APRENDIZAGEM CORPORATIVA Você já ouviu falar de Andragogia? O termo é antigo, mas sua aplicação no cenário corporativo é relativamente recente. Tratada por muitos como ciência, metodologia ou simplesmente arte de ensinar adultos, a Andragogia tem ganhado força na atualidade. E não é para menos! Ela tem contribuído fortemente no desenvolvimento da educação corporativa e sua maior colaboração nesse sentido é a quebra do paradigma de que o professor detém todo o conhecimento e deposita o que sabe nos alunos. A Andragogia caminha em outra direção, pois acredita que em todo e qualquer treinamento deve haver espaço para o diálogo, troca e aprendizado mútuo.
Já virou admirador da Andragogia assim como nós somos? Então confira o
artigo, admire-a ainda mais e aplique-a na gestão de sua empresa!
ANDRAGOGIA: UM CONCEITO POUCO
DIFUNDIDO, MAS MUITO PRATICADO A palavra Andragogia pode soar estranha em um primeiro momento, porém, o seu significado é muito simples, até comum, nós diríamos! O termo Andragogia vem do grego andros (adulto) e gogos (educar). Em uma tradução livre, a Andragogia é a educação ou ensino para adultos.
AMPLIAÇÃO E APLICABILIDADE DO CONCEITO
No século XX, mais precisamente na década de 70, a palavra ganhou uma dimensão corporativa, quando Malcolm Knowles ampliou o conceito e definiu a Andragogia como a arte ou ciência que estuda a educação para adultos com o objetivo de atingir uma aprendizagem efetiva, capaz de desenvolver habilidades, conhecimentos e competências.
É atribuída a Knowles também a ideia de que pessoas adultas aprendem
mais facilmente em ambientes confortáveis, flexíveis, informais e livres de ameaças. Não há como negar que quando o lugar e o clima são agradáveis e propícios para a aprendizagem, os resultados tornam-se mais significativos, concorda? É isso o que a Andragogia propõe: o aprendizado maduro e consciente, fluindo em um contexto plenamente favorável.
COMO É A EDUCAÇÃO PAUTADA NA
ANDRAGOGIA? Adultos não aprendem como crianças. Isso é fato! Partindo desse pressuposto, a educação para adultos não deve ser baseada nos princípios pedagógicos e sim nos pilares andragógicos. Isso quer dizer que na Andragogia o adulto é o sujeito da educação e não meramente o objeto dela. Em outras palavras, a Andragogia propõe autonomia, colaboração e a autogestão da aprendizagem, atributos importantíssimos para quem deseja crescer profissionalmente.
A educação corporativa pautada na Andragogia deve trazer um
aprendizado aplicável, claro e relevante. A teoria não é suficiente nesse sentido, pois na Andragogia o conhecimento do aluno é tão importante quanto o conhecimento do professor/instrutor. Sendo assim, entram em sala as experiências de vida, os valores pessoais e as habilidades profissionais. Ficam do lado de fora a inflexibilidade, as respostas prontas e as metodologias ultrapassadas.
O PODER DA ANDRAGOGIA NA EDUCAÇÃO
CORPORATIVA A Andragogia pode contribuir na capacitação de equipes, isso porque ela se apresenta como um caminho educacional diferente e eficiente para qualificar adultos através de metodologias, técnicas e recursos específicos para esse público.
A Andragogia busca conhecer o que os adultos esperam, como agem, o que
desejam e, partir desse conhecimento, ela possibilita a elaboração de estratégias customizadas, elevando potencialmente a qualidade do ensino e também os resultados. Cabe acrescentar que quando a Andragogia faz parte do projeto de educação corporativa, o aprendizado é prazeroso e se converte em prática.
OS PRINCÍPIOS DA ANDRAGOGIA A Andragogia possui seis princípios fundamentais que ajudam a compreendê-la e aplicá-la melhor. Veja:
Necessidade de saber: Os adultos precisam saber qual a necessidade
de aprender e o que eles ganharão no decorrer do processo de aprendizagem. Autoconceito do aprendiz: Os adultos são responsáveis por suas vidas e decisões, portanto precisam ser encarados e tratados como indivíduos capazes de se fazer suas próprias escolhas. Papel das experiências: Os adultos possuem experiências prévias e justamente essas experiências são a base do aprendizado. Prontidão para aprender: Os adultos ficam mais dispostos a aprender quando o conteúdo parece ser útil em seu dia a dia, ou seja, quando o conhecimento tem a finalidade de ajudá-los a enfrentar os desafios cotidianos. Orientação para aprendizagem: Os adultos aprendem melhor quando a aprendizagem é orientada para os fatos, aplicabilidade e resultados. Motivação: Os adultos respondem bem quando fatores motivacionais entram em cena, como por exemplo, a satisfação, qualidade de vida, autoestima e afins.