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UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

LIMITES FUNDAMENTAIS

Discente: Docente:
Timóteo Pedro Herculano Msc. Jorge Serrão

Curso: Administração politicasPública


Disciplina: Matematica I
Ano de Frequência: 1º Ano

Quelimane
2022

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Índice
Introdução ............................................................................................................................... 3

Objectivos ............................................................................................................................... 3

Geral ........................................................................................................................................ 3

Específicos .............................................................................................................................. 3

Metodologia ............................................................................................................................ 3

Limites Fundamentais ............................................................................................................. 4

Conceito De Limite De Uma Função ...................................................................................... 4

Definição Informal .................................................................................................................. 4

Propriedades Operatórias Dos Limites ....................................................................................... 5

Primeiro Limite Fundamental: O Limite Trigonomêtrico .......................................................... 7

Segundo Limite Fundamental: Limite Exponencial ................................................................... 7

Terceiro Limite Fundamental: Consequência Do Anterior ........................................................ 8

Quarto Limite Fundamental: Outro Limite Exponencial ........................................................... 8

Quinto Limite Fundamental ....................................................................................................... 8

Derivada...................................................................................................................................... 9

Conclusão.............................................................................................................................. 11

Referencia Bibliográfica ....................................................................................................... 12

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Introdução
O conceito de limite é fundamental no cálculo diferencial, um campo da Matemática que
iniciou – se no século XVII sendo bastante produtivo em resultados e aplicações em várias
áreas do conhecimento, como a Física, a Engenharia, a Economia, a Geologia, a Astronomia,
a Biologia, entre outras.

Com o desenvolvimento do cálculo diferencial, matemáticos como Huygens (1629 – 1695),


Newton (1642 – 1727) e Leibniz (1646 – 1716) tiveram papel marcante. Buscando
aperfeiçoar a conceituação de limites, tiveram destaques as contribuições de d’ Alembert
(1717 – 1783) e de Cauchy (1789 – 1857).

Na Matemática actual, as definições de convergência, divergência, continuidade, derivada e


integral estão baseadas no conceito de limite. A falta de compreensão da noção de limite, no
passado, levou a vários paradoxos, sendo os mais antigos devidos a Zenão de Eleia.

Objectivos

Geral
 Debruçar acerca do limite fundamental.

Específicos
 Conhecer os limites fundamentais;
 Identificar as suas propriedades e importância de alguns derivados do limite fundamental;
 Caracterizar os limites fundamentais.

Metodologia
A Metodologia do estudo, para a realização desse trabalho, foi feito por meio de revisão de
literatura, para isso, foram usados artigos científicos, modulo baixados da cadeira de
matematica I, disponíveis, publicados no livros, relatórios técnicos e dissertações abordando
matérias sobre o tema em estudo.

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LIMITES FUNDAMENTAIS
Conceito de Limite de uma Função
O conceito básico sobre o qual o Cálculo se sustenta é o de limite de função. O
desenvolvimento teórico de grande parte do Cálculo foi feito utilizando a noção de
limite. Por exemplo, as definições de derivada e de integral definida, independente de
seu significado geométrico ou físico são estabelecidas usando limites.
A técnica de cálculo de limites consiste na maioria das vezes, em conduzir a questão até que
se possa aplicar os limites fundamentais, facilitando assim, as soluções procuradas.
Apresentarei cinco limites fundamentais e estratégicos, para a solução de problemas.

Definição Informal
Considere uma função f definida para valores de x próximos de um ponto a
sobre o eixo x, mas não necessariamente definida no próprio ponto a. Suponha que
exista um número real L com a propriedade de que f(x) fica cada vez mais próximo
de L, quando x se aproxima mais de a. Diz-se então que L é o limite de f quando x
tende para a, que simbolicamente expressa-se por:

lim 𝑓(𝗑) = 𝐿
𝗑→𝑎

Obs.: Se não existe um número L com essa propriedade diz-se que não existe

lim𝗑→𝑎 𝑓(𝗑).

Notação Significação Intuitiva Interpretação Gráfica


Podemos tomar f(x)

Lim 𝑓(𝗑) = 𝐿 tão próximo de L


𝗑→𝑎
quanto quisermos,

escolhendo x
Suficientemente
próximo de a e x ≠ a.

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O conceito de limites de funções tem grande utilidade na determinação do
comportamento de funções nas vizinhanças de um ponto fora do domínio, no
comportamento de funções quando x aumenta muito (tende ao mais infinito) ou
diminui muito (tende ao menos infinito).
Exemplos:
𝑥 3 −2𝑥 2
a) Verificar como a função ƒ(𝑥) = , Se comporta para valores próximos de
3𝑥−6

2.

Determinação do domínio:

3x – 6 ≠ 0 → 3x ≠ 6 → x ≠ 2, logo para x = 2, a função não está definida.


Verificando para valores próximos de 2.

Propriedades Operatórias dos Limites


P1 - o limite de um soma de funções, é igual à soma dos limites de cada função.

Lim (u + v + w +...) = lim u + lim v + lim w +...

P2 - o limite de um produto é igual ao produto dos limites.

Lim (u. v) = lim u. Lim v

P3 - o limite de um quociente de funções, é igual ao quociente dos limites.


lim (u / v) = lim u / lim v , se lim v ≠ 0.

P4 - sendo k uma constante e f uma função, lim k. f = k. lim f

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Observações:

No cálculo de limites, serão consideradas as igualdades simbólicas, a seguir, envolvendo os


símbolos de mais infinito ( + ∞ ) e menos infinito ( - ∞ ), que representam quantidades de
módulo infinitamente grande.

É conveniente salientar que, o infinitamente grande, não é um número e, sim, uma tendência
de uma variável, ou seja: a variável aumenta ou diminui, sem limite.

Na realidade, os símbolos + ∞ e - ∞ , não representam números reais, não podendo ser


aplicadas a eles, portanto, as técnicas usuais de cálculo algébrico.

Dado b ∈ R - conjunto dos números reais, teremos as seguintes igualdades simbólicas:

b + (+∞ ) = + ∞

b+(-∞)=-∞

(+ ∞) + (+ ∞ ) = + ∞

(- ∞ ) + (- ∞ ) = - ∞

(+∞) + (- ∞ ) = nada se pode afirmar inicialmente. O símbolo ∞ - ∞ , é dito um símbolo de


indeterminação.

(+ ∞ ) . (+ ∞ ) = + ∞

(+ ∞ ) . 0 = nada se pode afirmar inicialmente. É uma indeterminação.

∞ / ∞ = nada se pode afirmar inicialmente. É uma indeterminação.

No cálculo de limites de funções, é muito comum chegarmos a expressões indeterminadas, o


que significa que, para encontrarmos o valor do limite, teremos que levantar a
indeterminação, usando as técnicas algébricas. Os principais símbolos de indeterminação são

∞−∞ ∞.0 ∞/∞ ∞0 0/0 1∞ 1 -∞

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Cálculos de alguns limites imediatos.
a) lim (2x + 3) = 2.5 + 3 = 13
x→ 5
b) lim (x2 + x) = (+ ¥ )2 + (+¥ ) = + ¥ + ¥ = + ¥
x® + ¥
c) lim (4 + x3) = 4 + 23 = 4 + 8 = 12
x→ 2
d) lim [(3x + 3) / (2x - 5)] = [(3.4 + 3) / (2.4 - 5)] = 5

e) lim [(x + 3) (x - 3)] = (4 + 3) (4 -3) = 7.1 = 7


x® 4

Primeiro Limite Fundamental: O Limite Trigonomêtrico

Intuitivamente isto pode ser percebido da seguinte forma: seja x um arco em radianos, cuja
medida seja próxima de zero, digamos x = 0,0001 rad. Nestas condições, o valor de senx será
igual a sen 0,0001 = 0,00009999 (obtido numa calculadora científica).

Efetuando-se o quociente, vem: senx / x = 0,00009999 / 0,0001 = 0,99999 » 1. Quanto mais


próximo de zero for o arco x, mais o quociente (senx) / x se aproximará da unidade,
caracterizando-se aí, a noção intuitiva de limite de uma função.

Exemplo:

Uma mudança de variável, colocando 5x = u, de modo a cairmos num limite fundamental.


Verifique também que ao multiplicarmos numerador e denominador da função dada por 5, a
expressão não se altera. Usamos também a propriedade P4.

Segundo Limite Fundamental: Limite Exponencial

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Onde e é a base do sistema de logaritmos nigerianos, cujo valor aproximado é e ≈ 2,7182818.

Terceiro Limite Fundamental: Consequência do Anterior

Exemplo:

Observe o cálculo do limite abaixo:

lim (1 + x)5/x = lim [(1 + x)1/x]5 = e5

x→ 0 ................x→ 0

Quarto Limite Fundamental: Outro Limite Exponencial

Para a > 0.

Quinto Limite Fundamental

Derivada de Uma Função Y = F(X) Num Ponto X=X0.

Considere a figura abaixo, que representa o gráfico de uma função y = f(x), definida num
intervalo de números reais.

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Observando a figura, podemos definir o seguinte quociente, denominado razão incremental da
função: y = f(x), quando x varia de x0 para x0 + ∆ x0 :

Define-se a derivada da função y = f(x) no ponto x = x 0, como sendo o limite da razão


incremental acima, quando D x0 tende a zero, e é representada por f ' (x0) , ou seja:

Assim, lembrando que a derivada de uma função y = f(x) pode ser indicada pelos símbolos,
y ‘, f ' (x) ou dy/dx,

A seguir, uma tabela contendo as derivadas de algumas das principais funções elementares,
restringindo nesta primeira abordagem, a oito funções elementares básicas, além das
derivadas da soma, produto e quociente de duas funções.

FUNÇÃO DERIVADA

y = k , k = constante y'=0

y = k.x y'=k

y=x y' = 1

y = xn y ' = n.x n – 1

y = a x , 1# a > 0 y ' = a x . ln a

y=ex Y'=ex

y = sen(x) y ' = cos(x)

y = cos(x) y ' = - sen(x)

y = tg(x) y ' = sec2 (x)

y=u+v y ' = u' + v'

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y = u.v y' = u'.v + u.v'

y=u/v,v⎕0 y' = (u'.v - u.v') / v2

Onde u = u(x) e v = v(x) são funções deriváveis no ponto x.

Nota: a derivada de uma função y = f(x), pode ser representada também pelos símbolos: y ' ou
dy/dx.

Observe que quando ⎕ x0 → 0 , o ponto Q no gráfico acima, tende a coincidir com o ponto P
da mesma figura., definindo a reta r , que forma um ângulo b com o eixo horizontal (eixo das
abscissas), e, neste caso, o ângulo SPQ = a .tende ao valor do ângulo b.

Ora, quando ⎕ x0 → 0 , já vimos que o quociente ⎕ y0 / ⎕ x0 representa a derivada da


função y = f(x) no ponto x0. Mas, o quociente ⎕ y0 / ⎕ x0 representa , como sabemos da
Trigonometria, a tangente do ângulo SPQ = a , onde P é o vértice do ângulo.
Quando ⎕ x0 ⎕ 0 , o ângulo SPQ = a , tende ao ângulo b.

Assim, não é difícil concluir que a derivada da função y = f(x) no ponto x = x0 , é igual
numericamente à tangente do ângulo b . Esta conclusão será muito utilizada no futuro.

Podemos escrever então: f '(x0) = tgb.

Conclusão importante:

A derivada de uma função y = f(x) num ponto x = x0 coincide numericamente com o valor da
tangente trigonométrica do ângulo formado pela tangente geométrica à curva representativa
de y = f(x), no ponto x = x0.

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Conclusão

A primeira vez que limites foram necessários foi para a resolução dos quatro paradoxos de
Zenão (cerca de 450 a.C.). No primeiro paradoxo, a Dicotomia, Zenão colocou um objeto se
movendo uma distância finita entre dois pontos fixos em uma série infinita de intervalos de
tempo (o tempo necessário para se mover metade da distância, em seguida o tempo necessário
para se mover metade da distância restante, etc.) durante o qual o movimento deve ocorrer.

A conclusão surpreendente de Zenão foi que o movimento era impossível! Aristóteles (384 –
322 a.C.) tentou refutar os paradoxos de Zenão com argumentos filosóficos. Em matemática,
uma aplicação cuidadosa do conceito de limite resolverá as questões levantadas pelos
paradoxos de Zenão.

Para suas demonstrações rigorosas das fórmulas para certas áreas e volumes, Arquimedes
(287 – 212 a.C.) encontrou várias séries infinitas – somas que contêm um número infinito de
termos. Não possuindo o conceito de limite propriamente dito, Arquimedes inventou
argumentos muito engenhosos chamados de redução ao absurdo duplo, que, na verdade,
incorporam alguns detalhes técnicos do que agora chamamos de limites.
argumentos muito engenhosos chamados de redução ao absurdo duplo, que, na verdade,
incorporam alguns detalhes técnicos do que agora chamamos de limites.

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Referencia Bibliográfica
1. Modulo de Matematica I. Pdf
2. Boyce, W e Di Prima R.; Equações Diferenciais Elementares e Problemas de Valores
de Contorno; Ed. Guanabara Dois.
3. Matematica I Modulo 2. Pdf.
4. Milton de L. Oliveira, Apostila de Matemática Aplicada. DM
5. http://www.mat.uc.pt/~mat1202/LimitesEDerivadasWord.htm

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