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Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Centro Tecnológico, de Ciências Exatas e Educação – CTE


Departamento de Ciências Exatas e Educação – CEE

Ótica
(CEE6310)
A ótica e aspectos históricos

Prof. Lucas Natálio Chavero


Sumário

❑Ótica: definição, conceitos, fenômenos e aplicações


❑A ótica na antiguidade
❑A era moderna
❑A teoria ondulatória
❑As ideias de Newton
❑Consolidação da teoria ondulatória
❑A medida da velocidade da luz
Ótica

Definição

• É uma área da Física que estuda a propagação da


luz e sua interação com a matéria;

• Estuda a natureza constitutiva da luz e


seu comportamento.
A ótica
Principais conceitos associados
Reflexão Refração Dispersão

Interferência Polarização Difração


A ótica
Permite a explicação de diferentes fenômenos
Cores do céu Projeção de imagens

Arco-íris Visão
A ótica
Papel preponderante em muitas aplicações e inovações
Fibra ótica Hologramas Laser

Telescópios Microscópios Óculos Câmeras


A ótica
• Ótica geométrica: trata a luz como um conjunto de raios.
Comportamento corpuscular. Fenômeno de transmissão, reflexão e
refração da luz por meios homogêneos
(lentes e espelhos).

• Ótica ondulatória: considera a natureza


ondulatória da luz. Luz como onda. Fenômenos de difração
e interferência.

• Ótica eletromagnética: considera a luz como


uma onda eletromagnética. Fenômenos de reflexão,
transmissão e polarização.

• Ótica quântica: A dualidade onda-partícula


representa um conceito crucial Efeitos quânticos da interação entre as
ondas eletromagnéticas e a matéria
Aspectos históricos
A ótica na antiguidade
• Registros de utilização de • Utilização de lentes de
cristais de rocha para vidro para a obtenção de
observações astronômicas; fogo (focalização)

• Os espelhos já haviam sido desenvolvidos.

Pouco embasamento Conhecimento


teórico! estritamente empírico
A era moderna
Século XVII: Grande revolução no estudo da Ótica

Desenvolvimento de diversos
instrumentos óticos!
Telescópios refrativos
• Patenteado em 1608 por Hans Lippershey (1587-1619), um holandês
fabricante de óculos.
Seu dispositivo utilizava uma ocular côncava

• Galileo Galilei (1564-1642) em 1609 construiu seu próprio telescópio


(ocular côncava) e em 1610 descobriu as luas de Júpiter e os anéis de
Saturno.
Telescópio Galileano

• Johannes Kepler (1571-1630), construiu o telescópio com ocular convexa.


Telescópio kepleriano
Telescópios com maiores ampliações!
Tipos de telescópios refrativos
O microscópio
A invenção ocorreu praticamente de
forma simultânea ao telescópio

• Inventado pelo holandês Zacharias Janssen


(1588-1632) por volta de 1609.
possui ocular côncava e
combinação de lentes

• Francisco Fontana (1580-1656)


microscópio com
ocular convexa

Fenômenos compatíveis com a teoria corpuscular


(propagação retilínea, reflexão e refração) da luz.
A teoria ondulatória da luz
• Francesco Maria Grimaldi (1618 a 1663):
Observação de bandas de luz na sombra de
objetos opacos.

Descoberta do fenômeno de
difração
O conceito de luz proposto por Grimaldi
era essencialmente ondulatório
A teoria ondulatória da luz
• Robert Hooke (1635-1703): experimentos
com a observação de padrões coloridos de
interferência em filmes finos.

Fenômeno relacionado à interação entre a luz refletida nas


duas superfícies do filme (interface)
Propôs que a luz originava-se de um movimento
ondulatório rápido no meio, propagando-se a uma
velocidade muito grande.
• Christian Huygens (1690)
"Tratado sobre a luz"

Contemporâneo de Newton

➢ Explicava os fenômenos de interferência e difração da luz.


➢ Estendeu a teoria ondulatória com a introdução do conceito das
ondas secundárias (princípio de Huygens), papel fundamental no
tratamento da propagação de ondas.
Outras contribuições de Christian Huygens

✓ Deduziu as leis da reflexão e refração.


✓ Estabeleceu que a velocidade de propagação da
luz variava inversamente com o índice de
refração do material.
𝑐
𝑣=
𝑛
✓ Descobriu a dupla refração da calcita.
Ideias de Newton
A Ótica de Newton foi
publicada em 1704 e
revisada em 1717.
➢ Experimentos de dispersão num prisma:
Resultados sobre a composição espectral da luz
branca.

“A luz é composta de corpos


muito pequenos, emitidos
em todas as direções pelas
substâncias brilhantes"
Anéis de Newton
Franjas circulares primeiramente
observadas por Robert Boyle
(1663) e Robert Hooke (1663)
Fenômeno de interferência em
filmes finos

Isaac Newton (1666)


➢ Utilização da teoria ondulatória
para explicar o fenômeno.

• determinou com grande precisão os raios dos anéis;


• a espessura da camada onde se formam;
• os comprimentos de onda da luz.
Suas ideias combinavam as teorias
corpuscular e ondulatória

Com o passar do tempo, Newton inclinou-se para a teoria


corpuscular, provavelmente devido à dificuldade de se
explicar a propagação retilínea da luz através de ondas que
se estendiam em todas as direções.
Telescópio por reflexão

➢ Introduzido por Newton em 1668


Eliminação dos problemas de aberração
cromática existentes nos telescópios
refrativos
• Ao final do século XVII, ambas teorias
(corpuscular e ondulatória) eram aceitas.

• Durante o século XVIII acabou prevalecendo a


teoria corpuscular, principalmente devido ao
grande peso científico de Newton, que havia
optado por esta.
Consolidação da teoria ondulatória
Ocorre no início do século XIX
• Entre 1801 e 1803, Thomas Young (1773-1829) propôs o
princípio da superposição.
Explicação do fenômeno de interferência

Experimento de dupla fenda

- Franjas claras:
interferência
construtiva.

- Franjas escuras:
interferência
destrutiva
• Augustin Jean fresnel (1817) propôs uma
formulação matemática dos princípios de
Huygens e da interferência.

Expressou o princípio de ondas secundárias de Huygens e o princípio


de interferência de Young em termos quantitativos!

Conclusão que as ondas são transversais e não


longitudinais (como o som)
A medida da velocidade da luz
Em 1825 a teoria ondulatória já era bastante aceita,
enquanto que a teoria corpuscular tinha poucos defensores.

Até meados do século, foram realizadas várias


medidas terrestres da velocidade da luz
• Armand Hippolyte Louis Fizeau (1849): utilizou uma roda dentada rotatória
(chopper) para gerar pulsos de luz e um espelho distante que refletia os raios de
volta para a roda. Determinou a velocidade da luz como sendo 315.300 km/s.

Variando a velocidade angular desta,


variava-se o período entre duas
aberturas consecutivas e era possível
fazer com que os pulsos passassem ou
fossem bloqueados pela roda.
A medida da velocidade da luz
Perguntas

O que é a luz?

Quais são suas propriedades?

Como é gerada?

Como se propaga?

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