É isento de pena quem, por erro 7.209, de 11.7.1984)
plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação III - em estrito cumprimento de dever legal ou
legítima. Não há isenção de pena quando o erro no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº
deriva de culpa e o fato é punível como crime 7.209, de 11.7.1984)
culposo.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Erro determinado por terceiro (Incluído pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - O agente, em qualquer das
hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso
§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
determina o erro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 11.7.1984)
de 11.7.1984)
Estado de necessidade
Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Art. 24 - Considera-se em estado de
necessidade quem pratica o fato para salvar de
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o perigo atual, que não provocou por sua vontade,
crime é praticado não isenta de pena. Não se nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
consideram, neste caso, as condições ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº
quem o agente queria praticar o crime. (Incluído 7.209, de 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade
Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 21 - O desconhecimento da lei é § 2º - Embora seja razoável exigir-se o


inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela
diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legítima defesa
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro
se o agente atua ou se omite sem a consciência da Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem,
ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas usando moderadamente dos meios necessários,
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) seu ou de outrem.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Coação irresistível e obediência hierárquica
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) TÍTULO III
DA IMPUTABILIDADE PENAL
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação
irresistível ou em estrita obediência a ordem, não Inimputáveis
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só
é punível o autor da coação ou da ordem.(Redação Art. 26 - É isento de pena o agente que, por
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou
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da omissão, inteiramente incapaz de entender o PARTE ESPECIAL


caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº TÍTULO I
7.209, de 11.7.1984) DOS CRIMES CONTRA A PESSOA

Redução de pena CAPÍTULO I


DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de
um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por Homicídio simples
desenvolvimento mental incompleto ou retardado
não era inteiramente capaz de entender o caráter Art. 121. Matar alguem:
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
7.209, de 11.7.1984)
Caso de diminuição de pena
Menores de dezoito anos
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são
motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
domínio de violenta emoção, logo em seguida a
normas estabelecidas na legislação especial.
injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
pena de um sexto a um terço.
Emoção e paixão
Homicídio qualificado
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 2° Se o homicídio é cometido:

I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela I - mediante paga ou promessa de


Lei nº 7.209, de 11.7.1984) recompensa, ou por outro motivo torpe;

Embriaguez II - por motivo futil;


II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo
álcool ou substância de efeitos análogos.(Redação III - com emprego de veneno, fogo, explosivo,
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou
de que possa resultar perigo comum;
§ 1º - É isento de pena o agente que, por
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito IV - à traição, de emboscada, ou mediante
ou força maior, era, ao tempo da ação ou da dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
omissão, inteiramente incapaz de entender o torne impossivel a defesa do ofendido;
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº V - para assegurar a execução, a ocultação,
7.209, de 11.7.1984) a impunidade ou vantagem de outro crime:

§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois


Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
terços, se o agente, por embriaguez, proveniente
de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104,
de entender o caráter ilícito do fato ou de de 2015)
determinar-se de acordo com esse
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de VI - contra a mulher por razões da condição
11.7.1984). de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104,
de 2015)

VII – contra autoridade ou agente


descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da
Força Nacional de Segurança Pública, no

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exercício da função ou em decorrência dela, ou I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses


contra seu cônjuge, companheiro ou parente posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 13.104, de 2015)
condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. anos, maior de 60 (sessenta) anos, com
deficiência ou portadora de doenças
§ 2o-A Considera-se que há razões de degenerativas que acarretem condição limitante
condição de sexo feminino quando o crime ou de vulnerabilidade física ou mental; (Redação
envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) dada pela Lei nº 13.771, de 2018)

I - violência doméstica e familiar; (Incluído III - na presença física ou virtual de


pela Lei nº 13.104, de 2015) descendente ou de ascendente da
vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de
2018)
II - menosprezo ou discriminação à condição
de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de
2015) IV - em descumprimento das medidas
protetivas de urgência previstas nos incisos
I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7
Homicídio culposo de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771,
de 2018)
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº
4.611, de 1965) Induzimento, instigação ou auxílio a
suicídio
Pena - detenção, de um a três anos.
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a
Aumento de pena suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:

§ 4o No homicídio culposo, a pena é Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o


aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três
de inobservância de regra técnica de profissão, anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão
arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar corporal de natureza grave.
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar Parágrafo único - A pena é duplicada:
prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a
pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é
Aumento de pena
praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze)
ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada
pela Lei nº 10.741, de 2003) I - se o crime é praticado por motivo
egoístico;
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por
juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as qualquer causa, a capacidade de resistência.
conseqüências da infração atingirem o próprio
agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, Infanticídio
de 24.5.1977)
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado
§6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo
até a metade se o crime for praticado por milícia após:
privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança, ou por grupo de Pena - detenção, de dois a seis anos.
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)

§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de


1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de
2015)
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Aborto provocado pela gestante ou com seu CAPÍTULO II


consentimento DAS LESÕES CORPORAIS

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou Lesão corporal


consentir que outrem lho provoque: (Vide ADPF
54) Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a
saúde de outrem:
Pena - detenção, de um a três anos.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Aborto provocado por terceiro
Lesão corporal de natureza grave
Art. 125 - Provocar aborto, sem o
consentimento da gestante: § 1º Se resulta:

Pena - reclusão, de três a dez anos. I - Incapacidade para as ocupações


habituais, por mais de trinta dias;
Art. 126 - Provocar aborto com o
consentimento da gestante: (Vide ADPF 54) II - perigo de vida;

Pena - reclusão, de um a quatro anos. III - debilidade permanente de membro,


sentido ou função;
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo
anterior, se a gestante não é maior de quatorze IV - aceleração de parto:
anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o
consentimento é obtido mediante fraude, grave Pena - reclusão, de um a cinco anos.
ameaça ou violência
§ 2° Se resulta:
Forma qualificada
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
Art. 127 - As penas cominadas nos dois
artigos anteriores são aumentadas de um terço,
se, em conseqüência do aborto ou dos meios II - enfermidade incuravel;
empregados para provocá-lo, a gestante sofre
lesão corporal de natureza grave; e são III perda ou inutilização do membro, sentido
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, ou função;
lhe sobrevém a morte.
IV - deformidade permanente;
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por
médico: (Vide ADPF 54) V - aborto:

Aborto necessário Pena - reclusão, de dois a oito anos.

I - se não há outro meio de salvar a vida da Lesão corporal seguida de morte


gestante;
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias
Aborto no caso de gravidez resultante de evidenciam que o agente não quís o resultado,
estupro nem assumiu o risco de produzí-lo:

II - se a gravidez resulta de estupro e o Pena - reclusão, de quatro a doze anos.


aborto é precedido de consentimento da gestante
ou, quando incapaz, de seu representante legal. Diminuição de pena

§ 4° Se o agente comete o crime impelido por


motivo de relevante valor social ou moral ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a

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injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a cometido contra pessoa portadora de
pena de um sexto a um terço. deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)

Substituição da pena § 12. Se a lesão for praticada contra


autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, da Constituição Federal, integrantes do sistema
pode ainda substituir a pena de detenção pela de prisional e da Força Nacional de Segurança
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão
I - se ocorre qualquer das hipóteses do
parágrafo anterior; dessa condição, a pena é aumentada de um a
dois terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
II - se as lesões são recíprocas.
CAPÍTULO III
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Lesão corporal culposa
Perigo de contágio venéreo
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611,
de 1965) Art. 130 - Expor alguém, por meio de
relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a
Pena - detenção, de dois meses a um ano. contágio de moléstia venérea, de que sabe ou
deve saber que está contaminado:
Aumento de pena
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou
§7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se multa.
ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do
art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei § 1º - Se é intenção do agente transmitir a
nº 12.720, de 2012) moléstia:

§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto Pena - reclusão, de um a quatro anos, e


no § 5º do art. 121.(Redação dada pela Lei nº multa.
8.069, de 1990)
§ 2º - Somente se procede mediante
representação.
Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº
10.886, de 2004)
Perigo de contágio de moléstia grave
§ 9o Se a lesão for praticada contra
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a
ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
outrem moléstia grave de que está contaminado,
companheiro, ou com quem conviva ou tenha ato capaz de produzir o contágio:
convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das
relações domésticas, de coabitação ou de Pena - reclusão, de um a quatro anos, e
hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, multa.
de 2006)
Perigo para a vida ou saúde de outrem
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três)
anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem
a perigo direto e iminente:
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a
3o deste artigo, se as circunstâncias são as Pena - detenção, de três meses a um ano, se
indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena o fato não constitui crime mais grave.
em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de
2004)
Parágrafo único. A pena é aumentada de
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a um sexto a um terço se a exposição da vida ou da
pena será aumentada de um terço se o crime for saúde de outrem a perigo decorre do transporte
de pessoas para a prestação de serviços em

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estabelecimentos de qualquer natureza, em Omissão de socorro


desacordo com as normas legais. (Incluído pela
Lei nº 9.777, de 1998) Art. 135 - Deixar de prestar assistência,
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
Abandono de incapaz criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o
seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, socorro da autoridade pública:
por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos
riscos resultantes do abandono: Pena - detenção, de um a seis meses, ou
multa.
Pena - detenção, de seis meses a três anos.
Parágrafo único - A pena é aumentada de
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal metade, se da omissão resulta lesão corporal de
de natureza grave: natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Pena - reclusão, de um a cinco anos. Condicionamento de atendimento médico-


hospitalar emergencial (Incluído pela Lei nº
12.653, de 2012).
§ 2º - Se resulta a morte:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota
promissória ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prévio de formulários
Aumento de pena administrativos, como condição para o
atendimento médico-hospitalar
§ 3º - As penas cominadas neste artigo emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de
aumentam-se de um terço: 2012).

I - se o abandono ocorre em lugar ermo; Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)


ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de
II - se o agente é ascendente ou 2012).
descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da
vítima. Parágrafo único. A pena é aumentada até o
dobro se da negativa de atendimento resulta lesão
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) corporal de natureza grave, e até o triplo se
anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de
2012).
Exposição ou abandono de recém-nascido
Maus-tratos
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde
nascido, para ocultar desonra própria:
de pessoa sob sua autoridade, guarda ou
vigilância, para fim de educação, ensino,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. tratamento ou custódia, quer privando-a de
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado,
natureza grave: quer abusando de meios de correção ou
disciplina:
Pena - detenção, de um a três anos.
Pena - detenção, de dois meses a um ano,
§ 2º - Se resulta a morte: ou multa.

Pena - detenção, de dois a seis anos. § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de


natureza grave:

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

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§ 2º - Se resulta a morte: Difamação

Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato
ofensivo à sua reputação:
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o
crime é praticado contra pessoa menor de 14 Pena - detenção, de três meses a um ano, e
(catorze) anos. (Incluído pela Lei nº 8.069, multa.
de 1990)
Exceção da verdade
CAPÍTULO IV
DA RIXA Parágrafo único - A exceção da verdade
somente se admite se o ofendido é funcionário
Rixa público e a ofensa é relativa ao exercício de suas
funções.
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para
separar os contendores: Injúria

Pena - detenção, de quinze dias a dois Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a
meses, ou multa. dignidade ou o decoro:

Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão Pena - detenção, de um a seis meses, ou


corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da multa.
participação na rixa, a pena de detenção, de seis
meses a dois anos. § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:

CAPÍTULO V I - quando o ofendido, de forma reprovável,


DOS CRIMES CONTRA A HONRA provocou diretamente a injúria;

Calúnia II - no caso de retorsão imediata, que


consista em outra injúria.
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe
falsamente fato definido como crime: § 2º - Se a injúria consiste em violência ou
vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, empregado, se considerem aviltantes:
e multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, multa, além da pena correspondente à violência.
sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou
portadora de deficiência: (Redação dada pela
Exceção da verdade
Lei nº 10.741, de 2003)

§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:


Pena - reclusão de um a três anos e
multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)
I - se, constituindo o fato imputado crime de
ação privada, o ofendido não foi condenado por Disposições comuns
sentença irrecorrível;
Art. 141 - As penas cominadas neste
II - se o fato é imputado a qualquer das
Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer
pessoas indicadas no nº I do art. 141;
dos crimes é cometido:

III - se do crime imputado, embora de ação


I - contra o Presidente da República, ou
pública, o ofendido foi absolvido por sentença contra chefe de governo estrangeiro;
irrecorrível.

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II - contra funcionário público, em razão de Art. 145 - Nos crimes previstos neste
suas funções; Capítulo somente se procede mediante queixa,
salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da
III - na presença de várias pessoas, ou por violência resulta lesão corporal.
meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria. Parágrafo único. Procede-se mediante
requisição do Ministro da Justiça, no caso do
inciso I do caput do art. 141 deste Código, e
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta)
mediante representação do ofendido, no caso do
anos ou portadora de deficiência, exceto no caso inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do §
de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de
3o do art. 140 deste Código. (Redação dada
2003)
pela Lei nº 12.033. de 2009)

Parágrafo único - Se o crime é cometido CAPÍTULO VI


mediante paga ou promessa de recompensa, DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE
aplica-se a pena em dobro. INDIVIDUAL

Exclusão do crime
SEÇÃO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE
Art. 142 - Não constituem injúria ou PESSOAL
difamação punível:
Constrangimento ilegal
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão
da causa, pela parte ou por seu procurador;
Art. 146 - Constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver
II - a opinião desfavorável da crítica literária, reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade
artística ou científica, salvo quando inequívoca a de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou
intenção de injuriar ou difamar; a fazer o que ela não manda:

III - o conceito desfavorável emitido por Pena - detenção, de três meses a um ano, ou
funcionário público, em apreciação ou informação multa.
que preste no cumprimento de dever do ofício.
Aumento de pena
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III,
responde pela injúria ou pela difamação quem lhe
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente
dá publicidade.
e em dobro, quando, para a execução do crime,
se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego
Retratação de armas.

Art. 143 - O querelado que, antes da § 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se
sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da as correspondentes à violência.
difamação, fica isento de pena.
§ 3º - Não se compreendem na disposição
Parágrafo único. Nos casos em que o deste artigo:
querelado tenha praticado a calúnia ou a
difamação utilizando-se de meios de I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o
comunicação, a retratação dar-se-á, se assim consentimento do paciente ou de seu
desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que
representante legal, se justificada por iminente
se praticou a ofensa. (Incluído pela Lei nº perigo de vida;
13.188, de 2015)
II - a coação exercida para impedir suicídio.
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou
frases, se infere calúnia, difamação ou injúria,
quem se julga ofendido pode pedir explicações em Ameaça
juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério
do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra,
ofensa. escrito ou gesto, ou qualquer outro meio
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
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Pena - detenção, de um a seis meses, ou violência. (Redação dada pela Lei nº 10.803,
multa. de 11.12.2003)

Parágrafo único - Somente se procede § 1o Nas mesmas penas incorre


mediante representação. quem: (Incluído pela Lei nº 10.803, de
11.12.2003)
Seqüestro e cárcere privado
I – cerceia o uso de qualquer meio de
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, transporte por parte do trabalhador, com o fim de
mediante seqüestro ou cárcere privado: (Vide retê-lo no local de trabalho; (Incluído pela Lei
Lei nº 10.446, de 2002) nº 10.803, de 11.12.2003)

Pena - reclusão, de um a três anos. II – mantém vigilância ostensiva no local de


trabalho ou se apodera de documentos ou objetos
pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco
anos: local de trabalho. (Incluído pela Lei nº 10.803,
de 11.12.2003)
I – se a vítima é ascendente, descendente,
§ 2o A pena é aumentada de metade, se o
cônjuge ou companheiro do agente ou maior de
crime é cometido: (Incluído pela Lei nº 10.803,
60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei
de 11.12.2003)
nº 11.106, de 2005)

I – contra criança ou
II - se o crime é praticado mediante
adolescente; (Incluído pela Lei nº 10.803, de
internação da vítima em casa de saúde ou
11.12.2003)
hospital;

II – por motivo de preconceito de raça, cor,


III - se a privação da liberdade dura mais de
quinze dias. etnia, religião ou origem. (Incluído pela Lei nº
10.803, de 11.12.2003)
IV – se o crime é praticado contra menor de
Tráfico de Pessoas (Incluído pela
18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº
Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
11.106, de 2005)

V – se o crime é praticado com fins Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar,


libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher
2005) pessoa, mediante grave ameaça, violência,
coação, fraude ou abuso, com a finalidade
de: (Incluído pela Lei nº 13.344, de
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus- 2016) (Vigência)
tratos ou da natureza da detenção, grave
sofrimento físico ou moral:
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do
corpo; (Incluído pela Lei nº 13.344, de
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 2016) (Vigência)

Redução a condição análoga à de escravo II - submetê-la a trabalho em condições


análogas à de escravo; (Incluído pela Lei
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga nº 13.344, de 2016) (Vigência)
à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o III - submetê-la a qualquer tipo de
a condições degradantes de trabalho, quer servidão; (Incluído pela Lei nº 13.344, de
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção 2016) (Vigência)
em razão de dívida contraída com o empregador
ou preposto: (Redação dada pela Lei nº
IV - adoção ilegal; ou (Incluído pela
10.803, de 11.12.2003)
Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa,
V - exploração sexual. (Incluído
além da pena correspondente à
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
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Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) § 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o


anos, e multa. (Incluído pela Lei nº fato é cometido por funcionário público, fora dos
13.344, de 2016) (Vigência) casos legais, ou com inobservância das
formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a do poder.
metade se: (Incluído pela Lei nº 13.344,
de 2016) (Vigência) § 3º - Não constitui crime a entrada ou
permanência em casa alheia ou em suas
I - o crime for cometido por funcionário dependências:
público no exercício de suas funções ou a pretexto
de exercê-las; (Incluído pela Lei nº I - durante o dia, com observância das
13.344, de 2016) (Vigência) formalidades legais, para efetuar prisão ou outra
diligência;
II - o crime for cometido contra criança,
adolescente ou pessoa idosa ou com II - a qualquer hora do dia ou da noite,
deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.344, quando algum crime está sendo ali praticado ou
de 2016) (Vigência) na iminência de o ser.

III - o agente se prevalecer de relações de § 4º - A expressão "casa" compreende:


parentesco, domésticas, de coabitação, de
hospitalidade, de dependência econômica, de I - qualquer compartimento habitado;
autoridade ou de superioridade hierárquica
inerente ao exercício de emprego, cargo ou II - aposento ocupado de habitação coletiva;
função; ou (Incluído pela Lei nº 13.344,
de 2016) (Vigência)
III - compartimento não aberto ao público,
onde alguém exerce profissão ou atividade.
IV - a vítima do tráfico de pessoas for
retirada do território nacional. (Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) § 5º - Não se compreendem na expressão
"casa":
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços
se o agente for primário e não integrar I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra
organização criminosa. (Incluído pela Lei habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a
nº 13.344, de 2016) (Vigência) restrição do n.º II do parágrafo anterior;

SEÇÃO II II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo


DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE gênero.
DO DOMICÍLIO
SEÇÃO III
Violação de domicílio DOS CRIMES CONTRA A
INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina
ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa Violação de correspondência
ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou
em suas dependências: Art. 151 - Devassar indevidamente o
conteúdo de correspondência fechada, dirigida a
Pena - detenção, de um a três meses, ou outrem:
multa.
Pena - detenção, de um a seis meses, ou
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, multa.
ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência
ou de arma, ou por duas ou mais pessoas: Sonegação ou destruição de
correspondência
Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
além da pena correspondente à violência. § 1º - Na mesma pena incorre:

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I - quem se apossa indevidamente de Pena - detenção, de um a seis meses, ou


correspondência alheia, embora não fechada e, no multa.
todo ou em parte, a sonega ou destrói;
§ 1º Somente se procede mediante
Violação de comunicação telegráfica, representação. (Parágrafo único renumerado pela
radioelétrica ou telefônica Lei nº 9.983, de 2000)

II - quem indevidamente divulga, transmite a § 1o-A. Divulgar, sem justa causa,


outrem ou utiliza abusivamente comunicação informações sigilosas ou reservadas, assim
telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de
conversação telefônica entre outras pessoas; informações ou banco de dados da Administração
Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - quem impede a comunicação ou a
conversação referidas no número anterior; Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
IV - quem instala ou utiliza estação ou 2000)
aparelho radioelétrico, sem observância de
disposição legal. § 2o Quando resultar prejuízo para a
Administração Pública, a ação penal será
§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
há dano para outrem. 2000)

§ 3º - Se o agente comete o crime, com Violação do segredo profissional


abuso de função em serviço postal, telegráfico,
radioelétrico ou telefônico: Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa,
segredo, de que tem ciência em razão de função,
Pena - detenção, de um a três anos. ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação
possa produzir dano a outrem:
§ 4º - Somente se procede mediante
representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § Pena - detenção, de três meses a um ano, ou
3º. multa.

Correspondência comercial Parágrafo único - Somente se procede


mediante representação.
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou
empregado de estabelecimento comercial ou Invasão de dispositivo
industrial para, no todo ou em parte, desviar, informático (Incluído pela Lei nº 12.737, de
sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou 2012) Vigência
revelar a estranho seu conteúdo:
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático
Pena - detenção, de três meses a dois anos. alheio, conectado ou não à rede de computadores,
mediante violação indevida de mecanismo de
segurança e com o fim de obter, adulterar ou
Parágrafo único - Somente se procede
mediante representação. destruir dados ou informações sem autorização
expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
instalar vulnerabilidades para obter vantagem
SEÇÃO IV ilícita: (Incluído pela Lei nº 12.737, de
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE 2012) Vigência
DOS SEGREDOS
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
Divulgação de segredo ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.737, de
2012) Vigência
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa,
conteúdo de documento particular ou de § 1o Na mesma pena incorre quem produz,
correspondência confidencial, de que é oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou
destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa programa de computador com o intuito de permitir
produzir dano a outrem: a prática da conduta definida

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no caput. (Incluído pela Lei nº 12.737, de representação, salvo se o crime é cometido contra
2012) Vigência a administração pública direta ou indireta de
qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito
§ 2o Aumenta-se a pena de um sexto a um Federal ou Municípios ou contra empresas
terço se da invasão resulta prejuízo concessionárias de serviços públicos. (Incluído
econômico. (Incluído pela Lei nº 12.737, de pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
2012) Vigência
TÍTULO II
§ 3o Se da invasão resultar a obtenção de DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
conteúdo de comunicações eletrônicas privadas,
segredos comerciais ou industriais, informações CAPÍTULO I
sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle DO FURTO
remoto não autorizado do dispositivo
invadido: (Incluído pela Lei nº 12.737, de Furto
2012) Vigência
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem,
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 coisa alheia móvel:
(dois) anos, e multa, se a conduta não constitui
crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 12.737,
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e
de 2012) Vigência
multa.

§ 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o


pena de um a dois terços se houver divulgação, crime é praticado durante o repouso noturno.
comercialização ou transmissão a terceiro, a
qualquer título, dos dados ou informações
obtidos. (Incluído pela Lei nº 12.737, de § 2º - Se o criminoso é primário, e é de
2012) Vigência pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente
§ 5o Aumenta-se a pena de um terço à a pena de multa.
metade se o crime for praticado
contra: (Incluído pela Lei nº 12.737, de
2012) Vigência § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia
elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
I - Presidente da República, governadores e
prefeitos; (Incluído pela Lei nº 12.737, de
2012) Vigência Furto qualificado

II - Presidente do Supremo Tribunal § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito


Federal; (Incluído pela Lei nº 12.737, de anos, e multa, se o crime é cometido:
2012) Vigência
I - com destruição ou rompimento de
III - Presidente da Câmara dos Deputados, obstáculo à subtração da coisa;
do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de
Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal II - com abuso de confiança, ou mediante
ou de Câmara Municipal; ou (Incluído pela Lei fraude, escalada ou destreza;
nº 12.737, de 2012) Vigência
III - com emprego de chave falsa;
IV - dirigente máximo da administração
direta e indireta federal, estadual, municipal ou do IV - mediante concurso de duas ou mais
Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 12.737, de pessoas.
2012) Vigência
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a
Ação penal (Incluído pela Lei nº 12.737, 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de
de 2012) Vigência explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 2018)
154-A, somente se procede mediante

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§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço)


anos, se a subtração for de veículo automotor que até metade: (Redação dada pela Lei nº
venha a ser transportado para outro Estado ou 13.654, de 2018)
para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426,
de 1996) I – (revogado); (Redação dada pela Lei
nº 13.654, de 2018)
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5
(cinco) anos se a subtração for de semovente II - se há o concurso de duas ou mais
domesticável de produção, ainda que abatido ou pessoas;
dividido em partes no local da
subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de III - se a vítima está em serviço de transporte
2016) de valores e o agente conhece tal circunstância.

§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 IV - se a subtração for de veículo automotor


(dez) anos e multa, se a subtração for de
que venha a ser transportado para outro Estado
substâncias explosivas ou de acessórios que,
ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº
conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
9.426, de 1996)
fabricação, montagem ou
emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018) V - se o agente mantém a vítima em seu
poder, restringindo sua
liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426,
Furto de coisa comum
de 1996)

Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro


VI – se a subtração for de substâncias
ou sócio, para si ou para outrem, a quem
explosivas ou de acessórios que, conjunta ou
legitimamente a detém, a coisa comum:
isoladamente, possibilitem sua fabricação,
montagem ou emprego. (Incluído pela Lei
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, nº 13.654, de 2018)
ou multa.
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois
§ 1º - Somente se procede mediante terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de
representação. 2018)

§ 2º - Não é punível a subtração de coisa I – se a violência ou ameaça é exercida com


comum fungível, cujo valor não excede a quota a emprego de arma de fogo; (Incluído pela
que tem direito o agente. Lei nº 13.654, de 2018)

CAPÍTULO II II – se há destruição ou rompimento de


DO ROUBO E DA EXTORSÃO obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de
artefato análogo que cause perigo
Roubo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018)
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si
ou para outrem, mediante grave ameaça ou § 3º Se da violência
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por resulta: (Redação dada pela Lei nº
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de 13.654, de 2018)
resistência:
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e
multa. multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018)
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo
depois de subtraída a coisa, emprega violência II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte)
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de a 30 (trinta) anos, e multa. (Incluído pela
assegurar a impunidade do crime ou a detenção Lei nº 13.654, de 2018)
da coisa para si ou para terceiro.

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Extorsão Pena - reclusão, de dezesseis a vinte


e quatro anos. (Redação dada pela
Art. 158 - Constranger alguém, mediante Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem § 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar 8.072, de 25.7.90
de fazer alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e


Pena - reclusão, de vinte e quatro a
multa. trinta anos. (Redação dada pela Lei
nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou
mais pessoas, ou com emprego de arma, § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o
aumenta-se a pena de um terço até metade. concorrente que o denunciar à autoridade,
facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada pena reduzida de um a dois
mediante violência o disposto no § 3º do artigo terços. (Redação dada pela Lei nº
anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 9.269, de 1996)

§ 3o Se o crime é cometido mediante a Extorsão indireta


restrição da liberdade da vítima, e essa condição é
necessária para a obtenção da vantagem Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de
econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 dívida, abusando da situação de alguém,
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão documento que pode dar causa a procedimento
corporal grave ou morte, aplicam-se as penas criminal contra a vítima ou contra terceiro:
previstas no art. 159, §§ 2o e 3o,
respectivamente. (Incluído pela Lei nº Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
11.923, de 2009)
CAPÍTULO III
Extorsão mediante seqüestro DA USURPAÇÃO

Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de Alteração de limites


obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do
resgate: Vide Lei nº 8.072, de Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume,
25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002) marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha
divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte,
de coisa imóvel alheia:
Pena - reclusão, de oito a quinze
anos.. (Redação dada pela Lei nº Pena - detenção, de um a seis meses, e
8.072, de 25.7.1990) multa.

§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e § 1º - Na mesma pena incorre quem:


quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o Usurpação de águas
crime é cometido por bando ou
quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de
25.7.90 (Redação dada pela Lei nº I - desvia ou represa, em proveito próprio ou
10.741, de 2003) de outrem, águas alheias;

Esbulho possessório
Pena - reclusão, de doze a vinte
anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072,
II - invade, com violência a pessoa ou grave
de 25.7.1990)
ameaça, ou mediante concurso de mais de duas
pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de esbulho possessório.
natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de
25.7.90

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§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre Pena - detenção, de quinze dias a seis


também na pena a esta cominada. meses, ou multa.

§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há Dano em coisa de valor artístico,


emprego de violência, somente se procede arqueológico ou histórico
mediante queixa.
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar
Supressão ou alteração de marca em coisa tombada pela autoridade competente em
animais virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico:

Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal e multa.
indicativo de propriedade:
Alteração de local especialmente
Pena - detenção, de seis meses a três anos, protegido
e multa.
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade
CAPÍTULO IV competente, o aspecto de local especialmente
DO DANO protegido por lei:

Dano Pena - detenção, de um mês a um ano, ou


multa.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar
coisa alheia: Ação penal

Pena - detenção, de um a seis meses, ou Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV
multa. do seu parágrafo e do art. 164, somente se
procede mediante queixa.
Dano qualificado
CAPÍTULO V
Parágrafo único - Se o crime é cometido: DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA

I - com violência à pessoa ou grave ameaça; Apropriação indébita

II - com emprego de substância inflamável ou Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel,
explosiva, se o fato não constitui crime mais grave de que tem a posse ou a detenção:

III - contra o patrimônio da União, de Estado, Pena - reclusão, de um a quatro anos, e


do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, multa.
fundação pública, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de Aumento de pena
serviços públicos; (Redação dada pela Lei
nº 13.531, de 2017) § 1º - A pena é aumentada de um terço,
quando o agente recebeu a coisa:
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo
considerável para a vítima: I - em depósito necessário;

Pena - detenção, de seis meses a três anos, II - na qualidade de tutor, curador, síndico,
e multa, além da pena correspondente à violência. liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial;
Introdução ou abandono de animais em
propriedade alheia III - em razão de ofício, emprego ou
profissão.
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em
propriedade alheia, sem consentimento de quem
de direito, desde que o fato resulte prejuízo:

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Apropriação indébita § 4o A faculdade prevista no § 3o deste


previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983, de artigo não se aplica aos casos de parcelamento de
2000) contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios,
seja superior àquele estabelecido,
administrativamente, como sendo o mínimo para o
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído
social as contribuições recolhidas dos pela Lei nº 13.606, de 2018)
contribuintes, no prazo e forma legal ou
convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Apropriação de coisa havida por erro,
caso fortuito ou força da natureza
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa
alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito
1o
§ Nas mesmas penas incorre quem deixar ou força da natureza:
de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou multa.
outra importância destinada à previdência social
que tenha sido descontada de pagamento
efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Apropriação de tesouro
II – recolher contribuições devidas à
previdência social que tenham integrado despesas I - quem acha tesouro em prédio alheio e se
contábeis ou custos relativos à venda de produtos apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem
ou à prestação de serviços; (Incluído pela Lei nº direito o proprietário do prédio;
9.983, de 2000)
Apropriação de coisa achada
III - pagar benefício devido a segurado,
quando as respectivas cotas ou valores já tiverem II - quem acha coisa alheia perdida e dela se
sido reembolsados à empresa pela previdência apropria, total ou parcialmente, deixando de
social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de
entregá-la à autoridade competente, dentro no
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, prazo de quinze dias.
espontaneamente, declara, confessa e efetua o
pagamento das contribuições, importâncias ou Art. 170 - Nos crimes previstos neste
valores e presta as informações devidas à Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.
previdência social, na forma definida em lei ou
regulamento, antes do início da ação CAPÍTULO VI
fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES

§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a Estelionato


pena ou aplicar somente a de multa se o agente
for primário e de bons antecedentes, desde
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem,
que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício,
I – tenha promovido, após o início da ação ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
fiscal e antes de oferecida a denúncia, o
pagamento da contribuição social previdenciária,
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa,
inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº
de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
9.983, de 2000)

§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de
II – o valor das contribuições devidas,
pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a
inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
estabelecido pela previdência social,
administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
pela Lei nº 9.983, de 2000)

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Disposição de coisa alheia como própria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao


serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº
I - vende, permuta, dá em pagamento, em 8.137, de 27.12.1990)
locação ou em garantia coisa alheia como própria;
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro)
Alienação ou oneração fraudulenta de anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137,
coisa própria de 27.12.1990)

II - vende, permuta, dá em pagamento ou em Parágrafo único. Nas mesmas penas


garantia coisa própria inalienável, gravada de incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender escrituração do Livro de Registro de
a terceiro, mediante pagamento em prestações, Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968)
silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Abuso de incapazes
Defraudação de penhor
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou
III - defrauda, mediante alienação não alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência
consentida pelo credor ou por outro modo, a de menor, ou da alienação ou debilidade mental
garantia pignoratícia, quando tem a posse do de outrem, induzindo qualquer deles à prática de
objeto empenhado; ato suscetível de produzir efeito jurídico, em
prejuízo próprio ou de terceiro:
Fraude na entrega de coisa
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
IV - defrauda substância, qualidade ou
quantidade de coisa que deve entregar a alguém; Induzimento à especulação

Fraude para recebimento de indenização Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou


ou valor de seguro alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou
inferioridade mental de outrem, induzindo-o à
prática de jogo ou aposta, ou à especulação com
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta
títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber
coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde,
que a operação é ruinosa:
ou agrava as conseqüências da lesão ou doença,
com o intuito de haver indenização ou valor de
seguro; Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Fraude no pagamento por meio de cheque Fraude no comércio

VI - emite cheque, sem suficiente provisão de Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade
fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o comercial, o adquirente ou consumidor:
pagamento.
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita,
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o mercadoria falsificada ou deteriorada;
crime é cometido em detrimento de entidade de
direito público ou de instituto de economia popular, II - entregando uma mercadoria por outra:
assistência social ou beneficência.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
Estelionato contra idoso ou multa.

§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime § 1º - Alterar em obra que lhe é


for cometido contra idoso. (Incluído pela Lei nº encomendada a qualidade ou o peso de metal ou
13.228, de 2015) substituir, no mesmo caso, pedra verdadeira por
falsa ou por outra de menor valor; vender pedra
falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal
Duplicata simulada
de ou outra qualidade:
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
venda que não corresponda à mercadoria
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§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º. V - o diretor ou o gerente que, como garantia
de crédito social, aceita em penhor ou em caução
Outras fraudes ações da própria sociedade;

Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, VI - o diretor ou o gerente que, na falta de


alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de balanço, em desacordo com este, ou mediante
transporte sem dispor de recursos para efetuar o balanço falso, distribui lucros ou dividendos
pagamento: fictícios;

Pena - detenção, de quinze dias a dois VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por
meses, ou multa. interposta pessoa, ou conluiado com acionista,
consegue a aprovação de conta ou parecer;
Parágrafo único - Somente se procede
mediante representação, e o juiz pode, conforme VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III,
as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. IV, V e VII;

Fraudes e abusos na fundação ou IX - o representante da sociedade anônima


administração de sociedade por ações estrangeira, autorizada a funcionar no País, que
pratica os atos mencionados nos ns. I e II, ou dá
falsa informação ao Governo.
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade
por ações, fazendo, em prospecto ou em
comunicação ao público ou à assembléia, § 2º - Incorre na pena de detenção, de seis
afirmação falsa sobre a constituição da sociedade, meses a dois anos, e multa, o acionista que, a fim
ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo: de obter vantagem para si ou para outrem,
negocia o voto nas deliberações de assembléia
geral.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e
multa, se o fato não constitui crime contra a
economia popular. Emissão irregular de conhecimento de
depósito ou "warrant"
§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não
constitui crime contra a economia popular: (Vide Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou
Lei nº 1.521, de 1951) warrant, em desacordo com disposição legal:

I - o diretor, o gerente ou o fiscal de Pena - reclusão, de um a quatro anos, e


sociedade por ações, que, em prospecto, relatório, multa.
parecer, balanço ou comunicação ao público ou à
assembléia, faz afirmação falsa sobre as Fraude à execução
condições econômicas da sociedade, ou oculta
fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas Art. 179 - Fraudar execução, alienando,
relativo; desviando, destruindo ou danificando bens, ou
simulando dívidas:
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que
promove, por qualquer artifício, falsa cotação das Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
ações ou de outros títulos da sociedade; ou multa.

III - o diretor ou o gerente que toma Parágrafo único - Somente se procede


empréstimo à sociedade ou usa, em proveito mediante queixa.
próprio ou de terceiro, dos bens ou haveres
sociais, sem prévia autorização da assembléia CAPÍTULO VII
geral; DA RECEPTAÇÃO

IV - o diretor ou o gerente que compra ou Receptação


vende, por conta da sociedade, ações por ela
emitidas, salvo quando a lei o permite;
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar,
conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime, ou influir

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para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou Município ou de autarquia, fundação pública,
oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de empresa pública, sociedade de economia mista ou
1996) empresa concessionária de serviços públicos,
aplica-se em dobro a pena prevista
Pena - reclusão, de um a quatro no caput deste artigo. (Redação dada
pela Lei nº 13.531, de 2017)
anos, e multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.426, de 1996)
Receptação de animal
Receptação qualificada (Redação
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar,
conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com
a finalidade de produção ou de comercialização,
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir,
semovente domesticável de produção, ainda que
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
abatido ou dividido em partes, que deve saber ser
remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer
produto de crime: (Incluído pela Lei nº
forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no
13.330, de 2016)
exercício de atividade comercial ou industrial,
coisa que deve saber ser produto de
crime: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
1996) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.330, de
2016)
Pena - reclusão, de três a oito anos,
CAPÍTULO VIII
e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426,
DISPOSIÇÕES GERAIS
de 1996)
Art. 181 - É isento de pena quem comete
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para
qualquer dos crimes previstos neste título, em
efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de
prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
comércio irregular ou clandestino, inclusive o
exercício em residência. (Redação dada pela
Lei nº 9.426, de 1996) I - do cônjuge, na constância da sociedade
conjugal;
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua
natureza ou pela desproporção entre o valor e o II - de ascendente ou descendente, seja o
preço, ou pela condição de quem a oferece, deve parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou
presumir-se obtida por meio natural.
criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426,
de 1996) Art. 182 - Somente se procede mediante
representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741,
Pena - detenção, de um mês a um de 2003)
ano, ou multa, ou ambas as
penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, I - do cônjuge desquitado ou judicialmente
de 1996) separado;

§ 4º - A receptação é punível, ainda que II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;


desconhecido ou isento de pena o autor do crime
de que proveio a coisa. (Redação dada
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente
pela Lei nº 9.426, de 1996)
coabita.
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois
primário, pode o juiz, tendo em consideração as
artigos anteriores:
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na
receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do
art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou,
1996) em geral, quando haja emprego de grave ameaça
ou violência à pessoa;
§ 6o Tratando-se de bens do patrimônio da
União, de Estado, do Distrito Federal, de II - ao estranho que participa do crime.

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III – se o crime é praticado contra pessoa Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)


com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015,
anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) de 2009)

TÍTULO VI Parágrafo único. Se o crime é cometido


DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL com o fim de obter vantagem econômica, aplica-
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) se também multa. (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE Importunação sexual (Incluído pela Lei nº
SEXUAL 13.718, de 2018)
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a
Estupro sua anuência ato libidinoso com o objetivo de
satisfazer a própria lascívia ou a de
terceiro: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Art. 213. Constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
ou a praticar ou permitir que com ele se pratique Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos,
outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei se o ato não constitui crime mais grave. (Incluído
nº 12.015, de 2009) pela Lei nº 13.718, de 2018)

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) Art. 216. (Revogado pela Lei nº


anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 12.015, de 2009)
2009)
Assédio sexual (Incluído pela Lei nº
10.224, de 15 de 2001)
§ 1oSe da conduta resulta lesão corporal
de natureza grave ou se a vítima é menor de 18
(dezoito) ou maior de 14 (catorze) Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito
anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) superior hierárquico ou ascendência inerentes ao
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de exercício de emprego, cargo ou
2009) função. (Incluído pela Lei nº 10.224, de
15 de 2001)
§ 2o Se da conduta resulta
morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois)
2009) anos. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15
de 2001)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta)
Parágrafo
anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de
único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº
2009)
10.224, de 15 de 2001)

Art. 214 - (Revogado pela Lei nº § 2o A pena é aumentada em até um terço


12.015, de 2009) se a vítima é menor de 18 (dezoito)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
Violação sexual mediante 2009)
fraude (Redação dada pela Lei nº 12.015,
de 2009) CAPÍTULO I-A
(Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018)
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar
outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação de vontade da
vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, Registro não autorizado da intimidade
de 2009) sexual

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Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte)


registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter 2009)
íntimo e privado sem autorização dos
participantes: (Incluído pela Lei nº 13.772, de § 4o Se da conduta resulta
2018) morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1
(um) ano, e multa. Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Na mesma pena incorre
quem realiza montagem em fotografia, vídeo, § 5º As penas previstas no caput e nos §§
áudio ou qualquer outro registro com o fim de 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se
incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou independentemente do consentimento da vítima
libidinoso de caráter íntimo. (Incluído pela Lei nº ou do fato de ela ter mantido relações sexuais
13.772, de 2018) anteriormente ao crime. (Incluído pela Lei nº
13.718, de 2018)
CAPÍTULO II
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA Corrupção de menores
VULNERÁVEL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218. Induzir alguém menor de 14
(catorze) anos a satisfazer a lascívia de
Sedução outrem: (Redação dada pela Lei nº 12.015,
de 2009)
Art. 217 - (Revogado pela Lei nº
11.106, de 2005)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015,
Estupro de vulnerável (Incluído de 2009)
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou único. (VETADO). (Incluído pela Lei nº
praticar outro ato libidinoso com menor de 14 12.015, de 2009)
(catorze) anos: (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
Satisfação de lascívia mediante
presença de criança ou
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) adolescente (Incluído pela Lei nº 12.015,
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de de 2009)
2009)
Art. 218-A. Praticar, na presença de
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a
as ações descritas no caput com alguém que, por presenciar, conjunção carnal ou outro ato
enfermidade ou deficiência mental, não tem o libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou
necessário discernimento para a prática do ato, ou de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer 2009)
resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei 2009)
nº 12.015, de 2009)
Favorecimento da prostituição ou de
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal outra forma de exploração sexual de criança
de natureza grave: (Incluído pela Lei nº ou adolescente ou de
12.015, de 2009) vulnerável. (Redação dada pela Lei nº
12.978, de 2014)

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Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos,
prostituição ou outra forma de exploração sexual se o fato não constitui crime mais grave. (Incluído
alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por pela Lei nº 13.718, de 2018)
enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, Aumento de pena (Incluído pela Lei nº
facilitá-la, impedir ou dificultar que a 13.718, de 2018)
abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço)
a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) que mantém ou tenha mantido relação íntima de
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou
2009) humilhação. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)

§ 1o Se o crime é praticado com o fim de Exclusão de ilicitude (Incluído pela Lei nº


obter vantagem econômica, aplica-se também 13.718, de 2018)
multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
§ 2º Não há crime quando o agente pratica
as condutas descritas no caput deste artigo em
§ 2o Incorre nas mesmas publicação de natureza jornalística, científica,
penas: (Incluído pela Lei nº 12.015, de cultural ou acadêmica com a adoção de recurso
2009) que impossibilite a identificação da vítima,
ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior
I - quem pratica conjunção carnal ou outro de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 13.718,
ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e de 2018)
maior de 14 (catorze) anos na situação descrita
no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº CAPÍTULO III
12.015, de 2009) DO RAPTO

II - o proprietário, o gerente ou o Rapto violento ou mediante fraude


responsável pelo local em que se verifiquem as
práticas referidas no caput deste
Art. 219 - (Revogado pela Lei nº
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 11.106, de 2005)
2009)
Rapto consensual
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o,
constitui efeito obrigatório da condenação a
Art. 220 - (Revogado pela Lei nº
cassação da licença de localização e de
11.106, de 2005)
funcionamento do
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009) Diminuição de pena

Divulgação de cena de estupro ou de Art. 221 - (Revogado pela Lei nº


cena de estupro de vulnerável, de cena de 11.106, de 2005)
sexo ou de pornografia (Incluído pela Lei nº
13.718, de 2018)

Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, Concurso de rapto e outro crime


transmitir, vender ou expor à venda, distribuir,
publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive Art. 222 - (Revogado pela Lei nº
por meio de comunicação de massa ou sistema de 11.106, de 2005)
informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou
outro registro audiovisual que contenha cena de CAPÍTULO IV
estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça DISPOSIÇÕES GERAIS
apologia ou induza a sua prática, ou, sem o
consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou
Art. 223 - (Revogado pela Lei nº
pornografia: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
12.015, de 2009)

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Art. 224 - (Revogado pela Lei nº Mediação para servir a lascívia de outrem
12.015, de 2009)
Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a
Ação penal lascívia de outrem:

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos Pena - reclusão, de um a três anos.
I e II deste Título, procede-se mediante ação penal
pública incondicionada. (Redação dada pela Lei nº § 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e
13.718, de 2018) menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu
ascendente, descendente, cônjuge ou
Parágrafo único. (Revogado). (Redação companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a
dada pela Lei nº 13.718, de 2018) quem esteja confiada para fins de educação, de
tratamento ou de guarda: (Redação
dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
Aumento de pena

Pena - reclusão, de dois a cinco anos.


Art. 226. A pena é
aumentada: (Redação dada pela Lei nº
11.106, de 2005) § 2º - Se o crime é cometido com emprego de
violência, grave ameaça ou fraude:
I – de quarta parte, se o crime é cometido
com o concurso de 2 (duas) ou mais Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da
pessoas; (Redação dada pela Lei nº 11.106, pena correspondente à violência.
de 2005)
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de
II - de metade, se o agente é ascendente, lucro, aplica-se também multa.
padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge,
companheiro, tutor, curador, preceptor ou Favorecimento da prostituição ou outra
empregador da vítima ou por qualquer outro título forma de exploração sexual (Redação
tiver autoridade sobre ela; (Redação dada pela dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Lei nº 13.718, de 2018)
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à
III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) prostituição ou outra forma de exploração sexual,
facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se abandone: (Redação dada pela Lei nº
o crime é praticado: (Incluído pela Lei nº 13.718, 12.015, de 2009)
de 2018)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº anos, e multa. (Redação dada pela Lei
13.718, de 2018) nº 12.015, de 2009)

a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais § 1o Se o agente é ascendente, padrasto,


agentes; (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro,
tutor ou curador, preceptor ou empregador da
vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma,
Estupro corretivo (Incluído pela Lei nº
obrigação de cuidado, proteção ou
13.718, de 2018)
vigilância: (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
b) para controlar o comportamento social ou
sexual da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito)
2018)
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015,
de 2009)
CAPÍTULO V
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego
PARA FIM DE
de violência, grave ameaça ou fraude:
PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE
EXPLORAÇÃO SEXUAL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
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Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além Art. 231. (Revogado pela Lei nº
da pena correspondente à violência. 13.344, de 2016) (Vigência)

§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de Art. 231-A. (Revogado pela Lei nº


lucro, aplica-se também multa. 13.344, de 2016) (Vigência)

Casa de prostituição Art. 232 - (Revogado pela Lei nº


12.015, de 2009)
Art. 229. Manter, por conta própria ou de
terceiro, estabelecimento em que ocorra Promoção de migração ilegal
exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou
mediação direta do proprietário ou
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio,
gerente: (Redação dada pela Lei nº
com o fim de obter vantagem econômica, a
12.015, de 2009)
entrada ilegal de estrangeiro em território nacional
ou de brasileiro em país estrangeiro: Incluído
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e pela Lei nº 13.445, de 2017 Vigência
multa.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
Rufianismo e multa. Incluído pela Lei nº 13.445, de
2017 Vigência
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia,
participando diretamente de seus lucros ou
§ 1º Na mesma pena incorre quem
fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por
promover, por qualquer meio, com o fim de obter
quem a exerça:
vantagem econômica, a saída de estrangeiro do
território nacional para ingressar ilegalmente em
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e país estrangeiro. Incluído pela Lei nº 13.445,
multa. de 2017 Vigência

§ 1o Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e § 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto)


maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é a 1/3 (um terço) se: Incluído pela Lei nº
cometido por ascendente, padrasto, madrasta, 13.445, de 2017 Vigência
irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou
curador, preceptor ou empregador da vítima, ou
I - o crime é cometido com violência;
por quem assumiu, por lei ou outra forma,
ou Incluído pela Lei nº 13.445, de
obrigação de cuidado, proteção ou
2017 Vigência
vigilância: (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
II - a vítima é submetida a condição
desumana ou degradante. Incluído pela Lei nº
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e
13.445, de 2017 Vigência
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015,
de 2009)
§ 3º A pena prevista para o crime será
aplicada sem prejuízo das correspondentes às
§ 2o Se o crime é cometido mediante
infrações conexas. Incluído pela Lei nº
violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que
13.445, de 2017 Vigência
impeça ou dificulte a livre manifestação da
vontade da vítima: (Redação dada pela Lei
nº 12.015, de 2009) CAPÍTULO VI
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos,
sem prejuízo da pena correspondente à Ato obsceno
violência. (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009) Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar
público, ou aberto ou exposto ao público:
Tráfico internacional de pessoa para fim
de exploração sexual (Redação dada Pena - detenção, de três meses a um ano, ou
pela Lei nº 12.015, de 2009) multa.

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Escrito ou objeto obsceno Art. 234-B. Os processos em que se apuram


crimes definidos neste Título correrão em segredo
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir de justiça. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de 2009)
distribuição ou de exposição pública, escrito,
desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto Art. 234-C. (VETADO). (Incluído pela Lei
obsceno: nº 12.015, de 2009)

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, TÍTULO IX


ou multa. DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA

Parágrafo único - Incorre na mesma pena Incitação ao crime


quem:
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao crime:
público qualquer dos objetos referidos neste
artigo; Pena - detenção, de três a seis meses, ou
multa.
II - realiza, em lugar público ou acessível ao
público, representação teatral, ou exibição Apologia de crime ou criminoso
cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer
outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de
fato criminoso ou de autor de crime:
III - realiza, em lugar público ou acessível ao
público, ou pelo rádio, audição ou recitação de
caráter obsceno. Pena - detenção, de três a seis meses, ou
multa.
CAPÍTULO VII
Associação Criminosa
DISPOSIÇÕES GERAIS
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais
pessoas, para o fim específico de cometer
Aumento de pena (Incluído pela Lei nº
crimes: (Redação dada pela Lei nº 12.850, de
12.015, de 2009) 2013) (Vigência)

Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três)
pena é aumentada: (Incluído pela Lei nº anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de
12.015, de 2009) 2013) (Vigência)

I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. A pena aumenta-se até a


12.015, de 2009) metade se a associação é armada ou se houver a
participação de criança ou
II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850,
12.015, de 2009) de 2013) (Vigência)

III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime Constituição de milícia


resulta gravidez; (Redação dada pela Lei nº privada (Incluído dada pela Lei nº 12.720,
13.718, de 2018) de 2012)

IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar,
agente transmite à vítima doença sexualmente manter ou custear organização paramilitar, milícia
transmissível de que sabe ou deveria saber ser particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de
portador, ou se a vítima é idosa ou pessoa com praticar qualquer dos crimes previstos neste
deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.718, Código:
de 2018)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito)
anos.

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CRIMES DE TORTURA maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela


Lei nº 10.741, de 2003)

LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997. III - se o crime é cometido mediante


sequestro.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu § 5º A condenação acarretará a perda do
sanciono a seguinte Lei: cargo, função ou emprego público e a interdição
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena
Art. 1º Constitui crime de tortura: aplicada.

I - constranger alguém com emprego de § 6º O crime de tortura é inafiançável e


violência ou grave ameaça, causando-lhe insuscetível de graça ou anistia.
sofrimento físico ou mental:
§ 7º O condenado por crime previsto nesta
a) com o fim de obter informação, Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
declaração ou confissão da vítima ou de terceira cumprimento da pena em regime fechado.
pessoa;
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda
b) para provocar ação ou omissão de quando o crime não tenha sido cometido em
natureza criminosa; território nacional, sendo a vítima brasileira ou
encontrando-se o agente em local sob jurisdição
c) em razão de discriminação racial ou brasileira.
religiosa;
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder sua publicação.
ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069,
como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do
de caráter preventivo. Adolescente.

Pena - reclusão, de dois a oito anos. Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da


Independência e 109º da República.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete
pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a
sofrimento físico ou mental, por intermédio da
prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas


condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou
apurá-las, incorre na pena de detenção de um a
quatro anos.

§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza


grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de
quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é
de oito a dezesseis anos.

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um


terço:

I - se o crime é cometido por agente público;

II – se o crime é cometido contra criança,


gestante, portador de deficiência, adolescente ou

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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA
BAHIA
CAPÍTULO XXIII

Do Negro

Art. 286 - A sociedade baiana é cultural e


historicamente marcada pela presença da
comunidade afro-brasileira, constituindo a prática
do racismo crime inafiançável e [imprescritível,
sujeito a pena de reclusão, nos termos da
Constituição Federal.

Art. 287 - Com países que mantiverem política


oficial de discriminação racial, o Estado não
poderá:

I - admitir participação, ainda que indireta, através


de empresas neles

sediadas, em qualquer processo licitatório da


Administração Pública direta ou indireta;

II - manter intercâmbio cultural ou desportivo,


através de delegações oficiais.

Art. 288 - A rede estadual de ensino e os cursos de


formação e aperfeiçoamento do servidor

público civil e militar incluirão em seus programas


disciplina que valorize a participação do negro na
formação histórica da sociedade brasileira.

Art. 289 - Sempre que for veiculada publicidade


estadual com mais de duas pessoas, será
assegurada a inclusão de uma da raça negra.

Art. 290 - O dia 20 de novembro será considerado,


no calendário oficial, como Dia da Consciência
Negra.

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VI - ações afirmativas: os programas e


ESTATUTO DA IGUALDADE medidas especiais adotados pelo Estado e pela
RACIAL iniciativa privada para a correção das
desigualdades raciais e para a promoção da
igualdade de oportunidades.
LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO
DE 2010. Art. 2o É dever do Estado e da sociedade
garantir a igualdade de oportunidades,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço reconhecendo a todo cidadão brasileiro,
saber que o Congresso Nacional decreta e eu independentemente da etnia ou da cor da pele, o
sanciono a seguinte Lei: direito à participação na comunidade,
especialmente nas atividades políticas,
econômicas, empresariais, educacionais, culturais
TÍTULO I
e esportivas, defendendo sua dignidade e seus
valores religiosos e culturais.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 3o Além das normas constitucionais
Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da relativas aos princípios fundamentais, aos direitos
Igualdade Racial, destinado a garantir à população e garantias fundamentais e aos direitos sociais,
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, econômicos e culturais, o Estatuto da Igualdade
a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos Racial adota como diretriz político-jurídica a
e difusos e o combate à discriminação e às inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial,
demais formas de intolerância étnica. a valorização da igualdade étnica e o
fortalecimento da identidade nacional brasileira.
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto,
considera-se: Art. 4o A participação da população negra,
em condição de igualdade de oportunidade, na
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda vida econômica, social, política e cultural do País
distinção, exclusão, restrição ou preferência será promovida, prioritariamente, por meio de:
baseada em raça, cor, descendência ou origem
nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou I - inclusão nas políticas públicas de
restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em desenvolvimento econômico e social;
igualdade de condições, de direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político,
II - adoção de medidas, programas e
econômico, social, cultural ou em qualquer outro
políticas de ação afirmativa;
campo da vida pública ou privada;
III - modificação das estruturas institucionais
II - desigualdade racial: toda situação
do Estado para o adequado enfrentamento e a
injustificada de diferenciação de acesso e fruição
superação das desigualdades étnicas decorrentes
de bens, serviços e oportunidades, nas esferas
do preconceito e da discriminação étnica;
pública e privada, em virtude de raça, cor,
descendência ou origem nacional ou étnica;
IV - promoção de ajustes normativos para
aperfeiçoar o combate à discriminação étnica e às
III - desigualdade de gênero e raça:
desigualdades étnicas em todas as suas
assimetria existente no âmbito da sociedade que
manifestações individuais, institucionais e
acentua a distância social entre mulheres negras e
estruturais;
os demais segmentos sociais;
V - eliminação dos obstáculos históricos,
IV - população negra: o conjunto de pessoas
socioculturais e institucionais que impedem a
que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o
representação da diversidade étnica nas esferas
quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto
pública e privada;
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou
que adotam autodefinição análoga;
VI - estímulo, apoio e fortalecimento de
iniciativas oriundas da sociedade civil direcionadas
V - políticas públicas: as ações, iniciativas e
à promoção da igualdade de oportunidades e ao
programas adotados pelo Estado no cumprimento
combate às desigualdades étnicas, inclusive
de suas atribuições institucionais;
mediante a implementação de incentivos e

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critérios de condicionamento e prioridade no I - ampliação e fortalecimento da


acesso aos recursos públicos; participação de lideranças dos movimentos sociais
em defesa da saúde da população negra nas
VII - implementação de programas de ação instâncias de participação e controle social do
afirmativa destinados ao enfrentamento das SUS;
desigualdades étnicas no tocante à educação,
cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, II - produção de conhecimento científico e
trabalho, moradia, meios de comunicação de tecnológico em saúde da população negra;
massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à
Justiça, e outros. III - desenvolvimento de processos de
informação, comunicação e educação para
Parágrafo único. Os programas de ação contribuir com a redução das vulnerabilidades da
afirmativa constituir-se-ão em políticas públicas população negra.
destinadas a reparar as distorções e
desigualdades sociais e demais práticas Art. 8o Constituem objetivos da Política
discriminatórias adotadas, nas esferas pública e Nacional de Saúde Integral da População Negra:
privada, durante o processo de formação social do
País.
I - a promoção da saúde integral da
população negra, priorizando a redução das
Art. 5o Para a consecução dos objetivos desigualdades étnicas e o combate à
desta Lei, é instituído o Sistema Nacional de discriminação nas instituições e serviços do SUS;
Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), conforme
estabelecido no Título III.
II - a melhoria da qualidade dos sistemas de
informação do SUS no que tange à coleta, ao
TÍTULO II processamento e à análise dos dados
desagregados por cor, etnia e gênero;
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
III - o fomento à realização de estudos e
CAPÍTULO I pesquisas sobre racismo e saúde da população
negra;
DO DIREITO À SAÚDE
IV - a inclusão do conteúdo da saúde da
6o
Art. O direito à saúde da população população negra nos processos de formação e
negra será garantido pelo poder público mediante educação permanente dos trabalhadores da
políticas universais, sociais e econômicas saúde;
destinadas à redução do risco de doenças e de
outros agravos. V - a inclusão da temática saúde da
população negra nos processos de formação
§ 1o O acesso universal e igualitário ao política das lideranças de movimentos sociais para
Sistema Único de Saúde (SUS) para promoção, o exercício da participação e controle social no
proteção e recuperação da saúde da população SUS.
negra será de responsabilidade dos órgãos e
instituições públicas federais, estaduais, distritais Parágrafo único. Os moradores das
e municipais, da administração direta e indireta. comunidades de remanescentes de quilombos
serão beneficiários de incentivos específicos para
§ 2o O poder público garantirá que o a garantia do direito à saúde, incluindo melhorias
segmento da população negra vinculado aos nas condições ambientais, no saneamento básico,
seguros privados de saúde seja tratado sem na segurança alimentar e nutricional e na atenção
discriminação. integral à saúde.

Art. 7o O conjunto de ações de saúde


voltadas à população negra constitui a Política
Nacional de Saúde Integral da População Negra,
organizada de acordo com as diretrizes abaixo
especificadas:

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CAPÍTULO II material didático específico para o cumprimento


do disposto no caput deste artigo.
DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO
ESPORTE E AO LAZER § 3o Nas datas comemorativas de caráter
cívico, os órgãos responsáveis pela educação
Seção I incentivarão a participação de intelectuais e
representantes do movimento negro para debater
Disposições Gerais com os estudantes suas vivências relativas ao
tema em comemoração.
Art. 9o A população negra tem direito a
participar de atividades educacionais, culturais, Art. 12. Os órgãos federais, distritais e
esportivas e de lazer adequadas a seus interesses estaduais de fomento à pesquisa e à pós-
graduação poderão criar incentivos a pesquisas e
e condições, de modo a contribuir para o
a programas de estudo voltados para temas
patrimônio cultural de sua comunidade e da
sociedade brasileira. referentes às relações étnicas, aos quilombos e às
questões pertinentes à população negra.
Art. 10. Para o cumprimento do disposto no
Art. 13. O Poder Executivo federal, por meio
art. 9o, os governos federal, estaduais, distrital e
municipais adotarão as seguintes providências: dos órgãos competentes, incentivará as
instituições de ensino superior públicas e privadas,
sem prejuízo da legislação em vigor, a:
I - promoção de ações para viabilizar e
ampliar o acesso da população negra ao ensino
gratuito e às atividades esportivas e de lazer; I - resguardar os princípios da ética em
pesquisa e apoiar grupos, núcleos e centros de
pesquisa, nos diversos programas de pós-
II - apoio à iniciativa de entidades que graduação que desenvolvam temáticas de
mantenham espaço para promoção social e interesse da população negra;
cultural da população negra;
II - incorporar nas matrizes curriculares dos
III - desenvolvimento de campanhas cursos de formação de professores temas que
educativas, inclusive nas escolas, para que a incluam valores concernentes à pluralidade étnica
solidariedade aos membros da população negra e cultural da sociedade brasileira;
faça parte da cultura de toda a sociedade;
III - desenvolver programas de extensão
IV - implementação de políticas públicas universitária destinados a aproximar jovens negros
para o fortalecimento da juventude negra de tecnologias avançadas, assegurado o princípio
brasileira. da proporcionalidade de gênero entre os
beneficiários;
Seção II
IV - estabelecer programas de cooperação
Da Educação técnica, nos estabelecimentos de ensino públicos,
privados e comunitários, com as escolas de
Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino educação infantil, ensino fundamental, ensino
fundamental e de ensino médio, públicos e médio e ensino técnico, para a formação docente
privados, é obrigatório o estudo da história geral baseada em princípios de equidade, de tolerância
da África e da história da população negra no e de respeito às diferenças étnicas.
Brasil, observado o disposto na Lei no 9.394, de 20
de dezembro de 1996. Art. 14. O poder público estimulará e
apoiará ações socioeducacionais realizadas por
§ 1o Os conteúdos referentes à história da entidades do movimento negro que desenvolvam
população negra no Brasil serão ministrados no atividades voltadas para a inclusão social,
âmbito de todo o currículo escolar, resgatando sua mediante cooperação técnica, intercâmbios,
contribuição decisiva para o desenvolvimento convênios e incentivos, entre outros mecanismos.
social, econômico, político e cultural do País.
Art. 15. O poder público adotará programas
§ 2o O órgão competente do Poder de ação afirmativa.
Executivo fomentará a formação inicial e
continuada de professores e a elaboração de
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Art. 16. O Poder Executivo federal, por meio Art. 22. A capoeira é reconhecida como
dos órgãos responsáveis pelas políticas de desporto de criação nacional, nos termos do art.
promoção da igualdade e de educação, 217 da Constituição Federal.
acompanhará e avaliará os programas de que
trata esta Seção. § 1o A atividade de capoeirista será
reconhecida em todas as modalidades em que a
Seção III capoeira se manifesta, seja como esporte, luta,
dança ou música, sendo livre o exercício em todo
Da Cultura o território nacional.

Art. 17. O poder público garantirá o § 2o É facultado o ensino da capoeira nas


reconhecimento das sociedades negras, clubes e instituições públicas e privadas pelos capoeiristas
outras formas de manifestação coletiva da e mestres tradicionais, pública e formalmente
população negra, com trajetória histórica reconhecidos.
comprovada, como patrimônio histórico e cultural,
nos termos dos arts. 215 e 216 da Constituição CAPÍTULO III
Federal.
DO DIREITO À LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E
Art. 18. É assegurado aos remanescentes DE CRENÇA E AO LIVRE EXERCÍCIO DOS
das comunidades dos quilombos o direito à CULTOS RELIGIOSOS
preservação de seus usos, costumes, tradições e
manifestos religiosos, sob a proteção do Estado. Art. 23. É inviolável a liberdade de
consciência e de crença, sendo assegurado o livre
Parágrafo único. A preservação dos exercício dos cultos religiosos e garantida, na
documentos e dos sítios detentores de forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
reminiscências históricas dos antigos quilombos, suas liturgias.
tombados nos termos do § 5o do art. 216 da
Constituição Federal, receberá especial atenção Art. 24. O direito à liberdade de consciência
do poder público. e de crença e ao livre exercício dos cultos
religiosos de matriz africana compreende:
Art. 19. O poder público incentivará a
celebração das personalidades e das datas I - a prática de cultos, a celebração de
comemorativas relacionadas à trajetória do samba reuniões relacionadas à religiosidade e a fundação
e de outras manifestações culturais de matriz e manutenção, por iniciativa privada, de lugares
africana, bem como sua comemoração nas reservados para tais fins;
instituições de ensino públicas e privadas.
II - a celebração de festividades e
Art. 20. O poder público garantirá o registro cerimônias de acordo com preceitos das
e a proteção da capoeira, em todas as suas respectivas religiões;
modalidades, como bem de natureza imaterial e
de formação da identidade cultural brasileira, nos III - a fundação e a manutenção, por
termos do art. 216 da Constituição Federal.
iniciativa privada, de instituições beneficentes
ligadas às respectivas convicções religiosas;
Parágrafo único. O poder público buscará
garantir, por meio dos atos normativos
IV - a produção, a comercialização, a
necessários, a preservação dos elementos aquisição e o uso de artigos e materiais religiosos
formadores tradicionais da capoeira nas suas adequados aos costumes e às práticas fundadas
relações internacionais.
na respectiva religiosidade, ressalvadas as
condutas vedadas por legislação específica;
Seção IV
V - a produção e a divulgação de
Do Esporte e Lazer publicações relacionadas ao exercício e à difusão
das religiões de matriz africana;
Art. 21. O poder público fomentará o pleno
acesso da população negra às práticas VI - a coleta de contribuições financeiras de
desportivas, consolidando o esporte e o lazer pessoas naturais e jurídicas de natureza privada
como direitos sociais.

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para a manutenção das atividades religiosas e Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento
sociais das respectivas religiões; das atividades produtivas da população negra no
campo, o poder público promoverá ações para
VII - o acesso aos órgãos e aos meios de viabilizar e ampliar o seu acesso ao financiamento
comunicação para divulgação das respectivas agrícola.
religiões;
Art. 29. Serão assegurados à população
VIII - a comunicação ao Ministério Público negra a assistência técnica rural, a simplificação
para abertura de ação penal em face de atitudes e do acesso ao crédito agrícola e o fortalecimento
práticas de intolerância religiosa nos meios de da infraestrutura de logística para a
comunicação e em quaisquer outros locais. comercialização da produção.

Art. 25. É assegurada a assistência Art. 30. O poder público promoverá a


religiosa aos praticantes de religiões de matrizes educação e a orientação profissional agrícola para
africanas internados em hospitais ou em outras os trabalhadores negros e as comunidades negras
instituições de internação coletiva, inclusive rurais.
àqueles submetidos a pena privativa de liberdade.
Art. 31. Aos remanescentes das
Art. 26. O poder público adotará as medidas comunidades dos quilombos que estejam
necessárias para o combate à intolerância com as ocupando suas terras é reconhecida a
religiões de matrizes africanas e à discriminação propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-
de seus seguidores, especialmente com o objetivo lhes os títulos respectivos.
de:
Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará
I - coibir a utilização dos meios de e desenvolverá políticas públicas especiais
comunicação social para a difusão de voltadas para o desenvolvimento sustentável dos
proposições, imagens ou abordagens que remanescentes das comunidades dos quilombos,
exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao respeitando as tradições de proteção ambiental
desprezo por motivos fundados na religiosidade das comunidades.
de matrizes africanas;
Art. 33. Para fins de política agrícola, os
II - inventariar, restaurar e proteger os remanescentes das comunidades dos quilombos
documentos, obras e outros bens de valor artístico receberão dos órgãos competentes tratamento
e cultural, os monumentos, mananciais, flora e especial diferenciado, assistência técnica e linhas
sítios arqueológicos vinculados às religiões de especiais de financiamento público, destinados à
matrizes africanas; realização de suas atividades produtivas e de
infraestrutura.
III - assegurar a participação proporcional de
representantes das religiões de matrizes Art. 34. Os remanescentes das
africanas, ao lado da representação das demais comunidades dos quilombos se beneficiarão de
religiões, em comissões, conselhos, órgãos e todas as iniciativas previstas nesta e em outras
outras instâncias de deliberação vinculadas ao leis para a promoção da igualdade étnica.
poder público.
Seção II
CAPÍTULO IV
Da Moradia
DO ACESSO À TERRA E À MORADIA
ADEQUADA Art. 35. O poder público garantirá a
implementação de políticas públicas para
Seção I assegurar o direito à moradia adequada da
população negra que vive em favelas, cortiços,
Do Acesso à Terra áreas urbanas subutilizadas, degradadas ou em
processo de degradação, a fim de reintegrá-las à
dinâmica urbana e promover melhorias no
Art. 27. O poder público elaborará e ambiente e na qualidade de vida.
implementará políticas públicas capazes de
promover o acesso da população negra à terra e
às atividades produtivas no campo. Parágrafo único. O direito à moradia
adequada, para os efeitos desta Lei, inclui não
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apenas o provimento habitacional, mas também a inclusive mediante a implementação de medidas


garantia da infraestrutura urbana e dos visando à promoção da igualdade nas
equipamentos comunitários associados à função contratações do setor público e o incentivo à
habitacional, bem como a assistência técnica e adoção de medidas similares nas empresas e
jurídica para a construção, a reforma ou a organizações privadas.
regularização fundiária da habitação em área
urbana. § 1o A igualdade de oportunidades será
lograda mediante a adoção de políticas e
Art. 36. Os programas, projetos e outras programas de formação profissional, de emprego
ações governamentais realizadas no âmbito do e de geração de renda voltados para a população
Sistema Nacional de Habitação de Interesse negra.
Social (SNHIS), regulado pela Lei no 11.124, de 16
de junho de 2005, devem considerar as § 2o As ações visando a promover a
peculiaridades sociais, econômicas e culturais da igualdade de oportunidades na esfera da
população negra. administração pública far-se-ão por meio de
normas estabelecidas ou a serem estabelecidas
Parágrafo único. Os Estados, o Distrito em legislação específica e em seus regulamentos.
Federal e os Municípios estimularão e facilitarão a
participação de organizações e movimentos § 3o O poder público estimulará, por meio
representativos da população negra na de incentivos, a adoção de iguais medidas pelo
composição dos conselhos constituídos para fins setor privado.
de aplicação do Fundo Nacional de Habitação de
Interesse Social (FNHIS). § 4o As ações de que trata o caput deste
artigo assegurarão o princípio da
Art. 37. Os agentes financeiros, públicos ou proporcionalidade de gênero entre os
privados, promoverão ações para viabilizar o beneficiários.
acesso da população negra aos financiamentos
habitacionais.
§ 5o Será assegurado o acesso ao crédito
para a pequena produção, nos meios rural e
CAPÍTULO V urbano, com ações afirmativas para mulheres
negras.
DO TRABALHO
§ 6o O poder público promoverá campanhas
Art. 38. A implementação de políticas de sensibilização contra a marginalização da
voltadas para a inclusão da população negra no mulher negra no trabalho artístico e cultural.
mercado de trabalho será de responsabilidade do
poder público, observando-se: § 7o O poder público promoverá ações com
o objetivo de elevar a escolaridade e a
I - o instituído neste Estatuto; qualificação profissional nos setores da economia
que contem com alto índice de ocupação por
II - os compromissos assumidos pelo Brasil trabalhadores negros de baixa escolarização.
ao ratificar a Convenção Internacional sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Art. 40. O Conselho Deliberativo do Fundo
Racial, de 1965; de Amparo ao Trabalhador (Codefat) formulará
políticas, programas e projetos voltados para a
III - os compromissos assumidos pelo Brasil inclusão da população negra no mercado de
ao ratificar a Convenção no 111, de 1958, da trabalho e orientará a destinação de recursos para
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que seu financiamento.
trata da discriminação no emprego e na profissão;
Art. 41. As ações de emprego e renda,
IV - os demais compromissos formalmente promovidas por meio de financiamento para
assumidos pelo Brasil perante a comunidade constituição e ampliação de pequenas e médias
internacional. empresas e de programas de geração de renda,
contemplarão o estímulo à promoção de
empresários negros.
Art. 39. O poder público promoverá ações
que assegurem a igualdade de oportunidades no
mercado de trabalho para a população negra, Parágrafo único. O poder público estimulará
as atividades voltadas ao turismo étnico com
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enfoque nos locais, monumentos e cidades que § 2o Entende-se por prática de iguais
retratem a cultura, os usos e os costumes da oportunidades de emprego o conjunto de medidas
população negra. sistemáticas executadas com a finalidade de
garantir a diversidade étnica, de sexo e de idade
Art. 42. O Poder Executivo federal poderá na equipe vinculada ao projeto ou serviço
implementar critérios para provimento de cargos contratado.
em comissão e funções de confiança destinados a
ampliar a participação de negros, buscando § 3o A autoridade contratante poderá, se
reproduzir a estrutura da distribuição étnica considerar necessário para garantir a prática de
nacional ou, quando for o caso, estadual, iguais oportunidades de emprego, requerer
observados os dados demográficos oficiais. auditoria por órgão do poder público federal.

CAPÍTULO VI § 4o A exigência disposta no caput não se


aplica às produções publicitárias quando
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO abordarem especificidades de grupos étnicos
determinados.
Art. 43. A produção veiculada pelos órgãos
de comunicação valorizará a herança cultural e a TÍTULO III
participação da população negra na história do
País. DO SISTEMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA
IGUALDADE RACIAL
Art. 44. Na produção de filmes e programas
destinados à veiculação pelas emissoras de (SINAPIR)
televisão e em salas cinematográficas, deverá ser
adotada a prática de conferir oportunidades de CAPÍTULO I
emprego para atores, figurantes e técnicos
negros, sendo vedada toda e qualquer DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
discriminação de natureza política, ideológica,
étnica ou artística.
Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de
Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) como
Parágrafo único. A exigência disposta forma de organização e de articulação voltadas à
no caput não se aplica aos filmes e programas
implementação do conjunto de políticas e serviços
que abordem especificidades de grupos étnicos
destinados a superar as desigualdades étnicas
determinados.
existentes no País, prestados pelo poder público
federal.
Art. 45. Aplica-se à produção de peças
publicitárias destinadas à veiculação pelas
§ 1o Os Estados, o Distrito Federal e os
emissoras de televisão e em salas
Municípios poderão participar do Sinapir mediante
cinematográficas o disposto no art. 44.
adesão.

Art. 46. Os órgãos e entidades da § 2o O poder público federal incentivará a


administração pública federal direta, autárquica ou
sociedade e a iniciativa privada a participar do
fundacional, as empresas públicas e as Sinapir.
sociedades de economia mista federais deverão
incluir cláusulas de participação de artistas negros
nos contratos de realização de filmes, programas CAPÍTULO II
ou quaisquer outras peças de caráter publicitário.
DOS OBJETIVOS
§ 1o Os órgãos e entidades de que trata
este artigo incluirão, nas especificações para Art. 48. São objetivos do Sinapir:
contratação de serviços de consultoria,
conceituação, produção e realização de filmes, I - promover a igualdade étnica e o combate
programas ou peças publicitárias, a às desigualdades sociais resultantes do racismo,
obrigatoriedade da prática de iguais oportunidades inclusive mediante adoção de ações afirmativas;
de emprego para as pessoas relacionadas com o
projeto ou serviço contratado.

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II - formular políticas destinadas a combater Parágrafo único. O Poder Executivo


os fatores de marginalização e a promover a priorizará o repasse dos recursos referentes aos
integração social da população negra; programas e atividades previstos nesta Lei aos
Estados, Distrito Federal e Municípios que tenham
III - descentralizar a implementação de criado conselhos de promoção da igualdade
ações afirmativas pelos governos estaduais, étnica.
distrital e municipais;
CAPÍTULO IV
IV - articular planos, ações e mecanismos
voltados à promoção da igualdade étnica; DAS OUVIDORIAS PERMANENTES E DO
ACESSO À JUSTIÇA E À SEGURANÇA
V - garantir a eficácia dos meios e dos
instrumentos criados para a implementação das Art. 51. O poder público federal instituirá, na
ações afirmativas e o cumprimento das metas a forma da lei e no âmbito dos Poderes Legislativo e
serem estabelecidas. Executivo, Ouvidorias Permanentes em Defesa da
Igualdade Racial, para receber e encaminhar
CAPÍTULO III denúncias de preconceito e discriminação com
base em etnia ou cor e acompanhar a
DA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA implementação de medidas para a promoção da
igualdade.
Art. 49. O Poder Executivo federal elaborará
plano nacional de promoção da igualdade racial Art. 52. É assegurado às vítimas de
discriminação étnica o acesso aos órgãos de
contendo as metas, princípios e diretrizes para a
Ouvidoria Permanente, à Defensoria Pública, ao
implementação da Política Nacional de Promoção
da Igualdade Racial (PNPIR). Ministério Público e ao Poder Judiciário, em todas
as suas instâncias, para a garantia do
cumprimento de seus direitos.
§ 1o A elaboração, implementação,
coordenação, avaliação e acompanhamento da
Parágrafo único. O Estado assegurará
PNPIR, bem como a organização, articulação e
atenção às mulheres negras em situação de
coordenação do Sinapir, serão efetivados pelo
órgão responsável pela política de promoção da violência, garantida a assistência física, psíquica,
igualdade étnica em âmbito nacional. social e jurídica.

Art. 53. O Estado adotará medidas


§ 2o É o Poder Executivo federal autorizado
especiais para coibir a violência policial incidente
a instituir fórum intergovernamental de promoção
sobre a população negra.
da igualdade étnica, a ser coordenado pelo órgão
responsável pelas políticas de promoção da
igualdade étnica, com o objetivo de implementar Parágrafo único. O Estado implementará
estratégias que visem à incorporação da política ações de ressocialização e proteção da juventude
nacional de promoção da igualdade étnica nas negra em conflito com a lei e exposta a
ações governamentais de Estados e Municípios. experiências de exclusão social.

§ 3o As diretrizes das políticas nacional e Art. 54. O Estado adotará medidas para
regional de promoção da igualdade étnica serão coibir atos de discriminação e preconceito
elaboradas por órgão colegiado que assegure a praticados por servidores públicos em detrimento
participação da sociedade civil. da população negra, observado, no que couber, o
disposto na Lei no 7.716, de 5 de janeiro de 1989.
Art. 50. Os Poderes Executivos estaduais,
distrital e municipais, no âmbito das respectivas Art. 55. Para a apreciação judicial das
esferas de competência, poderão instituir lesões e das ameaças de lesão aos interesses da
conselhos de promoção da igualdade étnica, de população negra decorrentes de situações de
caráter permanente e consultivo, compostos por desigualdade étnica, recorrer-se-á, entre outros
igual número de representantes de órgãos e instrumentos, à ação civil pública, disciplinada
entidades públicas e de organizações da na Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985.
sociedade civil representativas da população
negra.

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CAPÍTULO V § 2o Durante os 5 (cinco) primeiros anos, a


contar do exercício subsequente à publicação
DO FINANCIAMENTO DAS INICIATIVAS DE deste Estatuto, os órgãos do Poder Executivo
PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL federal que desenvolvem políticas e programas
nas áreas referidas no § 1o deste artigo
discriminarão em seus orçamentos anuais a
Art. 56. Na implementação dos programas e
das ações constantes dos planos plurianuais e participação nos programas de ação afirmativa
referidos no inciso VII do art. 4o desta Lei.
dos orçamentos anuais da União, deverão ser
observadas as políticas de ação afirmativa a que
se refere o inciso VII do art. 4odesta Lei e outras § 3o O Poder Executivo é autorizado a
políticas públicas que tenham como objetivo adotar as medidas necessárias para a adequada
promover a igualdade de oportunidades e a implementação do disposto neste artigo, podendo
inclusão social da população negra, estabelecer patamares de participação crescente
especialmente no que tange a: dos programas de ação afirmativa nos orçamentos
anuais a que se refere o § 2o deste artigo.
I - promoção da igualdade de oportunidades
em educação, emprego e moradia; § 4o O órgão colegiado do Poder Executivo
federal responsável pela promoção da igualdade
racial acompanhará e avaliará a programação das
II - financiamento de pesquisas, nas áreas
ações referidas neste artigo nas propostas
de educação, saúde e emprego, voltadas para a
orçamentárias da União.
melhoria da qualidade de vida da população
negra;
Art. 57. Sem prejuízo da destinação de
recursos ordinários, poderão ser consignados nos
III - incentivo à criação de programas e
orçamentos fiscal e da seguridade social para
veículos de comunicação destinados à divulgação
financiamento das ações de que trata o art. 56:
de matérias relacionadas aos interesses da
população negra;
I - transferências voluntárias dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
IV - incentivo à criação e à manutenção de
microempresas administradas por pessoas
autodeclaradas negras; II - doações voluntárias de particulares;

V - iniciativas que incrementem o acesso e a III - doações de empresas privadas e


permanência das pessoas negras na educação organizações não governamentais, nacionais ou
fundamental, média, técnica e superior; internacionais;

VI - apoio a programas e projetos dos IV - doações voluntárias de fundos nacionais


governos estaduais, distrital e municipais e de ou internacionais;
entidades da sociedade civil voltados para a
promoção da igualdade de oportunidades para a V - doações de Estados estrangeiros, por
população negra; meio de convênios, tratados e acordos
internacionais.
VII - apoio a iniciativas em defesa da cultura,
da memória e das tradições africanas e TÍTULO IV
brasileiras.
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 1o O Poder Executivo federal é autorizado
a adotar medidas que garantam, em cada Art. 58. As medidas instituídas nesta Lei
exercício, a transparência na alocação e na não excluem outras em prol da população negra
execução dos recursos necessários ao que tenham sido ou venham a ser adotadas no
financiamento das ações previstas neste Estatuto, âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal
explicitando, entre outros, a proporção dos ou dos Municípios.
recursos orçamentários destinados aos programas
de promoção da igualdade, especialmente nas
Art. 59. O Poder Executivo federal criará
áreas de educação, saúde, emprego e renda, instrumentos para aferir a eficácia social das
desenvolvimento agrário, habitação popular, medidas previstas nesta Lei e efetuará seu
desenvolvimento regional, cultura, esporte e lazer.
monitoramento constante, com a emissão e a

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divulgação de relatórios periódicos, inclusive pela direito à reparação pelo dano moral, faculta ao
rede mundial de computadores. empregado optar entre:

Art. 60. Os arts. 3o e 4o da Lei nº 7.716, de .................................................................................


1989, passam a vigorar com a seguinte redação: ..” (NR)

“Art. Art. 62. O art. 13 da Lei no 7.347, de 1985,


3o ........................................................................ passa a vigorar acrescido do seguinte § 2o,
renumerando-se o atual parágrafo único como §
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, 1o:
por motivo de discriminação de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional, obstar a “Art.
promoção funcional.” (NR) 13. ........................................................................

“Art. §
4o ........................................................................ 1o ............................................................................
...
§ 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de
discriminação de raça ou de cor ou práticas § 2º Havendo acordo ou condenação com
resultantes do preconceito de descendência ou fundamento em dano causado por ato de
origem nacional ou étnica: discriminação étnica nos termos do disposto no
art. 1o desta Lei, a prestação em dinheiro reverterá
I - deixar de conceder os equipamentos diretamente ao fundo de que trata o caput e será
necessários ao empregado em igualdade de utilizada para ações de promoção da igualdade
condições com os demais trabalhadores; étnica, conforme definição do Conselho Nacional
de Promoção da Igualdade Racial, na hipótese de
extensão nacional, ou dos Conselhos de
II - impedir a ascensão funcional do empregado ou
obstar outra forma de benefício profissional; Promoção de Igualdade Racial estaduais ou
locais, nas hipóteses de danos com extensão
regional ou local, respectivamente.” (NR)
III - proporcionar ao empregado tratamento
diferenciado no ambiente de trabalho,
especialmente quanto ao salário. Art. 63. O § 1o do art. 1o da Lei nº 10.778,
de 24 de novembro de 2003, passa a vigorar com
a seguinte redação:
§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de
prestação de serviços à comunidade, incluindo
atividades de promoção da igualdade racial, “Art.
1o .......................................................................
quem, em anúncios ou qualquer outra forma de
recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de
aparência próprios de raça ou etnia para emprego § 1º Para os efeitos desta Lei, entende-se por
cujas atividades não justifiquem essas violência contra a mulher qualquer ação ou
exigências.” (NR) conduta, baseada no gênero, inclusive decorrente
de discriminação ou desigualdade étnica, que
cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
Art. 61. Os arts. 3o e 4o da Lei nº 9.029, de
psicológico à mulher, tanto no âmbito público
13 de abril de 1995, passam a vigorar com a
quanto no privado.
seguinte redação:

.................................................................................
“Art. 3o Sem prejuízo do prescrito no art. 2o e nos
..” (NR)
dispositivos legais que tipificam os crimes
resultantes de preconceito de etnia, raça ou cor,
as infrações do disposto nesta Lei são passíveis Art. 64. O § 3o do art. 20 da Lei nº 7.716, de
das seguintes cominações: 1989, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso
III:
.................................................................................
..” (NR) “Art.
20. ......................................................................
“Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por
ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do
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.................................................................................
............

§
3o ............................................................................
...

.................................................................................
............

III - a interdição das respectivas mensagens ou


páginas de informação na rede mundial de
computadores.

.................................................................................
..” (NR)

Art. 65. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa)


dias após a data de sua publicação.

Brasília, 20 de julho de 2010; 189o da


Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Eloi Ferreira de Araújo

Este texto não substitui o publicado no DOU de


21.7.2010

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DEFINE OS CRIMES RESULTANTES DE profissional; (Incluído pela Lei nº 12.288, de


PRECONCEITO DE RAÇA OU DE COR 2010) (Vigência)

III - proporcionar ao empregado tratamento


LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE diferenciado no ambiente de trabalho,
1989. especialmente quanto ao salário. (Incluído
pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu § 2o Ficará sujeito às penas de multa e de
sanciono a seguinte Lei: prestação de serviços à comunidade, incluindo
atividades de promoção da igualdade racial,
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os quem, em anúncios ou qualquer outra forma de
crimes resultantes de preconceitos de raça ou de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de
cor. aparência próprios de raça ou etnia para emprego
cujas atividades não justifiquem essas
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os exigências. (Incluído pela Lei nº 12.288, de
crimes resultantes de discriminação ou preconceito 2010) (Vigência)
de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de Art. 5º Recusar ou impedir acesso a
15/05/97) estabelecimento comercial, negando-se a servir,
atender ou receber cliente ou comprador.
Art. 2º (Vetado).
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém,
devidamente habilitado, a qualquer cargo da Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição
Administração Direta ou Indireta, bem como das ou ingresso de aluno em estabelecimento de
concessionárias de serviços públicos. ensino público ou privado de qualquer grau.

Pena: reclusão de dois a cinco anos. Pena: reclusão de três a cinco anos.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena Parágrafo único. Se o crime for praticado
quem, por motivo de discriminação de raça, cor, contra menor de dezoito anos a pena é agravada
etnia, religião ou procedência nacional, obstar a de 1/3 (um terço).
promoção funcional. (Incluído pela Lei nº
12.288, de 2010) (Vigência) Art. 7º Impedir o acesso ou recusar
hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa qualquer estabelecimento similar.
privada.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar
§ 1o Incorre na mesma pena quem, por atendimento em restaurantes, bares, confeitarias,
motivo de discriminação de raça ou de cor ou ou locais semelhantes abertos ao público.
práticas resultantes do preconceito de
descendência ou origem nacional ou Pena: reclusão de um a três anos.
étnica: (Incluído pela Lei nº 12.288, de
2010) (Vigência) Art. 9º Impedir o acesso ou recusar
atendimento em estabelecimentos esportivos,
I - deixar de conceder os equipamentos casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao
necessários ao empregado em igualdade de público.
condições com os demais
trabalhadores; (Incluído pela Lei nº 12.288, de Pena: reclusão de um a três anos.
2010) (Vigência)
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar
II - impedir a ascensão funcional do atendimento em salões de cabeleireiros,
empregado ou obstar outra forma de benefício barbearias, termas ou casas de massagem ou
estabelecimento com as mesmas finalidades.
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Pena: reclusão de um a três anos. § 2º Poderá o juiz determinar, ouvido o


Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais do inquérito policial, sob pena de
em edifícios públicos ou residenciais e elevadores desobediência:(Parágrafo renumerado pela Lei nº
ou escada de acesso aos mesmos: 8.882, de 3.6.1994)
I - o recolhimento imediato ou a busca e
Pena: reclusão de um a três anos. apreensão dos exemplares do material respectivo;
II - a cessação das respectivas transmissões
radiofônicas ou televisivas.
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de § 3º Constitui efeito da condenação, após o
transportes públicos, como aviões, navios barcas, trânsito em julgado da decisão, a destruição do
barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio material apreendido. (Parágrafo renumerado pela
de transporte concedido. Lei nº 8.882, de 3.6.1994)

Pena: reclusão de um a três anos. Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a


discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém religião ou procedência nacional. (Redação dada
ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas. pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

Pena: reclusão de dois a quatro anos. Pena: reclusão de um a três anos e


multa.(Redação dada pela Lei nº 9.459, de
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio 15/05/97)
ou forma, o casamento ou convivência familiar e
social. § 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou
veicular símbolos, emblemas, ornamentos,
Pena: reclusão de dois a quatro anos. distintivos ou propaganda que utilizem a cruz
suástica ou gamada, para fins de divulgação do
Art. 15. (Vetado). nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)
Art. 16. Constitui efeito da condenação a
perda do cargo ou função pública, para o servidor Pena: reclusão de dois a cinco anos e
público, e a suspensão do funcionamento do multa.(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
estabelecimento particular por prazo não superior a
três meses. § 2º Se qualquer dos crimes previstos no
caput é cometido por intermédio dos meios de
Art. 17. (Vetado). comunicação social ou publicação de qualquer
natureza: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e
17 desta Lei não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença. Pena: reclusão de dois a cinco anos e
multa.(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 19. (Vetado).
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz
poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar, pelos
pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob
meios de comunicação social ou por publicação de
pena de desobediência: (Redação dada pela Lei nº
qualquer natureza, a discriminação ou preconceito
9.459, de 15/05/97)
de raça, por religião, etnia ou procedência
nacional. (Artigo incluído pela Lei nº 8.081, de
21.9.1990) I - o recolhimento imediato ou a busca e
Pena: reclusão de dois a cinco anos. apreensão dos exemplares do material
respectivo;(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
§ 1º Incorre na mesma pena quem fabricar,
comercializar, distribuir ou veicular símbolos,
emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda II - a cessação das respectivas transmissões
que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins radiofônicas ou televisivas.(Incluído pela Lei nº
de divulgação do nazismo. (Parágrafo incluído pela 9.459, de 15/05/97)
Lei nº 8.882, de 3.6.1994)
II - a cessação das respectivas transmissões
radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da
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publicação por qualquer meio; (Redação dada


pela Lei nº 12.735, de 2012) (Vigência)

III - a interdição das respectivas mensagens


ou páginas de informação na rede mundial de
computadores. (Incluído pela Lei nº 12.288, de
2010) (Vigência)

§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da


condenação, após o trânsito em julgado da
decisão, a destruição do material
apreendido. (Incluído pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)

Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de


sua publicação. (Renumerado pela Lei nº 8.081, de
21.9.1990)

Art. 22. Revogam-se as disposições em


contrário. (Renumerado pela Lei nº 8.081, de
21.9.1990)

Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da


Independência e 101º da República.

JOSÉ SARNEY

Paulo Brossard

Este texto não substitui o publicado no DOU de


6.1.1989 e retificada em 9.1.1989

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TIPIFICAÇÃO DOS CRIMES Art. 2º O art. 140 do Código Penal fica


acrescido do seguinte parágrafo:
RESULTANTES DE PRECONCEITO
DE RAÇA OU DE COR "Art. 140.
...................................................................
LEI Nº 9.459, DE 13 DE MAIO DE 1997.
.................................................................................
O PRESIDENTE DA ..
REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu § 3º Se a injúria consiste na utilização de
sanciono a seguinte Lei: elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou
origem:
Art. 1º Os arts. 1º e 20 da Lei nº 7.716, de 5
de janeiro de 1989, passam a vigorar com a Pena: reclusão de um a três anos e multa."
seguinte redação:
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de
"Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os sua publicação.
crimes resultantes de discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou Art. 4º Revogam-se as disposições em
procedência nacional." contrário, especialmente o art. 1º da Lei nº 8.081,
de 21 de setembro de 1990, e a Lei nº 8.882, de 3
"Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação de junho de 1994.
ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional. Brasília, 13 de maio de 1997; 176º da
Independência e 109º da República.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular Milton Seligman
símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou
propaganda que utilizem a cruz suástica ou Este texto não substitui o publicado no DOU de
gamada, para fins de divulgação do nazismo. 14.5.1997

Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é


cometido por intermédio dos meios de
comunicação social ou publicação de qualquer
natureza:

Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá


determinar, ouvido o Ministério Público ou a
pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob
pena de desobediência:

I - o recolhimento imediato ou a busca e


apreensão dos exemplares do material respectivo;

II - a cessação das respectivas transmissões


radiofônicas ou televisivas.

§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da


condenação, após o trânsito em julgado da
decisão, a destruição do material apreendido."

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Considerando que a Declaração Universal


CONVENÇÃO INTERNACIONAL dos Direitos do Homem proclama que todos os
SOBRE A ELIMINAÇÃO DE homens nascem livres e iguais em dignidade e
direitos e que todo homem tem todos os direitos
TODAS AS FORMAS DE estabelecidos na mesma, sem distinção de
DISCRIMINAÇÃO RACIAL. qualquer espécie e principalmente de raça, cor ou
origem nacional,
DECRETO Nº 65.810, DE 8 DE
DEZEMBRO DE 1969. Considerando todos os homens são iguais
perante a lei e têm o direito à igual proteção contra
qualquer discriminação e contra qualquer
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, incitamento à discriminação,
HAVENDO o Congresso Nacional aprovado pelo
Decreto Legislativo nº 23, de 21 de junho de 1967,
Considerando que as Nações Unidas têm
a Convenção Internacional sobre a Eliminação de
condenado o colonialismo e todas as práticas de
todas as Formas de Discriminação Racial, que foi
segregação e discriminação a ele associados, em
aberta à assinatura em Nova York e assinada pelo
qualquer forma e onde quer que existam, e que a
Brasil a 07 de março de 1966;
Declaração sobre a Conceção de Independência, a
Partes e Povos Coloniais, de 14 de dezembro de
E HAVENDO sido depositado o Instrumento 1960 (Resolução 1.514 (XV), da Assembleia Geral
brasileiro de Ratificação, junto ao Secretário-Geral afirmou e proclamou solenemente a necessidade
das Nações Unidas, a 27 de março de 1968; de levá-las a um fim rápido e incondicional,

E TENDO a referida Convenção entrada em Considerando que a Declaração das Nações


vigor, de conformidade com o disposto em seu Unidas sobre eliminação de todas as formas de
artigo 19, parágrafo 1º, a 04 de janeiro de 1969; Discriminação Racial, de 20 de novembro de 1963,
(Resolução 1.904 ( XVIII) da Assembléia-Geral),
DECRETA que a mesma, apensa por cópia afima solemente a necessidade de eliminar
ao presente Decreto, seja executada e cumprida rapidamente a discriminação racial através do
tão inteiramente como ela nele contém. mundo em todas as suas formas e manifestações e
de assegurar a compreenção e o respeito à
Brasília, 08 de dezembro de 1969; 148º da diginidade da pessoa humana,
Independência e 81º da República.
Convencidos de que qualquer doutrina de
EMÍLIO G. MÉDICI superioridade baseada em diferenças raciais é
Mário Gibson Barbosa cientificamente falsa, moralmente condenável,
socialmente injusta e perigosa, em que, não existe
Este texto não substitui o original publicado no justificação para a discriminação racial, em teoria
Diário Oficial de 10.12.1969 ou na prática, em lugar algum,

A CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE A Reafirmando que a discriminação entre os


ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE homens por motivos de raça, cor ou origem étnica
DISCRIMINAÇÃO RACIAL. é um obstáculo a relações aminstosas e pacíficas
entre as nações e é capaz de disturbar a paz e a
segurança entre povos e a harmonia de pessoas
Os Estados Partes na presente Convenção, vivendo lado a lado até dentro de um mesmo
Estado,
Considerando que a Carta das Nações
Unidas baseia-se em principios de dignidade e Convencídos que a existência de barreiras
igualdade inerentes a todos os seres humanos, e raciais repugna os ideais de qualquer sociedade
que todos os Estados Membros comprometeram- humana,
se a tomar medidas separadas e conjuntas, em
cooperação com a Organização, para a
consecução de um dos propósitos das Nações Alarmados por manifestações de
Unidas que é promover e encorajar o respeito discriminação racial ainda em evidência em
universal e observancia dos direitos humanos e algumas áreas do mundo e por políticas
liberdades fundamentais para todos, sem governamentais baseadas em superioridade racial
discriminação de raça, sexo, idioma ou religião. ou ódio, como as políticas de apartheid, segreção
ou separação,

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Resolvidos a adotar todas as medidas necessária para proporcionar a tais grupos ou


necessárias para eliminar rapidamente a indivíduos igual gozo ou exercício de direitos
discriminação racial em, todas as suas formas e humanos e liberdades fundamentais, contando
manifestações, e a prevenir e combater doutrinas e que, tais medidas não conduzam, em
práticas raciais com o objetivo de promover o conseqüência, à manutenção de direitos separados
entendimento entre as raças e construir uma para diferentes grupos raciais e não prossigam
comunidade internacional livre de todas as formas após terem sidos alcançados os seus objetivos.
de separação racial e discriminação racial,
Artigo II
Levando em conta a Convenção sobre
Discriminação nos Emprego e Ocupação adotada 1. Os Estados Partes condenam a
pela Organização internacional do Trabalho em discriminação racial e comprometem-se a adotar,
1958, e a Convenção contra discriminação no por todos os meios apropriados e sem tardar uma
Ensino adotada pela Organização das Nações política de eliminação da discriminação racial em
Unidas para Educação a Ciência em 1960, todas as suas formas e de promoção de
entendimento entre todas as raças e para esse fim:
Desejosos de completar os princípios
estabelecidos na Declaração das Naçõs unidas a) Cada Estado parte compromete-se a
sobre a Eliminação de todas as formas de efetuar nenhum ato ou prática de discriminação
discriminação racial e assegurar o mais cedo racial contra pessoas, grupos de pessoas ou
possível a adoção de medidas práticas para esse instituições e fazer com que todas as autoridades
fim, públicas nacionais ou locais, se conformem com
esta obrigação;
Acordaram no seguinte:
b) Cada Estado Parte compromete-se a não
PARTE I encorajar, defender ou apoiar a discriminação racial
praticada por uma pessoa ou uma organização
Artigo I qualquer;

1. Nesta Convenção, a expressão c) Cada Estado Parte deverá tomar as


“discriminação racial” significará qualquer medidas eficazes, a fim de rever as politicas
distinção, exclusão restrição ou preferência governamentais nacionais e locais e para modificar,
baseadas em raça, cor, descendência ou origem ab-rogar ou anular qualquer disposição
nacional ou etnica que tem por objetivo ou efeito regulamentar que tenha como objetivo criar a
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou discriminação ou perpetrá-la onde já existir;
exercício num mesmo plano,( em igualdade de
condição), de direitos humanos e liberdades d) Cada Estado Parte deverá, por todos os
fundamentais no domínio político econômico, meios apropriados, inclusive se as circunstâncias o
social, cultural ou em qualquer outro dominio de exigerem, as medidas legislativas, proibir e por fim,
vida pública. a discriminação racial praticadas por pessoa, por
grupo ou das organizações;
2. Esta Convenção não se aplicará ás
distinções, exclusões, restrições e preferências e) Cada Estado Parte compromete-se a
feitas por um Estado Parte nesta Convenção entre favorecer, quando for o caso as organizações e
cidadãos e não cidadãos. movimentos multi-raciais e outros meios proprios a
eliminar as barreiras entre as raças e a desecorajar
3. Nada nesta Convenção poderá ser o que tende a fortalecer a divisão racial.
interpretado como afetando as disposições legais
dos Estados Partes, relativas a nacionalidade, 2) Os Estados Partes tomarão, se as
cidadania e naturalização, desde que tais circunstâncias o exigirem, nos campos social,
disposições não discriminem contra qualquer econômico, cultural e outros, as medidas especiais
nacionalidade particular. e concretas para assegurar como convier o
desenvolvimento ou a proteção de certos grupos
4. Não serão consideradas discriminação raciais ou de indivíduos pertencentes a estes
racial as medidas especiais tomadas com o único grupos com o objetivo de garantir-lhes, em
objetivo de assegurar progresso adequado de condições de igualdade, o pleno exercício dos
certos grupos raciais ou étnicos ou de indivíduos direitos do homem e das liberdades fundamentais.
que necessitem da proteção que possa ser
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Essas medidas não deverão, em caso algum, discriminação racial em todas suas formas e a
ter a finalidade de manter direitos grupos raciais, garantir o direito de cada uma à igualdade perante
depois de alcançados os objetivos em razão dos a lei sem distinção de raça , de cor ou de origem
quais foram tomadas. nacional ou étnica, principalmente no gozo dos
seguintes direitos:
Artigo III
a) direito a um tratamento igual perante os
Os Estados Partes especialmente condenam tribunais ou qualquer outro orgão que administre
a segregação racial e o apartheid e comprometem- justiça;
se a proibir e a eliminar nos territórios sob sua
jurisdição todas as práticas dessa natureza. b) direito a segurança da pessoa ou à
proteção do Estado contra violência ou ou lesão
Artigo IV corporal cometida que por funcionários de
Governo, quer por qualquer individúo, grupo ou
instituição.
Os Estados partes conenam toda propaganda
e todas as organizações que se inspirem em idéias
ou teorias baseadas na superioridade de uma raça c) direitos políticos principalemnte direito de
ou de um grupo de pessoas de uma certa cor ou de participar às eleições - de votar e ser votado -
uma certa origem ética ou que pretendem justificar conforme o sistema de sufrágio universal e igual
ou encorajar qualquer forma de odio e de direito de tomar parte no Governo, assim como na
discriminação raciais e comprometem-se a adotar direção dos assuntos públicos, em qualquer grau e
imediatamente medidas positivas destinadas a o direito de acesso em igualdade de condições, às
eliminar qualquer incitação a uma tal discriminação, funções públicas.
ou quaisquer atos de discriminação com este
objetivo tendo em vista os princípios formulados na d) Outros direitos civis, principalmente,
Declaração universal dos direitos do homem e os
direitos expressamente enunciados no artigo 5 da i) direito de circular livremente e de escolher
presente convenção, eles se comprometem residência dentro das fronteiras do Estado;
principalmente:
ii) direito de deixar qualquer pais, inclusive o
a) a declarar delitos puníveis por lei, qualquer seu, e de voltar a seu país;
difusão de idéias baseadas na superioridade ou
ódio raciais, qualquer incitamento à discriminação iii) direito de uma nacionalidade;
racial, assim como quaisquer atos de violência ou
provocação a tais atos, dirigidos contra qualquer
raça ou qualquer grupo de pessoas de outra cor ou iv) direito de casar-se e escolher o cônjuge;
de outra origem técnica, como tambem qualquer
assistência prestada a atividades racistas, incluive v) direito de qualquer pessoa, tanto
seu financiamento; individualmente como em conjunto, à propriedade;

b) a declarar ilegais e a proibir as vi) direito de herda;


organizações assim como as atividades de
propaganda organizada e qualquer outro tipo de vii) direito à liberdade de pensamento, de
atividade de propaganda que incitar a consciência e de religião;
discriminação racial e que a encorajar e a declara
delito punivel por lei a participação nestas viii) direito à liberdade de opinião e de
organizações ou nestas atividades. expressão;

c) a não permitir as autoridades públicas nem ix) direito à liberdade de reunião e de


ás instituições públcias nacionais ou locais, o associação pacífica;
incitamento ou encorajamento à discriminação
racial.
e) direitos econômicos, sociais culturais,
principalmente:
Artigo V
i) direitos ao trabalho, a livre escolha de seu
De conformidade com as obrigações trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de
fundamentais enunciadas no artigo 2, Os Estados trabalho à proteção contra o desemprego, a um
Partes comprometem-se a proibir e a eliminar a
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salário igual para um trabalho igual, a uma conhecidos para sua alta moralidade e conhecida
remuneração equitativa e satisfatória; imparcialidade, que serão eleitos pelos Estados
Membros dentre seus nacionais e que atuarão a
ii) direito de fundar sindicatos e a eles se filiar; título individual, levando-se em conta uma
repartição geográfica equitativa e a representação
iii) direito à habitação; das formas diversas de civilização assim como dos
principais sistemas jurídicos.
iv) direito à saúde pública, a tratamento
médico, à previdência social e aos serviços sociais; 2. Os Membros do Comite serão eleitos em
escrutínio secreto de uma lista de candidatos
designados pelos Estados Partes, Cada Estado
v) direito a educação e à formação Parte poderá designar um candidato escolhido
profissional; dentre seus nacionais.

vi) direito a igual participação das atividades 3. A primeira eleição será realizada seis
culturais; meses após a data da entrada em vigor da presente
Convenção. Três meses pelo menos antes de cada
f) direito de acesso a todos os lugares e eleição, o Secretário Geral das Nações Unidas
serviços destinados ao uso do publico, tais como, enviará uma Carta aos Estados Partes para
meios de transporte hotéis, restaurantes, cafés, convidá-los a apresentar suas candidaturas no
espetáculos e parques. prazo de dois meses. O Secretário Geral elaborará
uma lista por ordem alfabética, de todos os
Artigo VI candidatos assim nomeados com indicação dos
Estados partes que os nomearam, e a comunicará
Os Estados Partes assegurarão a qualquer aos Estados Partes.
pessoa que estiver sob sua jurisdição, proteção e
recursos efetivos perante os tribunais nacionais e 4. Os membros do Comitê serão eleitos
outros órgãos do Estado competentes, contra durante uma reunião dos Estados Partes
quaisquer atos de discriminação racial que, convocada pelo Secretário Geral das Nações
contraviamente à presente Convenção, violarem Unidas. Nessa reunião, em que o quorum
seus direitos individuais e suas liberdades será alcançado com dois terços dos Estados
fundamentais, assim como o direito de pedir a Partes, serão elitos membros do Comitê, os
esses tribunais uma satisfação ou repartição justa candidatos que obtiverem o maior número de votos
e adequada por qualquer dano de que foi vitima em e a maioria absoluta de votos dos representantes
decorrência de tal discriminação. dos Estados Partes presentes e votantes.

Artigo VII 5. a) Os membros do Comitê serão eleitos por


um período de quatro anos. Entretanto, o mandato
Os Estados Partes, comprometem-se a tomar de nove dos membros eleitos na primeira eleição,
as medidas imediatas e eficazes, principalmente no expirará ao fim de dois anos; logo após a primeira
campo de ensino, educação, da cultura e da eleição os nomes desses nove membros serão
informação, para lutar contra os preconceitos que escolhidos, por sorteio, pelo Presidente do Comitê.
levem à discriminação racial e para promover o
entendimento, a tolerância e a amizade entre b) Para preencher as vagas fortuítas, o
nações e grupos raciais e éticos assim como para Estado Parte, cujo perito deixou de exercer suas
propagar ao objetivo e princípios da Carta das funções de membro do Comitê, nomeará outro
Nações Unidas da Declaração Universal dos períto dentre seus nacionais, sob reserva da
Direitos do Homem, da Declaração das Nações aprovação do Comitê.
Unidas sobre a eliminação de todas as formas de
discriminação racial e da presente Convenção. 6. Os Estados Partes serão responsáveis
pelas despesas dos membros do Comitê para o
PARTE II período em que estes desempenharem funções no
Comitê.
Artigo VIII
Artigo IX
1. Será estabelecido um Comitê para a
eliminação da discriminação racial (doravante 1. Os Estados Partes comprometem-se a
denominado “o Comitê) composto de 18 peritos apresentar ao Secretário Geral para exame do
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Comitê, um relatório sobre as medidas legislativas, notificação ao Comitê assim como ao outro Estado
judiciárias, administrativas ou outras que tomarem interessado.
para tornarem efetivas as disposições da presente
Convenção: 3. O Comitê só poderá tomar conhecimento
de uma questão, de acordo com o parágrafo 2 do
a) dentro do prazo de um ano a partir da presente artigo, após ter constatado que todos os
entrada em vigor da Convenção, para cada Estado recursos internos disponíveis foram interpostos ou
interessado no que lhe diz respeito, e esgotados, de conformidade com os princípios do
posteriomente, cada dois anos, e toda vez que o direito internacional geralmente reconhecidos. Esta
Comitê o solicitar. O Comitê poderá solicitar regra não se aplicará se os procedimentos de
informações complementares aos Estados Partes. recurso excederem prazos razoáveis.

2. O Comitê submeterá anualmente à 4. Em qualquer questão que lhe for


Assembléia Geral, um relatório sobre suas submetida, Comitê poderá solicitar aos Estados-
atividades e poderá fazer sugestões e Partes presentes que lhe forneçam quaisquer
recomedações de ordem geral baseadas no exame informações complementares pertinentes.
dos relatórios e das informaçõe recebidas dos
Estados Partes. Levará estas sugestões e 5. Quando o Comitê examinar uma questão
recomendações de ordem geral ao conhecimento conforme o presente Artigo os Estados Partes
da Assembleia Geral, e se as houver juntamente interessados terão o direito de nomear um
com as observações dos Estados Partes. representante que participará sem direito de voto
dos trabalhos no Comitê durante todos os debates.
Artigo X
Artigo XII
1. O Comitê adotará seu regulamento interno.
1. a) Depois que o Comitê obtiver e consultar
2. O Comitê alegerá sua mesa por um período as informações que julgar necessárias, o
de dois anos. Presidente nomeará uma Comissão de Conciliação
ad hoc (doravante denominada “ A Comissão”,
3. O Secretário Geral da Organização das composta de 5 pessoas que poderão ser ou não
Nações Unidas foi necessários serviços de membros do Comitê. Os membros serão nomeados
Secretaria ao Comitê. com o consentimento pleno e unânime das partes
na controvérsia e a Comissão fará seus bons
ofícios a disposição dos Estados presentes, com o
4. O Comitê reunir-se-à normalmente na Sede
das Nações Unidas. objetivo de chegar a uma solução amigável da
questão, baseada no respeito à presente
Convenção.
Artigo XI
b) Se os Estados Partes na controvérsia não
1. Se um Estado Parte Julgar que outro chegarem a um entendimento em relação a toda ou
Estado igualmente Parte não aplica as disposições parte da composição da Comissão num prazo de
da presente Covenção poderá chamar a atenção três meses os membros da Comissão que não
do Comitê sobre a questão. O Comitê transmitirá, tiverem o assentimento do Estados Partes, na
então, a comunicação ao Estado Parte interessado. controvérsia serão eleitos por escrutinio secreto
Num prazo de três meses, o Estado destinatário entre os membros de dois terços dos membros do
submeterá ao Comitê as explicações ou Comitê.
declarações por escrito, a fim de esclarecer a
questão e indicar as medidas corretivas que por
acaso tenham sido tomadas pelo referido Estado. 2. Os membros da Comissão atuarão a título
individual. Não deverão ser nacionais de um dos
Estados Partes na controvérsia nem de um Estado
2. Se, dentro de um prazo de seis meses a que não seja parte da presente Convenção.
partir da data do recebimento da comunicação
original pelo Estado destinatário a questão não foi
3. A Comissão elegerá seu Presidente e
resolvida a contento dos dois Estados, por meio de
adotará seu regimento interno.
negociações bilaterais ou por qualquer outro
processo que estiver a sua disposição, tanto um
como o outro terão o direito de submetê-la 4. A Comissão reunir-se-a normalmente na
novamente ao Comitê, endereçando uma sede nas Nações Unidas em qualquer outro lugar
apropriado que a Comissão determinar.
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5. O Secretariado previsto no parágrafo 3 do 2. Qualquer Estado parte que fizer uma


artigo 10 prestará igualmente seus serviços à declaração de conformidade com o parágrafo do
Comissão cada ver que uma controvérsia entre os presente artigo, poderá criar ou designar um órgão
Estados Partes provocar sua formação. dentro de sua ordem jurídica nacional, que terá
competência para receber e examinar as petições
6. Todas as despesas dos membros da de pessoas ou grupos de pessoas sob sua
Comissão serão divididos igualmente entre os jurisdição que alegarem ser vitimas de uma
Estados Partes na controvérsia baseadas num violação de qualquer um dos direitos enunciados na
cálculo estimativo feito pelo Secretário-Geral. presente Convenção e que esgotaram os outros
recursos locais disponíveis.
7. O Secretário Geral ficará autorizado a
pagar, se for necessário, as despesas dos 3. A declaração feita de conformidade com o
membros da Comissão, antes que o reembolso parágrafo 1 do presente artigo e o nome de
seja efetuado pelos Estados Partes na qualquer órgão criado ou designado pelo Estado
controvérsia, de conformidade com o parágrafo 6 Parte interessado consoante o parágrafo 2 do
do presente artigo. presente artigo será depositado pelo Estado Parte
interessado junto ao Secretário Geral das Nações
8. As informações obtidas e confrotadas pelo Unidas que remeterá cópias aos outros Estados
Comitê serão postas à disposição da Comissão, e Partes. A declaração poderá ser retirada a qualquer
momento mediante notificação ao Secretário Geral
a Comissão poderá solicitar aos Estados
mas esta retirada não prejudicará as comunicações
interessados sde lhe fornecer qualquer informação
que já estiverem sendo estudadas pelo Comitê.
complementar pertinente.

Artigo XIII 4. O órgão criado ou designado de


conformidade com o parágrafo 2 do presente artigo,
deverá manter um registro de petições e cópias
1. Após haver estudado a questão sob todos autenticada do registro serão depositadas
os seus aspectos, a Comissão preparará e anualmente por canais apropriados junto ao
submeterá ao Presidente do Comitê um relatório Secretário Geral das Nações Unidas, no
com as conclusões sobre todas ass questões de entendimento que o conteúdo dessas cópias não
fato relativas à controvérsia entre as partes e as será divulgado ao público.
recomendações que julgar oportunas a fim de
chegar a uma solução amistosa da controvérsia.
5. Se não obtiver repartição satisfatória do
órgão criado ou designado de conformidade com o
2. O Presidente do Comitê trasmitirá o parágrafo 2 do presente artigo, o peticionário terá o
relatório da Comissão a cada um dos Estados direito de levar a questão ao Comitê dentro de seis
Partes na controvèrsia. Os referidos Estados meses.
comunicarão ao Presidente do Comitê num prazo
de três meses se aceitam ou não, as
recomendações contidas no relatório da Comissão. 6. a) O Comitê levará, a título confidencial,
qualquer comunicação que lhe tenha sido
endereçada, ao conhecimento do Estado Parte
3. Expirado o prazo previsto no paragrafo 2º que, pretensamente houver violado qualquer das
do presente artigo, o Presidente do Comitê disposições desta Convenção, mas a identidade da
comunicará o Relatório da Comissão e as pessoa ou dos grupos de pessoas não poderá ser
declarações dos Estados Partes interessadas aos revelada sem o consentimento expresso da referida
outros Estados Parte na Comissão. pessoa ou grupos de pessoas. O Comitê não
receberá comunicações anônimas.
Artigo XIV
b) Nos três meses seguintes, o referido
1. Todo o Estado parte poderá declarar e Estado submeterá, por escrito ao Comitê, as
qualquer momento que reconhece a competência explicações ou recomendações que esclarecem a
do Comitê para receber e examinar comunicações questão e indicará as medidas corretivas que por
de indivíduos sob sua jurisdição que se consideram acaso houver adotado.
vítimas de uma violação pelo referido Estado Parte
de qualquer um dos direitos enunciados na 7. a) O Comitê examinará as comunmicações,
presente Convenção. O Comitê não receberá à luz de todas as informações que forem
qualquer comunicaçõa de um Estado Parte que não submetidas pelo Estado parte interessado e pelo
houver feito tal declaração. peticionário. O Comitê so examinará uma

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comunicação de peticionário após ter-se expressará sua opinião e fará recomendações a


assegurado que este esgotou todos os recursos esses órgãos.
internos disponíveis. Entretanto, esta regra não se
aplicará se os processos de recurso excederem 3. O Comitê incluirá em seu relatório à
prazos razoáveis. Assembléia um resumo das petições e relatários
que houver recebido de órgãos das Nações Unidas
b) O Comitê remeterá suas sugestões e e as opiniões e recomendações que houver
recomedações eventuais, ao Estado Parte proferido sobre tais petições e relatórios.
interessado e ao peticionário.
4. O Comitê solicitará ao Secretário Geral das
8. O Comitê incluirá em seu relatório anual um Nações Unidas qualquer informação relacionada
resumo destas comunicações, se for necessário, com os objetivos da presente Convenção que este
um resumo das explicações e declarações dos dispuser sobre os territórios mencionados no
Estados Partes interessados assim como suas parágrafo 2 (a) do presente artigo.
próprias sugestões e recomedações.
Artigo XVI
9. O Comitê somente terá competência para
exercer as funções previstas neste artigo se pelo As disposições desta Convenção relativas a
menos dez Estados Partes nesta Convenção solução das controvérsias ou queixas serão
estiverem obrigados por declarações feitas de aplicadas sem prejuízo de outros processos para
conformidade com o parágrafo deste artigo. solução de controvérsias e queixas no campo da
discriminação previstos nos intrumentos
Artigo XV constitutivos das Nações Unidas e suas agências
especializadas, e não excluirá a possibilidade dos
1. Enquanto não forem atingidos os objetivos Estados partes recomendarem aos outros,
da resolução 1.514 (XV) da Assembléia Geral de processos para a solução de uma controvérsia de
14 de dezembro de 1960, relativa à Declaração conformidade com os acordos internacionais ou
sobro a concessão da independência dos países e especiais que os ligarem.
povos coloniais, as disposições da presente
convenção não restringirão de maneira alguma o Terceira Parte
direito de petição concedida aos povos por outros
instrumentos internacionais ou pela Organização Artigo XVII
das Nações Unidas e suas agências
especializadas.
1. A presente Convenção ficará aberta à
assinatura de todo Estado Membro da Organização
2. a) O Comitê constituído de conformidade das Nações Unidas ou membro de qualquer uma
com o parágrafo 1 do artigo 8 desta Convenção de suas agências especializadas, de qualquer
receberá cópia das petições provenientes dos Estado parte no Estatuto da Côrte Internacional de
órgãos das Nações Unidas que se encarregarem Justiça, assim como de qualquer outro Estado
de questões diretamente relacionadas com os convidado pela Assembléia-Geral da Organização
principios e objetivos da presente Convenção e das Nações Unidas a torna-se parte na presente
expressará sua opinião e formulará recomedações Convenção.
sobre petições recebidas quando examinar as
petições recebidas dos habitantes dos territórios
2. A presente Convenção ficará sujeita à
sob tutela ou não autônomo ou de qualquer outro
ratificação e os instrumentos de ratificação serão
território a que se aplicar a resolução 1514 (XV) da
depositados junto ao Secretário Geral das Nações
Assembléia Geral, relacionadas a questões Unidas.
tratadas pela presente Convenção e que forem
submetidas a esses órgãos.
Artigo XVIII
b) O Comitê receberá dos órgãos
competentes da Organização das Nações Unidas 1. A presente Convenção ficará aberta a
cópia dos relatários sobre medidas de ordem adesão de qualquer Estado mencionado no
legislativa judiciária, administrativa ou outra parágrafo 1º do artigo 17.
diretamente relacionada com os princípios e
objetivos da presente Convenção que as Potências 2. A adesão será efetuada pelo depósito de
Administradoras tiverem aplicado nos territórios instrumento de adesão junto ao Secretário Geral
mencionados na alinea “a” do presente parágrafo e das Nações Unidas.

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Artigo XIX que os litigantes concordem em outro meio de


solução.
1. Esta convenção entrará em vigor no
trigéssimo dia após a data do deposito junto ao Artigo XXII
Secretário Geral das Nações Unidas do vigésimo
sétimo instrumento de ratificação ou adesão. Qualquer Controvérsia entre dois ou mais
Estados Partes relativa à interpretação ou
2. Para cada Estado que ratificar a presente aplicação desta Convenção, que não for resolvida
Convenção ou a ele aderir após o depósito do por negociações ou pelos processos previstos
vigésimo sétimo instrumento de ratificação ou expressamente nesta Convenção será, pedido de
adesão esta Convenção entrará em vigor no qualquer das Partes na controvérsia, submetida à
trigésimo dia após o depósito de seu instrumento decisão da Côrte Internacional de Justiça a não ser
de ratificação ou adesão. que os litigantes concordem em outro meio de
solução.
Artigo XX
Artigo XXIII
1. O Secretário Geral das Nações Unidas
receberá e enviará, a todos os Estados que forem 1. Qualquer Estado Parte poderá formular a
ou vierem a torna-se partes desta Convenção, as qualquer momento um pedido de revisão da
reservas feitas pelos Estados no momento da presente Convenção, mediante notificação escrita
ratificação ou adesão. Qualquer Estado que objetar endereçada ao Secretário Geral das Nações
a essas reservas, deverá notificar ao Secretário Unidas.
Geral dentro de noventa dias da data da referida
comunicação, que não aceita. 2. A Assembléia-Geral decidirá a respeito das
medidas a serem tomadas, caso for necessário,
2. Não será permitida uma reserva sobre o pedido.
incompatível com o objeto e o escopo desta
Convenção nem uma reserva cujo efeito seria a de Artigo XXIV
impedir o funcionamento de qualquer dos órgãos
previstos nesta Convenção. Uma reserva será
O Secretário Geral da Organização das
considerada incompatível ou impeditiva se a ela Nações Unidas comunicará a todos os Estados
objetarerm ao menos dois terços dos Estados mencionados no parágrafo 1º do artigo 17 desta
partes nesta Convenção. Convenção.

3. As reservas poderão ser retiradas a


a) as assinaturas e os depósitos de
qualquer momento por uma notificação endereçada instrumentos de ratificação e de adesão de
com esse objetivo ao Secretário Geral. Tal conformidade com os artigos 17 e 18;
notificação surgirá efeito na data de seu
recebimento.
b) a data em que a presente Convenção
entrar em vigor, de conformidade com o artigo 19;
Artigo XXI
c) as comunicações e declarações recebidas
Qualquer Estado parte poderá denunciar esta de conformidade com os artigos 14, 20 e 23.
Convenção mediante notificação escrita
endereçada ao Secretário Geral da Organização
das Nações Unidas. A denúncia surtirá efeito um d) as denúncias feitas de conformidade com o
ano após data do recebimento da notificação pelo artigo 21.
Secretário Geral.
Artigo XXV
Artigo XXI
1. Esta Conveção, cujos textos em chinês,
Qualquer Controvérsia entre dois ou mais espanhol, inglês e russo são igualmente autênticos
Estados Parte relativa a interpretação ou aplicação será depositada nos arquivos das Nações Unidas.
desta Convenção que não for resolvida por
negociações ou pelos processos previstos 2. O Secretário Geral das Nações Unidas
expressamente nesta Convenção, será o pedido de enviará cópias autenticadas desta Convenção a
qualquer das Partes na controvérsia. Submetida à todos os Estados pertencentes a qualquer uma das
decisão da Côrte Internacional de Justiça a não ser
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categorias mencionadas no parágrafo 1º do artigo


17.

Em fé do que os abaixos assinados


devidamente autorizados por seus Governos
assinaram a presente Convenção que foi aberta a
assinatura em Nova York a 7 de março de 1966.

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CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO Art. 4o Fica revogado o Decreto no 89.460, de


20 de março de 1984.
DE TODAS AS FORMAS DE
DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER
Brasília, 13 de setembro de 2002; 181o da
Independência e 114o da República.
DECRETO Nº 4.377, DE 13 DE
SETEMBRO DE 2002. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Osmar Chohfi
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da
atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Este texto não substitui o publicado no
Constituição, e D.O.U. de 16.9.2002
Considerando que o Congresso Nacional Convenção sobre a Eliminação de Todas as
aprovou, pelo Decreto Legislativo no 93, de 14 de Formas de Discriminação contra a Mulher
novembro de 1983, a Convenção sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
Os Estados Partes na presente convenção,
contra a Mulher, assinada pela República
Federativa do Brasil, em Nova York, no dia 31 de
março de 1981, com reservas aos seus artigos 15, CONSIDERANDO que a Carta das Nações
parágrafo 4o, e 16, parágrafo 1o, alíneas (a), (c), (g) Unidas reafirma a fé nos direitos fundamentais do
e (h); homem, na dignidade e no valor da pessoa humana
e na igualdade de direitos do homem e da mulher,
Considerando que, pelo Decreto Legislativo
no 26, de 22 de junho de 1994, o Congresso CONSIDERANDO que a Declaração Universal
Nacional revogou o citado Decreto Legislativo dos Direitos Humanos reafirma o princípio da não-
no 93, aprovando a Convenção sobre a Eliminação discriminação e proclama que todos os seres
de Todas as Formas de Discriminação contra a humanos nascem livres e iguais em dignidade e
Mulher, inclusive os citados artigos 15, parágrafo direitos e que toda pessoa pode invocar todos os
4o, e 16, parágrafo 1o , alíneas (a), (c), (g) e (h); direitos e liberdades proclamados nessa
Declaração, sem distinção alguma, inclusive de
sexo,
Considerando que o Brasil retirou as
mencionadas reservas em 20 de dezembro de
1994; CONSIDERANDO que os Estados Partes nas
Convenções Internacionais sobre Direitos
Considerando que a Convenção entrou em Humanos tem a obrigação de garantir ao homem e
vigor, para o Brasil, em 2 de março de 1984, com a à mulher a igualdade de gozo de todos os direitos
reserva facultada em seu art. 29, parágrafo 2; econômicos, sociais, culturais, civis e políticos,

DECRETA: OBSEVANDO as convenções internacionais


concluídas sob os auspícios das Nações Unidas e
dos organismos especializados em favor da
Art. 1o A Convenção sobre a Eliminação de igualdade de direitos entre o homem e a mulher,
Todas as Formas de Discriminação contra a
Mulher, de 18 de dezembro de 1979, apensa por
cópia ao presente Decreto, com reserva facultada OBSERVANDO, ainda, as resoluções,
em seu art. 29, parágrafo 2, será executada e declarações e recomendações aprovadas pelas
cumprida tão inteiramente como nela se contém. Nações Unidas e pelas Agências Especializadas
para favorecer a igualdade de direitos entre o
homem e a mulher,
Art. 2o São sujeitos à aprovação do
Congresso Nacional quaisquer atos que possam
resultar em revisão da referida Convenção, assim PREOCUPADOS, contudo, com o fato de que,
como quaisquer ajustes complementares que, nos apesar destes diversos instrumentos, a mulher
termos do art. 49, inciso I, da Constituição, continue sendo objeto de grandes discriminações,
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional. RELEMBRANDO que a discriminação contra
a mulher viola os princípios da igualdade de direitos
Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de e do respeito da dignidade humana, dificulta a
sua publicação. participação da mulher, nas mesmas condições
que o homem, na vida política, social, econômica e
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cultural de seu país, constitui um obstáculo ao discriminação mas sim que a educação dos filhos
aumento do bem-estar da sociedade e da família e exige a responsabilidade compartilhada entre
dificulta o pleno desenvolvimento homens e mulheres e a sociedade como um
das potencialidades da mulher para prestar conjunto,
serviço a seu país e à humanidade,
RECONHECENDO que para alcançar a plena
PREOCUPADOS com o fato de que, em igualdade entre o homem e a mulher é necessário
situações de pobreza, a mulher tem um acesso modificar o papel tradicional tanto do homem como
mínimo à alimentação, à saúde, à educação, à da mulher na sociedade e na família,
capacitação e às oportunidades de emprego, assim
como à satisfação de outras necessidades, RESOLVIDOS a aplicar os princípios
enunciados na Declaração sobre a Eliminação da
CONVENCIDOS de que o estabelecimento da Discriminação contra a Mulher e, para isto, a adotar
Nova Ordem Econômica Internacional baseada na as medidas necessárias a fim de suprimir essa
eqüidade e na justiça contribuirá significativamente discriminação em todas as suas formas e
para a promoção da igualdade entre o homem e a manifestações,
mulher,
CONCORDARAM no seguinte:
SALIENTANDO que a eliminação
do apartheid, de todas as formas de racismo, PARTE I
discriminação racial, colonialismo,
neocolonialismo, agressão, ocupação estrangeira e Artigo 1o
dominação e interferência nos assuntos internos
dos Estados é essencial para o pleno exercício dos
direitos do homem e da mulher, Para os fins da presente Convenção, a
expressão "discriminação contra a mulher"
significará toda a distinção, exclusão ou restrição
AFIRMANDO que o fortalecimento da paz e da baseada no sexo e que tenha por objeto ou
segurança internacionais, o alívio da tensão
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento,
internacional, a cooperação mútua entre todos os
gozo ou exercício pela mulher, independentemente
Estados, independentemente de seus sistemas
de seu estado civil, com base na igualdade do
econômicos e sociais, o desarmamento geral e
homem e da mulher, dos direitos humanos e
completo, e em particular o desarmamento nuclear liberdades fundamentais nos campos político,
sob um estrito e efetivo controle internacional, a econômico, social, cultural e civil ou em qualquer
afirmação dos princípios de justiça, igualdade e outro campo.
proveito mútuo nas relações entre países e a
realização do direito dos povos submetidos a
dominação colonial e estrangeira e a ocupação Artigo 2o
estrangeira, à autodeterminação e independência,
bem como o respeito da soberania nacional e da Os Estados Partes condenam a discriminação
integridade territorial, promoverão o progresso e o contra a mulher em todas as suas formas,
desenvolvimento sociais, e, em conseqüência, concordam em seguir, por todos os meios
contribuirão para a realização da plena igualdade apropriados e sem dilações, uma política destinada
entre o homem e a mulher, a eliminar a discriminação contra a mulher, e com
tal objetivo se comprometem a:
CONVENCIDOS de que a participação
máxima da mulher, em igualdade de condições a) Consagrar, se ainda não o tiverem feito, em
com o homem, em todos os campos, é suas constituições nacionais ou em outra legislação
indispensável para o desenvolvimento pleno e apropriada o princípio da igualdade do homem e da
completo de um país, o bem-estar do mundo e a mulher e assegurar por lei outros meios
causa da paz, apropriados a realização prática desse princípio;

TENDO presente a grande contribuição da b) Adotar medidas adequadas, legislativas e


mulher ao bem-estar da família e ao de outro caráter, com as sanções cabíveis e que
desenvolvimento da sociedade, até agora não proíbam toda discriminação contra a mulher;
plenamente reconhecida, a importância social da
maternidade e a função dos pais na família e na c) Estabelecer a proteção jurídica dos direitos
educação dos filhos, e conscientes de que o papel da mulher numa base de igualdade com os do
da mulher na procriação não deve ser causa de homem e garantir, por meio dos tribunais nacionais

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competentes e de outras instituições públicas, a a) Modificar os padrões sócio-culturais de


proteção efetiva da mulher contra todo ato de conduta de homens e mulheres, com vistas a
discriminação; alcançar a eliminação dos preconceitos e práticas
consuetudinárias e de qualquer outra índole que
d) Abster-se de incorrer em todo ato ou prática estejam baseados na idéia da inferioridade ou
de discriminação contra a mulher e zelar para que superioridade de qualquer dos sexos ou em
as autoridades e instituições públicas atuem em funções estereotipadas de homens e mulheres.
conformidade com esta obrigação;
b) Garantir que a educação familiar inclua uma
e) Tomar as medidas apropriadas para compreensão adequada da maternidade como
eliminar a discriminação contra a mulher praticada função social e o reconhecimento da
por qualquer pessoa, organização ou empresa; responsabilidade comum de homens e mulheres no
que diz respeito à educação e ao desenvolvimento
de seus filhos, entendendo-se que o interesse dos
f) Adotar todas as medidas adequadas,
filhos constituirá a consideração primordial em
inclusive de caráter legislativo, para modificar ou
todos os casos.
derrogar leis, regulamentos, usos e práticas que
constituam discriminação contra a mulher;
Artigo 6o
g) Derrogar todas as disposições penais
nacionais que constituam discriminação contra a Os Estados-Partes tomarão todas as medidas
mulher. apropriadas, inclusive de caráter legislativo, para
suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e
Artigo 3o exploração da prostituição da mulher.

PARTE II
Os Estados Partes tomarão, em todas as
esferas e, em particular, nas esferas política, social,
econômica e cultural, todas as medidas Artigo 7o
apropriadas, inclusive de caráter legislativo, para
assegurar o pleno desenvolvimento e progresso da Os Estados-Partes tomarão todas as medidas
mulher, com o objetivo de garantir-lhe o exercício e apropriadas para eliminar a discriminação contra a
gozo dos direitos humanos e liberdades mulher na vida política e pública do país e, em
fundamentais em igualdade de condições com o particular, garantirão, em igualdade de condições
homem. com os homens, o direito a:

Artigo 4o a) Votar em todas as eleições e referenda


públicos e ser elegível para todos os órgãos cujos
1. A adoção pelos Estados-Partes de medidas membros sejam objeto de eleições públicas;
especiais de caráter temporário destinadas a
acelerar a igualdade de fato entre o homem e a b) Participar na formulação de políticas
mulher não se considerará discriminação na forma governamentais e na execução destas, e ocupar
definida nesta Convenção, mas de nenhuma cargos públicos e exercer todas as funções
maneira implicará, como conseqüência, a públicas em todos os planos governamentais;
manutenção de normas desiguais ou separadas;
essas medidas cessarão quando os objetivos de c) Participar em organizações e associações
igualdade de oportunidade e tratamento houverem não-governamentais que se ocupem da vida
sido alcançados. pública e política do país.

2. A adoção pelos Estados-Partes de medidas Artigo 8o


especiais, inclusive as contidas na presente
Convenção, destinadas a proteger a maternidade,
Os Estados-Partes tomarão todas as medidas
não se considerará discriminatória.
apropriadas para garantir, à mulher, em igualdade
de condições com o homem e sem discriminação
Artigo 5o alguma, a oportunidade de representar seu
governo no plano internacional e de participar no
Os Estados-Partes tornarão todas as medidas trabalho das organizações internacionais.
apropriadas para:
Artigo 9o

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1. Os Estados-Partes outorgarão às mulheres possível, a diferença de conhecimentos existentes


direitos iguais aos dos homens para adquirir, mudar entre o homem e a mulher;
ou conservar sua nacionalidade. Garantirão, em
particular, que nem o casamento com um f) A redução da taxa de abandono feminino
estrangeiro, nem a mudança de nacionalidade do dos estudos e a organização de programas para
marido durante o casamento, modifiquem aquelas jovens e mulheres que tenham deixado os
automaticamente a nacionalidade da esposa, estudos prematuramente;
convertam-na em apátrida ou a obriguem a adotar
a nacionalidade do cônjuge.
g) As mesmas oportunidades para participar
ativamente nos esportes e na educação física;
2. Os Estados-Partes outorgarão à mulher os
mesmos direitos que ao homem no que diz respeito h) Acesso a material informativo específico
à nacionalidade dos filhos.
que contribua para assegurar a saúde e o bem-
estar da família, incluída a informação e o
PARTE III assessoramento sobre planejamento da família.

Artigo 10 Artigo 11

Os Estados-Partes adotarão todas as medidas 1. Os Estados-Partes adotarão todas as


apropriadas para eliminar a discriminação contra a medidas apropriadas para eliminar a discriminação
mulher, a fim de assegurar-lhe a igualdade de contra a mulher na esfera do emprego a fim de
direitos com o homem na esfera da educação e em assegurar, em condições de igualdade entre
particular para assegurarem condições de homens e mulheres, os mesmos direitos, em
igualdade entre homens e mulheres: particular:

a) As mesmas condições de orientação em a) O direito ao trabalho como direito


matéria de carreiras e capacitação profissional, inalienável de todo ser humano;
acesso aos estudos e obtenção de diplomas nas
instituições de ensino de todas as categorias, tanto
b) O direito às mesmas oportunidades de
em zonas rurais como urbanas; essa igualdade
emprego, inclusive a aplicação dos mesmos
deverá ser assegurada na educação pré-escolar, critérios de seleção em questões de emprego;
geral, técnica e profissional, incluída a educação
técnica superior, assim como todos os tipos de
capacitação profissional; c) O direito de escolher livremente profissão e
emprego, o direito à promoção e à estabilidade no
emprego e a todos os benefícios e outras
b) Acesso aos mesmos currículos e mesmos condições de serviço, e o direito ao acesso à
exames, pessoal docente do mesmo nível formação e à atualização profissionais, incluindo
profissional, instalações e material escolar da
aprendizagem, formação profissional superior e
mesma qualidade;
treinamento periódico;

c) A eliminação de todo conceito estereotipado d) O direito a igual remuneração, inclusive


dos papéis masculino e feminino em todos os níveis benefícios, e igualdade de tratamento relativa a um
e em todas as formas de ensino mediante o
trabalho de igual valor, assim como igualdade de
estímulo à educação mista e a outros tipos de
tratamento com respeito à avaliação da qualidade
educação que contribuam para alcançar este do trabalho;
objetivo e, em particular, mediante a modificação
dos livros e programas escolares e adaptação dos
métodos de ensino; e) O direito à seguridade social, em particular
em casos de aposentadoria, desemprego, doença,
invalidez, velhice ou outra incapacidade para
d) As mesmas oportunidades para obtenção trabalhar, bem como o direito de férias pagas;
de bolsas-de-estudo e outras subvenções para
estudos;
f) O direito à proteção da saúde e à segurança
nas condições de trabalho, inclusive a salvaguarda
e) As mesmas oportunidades de acesso aos da função de reprodução.
programas de educação supletiva, incluídos os
programas de alfabetização funcional e de adultos,
com vistas a reduzir, com a maior brevidade 2. A fim de impedir a discriminação contra a
mulher por razões de casamento ou maternidade e

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assegurar a efetividade de seu direito a trabalhar, a) O direito a benefícios familiares;


os Estados-Partes tomarão as medidas adequadas
para: b) O direito a obter empréstimos bancários,
hipotecas e outras formas de crédito financeiro;
a) Proibir, sob sanções, a demissão por motivo
de gravidez ou licença de maternidade e a c) O direito a participar em atividades de
discriminação nas demissões motivadas pelo recreação, esportes e em todos os aspectos da
estado civil; vida cultural.

b) Implantar a licença de maternidade, com Artigo 14


salário pago ou benefícios sociais comparáveis,
sem perda do emprego anterior, antigüidade ou 1. Os Estados-Partes levarão em
benefícios sociais;
consideração os problemas específicos
enfrentados pela mulher rural e o importante papel
c) Estimular o fornecimento de serviços sociais que desempenha na subsistência econômica de
de apoio necessários para permitir que os pais sua família, incluído seu trabalho em setores não-
combinem as obrigações para com a família com monetários da economia, e tomarão todas as
as responsabilidades do trabalho e a participação medidas apropriadas para assegurar a aplicação
na vida pública, especialmente mediante fomento dos dispositivos desta Convenção à mulher das
da criação e desenvolvimento de uma rede de zonas rurais.
serviços destinados ao cuidado das crianças;
2. Os Estados-Partes adotarão todas as
d) Dar proteção especial às mulheres durante medias apropriadas para eliminar a discriminação
a gravidez nos tipos de trabalho comprovadamente contra a mulher nas zonas rurais a fim de
prejudiciais para elas. assegurar, em condições de igualdade entre
homens e mulheres, que elas participem no
3. A legislação protetora relacionada com as desenvolvimento rural e dele se beneficiem, e em
questões compreendidas neste artigo será particular as segurar-lhes-ão o direito a:
examinada periodicamente à luz dos
conhecimentos científicos e tecnológicos e será a) Participar da elaboração e execução dos
revista, derrogada ou ampliada conforme as planos de desenvolvimento em todos os níveis;
necessidades.
b) Ter acesso a serviços médicos adequados,
Artigo 12 inclusive informação, aconselhamento e serviços
em matéria de planejamento familiar;
1. Os Estados-Partes adotarão todas as
medidas apropriadas para eliminar a discriminação c) Beneficiar-se diretamente dos programas
contra a mulher na esfera dos cuidados médicos a de seguridade social;
fim de assegurar, em condições de igualdade entre
homens e mulheres, o acesso a serviços médicos,
d) Obter todos os tipos de educação e de
inclusive os referentes ao planejamento familiar.
formação, acadêmica e não-acadêmica, inclusive
os relacionados à alfabetização funcional, bem
2. Sem prejuízo do disposto no parágrafo 1o, como, entre outros, os benefícios de todos os
os Estados-Partes garantirão à mulher assistência serviços comunitário e de extensão a fim de
apropriadas em relação à gravidez, ao parto e ao aumentar sua capacidade técnica;
período posterior ao parto, proporcionando
assistência gratuita quando assim for necessário, e e) Organizar grupos de auto-ajuda e
lhe assegurarão uma nutrição adequada durante a
cooperativas a fim de obter igualdade de acesso às
gravidez e a lactância.
oportunidades econômicas mediante emprego ou
trabalho por conta própria;
Artigo 13
f) Participar de todas as atividades
Os Estados-Partes adotarão todas as medidas comunitárias;
apropriadas para eliminar a discriminação contra a
mulher em outras esferas da vida econômica e g) Ter acesso aos créditos e empréstimos
social a fim de assegurar, em condições de agrícolas, aos serviços de comercialização e às
igualdade entre homens e mulheres, os mesmos
tecnologias apropriadas, e receber um tratamento
direitos, em particular:
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igual nos projetos de reforma agrária e de matérias pertinentes aos filhos. Em todos os casos,
reestabelecimentos; os interesses dos filhos serão a consideração
primordial;
h) gozar de condições de vida adequadas,
particularmente nas esferas da habitação, dos e) Os mesmos direitos de decidir livre a
serviços sanitários, da eletricidade e do responsavelmente sobre o número de seus filhos e
abastecimento de água, do transporte e das sobre o intervalo entre os nascimentos e a ter
comunicações. acesso à informação, à educação e aos meios que
lhes permitam exercer esses direitos;
PARTE IV
f) Os mesmos direitos e responsabilidades
Artigo 15 com respeito à tutela, curatela, guarda e adoção
dos filhos, ou institutos análogos, quando esses
conceitos existirem na legislação nacional. Em
1. Os Estados-Partes reconhecerão à mulher
a igualdade com o homem perante a lei. todos os casos os interesses dos filhos serão a
consideração primordial;
2. Os Estados-Partes reconhecerão à mulher,
g) Os mesmos direitos pessoais como marido
em matérias civis, uma capacidade jurídica idêntica
e mulher, inclusive o direito de escolher
do homem e as mesmas oportunidades para o
sobrenome, profissão e ocupação;
exercício dessa capacidade. Em particular,
reconhecerão à mulher iguais direitos para firmar
contratos e administrar bens e dispensar-lhe-ão um h) Os mesmos direitos a ambos os cônjuges
tratamento igual em todas as etapas do processo em matéria de propriedade, aquisição, gestão,
nas cortes de justiça e nos tribunais. administração, gozo e disposição dos bens, tanto a
título gratuito quanto à título oneroso.
3. Os Estados-Partes convém em que todo
contrato ou outro instrumento privado de efeito 2. Os esponsais e o casamento de uma
jurídico que tenda a restringir a capacidade jurídica criança não terão efeito legal e todas as medidas
da mulher será considerado nulo. necessárias, inclusive as de caráter legislativo,
serão adotadas para estabelecer uma idade
4. Os Estados-Partes concederão ao homem mínima para o casamento e para tornar obrigatória
a inscrição de casamentos em registro oficial.
e à mulher os mesmos direitos no que respeita à
legislação relativa ao direito das pessoas à
liberdade de movimento e à liberdade de escolha PARTE V
de residência e domicílio.
Artigo 17
Artigo 16
1. Com o fim de examinar os progressos
1. Os Estados-Partes adotarão todas as alcançados na aplicação desta Convenção, será
medidas adequadas para eliminar a discriminação estabelecido um Comitê sobre a Eliminação da
contra a mulher em todos os assuntos relativos ao Discriminação contra a Mulher (doravante
casamento e às ralações familiares e, em denominado o Comitê) composto, no momento da
particular, com base na igualdade entre homens e entrada em vigor da Convenção, de dezoito e, após
mulheres, assegurarão: sua ratificação ou adesão pelo trigésimo-quinto
Estado-Parte, de vinte e três peritos de grande
a) O mesmo direito de contrair matrimônio; prestígio moral e competência na área abarcada
pela Convenção. Os peritos serão eleitos pelos
Estados-Partes entre seus nacionais e exercerão
b) O mesmo direito de escolher livremente o suas funções a título pessoal; será levada em conta
cônjuge e de contrair matrimônio somente com livre uma repartição geográfica eqüitativa e a
e pleno consentimento; representação das formas diversas de civilização
assim como dos principais sistemas jurídicos;
c) Os mesmos direitos e responsabilidades
durante o casamento e por ocasião de sua 2. Os membros do Comitê serão eleitos em
dissolução; escrutínio secreto de uma lista de pessoas
indicadas pelos Estados-Partes. Cada um dos
d) Os mesmos direitos e responsabilidades Estados-Partes poderá indicar uma pessoa entre
como pais, qualquer que seja seu estado civil, em seus próprios nacionais;
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3. A eleição inicial realizar-se-á seis meses 1. Os Estados-Partes comprometem-se a


após a data de entrada em vigor desta Convenção. submeter ao Secretário-Geral das Nações Unidas,
Pelo menos três meses antes da data de cada para exame do Comitê, um relatório sobre as
eleição, o Secretário-Geral das Nações Unidas medidas legislativas, judiciárias, administrativas ou
dirigirá uma carta aos Estados-Partes convidando- outras que adotarem para tornarem efetivas as
os a apresentar suas candidaturas, no prazo de disposições desta Convenção e sobre os
dois meses. O Secretário-Geral preparará uma progressos alcançados a esse respeito:
lista, por ordem alfabética de todos os candidatos
assim apresentados, com indicação dos Estados- a) No prazo de um ano a partir da entrada em
Partes que os tenham apresentado e comunica-la- vigor da Convenção para o Estado interessado; e
á aos Estados Partes;
b) Posteriormente, pelo menos cada quatro
4. Os membros do Comitê serão eleitos anos e toda vez que o Comitê a solicitar.
durante uma reunião dos Estados-Partes
convocado pelo Secretário-Geral na sede das
2. Os relatórios poderão indicar fatores e
Nações Unidas. Nessa reunião, em que o quorum
dificuldades que influam no grau de cumprimento
será alcançado com dois terços dos Estados- das obrigações estabelecidos por esta Convenção.
Partes, serão eleitos membros do Comitê os
candidatos que obtiverem o maior número de votos
e a maioria absoluta de votos dos representantes Artigo 19
dos Estados-Partes presentes e votantes;
1. O Comitê adotará seu próprio regulamento.
5. Os membros do Comitê serão eleitos para
um mandato de quatro anos. Entretanto, o mandato 2. O Comitê elegerá sua Mesa por um período
de nove dos membros eleitos na primeira eleição de dois anos.
expirará ao fim de dois anos; imediatamente após
a primeira eleição os nomes desses nove membros Artigo 20
serão escolhidos, por sorteio, pelo Presidente do
Comitê; 1. O Comitê se reunirá normalmente todos os
anos por um período não superior a duas semanas
6. A eleição dos cinco membros adicionais do para examinar os relatórios que lhe sejam
Comitê realizar-se-á em conformidade com o submetidos em conformidade com o Artigo 18
disposto nos parágrafos 2, 3 e 4 deste Artigo, após desta Convenção.
o depósito do trigésimo-quinto instrumento de
ratificação ou adesão. O mandato de dois dos 2. As reuniões do Comitê realizar-se-ão
membros adicionais eleitos nessa ocasião, cujos normalmente na sede das Nações Unidas ou em
nomes serão escolhidos, por sorteio, pelo qualquer outro lugar que o Comitê determine.
Presidente do Comitê, expirará ao fim de dois anos;
Artigo 21
7. Para preencher as vagas fortuitas, o
Estado-Parte cujo perito tenha deixado de exercer
1. O Comitê, através do Conselho Econômico
suas funções de membro do Comitê nomeará outro
e Social das Nações Unidas, informará anualmente
perito entre seus nacionais, sob reserva da
a Assembléia Geral das Nações Unidas de suas
aprovação do Comitê;
atividades e poderá apresentar sugestões e
recomendações de caráter geral baseadas no
8. Os membros do Comitê, mediante exame dos relatórios e em informações recebidas
aprovação da Assembléia Geral, receberão dos Estados-Partes. Essas sugestões e
remuneração dos recursos das Nações Unidas, na recomendações de caráter geral serão incluídas no
forma e condições que a Assembléia Geral decidir, relatório do Comitê juntamente com as
tendo em vista a importância das funções do observações que os Estados-Partes tenham
Comitê; porventura formulado.

9. O Secretário-Geral das Nações Unidas 2. O Secretário-Geral transmitirá, para


proporcionará o pessoal e os serviços necessários informação, os relatórios do Comitê à Comissão
para o desempenho eficaz das funções do Comitê sobre a Condição da Mulher.
em conformidade com esta Convenção.
As Agências Especializadas terão direito a
Artigo 18 estar representadas no exame da aplicação das
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disposições desta Convenção que correspondam à Artigo 27


esfera de suas atividades. O Comitê poderá
convidar as Agências Especializadas a apresentar 1. Esta Convenção entrará em vigor no
relatórios sobre a aplicação da Convenção nas trigésimo dia a partir da data do depósito do
áreas que correspondam à esfera de suas vigésimo instrumento de ratificação ou adesão
atividades. junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas.

PARTE VI 2. Para cada Estado que ratificar a presente


Convenção ou a ela aderir após o depósito do
Artigo 23 vigésimo instrumento de ratificação ou adesão, a
Convenção entrará em vigor no trigésimo dia após
Nada do disposto nesta Convenção o depósito de seu instrumento de ratificação ou
prejudicará qualquer disposição que seja mais adesão.
propícia à obtenção da igualdade entre homens e
mulheres e que seja contida: Artigo 28

a) Na legislação de um Estado-Parte ou 1. O Secretário-Geral das Nações Unidas


receberá e enviará a todos os Estados o texto das
b) Em qualquer outra convenção, tratado ou reservas feitas pelos Estados no momento da
acordo internacional vigente nesse Estado. ratificação ou adesão.

Artigo 24 2. Não será permitida uma reserva


incompatível com o objeto e o propósito desta
Convenção.
Os Estados-Partes comprometem-se a adotar
todas as medidas necessárias em âmbito nacional
para alcançar a plena realização dos direitos 3. As reservas poderão ser retiradas a
reconhecidos nesta Convenção. qualquer momento por uma notificação endereçada
com esse objetivo ao Secretário-Geral das Nações
Artigo 25 Unidas, que informará a todos os Estados a
respeito. A notificação surtirá efeito na data de seu
recebimento.
1. Esta Convenção estará aberta à assinatura
de todos os Estados.
rtigo 29
2. O Secretário-Geral das Nações Unidas fica
designado depositário desta Convenção. 1. Qualquer controvérsia entre dois ou mais
Estados-Partes relativa à interpretação ou
aplicação desta Convenção e que não for resolvida
3. Esta Convenção está sujeita a ratificação. por negociações será, a pedido de qualquer das
Os instrumentos de ratificação serão depositados Partes na controvérsia, submetida a arbitragem. Se
junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas. no prazo de seis meses a partir da data do pedido
de arbitragem as Partes não acordarem sobre a
4. Esta Convenção estará aberta à adesão de forma da arbitragem, qualquer das Partes poderá
todos os Estados. A adesão efetuar-se-á através do submeter a controvérsia à Corte Internacional de
depósito de um instrumento de adesão junto ao Justiça mediante pedido em conformidade com o
Secretário-Geral das Nações Unidas. Estatuto da Corte.

Artigo 26 2. Qualquer Estado-Parte, no momento da


assinatura ou ratificação desta Convenção ou de
1. Qualquer Estado-Parte poderá, em adesão a ela, poderá declarar que não se considera
qualquer momento, formular pedido de revisão obrigado pelo parágrafo anterior. Os demais
desta revisão desta Convenção, mediante Estados-Partes não estarão obrigados pelo
notificação escrita dirigida ao Secretário-Geral das parágrafo anterior perante nenhum Estado-Parte
Nações Unidas. que tenha formulado essa reserva.

2. A Assembléia Geral das Nações Unidas 3. Qualquer Estado-Parte que tenha formulado
decidirá sobre as medidas a serem tomadas, se for a reserva prevista no parágrafo anterior poderá
o caso, com respeito a esse pedido. retirá-la em qualquer momento por meio de

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notificação ao Secretário-Geral das Nações


Unidas.

Artigo 30

Esta convenção, cujos textos em árabe,


chinês, espanhol, francês, inglês e russo são
igualmente autênticos será depositada junto ao
Secretário-Geral das Nações Unidas.

Em testemunho do que, os abaixo-assinados


devidamente autorizados, assinaram esta
Convenção.

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Art. 4o Na interpretação desta Lei, serão


LEI MARIA DA PENHA considerados os fins sociais a que ela se destina e,
especialmente, as condições peculiares das
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. mulheres em situação de violência doméstica e
familiar.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu TÍTULO II
sanciono a seguinte Lei:
DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
TÍTULO I CONTRA A MULHER

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO I

Art. 1o Esta Lei cria mecanismos para coibir DISPOSIÇÕES GERAIS


e prevenir a violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura
Constituição Federal, da Convenção sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher
Eliminação de Todas as Formas de Violência qualquer ação ou omissão baseada no gênero que
contra a Mulher, da Convenção Interamericana lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra psicológico e dano moral ou
a Mulher e de outros tratados internacionais patrimonial: (Vide Lei complementar
ratificados pela República Federativa do Brasil; nº 150, de 2015)
dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece I - no âmbito da unidade doméstica,
medidas de assistência e proteção às mulheres em compreendida como o espaço de convívio
situação de violência doméstica e familiar. permanente de pessoas, com ou sem vínculo
familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
Art. 2o Toda mulher, independentemente de
classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, II - no âmbito da família, compreendida como
cultura, nível educacional, idade e religião, goza a comunidade formada por indivíduos que são ou
dos direitos fundamentais inerentes à pessoa se consideram aparentados, unidos por laços
humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
e facilidades para viver sem violência, preservar
sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento
III - em qualquer relação íntima de afeto, na
moral, intelectual e social.
qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Art. 3o Serão asseguradas às mulheres as
condições para o exercício efetivo dos direitos à
Parágrafo único. As relações pessoais
vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à
enunciadas neste artigo independem de orientação
educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça,
sexual.
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária. Art. 6o A violência doméstica e familiar
contra a mulher constitui uma das formas de
violação dos direitos humanos.
§ 1o O poder público desenvolverá políticas
que visem garantir os direitos humanos das
mulheres no âmbito das relações domésticas e CAPÍTULO II
familiares no sentido de resguardá-las de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA
violência, crueldade e opressão. DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

§ 2o Cabe à família, à sociedade e ao poder Art. 7o São formas de violência doméstica e


público criar as condições necessárias para o familiar contra a mulher, entre outras:
efetivo exercício dos direitos enunciados no caput.
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I - a violência física, entendida como V - a violência moral, entendida como


qualquer conduta que ofenda sua integridade ou qualquer conduta que configure calúnia, difamação
saúde corporal; ou injúria.

II - a violência psicológica, entendida como TÍTULO III


qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM
perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
degradar ou controlar suas ações, FAMILIAR
comportamentos, crenças e decisões, mediante
ameaça, constrangimento, humilhação, CAPÍTULO I
manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição contumaz, insulto, chantagem,
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE
ridicularização, exploração e limitação do direito de
PREVENÇÃO
ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause
prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
Art. 8o A política pública que visa coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher far-
II - a violência psicológica, entendida como se-á por meio de um conjunto articulado de ações
qualquer conduta que lhe cause dano emocional e da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e Municípios e de ações não-governamentais, tendo
perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise por diretrizes:
degradar ou controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões, mediante
ameaça, constrangimento, humilhação, I - a integração operacional do Poder
manipulação, isolamento, vigilância constante, Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
perseguição contumaz, insulto, chantagem, Pública com as áreas de segurança pública,
violação de sua intimidade, ridicularização, assistência social, saúde, educação, trabalho e
exploração e limitação do direito de ir e vir ou habitação;
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação; (Redação dada II - a promoção de estudos e pesquisas,
pela Lei nº 13.772, de 2018) estatísticas e outras informações relevantes, com a
perspectiva de gênero e de raça ou etnia,
III - a violência sexual, entendida como concernentes às causas, às conseqüências e à
qualquer conduta que a constranja a presenciar, a freqüência da violência doméstica e familiar contra
manter ou a participar de relação sexual não a mulher, para a sistematização de dados, a serem
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação unificados nacionalmente, e a avaliação periódica
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a dos resultados das medidas adotadas;
utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que
a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou III - o respeito, nos meios de comunicação
que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da
à prostituição, mediante coação, chantagem, família, de forma a coibir os papéis estereotipados
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o que legitimem ou exacerbem a violência doméstica
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso
III do art. 1o, no inciso IV do art. 3o e no inciso IV do
IV - a violência patrimonial, entendida como art. 221 da Constituição Federal;
qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus IV - a implementação de atendimento policial
objetos, instrumentos de trabalho, documentos especializado para as mulheres, em particular nas
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos Delegacias de Atendimento à Mulher;
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer
suas necessidades; V - a promoção e a realização de campanhas
educativas de prevenção da violência doméstica e
familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar
e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos

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instrumentos de proteção aos direitos humanos das I - acesso prioritário à remoção quando
mulheres; servidora pública, integrante da administração
direta ou indireta;
VI - a celebração de convênios, protocolos,
ajustes, termos ou outros instrumentos de II - manutenção do vínculo trabalhista,
promoção de parceria entre órgãos quando necessário o afastamento do local de
governamentais ou entre estes e entidades não- trabalho, por até seis meses.
governamentais, tendo por objetivo a
implementação de programas de erradicação da § 3o A assistência à mulher em situação de
violência doméstica e familiar contra a mulher; violência doméstica e familiar compreenderá o
acesso aos benefícios decorrentes do
VII - a capacitação permanente das Polícias desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo
Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de os serviços de contracepção de emergência, a
Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos profilaxia das Doenças Sexualmente
órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às Transmissíveis (DST) e da Síndrome da
questões de gênero e de raça ou etnia; Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros
procedimentos médicos necessários e cabíveis nos
VIII - a promoção de programas casos de violência sexual.
educacionais que disseminem valores éticos de
irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana CAPÍTULO III
com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia;
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE
IX - o destaque, nos currículos escolares de POLICIAL
todos os níveis de ensino, para os conteúdos
relativos aos direitos humanos, à eqüidade de Art. 10. Na hipótese da iminência ou da
gênero e de raça ou etnia e ao problema da prática de violência doméstica e familiar contra a
violência doméstica e familiar contra a mulher. mulher, a autoridade policial que tomar
conhecimento da ocorrência adotará, de imediato,
CAPÍTULO II as providências legais cabíveis.

DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM Parágrafo único. Aplica-se o disposto no


SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E caput deste artigo ao descumprimento de medida
FAMILIAR protetiva de urgência deferida.

Art. 9o A assistência à mulher em situação Art. 10-A. É direito da mulher em situação de


de violência doméstica e familiar será prestada de violência doméstica e familiar o atendimento policial
forma articulada e conforme os princípios e as e pericial especializado, ininterrupto e prestado por
diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência servidores - preferencialmente do sexo feminino -
Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema previamente capacitados. (Incluíd pela
Único de Segurança Pública, entre outras normas Lei nº 13.505, de 2017)
e políticas públicas de proteção, e
emergencialmente quando for o caso. § 1o A inquirição de mulher em situação de
violência doméstica e familiar ou de testemunha
§ 1o O juiz determinará, por prazo certo, a de violência doméstica, quando se tratar de crime
inclusão da mulher em situação de violência contra a mulher, obedecerá às seguintes
doméstica e familiar no cadastro de programas diretrizes: (Incluído pela Lei nº 13.505,
assistenciais do governo federal, estadual e de 2017)
municipal.
I - salvaguarda da integridade física,
psíquica e emocional da depoente, considerada a
§ 2o O juiz assegurará à mulher em situação
sua condição peculiar de pessoa em situação de
de violência doméstica e familiar, para preservar violência doméstica e familiar; (Incluído
sua integridade física e psicológica: pela Lei nº 13.505, de 2017)

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II - garantia de que, em nenhuma hipótese, III - fornecer transporte para a ofendida e


a mulher em situação de violência doméstica e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
familiar, familiares e testemunhas terão contato quando houver risco de vida;
direto com investigados ou suspeitos e pessoas a
eles relacionadas; (Incluído pela Lei nº
IV - se necessário, acompanhar a ofendida
13.505, de 2017)
para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar;
III - não revitimização da depoente, evitando
sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos
âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como V - informar à ofendida os direitos a ela
questionamentos sobre a vida conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.
privada. (Incluído pela Lei nº 13.505,
de 2017) Art. 12. Em todos os casos de violência
doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro
§ 2o Na inquirição de mulher em situação da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar,
de violência doméstica e familiar ou de de imediato, os seguintes procedimentos, sem
testemunha de delitos de que trata esta Lei, prejuízo daqueles previstos no Código de Processo
adotar-se-á, preferencialmente, o seguinte Penal:
procedimento: (Incluído pela Lei nº
13.505, de 2017)
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de
ocorrência e tomar a representação a termo, se
I - a inquirição será feita em recinto
apresentada;
especialmente projetado para esse fim, o qual
conterá os equipamentos próprios e adequados à
idade da mulher em situação de violência II - colher todas as provas que servirem para
doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
gravidade da violência
sofrida; (Incluído pela Lei nº 13.505, de III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito)
2017)
horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da
ofendida, para a concessão de medidas protetivas
II - quando for o caso, a inquirição será de urgência;
intermediada por profissional especializado em
violência doméstica e familiar designado pela
autoridade judiciária ou IV - determinar que se proceda ao exame de
policial; (Incluído pela Lei nº 13.505, de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
2017) exames periciais necessários;

III - o depoimento será registrado em meio V - ouvir o agressor e as testemunhas;


eletrônico ou magnético, devendo a degravação e
a mídia integrar o inquérito. (Incluído VI - ordenar a identificação do agressor e
pela Lei nº 13.505, de 2017) fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de
Art. 11. No atendimento à mulher em prisão ou registro de outras ocorrências policiais
situação de violência doméstica e familiar, a contra ele;
autoridade policial deverá, entre outras
providências:
VII - remeter, no prazo legal, os autos do
inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
I - garantir proteção policial, quando
necessário, comunicando de imediato ao Ministério
§ 1o O pedido da ofendida será tomado a
Público e ao Poder Judiciário;
termo pela autoridade policial e deverá conter:

II - encaminhar a ofendida ao hospital ou


I - qualificação da ofendida e do agressor;
posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;

II - nome e idade dos dependentes;

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III - descrição sucinta do fato e das medidas Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica
protetivas solicitadas pela ofendida. e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça
Ordinária com competência cível e criminal,
§ 2o A autoridade policial deverá anexar ao poderão ser criados pela União, no Distrito Federal
documento referido no § 1o o boletim de ocorrência e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo,
e cópia de todos os documentos disponíveis em o julgamento e a execução das causas decorrentes
posse da ofendida. da prática de violência doméstica e familiar contra
a mulher.
§ 3o Serão admitidos como meios de prova
os laudos ou prontuários médicos fornecidos por Parágrafo único. Os atos processuais
hospitais e postos de saúde. poderão realizar-se em horário noturno, conforme
dispuserem as normas de organização judiciária.
Art. 12-A. Os Estados e o Distrito Federal,
na formulação de suas políticas e planos de Art. 15. É competente, por opção da
atendimento à mulher em situação de violência ofendida, para os processos cíveis regidos por esta
doméstica e familiar, darão prioridade, no âmbito da Lei, o Juizado:
Polícia Civil, à criação de Delegacias
Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), I - do seu domicílio ou de sua residência;
de Núcleos Investigativos de Feminicídio e de
equipes especializadas para o atendimento e a II - do lugar do fato em que se baseou a
investigação das violências graves contra a mulher. demanda;

Art. 12-B. (VETADO). (Incluído III - do domicílio do agressor.


pela Lei nº 13.505, de 2017)
Art. 16. Nas ações penais públicas
§ 1o (VETADO). (Incluído pela condicionadas à representação da ofendida de que
Lei nº 13.505, de 2017)
trata esta Lei, só será admitida a renúncia à
representação perante o juiz, em audiência
§ 2o (VETADO. (Incluído pela especialmente designada com tal finalidade, antes
Lei nº 13.505, de 2017) do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
Público.
§ 3o A autoridade policial poderá requisitar
os serviços públicos necessários à defesa da
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de
mulher em situação de violência doméstica e
familiar e de seus violência doméstica e familiar contra a mulher, de
dependentes. (Incluído pela Lei nº penas de cesta básica ou outras de prestação
13.505, de 2017) pecuniária, bem como a substituição de pena que
implique o pagamento isolado de multa.
TÍTULO IV
CAPÍTULO II
DOS PROCEDIMENTOS
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE
CAPÍTULO I URGÊNCIA

DISPOSIÇÕES GERAIS Seção I

Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à Disposições Gerais


execução das causas cíveis e criminais
decorrentes da prática de violência doméstica e Art. 18. Recebido o expediente com o
familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48
dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e (quarenta e oito) horas:
da legislação específica relativa à criança, ao
adolescente e ao idoso que não conflitarem com o I - conhecer do expediente e do pedido e
estabelecido nesta Lei. decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
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II - determinar o encaminhamento da Seção II


ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando
for o caso; Das Medidas Protetivas de Urgência que
Obrigam o Agressor
III - comunicar ao Ministério Público para que
adote as providências cabíveis. Art. 22. Constatada a prática de violência
doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
Art. 19. As medidas protetivas de urgência desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao
poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento agressor, em conjunto ou separadamente, as
do Ministério Público ou a pedido da ofendida. seguintes medidas protetivas de urgência, entre
outras:
§ 1o As medidas protetivas de urgência
poderão ser concedidas de imediato, I - suspensão da posse ou restrição do porte
independentemente de audiência das partes e de de armas, com comunicação ao órgão competente,
manifestação do Ministério Público, devendo este nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de
ser prontamente comunicado. 2003;

§ 2o As medidas protetivas de urgência II - afastamento do lar, domicílio ou local de


serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e convivência com a ofendida;
poderão ser substituídas a qualquer tempo por
outras de maior eficácia, sempre que os direitos III - proibição de determinadas condutas,
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou entre as quais:
violados.
a) aproximação da ofendida, de seus
§ 3o Poderá o juiz, a requerimento do familiares e das testemunhas, fixando o limite
Ministério Público ou a pedido da ofendida, mínimo de distância entre estes e o agressor;
conceder novas medidas protetivas de urgência ou
rever aquelas já concedidas, se entender b) contato com a ofendida, seus familiares e
necessário à proteção da ofendida, de seus testemunhas por qualquer meio de comunicação;
familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério
Público.
c) freqüentação de determinados lugares a
fim de preservar a integridade física e psicológica
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito da ofendida;
policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de
IV - restrição ou suspensão de visitas aos
ofício, a requerimento do Ministério Público ou
dependentes menores, ouvida a equipe de
mediante representação da autoridade policial.
atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

Parágrafo único. O juiz poderá revogar a


V - prestação de alimentos provisionais ou
prisão preventiva se, no curso do processo,
provisórios.
verificar a falta de motivo para que subsista, bem
como de novo decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem. § 1o As medidas referidas neste artigo não
impedem a aplicação de outras previstas na
legislação em vigor, sempre que a segurança da
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos
ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo
atos processuais relativos ao agressor,
a providência ser comunicada ao Ministério
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à
Público.
saída da prisão, sem prejuízo da intimação do
advogado constituído ou do defensor público.
§ 2o Na hipótese de aplicação do inciso I,
encontrando-se o agressor nas condições
Parágrafo único. A ofendida não poderá
mencionadas no caput e incisos do art. 6o da Lei
entregar intimação ou notificação ao agressor.
no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou

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instituição as medidas protetivas de urgência III - suspensão das procurações conferidas


concedidas e determinará a restrição do porte de pela ofendida ao agressor;
armas, ficando o superior imediato do agressor
responsável pelo cumprimento da determinação IV - prestação de caução provisória,
judicial, sob pena de incorrer nos crimes de mediante depósito judicial, por perdas e danos
prevaricação ou de desobediência, conforme o materiais decorrentes da prática de violência
caso. doméstica e familiar contra a ofendida.

§ 3o Para garantir a efetividade das medidas Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao
protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a cartório competente para os fins previstos nos
qualquer momento, auxílio da força policial. incisos II e III deste artigo.

§ 4o Aplica-se às hipóteses previstas neste Seção IV


artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
5o e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro
de 1973 (Código de Processo Civil). Do Crime de Descumprimento de
Medidas Protetivas de Urgência
Seção III Descumprimento de Medidas Protetivas de
Urgência
Das Medidas Protetivas de Urgência à
Ofendida Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que
defere medidas protetivas de urgência previstas
nesta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641, de
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário,
2018)
sem prejuízo de outras medidas:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2
I - encaminhar a ofendida e seus (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 13.641,
dependentes a programa oficial ou comunitário de de 2018)
proteção ou de atendimento;
§ 1o A configuração do crime independe da
II - determinar a recondução da ofendida e a competência civil ou criminal do juiz que deferiu as
de seus dependentes ao respectivo domicílio, após medidas. (Incluído pela Lei nº 13.641, de
afastamento do agressor; 2018)

III - determinar o afastamento da ofendida do § 2o Na hipótese de prisão em flagrante,


lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, apenas a autoridade judicial poderá conceder
guarda dos filhos e alimentos; fiança. (Incluído pela Lei nº 13.641, de
2018)
IV - determinar a separação de corpos.
§ 3o O disposto neste artigo não exclui a
aplicação de outras sanções
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos cabíveis. (Incluído pela Lei nº 13.641, de
bens da sociedade conjugal ou daqueles de 2018)
propriedade particular da mulher, o juiz poderá
determinar, liminarmente, as seguintes medidas, CAPÍTULO III
entre outras:
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
I - restituição de bens indevidamente
subtraídos pelo agressor à ofendida;
Art. 25. O Ministério Público intervirá,
quando não for parte, nas causas cíveis e criminais
II - proibição temporária para a celebração de decorrentes da violência doméstica e familiar
atos e contratos de compra, venda e locação de contra a mulher.
propriedade em comum, salvo expressa
autorização judicial;

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Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos
prejuízo de outras atribuições, nos casos de de orientação, encaminhamento, prevenção e
violência doméstica e familiar contra a mulher, outras medidas, voltados para a ofendida, o
quando necessário: agressor e os familiares, com especial atenção às
crianças e aos adolescentes.
I - requisitar força policial e serviços públicos
de saúde, de educação, de assistência social e de Art. 31. Quando a complexidade do caso
segurança, entre outros; exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá
determinar a manifestação de profissional
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e especializado, mediante a indicação da equipe de
particulares de atendimento à mulher em situação atendimento multidisciplinar.
de violência doméstica e familiar, e adotar, de
imediato, as medidas administrativas ou judiciais Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração
cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades de sua proposta orçamentária, poderá prever
constatadas; recursos para a criação e manutenção da equipe
de atendimento multidisciplinar, nos termos da Lei
III - cadastrar os casos de violência de Diretrizes Orçamentárias.
doméstica e familiar contra a mulher.
TÍTULO VI
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
Art. 33. Enquanto não estruturados os
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
e criminais, a mulher em situação de violência a Mulher, as varas criminais acumularão as
doméstica e familiar deverá estar acompanhada de competências cível e criminal para conhecer e
advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta julgar as causas decorrentes da prática de violência
Lei. doméstica e familiar contra a mulher, observadas
as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela
legislação processual pertinente.
Art. 28. É garantido a toda mulher em
situação de violência doméstica e familiar o acesso
aos serviços de Defensoria Pública ou de Parágrafo único. Será garantido o direito de
Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, preferência, nas varas criminais, para o processo e
em sede policial e judicial, mediante atendimento o julgamento das causas referidas no caput.
específico e humanizado.
TÍTULO VII
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
DA EQUIPE DE ATENDIMENTO
MULTIDISCIPLINAR Art. 34. A instituição dos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica poderá ser acompanhada pela implantação das
e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados curadorias necessárias e do serviço de assistência
poderão contar com uma equipe de atendimento judiciária.
multidisciplinar, a ser integrada por profissionais
especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de Art. 35. A União, o Distrito Federal, os
saúde. Estados e os Municípios poderão criar e promover,
no limite das respectivas competências:
Art. 30. Compete à equipe de atendimento
multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe I - centros de atendimento integral e
forem reservadas pela legislação local, fornecer multidisciplinar para mulheres e respectivos
subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público dependentes em situação de violência doméstica e
e à Defensoria Pública, mediante laudos ou familiar;

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II - casas-abrigos para mulheres e Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei


respectivos dependentes menores em situação de não excluem outras decorrentes dos princípios por
violência doméstica e familiar; ela adotados.

III - delegacias, núcleos de defensoria Art. 41. Aos crimes praticados com violência
pública, serviços de saúde e centros de perícia doméstica e familiar contra a mulher,
médico-legal especializados no atendimento à independentemente da pena prevista, não se aplica
mulher em situação de violência doméstica e a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
familiar;
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei no 3.689,
IV - programas e campanhas de de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
enfrentamento da violência doméstica e familiar; Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte
inciso IV:
V - centros de educação e de reabilitação
para os agressores. “Art. 313. .................................................

Art. 36. A União, os Estados, o Distrito ................................................................


Federal e os Municípios promoverão a adaptação
de seus órgãos e de seus programas às diretrizes IV - se o crime envolver violência doméstica
e aos princípios desta Lei. e familiar contra a mulher, nos termos da lei
específica, para garantir a execução das medidas
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos protetivas de urgência.” (NR)
transindividuais previstos nesta Lei poderá ser
exercida, concorrentemente, pelo Ministério Art. 43. A alínea f do inciso II do art. 61 do
Público e por associação de atuação na área, Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de
regularmente constituída há pelo menos um ano, 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a
nos termos da legislação civil. seguinte redação:

Parágrafo único. O requisito da pré- “Art. 61. ..................................................


constituição poderá ser dispensado pelo juiz
quando entender que não há outra entidade com
.................................................................
representatividade adequada para o ajuizamento
da demanda coletiva.
II - ............................................................
Art. 38. As estatísticas sobre a violência
doméstica e familiar contra a mulher serão .................................................................
incluídas nas bases de dados dos órgãos oficiais
do Sistema de Justiça e Segurança a fim de f) com abuso de autoridade ou
subsidiar o sistema nacional de dados e prevalecendo-se de relações domésticas, de
informações relativo às mulheres. coabitação ou de hospitalidade, ou com violência
contra a mulher na forma da lei específica;
Parágrafo único. As Secretarias de
Segurança Pública dos Estados e do Distrito ........................................................... ” (NR)
Federal poderão remeter suas informações
criminais para a base de dados do Ministério da Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848,
Justiça. de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa
a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, no limite de suas “Art. 129. ..................................................
competências e nos termos das respectivas leis de
diretrizes orçamentárias, poderão estabelecer ..................................................................
dotações orçamentárias específicas, em cada
exercício financeiro, para a implementação das
medidas estabelecidas nesta Lei.
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§ 9o Se a lesão for praticada contra


ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou tenha
convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das
relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três)


anos.

..................................................................

§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a


pena será aumentada de um terço se o crime for
cometido contra pessoa portadora de deficiência.”
(NR)

Art. 45. O art. 152 da Lei no 7.210, de 11 de


julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a
vigorar com a seguinte redação:

“Art. 152. ...................................................

Parágrafo único. Nos casos de violência


doméstica contra a mulher, o juiz poderá
determinar o comparecimento obrigatório do
agressor a programas de recuperação e
reeducação.” (NR)

Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta


e cinco) dias após sua publicação.

Brasília, 7 de agosto de 2006; 185o da


Independência e 118o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Dilma Rousseff

Este texto não substitui o publicado no DOU de


8.8.2006

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Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém


CRIME DE GENOCÍDIO a cometer qualquer dos crimes de que trata o art.
1º: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)
LEI Nº 2.889, DE 1º DE OUTUBRO DE 1956.
Pena: Metade das penas ali cominadas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
§ 1º A pena pelo crime de incitação será a
mesma de crime incitado, se este se consumar.
Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um
terço), quando a incitação for cometida pela
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no imprensa.
todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou
religioso, como tal: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)
Art. 4º A pena será agravada de 1/3 (um
terço), no caso dos arts. 1º, 2º e 3º, quando
a) matar membros do grupo; cometido o crime por governante ou funcionário
público.
b) causar lesão grave à integridade física ou
mental de membros do grupo; Art. 5º Será punida com 2/3 (dois terços) das
respectivas penas a tentativa dos crimes definidos
c) submeter intencionalmente o grupo a nesta lei.
condições de existência capazes de ocasionar-lhe
a destruição física total ou parcial; Art. 6º Os crimes de que trata esta lei não
serão considerados crimes políticos para efeitos
d) adotar medidas destinadas a impedir os de extradição.
nascimentos no seio do grupo;
Art. 7º Revogam-se as disposições em
e) efetuar a transferência forçada de contrário.
crianças do grupo para outro grupo;
Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1956; 135º
Será punido: da Independência e 68º da República.

Com as penas do art. 121, § 2º, do Código JUSCELINO KUBITSCHEK


Penal, no caso da letra a; Nereu Ramos

Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da Este texto não substitui o publicado no DOU de
letra b; 2.10.1956

Com as penas do art. 270, no caso da letra


c;

Com as penas do art. 125, no caso da letra


d;

Com as penas do art. 148, no caso da letra


e;

Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três)


pessoas para prática dos crimes mencionados no
artigo anterior: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)

Pena: Metade da cominada aos crimes ali


previstos.

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Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias e


LEI CAÓ 3 (três) meses, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes
o maior valor de referência (MVR).
LEI Nº 7.437, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1985.
Art. 7º. Recusar a inscrição de aluno em
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço estabelecimento de ensino de qualquer curso ou
saber que o Congresso Nacional decreta e eu grau, por preconceito de raça, de cor, de sexo ou
sanciono a seguinte Lei: de estado civil.

Art. 1º. Constitui contravenção, punida nos Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a 1
termos desta lei, a prática de atos resultantes de (um) ano, e multa de 1(uma) a três) vezes o maior
preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado valor de referência (MVR).
civil.
Parágrafo único. Se se tratar de
Art. 2º. Será considerado agente de estabelecimento oficial de ensino, a pena será a
contravenção o diretor, gerente ou empregado do perda do cargo para o agente, desde que apurada
estabelecimento que incidir na prática referida no em inquérito regular.
artigo 1º. desta lei.
Art. 8º. Obstar o acesso de alguém a
Das Contravenções qualquer cargo público civil ou militar, por
preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado
civil.
Art. 3º. Recusar hospedagem em hotel,
pensão, estalagem ou estabelecimento de mesma
finalidade, por preconceito de raça, de cor, de Pena - perda do cargo, depois de apurada a
sexo ou de estado civil. responsabilidade em inquérito regular, para o
funcionário dirigente da repartição de que
dependa a inscrição no concurso de habilitação
Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a 1
dos candidatos.
(um) ano, e multa de 3 (três) a 10 (dez) vezes o
maior valor de referência (MVR).
Art. 9º. Negar emprego ou trabalho a alguém
em autarquia, sociedade de economia mista,
Art. 4º. Recusar a venda de mercadoria em
empresa concessionária de serviço público ou
lojas de qualquer gênero ou o atendimento de
empresa privada, por preconceito de raça, de cor,
clientes em restaurantes, bares, confeitarias ou
de sexo ou de estado civil.
locais semelhantes, abertos ao público, por
preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado
civil. Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a 1
(um) ano, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes o
maior valor de referência (MVR), no caso de
Pena - Prisão simples, de 15 (quinze) dias a
empresa privada; perda do cargo para o
3 (três) meses, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes
responsável pela recusa, no caso de autarquia,
o maior valor de referência (MVR).
sociedade de economia mista e empresa
concessionária de serviço público.
Art. 5º. Recusar a entrada de alguém em
estabelecimento público, de diversões ou de
Art. 10. Nos casos de reincidência havidos
esporte, por preconceito de raça, de cor, de sexo
em estabelecimentos particulares, poderá o juiz
ou de estado civil.
determinar a pena adicional de suspensão do
funcionamento, por prazo não superior a 3 (três)
Pena - Prisão simples, de 15 (quinze dias a meses.
3 (três) meses, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes
o maior valor de referência (MVR).
Art. 11. Esta lei entra em vigor na data de
sua publicação.
Art. 6º. Recusar a entrada de alguém em
qualquer tipo de estabelecimento comercial ou de
Art. 12. Revogam-se as disposições em
prestação de serviço, por preconceito de raça, de
contrário.
cor, de sexo ou de estado civil.
Brasília, 20 de dezembro de 1985; 164º da
Independência e 97º da República.

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CÓDIGO PENAL MILITAR bélico, de propriedade militar, praticando violência


à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar
sujeito ou não à administração militar:
DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE
OUTUBRO DE 1969. Pena - reclusão, de quatro a oito anos.

TÍTULO II Omissão de lealdade militar

DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de


levar ao conhecimento do superior o motim ou
OU DISCIPLINA MILITAR revolta de cuja preparação teve notícia, ou, estando
presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo:
CAPÍTULO I

Pena - reclusão, de três a cinco anos.


DO MOTIM E DA REVOLTA

Conspiração
Motim

Art. 152. Concertarem-se militares ou


Art. 149. Reunirem-se militares ou
assemelhados: assemelhados para a prática do crime previsto no
artigo 149:
I - agindo contra a ordem recebida de superior,
Pena - reclusão, de três a cinco anos.
ou negando-se a cumpri-la;

Isenção de pena
II - recusando obediência a superior, quando
estejam agindo sem ordem ou praticando violência;
Parágrafo único. É isento de pena aquele que,
antes da execução do crime e quando era ainda
III - assentindo em recusa conjunta de
possível evitar-lhe as consequências, denuncia o
obediência, ou em resistência ou violência, em
ajuste de que participou.
comum, contra superior;

Cumulação de penas
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal,
fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência
de qualquer deles, hangar, aeródromo ou Art. 153. As penas dos arts. 149 e 150 são
aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
de qualquer daqueles locais ou meios de violência.
transporte, para ação militar, ou prática de
violência, em desobediência a ordem superior ou CAPÍTULO II
em detrimento da ordem ou da disciplina militar:
DA ALICIAÇÃO E DO INCITAMENTO
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com
aumento de um têrço para os cabeças. Aliciação para motim ou revolta

Revolta Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a


prática de qualquer dos crimes previstos no
Parágrafo único. Se os agentes estavam capítulo anterior:
armados:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com
aumento de um terço para os cabeças. Incitamento

Organização de grupo para a prática de Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina


violência ou à prática de crime militar:

Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
ou assemelhados, com armamento ou material
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Parágrafo único. Na mesma pena incorre Formas qualificadas


quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à
administração militar, impressos, manuscritos ou § 1º Se a violência é praticada com arma, a
material mimeografado, fotocopiado ou gravado, pena é aumentada de um têrço.
em que se contenha incitamento à prática dos atos
previstos no artigo.
§ 2º Se da violência resulta lesão corporal,
aplica-se, além da pena da violência, a do crime
Apologia de fato criminoso ou do seu autor contra a pessoa.

Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei § 3º Se da violência resulta morte:
militar considera crime, ou do autor do mesmo, em
lugar sujeito à administração militar: Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Pena - detenção, de seis meses a um ano. Ausência de dolo no resultado

CAPÍTULO III
Art. 159. Quando da violência resulta morte ou
lesão corporal e as circunstâncias evidenciam que
DA VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR OU o agente não quis o resultado nem assumiu o risco
de produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa é
MILITAR DE SERVIÇO diminuída de metade.

Violência contra superior CAPÍTULO IV

Art. 157. Praticar violência contra superior: DO DESRESPEITO A SUPERIOR E A

Pena - detenção, de três meses a dois anos. SÍMBOLO NACIONAL OU A FARDA

Formas qualificadas Desrespeito a superior

§ 1º Se o superior é comandante da unidade a Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro


que pertence o agente, ou oficial general: militar:

Pena - reclusão, de três a nove anos. Pena - detenção, de três meses a um ano, se
o fato não constitui crime mais grave.
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a
pena é aumentada de um terço. Desrespeito a comandante, oficial general
ou oficial de serviço
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal,
aplica-se, além da pena da violência, a do crime Parágrafo único. Se o fato é praticado contra
contra a pessoa. o comandante da unidade a que pertence o agente,
oficial-general, oficial de dia, de serviço ou de
§ 4º Se da violência resulta morte: quarto, a pena é aumentada da metade.

Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Desrespeito a símbolo nacional

§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou
crime ocorre em serviço. em lugar sujeito à administração militar, ato que se
traduza em ultraje a símbolo nacional:
Violência contra militar de serviço
Pena - detenção, de um a dois anos.
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia,
de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia Despojamento desprezível
ou plantão:
Art. 162. Despojar-se de uniforme,
Pena - reclusão, de três a oito anos. condecoração militar, insígnia ou distintivo, por
menosprezo ou vilipêndio:
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Pena - detenção, de seis meses a um ano. Assunção de comando sem ordem ou


autorização
Parágrafo único. A pena é aumentada da
metade, se o fato é praticado diante da tropa, ou Art. 167. Assumir o militar, sem ordem ou
em público. autorização, salvo se em grave emergência,
qualquer comando, ou a direção de
CAPÍTULO V estabelecimento militar:

DA INSUBORDINAÇÃO Pena - reclusão, de dois a quatro anos, se o


fato não constitui crime mais grave.
Recusa de obediência
Conservação ilegal de comando
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do
superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou Art. 168. Conservar comando ou função
relativamente a dever imposto em lei, regulamento legitimamente assumida, depois de receber ordem
ou instrução: de seu superior para deixá-los ou transmiti-los a
outrem:
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato
não constitui crime mais grave. Pena - detenção, de um a três anos.

Oposição a ordem de sentinela Operação militar sem ordem superior

Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela: Art. 169. Determinar o comandante, sem
ordem superior e fora dos casos em que essa se
dispensa, movimento de tropa ou ação militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se
o fato não constitui crime mais grave.
Pena - reclusão, de três a cinco anos.
Reunião ilícita
Forma qualificada
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou
nela tomar parte, para discussão de ato de superior Parágrafo único. Se o movimento da tropa ou
ou assunto atinente à disciplina militar: ação militar é em território estrangeiro ou contra
fôrça, navio ou aeronave de país estrangeiro:
Pena - detenção, de seis meses a um ano a
quem promove a reunião; de dois a seis meses a Pena - reclusão, de quatro a oito anos, se o
quem dela participa, se o fato não constitui crime fato não constitui crime mais grave.
mais grave.
Ordem arbitrária de invasão
Publicação ou crítica indevida
Art. 170. Ordenar, arbitràriamente, o
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, comandante de fôrça, navio, aeronave ou engenho
sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar de guerra motomecanizado a entrada de
públicamente ato de seu superior ou assunto comandados seus em águas ou território
atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução estrangeiro, ou sobrevoá-los:
do Govêrno:
Pena - suspensão do exercício do pôsto, de
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se um a três anos, ou reforma.
o fato não constitui crime mais grave.
Uso indevido por militar de uniforme,
CAPÍTULO VI distintivo ou insígnia

DA USURPAÇÃO E DO EXCESSO OU ABUSO Art. 171. Usar o militar ou assemelhado,


indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia de
DE AUTORIDADE pôsto ou graduação superior:

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Pena - detenção, de seis meses a um ano, se DA RESISTÊNCIA


o fato não constitui crime mais grave.
Resistência mediante ameaça ou violência
Uso indevido de uniforme, distintivo ou
insígnia militar por qualquer pessoa Art. 177. Opor-se à execução de ato legal,
mediante ameaça ou violência ao executor, ou a
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, quem esteja prestando auxílio:
distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Pena - detenção, até seis meses.
Forma qualificada
Abuso de requisição militar
§ 1º Se o ato não se executa em razão da
Art. 173. Abusar do direito de requisição resistência:
militar, excedendo os podêres conferidos ou
recusando cumprir dever impôsto em lei: Pena - reclusão de dois a quatro anos.

Pena - detenção, de um a dois anos. Cumulação de penas

Rigor excessivo § 2º As penas dêste artigo são aplicáveis sem


prejuízo das correspondentes à violência, ou ao
Art. 174. Exceder a faculdade de punir o fato que constitua crime mais grave.
subordinado, fazendo-o com rigor não permitido, ou
ofendendo-o por palavra, ato ou escrito: CAPÍTULO VIII

Pena - suspensão do exercício do pôsto, por DA FUGA, EVASÃO, ARREBATAMENTO E


dois a seis meses, se o fato não constitui crime
mais grave. AMOTINAMENTO DE PRESOS

Violência contra inferior


Fuga de prêso ou internado

Art. 175. Praticar violência contra inferior:


Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de
pessoa legalmente prêsa ou submetida a medida
Pena - detenção, de três meses a um ano. de segurança detentiva:

Resultado mais grave Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Parágrafo único. Se da violência resulta lesão Formas qualificadas


corporal ou morte é também aplicada a pena do
crime contra a pessoa, atendendo-se, quando fôr o § 1º Se o crime é praticado a mão armada ou
caso, ao disposto no art. 159.
por mais de uma pessoa, ou mediante
arrombamento:
Ofensa aviltante a inferior
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de
violência que, por natureza ou pelo meio
§ 2º Se há emprêgo de violência contra
empregado, se considere aviltante:
pessoa, aplica-se também a pena correspondente
à violência.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
§ 3º Se o crime é praticado por pessoa sob
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no cuja guarda, custódia ou condução está o prêso ou
parágrafo único do artigo anterior. internado:

CAPÍTULO VII Pena - reclusão, até quatro anos.

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Modalidade culposa MILITAR E O DEVER MILITAR

Art. 179. Deixar, por culpa, fugir pessoa CAPÍTULO I


legalmente prêsa, confiada à sua guarda ou
condução: DA INSUBMISSÃO

Pena - detenção, de três meses a um ano. Insubmissão

Evasão de prêso ou internado Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado


à incorporação, dentro do prazo que lhe foi
Art. 180. Evadir-se, ou tentar evadir-se o prêso marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes
ou internado, usando de violência contra a pessoa: do ato oficial de incorporação:

Pena - detenção, de um a dois anos, além da Pena - impedimento, de três meses a um ano.
correspondente à violência.
Caso assimilado
§ 1º Se a evasão ou a tentativa ocorre
mediante arrombamento da prisão militar: § 1º Na mesma pena incorre quem,
dispensado temporàriamente da incorporação,
Pena - detenção, de seis meses a um ano. deixa de se apresentar, decorrido o prazo de
licenciamento.
Cumulação de penas
Diminuição da pena
§ 2º Se ao fato sucede deserção, aplicam-se
cumulativamente as penas correspondentes. § 2º A pena é diminuída de um têrço:

Arrebatamento de prêso ou internado a) pela ignorância ou a errada compreensão


dos atos da convocação militar, quando
Art. 181. Arrebatar prêso ou internado, a fim escusáveis;
de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob
guarda ou custódia militar: b) pela apresentação voluntária dentro do
prazo de um ano, contado do último dia marcado
Pena - reclusão, até quatro anos, além da para a apresentação.
correspondente à violência.
Criação ou simulação de incapacidade
Amotinamento física

Art. 182. Amotinarem-se presos, ou Art. 184. Criar ou simular incapacidade física,
internados, perturbando a disciplina do recinto de que inabilite o convocado para o serviço militar:
prisão militar:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Pena - reclusão, até três anos, aos cabeças;
aos demais, detenção de um a dois anos. Substituição de convocado

Responsabilidade de participe ou de oficial Art. 185. Substituir-se o convocado por outrem


na apresentação ou na inspeção de saúde.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre
quem participa do amotinamento ou, sendo oficial e Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
estando presente, não usa os meios ao seu alcance
para debelar o amotinamento ou evitar-lhe as Parágrafo único. Na mesma pena incorre
conseqüências. quem substitui o convocado.

TÍTULO III Favorecimento a convocado

DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO

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Art. 186. Dar asilo a convocado, ou tomá-lo a a pena é diminuída de metade; e de um têrço, se
seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe de mais de oito dias e até sessenta;
transporte ou meio que obste ou dificulte a
incorporação, sabendo ou tendo razão para saber Agravante especial
que cometeu qualquer dos crimes previstos neste
capítulo:
II - se a deserção ocorre em unidade
estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a
Pena - detenção, de três meses a um ano. pena é agravada de um têrço.

Isenção de pena Deserção especial

Parágrafo único. Se o favorecedor é


Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no
ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do
criminoso, fica isento de pena. momento da partida do navio ou aeronave, de que
é tripulante, ou do deslocamento da unidade ou
força em que serve: (Redação dada pela Lei nº
CAPÍTULO II 9.764, de 18.12.1998)

DA DESERÇÃO Pena - detenção, até três meses, se após a


partida ou deslocamento se apresentar, dentro de
Deserção vinte e quatro horas, à autoridade militar do lugar,
ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da comunicada a apresentação ao comando militar
unidade em que serve, ou do lugar em que deve competente.(Redação dada pela Lei nº 9.764, de
permanecer, por mais de oito dias: 18.12.1998)

Pena - detenção, de seis meses a dois anos; § 1º Se a apresentação se der dentro de prazo
se oficial, a pena é agravada. superior a vinte e quatro horas e não excedente a
cinco dias:
Casos assimilados
Pena - detenção, de dois a oito meses.
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
§ 2o Se superior a cinco dias e não excedente
I - não se apresenta no lugar designado, a oito dias: (Redação dada pela Lei nº 9.764, de
dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito ou 18.12.1998)
férias;
Pena - detenção, de três meses a um ano.
II - deixa de se apresentar a autoridade
competente, dentro do prazo de oito dias, contados § 2o-A. Se superior a oito dias: (Incluído pela
daquele em que termina ou é cassada a licença ou Lei nº 9.764, de 18.12.1998)
agregação ou em que é declarado o estado de sítio
ou de guerra; Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

III - tendo cumprido a pena, deixa de se Aumento de pena


apresentar, dentro do prazo de oito dias;
§ 3o A pena é aumentada de um terço, se se
IV - consegue exclusão do serviço ativo ou tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e de
situação de inatividade, criando ou simulando metade, se oficial. (Redação dada pela Lei nº
incapacidade. 9.764, de 18.12.1998)

Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, Concêrto para deserção
II e III:
Art. 191. Concertarem-se militares para a
Atenuante especial prática da deserção:

I - se o agente se apresenta voluntàriamente I - se a deserção não chega a consumar-se:


dentro em oito dias após a consumação do crime,

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Pena - detenção, de três meses a um ano. Pena - detenção, de três meses a um ano.

Modalidade complexa Descumprimento de missão

II - se consumada a deserção: Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a


missão que lhe foi confiada:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
Deserção por evasão ou fuga se o fato não constitui crime mais grave.

Art. 192. Evadir-se o militar do poder da § 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada


escolta, ou de recinto de detenção ou de prisão, ou de um têrço.
fugir em seguida à prática de crime para evitar
prisão, permanecendo ausente por mais de oito § 2º Se o agente exercia função de comando,
dias: a pena é aumentada de metade.

Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Modalidade culposa

Favorecimento a desertor § 3º Se a abstenção é culposa:

Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu Pena - detenção, de três meses a um ano.
serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe
transporte ou meio de ocultação, sabendo ou tendo Retenção indevida
razão para saber que cometeu qualquer dos crimes
previstos neste capítulo:
Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por
ocasião da passagem de função, ou quando lhe é
Pena - detenção, de quatro meses a um ano. exigido, objeto, plano, carta, cifra, código ou
documento que lhe haja sido confiado:
Isenção de pena
Pena - suspensão do exercício do pôsto, de
Parágrafo único. Se o favorecedor é três a seis meses, se o fato não constitui crime mais
ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do grave.
criminoso, fica isento de pena.
Parágrafo único. Se o objeto, plano, carta,
Omissão de oficial cifra, código, ou documento envolve ou constitui
segrêdo relativo à segurança nacional:
Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra
desertor, sabendo, ou devendo saber encontrar-se Pena - detenção, de três meses a um ano, se
entre os seus comandados: o fato não constitui crime mais grave.

Pena - detenção, de seis meses a um ano. Omissão de eficiência da fôrça

CAPÍTULO III Art. 198. Deixar o comandante de manter a


fôrça sob seu comando em estado de eficiência:
DO ABANDONO DE PÔSTO E DE OUTROS
Pena - suspensão do exercício do pôsto, de
CRIMES EM SERVIÇO três meses a um ano.

Abandono de pôsto Omissão de providências para evitar danos

Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o Art. 199. Deixar o comandante de empregar
pôsto ou lugar de serviço que lhe tenha sido todos os meios ao seu alcance para evitar perda,
designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de destruição ou inutilização de instalações militares,
terminá-lo: navio, aeronave ou engenho de guerra
motomecanizado em perigo:

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Pena - reclusão, de dois a oito anos. CAPÍTULO IV

Modalidade culposa DO EXERCÍCIO DE COMÉRCIO

Parágrafo único. Se a abstenção é culposa: Exercício de comércio por oficial

Pena - detenção, de três meses a um ano. Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar
parte na administração ou gerência de sociedade
Omissão de providências para salvar comercial, ou dela ser sócio ou participar, exceto
comandados como acionista ou cotista em sociedade anônima,
ou por cotas de responsabilidade limitada:
Art. 200. Deixar o comandante, em ocasião de
incêndio, naufrágio, encalhe, colisão, ou outro Pena - suspensão do exercício do pôsto, de
perigo semelhante, de tomar tôdas as providências seis meses a dois anos, ou reforma.
adequadas para salvar os seus comandados e
minorar as conseqüências do sinistro, não sendo o TÍTULO VII
último a sair de bordo ou a deixar a aeronave ou o
quartel ou sede militar sob seu comando: DOS CRIMES CONTRA

Pena - reclusão, de dois a seis anos. A ADMINISTRAÇÃO MILITAR

Modalidade culposa CAPÍTULO I

Parágrafo único. Se a abstenção é culposa: DO DESACATO E DA DESOBEDIÊNCIA

Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Desacato a superior

Omissão de socorro Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a


dignidade ou o decôro, ou procurando deprimir-lhe
Art. 201. Deixar o comandante de socorrer, a autoridade:
sem justa causa, navio de guerra ou mercante,
nacional ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, Pena - reclusão, até quatro anos, se o fato não
ou náufragos que hajam pedido socorro: constitui crime mais grave.

Pena - suspensão do exercício do pôsto, de Agravação de pena


um a três anos ou reforma.
Parágrafo único. A pena é agravada, se o
Embriaguez em serviço superior é oficial general ou comandante da
unidade a que pertence o agente.
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em
serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá- Desacato a militar
lo:
Art. 299. Desacatar militar no exercício de
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. função de natureza militar ou em razão dela:

Dormir em serviço Pena - detenção, de seis meses a dois anos,


se o fato não constitui outro crime.
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço,
como oficial de quarto ou de ronda, ou em situação Desacato a assemelhado ou funcionário
equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de
sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de
Art. 300. Desacatar assemelhado ou
ronda ou em qualquer serviço de natureza
funcionário civil no exercício de função ou em razão
semelhante:
dela, em lugar sujeito à administração militar:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

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Pena - detenção, de seis meses a dois anos, Extinção ou minoração da pena


se o fato não constitui outro crime.
§ 4º No caso do parágrafo anterior, a
Desobediência reparação do dano, se precede a sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é
Art. 301. Desobedecer a ordem legal de posterior, reduz de metade a pena imposta.
autoridade militar:
Peculato mediante aproveitamento do êrro
Pena - detenção, até seis meses. de outrem

Ingresso clandestino Art. 304. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer


utilidade que, no exercício do cargo ou comissão,
recebeu por êrro de outrem:
Art. 302. Penetrar em fortaleza, quartel,
estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar
ou em outro lugar sujeito à administração militar, Pena - reclusão, de dois a sete anos.
por onde seja defeso ou não haja passagem
regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de CAPÍTULO III
vigia:
DA CONCUSSÃO, EXCESSO DE EXAÇÃO E
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, DESVIO
se o fato não constitui crime mais grave.
Concussão
CAPÍTULO II
Art. 305. Exigir, para si ou para outrem, direta
DO PECULATO ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
Peculato indevida:

Art. 303. Apropriar-se de dinheiro, valor ou Pena - reclusão, de dois a oito anos.
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse ou detenção, em razão do cargo Excesso de exação
ou comissão, ou desviá-lo em proveito próprio ou
alheio: Art. 306. Exigir impôsto, taxa ou emolumento
que sabe indevido, ou, quando devido, empregar
Pena - reclusão, de três a quinze anos. na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei
não autoriza:
§ 1º A pena aumenta-se de um terço, se o
objeto da apropriação ou desvio é de valor superior Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
a vinte vêzes o salário mínimo.
Desvio
Peculato-furto
Art. 307. Desviar, em proveito próprio ou de
§ 2º Aplica-se a mesma pena a quem, embora outrem, o que recebeu indevidamente, em razão do
não tendo a posse ou detenção do dinheiro, valor cargo ou função, para recolher aos cofres públicos:
ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo- Pena - reclusão, de dois a doze anos.
se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de
militar ou de funcionário. CAPÍTULO IV

Peculato culposo
DA CORRUPÇÃO

§ 3º Se o funcionário ou o militar contribui Corrupção passiva


culposamente para que outrem subtraia ou desvie
o dinheiro, valor ou bem, ou dele se aproprie:
Art. 308. Receber, para si ou para outrem,
direta ou indiretamente, ainda que fora da função,
Pena - detenção, de três meses a um ano.
ou antes de assumi-la, mas em razão dela
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vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal CAPÍTULO V


vantagem:
DA FALSIDADE
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Falsificação de documento
Aumento de pena
Art. 311. Falsificar, no todo ou em parte,
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se, em documento público ou particular, ou alterar
conseqüência da vantagem ou promessa, o agente documento verdadeiro, desde que o fato atente
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício contra a administração ou o serviço militar:
ou o pratica infringindo dever funcional.
Pena - sendo documento público, reclusão, de
Diminuição de pena dois a seis anos; sendo documento particular,
reclusão, até cinco anos.
§ 2º Se o agente pratica, deixa de praticar ou
retarda o ato de ofício com infração de dever Agravação da pena
funcional, cedendo a pedido ou influência de
outrem: § 1º A pena é agravada se o agente é oficial
ou exerce função em repartição militar.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Documento por equiparação
Corrupção ativa
§ 2º Equipara-se a documento, para os efeitos
Art. 309. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou penais, o disco fonográfico ou a fita ou fio de
vantagem indevida para a prática, omissão ou aparelho eletromagnético a que se incorpore
retardamento de ato funcional: declaração destinada à prova de fato jurìdicamente
relevante.
Pena - reclusão, até oito anos.
Falsidade ideológica
Aumento de pena
Art. 312. Omitir, em documento público ou
Parágrafo único. A pena é aumentada de um particular, declaração que dêle devia constar, ou
têrço, se, em razão da vantagem, dádiva ou nêle inserir ou fazer inserir declaração falsa ou
promessa, é retardado ou omitido o ato, ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de
praticado com infração de dever funcional. prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a
verdade sôbre fato jurìdicamente relevante, desde
Participação ilícita que o fato atente contra a administração ou o
serviço militar:
Art. 310. Participar, de modo ostensivo ou
Pena - reclusão, até cinco anos, se o
simulado, diretamente ou por interposta pessoa,
documento é público; reclusão, até três anos, se o
em contrato, fornecimento, ou concessão de
documento é particular.
qualquer serviço concernente à administração
militar, sôbre que deva informar ou exercer
fiscalização em razão do ofício: Cheque sem fundos

Pena - reclusão, de dois a quatro anos. Art. 313. Emitir cheque sem suficiente
provisão de fundos em poder do sacado, se a
Parágrafo único. Na mesma pena incorre emissão é feita de militar em favor de militar, ou se
o fato atenta contra a administração militar:
quem adquire para si, direta ou indiretamente, ou
por ato simulado, no todo ou em parte, bens ou
efeitos em cuja administração, depósito, guarda, Pena - reclusão, até cinco anos.
fiscalização ou exame, deve intervir em razão de
seu emprêgo ou função, ou entra em especulação Circunstância irrelevante
de lucro ou interêsse, relativamente a êsses bens
ou efeitos.

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§ 1º Salvo o caso do art. 245, é irrelevante ter Pena - detenção, até seis meses, se o fato não
sido o cheque emitido para servir como título ou constitui elemento de crime mais grave.
garantia de dívida.
Falsa identidade
Atenuação de pena
Art. 318. Atribuir-se, ou a terceiro, perante a
§ 2º Ao crime previsto no artigo aplica-se o administração militar, falsa identidade, para obter
disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240. vantagem em proveito próprio ou alheio, ou para
causar dano a outrem:
Certidão ou atestado ideológicamente
falso Pena - detenção, de três meses a um ano, se
o fato não constitui crime mais grave.
Art. 314. Atestar ou certificar falsamente, em
razão de função, ou profissão, fato ou circunstância CAPÍTULO VI
que habilite alguém a obter cargo, pôsto ou função,
ou isenção de ônus ou de serviço, ou qualquer DOS CRIMES CONTRA O DEVER FUNCIONAL
outra vantagem, desde que o fato atente contra a
administração ou serviço militar: Prevaricação

Pena - detenção, até dois anos.


Art. 319. Retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
Agravação de pena expressa disposição de lei, para satisfazer
interêsse ou sentimento pessoal:
Parágrafo único. A pena é agravada se o crime
é praticado com o fim de lucro ou em prejuízo de Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
terceiro.
Violação do dever funcional com o fim de
Uso de documento falso lucro

Art. 315. Fazer uso de qualquer dos Art. 320. Violar, em qualquer negócio de que
documentos falsificados ou alterados por outrem, a tenha sido incumbido pela administração militar,
que se referem os artigos anteriores: seu dever funcional para obter especulativamente
vantagem pessoal, para si ou para outrem:
Pena - a cominada à falsificação ou à
alteração. Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Supressão de documento Extravio, sonegação ou inutilização de


livro ou documento
Art. 316. Destruir, suprimir ou ocultar, em
benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo Art. 321. Extraviar livro oficial, ou qualquer
alheio, documento verdadeiro, de que não podia documento, de que tem a guarda em razão do
dispor, desde que o fato atente contra a cargo, sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou
administração ou o serviço militar: parcialmente:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o fato
documento é público; reclusão, até cinco anos, se não constitui crime mais grave.
o documento é particular.
Condescendência criminosa
Uso de documento pessoal alheio
Art. 322. Deixar de responsabilizar
Art. 317. Usar, como próprio, documento de subordinado que comete infração no exercício do
identidade alheia, ou de qualquer licença ou cargo, ou, quando lhe falte competência, não levar
privilégio em favor de outrem, ou ceder a outrem o fato ao conhecimento da autoridade competente:
documento próprio da mesma natureza, para que
dêle se utilize, desde que o fato atente contra a
administração ou o serviço militar:

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Pena - se o fato foi praticado por indulgência, em segrêdo, ou facilitar-lhe a revelação, em


detenção até seis meses; se por negligência, prejuízo da administração militar:
detenção até três meses.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
Não inclusão de nome em lista se o fato não constitui crime mais grave.

Art. 323. Deixar, no exercício de função, de Violação de sigilo de proposta de


incluir, por negligência, qualquer nome em relação concorrência
ou lista para o efeito de alistamento ou de
convocação militar: Art. 327. Devassar o sigilo de proposta de
concorrência de interêsse da administração militar
Pena - detenção, até seis meses. ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:

Inobservância de lei, regulamento ou Pena - detenção, de três meses a um ano.


instrução
Obstáculo à hasta pública, concorrência ou
Art. 324. Deixar, no exercício de função, de tomada de preços
observar lei, regulamento ou instrução, dando
causa direta à prática de ato prejudicial à Art. 328. Impedir, perturbar ou fraudar a
administração militar: realização de hasta pública, concorrência ou
tomada de preços, de interêsse da administração
Pena - se o fato foi praticado por tolerância, militar:
detenção até seis meses; se por negligência,
suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
ou função, de três meses a um ano.
Exercício funcional ilegal
Violação ou divulgação indevida de
correspondência ou comunicação
Art. 329. Entrar no exercício de pôsto ou
função militar, ou de cargo ou função em repartição
Art. 325. Devassar indevidamente o conteúdo militar, antes de satisfeitas as exigências legais, ou
de correspondência dirigida à administração militar, continuar o exercício, sem autorização, depois de
ou por esta expedida: saber que foi exonerado, ou afastado, legal e
definitivamente, qualquer que seja o ato
Pena - detenção, de dois a seis meses, se o determinante do afastamento:
fato não constitui crime mais grave.
Pena - detenção, até quatro meses, se o fato
Parágrafo único. Na mesma pena incorre não constitui crime mais grave.
quem, ainda que não seja funcionário, mas desde
que o fato atente contra a administração militar: Abandono de cargo

I - indevidamente se se apossa de Art. 330. Abandonar cargo público, em


correspondência, embora não fechada, e no todo repartição ou estabelecimento militar:
ou em parte a sonega ou destrói;
Pena - detenção, até dois meses.
II - indevidamente divulga, transmite a outrem,
ou abusivamente utiliza comunicação de interêsse Formas qualificadas
militar;
§ 1º Se do fato resulta prejuízo à
III - impede a comunicação referida no número administração militar:
anterior.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Violação de sigilo funcional
§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido
Art. 326. Revelar fato de que tem ciência em na faixa de fronteira:
razão do cargo ou função e que deva permanecer
Pena - detenção, de um a três anos.
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Aplicação ilegal de verba ou dinheiro Pena - detenção, de três meses a um ano.

Art. 331. Dar às verbas ou ao dinheiro público CAPÍTULO VII


aplicação diversa da estabelecida em lei:
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR
Pena - detenção, até seis meses.
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO
Abuso de confiança ou boa-fé
MILITAR
Art. 332. Abusar da confiança ou boa-fé de
militar, assemelhado ou funcionário, em serviço ou Usurpação de função
em razão dêste, apresentando-lhe ou remetendo-
lhe, para aprovação, recebimento, anuência ou
Art. 335. Usurpar o exercício de função em
aposição de visto, relação, nota, empenho de repartição ou estabelecimento militar:
despesa, ordem ou fôlha de pagamento,
comunicação, ofício ou qualquer outro documento,
que sabe, ou deve saber, serem inexatos ou Pena - detenção, de três meses a dois anos.
irregulares, desde que o fato atente contra a
administração ou o serviço militar: Tráfico de influência

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, Art. 336. Obter para si ou para outrem,
se o fato não constitui crime mais grave. vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de
influir em militar ou assemelhado ou funcionário de
Forma qualificada repartição militar, no exercício de função:

§ 1º A pena é agravada, se do fato decorre Pena - reclusão, até cinco anos.


prejuízo material ou processo penal militar para a
pessoa de cuja confiança ou boa-fé se abusou. Aumento de pena

Modalidade culposa Parágrafo único. A pena é agravada, se o


agente alega ou insinua que a vantagem é também
§ 2º Se a apresentação ou remessa decorre destinada ao militar ou assemelhado, ou ao
de culpa: funcionário.

Pena - detenção, até seis meses. Subtração ou inutilização de livro,


processo ou documento
Violência arbitrária
Art. 337. Subtrair ou inutilizar, total ou
parcialmente, livro oficial, processo ou qualquer
Art. 333. Praticar violência, em repartição ou
documento, desde que o fato atente contra a
estabelecimento militar, no exercício de função ou administração ou o serviço militar:
a pretexto de exercê-la:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, não constitui crime mais grave.
além da correspondente à violência.
Inutilização de edital ou de sinal oficial
Patrocínio indébito
Art. 338. Rasgar, ou de qualquer forma
Art. 334. Patrocinar, direta ou indiretamente,
inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem da
interêsse privado perante a administração militar,
autoridade militar; violar ou inutilizar sêlo ou sinal
valendo-se da qualidade de funcionário ou de
empregado, por determinação legal ou ordem de
militar:
autoridade militar, para identificar ou cerrar
qualquer objeto:
Pena - detenção, até três meses.
Pena - detenção, até um ano.
Parágrafo único. Se o interêsse é ilegítimo:

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Impedimento, perturbação ou fraude de


concorrência

Art. 339. Impedir, perturbar ou fraudar em


prejuízo da Fazenda Nacional, concorrência, hasta
pública ou tomada de preços ou outro qualquer
processo administrativo para aquisição ou venda
de coisas ou mercadorias de uso das fôrças
armadas, seja elevando arbitràriamente os preços,
auferindo lucro excedente a um quinto do valor da
transação, seja alterando substância, qualidade ou
quantidade da coisa ou mercadoria fornecida, seja
impedindo a livre concorrência de outros
fornecedores, ou por qualquer modo tornando mais
onerosa a transação:

Pena - detenção, de um a três anos.

§ 1º Na mesma pena incorre o intermediário


na transação.

§ 2º É aumentada a pena de um terço, se o


crime ocorre em período de grave crise econômica.

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