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Adriano Antonio Carvalho Vicente – RA 18008698

Marcelo Schmidt Simões Filho – RA 18198358

PROCESSO Nº TST-RR-26700-96.2011.5.17.0141

Resumo do Acórdão:

Basicamente, no âmbito do mérito da ação, o que o acórdão busca


analisar é se a empresa reclamada (FRISA – Frigorífico Rio Doce S.A) teria ou
não cometido violação do disposto no artigo 93 da Lei 8.213/91. O referido artigo
basicamente estipula um dever para empresas com mais de 100 empregados,
em preencher de 2 a 5% (a depender do número de empregados da empresa)
dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de
deficiência.
No entendimento da Corte Superior, não seria cabível a condenação da
empresa pelo não preenchimento mínimo destinado para estas vagas do artigo
93, na medida em que teria empreendido todos os esforços possíveis para a
ocupação das cotas; ou seja, ela não cumpriu com sua obrigação por motivos
alheios à sua vontade. A empresa inclusive, indicou que divulgou junto aos
órgãos e instituições competentes ofertas para as vagas definidas no artigo 93;
foram feitos informes em jornais de grande circulação em cadastros do SINE e
SENAI, bem como houve o encaminhamento de ofícios ao INSS. Todavia, por
muitas os candidatos não possuíam a qualificação profissional mínima
compatível com as funções desempenhadas. Ou seja, não houve culpa da
empresa, quanto ao não preenchimento das vagas.
Em segunda instância, ficou decidido que a empresa ter realizado as
divulgações nos meios de comunicação corresponderia apenas a uma ação
formal, e que caberia a ela adaptar suas atividades, estruturas e instalações,
para que se tornasse apta a receber as pessoas com deficiência. Mas o
respectivo entendimento foi reformado no TST, que sustentou a ideia de que, por
ter feito tudo que estava ao seu alcance para cumprir a legislação referente à
contratação de profissionais portadores de deficiência/reabilitados, não caberia
aplicar multa alguma à empresa.

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