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Carlos A. Castro
DSE/FEEC/UNICAMP
Pm Pe
água Máquina
Turbina Síncrona
vapor (Alternador)
Gerador ∼
Pg , Q g
Transformador
Barramento da usina
modelo
Exemplo
Lado inversor de um link CC consome muita potência reativa →
conecta-se um compensador sı́ncrono:
CA CC CA
Retificador Inversor Q
Condensador
sı́ncrono
Caracterı́sticas operacionais/econômicas:
150000 kvar
13800 V 900 rpm
6275 A
1
Fotos gentilmente cedidas por Daniel da Conceição Pinheiro
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 9 / 246
1. Introdução
Exercı́cio proposto
Verifique a relação entre potência reativa, tensão e corrente de armadura
mostrada nos dados de placa do CS de Vila do Conde, Pará.
a
rotor (polos salientes)
c′
enrolamento de campo b′
eixo fase a
gap (entreferro)
b
If
c armadura (estator)
a′
eixo fase c
Estator de um hidrogerador
Rotor de um hidrogerador
N N
S S
S N
Exemplo
O sistema de geração da usina de Itaipu é composto por conjuntos turbina
Francis/gerador com velocidade de 92,3 rpm a 60 Hz (lado brasileiro) e
90,9 rpm a 50 Hz (lado paraguaio). Determine o número de polos das
máquinas.
A expressão que relaciona o número de polos (p), a velocidade em rpm (n) e a
frequência da tensão gerada em Hertz (f ) é:
120 f
p=
n
Os respectivos números de polos são:
120 · 60
pBr = = 78 polos → lado brasileiro
92,3
120 · 50
pPa = = 66 polos → lado paraguaio
90,9
Exercı́cio
Exercı́cios propostos
Excitação de campo:
eixo
Piloto
Gerador CC
Gerador Sı́ncrono
Turbina
campo
campo gcc
GS GS controle GCC campo
GS
GS
manual + reostato
CC
Controle
Controle eletrônico Eletro-mecânico
fonte
c.c.
If
campo
armadura
acionamento
GS
n
fonte
c.c.
If
Ia
campo
armadura
acionamento carga
GS
n
Pm Pe
das perdas
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 27 / 246
2.1. Modelos das máquinas sı́ncronas – MS de polos lisos – em vazio
eixo do estator
θ=0
eixo do rotor
θ = ω t0
rotor
φa
φM
a a′
estator
θ = ωt
H B
φ eixo do estator
φM θ=0
φa eixo do rotor
θ = ω t0
rotor
ω t0 θ φa
φM
a a′
estator
eixo do rotor
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 31 / 246
2.1. Modelos das máquinas sı́ncronas – MS de polos lisos – em vazio
φa (θ) = φM cos θ
φa (t) = φM cos ωt
d
ef (t) = −N φa (t)
dt
fluxo disperso
ef (t) = Vp sen ωt
φf (t) ef (t)
Ef
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 35 / 246
2.1. Modelos das máquinas sı́ncronas – MS de polos lisos – sob carga
Considere o instante ωt = 0:
a
Fp Fp
Fa = Fp Fb = − Fc = − c′ b′
2 2
Fc Fa
Fra
A força magnetomotriz resultante é: Fb
3 c
Fra = Fp b
2
a′
A força magnetomotriz total (resultante das três fmm das fases) é:
3
Fra (t) = Fp cos (ωt)
2
fonte
c.c.
If
Ia
campo
armadura
carga
acionamento
GS indutiva
n
Pm Pe
Φra
Φf
A corrente de carga Ia pro-
duz um campo de reação Ef
de armadura Φra (em fase)
Ia
Φra
Φf
Φra induz uma tensão Era
(atrasada de 90◦ ) Ef
Era
Ia
Φra
Φf Φt
A soma de Φf e Φra resulta
no campo total de entre- Ef
ferro Φt Era
Ia
Φra
Φf Φt
A soma de Ef e Era resulta
na tensão terminal do ge- Ef
rador Et Era
Et
Ia
armadura
Ef
Era
Et = Ef + Era Et
Ia
Verifica-se que:
A corrente de armadura Ia está em fase com o fluxo Φra , logo, está
adiantada de 90◦ em relação à tensão Era
Ou, Ia está atrasada de 90◦ em relação −Era :
−Era
Era Ia
Assim:
Et = Ef − (−Era )
= Ef − j xra Ia
perdas
Ia Ia
ra xℓ xra ra xs
+ xs + + +
∼ Ef Et ∼ Ef Et
− − − −
Ef
Et = Ef − (ra + j xs ) · Ia
δ
jxs Ia
ϕ Et Vt = Vf ∠δ − (ra + j xs ) · Ia ∠ − ϕ
ra Ia
Ia
Exercı́cios propostos
(2) , (3)
If
eixo de quadratura q
Equação básica: Ef = Et + ra Ia + j xd Id + j xq Iq
Iq Eq Ef
q
Diagrama
δ
fasorial:
ϕ
jxq Iq
Et
Ed
ra Ia
Id
Ia
jxd Id
Exercı́cios propostos
(4) , (11)
Ef
δ jxs Ia
ϕ Et ra Ia
Ia
Et = Ef − (ra + jxs ) Ia
= Ef − ra Ia − jxs Ia
Vt ∠0 = Vf ∠δ − ra Ia ∠ (−ϕ) − xs Ia ∠ (90◦ − ϕ)
= Vf cos δ + jVf sen δ − ra Ia cos ϕ + jra Ia sen ϕ − (1)
◦ ◦
xs Ia cos (90 − ϕ) − jxs Ia sen (90 − ϕ)
Ia
Vt Vf ∼ Pg , Q g
Vt Ia cos ϕ = P = sen δ
xs
Et
Pmax
Vt Vf
P= sen δ
xs
Vt Vf
Pmax =
xs
δlim = 90◦
(*) Vt , Vf e xs constantes
90◦ δ
Exercı́cios propostos
(9) , (10)
Vt Vf V2 Vt
Q= cos δ − t = (Vf cos δ − Vt )
xs xs xs
Exemplo
Obtenha as curvas [P × δ] e [Q × δ] de um gerador sı́ncrono para:
Vf = 1,2 pu, Vt = 1,0 pu e xs = 1,0 pu. A resistência de armadura do
gerador é desprezada.
Pmax P
0 90 180
δ [◦ ]
Exemplo
A potência ativa máxima (para δ = 90◦ ) é:
Vf Vt
Pmax = = 1,2 pu
xs
A potência reativa é nula para:
Vf cos δ − Vt = 0 δ = 33,6◦
Note que:
Exercı́cios propostos
(6) , (16)
Iq Eq Ef
δ
ϕ
jxq Iq
Et
Ed jxd Id
Id
Ia
ℜ
Em termos fasoriais:
Ia = Id + Iq
Logo:
ℜ{Ia } = ℜ{Id } + ℜ{Iq }
ou seja, trabalha-se aqui com as projeções das correntes no eixo real.
De acordo com o diagrama:
Ia cos ϕ = Id sen δ + Iq cos δ (2)
Vt sen δ = xq Iq
Vf − Vt cos δ = xd Id
ou:
Vt
Iq = sen δ
xq
Vf Vt
Id = − cos δ
xd xd
Vf Vt Vt
Ia cos ϕ = sen δ − cos δ sen δ + sen δ cos δ (×Vt )
xd xd xq
Vt Vf V2 V2
Vt Ia cos ϕ = sen δ − t cos δ sen δ + t sen δ cos δ
| {z } xd xd xq
P
Vt Vf 1 1
P= sen δ + Vt2 − sen δ cos δ
xd xq xd
Vt Vf xd − xq 1
= sen δ + Vt2 sen 2δ
xd xd xq 2
Finalmente:
Vt Vf V2 xd − xq
P= sen δ + t sen 2δ
x 2 xd xq
| d {z } | {z }
polos lisos saliência
k1 sen δ + k2 sen 2δ
Pmax
k1 sen δ
δ
limite estático de
estabilidade (< 90◦ )
k2 sen 2δ
Vt Vf cos2 δ sen 2 δ
Q= cos δ − Vt2 +
xd xd xq
Exemplo
Obtenha as curvas [P × δ] e [Q × δ] de um gerador sı́ncrono para:
Vf = 1,2 pu, Vt = 1,0 pu, xd = 1,0 pu e xq = 0,7 pu. A resistência de
armadura do gerador é desprezada.
Pmax P
0 90 180
δ [◦ ]
Exercı́cios propostos
(12)
G
SISTEMA
∼ ELÉTRICO
barramento
infinito
xs
+ Ia +
If ∼ Ef Et constante
− −
Ef
jxs Ia
δ carga indutiva
Et
Ia
Ef
jxs Ia
Ia
δ carga capacitiva
Et
Pmax
90◦ δ
δ pequeno
Equações completas
ANTES DEPOIS
Vt Vf Vt Vf
Pg0 = sen δ 0 Pg = Pg0 + ∆Pg = sen δ 0 + ∆δ
xs xs
| {z }
const.
→ Pg varia → δ varia
Vt Vf V2 Vt Vf V2
Qg0 = cos δ 0 − t Qg = Qg0 + ∆Qg = cos δ 0 + ∆δ − t
xs xs xs xs
→ Pg varia → δ varia → Qg varia
Equações simplificadas
ANTES DEPOIS
Vt Vf 0 Vt Vf 0
Pg0 = δ Pg = Pg0 + ∆Pg = δ + ∆δ
xs xs
→ Pg varia → δ varia
Vt Vf V2 Vt Vf V2
Qg0 = − t Qg = Qg0 + ∆Qg = − t → ∆Qg = 0
xs xs xs xs
→ Pg varia → δ varia → Qg não varia!
Vt Vf V2
Qg = cos δ − t
xs xs
Vt
= · (Vf cos δ − Vt )
xs | {z }
(pode ser > 0 ou < 0)
jxs Ia
δ
ϕ Et
Ia
Ef
jxs Ia
Ia
ϕ δ
Et
Ef
jxs Ia
δ
Ia Et
Equações completas
ANTES DEPOIS
Vt Vf0 Vt Vf0 + ∆Vf
Pg0 = sen δ 0 Pg0
= sen δ 0 + ∆δ
xs xs
→ como não se alterou o
→ conjugado → Pg constante
Exercı́cios propostos
Regulação terciária
Reserva de prontidão (backup) → disponı́vel de 30 a 60 minutos
Interrupção de carga
Automática (ERAC) ou voluntária (ofertas de redução de demandas)
Caracterı́stica de regulação:
∆P1 R2
=
∆P2 R1
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 107 / 246
4.3.3. Controles das máquinas sı́ncronas – Controle de frequência – Controle em droop
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000
000
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000
111
000
111
P = Vt Ia cos δ = constante
→ Ia cos δ = constante
De outra forma:
Vt Ef
P= sen δ = constante
Xs
→ Ef sen δ = constante
Graficamente tem-se:
Área de
operação
Curva de capacidade tı́pica: normal
capacitivo indutivo
S2
S′
S
capacitivo indutivo
(*) M. Dolinar, M. Pantos, D. Dolinar, Voltage security constrained minimization of power losses in an electric power system,
The International Journal for Computation and Mathematics in Electrical and Electronic Engineering, 2009.
Fatores gerais:
Fatores especı́ficos:
Ef′ > Ef
Efmax Ef1
Ef2
Ef3
Iamax
ϕ1 Et
ϕ3ϕ2 Ia1
Ia2
Ia3
D C
B
φ
F
G O A Q (ind)
AB – Limitação por If
BC – Limitação por Ia
CD – Limitação pela máquina primária
DE – Limitação por Ia
EF – Limitação por estabilidade
FG – Limitação por excitação mı́nima
Ef = Et + jxs Ia
Ef
xs Ia
δ Et
O′ O
ϕ
Ia
Considere que:
Ef A
xs Ia
δ Et
O′ C O B
ϕ
Ia
Ef A
xs Ia
δ Et
O′ C O D B
ϕ
Ia
Ef A
xs Ia
δ Et
O′ C O D B
ϕ
Ia
Vt
Ef = Et + jxs Ia ×
xs
Vt Ef Vt Et
= + jIa Vt
xs xs
Vt Vf
A
P xs
Vt Ia
δ
O′ C Vt2 O Q D B Q (ind)
ϕ
xs
Ia
Vt Vf
, para δ = 90◦
xs
Vt Vf
A
P xs
Vt Ia
δ
O′ C Vt2 O Q D B Q (ind)
ϕ
xs
Ia
A
Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦
xs
E
Vt Ia
ϕ
δ
C O′ Vt2 O D B Q (ind)
ϕ
xs
Ia
S
0,1Pn S′ P
A
Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦
xs
E
Vt Ia
ϕ
δ
C O′ Vt2 O D B Q (ind)
ϕ
xs
Ia
A
N Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦
xs
E
Vt Ia
ϕ
δ
C O′ F Vt2 O D B Q (ind)
ϕ
xs
Ia
A
Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦ N
xs
E
Vt Ia
δmax
ϕ
δ
C O′ F Vt2 O D B Q (ind)
ϕ
xs
Ia
Vt Vfmin
P min =
xs
A
N Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦
xs
E
Vt Ia
ϕ
F
δ
C O′ G O D B Q (ind)
ϕ Vt2
xs
Ia
D C
B
φ
F
G O A Q (ind)
Exemplo
Trace o diagrama de capacidade de uma máquina sı́ncrona para as
condições indicadas a seguir.
Exemplo
A corrente nominal da máquina é:
S
Ia = = 1,11 pu
Vt
Da equação da máquina sı́ncrona tem-se:
Vt Vt
Ef = Et + jVt Ia
xs xs
1,0 1,0
· 2,6 ∠δ = · 1,0 ∠0◦ + |∠90 ◦
{z } ·1,0 · 1,11 ∠ − ϕ (Et – ref. angular)
1,67 1,67
j
Exemplo
Os três termos da equação anterior formam o triângulo que compõem o
diagrama fasorial do gerador
δ = 33,75◦
ϕ = 38,81◦
Exemplo
Sequência para o traçado do diagrama de capacidade:
O′ Vt2 /xs O
Exemplo
C O′ Vt2 /xs O D B
Exemplo
3 Traçar os eixos P e Q
Os cı́rculos traçados no passo 2 correspondem aos lugares
geométricos para Vfmax (perdas ferro) e Iamax (perdas cobre), e já
definem o diagrama de capacidade básico para a máquina DAC
P
Vt Vf /xs
Vt Ia
C O′ Vt2 /xs O D B Q
Exemplo
4 Traçar linha paralela ao eixo P passando por O ′ → linha tracejada
O ′ E corresponde a δ = 90◦ → limite de estabilidade estática →
diagrama de capacidade agora é DAEO ′
P
E
A
Vt Vf /xs
Vt Ia
C O′ Vt2 /xs O D B Q
Exemplo
5 O ângulo ϕ foi obtido anteriormente. Ele também pode ser obtido a
partir do próprio diagrama de capacidade, como sendo o ângulo entre
o eixo P e a linha OA, que corresponde à potência aparente Vt Ia
Exemplo
Para cada valor de Vf , traçar um cı́rculo com centro em O ′ e raio
Vt Vf /xs .
Exemplo
P
E
A
Vt Vf /xs
Vt Ia
C O′ X Vt2 /xs O D B Q
Exemplo
6 Excitação mı́nima:
Exemplo
P
E
A
Vt Vf /xs
Vt Ia
C O′ X G Vt2 /xs O D B Q
Exemplo
7 Incluir a limitação da máquina primária → linha paralela ao eixo Q
para P = 1,0 pu
H C
O′ G O D Q
Exemplo
Trecho Limite
P
F
HF estabilidade
O′ G O D Q
FG excitação mı́nima
Exemplo
A partir do diagrama de capacidade da máquina sı́ncrona do exemplo
anterior, obtenha as grandezas solicitadas a seguir.
B A
O′ G O D Q
Exemplo
2 Obtenha os limites de potência reativa quando a máquina fornece
0,8 pu de potência ativa.
O′ G Q min O Q max D Q
Exemplo
Q min = −0,21 pu
→ limite ativo: estabilidade
→ máquina consome potência reativa
Q max = 0,73 pu
→ limite ativo: perdas ferro
→ máquina fornece potência reativa
Exemplo
3 Determine a faixa de potências ativas geradas para a qual as perdas
cobre são importantes na definição dos limites de potência reativa.
P
perdas cobre
H C
potências
ativas
B A
Da figura tem-se
P ∈ [0,87, 1] pu.
O′ G O D Q
limites de
potência
reativa
Exemplo
4 A máquina deve fornecer 1,0 pu de potência ativa. Determine Vf tal
que δ = 30◦ . Se a operação sob as condições especificadas não for
possı́vel, determinar o mı́nimo valor de δ para que a máquina possa
fornecer a potência ativa especificada.
H C M
1,0 pu de potência ativa, P = 1 pu
O′ G O D Q
Exemplo
A linha O ′ M não intercepta o
P
trecho CH, resultando em um H C
ponto de operação fora da A
região permitida. Portanto, a
operação sob essas condições
não é possı́vel.
O ângulo δ mı́nimo é obtido δ
traçando-se uma linha a F
O′ G O Q max D Q
partir de O ′ que passe por C .
Exemplo
Neste caso, a máquina operará fornecendo potência ativa de 1,0 pu e
reativa máxima Q max = 0,49 pu. O ângulo δ mı́nimo será igual a:
1,0
δ = tg −1 = 42,8◦
1,08
Vt Vf O ′ C · xs 1,47 · 1,67
O ′ C = 1,47 = → Vf = = = 2,45 pu
xs Vt 1,0
Exercı́cios propostos
Diagrama fasorial:
eixo q
B
Ef
jxq Iq
A
Iq
δ
O′ jxd Id
ϕ Et O
Ia
Id
eixo d
S eixo q
B
Ef
jxq Iq
A
Iq α
δ jxd Id
O′
ϕ Et O
α
Ia
Id E
D
eixo d
O ′D OA
=
DE AS
Id xd Id
=
Iq xq Iq + BS
BS = (xd − xq ) Iq
AS = AB + BS → AS = xd Iq
OS 2 = OA2 + AS 2 → OS = xd Ia
S eixo q
B
C
Ef jxq Iq
A
Iq
δ jxd Id
O′
ϕ Et O
Ia
Id
E
D
eixo d
AS BS
=
OS CS
xd Iq (xd − xq ) Iq
=
xd Ia CS
CS = (xd − xq ) Ia
OC = OS − CS → OC = xq Ia
S eixo q
B
C
Ef jxq Iq
A
Iq
δ jxd Id
O′
ϕ Et O
Ia
Id
E
D
eixo d
Vt
Ef = Et + jxd Id + jxq Iq ×
xd
Vt Vt xq
Ef = Et + jVt Id + jVt Iq
xd xd xd
O diagrama fica:
P
S eixo q
B
C
Vf Vt /xd
Vt Ia
A
Iq
Vt Id
δ
O′ ϕ Vt2 /xd O Q
Ia
Id
E
D
eixo d
→ lembre que para máquinas de polos lisos esta curva era uma
semi-circunferência de centro em O ′ e raio Vt Ef /xs
S
eixo q
B
C
Vf Vt /xd Vt Ia
C′ A
Iq
Vt Id
δ
O ′′ O′ ϕ Vt2 /xd O Q
Ia
Id
E
D
eixo d
Relações:
Vf Vt
C ′S = O ′B =
xd
xq
O ′ C ′ = BS = Vt Iq 1 −
xd
xq V2
AB = OX = Vt Iq = t sen δ
xd xd
AB O′C ′
sen δ = =
O′ O ′′ O ′
O′O · O′C 1 1
O O = ′′ ′
= Vt2 −
AB xq xd
Vt2
O ′′ O = O ′′ O ′ + O ′ O =
xq
S
eixo q
B
C
Vf Vt /xd Vt Ia
C′
A
Iq
Vt Id
δ
O ′′ O′ ϕ Vt2 /xd O Q
Ia
Id
E
D
eixo d
S′
S
eixo q
B
C
F Vf Vt /xd Vt Ia
C′
A
Iq
Vt Id
δ
O ′′ O′ E ϕ Vt2 /xd O D Q
Ia
Id
E
D
eixo d
2 2
∂ V2 v2
P=0 → Q+ t + Q+ t P2 = 0
∂δ xq xd
O ′′ O′ E O D Q
S
0,1Pn S′
S
D
O ′′ O′ F O D Q
P esp
P max
P min
Exercı́cios propostos
(17)
V1 V2
P= sen δ
X
d 1
ω= (Pm − Pe )
dt 2H
d
δ = ∆ω
dt
Exemplo de simulação:
a
Barra infinita: barra em que a tensão é constante (módulo e ângulo), representando o equivalente do sistema.
1 d T ω0
· ω=
ω0 dt 2K0
P =T ·ω ≈T ·1 → P ≈T
Logo:
d ω · Ppu
ω=
dt 2H
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 209 / 246
7. Estabilidade transitória – critério das áreas iguais
E ′ E∞
Pe = sen δ
xeq
Finalmente:
s Z δ
d ω0
δ = ∆ω = Pa · dδ ∆ω em rad/s
dt H δ0
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 213 / 246
7. Estabilidade transitória – critério das áreas iguais
A1 = Pm · (δcrit − δ0 )
Z δmax
A2 = [Pmax sen δ − Pm ] · dδ
δcrit
Z π−δ0
= [Pmax sen δ − Pm ] · dδ
δcrit
= Pmax (cos δcrit + cos δ0 ) − Pm · (π − δ0 − δcrit )
Pm = Pmax · sen δ0
obtém-se:
δcrit = cos−1 [(π − 2δ0 ) · sen δ0 − cos δ0 ]
2H d 2
· δ = Pa
ω0 dt 2
2H d d
· δ = (Pm − Pe )
ω0 dt dt
2H d
δ = Pm · t
ω0 dt
d ω 0 Pm · t
δ =
dt 2H
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 220 / 246
7. Estabilidade transitória – critério das áreas iguais
d ω 0 Pm · t
δ=
dt 2H
ω 0 Pm
dδ = · t dt
2H
Z δcrit Z tcrit
ω 0 Pm
dδ = · t dt
δ0 0 2H
Z tcrit 2
ω 0 Pm ω0 Pm t
δcrit − δ0 = · t dt = · crit
2H δ0 2H 2
Exemplo
Considere o sistema mostrado a seguir.
A tensão interna do gerador é 1,05 pu, a tensão da barra infinita é 1,0 pu,
e a potência entregue pela máquina à barra infinita é 1,0 pu. Além disso,
são conhecidas a reatância transitória da máquina (0,2 pu), do
transformador (0,1 pu) e da linha de transmissão (0,2 pu). A constante de
inércia do gerador é H = 5 s.
Calcule o ângulo crı́tico e o tempo crı́tico de abertura para uma falta
trifásica na linha de transmissão.
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 223 / 246
7. Estabilidade transitória – critério das áreas iguais
Exemplo
A potência elétrica máxima é:
E ′ · E∞ 1,05 · 1,0
Pe = = = 2,1 pu
xeq 0,2 + 0,1 + 0,2
Portanto:
δcrit = cos−1 [(π − 2 · 0,496) sen 28,44◦ − cos 28,44◦ ] = 81,7◦ (1,426 rad)
Finalmente:
r
2 · 5,0
tcrit = (1,426 − 0,496) = 0,222 s (≈ 13,3 ciclos)
60 · π · 1,0
P.M. Anderson, A.A. Fouad, Power system control and stability, IEEE
Press, 1993
van (t)
ia (t) Z
a
∼
vbn (t)
ib (t) Z
b
n ∼ n
vcn (t)
ic (t) Z
c
∼
Gerador Carga
ia (t)
90 180 270
−90 0 ωt [◦ ]
Fa (t) = F cos ωt
a ⊙ ⊗ a′
No instante t = 0 tem-se:
ωt = 0 e ia (0) = I
Fa (θ)
0 θ [◦ ]
eixo da fase a
ωt = π/3 e ia (π/3ω) = I /2
Fa (θ)
F/2
−180 −90 90 180
0 θ [◦ ]
eixo da fase a
θ [◦ ]
0 60 90
Carlos A. Castro (DSE/FEEC/UNICAMP) ET720 – Gerador sı́ncrono 236 / 246
Apêndice – Reação de armadura
Os valores de pico das fmm’s são F (fase a), −F/2 (fase b) e −F/2
(fase c) ao longo dos respectivos eixos, distribuindo-se senoidalmente no
espaço:
c a b
fmmb
θ [◦ ]
fmmc
fmma
Para θ0 = 0 tem-se:
Fa (θ0 ) = F
Fb (θ0 ) = F/4
Fc (θ0 ) = F/4
que resulta em uma fmm total de 3F/2. Note que para θ = ±90◦ a fmm
total é nula. Para θ = ±180◦ a fmm total é −3F/2. Conclui-se que, no
espaço, a fmm total distribui-se senoidalmente, e:
3
Fra = F cos θ
2
b′ c
Fra
Fa
a a′
Fc Fb
b
c′
Para t1 = π/3ω:
ia (t1 ) = I cos (60◦ ) = I /2
ωt1 = π/3 (60◦ ) e i (t ) = I cos (−60◦ ) = I /2
b 1
ic (t1 ) = I cos (180◦ ) = −I
Os valores de pico das fmm’s são F/2 (fase a), F/2 (fase b) e −F
(fase c) ao longo dos respectivos eixos, distribuindo-se senoidalmente no
espaço:
c a b
fmma
θ [◦ ]
fmmb
fmmc
Fa (θ1 ) = F/4
Fb (θ1 ) = F/4
Fc (θ1 ) = F
que também resulta em uma fmm total de 3F/2. Note que para θ = 150◦
e θ = −30◦ (variação de ±90◦ em torno de θ1 ) a fmm total é nula.
Tem-se ainda que a fmm total vale −3F/2 para θ = 240◦ e θ = −120◦
(variação de ±180◦ em torno de θ1 ), indicando que a fmm total
distribui-se senoidalmente no espaço. A diferença agora é que o valor de
pico está deslocado de um ângulo de 60◦ , que corresponde ao valor de ωt1 .
3
Fra = F cos (θ − ωt)
2
b′ c
Fra
Fa
Fc
a a′
Fb
b
c′