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Saiba como montar partições e

dispositivos de armazenamento no Linux


usando o comando mount
by Ricardo Ferreira · 10 de janeiro de 2017

Mesmo com todos os recursos gráficos disponíveis para a tarefa de montar partições e
dispositivos de armazenamento no Linux, sempre é bom conhecer meios alternativos.
Normalmente, essa situação é necessária quando está usando um sistema Linux sem
ambiente gráfico. Contudo, senão for seu caso, é bem provável que já tenha tido pelo
menos uma vez a chance de usar o comando mount. Portanto, saiba, agora, como
montar partições e dispositivos de armazenamento no Linux usando essa ferramenta.

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na entrega dos serviços de TI. E, assim, ganhe tempo e seja eficiente na entrega desses
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Isso ainda é necessário?!


Felizmente, as mais populares distribuições Linux tornaram este processo muito mais
fácil e intuitivo do que antes. Antigamente, o processo para “montar” um simples
pendrive, na máquina, era “árduo”… detectar o hardware dispositivo, descobrir o
mapeamento feito no sistema e realizar a montagem num diretório específico :/

Atualmente, basta “plugar” o dispositivo ou criar uma partição que o sistema detectará
automaticamente – e tudo pela interface gráfica do usuário. Sendo assim, montar
partições e dispositivos de armazenamento no Linux usando o mount ainda é
necessário?!

Sim… sempre é! Como dito, as mais populares distribuições Linux agilizam esse
processo; mas, ainda hoje existem distribuições mantêm “enraizadas” essências do
sistema Linux – disponibilizar as ferramentas para o usuário e ele decidir quais usar, e
como usar! Vide, como exemplo, o processo de compilação e instalação de
programas disponibilizados via código-fonte (source)  

Entretanto, para muitos essa dica não é de grande valia. Mas, tenha em mente que nem
sempre teremos um ambiente gráfico disponível para “facilitar” as coisas. Então,
sempre é bom conhecer alternativas para os meios tradicionais e mais usados.
#ficadica
O que é montagem?
Na maioria dos casos, montagem refere-se a um processo que permite que o
computador acesse arquivos em diferentes dispositivos, bem como: USB ou unidade de
disco rígido. Isso ocorre porque eles originam-se de sistemas de arquivos separados e
distintos. Por exemplo, a maioria dos pendrives são usados com sistemas de arquivos
FAT32 e a maioria das distribuições Linux usam o Ext4 como sistema de arquivos.

Além disso, a montagem também ocorre, na maioria das distribuições Linux, devido à
forma como é usado os vários sistemas de arquivos existentes. Ou seja, no uso de
partições de disco o usuário poderá usar sistemas de arquivos distintos em cada uma
delas. Assim, quando precisar que o sistema base veja essas partições, o usuário é
“forçado” a montar essas partições no sistema.

RECOMENDO QUE LEIA:


Saiba como criar uma partição segura para seus arquivos pessoais em um sistema Linux
já instalado

Mão na massa
AVISO
As operações que manipulam “pontos de montagem” no sistema requisitam privilégios
de administrador. Assim, é necessário usar o “sudo”. Então, atente-se para os comandos
para evitar maiores problemas!

Primeiramente, é preciso saber o que será “montado” no sistema – pode ser um


pendrive, hd externo e/ou partição de disco. Portanto, para listar todos os dispositivos,
com suas respectivas categorias e sistemas de arquivos, use o comando:

lsblk

O resultado do comando acima mostra dispositivos separados e divididos por letras


com nomes diferentes. Esses nomes são listados como sda, sdb e sdc; por exemplo. Essa
nomenclatura é uma convenção para determinar partições e/ou dispositivos no
sistema. Por exemplo, quando você “pluga” um pendrive no sistema,
automaticamente é “mapeado” um arquivo, no diretório /dev, que “mapea” o hardware
específico com essas letras (convenção).

Discos rígidos modernos e USBs todos começam nomeado com sd(x), abreviação de
“serial device”. Em computadores mais antigos, você pode vê-los identificados como
“hda”; por exemplo.

Em resumo, estes dispositivos são divididos em partições diferentes. Simplificando,


eles representam como o disco rígido do computador “está dividido”.

Portanto, depois de “plugado” um dispositivo de armazenamento ou ter criado uma


partição no disco rígido, você verá dispositivos “mapeados” diferentes dos já existente
no sistema. Assim, são esses “novos dispositivos mapeados” que serão “montados” no
sistema

Criando pontos de montagem

Para montar partições e dispositivos de armazenamento no Linux, usando o comando


mount, é preciso detectar o dispositivo mapeado (feito anteriormente) e escolher um
diretório no sistema como “ponto de montagem”. Em outras palavras, nesse diretório
é que os dados, contidos no dispositivo, poderão ser manipulados  

sudo mount /dev/sd[b1, b2, etc.] /mnt

Onde,

mount – comando para montar dispositivos mapeados (/dev/sdb1/, por exemplo);


/dev/sd[b1,b2,etc..] – dispositivo mapeado no sistema;
/mnt – diretório específico (vazio) no sistema usado para “montar” e manipular os
dados do dispositivo;

Sabendo disso, caso tenha diversos dispositivos, para serem “montados”


simultaneamente, será preciso criar múltiplos diretórios no sistema. Por exemplo,
/mnt/usb1, /mnt/hdexterno, /mnt/particao1, etc…

SAIBA MAIS
Esse processo de montar dispositivos mapeados no sistema usando o comando mount
não permanece salvo depois de um reinício do computador. Para persistir as mudanças,
ou seja, permanecer criado o “ponto de montagem”, o arquivo /etc/fstab precisará ser
editado!

Além disso, você pode, por exemplo, montar um arquivo de imagem ISO (“disk
image”), facilmente, com o comando mount:

sudo mount Examplo.iso /mnt -t iso9660 -o loop

Por fim, saiba que “tudo que é montado, precisa ser desmontado” ;-). Para
“desmontar” um dispositivo, simplesmente, execute:

sudo umount “DIRETORIO”

Onde,

DIRETÓRIO – pasta onde o dispositivo mapeado foi montado. Por exemplo, /mnt,
/mnt/usb1, etc..

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