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Turíbio, ao ser assaltado no Centro do Rio, onde foi abordado por Gergilei que portava arma

de fogo e aparentando total descontrole por estar sob influência de tóxico, entrou em luta
corporal contra o assaltante, tentando desarmá-lo. Em meio a beligerância Turíbio alcançou
com as mãos uma barra de ferro de encontrava-se próxima, conseguindo golpear na cabeça o
assaltante, o qual, ferido e cambaleante continuou investindo contra a pessoa de Turíbio e
disparando a sua arma de fogo, porém a esmo, momento em que Nestor, amigo de Turíbio,
presenciando a cena, investiu com seu carro contra Gergilei, atropelando-o.

Considerando que Gergilei morreu no local do atropelamento, comente, juridicamente, se


Nestor poderia ser beneficiado por alguma das excludentes de ilicitude.

Nestor poderá ser beneficiado, a luz do artigo 23 do código penal, com o parágrafo segundo,
alegando legitima defesa. Tendo em vista que Turíbio utilizou a barra de ferro, respeitando o
princípio da equivalência de forças e foi ineficaz e Gergilei atirou a esmo, viu-se a necessidade
de uma interrupção para que Nestor não fosse morto. Durante o debate proposto pelo
professor, o aluno Leandro afirmou que se tratava de estado de necessidade, porém podemos
analisar que essa é uma falsa informação tendo em vista que não era uma causa natural que
fez com que se cometesse o crime, mas a sujeição por terceiros, como propõem o enunciado.

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