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1.

Instalação
domingo, 4 de setembro de 2016 11:38

• Para instalar o SAGE devemos seguir as instruções do manual de


instalação do CEPEL, arquivo SAGE_ManIns.pdf

• O SAGE é uma versão customizada pelo CEPEL do linux CentOS, com


pacotes customizados. A versão utilizada no curso será o SAGE 2008 com
update 23-7, baseado no CentOS 5.6, 32 bits. O CEPEL disponibiliza no seu
site versões mais atuais, com update 23-17 ou update 27-16, ambos com
suporte a 64 bits.

• Para instalação do SAGE, siga os passos do manual de instalação:


○ Pule o teste do DVD
○ Selecione "Apagar todas as partições do disco e criar layout padrão"
○ Marque a caixa "Rever e modificar layout do particionamento"
○ Clique em avançar e siga os passos do manual
○ Não é necessário configurar rede e dns durante a instalação, a
configuração será feita manualmente. Também não ative Firewall ou
a opção SELinux.
○ Selecione o fuso horário e teclado normalmente
○ Após completada a instalação, a máquina reiniciará. Remova o DVD
de instalação, do contrário a máquina dará boot novamente pelo
DVD (ou reconfigure a BIOS para não dar boot pelo drive de DVD)
○ Na tela de login do SAGE, use usuário sage e senha sage.

• Para instalação no VirtualBox:


○ Crie uma nova máquina Linux baseada em RedHat. Escolha a opção
32 ou 64 de acordo com a ISO que você tiver disponível. No caso do
curso, é uma ISO de uma instalação 32 bits.

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○ Crie um HD virtual de tamanho fixo de 20 GB, no seu disco local (evite
usar HD externo), no formato VDI. É possível escolher o local de
instalação. O VirtualBox formatará o HD virtual preparando-o para
ser usado.
○ Após a criação da máquina "em branco", selecione-a e clique Botão
direito > Configurações. Vá em Armazenamento, e no Drive de DVD
virtual (Controladora IDE), selecione o arquivo ISO do DVD de
instalação para ser carregado na inicialização (isso equivale a inserir
um DVD de instalação no drive da máquina virtual). No curso
usaremos o arquivo sage32.iso

○ Inicialize a máquina com o ISO no drive virtual e siga os passos de


instalação do SAGE descritos anteriormente.
○ Uma vez completada a instalação, a máquina irá reinicializar. Neste
momento desligue a mesma, vá em Configurações > Armazenamento
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momento desligue a mesma, vá em Configurações > Armazenamento
e remova o ISO do drive virtual de DVD (opção Remover Disco do
Drive Virtual), do contrário a máquina começará novamente a
instalação do SAGE.
○ Inicialize a máquina e login como usuário: sage, senha: sage

• Instale os adicionais de convidado na sua máquina SAGE do Virtual Box


para permitir compartilhar pastas entre seu sistema nativo Windows e o
sistema SAGE na máquina virtual. Isso é necessário para transferir
arquivos para utilização na máquina (update, licença, bases, etc).
○ Com a máquina SAGE rodando, vá em Dispositivos > Inserir imagem
de CD de adicionais de convidado. Um ícone de CD aparecerá na área
de trabalho do SAGE. Dê um duplo clique nele para assegurar que ele
foi montado. Feche a janela.

○ Abra um terminal, vá para a pasta do CD e rode o arquivo .run como


superusuário:
 cd /media/VBOXADDITIONS_xxx (xxx é a versão do VBOX
Additions em uso)
 su
 root root (senha de superusuário: "root"+<espaço>+"root")
 VBoxLinuxAdditions.run
 Após o término, digite exit para sair de superusuário e feche o
terminal
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terminal

○ Agora é preciso adicionar o usuário sage ao grupo criado pelo vbox


para ter acesso às pastas compartilhadas:
 Vá no menu Inicial > Administração > Usuários e Grupos (é
preciso inserir a senha de root: "root root" (observe o espaço,
sem aspas)
 Clique duas vezes no usuário sage
 Na aba Grupos, marque a opção vboxsf
 Feche a janela e desligue a máquina virtual

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○ Agora devemos configurar a pasta do Windows que aparecerá na
pasta /media do SAGE, ou seja, que será compartilhada entre os dois
sistemas:
 Selecione a máquina, e vá em Configuração > Pastas
compartilhadas
 Clique em Adicionar e escolha uma pasta no seu sistema
Windows para ser compartilhada com a máquina Virtual.
Escolha, por exemplo, a pasta Downloads
 Selecione a opção de Montar automaticamente
 Inicialize a máquina

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○ A pasta selecionada para compartilhamento será montada na pasta
/media com o prefixo sf_
 cd /media/sf_Downloads (se você escolheu a pasta Downloads
para ser compartilhada)
 ls: você deve ver o conteúdo da pasta do Windows.

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2. Conceitos básicos Linux/SAGE
domingo, 4 de setembro de 2016 14:45

• Como se trata de uma distribuição Linux, é preciso entender um pouco da


organização e funções deste sistema operacional para utilizar o SAGE

• A pasta padrão (inicial) do sistema SAGE fica em:


/export/home/sage/sage
Esta é a pasta onde ficam todas as configurações do SAGE, como por
exemplo as bases instaladas. Ela pode ser acessada pelo atalho $SAGE.
$SAGE é uma varável de ambiente cujo valor é o caminho acima.

• No Linux, a pasta raiz do sistema operacional é representada por


/
Ela equivale ao C:\ do Windows. Ao contrário do Windows, que usa \
(barra invertida), todos os caminhos do Linux usam / (barra para frente)

• A partir da raiz (/) temos diversas pastas/arquivos importantes:


○ /dev : drivers dos dispositivos
○ /bin : arquivos/comandos usados na inicialização do sistema e por
usuários após a inicialização
○ /etc : arquivos de configuração do computador (como um C:
\Windows)
○ /etc/sysconfig : arquivos de configuração do sistema para os
dispositivos
○ /etc/passwd: arquivo com dados dos usuários e senhas
criptografadas
○ /etc/fstab: sistemas de arquivos montados no sistema
○ /home : pasta pessoal de usuários comuns (como um "Meus
Documentos")
○ /mnt: ponto de montagem de sistemas de arquivos (DVD-Rom,
pendrives, partições, etc)
○ /proc : sistema de arquivos virtual com dados sobre o sistema
○ /root : diretório pessoal do root
○ /tmp: arquivos temporários
○ /usr : Unix System Resources. Contém arquivos de todos os
programas para uso dos usuários do sistema Unix.
○ /usr/bin : executáveis para todos os usuários
○ /usr/sbin : executáveis de administração do sistema
○ /usr/lib : bibliotecas dos executáveis encontrados no /usr/bin
○ /usr/local : arquivos de programas instalados localmente
○ /usr/man : manuais
○ /usr/info : informações
/usr/X11R6 : arquivos do X Window (sistema de janelas do Linux) e

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○ /usr/X11R6 : arquivos do X Window (sistema de janelas do Linux) e
seus aplicativos

• A conta padrão do SAGE é a seguinte:


Usuário: sage
Senha: sage
É possível logar como superusuário (observar espaço na senha):
Usuário: root
Senha: root root

• Muitas operações são feitas no terminal. Desta forma é útil saber alguns
comandos básicos do sistema:

○ ls : list, lista um diretório. Equivale ao comando dir do Windows.


ls -d */ -> lista apenas as pastas dentro do diretório atual.
○ man: manual, mostra o modo de usar um comando. Ex.:
>man grep
Mostra o manual do grep. Para sair aperte q (quit)
○ cd : change directory, muda de diretório.
○ pwd :print working directory, mostra o diretório atual
○ cp: copy, copia o arquivo. ex.:
>cp teste.txt teste2.txt
copia o conteúdo de teste.txt para teste2.txt, criando este último.
○ rm: remove, remove o arquivo ou diretório. Ex.:
>rm teste -rf

Remove o arquivo/diretório teste. A opção r remove recursivamente


todos os arquivos e subdiretórios dentro de "teste". A opção f força a
remoção sem prompt de confirmação.
○ mkdir : make dir, cria um diretório. Ex.:
>mkdir teste
cria o diretório teste
○ mv : move o arquivo ou diretório
>mv teste teste2
Move o diretório teste para teste2. Na prática, renomeou o diretório.
○ cat: visualiza o conteúdo de um arquivo. Ex.:
>cat pdf.dat
Imprime na tela o conteúdo de pdf.dat
○ less : visualiza o conteúdo de um arquivo permitindo rolagem de tela
com as setas. Ex.:
>less pdf.dat
Mostra o arquivo na tela e permite rolagem com as setas. Aperte q
para sair (quit).
○ grep : procura por padrões dentro de arquivos. Ex.:
>grep "04T3" pdf.dat

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>grep "04T3" pdf.dat
Mostra todas as linhas de pdf.dat em que aparece o texto 04T3. O
grep é um comando bastante útil. Para ver mais detalhes digite >man
grep
○ find: procura arquivos. Ex.:
>find . -name '*bk' -delete
Encontra todos os arquivos no diretório atual e subsdiretórios
que terminam com bk e os apaga
○ mount : montar hds e pendrives. Ex.:
>mount –t vfat /dev/sdb1 /media/pen
Monta o pendrive identificado no sistema como /dev/sdb1 na pasta
/media/pen
>mount -t vboxsf bases /mnt/bases
Monta a pasta compartilhada bases do VirtualBox (é preciso criar as
pastas antes). Se você seguiu os passos da instalação do
VBOXADDITIONS e marcou a pasta para montar automaticamente,
não deve ser necessário montar esta pasta manualmente.

• A configuração de supervisão e controle de uma instalação no SAGE é


chamada de "base". Tal configuração é feita nos seguintes arquivos:

○ /export/home/sage/sage/config/<nome da base>/bd/dados

Onde <nome da base> é o nome da base de dados instalada no


sistema. Pode haver mais de uma base instalada, onde todas ficam
no diretório /config da home do SAGE. No diretório dados
encontram-se os arquivos de extensão .dat, que são o coração da
configuração do SAGE. Todas as configurações de protocolos, pontos
aquisitados, controles e distribuição de dados para centros de
controle são feitas nestes arquivos.

O diretório /bd da base corrente possui um atalho configurado como


$BD. Ex.:
>cd $BD
O leva à pasta bd da base em vigor.

○ /export/home/sage/sage/config/<nome da base>/telas

Neste diretório ficam as configurações de telas do supervisório. O


diretório telas possui um atalho na forma de $TELAS. Ex.:
>cd $TELAS
O leva à pasta telas da base em vigor

○ /export/home/sage/sage/calculos/<nome da base>/

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Neste diretório ficam os cálculos compilados, aplicação de usuários e
cálculos interpretados para a base configurada.

○ /export/home/sage/sage/config/<nome da base>/ihm

Neste diretório ficam arquivos importantes como: opções de


comportamento geral do sistema, definições de menu principal das
telas, cores e fontes usadas nas telas, usuários do SAGE e respectivos
privilégios. O diretório ihm possui um atalho na forma $IHM. Ex.:
>cd $IHM
O leva à pasta ihm da base em vigor.

○ /tmp/sage/log

Diversos logs e registros de operação são salvos pelo SAGE neste


diretório. Há um atalho configurado como $LOG. Ex.:
>cd $LOG
O leva à pasta de log.

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3. Instalação de Licenças e Updates
quarta-feira, 31 de agosto de 2016 16:21

• Instalação das licenças:


○ Copiar os arquivos .lic para $SAGE
○ Instalar primeiro a licença SCD digitando o nome da licença no
terminal. Aceite os termos de uso.
○ Instalar em seguida as licenças dos protocolos: i61850 e snmp

• Habilitação inicial da base demo_ems:


○ habilita_postgres
 Na primeira vez que o postgres roda, é preciso inserir a senha de
root: root root (root + ESPAÇO + root)
 Aceite a inclusão da rede como "trusted"
○ Entra em $SAGE/calculos
○ instala_calculos
○ Entrar em $SAGE/drivers
○ su
○ instala_mms
○ exit
○ CTRL+ALT+BACKSPACE
○ AtualizaBD fria fonte

• Dentro de $SAGE, crie uma pasta chamada updates


• Copiar os updates para a pasta $SAGE/updates
• Leia o arquivo .lst com as instruções de instalação
• Exemplo: instala_update 23-8
• Depois pode ser preciso usar, para cada base instalada:
○ habilita_postgres
○ AtualizaBD fria fonte
○ cd calculos
○ instala_calculos
○ Entre em $SAGE/drivers
○ su
○ instala_mms
○ exit
○ CTRL+ALT+BACKSPACE

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4. Arquitetura SAGE
quinta-feira, 15 de setembro de 2016 23:47

• Exemplo de sistema SAGE

• Redes

• IHMs do SAGE podem ser locais ou remotos (centros de controle)

Página 16 de III - SAGE


• Estrutura dos subsistemas SAGE

Página 17 de III - SAGE


Página 18 de III - SAGE
4.1 SSC - Subsistema de Suporte Computacional
sábado, 17 de setembro de 2016 18:15

• SSC - Subsistema de Suporte Computacional


○ Mantém a base de tempo real
○ Monitora processos do SAGE
○ Controla a ativação de processos
○ Mantém a coerência de arquivos nas diferentes máquinas da rede
○ Responsável por tratar alarmes e eventos

○ Módulos do SSC:
 MCAST - Multi cast confiável: responsável pela difusão de mensagens
 GMCD - Gerência de memória compartilhada distribuída: responsável pela base de
tempo real
 GCD - Gerente de controle distribuído: responsável pelo controle de processos, ativa
e desativa módulos do SAGE, implementa tolerância a falhas.
 RARQ - Replicação de arquivos: mantém réplicas coerentes de arquivos entre
diferentes máquinas
 RECUP - Recuperação de arquivos: equaliza arquivos (SOE, alarmes, histórico) de
máquinas que estiveram fora de operação

Página 19 de III - SAGE


4.2 SCD - Subsistema de Comunicação de Dados
sábado, 17 de setembro de 2016 18:13

• SCD - Subsistema de Comunicação de Dados


○ Pré-processamento de dados em tempo real para alarmes e eventos
○ Comunicação com COS, UTRs, IEDs
○ Implementação de protocolos de comunicação
○ Estruturado em camadas como o modelo OSI

Gateway SCD é um conjunto (par) de servidores SCADA (NOH1 e NOH2).

Em cada nó do gateway SCADA, a aquisição e controle é feita pelo SAC (Serviço de Aquisição e
Controle) e a distribuição para centros remotos é feita pelo SDD (Serviço de Distribuição de
Dados). O SAC recebe comandos e atualiza a memória compartilhada distribuída (MCD), ou
seja, a base de tempo real da rede de difusão entre os nós da rede. O SDD pega os dados da
MCD para envio ao centro.

Página 20 de III - SAGE


Ambos, SAC e SDD, se utilizam dos conversores de protocolo para acesso ao meio físico de
comunicação. O SAC acessa a rede local de aquisição e controle, enquanto o SDD acessa o
canal utilizado para distribuição.

A figura também mostra as entidades (tabelas) usadas pelo SAGE em cada função:
CGS - Controle lógico
PDS, PTS, PAS - informações de pontos digitais, totalizadores e analógicos aquisitados,
respectivamente.
PDD, PTD, PAD - informações de pontos digitais, totalizadores e analógicos distribuídos,
respectivamente.
CGF, PDF, PAF, PTF - configurações de protocolo para aquisição e distribuição de
controles, pontos digitais, analógicos e totalizadores, respectivamente.

Conversores de protocolo são os responsáveis por "traduzir" as mensagens do protocolo de


comunicação escolhido em pontos digitais, analógicos, etc, utilizados pelo SAGE. Os
conversores de protocolo disponíveis no SAGE e seu código de identificação para fins de
configuração podem ser vistos abaixo:

Alguns protocolos podem utilizar diversos protocolos e padrões de níveis inferiores, de acesso
ao meio físico. O CEPEL separou estas duas configurações implementando outra etapa de
configuração: os Transportadores de Protocolo. Valores possíveis:

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Dessa forma, se queremos usar DNP para comunicação com um COS, por exemplo, podemos
ter as seguintes configurações:

DNP3 através de Terminal Server


Conversor: CNVH
Transportador: IEC3S

DNP3 via TCP/IP


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DNP3 via TCP/IP
Conversor: CVNH
Transportador: UDPF3

Para conexões com IEDs usando IEC 61850, teremos:


Conversor: CNVO
Transportador: MMST

Diagrama geral das relações entre os módulos do SCD:

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Entidades do Subsistema de Comunicação de Dados:

Configuração de comunicações seriais:

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Configuração de comunicações em rede TCP/IP:

Configuração dos pontos lógicos e físicos:

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Protocolos seriais são configurados nas tabelas CNF, CXU, UTR e ENU. Estas tabelas possuem
as configurações de comunicação do protocolo.

Protocolos de rede (multiligação) são configurados nas tabelas CNF, MUL, ENM, CNM.

Tanto configurações de comunicações seriais como de rede (multiligação) são utilizados pelas
configurações físicas dos pontos existentes nas tabelas PDF, PAF, PTF. Estas tabelas contém os
endereços de cada ponto no contexto do protocolo usado!

O CEPEL fatiou diversas configurações necessárias para utilizar os protocolos, assim como
informações específicas para uso do SAGE, em várias tabelas, chamadas "entidades". Estas
tabelas são arquivos texto de extensão .dat localizados no diretório
/export/home/sage/sage/config/$BASE/bd/dados
O conjunto de arquivos .dat deste diretório é chamado de "base fonte" do SAGE, e é neles
que a configuração da maior parte do sistema é feita.

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4.3 STI - Subsistema de Tratamento de Informação
sábado, 17 de setembro de 2016 18:12

• STI - Subsistema de Tratamento de Informações

○ Tratamento de informações necessárias à criação da base de dados


○ Definição e manutenção de arquivos de interface com SSC
○ Definição e manutenção da base histórica

Modelos de Base de Dados

Base de Dados Fonte

É a base configurada pelo usuário (.dat). Descreve as características do sistema

Bases de Referência e de Tempo Real

São as utilizadas pelo SAGE para a operação.

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A Base de Referência é uma etapa intermediária antes de ser carregada na memória.
Ela é o resultado da "compilação" da base fonte: são gerados arquivos em formato
XDR no disco.

A Base de Tempo Real é residente na memória do computador e é sincronizada entre


os demais servidores pela rede de difusão (MCAST).

A base de referência ("compilada") só é carregada para a memória após uma nova


ativação do GCD. Discrepâncias entre as bases compiladas ou de tempo real entre as
demais máquinas da rede de difusão impedem a entrada em operação do SAGE,
causando erro na ativação do GCD.

Base Histórica

Utilizada por programas em ambiente off-line (análise de ocorrências no histórico,


por exemplo)

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4.4 SIG - Subsistema de Interface Gráfica
sábado, 17 de setembro de 2016 18:10

• SIG - Subsistema de Interface Gráfica

○ Controla a interação do operador com o sistema computacional


○ Permite controle de acesso
○ Permite customização
○ Criação e edição de telas com o editor gráfico SigDraw

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5. Modelo de dados SAGE
quinta-feira, 15 de setembro de 2016 22:41

• Modelo do serviço de comunicação de dados

• Modelo de Configuração dos Pontos Físicos

• Modelo do Serviço de Aquisição e Controle

• Modelo do Serviço de Distribuição e Eventos

• Roteamento de Controle

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6. Roteiros
terça-feira, 6 de dezembro de 2016 11:09

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6.1 Configuração de rede
quinta-feira, 1 de setembro de 2016 11:04

Exemplo de configuração de dois servidores:

Nome da máquina: srv1


IP da rede operativa: 192.168.110.1
Interfaces eth0 e eth1 devem ser redundantes para a rede operativa
Interface eth2 deve ser usada para difusão, com IP 200.40.40.1

Nome da máquina: srv2


IP da rede operativa: 192.168.110.2
Interfaces eth0 e eth1 devem ser redundantes para a rede operativa
Interface eth2 deve ser usada para difusão, com IP 200.40.40.2

• Usar o gerenciador neat para fazer as configurações básicas (digite neat no


terminal)

>neat

Entre com a senha de superusuário: root root

Selecione a interface que será a rede de difusão e clique em Editar. Configure


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Selecione a interface que será a rede de difusão e clique em Editar. Configure
o endereço IP estaticamente.

Na aba DNS, configure o nome do computador (srv1 ou srv2).

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Salve as configurações em Arquivo > Salvar

Abra um terminal e, como superusuário, reinicie os serviços de rede:

> su
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> su
digite a senha: root root

# service network restart

• Para detectar qual interface bond está ativa no momento, usar:


○ cat /proc/net/bonding/bond0
• Para saber se determinada interface está ativa:
○ cat /sys/class/net/eth0/operstate

Os arquivos de configuração de cada placa está no diretório

/etc/sysconfig/network-scripts/

Cada arquivo de configuração tem o formato ifcfg-eth1

Exemplo de configuração de bonding:

PLACA 1:
# Realtek Semiconductor Co., Ltd. RTL-8139/8139C/8139C+
DEVICE=eth1
HWADDR=00:14:D1:26:06:BB
ONBOOT=yes
BOOTPROTO=none
TYPE=Ethernet
NM_CONTROLLED=no
SLAVE=yes
MASTER=bond0
USERCTL=no
IPV6INIT=no
PEERDNS=no

PLACA 2:
DEVICE=eth2
HWADDR=00:18:7D:0B:A4:35
ONBOOT=yes
BOOTPROTO=none
TYPE=Ethernet
NM_CONTROLLED=no
SLAVE=yes
MASTER=bond0
USERCTL=no
IPV6INIT=no
PEERDNS=no

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Criar arquivo ifcfg-bond0
PLACA BOND:

DEVICE=bond0
IPADDR=192.168.200.1
NETMASK=255.255.255.0
NM_CONTROLLED=no
BOOTPROTO=none
ONBOOT=yes
USERCTL=no
TYPE=BOND

Edição do arquivo /etc/modprobe.conf (adicionar):

alias bond0 bonding


options bond0 mode=1 miimon=10

miimon=10 significa monitoramento do canal a cada 10 ms


Mode=1: hot stand-by
Mode=0: load balance
Mode=3: broadcast

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6.2 Criação de Base
domingo, 18 de setembro de 2016 12:16

Para criar uma nova base, é possível usar o terminal ou a ferramenta gráfica do CEPEL
para gerenciamento de bases. Seguem as etapas considerando as duas formas:

1) Criação de uma nova base

No terminal, digite:

>cria_base curso demo_ems

Esse comando criará uma base chamada "curso" usando como modelo a base
"demo_ems". Caso não seja passado um modelo, a base ativa é utilizada.

Interface gráfica:

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Coloque o nome da base (p.ex: curso) e clique OK. Uma nova base será criada:

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Siga as demais etapas em linha de comando.

2) Após a criação, é preciso habilitar a nova base para que o SAGE a considere como
a nova base ativa. O SAGE pode ter apenas uma base ativapor vez. Para saber
qual base está ativa no momento observe as varáveis de ambiente com o
comando:

>var

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No exemplo, acima, a base ativa é a "ssl-pri". Habilite a nova base com o
comando:

>habilita_base curso

Após a habilitação, o SAGE ainda não atualizou suas variáveis de ambiente.


Observe isso utilizando novamente var. Para que o SAGE considere a base curso
como a nova base ativa, é preciso fazer logout e login. Reinicie a sessão:

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CTRL + ALT + BACKSPACE

usuário: sage
senha: sage

Utilize var para verificar que a base nova é a curso.

3) Com a base habilitada, devemos criar a estrutura do banco de dados PostGres


para essa base, através do comando:

>habilita_postgres

4) Compile os cálculos para esta base. É preciso entrar no diretório calculos:

>cd $SAGE/calculos
>instala_calculos

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5) Para uma base 61850, crie o esqueleto inicial dos DATs. Primeiro, copie os
arquivos ocr.dat e tctl.dat da base demo_ems para sua base:

>cd $SAGE/config/demo_ems/bd/dados
>cp ocr.dat $BD/dados
>cp tctl.dat $BD/dados

Em seguida, utilize o comando:

>cria_base_61850

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Página 45 de III - SAGE
6.3 Geração de base 61850
terça-feira, 6 de dezembro de 2016 14:27

Após criar um esqueleto de base 61850 (ver Criação de Base), podemos gerar
uma base completa a partir de arquivos XML no formato CID ou SCD, utilizando
a ferramenta do CEPEL xml61850. Segue exemplo:

1) Primeiro devemos ter em mãos o arquivo com a configuração do(s) IED(s),


no formato .cid ou .scd. Neste exemplo, iremos usar o .cid do F1_04P3 de
SBT, no material do curso. Coloque o arquivo .cid em uma pasta que o
SAGE tenha acesso.
2) Abra a ferramenta xml61850, digitando no terminal:

>ativa xml61850

3) Crie um novo projeto e carregue o arquivo .cid do IED que quer configurar

Página 46 de III - SAGE


Página 47 de III - SAGE
4) Altere o nome curto do IED:

Página 48 de III - SAGE


Página 49 de III - SAGE
Observe que por padrão a base seria gerada com o nome do IED como i1.
Se houvesse outros IEDs, os demais seriam nomeados automaticamente
i2, i3, etc. Este padrão de nomeação pode ser configurado no campo
"parte fixa".

Neste exemplo, vamos usar como nome curto r1 ao invés de i1. Lembre-se
que este nome curto será usado nas tabelas MUL, ENM, NV1, arquivo
hosts, etc. Se você quiser dar um nome mais descritivo, terá que editar os
arquivos manualmente depois.

5) Altere o CONFIG do IED:

Página 50 de III - SAGE


Nesta tela é possível editar o atributo CONFIG da entrada deste IED na
tabela CNF. Em geral, configuramos aqui o parâmetro OPMSK, que faz um
ajuste fino da comunicação MMS com o IED (ver Anexo 17 do manual
SAGE para mais informações sobre este parâmetro).

O F1 é um P545 Asltom, e vamos editar o OPMSK para 8217.

Alguns valores comuns de OPMSK para IEDs:

Página 51 de III - SAGE


Alguns valores comuns de OPMSK para IEDs:

C264 8016
8017
Px4x 8217
RED/REC/RET/REL670 0C130
Siprotec 4 28420
28020
Siprotec 5 228520
SEL 8131

6) Por padrão todos os pontos são configurados quando o XML é carregado


(os pontos configurados para geração da base fica em azul). Como
queremos apenas alguns, inicialmente vamos desconfigurar todos os
pontos:

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Segmentos não selecionados ficam em vermelho.

7) Navegue pela árvore e selecione os pontos que quer gerar na base


clicando com o botão direito e marcando o checkbox. Exemplo:
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clicando com o botão direito e marcando o checkbox. Exemplo:
selecionando a atuação da zona 1 de distância, fases A, B, C e neutro. Vá
em Protection > DisPDIS1 > Op

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Configure também os seguintes pontos:

System/OptGGIO1/Ind1/stVal
System/OptGGIO1/Ind2/stVal
System/GosGGIO2/Ind1/stVal

Selecione os demais pontos que deseja ter na base gerada. Pontos não
suportados pelo SAGE ficam com a cor cinza:

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LOCAL DOS DATASETS
Os fabricantes normalmente concentram os datasets e reports no LLN0 de um Logical Device (em alguns casos
no LLN0 de cada logical device). Se você precisa usar um dataset fixo, precisa ter ao menos um ponto
configurado no Logical Device em que ele se encontra, do contrário o SAGE apresentará erro durante a conexão
com o IED. No exemplo acima, os datasets estão concentrados no LD System, mas como configuramos pontos
deste LD, não teremos problemas.

8) Salve seu projeto

Página 56 de III - SAGE


No exemplo acima salvamos como "curso.xpr" na pasta dados da base
(você pode salvar onde achar melhor). Após nomear, clique em Abrir.

9) Gere a base

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Se você criou o esqueleto da base usando o comando cria_base_61850,
você deve ter uma pasta chamada xml61850 dentro de sua pasta
$BD/dados. Selecione esta pasta como destino e clique em Abrir.

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Selecione Sim para sobrescrever os arquivos existentes. Se perguntado se
deseja concatenar os arquivos, selecione Sim.

10) Após a geração, os dats com a configuração da base estarão em


$BD/dados, com nomes, OCR, etc, sem customização alguma. A partir daí
é preciso editá-los para adequá-los ao padrão da Chesf, conforme o
Padrão de Lista de Pontos

Página 59 de III - SAGE


6.4 Instalação de uma base existente (backup)
terça-feira, 6 de dezembro de 2016 11:16

Para instalar uma base em formato de backup (compactada em formato tar.Z


ou tar.bz2), siga estes passos:

1) Copie o arquivo de backup da base para a pasta $SAGE


(/export/home/sage/sage)

2) Abra um terminal e descompacte o arquivo com o comando tar:


>cd $SAGE
>tar -xvf <nome do arquivo>

3) Se já existir uma base existente, o comando instalar a versão do backup


por cima, sobrescrevendo todos os arquivos da base. Caso não exista base
com mesmo nome, a nova base será instalada. O comando descompacta
os arquivos na pasta:

$SAGE/config/<nome da base>

4) Se a base for existente e já estiver ativa, é preciso carregar os novos dats e


gerar a base de referência (por exemplo, com o comando AtualizaBD fria
fonte). Veja o roteiro Atualização de uma base.

5) Caso seja uma base diferente da atual, é preciso habilitá-la:


a. >habilita_base <nome da base>
b. CTRL+ALT+DEL para tornar a nova base habilitada
c. >habilita_postgres
d. >cd $SAGE/calculos
e. >instala_calculos
f. >AtualizaBD fria fonte

Página 60 de III - SAGE


6.5 Atualização de uma base
domingo, 18 de setembro de 2016 11:21

Exemplo de passos para atualização de uma base em operação:

1) Todas as máquinas da difusão (SRV1, SRV2 e IHM) estão com a mesma base fonte, de
referência e de tempo real (representadas na tabela abaixo por uma versão "A"). Antes de
mais nada, deve-se fazer um backup da base atual, através do comando:

SRV1:> criacnf_com_data
Configuração inicial
SRV1 SRV2 IHM
Base Fonte A A A
Base Referência A A A
Base Tempo Real A A A

2) Editar os arquivos DAT (base fonte) em uma das máquinas. Aqui, como exemplo, usamos
o SRV1. Após a alteração dos DATs, o SRV1 possui agora uma versão "B" da base fonte.

Atualização da base fonte


SRV1 SRV2 IHM
Base Fonte B A A
Base Referência A A A
Base Tempo Real A A A

3) Após a edição dos DATs em SRV1, precisamos gerar a base de referência. Fazemos isso
com o comando:

SRV1:>AtualizaBD fria fonte

Caso haja erros, precisamos analisar os DATs para verificar e corrigir o erro. Somente após
conseguirmos gerar a base de referência com sucesso podemos prosseguir na atualização
da base.

Após gerar a base de referência com sucesso, o SRV1 possui agora uma nova versão dos
arquivos XDR (base de referência). Observe, no entanto, que essa nova versão ainda não
foi carregada na memória, e a base de tempo real em uso ainda é a versão "A".

Geração da base de referência


SRV1 SRV2 IHM
Base Fonte B A A
Base Referência B A A

Página 61 de III - SAGE


Base Tempo Real A A A

4) Para verificar se nossa alteração deu certo, precisamos fazer o SAGE carregar a base de
referência para a de tempo real. No entanto, se carregarmos simplesmente no SRV1, o
SRV2 e IHM ainda estarão com a versão A da base em operação, o que causará conflito.
Logo, antes de "subir" a nova versão B em SRV1, precisamos parar a operação do SAGE
em SRV2 e IHM. Durante este tempo, os operadores perderão o sistema de Nível 2 local,
assim como a distribuição será interrompida para o Centros de Operação (Nível 3).

Desative o GCD nas 3 máquinas:

SRV1:>desativa gcd
SRV2:>desativa gcd
IHM:>desativa gcd
Interrupção da base tempo real existente
SRV1 SRV2 IHM
Base Fonte B A A
Base Referência B A A
Base Tempo Real - - -

Ative o GCD no SRV1:

SRV1:>slog
SRV1:>ativa gcd
Subida da nova base
SRV1 SRV2 IHM
Base Fonte B A A
Base Referência B A A
Base Tempo Real B - -

Com a nova versão B carregada no SRV1, podemos checar se nossa alteração deu certo. É
importante acompanhar o log do sistema durante a ativação da base para observar
possíveis erros. Por isso ativamos o slog antes de dar o comando de ativar gcd anterior.

5) Caso haja problema, desative a base B em SRV1, ative novamente a base A em SRV2 e
IHM e volte à etapa 1 (edição de DATs) para tentar resolver o problema:

SRV1:> desativa gcd


SRV2:> ativa gcd
IHM:>ativa gcd

Se por algum motivo não seja possível resolver o problema a tempo, use o backup que
você fez para voltar à versão A da base:

Página 62 de III - SAGE


você fez para voltar à versão A da base:

SRV1:>tar -xvf <nome do arquivo criado>


SRV1:>AtualizaBD fria fonte
SRV1:>ativa gcd
Restauração da base original
SRV1 SRV2 IHM
Base Fonte A A A
Base Referência A A A
Base Tempo Real A A A

6) Se a etapa 4 obtece sucesso e as alterações tiveram o efeito desejado, podemos replicar a


nova versão em SRV2 e IHM. Faça um backup da nova base B de SRV1 e copie a mesma
para as demais máquinas no diretório $SAGE (/export/home/sage/sage). Descompacte a
base com:

>tar -xvf <nome do arquivo>

Alternativamente, se só houve alteração nos DATs, copie os mesmos para o diretório


$BD/dados das demais máquinas, sobrescrevendo os existentes.

Em cada máquina SRV2 e IHM, atualize e suba a base nova:

>AtualizaBD fria fonte


>ativa gcd
Atualização de SRV2
SRV1 SRV2 IHM
Base Fonte B B A
Base Referência B B A
Base Tempo Real B B -

Atualização de IHM
SRV1 SRV2 IHM
Base Fonte B B B
Base Referência B B B
Base Tempo Real B B B

7) Faça um backup da nova base!

>criacnf_com_data

Página 63 de III - SAGE


6.6 Configuração da Base de Dados
sábado, 17 de setembro de 2016 18:21

A configuração do SAGE é armazenada num banco de dados relacional modelado


através de entidades (tabelas, sendo que cada tabela corresponde a um arquivo .dat),
atributos (campos das tabelas) e relacionamentos (referências entre tabelas). Este
conjunto de dados é chamado de BASE FONTE.

A partir da BASE FONTE é gerada a BASE DE REFERÊNCIA (em formato .xdr). Esta base
é utilizada pelo programa para carregar na memória o modelo de dados de tempo
real, formando a BASE DE TEMPO REAL.

Desta forma, a configuração (seja do zero, ou um simples update em um campo)


envolve estas etapas:

1) Inserir a configuração na base fonte: criar/editar os arquivos .dats


2) Gerar a base de referência (pela interface gráfica ou pelo comando AtualizaBD
fria fonte)
3) Carregar a base de referência para o ambiente on-line (tempo real), através do
comando ativa gcd (caso já esteja ativo, deve ser desativado primeiro com
desativa gcd)

Processo de configuração da base:

1) Entidades da rede de difusão confiável

As seguintes tabelas possuem a configuração da rede de difusão confiável e os


processos utilizados no projeto:

A seguir temos uma descrição sucinta das principais tabelas e campos. Para
referências completas de cada tabela consulte o manual de configuração do SCD
do SAGE (SAGE_ManCfg_BaseFonte-SCD.pdf).

• NOH

Na tabela NOH devemos colocar os nomes, funções e IP das máquinas da rede.


Observe que o IP a ser inserido é o da interface utilizada para a rede de difusão.
Exemplo:

A tabela NOH também possui o campo TPNOH que define se a máquina é um


servidor ou simples IHM (apenas operação). No exemplo acima esse campo foi
omitido. Neste caso, o SAGE considera o valor padrão SERVIDOR. Abaixo segue a
descrição deste campo tirado do manual de configuração do SCD (arquivo
SAGE_ManCfg_BaseFonte-SCD.pdf):

Página 64 de III - SAGE


Sempre que houver dúvida sobre o significado ou valor válido de um campo, o
desenvolvedor deve checar o manual de configuração da base fonte.

Outra configuração importante é o ID do nó. Esse ID deve ser igual ao nome da


máquina.

• PRO

Na tabela PRO são configurados os processos que serão usados no seu projeto e
em que máquina eles estarão ativos, assim como outros atributos, como modo
de ativação.

Alguns processos são obrigatórios e devem ser ativados em todos as máquinas da


rede de difusão (mcast, gmcd). Alguns devem estar ativos em apenas uma
máquina (alr, hist). Outros processos são opcionais e dependem das necessidades
do projeto (processos de protocolos de comunicação, p. ex., i61850).

Os processos também precisam obedecer uma ordem de ativação. Segue


descrição do manual:

Segue descrição de alguns campos importantes:

Página 65 de III - SAGE


• INP

A tabela INP relaciona os processos aos nós da rede de difusão. É aqui que os
processos são marcados para serem executados em cada nó ou não, e que nó é o
prioritário para rodar o processo. Exemplo:

Página 66 de III - SAGE


A configuração acima indica que os processos mcast e gmcd e alr vão rodar
prioritariamente no nó mso1e6.

2) Entidades de configuração das comunicações de aquisição e distribuição

• GSD

Define os nós que compõem o "gateway scada", ou seja, o par de servidores


SAGE do sistema. Ex.:

Aqui foi definido um GSD chamado LND cujas máquinas servidoras são as
cadastradas com nomes srv1-dc-ssl-lnd e srv2-dc-ssl-lnd.

• LSC

Cada conexão com um IED/UTR possui uma entrada em LSC que define as
características gerais desta conexão: tipo de protocolo utilizado, se a conexão é
de aquisição ou distribuição, etc. Observe que o campo GSD faz referência a um
Gateway Scada configurado na tabela gsd.dat.

Exemplo de aquisição 61850:

Página 67 de III - SAGE


As entradas acima definem três ligações com IEDs (UC1, F1 e F2 da 04L7), no GSD
configurado previamente como LND (de Lagoa Nova II).

TCV= CNVO define que a comunicação será feita usando o protocolo IEC 61850
TTP= MMST define que o transportador é o MMS
TIPO= AD define uma conexão de aquisição/distribuição

Exemplo de conexão DNP3

TCV= CNVH define uma conexão com protocolo DNP3


TIPO= AA define uma conexão de aquisição
TTP= CXTP define um transportador de conexão virtual a UTR via TCP/IP

TIPO= DD define uma conexão de distribuição


TTP= IEC3S define um transportador DNP3 via Terminal Server

Geralmente, além de LSCs de aquisição e distribuição, configuramos também


uma LSC Local, para pontos locais do SAGE (p. ex.: Seleção de Operação N2/N3), e

Página 68 de III - SAGE


uma LSC Local, para pontos locais do SAGE (p. ex.: Seleção de Operação N2/N3), e
uma LSC de Cálculo, para pontos calculados. Apesar de ambos os tipos de pontos
(local e calculado) não envolverem aquisição de equipamentos físicos, o SAGE
requer a configuração de uma "ligação virtual" para eles. Exemplos:

Os Ids foram escolhidos para facilitar a identificação (CALC e LOCAL), mas observe
que ambas ligações possuem Conversor de Protocolo (TCV) e Transportador de
Protocolo (TTP) nulos (valores NLCN e NLTP). Ambas ligações são designadas
como de aquisição.

• CNF

Toda conexão com IED/UTR/COS deve possuir uma entrada configurada em CNF.
Esta entidade guarda os detalhes (ajuste fino) de configuração relativos ao
protocolo usado para se comunicar com o IED/UTR/COS.

A chave primária desta entidade é o campo ID. Por padrão o SAGE configura o
que chama de "nome curto" para designar os IEDs, no formato (letra)+(número
sequencial). Ex.: i1, i2, i3, etc. Mas você pode configurar conforme queira, desde
que obedeça o limite de caracteres do campo (16). Exemplos:

O exemplo acima mostra a configuração de 3 IEDs (UC1, F1, F2) da 04L5 de TST. O
projetista escolheu nomes intuitivos para o ID das entradas CNF e igual aos Ids
usados para LSC. Observe que o campo CONFIG possui a configuração específica
da comunicação para cada IED (IEC 61850). O formato deste campo CONFIG
muda de acordo com o protocolo utilizado, devendo o projetista buscar as regras
de configuração no Anexo de Configuração do protocolo desejado (no caso do
61850, é o Anexo 17 do manual de configuração). Outros exemplos:

Página 69 de III - SAGE


No exemplo acima, de Sobral III, o projetista escolheu usar nomes curtos (q1, r1,
s1) para identificar as entradas relativas à UC1, F1 e F2 da 04P3. Este é o padrão
usado pela SAGE na sua ferramenta de configuração xml61850, mas é possível
editar antes de gerar a base. O ID de LSC foi mantido de forma intuitiva. Trata-se
também de uma aquisição IEC 61850.

Exemplos configuração com o COS:

A configuração acima se refere às LSCs de distribuição (COR_LSC) e a de aquisição


(CORV_LSC, virtual). Observe o formato do campo CONFIG diferente, pois se trata
de protocolo DNP3.

NOMEANDO IEDS
Os nomes curtos para os IEDs (usados em CNF e nas demais tabelas) deixam a configuração mais enxuta, mas perde a
facilidade de identificar rapidamente a que IED se refere uma determinada configuração. Para IEC 61850 estes nomes
curtos são usados nas tabelas CNF, MUL, ENM, NV1, NV2, TAC, no campo ID de pontos físicos e nos nomes configurados
para os IPs no arquivo hosts. Nomes curtos podem ser gerados rapidamente usando a ferramenta xml61850, mas dificulta
na hora de manter a base, pois não são intuitivos. Nomes longos dão mais trabalho para configurar no começo, mas depois
tornam a manutenção da base mais fácil, ao deixar claro de que IED é determinada entrada nas tabelas.

3) Configuração dos enlaces de aquisição/distribuição

Uma vez configurados a LSC e CNF para um IED, UTR ou COS, deve-se configurar
os enlaces de dados desejados para o mesmo. As entidades envolvidas dependem
do tipo de protocolo utilizado na comunicação com o IED, que o SAGE divide em
dois grupos: protocolos seriais (DNP3, IEC 101, MODBUS, etc), e protocolos
multiligação (IEC 61850, ICCP, etc).

Protocolos seriais envolvem a configuração das seguintes entidades:


○ CXU
○ ENU
○ UTR

Protocolos multiligação envolvem a configuração das seguintes entidades:


○ MUL
○ ENM
○ CNM

A configuração destas entidades depende do protocolo utilizado. A seguir temos


exemplos de comunicações: aquisição em IEC 61850, aquisição em DNP3,
aquisição em Modbus, distribuição em DNP3 e distribuição em 104.

Veja:

• Configurando aquisição IEC 61850


• Configurando aquisição DNP via Terminal Server

Página 70 de III - SAGE


Página 71 de III - SAGE
Página 72 de III - SAGE
6.7 Configurando aquisição IEC 61850
terça-feira, 6 de dezembro de 2016 10:42

a) Para cada IED, configurar uma entrada na entidade MUL:

Acima temos as configurações da UC1, F1 e F2 da 04L5 de Teresina III. Observe


que cada entrada faz referência ao CNF correspondente, visto anteriormente,
e ao gateway SAGE (GSD). A ORDEM deve ser sequencial, e não pode haver
duas entradas MUL na base com o mesmo valor do campo ORDEM.

Acima as configurações referentes à UC1, F1 e F2 do 04P3 de Sobral III, usando


o padrão de "nome curto" recomendado pelo CEPEL.

b) Para cada IED, configurar duas entradas na entidade ENM, o que equivale a um
IED principal e reserva. Mesmo que na realidade não haja IED reserva, o
mesmo deve ser configurado.

Exemplo TST:

Página 73 de III - SAGE


Acima temos a configuração da primeira ENM para a UC1, F1 e F2 da 04L5 de
TST. Observe o campo ORDEM: ele é sequencial por IED. Desta forma a
primeira entrada de cada IED possui ORDEM 1. Há também uma referência
para MUL do IED. O ID reproduz o nome de MUL acrescido de 1 para a entrada
1.

Acima temos a configuração da segunda ENM para a UC1, F1 e F2 da 04L5 de


TST. Observe que estas entradas de cada IED possuem ORDEM 2. O ID
reproduz o nome de MUL acrescido de 2 (entrada 2).

Exemplo SBT:

Página 74 de III - SAGE


As configurações da UC1 (q1), F1 (r1) e F2 (s1) de SBT seguem o mesmo
padrão, com ID = MUL+ORDEM. Observe que aqui as entradas foram
agrupadas por IED, enquanto que no exemplo anterior elas estão por ORDEM.
Não há diferença, desde que se mantenha a regra de formação de ORDEM
sequencial por MUL.

c) Arquivo /etc/hosts

Para cada IED devem ser configurados seus IPs no arquivo /etc/hosts. Observe
que cada MUL/CNF/LSC equivale a uma conexão com um IED (ou um IED
principal e um reserva pra mesma função, conforme entidade ENM). O nome
dos hosts deve ser editado de acordo com a regra:

host_mms_(ID do ENM associado ao IED representado pela


MUL/CNF/LSC) + sufixo "b" para identificar um endereço reserva

Exemplos:

Acima temos a configuração no arquivo /etc/hosts para os IEDs UC1, F1 e F2 de


Mirueira II

Configuração de hosts para Sobral III

Página 75 de III - SAGE


Configuração de hosts para Sobral III

TABELA CNM
Para o protocolo IEC 61850, não é necessária a configuração da tabela CNM.

Página 76 de III - SAGE


6.8 Adicionando um ponto digital IEC 61850
domingo, 27 de novembro de 2016 12:20

Para adicionar um ponto digital no protocolo IEC 61850, siga estas etapas:

1) Descubra o endereço do ponto. Por exemplo, adicionar a atuação da proteção 21


Zona 1, no seguinte endereço:

F1_04P3Protection/DisPDIS1.ST.Op.general

IED Name - é o nome usado na configuração IEC 61850 no IED.

Exemplo no Micom S1 Studio:

Logical Device - é o logical device onde se encontra a função. O logical device não
é restrito pela norma e fica a cargo do fabricante.

No exemplo Alstom, o IED F1 possui os seguintes Logical Devices: Control,


Measurements, Protection, Records e System:

Página 77 de III - SAGE


Logical Node - São as classes que modelam as funções utilizadas. Seus tipos são
padronizados pela norma. O documento IEC61850-7-4 no material do curso
possui a lista de Logical Nodes e suas propriedades. No exemplo acima, o logical
node é do tipo PDIS. "Dis" é um prefixo e "1" é um sufixo colocados pelo
fabricante para indicar a zona 1. Assim, "DisPDIS1" é uma instância do tipo PDIS.

Exemplo no Micom S1 Studio:

Data object - Cada logical node tem um conjunto de objetos, e cada objeto deriva

Página 78 de III - SAGE


Data object - Cada logical node tem um conjunto de objetos, e cada objeto deriva
de um tipo de dados.

No documento IEC61850-7-4, podemos ver que o objeto Op do Logical Node PDIS


é do tipo ACT:

Data attribute - os atributos de objetos dependem do seu tipo e são descritos no


documento IEC61850-7-3. Neste documento, podemos ver os atributos de um
objeto do tipo ACT:

2) Descubra quem é o NV2 configurado para aquisição digital do Logical Device


deste IED.

No exemplo acima, o ponto de atuação de proteção de distância está no Logical


Device Protection. No SAGE, a informação do nome do IED e Logical Device é

Página 79 de III - SAGE


Device Protection. No SAGE, a informação do nome do IED e Logical Device é
configurada na tabela nv1.dat, no campo CONFIG.

Vemos da tabela NV1 acima que o LD Protection do IED F1_04P3 é identificado


como r13. Como se trata de um ponto digital, é preciso haver uma aquisição de
pontos digitais para este NV1 na tabela de nv2.dat:

Página 80 de III - SAGE


QUANDO NÃO HÁ CONFIGURAÇÃO DE NV1/NV2
Caso não haja configuração de aquisição digital deste Logical Device nas tabelas nv1 e/ou nv2, então você deve criar estas
configurações antes de acrescentar o ponto digital em pdf/pds. Neste caso, observe que o campo ORDEM da tabela NV1
deve indicar a ordem daquele Logical Device dentro da árvore XML do IED. Na tabela NV2, o campo ORDEM diz respeito às
entradas vinculadas a um mesmo NV1, obdecendo a seguinte ordem: ADAQ, AAAQ, ATTA, CSIM.

Atenção: caso haja NV1 e/ou NV2 configurado sem pontos físicos vinculados, o SAGE apresentará um erro na ativação do
GCD!

1) Configure a tabela pdf.dat

O endereço 61850 será usado para preencher a entrada da tabela PDF, no campo
ID. É preciso saber, no entanto, detalhes da configuração 61850 no IED:

○ Se o IED permite usar dataset dinâmico (caso da Siemens), o endereço que


utilizaremos é o do DataObject "Op": F1_04P3/Protection/DisPDIS1.ST.Op

○ Se o IED não permite usar dataset dinâmico ou se ele está configurado com
dataset fixo, precisamos saber como o objeto está publicado no dataset:
 F1_04P3/Protection/DisPDIS1.ST.Op

(OU)

 F1_04P3/Protection/DisPDIS1.ST.Op.general

Página 81 de III - SAGE


No primeiro caso, o IED está incluindo no dataset o objeto Op e todos os seus
atributos: general, phA, phB, phC, etc. No segundo caso, o IED está colocando no
dataset apenas o valor do atributo general (do tipo BOOLEAN) do objeto Op. A
forma como o objeto está publicado influencia no modo de configurar o ponto no
SAGE.

OPÇÃO 1: configuração com endereço do tipo F1_


04P3/Protection/DisPDIS1.ST.Op:

ID - colocamos a parte do endereço a partir do logical node, omitindo o IED


Name + Logical Device (no exemplo, F1_04P3Protection). Adicionamos um
prefixo para evitar duplicação de IDs (lembre-se que este campo é a chave da
tabela). Por convenção, usamos o identificador de NV1 que diz respeito a este
logical device. Conforme vimos na tabela NV1 na etapa 2, o LD Protection do IED
F1_04P3 é o r13, daí o prefixo "r13-". Sufixos podem ser adicionados para evitar
conflitos, como no caso de pegar mais de um atributo do mesmo objeto (ver
adiante).

NV2 - colocamos o NV2 configurado para aquisição de PDF do Logical Device.


Como vimos na etapa 2, o NV2 é o r13_ADAQ.

Em geral o NV2 para pontos digitais 61850 será a repetição do NV1 com o sufixo
_ADAQ)

PNT - aqui colocamos o ID da entrada que iremos fazer em PDS (ponto lógico).
Este ID segue o padrão definido pela DEEC/DOMO e mantido na LP Padrão de
Nível 2.

Página 82 de III - SAGE


TPPNT - este ponto físico faz referência a uma aquisição digital, logo ele está
vinculado à tabela PDS, valor que deve ser colocado neste campo.

KCONV - aqui devemos colocar um código definido pelo Cepel para escolher que
atributo queremos dentro do objeto Op, conforme tabela presente no Anexo17
(IEC 61850) do manual de configuração do SAGE:

Conforme vimos na etapa 1, o objeto Op (Operate) do logical node PDIS é do tipo


ACT (atuação de proteção). Objetos do tipo ACT possuem os seguintes atributos
disponíveis:
○ general
○ phsA
○ phsB
○ phsC
○ neut

Como o objeto foi publicado completo (F1_04P3/Protection/DisPDIS1.ST.Op)


estas 5 informações estão disponíveis no dataset. Assim, para escolhermos a
atuação geral (general), vemos na tabela que o KCONV deve ser ACT0 para
objetos do tipo ACT.

IMPORTANTE: Caso quiséssemos pegar a atuação da fase A também, a


configuração seria:

Página 83 de III - SAGE


ID - observe que acrescentamos um sufixo "-phA" ao ID para evitar conflito com o
ID da atuação geral. O SAGE ignora sufixos e prefixos adicionados com "-" a
endereços 61850 no ID, de modo que sempre podemos evitar conflitos na chave.
Por convenção, usamos sufixos que indiquem o tipo de informação que estamos
configurando (daí o "-phA").

KCONV - observe que desta vez usamos o ACT1, conforme a tabela do manual
SAGE.

OPÇÃO 2: Caso o endereço tenha sido publicado completo (até o atributo) no


dataset, a configuração deve ser feita da seguinte forma:

ID - o campo ID especifica o caminho completo, até o atributo desejado.

KCONV - deve ser preenchido com valor NOR, independente do tipo de atributo
selecionado.

4) Configure a tabela pds.dat

Com o ponto físico configurado, inclua uma entrada na tabela de pontos digitais
lógicos pds.dat:

Página 84 de III - SAGE


ID - coloque o tag padronizado pela DEEC/DOMO, o mesmo inserido no campo
PNT da tabela PDF.

NOME - coloque o nome padronizado pela DEEC/DOMO para este tipo de sinal.

OCR - coloque a OCR padronizada pela DEEC/DOMO para este tipo de sinal

ALRIN - selecione NAO se quiser que o ponto suba na lista de alarme

SOEIN - selecione NAO se quiser que o ponto suba no log de eventos

TAC - procure a TAC (terminal de aquisição) configurada para este IED na tabela
tac.dat e insira (ou copie de outro ponto proveniente do mesmo IED). Em geral,
segue-se a convenção do ID de TAC ser o mesmo do CNF (neste caso r1):

TCL - como não vem de um cálculo, selecione NLCL (cálculo nulo)

TPFIL - como o ponto não vem de um filtro, selecione NLFL (filtro nulo)

Página 85 de III - SAGE


6.9 Adicionando um ponto analógico IEC 61850
domingo, 27 de novembro de 2016 12:20

Para adicionar um ponto analógico no protocolo IEC 61850, siga estas etapas:

1) Descubra o endereço do ponto. Por exemplo, adicionar a leitura de corrente fase A do


relé F1, no seguinte endereço:

F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1.MX.A1.phsA

IED Name - é o nome usado na configuração IEC 61850 no IED.

Exemplo no Micom S1 Studio:

Logical Device - é o logical device onde se encontra a função. O logical device não é
restrito pela norma e fica a cargo do fabricante.

No exemplo Alstom, o IED F1 possui os seguintes Logical Devices: Control,


Measurements, Protection, Records e System:

Página 86 de III - SAGE


Logical Node - São as classes que modelam as funções utilizadas. Seus tipos são
padronizados pela norma. O documento IEC61850-7-4 no material do curso possui a lista
de Logical Nodes e suas propriedades. No exemplo acima, o logical node é do tipo
MMXU. "PriFou" é um prefixo e "1" é um sufixo colocados pelo fabricante para indicar o
tipo de medição. Assim, "PriFouMMXU1" é uma instância do tipo MMXU.

Exemplo no Micom S1 Studio:

Data object - Cada logical node tem um conjunto de objetos, e cada objeto deriva de um
tipo de dados.

Página 87 de III - SAGE


No documento IEC61850-7-4, podemos ver que o objeto composto A (corrente) do
Logical Node MMXU é do tipo WYE:

Data attribute - os atributos de objetos dependem do seu tipo e são descritos no


documento IEC61850-7-3. Neste documento, podemos ver os atributos de um objeto do
tipo WYE:

Página 88 de III - SAGE


Observe que phsA não é um atributo (ele está numa seção "Data", e não "Data
Attribute"), e sim ele próprio um objeto, do tipo CMV. Nestes casos, temos um objeto
composto, e precisamos pesquisar no mesmo IEC61850-7-3 as propriedades de um tipo
CMV:

Assim, um objeto phsA (do tipo CMV) possui um atributo cVal (valor complexo sob banda
morta), obrigatório (M - Mandatory na coluna M/O/C), e um atributo instCVal (valor
instantâneo de grandeza complexa), opcional (O). Ambos atributos são definidos como
do tipo Vector.

O tipo Vector, assim como o tipo Quality e outros, está definido na seção 6 "Common
data attribute types", da mesma IEC61850-7-3:

Página 89 de III - SAGE


Logo vemos que os atributos disponíveis de um objeto phsA (CMV) são mag (magnitude)
e ang (ângulo), do tipo AnalogueValue, definido na mesma seção 6:

Assim, o atributo mag, do tipo AnalogueValue, pode ser um i (inteiro do tipo INT32) ou f
(ponto flutuante do tipo FLOAT32), sendo que aqui chegamos no atributo primitivo de
interesse.

Desta forma, se quisermos o valor de magnitude sob banda morta da corrente fase A,
este dado está no endereço completo:

F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1.MX.A1.phsA.cVal.mag.f

Se quisermos o valor do ângulo da corrente da fase A, encontramos no endereço:

F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1.MX.A1.phsA.cVal.ang.f

Aqui dissecamos o caminho completo de um endereço para efeito didático. Como


veremos a seguir, a forma de publicação de um objeto composto influencia nos
parâmetros de configuração deste ponto físico.

1) Descubra quem é o NV2 configurado para aquisição analógica do Logical Device deste
IED.

Página 90 de III - SAGE


No exemplo acima, o ponto de magnitude de corrente fase A sob banda morta está no
Logical Device Measurements. No SAGE, a informação do nome do IED e Logical Device é
configurada na tabela nv1.dat, no campo CONFIG.

Vemos da tabela NV1 acima que o LD Measurements do IED F1_04P3 é identificado como
r12. Como se trata de um ponto analógico, é preciso haver uma aquisição de pontos
analógicos configurada para este NV1 na tabela de nv2.dat:

QUANDO NÃO HÁ CONFIGURAÇÃO DE NV1/NV2


Caso não haja configuração de aquisição digital deste Logical Device nas tabelas nv1 e/ou nv2, então você deve criar estas
configurações antes de acrescentar o ponto digital em pdf/pds. Neste caso, observe que o campo ORDEM da tabela NV1 deve indic ar a
ordem daquele Logical Device dentro da árvore XML do IED. Na tabela NV2, o campo ORDEM diz respeito às entradas vinculadas a um
mesmo NV1, obdecendo a seguinte ordem: ADAQ, AAAQ, ATTA, CSIM.

Atenção: caso haja NV1 e/ou NV2 configurado sem pontos físicos vinculados, o SAGE apresentará um erro na ativação do GCD!

1) Configure a tabela paf.dat

O endereço 61850 será usado para preencher a entrada da tabela PAF, no campo ID. É
preciso saber, no entanto, detalhes da configuração 61850 no IED:

○ Se o IED permite usar dataset dinâmico (caso da Siemens), o endereço que


utilizaremos é o do DataObject composto "A1.phsA":
 F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1$MX$A1$phsA

○ Se o IED não permite usar dataset dinâmico ou se ele está configurado com dataset
fixo, precisamos saber como o objeto está publicado no dataset, com diversos níveis
(nesting levels) de publicação possíveis relativos ao data object A1.phsA, a saber:

i. F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1$MX$A1 (nesting level -1)


Página 91 de III - SAGE
i. F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1$MX$A1 (nesting level -1)
ii. F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1$MX$A1$phsA (nesting level 0)
iii. F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1.MX.A1.phsA.cVal (nesting level +1)
iv. F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1.MX.A1.phsA.cVal.ang (nesting level +2)
v. F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1.MX.A1.phsA.cVal.ang.f (valor primitivo)

Exemplos:

Nesting level 0:

Nesting level -1:

Nesting level +1:

Página 92 de III - SAGE


Valor primitivo:

No primeiro caso, o IED está incluindo no dataset o objeto phsA e todos os seus atributos:
cVal e instCVal (se houver). No segundo caso, o IED está colocando no dataset o objeto
A1 e todos os objetos e atributos contidos: phsA, phsB, phsC, etc. No último caso o valor
exato de interesse (tipo primitivo FLOAT) é publicado.

A forma como o objeto está publicado influencia no modo de configurar o ponto no


SAGE:

OPÇÃO 1: configuração de endereço publicado com nesting level -1, 0, +1 ou +2. O ajuste
de nesting level é feito no KCONV2.

Exemplos de acordo com a publicação:


F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1$MX$A1$phsA (nesting level 0)

Página 93 de III - SAGE


F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1$MX$A1 (nesting level -1)

F1_04P3Measurements/PriFouMMXU1.MX.A1.phsA.cVal (nesting level +1)

ID - colocamos a parte do endereço a partir do logical node, omitindo o IED Name +


Logical Device (no exemplo, F1_04P3Measurements). Adicionamos um prefixo para evitar
duplicação de IDs (lembre-se que este campo é a chave da tabela). Por convenção,
usamos o identificador de NV1 que diz respeito a este logical device. Conforme vimos na
tabela NV1 na etapa 2, o LD Protection do IED F1_04P3 é o r12, daí o prefixo "r12-".
Sufixos podem ser adicionados para evitar conflitos, como no caso de pegar mais de um
atributo do mesmo objeto (ver adiante).

NV2 - colocamos o NV2 configurado para aquisição de PAF do Logical Device. Como vimos
na etapa 2, o NV2 é o r12_AAAQ.

Em geral o NV2 para pontos analógicos 61850 será a repetição do NV1 com o sufixo
_AAAQ)

PNT - aqui colocamos o ID da entrada que iremos fazer em PAS (ponto lógico). Este ID
segue o padrão definido pela DEEC/DOMO e mantido na LP Padrão de Nível 2.

TPPNT - este ponto físico faz referência a uma aquisição digital, logo ele está vinculado à

Página 94 de III - SAGE


TPPNT - este ponto físico faz referência a uma aquisição digital, logo ele está vinculado à
tabela PAS, valor que deve ser colocado neste campo.

KCONV1 - coeficiente de conversão da medida. Valor padrão é 1.0

KCONV2 - Define o nesting level relativo ao objeto simples A.phsA, de acordo com o
modo em que foi publicado no dataset, conforme mencionado anteriormente. Valores
possíveis são -1, 0, +1 e +2.

KCONV3 - aqui devemos colocar um código definido pelo Cepel para escolher que
atributo queremos dentro do objeto A1.phsA, conforme tabela presente no Anexo17 (IEC
61850) do manual de configuração do SAGE:

Conforme vimos na etapa 1, o objeto A.phsA (corrente da fase A) do logical node MMXU
é do tipo CMV (valor de medição complexo). Objetos do tipo CMV possuem os seguintes
atributos disponíveis:
○ cVal.mag
○ cVal.ang
○ instCVal.mag
○ instCVal.ang

Para escolhermos o valor de magnitude sob banda morta, vemos na tabela que o
KCONV3 deve ser CMV0.

IMPORTANTE: Caso quiséssemos pegar o valor do ângulo da corrente da fase A também,


a configuração seria (exemplo com nesting level 0):

ID - observe que acrescentamos um sufixo "-a" ao ID para evitar conflito com o ID da


Página 95 de III - SAGE
ID - observe que acrescentamos um sufixo "-a" ao ID para evitar conflito com o ID da
magnitude. O SAGE ignora sufixos e prefixos adicionados com "-" a endereços 61850 no
ID, de modo que sempre podemos evitar conflitos na chave. Por convenção, usamos
sufixos que indiquem o tipo de informação que estamos configurando ("ângulo").

KCONV3 - observe que desta vez usamos o CMV1, conforme a tabela do manual SAGE.

OPÇÃO 2: Caso o endereço tenha sido publicado completo (até o atributo primitivo do
tipo INT ou FLOAT) no dataset, a configuração deve ser feita da seguinte forma:

ID - o campo ID especifica o caminho completo, até o atributo desejado.

KCONV3 - deve ser preenchido com valor IEEE, independente do tipo de atributo
selecionado.

4) Configure a tabela pas.dat

Com o ponto físico configurado, inclua uma entrada na tabela de pontos analógicos
lógicos pas.dat:

Página 96 de III - SAGE


ID - coloque o tag padronizado pela DEEC/DOMO, o mesmo inserido no campo PNT da
tabela PAF.

NOME - coloque o nome padronizado pela DEEC/DOMO para este tipo de sinal.

OCR - coloque a OCR padronizada pela DEEC/DOMO para este tipo de sinal

ALRIN - selecione NAO se quiser que o ponto suba na lista de alarme

TAC - procure a TAC (terminal de aquisição) configurada para este IED na tabela tac.dat e
insira (ou copie de outro ponto proveniente do mesmo IED). Em geral, segue-se a
convenção do ID de TAC ser o mesmo do CNF (neste caso r1):

TCL - como não vem de um cálculo, selecione NLCL (cálculo nulo)

TPFIL - como o ponto não vem de um filtro, selecione NLFL (filtro nulo)

Página 97 de III - SAGE


6.10 Configurando aquisição DNP via Terminal Server
segunda-feira, 28 de novembro de 2016 22:02

1) Insira o processo dnp3 na tabela pro.dat, caso ainda não exista:

Aqui o processo foi inserido logo após o processo do IEC61850. Ajuste o campo
TINIC para que fique sequencial entre todos os processos.

2) Cadastre o processo nos servidores na tabela inp.dat, caso ainda não exista:

Página 98 de III - SAGE


3) Insira o processo dnp na tabela sxp.dat, caso ainda não exista:

4) Configure uma entrada em LSC

Página 99 de III - SAGE


2) Configure uma entrada na tabela MAP

3) Configure uma entrada em CNF

4) Configure uma entrada em CXU

AQPOL = Tempo em centésimos de segundo para verificação da conexão com a UTR

AQTOT = Tempo em centésimos de segundo para integridade periódica de


totalizadores

INTGR = Tempo em centésimos de segundo para leitura periódica de integridade

AQANL = Tempo em centésimos de segundo para leitura periódica de analógicos

FAILP / FAILR = Tempo em centésimos de segundo em que o enlace principal/reserva


permanece primário até que ocorra um failover programado

Página 100 de III - SAGE


permanece primário até que ocorra um failover programado

NFAIL = Número máximo de tentativas de failover de enlace e de UTR

SFAIL = Tempo máximo para aguardar o sincronismo com a UTR em cada enlace

5) Configure duas entradas na tabela UTR

6) Configure duas entradas na tabela ENU

TDESC = timeout do link


TRANS = número de tentativas após o timeout
VLUTR = para comunicações com terminal server, é o source address em conexões
onde o SAGE é master.

Até aqui configuramos a comunicação com a UTR nas tabelas:

Página 101 de III - SAGE


7) Configure os IPs dos terminal servers 1 e 2 no arquivo /etc/hosts:

8) Configure as portas utilizadas em tsr1 e tsr2 no arquivo tsr.conf da pasta sys


dentro do diretório da base:

$SAGE/config/curso2/sys/tsr.conf

Como a base foi criada a partir da base demo_ems, já há vários dispositivos


configurados. Apague tudo abaixo da linha #cic_arqmon=2.5

Observe que as placas e linhas principal e reserva devem ser iguais às


configuradas no campo CONFIG de CNF.

Página 102 de III - SAGE


configuradas no campo CONFIG de CNF.

9) Antes de começar a adicionar pontos, é preciso configurar os grupos de aquisição


e controle. Comece configurando uma TAC:

10) Crie os grupos de aquisição e controle na tabela NV1:

11) Para cada grupo criado em NV1, crie as entradas necessárias de NV2 (pontos
digitais, analógicos, etc):

Acima configuramos aquisição de pontos digitais simples (ASIM) e pontos

Página 103 de III - SAGE


Acima configuramos aquisição de pontos digitais simples (ASIM) e pontos
analógicos (AANL) no grupo (NV1) ADNP_1, e pontos de controle (CDUP) no
grupo CDNP_2.

Estes pontos serão configurados nas tabelas PDF, PAF e CGF respectivamente,
conforme indica o campo TPPNT em cada entrada.

Para mais informações sobre os tipos de pontos disponíveis no DNP, consulte o


documento SAGE_ManCfg_Anx09_DNP.pdf

Página 104 de III - SAGE


6.11 Adicionando pontos em DNP3
segunda-feira, 28 de novembro de 2016 23:52

1) Configurando pontos digitais

• Obtenha os endereços dos pontos e configure a tabela PDF

Exemplo: configurar o status de 2 chaves e 1 disjuntor da 04P1,


aquisitados por ponto simples nos endereços 101 (chave 1), 102 (chave 2)
e 103 (disjuntor).

A regra de formação do ID é o valor de NV2 + "_" + (endereço DNP)

Observe que o campo ORDEM deve ser idêntico ao endereço configurado


no ID.

O KCONV especifica conversões possíveis no ponto:

Página 105 de III - SAGE


• Faça as configurações lógicas relativas aos pontos físicos na tabela PDS:

Utilize a LP Padrão Chesf para configurar ID, OCR, NOME, ALRIN, SOEIN.
Lembre-se de vincular à TAC criada anteriormente (veja Configurando
uma aquisição DNP via Terminal Server).

Página 106 de III - SAGE


2) Configurando pontos analógicos

• Obtenha os endereços dos pontos e configure a tabela PAF

Exemplo: configurar o MW e MVAR da 04P1 nos endereços DNP 1 e 2. Use


um fator de conversão de 0.1

• Configure os pontos lógicos equivalentes em PAS:

Página 107 de III - SAGE


3) Configurando pontos de controle

• Obtenha o endereço e tipo do comando para configurar o CGF. Exemplo:


configurar comando do disjuntor 14P1 no endereço 50.

• Configure o ponto lógico correspondente em CGS:

Observe os atributos definidos na LP Padrão Chesf.


Página 108 de III - SAGE
Observe os atributos definidos na LP Padrão Chesf.

Página 109 de III - SAGE


6.12 Configuração da interface gráfica
terça-feira, 29 de novembro de 2016 16:08

1) Copie os arquivos SigPaleta.dat, SigFontes.dat e SigComportamento.dat


padrão Chesf para o diretório ihm de sua base

O diretório ihm de sua base pode ser alcançado rapidamente usando o


atalho:

cd $IHM

Você pode copiar os arquivos padrão Chesf do diretório ihm de uma base
existente.

• SigPaleta.dat

O arquivo SigPaleta é um arquivo texto que possui configurações de cores


para serem usadas na construção das telas. A Chesf possui um arquivo
SigPaleta customizado para seu padrão de cores. Ex.:

Página 110 de III - SAGE


2) Abra o SigDraw para iniciar a criação de uma tela

• Vá em Tela > Formatar Tela e configure a "Cor de fundo da tela" para


COR_FUNDO_TELA

• Insira um objeto "Barra" na tela. Use CTRL enquanto desenha para que
fique reta. Após desenhar, selecione a mesma, clique em CTRL+A, e
configure sua Cor de Frente para COR_230kVca:

• Adicione um objeto disjuntor e as duas chaves. Use CTRL+R para girar as


chaves até ficar na posição desejada:

Página 111 de III - SAGE


Selecione a chave de linha, abra as propriedades (CTRL+A) e inverta a
posição dela clicando em "Mais..."

• Adicione um objeto de "Terminação" e conecte a barra, as chaves,


disjuntor e terminação utilizando "Junção Ortogonal"

Página 112 de III - SAGE


Rotacione objetos se preciso. Também é possível alinhá-los: antes de
conectar com a junção, clique e arraste para selecionar as chaves,
disjuntor e terminação, depois vá em Objeto > Alinhar (ou CTRL+L) e
alinhe no eixo horizontal.

Após fazer as conexões, abra as propriedades de cada conexão e da


terminação e selecione a cor padrão de 230 kV. Diminua a espessura da
terminação para 1.

• Faça a ligação dos objetos chave e disjuntor aos pontos digitais lógicos
(PDS) da 04P1 inseridos durante o exercício da UTR.

Página 113 de III - SAGE


O ID do ponto lógico relacionado ao objeto deve ser inserido no campo
"Ligação com o banco de dados" da janela de propriedades do objeto.

• Adicione textos descritivos:

Para os nomes dos objetos, use a fonte FONTE_IDENT_4


Para o título da linha, use a FONTE_IDENT_2
Para o título da tela, use a FONTE_TITULO_NEGRITO e
COR_TITULO_INSTALACAO

É possível dar um efeito de sombra aos textos:

Página 114 de III - SAGE


Para isso, adicione uma camada no menu Vista > Nova Camada. Dê o
nome de "Sombra" a esta camada e selecione a opção "Objetos na cor da
camada", na cor "PRETO":

Camadas funcionam para organizar objetos na tela, os objetos nas


camadas superiores ficam por cima dos objetos nas camadas inferiores. É
possível alterar a ordem das camadas, e bloquear ou tornar uma camada
invisível, como no AutoCad (vá no menu Vista > Alterar camadas para
gerenciar camadas).

Página 115 de III - SAGE


Para dar um efeito de sombra a um texto, selecione sua cor de Fundo
como PRETO e o coloque na camada Sombra criada:

Para poupar tempo, faça isso no primeiro objeto de texto e depois copie o
mesmo usando CTRL+C, colando com INSERT, e editando seu texto.

3) Salve a tela e configure a mesma para ser a tela inicial

• Remova o zoom clicando no botão "Sem zoom"

Página 116 de III - SAGE


• Salve a tela como BAY_04P1

• Para tornar esta a tela inicial ao se abrir o aplicativo Telas, vá no diretório


$IHM e edite o arquivo sage.mem, inserindo o nome da tela:

Página 117 de III - SAGE


• Abra o aplicativo Telas da base e observe se sua tela está OK. Se preciso,
use CTRL+L para atualizar o link dos objetos com o banco de dados:

4) Adicione os botões de atalho

• Copie o arquivo VTelasBotoes.led da pasta ihm da base de SBT para a


pasta ihm de sua base
• Edite o arquivo no gvim de modo a deixar um botão para a sua tela e um
para reconhecimento de alarme:

Página 118 de III - SAGE


5) Adicione na tela um ponto de alarme de Falha de Disjuntor do vão 04P3.
Este ponto deve seguir o padrão da DOMO: vermelho impeditivo, com
borda piscando enquanto não for reconhecido.

• Adicione um objeto Retângulo na tela e edite suas propriedades para


Contorno VERMELHO e Preenchimento BRANCO.

• Faça a ligação com o banco de dados no ponto digital relativo à atuação


de falha de disjuntor inserido anteriormente:

O valor a1_flags@bit0 significa que estamos atrelando a animação do


objeto retângulo ao bit 0 do atributo a1_flags do ponto PDS
SBT:04P3:F1:FLDI. O bit 0 significa o estado considerado do ponto digital.

Página 119 de III - SAGE


SBT:04P3:F1:FLDI. O bit 0 significa o estado considerado do ponto digital.
Os valores possíveis do atributo a1_flags podem ser encontrados no
manual de Administração do SAGE:

a1_flags para PDS:

a1_flags para PAS:

Página 120 de III - SAGE


a1_flags para CGS:

a1_flags para PTS:

Página 121 de III - SAGE


• Adicione duas enumerações de cor para preenchimento. Para o estado 0
configure a COR_FUNDO_TELA, para o estado 1 configure VERMELHO. Isso
fará o retângulo ficar preenchido de vermelho quando o estado
considerado do ponto SBT:04P3:F1:FLDI estiver em 1:

• Adicione uma borda ao redor do retângulo de alarme. Esta borda deve


aparecer e ficar piscando enquanto o alarme não for reconhecido.
Coloque outro objeto de retângulo e redimensione de forma que fique um
pouco maior que o original:

Página 122 de III - SAGE


Edite as propriedades de forma que a cor de Preenchimento seja
<Nenhuma> e a cor de Contorno seja BRANCO. Faça a ligação com o
banco de dados da seguinte forma:

Observe que desta vez pegamos o bit 7 de a1_flags relativo ao mesmo


ponto FLDI. Olhando na tabela de a1_flags para PDS, vemos que o bit 7 é o
"Evento de alarme não reconhecido". Desta forma este objeto será
animado enquanto o alarme não for reconhecido pelo operador (bit7 em
1).

Acrescente duas enumerações de cor de contorno e selecione


<Nenhuma> para o estado 0 e COR_ANOT_URG para o estado 1 :

Página 123 de III - SAGE


• Adicione um * no centro do quadrado para indicar que se trata de um
alarme impeditivo e coloque um texto descritivo:

• Salve e visualize no aplicativo Telas

6) Adicione as medições de potência ativa e reativa da 04P1 inseridas


anteriormente no PAS.

• Adicione 2 objetos medidas :

Página 124 de III - SAGE


• Edite as propriedades vinculando o objeto ao ponto PAS:

Observe a string ",unid=Mw" no nome do objeto. O SAGE insere a unidade


automaticamente após o valor na tela.

Edite o número de casas decimais e coloque a FONTE_MEDIDA clicando


em "Mais...":

• Salve as alterações e visualize no aplicativo Telas

7) Copie o arquivo sim_utr para a pasta simul da sua base e rode a simulação

Página 125 de III - SAGE


7) Copie o arquivo sim_utr para a pasta simul da sua base e rode a simulação
dos pontos com o comando:

>sim-tr sim_utr srv1 0 usaMm

Detalhes sobre a ferramenta de simulação SIM-TR encontram-se no


Manual de Administração do SAGE.

Página 126 de III - SAGE


6.13 Configurando a comunicação entre o SAGE no Virtual
Box e Windows
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016 11:10

Em diversos momentos é desejável que o seu SAGE rodando no VirtualBox


tenha comunicação com o mundo externo através da interface de rede.
Cenários possíveis são:

1) Você quer testar uma base no seu laptop com IEDs reais conectados a
uma rede de TAF ou da Subestação;
2) Você quer simular um IED no seu Windows e fazer com que o SAGE se
conecte a este simulador
3) Seu Windows está usando IP dinâmico (DHCP) e você quer que a rede do
SAGE no VirtualBox funcione (para acessar a internet ou um servidor
remoto, por exemplo)

Segue a configuração para cada cenário:

1) Neste cenário temos que o notebook estará se conectando a uma rede de


IP fixo, seja de uma plataforma em TAF, seja da SE.

• Reserve dois IPs da faixa de rede usada para uso: um será utilizado pela
interface de rede do Windows, e outro pelo SAGE rodando no Virtual Box.
Obviamente você deve escolher IPs disponíveis para evitar conflito com
dispositivos existentes. Você pode usar um scanner de IP como o Angry
Scanner (disponível no material do curso) para escolher IPs livres.
• Supondo que os IPs 192.168.110.100 e 192.168.110.101 estejam livres,
iremos usá-los no Windows e no SAGE respectivamente.
• Configure o IP 192.168.110.100 na interface do Windows usada para se
conectar à rede do TAF/Subestação. Pode ser uma placa física ou WiFi,
desde que esteja conectada à rede existente:
○ Clique em Propriedades na interface usada
○ Certifique-se de que a opção "VirtualBox NDIS6 Bridged Networking
Driver" esteja habilitada:

Página 127 de III - SAGE


○ Configure o IP 192.168.110.100 com máscara 255.255.255.0 na opção
"Protocolo TCP/IP Versão 4":

• Se houver algum proxy configurado no Windows, desative: vá em


Opções da Internet > Conexões > Configurações de LAN e desmarque
o Servidor Proxy:

Página 128 de III - SAGE


• Com a máquina virtual desligada e selecionada no VirtualBox, vá em
Configurações > Rede e configure de acordo c om a figura abaixo:

Observe que em "Nome" você deve selecionar a placa que foi configurada
no Windows.

• Inicie o SAGE e configure a rede com o comando neat. Configure a placa


eth0 com o IP 192.168.110.101, máscara 255.255.255.0

Página 129 de III - SAGE


Observe que talvez seja preciso alterar a tabela noh.dat e o arquivo
/etc/hosts para conseguir ativar o GCD.

• Reinicialize os serviços de rede:


• >su
• Senha: root root
• #service network restart
• #exit

• Teste a conexão com o Windows:


• >ping 192.168.110.100

• Se tudo deu certo, seu SAGE agora consegue pingar o Windows e


qualquer dispositivo da rede 192.168.110.0, sendo possível ativa o GCD e
conectar aos IEDs configurados em /etc/hosts

2) Neste cenário você quer conectividade apenas entre o SAGE e seu


Windows, para testar conexão a um IED simulado, de forma isolada de
redes existentes.

• Obtenha o IP do IED que será simulado. É possível descobrir o IP no


arquivo CID. Usando um editor de XML o IP está na seção
Communications > SubNetwork > ConnectedAP > Address:

Página 130 de III - SAGE


No nosso exemplo, o IED está configurado com o endereço
192.168.200.82. Você pode alterar este endereço manualmente editando
o XML.

Escolha dois endereços da mesma rede do IED (192.168.200.0) que serão


configurados no Windows e no SAGE. Neste exemplo, vamos usar
192.168.200.100 e 192.168.200.101 respectivamente.

• No Windows, configure a sua interface VirtualBox Host-Only Network com


o endereço IP escolhido (192.168.200.100). A interface VirtualBox Host-
Only foi criada durante a instalação do VirtualBox, se não há no seu
Windows reinstale.

Página 131 de III - SAGE


• Com a máquina virtual desligada e selecionada no VirtualBox, vá em
Configurações > Rede e selecione "Placa de rede exclusiva de hospedeiro"
conforme abaixo:

• Inicie o SAGE e configure a rede com o comando neat. Configure a placa


eth0 com o IP 192.168.200.101, máscara 255.255.255.0

Página 132 de III - SAGE


Talvez seja preciso ajustar o IP no arquivo noh.dat e /etc/hosts para
conseguir ativar o GCD com sucesso.

• Reinicialize os serviços de rede:


• >su
• Senha: root root
• #service network restart
• #exit

• Teste a conexão com o Windows:


• >ping 192.168.200.100

• Se tudo deu certo, seu SAGE agora consegue pingar o Windows e


qualquer dispositivo da rede 192.168.200.0 simulado no mesmo. Para um
roteiro de como simular IEDs, veja Simulando IEDs com o SCL Viewer.

3) Neste cenário, você está usando IP dinâmico no seu Windows (na rede
Chesf, por exemplo) e quer que a máquina virtual SAGE consiga acessar a
rede corporativa, para fazer um acesso remoto, por exemplo.

• Configure sua interface de rede para DHCP conforme sua rede


corporativa:

• Clique em Propriedades na interface usada


• Certifique-se de que a opção "VirtualBox NDIS6 Bridged Networking
Driver" esteja habilitada:

Página 133 de III - SAGE


• Configure para obter o IP dinamicamente:

• Com a máquina virtual desligada e selecionada no VirtualBox, vá em


Configurações > Rede e selecione "NAT" conforme abaixo:

Página 134 de III - SAGE


• Inicie o SAGE e configure a rede com o comando neat. Configure a placa
eth0 para obter o IP dinamicamente:

• Reinicialize os serviços de rede:


• >su
• Senha: root root
• #service network restart
• #exit
• Se tudo deu certo, deve ser possível pingar seu Windows e outros
computadores da rede corporativa.
• Se você está usando proxy, é preciso configurar o mesmo no SAGE para
ter acesso à Internet. Inicie o Firefox:

Página 135 de III - SAGE


ter acesso à Internet. Inicie o Firefox:

No Firefox, vá em Editar > Preferências, aba Rede e Configurar conexão....


Adicione as configurações proxy manualmente:

Página 136 de III - SAGE


6.14 Simulando IEDs com o SCL Viewer
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016 17:08

Com o aplicativo SCL Viewer é possível carregar CID ou SCD com configurações
do IED e simular o envio de reports MMS ao SAGE assim como mensagens
GOOSE na rede.

Para comunicação com o SAGE rodando numa máquina VirtualBox, primeiro é


preciso configurar a rede do Windows e da máquina Virtual para permitir a
comunicação, neste roteiro.

• Execute o SCL Viewer como Administrador. Clique com o botão direito


sobre o ícone do programa e selecione Executar como administrador:

• No SCL Viewer, vá em File > Open SCL e selecione o CID ou SCD do IED ou
conjunto de IEDs:

Página 137 de III - SAGE


• Selecione a aba IED Simulation e na barra de ferramentas superior
selecione a interface de rede que deseja utilizar para a comunicação:

Neste exemplo estamos usando uma máquina virtal SAGE para conectar
ao IED, logo a interface utilizada foi a VirtualBox Host-Only, conforme
roteiro anterior. Se quiséssemos simular o IED numa rede real,
poderíamos escolher a placa de rede do notebook.

IMPORTANTE: O SCL Viwer pode simular toda a comunicação 61850 de


um IED, incluindo mensagens GOOSE. Caso você simule numa rede real,
muito cuidado para que os GOOSE simulados não causem consequências
indesejadas.

• Selecione na árvore o IED que você quer simular e clique em Start server:

Página 138 de III - SAGE


• Selecione na árvore o IED que você quer simular e clique em Start server:

Observe que o SCL mostra entre parênteses o IP do IED simulado. Este IP


pode ser alterado editando-se o XML. O Windows e a máquina virtual
SAGE devem estar na mesma rede para que a comunicação funcione.

Ao ativar a simulação, a seguinte tela se abre, com o servidor MMS


simulado do IED:

• Teste que a simulação está operacional dando ping dentro de sua


máquina virtual SAGE para o IP do IED:

>ping 192.168.200.82

• Com a base do SAGE configurada para conectar-se ao IED, ative o GCD do


SAGE e monitore pelo slog:

Página 139 de III - SAGE


SAGE e monitore pelo slog:

>slog
>ativa gcd

Após a ativação dos ControlBlocks, a comunicação está operacional e o


SAGE deve passar a receber espontaneamente InformationReports com
updates de status das variáveis que recebe.

• Simule os pontos que deseja alterando os valores dos objetos do IED


dentro do SCL Viewer. No exemplo a seguir, vamos simular a atuação da
proteção de distância zona 1:
○ Navegue pela árvore até o Data Object (DO) desejado. O Logical Node
da proteção de distância zona 1 está dentro do Logical Device
Protection, com o nome DisPDIS1. Estamos interessados na atuação,
ou seja, objeto Op (operate):

○ Ao selecionar o DO Op, a tela à direita mostra seus atributos.


Selecione o valor True para os atributos general, phsA, phsB, phsC e
neut, apertando Enter no teclado após cada seleção para registrar o
novo estado (o registro aparece no log abaixo da seção dos
atributos):
Página 140 de III - SAGE
atributos):

○ Após o selecionar todos os valores desejados, clique em Update DO


para que o IED envie as mensagens pertinentes. Se este objeto
estiver em um dataset publicado em GOOSE, a mensagem GOOSE
relacionada será enviada na rede. Se este objeto estiver em dataset
publicado em Report, uma mensagem MMS será enviada para o
cliente conectado (SAGE). O log registra o envio das mensagens:

O SAGE deve receber a alteração de status no visor de alarmes:

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O SCL Viewer é uma excelente ferramenta para testes de base e de
comunicação GOOSE. Algumas funcionalidades interessantes:

• Rápida visualização de datasets e reports: Na aba Dataset view é possível


ver todos os datasets configurados, assim como os Reports Control Blocks
e GOOSE Control Blocks configurados. Ao selecionar um dataset o SCL
Viewer mostra na tela ao lado a lista de sinais que ele contém.

Da mesma forma, clicando em Reports, é possível ver sua configuração.

Página 142 de III - SAGE


• É possível criar cenários contendo diversas atuações de pontos para rodar
em sequência. A configuração dos pontos é feita em arquivo CSV, cuja
sintaxe pode ser vista no Manual de Usuário, acessível na pasta de
instalação do programa:

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7. Exercícios
terça-feira, 8 de novembro de 2016 21:51

MANIPULANDO ATRIBUTOS DE PONTOS

• Os pontos de sobretensão temporizado e instantâneo estão subindo trocado para


o F1 e F2. Inverter os pontos na base.
• Checar porque a partida de religamento automático não está subindo para a lista
de alarme e corrigir.

ADICIONANDO PONTOS

• Acrescente a atuação das fases A, B e C do sobrecorrente instantâneo.


• Adicione o ponto falha de disjuntor do F1 no seguinte endereço:

CONFIGURAÇÃO DE ANALÓGICO

• Observe a configuração física das medições de tensão e corrente da 04P3.


Verifique o endereço 61850 dos pontos e confira seu KCONV3 com o que o
manual do SAGE especifica.
○ Abra o SCD da UC1 no FOX editor e procure o Dataset que publica estes
pontos, dentro do Logical Device Measurements. Qual a relação com o
KCONV2? Compare com as configurações do endereço e KCONV2 para
potência ativa e reativa.

FILTROS

• Verifique se o Trip Line Check (Switch Onto Fault) está no agrupamento ONS3
(filtro composto), caso contrário insira o ponto

CÁLCULOS

• Cheque o ponto calculado IATVD do disjuntor, se a lógica está correta. Este ponto
é usado para intertravar os comandos de N3, e deve ser 1 para qualquer uma das
seguintes condições: o intertravamento do disjuntor, ou a seleção de comando da
SE em N2
• Crie um ponto calculado para F1 usando os pontos de Falha de Canal de
Teleproteção 1 e 2 (PFC1 e PFC2). O ponto deve ter as seguintes características:
○ ID: SBT:04P3:F1:TEBL
○ Nome: "Teleproteção Bloqueada"
OCR: Urgente

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○ OCR: Urgente
○ Marcado para Alarme e SOE
○ Deve atuar quando houver falha dos dois canais (PFC1 e PFC2)

DISTRIBUIÇÃO

• Distribua o ponto criado TEBL anteriormente com o seguinte ID:


○ SBT:04P3:F1:TEBL_D
○ Escolha um endereço DNP3

MANIPULAÇÃO EM MASSA

• Troque o código da LT de 04P3 para 04C3

EXTRA

• Habilite a base de MID


• Verifique se há valores de banda morta configurados nos pontos analógicos, e
zere os mesmos

Página 146 de III - SAGE


8. Dicas
domingo, 16 de outubro de 2016 11:21

• Como adicionar rapidamente um include a um arquivo:

Caso seja necessário adicionar o include para a pasta 04F1 a um arquivo


pds, por exemplo, é possível fazer isso via linha de comando:

echo '#include 04F1/pds.dat' | cat - pds.dat > temp && mv temp


pds.dat

• Como concatenar dois dats:

Caso seja necessário juntar dois dats num único dat, é possível fazer
rapidamente via linha de comando. Exemplo: você quer anexar o
conteúdo do arquivo pds_d.dat ao pds.dat:

cat pds_d.dat >> pds.dat

Ou é possível criar um arquivo novo com a soma dos dois:

cat pds.dat pds_d.dat > novo_pds.dat

Página 147 de III - SAGE

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