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Alterações de 2018. Habib
Alterações de 2018. Habib
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artigo. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).” Passemos à análise dos
requisitos.
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O terceiro requisito está expresso no inciso II do § 3º: não ter
cometido o crime contra seu filho ou dependente. Mais uma vez, esse
crime mencionado é o delito praticado do qual a mulher está cumprindo
pena, e não um delito anterior, nem um delito posterior. Trata-se de
requisito que está de acordo com a finalidade protetiva do legislador, uma
vez que se a sua preocupação foi com o feto, com a criança e com o
portador de deficiência, a mulher que praticar um crime contra eles não
merece esse tratamento mais benéfico.
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menção nada mais é do que a regressão de regime. Isso não é novidade,
pois essas mesmas causas de regressão já constam do art. 118, I, da
LEP. Logo, trata-se de uma novidade meramente formal na Lei de
Execução Penal. Contudo, deve-se ter atenção para a seguinte questão:
uma vez revogada a progressão com base no §4º, gerando a
consequente regressão de regime, não poderá ser concedida nova
progressão ou poderá ser concedida de acordo com os requisitos do art.
112, caput, da LEP (em se tratando de crime não hediondo) ou então de
acordo com os requisitos do art. 2, §2º, da lei de Crimes Hediondos (em
crimes dessa natureza)? Pensamos que a revogação da progressão não
impede a concessão de nova progressão, mas nesse caso deverão ser
observados os requisitos do art. 112, caput, da LEP (em se tratando de
crime não hediondo) ou então de acordo com os requisitos do art. 2º, §2º,
da lei de Crimes Hediondos. Assim pensamos porque o legislador foi
claro ao dispor que a revogação é do benefício previsto no § 3º, e não da
progressão de regime, o que não impede, portanto, a concessão de nova
progressão de regime com base nos outros dispositivos legais.
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§ 3o O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções
cabíveis.
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Assim, esse delito abrange apenas o descumprimento das medidas
protetivas de urgência que obrigam o agressor, previstas no art. 22.
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critério. Note-se que, nesse caso, somente o Juízo do Juizado de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher pode conceder a
fiança, por ser o Juízo competente para processar e julgar o delito pelo
qual o agente foi preso em flagrante. A prisão em flagrante deve ser
comunicada ao Juízo competente (art. 306 do Código de Processo
Penal) e nesse caso só ele tem competência para conceder a fiança.
14. §3º. Aplicação de outras sanções cabíveis. O legislador não quis
que a sanção criminal afastasse outra sanção diversa, como uma
possível sanção administrativa, como na hipótese de o agressor ser
funcionário público. Nesse caso, não há bis in idem, tendo em vista que
as sanções possuem naturezas diversas.
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