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Carta de Inês de Castro a D.

Pedro I

Espanha, 13 de junho de 1344


Meu querido Pedro:
Sinto a morte mui perto… A teu pai não dou confiança e, por muito que lhe
implore misericórdia e que me mande para exílio, está sob escuta do povo.
Este povo português tão desconfiado, crente de que o nosso amor lhes irá
fazer mal.
Amo-te muito meu amor. Esta nossa união, que me dá forças nas piores
alturas, que me salva das piores adversidades, está fiel a ti desde que te
conheci. No entanto, não vejo salvação para o que aí vem…
Os nossos filhos, coitadinhos, ficarão sem mãe, sofrerão sem razão, por
uma injustiça que não tem fundamento. E tu, meu amor, sem alguém que te
demonstre amor “verdadeiro” todos os dias, como ficarás?
Quando desaparecer, com certeza, que fiques a saber que estou à tua espera
lá em cima. Até lá, toma conta dos nossos filhos, o fruto do nosso amor.

Con todo mi amor,


Inês de Castro

Escrito por: Francisca Carteado, 9ºE

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