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Tudo, menos o tédio, me faz tédio.

Quero, sem ter sossego, sossegar.


Tomar a vida todos os dias
Como um remédio,
Desses remédios que há para tomar.

Tanto aspirei, tanto sonhei, que tanto


De tantos tantos me fez nada em mim.
Minhas mãos ficaram frias
Só de aguardar o encanto
Daquele amor que as aquecesse enfim
Frias, vazias,
Assim.
6-9-1934

Novas Poesias Inéditas. Fernando Pessoa. (Direcção, recolha e notas de Maria do Rosário
Marques Sabino e Adelaide Maria Monteiro Sereno.) Lisboa: Ática, 1973

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